Patologia Geral - Aulas 1 e 4
Patologia Geral - Aulas 1 e 4
Patologia Geral - Aulas 1 e 4
Geral
MsC. Danielle Germano – Tutora Semipresencial
Patologia Geral
Patologia Geral
• O termo “patologia” tem origem na língua grega e significa estudo (logos) do sofrimento (pathos).
• Disciplina que liga as ciências básicas a uma prática clínica, portanto, tem como base, o estudo das
doenças, desde a causa, desenvolvimento e alterações manifestadas pelo indivíduo. Na tentativa de
explicar as causas e o desenvolvimento da doença, a patologia utiliza-se de técnicas moleculares,
morfológicas, microbiológicas e imunológicas.
Patologia Geral
Patologia Geral
• Podemos dividir a patologia em: Geral (aquela que concentra as alterações básicas do tecido e células
em reação aos estímulos de uma doença) e Específica ou Sistêmica (trata da resposta específica de
cada órgão e sistema).
• Para realizar um estudo sobre essas alterações e doenças é necessário conhecer e investigar cinco
aspectos. Esses aspectos 4 são o cerne da Patologia Geral, pois envolvem todas as alterações do
organismo: Etiologia, Fisiopatologia, Sinais e Sintomas e Diagnóstico.
I. Etiologia: a causa da doença, que pode ser única ou
múltipla. Nesse aspecto analisamos também os fatores de
risco que causam a doença. Devemos lembrar que a(s)
causa(s) da(s) doença(s) que procuramos nesse aspecto
referem-se às causas científicas.
do comportamento tecidual.
I. Diagnóstico: Realização de exames, na intenção de buscar a razão
e a natureza de uma doença. Geralmente os métodos de
diagnóstico para essa busca levam em consideração a hipótese
diagnóstica levantada pelo médico em orientação dos sinais e
sintomas do paciente. As áreas de diagnóstico podem ser:
• Normalmente as células são programadas para manter o controle hídrico e oncótico estável entre o meio
intra e extra celular, esse controle é chamado homeostasia.
• Porém, se algum estímulo altera essa homeostasia, algumas células têm a capacidade de se adaptar,
alterando funções e sua morfologia, isto é, alterando a fisiologia e a morfologia das células e tecidos,
preservando a viabilidade das células e tecidos. Esse processo adaptativo depende do tipo celular:
Patologia Geral
Lesão celular é uma sequência de eventos que alteram a fisiologia e a morfologia da célula em resposta a um
agente lesivo ou estresse. A lesão celular pode ser dividida em:
• Lesão celular reversível: quando a célula não consegue se adaptar, e os limites da adaptação são em
excesso, a célula sofre alterações. No entanto, quando o estímulo é retirado, a célula consegue retornar ao seu
estado normal;
• Lesão irreversível: quando a célula perde a capacidade de se adaptar e, mesmo que o estímulo seja retirado,
a célula não retorna ao estado normal e é levada à morte celular.
Patologia Geral
Patologia Geral
Alterações de crescimento
Alterações de crescimento
Alterações de crescimento
Alterações de crescimento
Alterações de crescimento
Alterações de crescimento
• Hipertrofia:
exercício, ocorre o aumento da síntese de proteínas e filamentos atingindo o equilíbrio entre a demanda e a
• Patológica: hipertrofia cardíaca. Já a hipertrofia cardíaca pode ser ocasionada por uma sobrecarga
hemodinâmica crônica, como hipertensão ou problema nas válvulas cardíacas. Assim, o músculo cardíaco
deve apresentar um trabalho maior para bombear o sangue o que faz com que as células miocárdicas entrem
em hipertrofia.
Patologia Geral
Alterações de crescimento
célula é levada direto para a fase G1, sendo assim, não entra
a hiperplasia do câncer.
Patologia Geral
Alterações de crescimento
é o aumento do útero na gestação. Com a ação dos hormônios o útero sofre hipertrofia e
hiperplasia.
quantidade de testosterona, a próstata aumenta seu número de células, o que pode aumentar a
quantidade de uma proteína que indica o funcionamento da glândula, essa proteína é conhecida como
Alterações de crescimento
• Hiperplasia:
• O HPV é um vírus que tem afinidade por epitélio e a primeira lesão que ele
do colo uterino. Porém, esse tipo viral apresenta mais de 200 categorias e pode
Alterações de crescimento
Alterações de crescimento
Alterações de crescimento
Resposta Inflamatória
Crônica e consequências
da Inflamação
Patologia Geral
Etiologia
• Infecções persistentes: geralmente relacionadas aos agentes infecciosos de difícil destruição, como determinados fungos,
vírus, parasitas e bactérias. Ex. Treponema palidum e o Mycobacterium tuberculosis. Geralmente causam uma reposta de
hipersensibilidade tardia, marcada pela inflamação crônica granulomatosa;
• Autoimunidade: este é o caso das doenças autoimunes, aquelas em que, por circunstâncias diversas, o sistema
imunológico desenvolve reações contra o próprio tecido. Alguns exemplos são as artrites reumatoides e o lupus eritematoso.
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Reação Granulomatosa
Reação Granulomatosa
Reação Granulomatosa
Reação Granulomatosa
Granuloma
O agente agressor não é necessariamente biológico, pode ser de causa física ou imunológica. Devido a esse fator, podemos
ter dois tipos de granuloma:
• Granuloma inerente: aquele causado por corpo estranho, isto é, pedaços de vidros, espinhos, unhas, talco (associados
a drogas intravenosas), dente e suturas. Geralmente os macrófagos e as células epitelioides se aderem à superfície do
corpo estranho, envolvendo-o. O material estranho pode ser visualizado no centro do granuloma.
• Granuloma imune: é caracterizado pela presença de agente infeccioso (microrganismos) de difícil degradação, que
induzem à resposta imunológica. Pode ser classificado em granuloma piogênico (resposta bacteriana) ou antigênico
(viral). Geralmente esse tipo de granuloma apresenta necrose central. No caso da tuberculose, é chamado de tubérculo
e apresenta necrose caseosa central.
Patologia Geral
• O fígado é um órgão que possui capacidade de regeneração caso até um terço de seu tecido permaneça intacto.
Porém, para que isso aconteça, o tecido necessita apresentar grande capacidade de multiplicação e regeneração,
como o exemplo do fígado e o tecido epitelial.
• Além da capacidade celular, o que estimula o processo de regeneração é o efeito hormonal, isto é, a presença de
fatores de crescimento que induzem à proliferação celular, como o fator de crescimento epidérmico(EGF), fator de
crescimento de hepatócitos (HGF), fator de crescimento endotelial vascular(VEGF), fator de crescimento de plaquetas
(PDGF) e o fator de crescimento de fibroblasto.
Patologia Geral
• A cicatrização, geralmente, ocorre quando a área afetada é grande e em tecidos com alta capacidade de
regeneração ou em tecidos que não apresentam essa capacidade, principalmente, quando a matriz extracelular for
danificada. É uma resposta fibroproliferativa que “remenda” o tecido ao invés de reconstruí-lo. É um processo que
passa por etapas:
• Resolução: limpeza da área. Ocorre por ação dos macrófagos que fazem fagocitose dos restos celulares necróticos
e dos restos das células de defesa que entraram em apoptose após a finalização do processo inflamatório;
• Retração da ferida: ocorre uma pequena retração do tecido por parte do tecido conjuntivo que restou para diminuir
as bordas da ferida, quanto mais próximas, melhor é o processo de cicatrização. Devido a esse fator, em grandes
feridas é necessária a sutura para diminuir a distância entre as bordas e, assim, melhorar a cicatrização. Essa etapa
pode ser marcada também pela presença de fibrina, a conhecida “casquinha da ferida”, que se faz presente para
diminuir a contaminação da ferida, quando está exposta ao ambiente, e promover o bloqueio de vasos rompidos.
Patologia Geral
• Formação de tecido de granulação: o tecido conjuntivo recebe fatores de crescimento que induzem a produção de
colágeno e componentes da MEC. A princípio, é um tecido avascular com coloração amarelada, depois se dá início
ao processo de angiogênese, assim o tecido começa a ficar rosado/avermelhado.
• Esse processo pode demorar dias ou meses, dependendo do tamanho da ferida e do processo de reinfecção.
• Nessa fase, temos também o controle entre a formação do tecido fibroso (fibrogênese) e destruição (fibrólise), com
isso o novo tecido formado sofre maturação, adquirindo maior resistência. Conforme o tecido de granulação vai
crescendo, ocorre a destruição do coágulo formado para fechar a ferida. Caso seja retirada “a casquinha”, isto é, esse
coágulo, a ferida é reaberta e inicia novamente a resposta inflamatória, bloqueando o processo de cicatrização e
gerando defeitos nesse processo.
Patologia Geral
• O processo de cicatrização pode ser classificado de duas maneiras: cicatrização de primeira intensão e cicatrização de
segunda intensão.
• A cicatrização de primeira intensão ocorre em pequenas feridas ou em feridas cirúrgicas, portanto, com suturas. Nesse tipo
de cicatrização em 24 horas temos um processo inflamatório agudo instalado, a partir do terceiro dia começa a fase de
resolução, do quinto dia até a terceira semana, aproximadamente, temos a fase de formação de tecido de granulação. A
cicatrização completa somente ocorre após um mês.
• Já a cicatrização de segunda intensão é aquela que acontece quando temos uma ferida muito grande, com bordas muito
separadas ou aquelas feridas que foram abertas e a resposta inflamatória foi reativada.
Patologia Geral
• Quando temos a reabertura da ferida, uma reinfecção ou outros fatores que interferem nos fatores de crescimento podemos
ter complicações no processo de cicatrização:
• Deiscência: significa reabertura da ferida. Isso pode ocorrer devido a problemas no pós-operatório ou em razão do esforço
do paciente;
• Queloide: Acúmulo de tecido de granulação, excesso de fibras colágenas. Isso pode ocorrer devido a fatores genéticos que
podem aumentar a fibrogênese ou diminuir a fibrólise;
• Contratura: problemas na reepitelização, tecido epitelial não consegue se multiplicar e a pele fica esticada. Geralmente isso
acontece nas lesões causadas por queimaduras.
Patologia Geral
• Quando temos a reabertura da ferida, uma reinfecção ou outros fatores que interferem nos fatores de crescimento podemos
ter complicações no processo de cicatrização:
• Deiscência: significa reabertura da ferida. Isso pode ocorrer devido a problemas no pós-operatório ou em razão do esforço
do paciente;
• Queloide: Acúmulo de tecido de granulação, excesso de fibras colágenas. Isso pode ocorrer devido a fatores genéticos que
podem aumentar a fibrogênese ou diminuir a fibrólise;
• Contratura: problemas na reepitelização, tecido epitelial não consegue se multiplicar e a pele fica esticada. Geralmente isso
acontece nas lesões causadas por queimaduras.
Patologia Geral
Pigmentação Patológica
Pigmentação Patológica
Pigmentação Patológica
Pigmentação Patológica
• Siderose: Inalação de óxido de ferro (hematita);
Pigmentação Patológica
Pigmentação Patológica
A ativação dos melanócitos ocorre por influência dos raios UV, que leva ao
aumento da tirosinase e ao aumento de ACTH (hormônio melanotrófico
estimulante) produzido pela hipófise.
Pigmentação Patológica
Pigmentação Patológica
• Vitiligo: Ocorre em razão da atrofia e morte dos melanócitos ou diminuição da função dessas
células. Caracteriza-se por manchas inicialmente hipocrômicas, geralmente presentes nas áreas
fotoexpostas, como a face, o dorso das mãos e ao redor de orifícios corporais, com tendência à
distribuição simétrica. As causas ainda são indefinidas, porém acredita-se que estão
relacionadas ao stress que diminui a liberação do ACTH e promove a atrofia dos melanócitos.
Outros fatores podem ser: genética e autoimunidade (problemas na produção de anticorpos que
atacam os próprios melanócitos).
Pigmentação Patológica