TCC - Etp - Comandos Elétricos - Mecânica

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POLIANO BARBOSA DOS SANTOS

COMANDOS ELÉTRICOS

Vitória de Santo Antão - PE

2018
POLIANO BARBOSA DOS SANTOS

COMANDOS ELÉTRICOS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Escola


Técnica Pernambucana de Vitória de Santo Antão - PE
como parte dos requisitos para obtenção do diploma de
Técnico em Mecânica.

Orientador: _______________

Vitória de Santo Antão

2018
COMISSÃO EXAMINADORA

_________________________________________

Professor (orientador)

Vitória de Santo Antão, ____ de __________ de 2018.


“Quando pensamos, fazemo-lo com o fim de julgar ou chegar a uma conclusão; quando
sentimos, é para atribuir um valor pessoal a qualquer coisa que fazemos.”

Carl Jung
Dedicatória

Eu só tenho o que agradecer ao meu Deus por


todas as bênçãos que o Senhor tem feito na
minha vida.

5
AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, minha familia, a todos os professores, amigos.


ii

RESUMO

O relatório tem como objetivo apresentar valores encontrados em um memorial de cálculo


tais como tensão, corrente e potência elétrica de dois circuitos puramente resistivos,
denominados circuito misto, pois contem resistências ligados em série e em paralelo, O
circuito elétrico pode ser definido como o percurso completo por onde os elétrons ou os
portadores de carga podem entrar de um terminal de uma fonte de tensão, passando através
de condutores e componentes, até chegar no terminal oposto da mesma fonte. Um circuito
elétrico é constituído basicamente por uma ou mais fontes de energia elétrica, fios
condutores e algum elemento de circuito (que pode ser um indutor, capacitor, resistor,
diodo, etc.).

Palavras-chave: Circuito Elétrico, Sistema, Resistor, Capacitor.


iii

ABSTRACT

The report aims to present values found in a memorial calculation such as voltage, current,
and electric power of two purely resistive circuits, called mixed cycle, it contains resistors
connected in series and in parallel. The electrical circuit can be defined as the complete
path through which electrons or charge carriers can enter a terminal of a voltage source,
passing through conductors and components, to arrive at the opposite end from the same
source. An electrical circuit is basically composed of one or more power sources, wires and
a circuit element (which may be an inductor, capacitor, resistor, diode, etc..).
Keywords: Electrical Circuit System, Resistor, Capacitor.
iv

SUMÁRIO
5

INTRODUÇÃO

Os circuitos apresentados nesta prática são de fácil compreensão a nível técnico


mais bastante utilizado em processos industriais, resistências elétricas são grandes
produtoras de calor por isto são usadas em processo industriais onde se deseja aquecer
alguma solução ou até mesmo peças, tais como forno ou aquecedores.
Em casa são utilizadas no chuveiro elétrico, torradeiras, secador de cabelo entre
outros eletrodomésticos. As resistências elétricas também são bastante utilizadas onde
se deseja fazer controle de corrente ou mesmo proteção de circuitos e componentes
elétricos tais como inversores de frequência.
A energia elétrica se faz cada vez mais importante e fundamental à sociedade
moderna. Ela está presente em praticamente todos os trabalhos desenvolvidos no nosso
dia-a-dia. Por isso, cada vez mais intensamente, engenheiros, técnicos, pesquisadores e
demais profissionais da área se mostram preocupados e muito envolvidos em trabalhos
que venham a contribuir com a melhor eficiência dos sistemas elétricos.
Diante disso, este trabalho propõe como objetivo, além de apresentar o atual
estado da técnica, relatar os avanços tecnológicos existentes para os métodos de
acionamento dos motores elétricos de indução trifásicos, bem como suas vantagens e
desvantagens.
Hoje as alternativas para partidas controladas de motores elétricos são 100%
eficientes para cada tipo de aplicação devido às diversas possibilidades oferecidas pelos
inversores de frequência. Através dos inversores é possível controlar diversos
parâmetros para total acionamento, controle e monitoramento do desempenho de
motores elétricos trifásicos.
Hoje o inversor de frequência está presente nos mais variados ramos indústrias
como principal alternativa aos tradicionais métodos de partida de motores.
Partida direta é o método de acionamento de motores de corrente alternada, na
qual o motor é conectado diretamente a rede elétrica. Ou seja, ela se dá quando
aplicamos a tensão nominal sobre os enrolamentos do estado do motor, de maneira
direta.
Neste tipo de partida, a corrente de pico (Ip) pode variar de 6 a 10 vezes a
corrente nominal do motor, sendo a forma mais simples de partir um motor.
6

Comumente, a vantagem principal é o custo, pois não é necessário nenhum outro


dispositivo de suporte que auxilie a suavizar as amplitudes de corrente durante a partida.
Há inúmeras desvantagens com relação a outros métodos de partida, como por
exemplo, um transiente de corrente e torque durante a partida. A corrente variando entre
6 e 10 vezes a nominal, obriga o projetista do sistema elétrico a superdimensionar o
sistema de alimentação, disjuntores, fusíveis, que fazem parte do circuito de elétrico que
alimenta o motor. Dependendo dos valores de pico de corrente, a tensão do sistema
pode sofrer quedas.
O Transiente de torque, faz com que os componentes mecânicos associados ao
eixo do motor, sofram desgaste prematuro. A situação piora à medida que a potência
elétrica do motor aumenta. Métodos alternativos que suavizam a partida direta, podem
ser obtidos com contadores e temporizadores (partida Estrela-Triângulo),
autotransformadores ou sistemas eletrônicos como os Soft Starters. Na partida dos
motores ocorre de não haver f.c.e.m. o que faz que a corrente de partida atinja valores
elevados. Em cálculos práticos aproximados pode-se considerar que a corrente de
partida é de 6 a 8 vezes a corrente nominal (para motores médios e grandes) e até 15
vezes a corrente nominal para pequenos motores.
Este pico de corrente na arrancada é muito prejudicial, pois provoca grandes
quedas de tensão na rede e grande efeito Joule (podendo queimar os fusíveis). Esta
queda de tensão é muito ruim porque prejudica o funcionamento dos outros
equipamentos que estão ligados à rede. Em consequência deste distúrbio sistemas de
controle, proteção e iluminação podem ter seu funcionamento prejudicado, causando
transtornos desagradáveis e perigosos.
Tendo em vista estes problemas as companhias fornecedoras de energia elétrica
estabelecem regulamentos que exigem dispositivos de partida para motores de médio e
grande porte que lhes reduzam a corrente de arranque. Observa-se que isto vem a
prejudicar o torque de partida do motor podendo inclusive não ter condições de arrancar
ou tornar a partida muito demorada o que também é um problema sério.
Por isso não se deve reduzir demais a corrente de partida. Para reduzir a corrente
de partida usa-se reduzir a tensão aplicada às bobinas do motor por meio de um
dispositivo qualquer (estudaremos a seguir). Verifica-se que o torque de partida de um
motor de indução trifásico é proporcional ao quadrado da tensão aplicada nas bobinas,
portanto não é aconselhável aplicar menos de 60% da tensão nominal.
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Sempre que os motores partem com carga é exigido o máximo de torque, assim
podemos utilizar outros artifícios tais como as embreagens eletromagnéticas e sistemas
mecânicos, que fazem com que o motor receba a carga no eixo somente após já ter
alcançado a rotação devida.
Em outros casos os motores partem diretamente, mas para isso é necessário que
a potência em kVA dos transformadores, as redes e outros equipamentos tenham
condições de suportar as correntes de partida.
Em geral é permitido partir motores diretamente até 9% dos kVA instalados nos
transformadores, e estas partidas, ou ligação de motores, devem ser escalonadas, além
do que, quando se utiliza motores de elevada potência que partem direto, estes motores
operam com alta tensão (2200V, 3300V, etc.). Os principais tipos de partida e suas
características serão objetos do estudo detalhado nos itens seguintes.
8

1. OBJETIVOS

1.1 OBJETIVOS GERAIS

O grande objetivo desse artigo é o de tratar um tema que é bastante abrangente, e


necessário em todo o estudo, que é feito durante o decorrer do curso de eletrotécnica. A
partir disso fazer uma grande exemplificação de tudo que é preciso, suas funções e
importância no sistema.
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1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Conceituar o Circuito Elétrico e seus componentes


 Exemplificar toda a sistemática dos Motores Elétricos
 Destacar o procedimento da partida elétrica
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2. CIRCUITOS ELÉTRICOS

2.1 CONCEITO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS

Um circuito elétrico é a ligação de elementos elétricos, tais como resistores,


indutores, capacitores, diodos, linhas de transmissão, fontes de tensão, fontes de
corrente e interruptores, de modo que formem pelo menos um caminho fechado para a
corrente elétrica.

Um circuito elétrico simples, alimentado por pilhas, baterias ou tomadas, sempre


apresenta uma fonte de energia elétrica, um aparelho elétrico, fios ou placas de ligação e
um interruptor para ligar e desligar o aparelho. Estando ligado, o circuito elétrico está
fechado e uma corrente elétrica passa por ele. Esta corrente pode produzir vários efeitos,
luz, movimentos, aquecimentos, sons, e etc.
Circuitos elétricos são conjuntos formados por um gerador elétrico, um condutor
em circuito fechado e um elemento capaz de utilizar a energia produzida pelo gerador.

2.2 TIPOS DE CIRCUITOS ELÉTRICOS

Gerador Elétrico

É o aparelho capaz de transformar qualquer tipo de energia em energia elétrica.


Sua principal função é fornecer energia para as cargas que o atravessam, como, por
exemplo, pilhas, baterias e usinas hidrelétricas.

Sua representação é dada por:

Representação do Gerador Elétrico


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Receptor Elétrico

É o aparelho responsável por transformar energia elétrica em outras formas de


energia, não sendo exclusivamente a energia térmica. Em nosso cotidiano, o melhor
exemplo de receptor é o motor elétrico, que transforma energia elétrica em energia
mecânica. Segue sua representação:

Receptor elétrico

Resistor

Elemento responsável por consumir energia elétrica, e convertê-la em calor, ou


seja, energia térmica. Esse fenômeno é chamado efeito Joule.

Ex: chuveiro elétrico, lâmpadas comuns, fios condutores, ferro elétrico.

Representação de resistores

Dispositivos de Manobra

São os responsáveis por desligar ou acionar o funcionamento do circuito


elétrico, como, por exemplo, os interruptores e as chaves.
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Esquema do Interruptor

Dispositivos de Segurança

Responsáveis pela interrupção da passagem da corrente elétrica, quando uma


grande intensidade elétrica, maior que o suportável pelo aparelho, é atravessada.
Os mais comuns são os fusíveis e os disjuntores.

Fusível

Dispositivos de controle

Medem ou identificam a corrente elétrica ou a diferença de potencial entre dois


pontos.
 Amperímetro: Mede a intensidade da corrente elétrica.
 Voltímetro: Mede a ddp entre dois pontos.
 Galvanômetro: Identifica a passagem de corrente elétrica ou a existência
de ddp.

Dispositivos de Controle: Amperímetro, voltímetro e galvanômetro


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2.3 RESISTORES

Resistor é um componente muito utilizado em equipamentos relacionados a


eletricidade, é um componente designado para possuir resistência, ele serve para causar
queda de tensão elétrica em alguma parte do circuito sem ter queda de corrente elétrica,
ou seja a corrente que entra é a mesma que sai havendo apenas a queda da tensão ele
serve também para transformar energia elétrica em térmica.

Resistores oferecem uma oposição à passagem de corrente elétrica através de seu


material, a essa oposição damos o nome de resistência elétrica que tem como unidade
ohm (Ω), essa resistência é a medida da oposição de um material (ou circuito) à
circulação de corrente elétrica, a resistência do condutor depende do tipo de material, do
seu comprimento, da área da seção transversal e da temperatura.

Os resistores são classificados em dois tipos: os fixos e os variáveis, nos fixos


sua resistência não pode ser alterada e os variáveis tem sua resistência modificada
dentro de uma serie de valores através de um cursor móvel. Os resistores são
identificados através de um código de cores que são faixas no corpo do resistor, devido
a fabricação de massa de resistores não é possível garantir um valor exato de resistência
para estes componentes havendo uma variação dentro do valor especificado de
tolerância.

Resistor e um dispositivo elétrico muito usado em eletrônica com a finalidade de


transformar energia elétrica em energia térmica (efeito joule), sua finalidade e obstruir a
passagem de corrente elétrica através de seu material. A essa obstrução damos o nome
de ohm.

Para um resistor ser ideal e necessário ter uma resistência elétrica que a tensão
ou a corrente elétrica permaneça constante os resistores podem ser fixo ou variável.

O valor de resistência do resistor não é a única coisa para considerar ao


selecionar um resistor para uso em um circuito. A "tolerância" e as avaliações de
energia elétrica ao qual o resistor se submeterá também são importantes.

A tolerância de um resistor denota a variação do valor da resistência. Por


exemplo, uma resistência com 5% tolerância indica um resistor que está dentro de 5%
do valor de resistência especificado.
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A máxima potencia de um resistor é especificado em Watts. A potencia de um


resistor é calculado usando o quadrado da corrente multiplicado pelo valor da
resistência do resistor, obtendo-se assim a potencia que irá se dissipar no mesmo (I2) x
(R).

Se a máxima potencia ao qual o resistor é taxado for excedido, ficará


extremamente quente, e pode até mesmo provocar queimadura quando nele encostamos.
A potencia dos resistores em circuitos eletrônicos são tipicamente taxados em sua
grande maioria como 1/8W, 1/4W, e 1/2W.

2.4 TIPOS DE RESISTORES

Em um resistor ôhmico mantido a uma temperatura constante a voltagem


aplicada é diretamente proporcional a corrente que o atravessa, ou seja, a resistência se
mantém sempre a mesma independente da tensão ou corrente aplicada.
Em um resistor não ôhmico o valor da resistência varia conforme mudamos a tensão que
o atravessa, pois a temperatura nele aumenta proporcionalmente a voltagem.

Resistores fixos são aqueles ao qual não e possível mudar o valor de sua
resistência são eles:

Resistor de fio: e usado em aplicações que requerem alta dissipação de potencia,


e feito de um fio metálico usualmente uma liga de níquel-cromo, e enrolado sobre um
núcleo de cerâmica.

Resistor de filme metálico: valores de resistência elevados são mais facilmente


obtidos, são feitos de deposição a vácuo de uma fina camada metálica sobre um
substrato de baixa expansão térmica.

Resistores de carbono: Têm baixo custo, mas tem a desvantagem de uma


variação relativamente alta da resistência com a temperatura, e feito com uma película
fina de carbono (filme) é depositada sobre um pequeno tubo de cerâmica.

Rede de resistor em linha (SIL): É feito com vários resistores de mesmo valor,
tudo em um invólucro. Um lado de cada resistor esta conectado com um lado de todos
os outros resistores internamente
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Resistores variáveis são aqueles que sua resistência pode ser ajustada por
movimento mecânico, temperatura, variação de tensão elétrica, luminosidade.

Reostato: e um resistor variável com dois terminais sendo um fixo e outro


deslizante. Geralmente são utilizados com altas correntes.

Potenciômetro: e um tipo de resistor variável comum, sendo comumente


utilizado para controlar a saída de um sinal.

PTC (Coeficiente de temperatura positiva): e um resistor dependente de


temperatura , quando a temperatura se eleva, a resistência do PTC aumento.

LDR (resistor dependente da luz): e uma resistência que varia de acordo com a
intensidade luminosa incidida, a resistência diminui com o aumento da intensidade
luminosa.

Resistor variável Varistor PTC NTC LDR Potenciômetro

Identificação do valor nominal do resistor: Os resistores são identificados por


um código de cores ou por um carimbo de identificação impresso no seu corpo.

2.5 CORRENTE ELÉTRICA

A corrente elétrica é formada por elétrons livres em movimento organizado. A


energia elétrica transportada pela corrente nada mais é do que a energia cinética dos
elétrons. Assim, nos circuitos elétricos, a energia cinética dos elétrons livres pode
transformar-se em energia luminosa ou em energia cinética dos motores, por exemplo.

Ao percorrer o circuito, do pólo negativo da pilha até o pólo positivo, os elétrons


livres perdem totalmente a energia que transportavam. E sem a reposição dessa energia
não seria possível a permanência de uma corrente elétrica.

A função de uma pilha é, portanto, fornecer a energia necessária aos elétrons


livres do fio, para que eles permaneçam em movimento. Dentro da pilha, os elétrons
adquirem energia ao serem levados do pólo positivo ao negativo. Ao chegarem ao pólo
negativo, movimentam-se novamente pela parte externa do circuito até alcançarem o
pólo positivo, e assim sucessivamente.

Ao levar um certo número de elétrons do pólo positivo para o negativo, a pilha


cede a eles uma certa quantidade de energia. O valor da energia que esses elétrons
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recebem, dividido pela quantidade de carga que eles têm, é a tensão elétrica existente
entre os pólos da pilha. Nas pilhas comuns, esse valor é 1,5 volt.

Em geral, um circuito elétrico é constituído por um conjunto de componentes


ligados uns aos outros e conectados aos pólos de um gerador. Uma bateria de carro ou
uma pilha, pode funcionar como gerador

Uma corrente elétrica é um fluxo ordenado de partículas carregadas (partículas


dotadas de carga elétrica). Em um fio de cobre, a corrente elétrica é formada por
minúsculas partículas dotadas de carga elétrica negativa, denominadas elétrons -- eles
são os portadores da carga elétrica.

No fio de cobre (ou de qualquer outro metal) os elétrons naturalmente lá


existentes vagueiam desordenadamente (têm sentidos de movimentos aleatórios) até
que, por alguma ordem externa, alguns deles passam a caminhar ordenadamente (todos
no mesmo sentido) constituindo a corrente elétrica.

A intensidade dessa corrente elétrica vai depender de quantos desses portadores,


em movimento bem organizado passam, por segundo, por um região desse fio.

A corrente elétrica, num circuito, é representada pela letra I e sua intensidade


poderá ser expressa em ampères (símbolo A), em miliampères (símbolo mA) ou outros
submúltiplos tal qual o microampères (símbolo mA).

Um ampère (1 A) é uma intensidade de corrente elétrica que indica a passagem


de 6,2x1018 elétrons, a cada segundo, em qualquer seção do fio. Esses 6,2x1018
elétrons (uma quantidade que escapa ao nosso pensamento) transportam uma carga
elétrica total cujo valor é de um coulomb (1 C). 'coulomb'(símbolo C) é a unidade com
que se medem as quantidades de cargas elétricas.

Se indicarmos a quantidade total de carga elétrica que passa pela seção de um fio
por Q (medida em coulombs) e o intervalo de tempo que ela leva para passar por essa
seção por Dt (medido em segundos), a intensidade de corrente elétrica I (medida em
ampères) será calculada por:

I = Q : Dt
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2.6 TEORIA DE CIRCUITOS

Desenvolvida a partir de medidas experimentais dos fenômenos elétricos.


Atualmente, pode ser vista como uma simplificação da Teoria Eletromagnética (Leis de
Maxwell).

É apresentada como concebida por Kirchhoff. Conceitos fundamentais: corrente


e tensão elétricas. Bipolo. Dispositivos contendo 2 terminais condutores.

Bipolo

A cada bipolo estão associadas uma corrente (que o atravessa) e uma tensão
(entre seus terminais).

Fontes de tensão dependentes

Bipolo cuja tensão entre os terminais não depende da corrente que o atravessa,
mas sim da tensão ou corrente em um outro bipolo.

Fontes de corrente dependentes

Bipolo cuja corrente que o atravessa não depende da tensão entre seus terminais,
mas sim da tensão ou corrente em um outro bipolo.
18

2.7 ESTUDO DE CASO

Estrutura de uma lanterna elétrica

As partes metálicas da lanterna são postas para conduzir a corrente elétrica


quando a lanterna é posta para funcionar e, além disso, foram escolhidas para resistirem
aos esforços físicos aos quais são submetidas.

A mola metálica, por exemplo, não só permite caminho elétrico para a corrente
como também mantém no lugar, sob pressão, as pilhas em seu interior. As partes
metálicas do interruptor têm que garantir bom contato elétrico e não ficarem danificadas
pelo uso contínuo.

Uma lanterna também tem partes feitas com material não condutor de corrente
elétrica, tais como plásticos e borrachas. A cobertura de plástico dessa lanterna é um
isolante elétrico. Sua forma é importante para que se tenha um manuseio cômodo. Sua
cor a tornará mais ou menos atraente aos olhos do usuário.

Como você verá, os circuitos elétricos conterão sempre partes que conduzem e
partes que não conduzem correntes elétricas. O segredo todo, nos circuitos elétricos, é
delimitar um caminho pré planejado para a corrente.
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A lâmpada incandescente e o refletor compõem o sistema óptica da lanterna. A


posição da lâmpada dentro do refletor deve ser tal que permita a obtenção de um feixe
estreito de luz.

Uma lanterna é um produto elétrico simples, mas muita gente já perdeu noites de
sono em seus projetos para que você tenha um dispositivo que trabalhe bem.

Diagrama de circuito de uma lanterna elétrica

Nesse circuito foram representadas simbolicamente, duas células voltaicas


(pilhas) ¾ formando uma bateria ¾, um interruptor e uma lâmpada incandescente. As
linhas no diagrama representam condutores metálicos (fios) que conectam as partes
entre si formando o circuito completo.

Um circuito elétrico é necessariamente um percurso fechado. Na lanterna, o


fechamento do interruptor completa o circuito, permitindo a passagem da corrente
elétrica.

Lanternas às vezes falham. Isso acontece quando as partes metálicas do


interruptor ou da lâmpada não entram efetivamente em contato (devido à sujeiras ou
ferrugens), quando a lâmpada "queima" (interrupção em seu filamento) ou quando as
pilhas "pifam" (esgotam suas energias químicas armazenadas, popularmente, ficam
'descarregadas'). Em qualquer um desses casos, o circuito estará incompleto.
20

3 MOTORES ELÉTRICOS

Grande parte dos motores elétricos atualmente empregados na indústria é do tipo


assíncrono e também podem ser chamados de Motor de Indução Trifásico – MIT.

O funcionamento desta máquina é muito eficiente e requer poucos cuidados na


manutenção, pois possui sua construção física bem simplificada, vida útil longa, baixo
custo e grande facilidade de manobra, sendo bastante empregado para a obtenção de
força motriz em aparelhos domésticos e principalmente em maquinaria de indústrias em
geral.

A principal vantagem do MIT em relação aos motores síncronos é o fato de


possuírem a capacidade de partirem sozinhos, mesmo estando à plena carga, ou seja,
não necessitam de equipamentos elétricos auxiliares para entrarem em funcionamento,
partindo do momento de repouso e atingindo seu máximo de movimento rotativo,
imediatamente após receberem tensão elétrica da fonte geradora em seus terminais
elétricos.

Existem diversos termos e definições específicas aplicáveis aos sistemas de


partida para os MIT e dentre elas, considera-se talvez o mais importante sendo o
conjugado ou momento.

Por definição, conjugado ou momento, é o conjunto de forças (binário)


produzido pelo eixo do rotor que provoca o movimento de rotação.
21

O conjugado não é constante do momento da partida até que a velocidade


nominal seja alcançada. Essa variação chama-se curva de conjugado, cujos valores são
expressos em porcentagem em relação ao conjugado nominal, ou seja, com relação ao
conjugado na velocidade a plena carga.

Cada motor tem suas próprias curvas de conjugado, que variam com a potência
e a velocidade do motor. Assim, em motores de velocidade e potência iguais, mas de
fabricantes diferentes, geralmente a curva do conjugado é diferente.

3.1 COMPONENTES DO MOTOR

Este equipamento é composto basicamente por duas partes, sendo conhecidas


como fixa e móvel. Existe a parte fixa que também é chamada de estator,
compreendendo a carcaça e o núcleo. A carcaça é a parte externa do motor, feita de
ferro fundido ou chapas de aço e serve para sustentar toda a máquina. O núcleo por sua
vez, é constituído de chapas de ferro-silício em forma de pacote rígido e em seu interior
há ranhuras longitudinais onde se alojam as bobinas.
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A parte móvel é constituída pelo induzido ou rotor e é composto de barras


condutoras fechadas em curto-circuito por meio de anéis. Essas barras têm a forma de
uma “gaiola de esquilo”, daí a origem do nome “MOTOR ELÉTRICO COM ROTOR
EM GAIOLA DE ESQUILO”.

Quando se trata de motores pequenos, as barras condutoras e os anéis de curto-


circuito são feitos de uma liga de alumínio que é fundida e injetada diretamente no rotor
laminado. Alguns rotores apresentam ainda, as ranhuras inclinadas em relação ao eixo,
visando a diminuição do ruído causado pelo corte das linhas magnéticas criadas pelo
indutor.

Nas ranhuras do estator existem três enrolamentos, distintos um do outro,


chamados fases do motor. Essas três fases são idênticas, porém, defasadas uma da outra
de 120º elétricos ve produzem campos magnéticos girantes, que se combinam para
formarem os pólos do estator. O rotor gira dentro de três enrolamentos constituídos por
bobinas existentes no estator, que formam o campo magnético.
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4TIPOS DE PARTIDA ELÉTRICA

4.1 Partida Direta

Partida direta é o método de acionamento de motores de corrente alternada, na


qual o motor é conectado diretamente a rede elétrica. Ou seja, ela se dá quando
aplicamos a tensão nominal sobre os enrolamentos do estator do motor, de maneira
direta.

Neste tipo de partida, a corrente de pico (Ip) pode variar de 4 a 12 vezes a


corrente nominal do motor, sendo a forma mais simples de partir um motor.
Comumente, a vantagem principal é o custo, pois não é necessário nenhum outro
dispositivo de suporte que auxilie a suavizar as amplitudes de corrente durante a partida.

Há inúmeras desvantagens com relação a outros métodos de partida, como por


exemplo, um transiente de corrente e torque durante a partida. A corrente variando entre
4 e 12 vezes a nominal, obriga o projetista do sistema elétrico a superdimensionar o
sistema de alimentação, disjuntores, fusíveis, que fazem parte do circuito de elétrico que
alimenta o motor. Dependendo dos valores de pico de corrente, a tensão do sistema
pode sofrer quedas.

O Transiente de torque, faz com que os componentes mecânicos associados ao


eixo do motor, sofram desgaste prematuro. A situação piora à medida que a potência
24

elétrica do motor aumenta. Métodos alternativos que suavizam a partida direta, podem
ser obtidos com contatores e temporizadores (partida Estrela-Triângulo),
autotransformadores ou sistemas eletrônicos como os Soft Starters.

4.2 Partida compensadora

Partida compensadora ou chave compensadora é utilizada para partidas sob


cargas de motores de indução trifásicos com rotor em curto-circuito, onde a chave
estrela-triângulo é inadequada. A norma prevê a utilização desta chave para motores,
cuja potência seja maior ou igual a 15 CV. Esta chave reduz a corrente de arranque,
evitando sobrecarregar a linha de alimentação. Deixa, porém, o motor com conjugado
suficiente para a partida.

A tensão na chave compensadora é reduzida através de um autotransformador


trifásico que possui geralmente taps de 50%, 65 % e 80% da tensão nominal.
25

Durante a partida alimenta-se com a tensão nominal o primário do


autotransformador trifásico conectado em estrela e do seu secundário é retirada à
alimentação para o circuito do estator do motor.

A passagem para o regime permanente faz-se desligando o autotransformador do


circuito e conectando diretamente a rede de alimentação o motor trifásico.

Este tipo de partida normalmente é indicado para motores de potência elevada,


acionando cargas com alto índice de atrito, tais como, como acionadores de
compressores, grandes ventiladores, laminadores, moinhos, bombas helicoidais e axiais
(poço artesiano), britadores, calandros, máquinas acionadas por correias, etc.

4.3 Partida estrela-triângulo

Partida estrela-triângulo é um método de partida de motores elétricos trifásicos,


que utiliza uma chave de mesmo nome. Esta chave, que pode ser manual ou automática,
é interligada aos enrolamentos do motor, que devem estar acessíveis em 6 terminais.

Neste método o motor parte em configuração estrela que proporciona uma maior
impedância e menor tensão nas bobinas diminuindo assim a corrente de partida o que
ocasionará uma perda considerável do conjugado (torque) de partida.
26

Através desta manobra o motor realizará uma partida mais suave, reduzindo sua
corrente de partida a aproximadamente 1/3 da que seria se acionado em partida direta.

A Partida Estrela-triângulo não pode ser utilizada em qualquer situação. É


necessário que o motor tenha disponível pelo menos seis terminais dos enrolamentos e
que a tensão nominal (tensão da concessionária) seja igual à tensão de triângulo do
motor.

Um ponto importantíssimo em relação a este tipo de partida de motor elétrico


trifásico, é que o fechamento para triângulo só deverá ser feito quando o motor atingir
pelos menos noventa por cento da rotação nominal. Logo, o ajuste de tempo de
mudança estrela-triângulo deverá estar baseado neste fato. O uso de um tacômetro é
essencial nesta tarefa na primeira vez que for testar o sistema com carga. A mudança da
configuração para triângulo sem que o motor tenha atingido este percentual de rotação
provocaria pico de corrente praticamente igual ao que teria se usasse partida direta. Se o
motor em questão não preenche este quesito por conta da carga instalada, é conveniente
que seja usado outro tipo de partida como: Chave compensadora, Soft-starter ou até
mesmo um Inversor de frequência nesta função.

4.4 Partida em série-paralelo

Partida em série-paralelo é um método na engenharia para efetuar a partida de


um motor. Nela é necessário que o motor elétrico seja ajustável para duas tensões, a
menor delas igual a da rede e a outra duas vezes maior. Este tipo de ligação exige nove
terminais do motor elétrico e que este seja ajustável para quatro níveis de tensão
(220/380/440/760 volts, por exemplo).

A tensão nominal mais comum é 220/440 volts, ou seja, durante a partida o


motor é ligado na configuração série (440 volts), até atingir sua rotação nominal e,
então, comuta para ligação em paralelo (220 volts).

Na partida série-paralelo o pico de corrente elétrica é reduzido a 1/4 porém, o


conjugado de partida do motor também se reduz na mesma proporção e, portanto, ele
precisa partir praticamente em vazio (sem carga).
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4.5 Chave de partidas soft-starter/stop

Para cargas que exijam acionamentos suaves acopladas a motores de grande


porte usa-se atualmente a partida suave com eletrônica de potência (soft-starter). É o
caso dos ventiladores, bombas e compressores de grande porte, esteiras transportadoras
e potência, maquinas de grande momento de inercia. Princípio de funcionamento As
chaves de partida estática, ou, chaves de partida e estado solido, assim chamados por
não haver comutação ON-OF, como o contator,

São dispositivo de manobra(microprocessador), adequado para partida e parada


suave de motores assíncrono trifásicos, onde desejamos eliminar os altos conjugados de
aceleração do motor e picos de corrente na partida. A partida suave é atualmente a mais
utilizadas em cargas acionadas por motores de potência superiores, operando em
categoria ade emprego AC- 2 e AC-3.

Dados podem para uma melhor especificação pode ser inserido em um programa
de simulação em PC e um programa de comunicação pode colocação em operação,
gerenciamento e manobra em PC. Através de um programa de
comunicação/parametrização podemos colocá-lo em operação

5 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DO INVERSOR DE FREQUÊNCIA

Está no fato de que a velocidade síncrona de um motor é função da frequência de


rede de alimentação e do números e polo do motor. O número de polos de um motor é
imutável para um motor apenas com um enrolamento por fase e por ranhura, e é a
função características de um enrolamento de um motor.
28

Os motores dahlander e os motores com mais de um enrolamento na armadura,


variam de velocidade, mas pela mudança de números de polos do motor, conforme a
ligação feita. As variações de velocidades são sempre fixas e proporcionais aos números
de polos. Quando há um motor com apenas um enrolamento.

O número de polos é fixo, logo a rotação do motor também. Para esse motor,
quando há a variação da frequência da rede de alimentação, há também a variação da
velocidade do mesmo, proporcional a variação de frequência. Logo inversor de
frequência deve controlar a frequência do sinal que alimenta o motor.

Para conseguir fazer a essa variação na frequência de rede de alimentação, o


inversor frequência pela rede elétrica disponível. Que no caso do Brasil é de 50/60Hz.
Após entrada de alimentação (CA) no inversor a tensão é retificada para tensão continua
(CC).

O sinal alternado conseguido para alimentar o motor é feito através de uma


técnica chamada de PWM, ou modulação por largura de pulso, que reconstrói o valor de
tensão na saída do inversor, porém com uma frequência definida pelo usuário que pode
ser 0Hz, a até (dependendo do modelo do fabricante) em torno de 500Hz.
29

6 MODOS DE PARTIDA

6.1 Partida direta ou a plena tensão

Este é sistema de partida em que os terminais do motor são conectados


diretamente à rede no instante da partida, recebendo, portanto tensão nominal na
partida, disto resulta bom torque de partida, porém com os problemas da alta corrente.
30

É o método de partida mais simples, em que não são empregados dispositivos


especiais de acionamento. Apenas são utilizados disjuntores, chaves interruptoras ou
contadores. Esta partida só é permitida pela maioria das concessionárias de energia
elétrica quando o motor tiver potência igual ou menor a:

 5 CV – rede trifásica de 220/110V


 7,5 CV – rede trifásica de 380/220V
 9% dos KVA do transformador se este for individual do consumidor.

De forma prática podemos considerar que o método de partida direta pode ser
utilizado se as seguintes condições forem satisfeitas:

 A corrente nominal da rede é tão elevada que a corrente de partida do motor não
é relevante;
 A corrente de partida do motor é de baixo valor porque sua potência é pequena;
 A partida do motor é feita sem carga, o que reduz o tempo de partida e,
consequentemente, também os efeitos sobre o sistema de alimentação.

Os fatores que impedem a partida de motores de forma direta são:


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 As condições impostas pela concessionária fornecedora de energia elétrica (visto


anteriormente);
 A partida do motor provoca o desligamento dos circuitos dos outros motores ou
dos disjuntores primários (proteção geral da rede);
 A carga a ser movimentada necessita de acionamento lento e progressivo.

Do ponto de vista elétrico da máquina motriz, o sistema de partida direta é o


melhor sistema, visto que o motor parte com suas características nominais de projeto.

As chaves de partida direta são chaves que simplesmente ligam e desligam os


motores, podem ser de acionamento manual ou automático, de alavanca, botão,
manopla, direta ou reversora, etc.

6.2 Partida com tensão reduzida

Sempre que possível, a partida de um motor trifásico de gaiola deve ser direta,
isto é, a plena tensão, por meio de um dispositivo de controle, geralmente um contador.
32

Existem conjuntos pré-montados, para a partida direta de motores, que reúnem,


no mesmo invólucro:

- dispositivo de controle (por exemplo, um contador tripolar);

-dispositivo de proteção contra sobrecarga (por exemplo, relé bimetálico);

- proteção do circuito terminal contra curto-circuito (por exemplo, dispositivo


fusível).

Determinadas cargas ou máquinas necessitam de partidas suaves e aceleração


gradativa, não suportando os altos valores de conjugados produzidos na partida direta
(motor a plena tensão). Além disso, devemos obedecer às normas das concessionárias
de energia elétrica que limitam a potência de partida direta, devido aos altos picos de
corrente e consequente flutuação da tensão.

A grande maioria dos motores é fornecida com terminais do enrolamento


religáveis, de modo a poderem funcionar em redes de pelo menos duas tensões
diferentes. Os principais tipos de religação de terminais de motores para funcionamento
em mais de uma tensão são: Chave Estrela-Triângulo e Ligação série-paralela. Podemos
ainda partir motores com sistemas de corrente reduzida usando os seguintes dispositivos
ou métodos:

 Chave compensadora
 Partida com resistores em série;
 Uso de motor de rotor bobinado ou motor de anéis;
 Conversores de frequência;
 Sistemas eletrônicos tipo Soft-Starters.

6.3 Chave de partida estrela-triângulo (-)

Para a partida com chave estrela-triângulo (-), é fundamental que o motor


tenha a possibilidade de ligação em dupla tensão, por exemplo, 220/380V, 380/660V ou
440/760V; os motores deverão ter, no mínimo, 6 bornes de ligação.
33

A partida estrela-triângulo poderá ser usada quando a curva de conjugados de


motor for suficientemente elevada para garantir a aceleração da máquina com a corrente
reduzida. Na ligação estrela, a corrente fica reduzida para 33% da corrente de partida na
ligação triângulo; a curva do conjugado é também reduzida na mesma proporção. Por
esse motivo, sempre que for necessária uma partida estrela-triângulo, deverá ser usado
um motor com conjugado elevado. Existem casos em que esse tipo de partida não pode
ser aplicado.

Se na partida estiver em ligação estrela, o motor acelera a carga até a velocidade


n, aproximadamente 85% da rotação nominal, então a ligação deverá ser alterada para
triângulo.

Este tipo de ligação exige seis terminais no motor e serve para quaisquer tensões
nominais duplas, desde que a segunda seja igual à primeira multiplicada por .
Exemplos: 220/380V - 380/660V - 440/760V. Nos exemplos 380/660V e 440/760V, a
tensão maior declarada só serve para indicar que o motor pode ser acionado através de
uma chave de partida estrela-triângulo. Motores que possuem tensão nominal de
operação acima de 600V deverão possuir um sistema de isolação especial, apto a esta
condição.

6.4 Chave de partida série-paralelo

O enrolamento de cada fase é dividido em duas partes (lembrar que o número de


pólos é sempre par, de modo que este tipo de ligação é sempre possível). Ligando as
duas metades em série, cada metade ficará com a metade da tensão de fase nominal do
motor. Ligando as duas metades em paralelo, o motor poderá ser alimentado com uma
tensão igual à metade da tensão anterior, sem que se altere a tensão aplicada a cada
bobina.

Este tipo de ligação exige nove terminais no motor e a tensão nominal (dupla)
mais comum, é 220/440V, ou seja, o motor é religado na ligação paralela quando
alimentado com 220V e na ligação série quando alimentado em 440V. As figuras
anteriores mostram a numeração normal dos terminais e os esquemas de ligação para
estes tipos de motores, tanto para motores ligados em estrela como em triângulo. Os
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mesmos esquemas servem para outras duas tensões quaisquer, desde que uma seja o
dobro da outra, por exemplo, 230/460V.

Nestes casos, o motor parte com tensão reduzida em suas bobinas. A chave
série-paralelo proporciona uma redução de corrente para 25% do seu valor para partida
direta.

É apropriada para cargas com partida necessariamente em vazio, pois o


conjugado de partida fica reduzido a 1/4 de seu valor de tensão nominal (partida direta).
Este tipo de chave é utilizado para motores de 4 tensões (220/380/440/760V) e no
mínimo 9 terminais acessíveis.

6.5 Triângulo Série-Paralelo (-)

Chave de partida própria para motores com a execução dos enrolamentos em


220/380/440/660V ou 220/440V. A tensão da rede deve ser necessariamente 220V.

Na partida executa-se a ligação triângulo série (apto a receber 440V) e aplica-se


a tensão de triângulo paralelo (220V). Após a partida, quando o motor alcançar
aproximadamente 90% da rotação nominal, comuta-se a ligação para triângulo paralelo
assim as bobinas passam a receber tensão nominal (220V).

6.6 Estrela Série-Paralelo (-)

Chave de partida própria para motores com a execução dos enrolamentos em


220/380/440/660V ou 380/760V. A tensão da rede deve ser necessariamente 380V. Na
partida executa-se a ligação estrela série (apto a receber 760V) e aplica-se a tensão de
estrele paralelo (380V).

Após a partida, quando o motor alcançar aproximadamente 90% da rotação


nominal, comuta-se a ligação para triângulo paralelo assim as bobinas passam a receber
tensão nominal (380V).

6.7 Chave compensadora


35

Esta chave de partida alimenta o motor com tensão reduzida em suas bobinas, na
partida. A chave de partida compensadora pode ser usada para motores que partem sob
carga. O conjugado resistente de partida da carga deve ser inferior à metade do
conjugado de partida do motor.

A redução de tensão nas bobinas (apenas durante a partida) é feita através da


ligação de um autotransformador em série com as mesmas. Na partida aplica-se tensão
reduzida (50% a 80%) conforme a exigência da carga. Após o motor ter atingido cerca
de 90% da rotação nominal comuta-se para tensão nominal. Esta chave pode ser
utilizada para qualquer numero de terminais acessíveis.

A chave comutadora tem contatos imersos em óleo e um autotransformador


subdimensionado que limita o número de partidas, pois aquece muito, portanto se deve
observar as instruções quanto ao número máximo de partida e sua duração.

As chaves compensadoras manuais são dotadas de proteção mecânica que só


permite a ligação em plena tensão depois de ter sido dada a partida com tensão reduzida
36

e há um eletroímã que mantém a chave ligada na posição de plena tensão. Quando o


circuito do eletroímã for desenergizado por falta de energia elétrica, por sobrecarga, por
ação do botão desliga ou pela retirada da tampa o motor é desligado e deve ser dada
uma nova partida. A redução da corrente de partida depende do Tap em que estiver
ligado o autotransformador.

 TAP 50% - redução para 25% do seu valor de partida direta


 TAP 65% - redução para 42% do seu valor de partida direta
 TAP 80% - redução para 64% do seu valor de partida direta

Seja, por exemplo, um motor ligado a um circuito de 220V, cuja corrente de


partida seja de 100A. Com o autotransformador no Tap 65%, a tensão nos bornes do
motor será:

Com a tensão reduzida para 65%, a corrente no motor será também 65% da de
partida, ou seja, 65A. A corrente no circuito antes do autotransformador IL será:

Sendo VL a tensão do circuito. Daí:

Devemos lembrar que o produto corrente x tensão é igual na entrada e na saída


do autotransformador, isto é:

O conjugado de partida é proporcional ao quadrado da tensão aplicada aos


bornes do motor, no caso 0,65x0,65=0,42, ou seja, aproximadamente a metade do
conjugado nominal.

6.8 Partida eletrônica (soft-starter)

O avanço da eletrônica permitiu a criação da chave de partida a estado sólido, a


qual consiste de um conjunto de pares de tiristores (SCR) (ou combinações de
tiristores/diodos), um em cada borne de potência do motor.
37

O ângulo de disparo de cada par de tiristores é controlado eletronicamente para


aplicar uma tensão variável aos terminais do motor durante a aceleração.

No final do período de partida, ajustável tipicamente entre 2 e 30 segundos, a


tensão atinge seu valor pleno após uma aceleração suave ou uma rampa ascendente, ao
invés de ser submetido a incrementos ou saltos repentinos.

Com isso, consegue-se manter a corrente de partida (na linha) próxima da


nominal e com suave variação. Além da vantagem do controle da tensão (corrente)
durante a partida, a chave eletrônica apresenta, também, a vantagem de não possuir
partes móveis ou que gerem arco, como nas chaves mecânicas. Este é um dos pontos
fortes das chaves eletrônicas, pois sua vida útil torna-se mais longa.

CONCLUSÃO

Em todo setor industrial, do mais simples ao mais complexo sistema venham a


desempenhar de modo satisfatório o seu papel no processo produtivo, ou seja, colocar
alguma máquina e/ou em movimento, deve-se assegurar que o mesmo irá funcionar de
modo eficaz e principalmente seguro, tanto no que diz respeito a máquina em si, como
38

para as pessoas que por ventura possam diretamente ou indiretamente estar envolvidas
na operação do equipamento.

Os motores são acionados(energizados) através de chaves de partida para


realizarem dos mais diversos trabalhos seja na indústria e até mesmo nos condomínios
residenciais e prédios comerciais e por que não dizer no meio rural (exemplo: uma moto
bomba d’água monofásica).

As chaves de partida, podem ser do tipo manual – quando há intervenção direta


do operador na comutação dos contatos da chave, através de acionamento por esforço
mecânico em uma manopla ou alavanca comutadora, como por exemplo a chave tripolar
tipo faca, chave de partida direta reversora manual, chave Y-D manual e a chave
compensadora manual. Do tipo eletromagnéticas (semiautomáticas e automáticas) -
quando usados contatores para estabelecer ou interromper a energia de alimentação do
motor elétrico.

Nesse caso não há uma interversão direta do operador na comutação dos


contatos da chave de partida. Estas chaves com uso do contator podem ser acionado por
comando tipo semiautomático. O operador deve acionar uma botoeira para que,
conforme a lógica do funcionamento do esquema elétrico do equipamento seja acionado
o motor.

Do tipo automática quando o comando do contator é feito diretamente por


dispositivos analógico como termostato, chaves de nível, pressostatos, existência de
tensão, temporizadores e etc.; ou ainda associados por uma lógica de funcionamento por
processo controlado por uma programação feita num LPC.

Buscou-se um explanação acerca do princípio de funcionamento dos motores


elétricos de indução, com rotor em gaiola de esquilo e também algumas formas
amplamente utilizadas na indústria de modo geral, para o acionamento dessas
magníficas máquinas.

Falando em acionamentos, foram apresentados em dois momentos (tradicionais


e avançados), sendo o primeiro, voltado para os sistemas de partidas tradicionais, já
largamente utilizados há tempos, por profissionais liberais, técnicos, engenheiros
eletricistas, dentre outros, atuantes nas indústrias de modo geral.
39

Já o segundo momento, ficou restrito aos métodos de acionamentos eletrônicos,


onde foram apresentadas as chaves de partida do tipo Soft-Starters e também os
Conversores de Frequência. Esses dois equipamentos destinados ao acionamento e
controle dos motores de indução com rotor em gaiola, são relativamente novos no
mercado elétrico, porém, podem ser encontrados em diversas aplicações práticas e suas
vantagens propiciadas aos sistemas são altamente perceptíveis, devido à alta faixa de
regulagens disponíveis nos tais equipamentos.

Com o avanço da eletrônica de potência, os motores de indução, que já eram


uma tradicional solução para acionamentos de velocidade contínua, estão sendo
utilizados com sucesso também em aplicações que exijam variação de velocidade.
Nesses casos, porém, o motor não é alimentado diretamente pela rede (senoidal), mas
sim, por meio de um conversor estático de frequência.

A utilização de motores de indução com conversores eletrônicos apresenta


grandes vantagens tanto energéticas quanto econômicas, quando comparada com outras
soluções existentes para aplicações industriais de velocidade variável. No entanto, o uso
de conversor traz consequências, fato que os fabricantes de motores precisam estar
atentos.

Assim, o crescente número de aplicações com motores de indução operando em


regime de velocidade variável (acionados por conversores); exige o bom entendimento
do sistema de potência como um todo e das interações que ocorrem entre as partes que o
compõem (rede – conversor – motor – carga).

Depois de tudo que foi visto ao longo do trabalho sabemos portanto que um
circuito elétrico é a ligação de elementos elétricos, tais como resistores, indutores,
capacitores, diodos, linhas de transmissão, fontes de tensão, fontes de corrente e
interruptores, de modo que formem pelo menos um caminho fechado para a corrente
elétrica.

A partir dessa premissa, entende-se que um circuito elétrico simples, alimentado


por pilhas, baterias ou tomadas, sempre apresenta uma fonte de energia elétrica, um
aparelho elétrico, fios ou placas de ligação e um interruptor para ligar e desligar o
aparelho. Estando ligado, o circuito elétrico está fechado e uma corrente elétrica passa
por ele.
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E a partir desse ponto de vista, sabemos que esta corrente pode produzir vários
efeitos, luz, movimentos, aquecimentos, sons, e etc. Circuitos elétricos são conjuntos
formados por um gerador elétrico, um condutor em circuito fechado e um elemento
capaz de utilizar a energia produzida pelo gerador.

Concluímos que , o capacitor no circuito elétrico trabalha normalmente junto


com uma bobinha; como você sabe, uma bobina e um capacitor tem uma frequência
determinada de sintonia; ao ser alterada a capacitância, altera a frequência também; é
assim que funciona a sintonia de um radio com um capacitor variável ou um diodo, que
nesse caso é comandado por tensão.
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REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5280.


Instalações Elétricas de Baixa tensão. Rio de Janeiro, 2000.

CARVALHO, Geraldo. Máquinas Elétricas – Teorias e Ensaios. 4. ed. São


Paulo: Érica, 2011.

FRANCHI, Claiton Moro. Acionamentos Elétricos. 4. ed. São Paulo: Érica,


2008.

Manual da Soft-Starter. Santa Catarina: 2009. 120 p. (Série SSW-03 plus)

Manual do Inversor de Frequência. Santa Catarina: 2009. 214 p. (Série CFW-08


plus).

Close, C.M. “ Circutos Lineares”, Ed.LTC.


David E. Johnson; John L. Hilburn; Johnny R.Johnson “ Fundamentos de
Análises de Circuitos Elétricos”, 4ª Edição, Ed. LTC.
J.David Irwin. “ Introdução à Análise de Circuitos Elétricos”, ED.LTC.
Edminister, J.A. “ Circuitos Elétricos”. ED. McGraw-Hill LTDA; 1991; 2 Edição.
(Coleção Schaum).
John Bird. “ Circuitos Elétricos”. ED. Campus.
ORSINI, L.Q; CONSONNI,D. “ Curso de Circuitos Elétricos”, Vol 1 e 2,
Ed.Bluncher.
O’ Malley,J. “Análise de Circuitos”, ED. Makron Books do Brsail; 1994; 2
Edição.
42

>>http://w.eletrodomesticosforum.c/curso_tecnico_eletromecanica.pdf<< Acesso em 15
de Maio de 2015.

>>http://w.femc.edu.com.br<< Acesso em 14 de Maio de 2015.

>>http://w.seatech-br.com/proteção/comandos_eletricos.pdf<< Acesso em 15 de Maior


de 2015.

>>http://w.corradi.junior.nom.br/comandosEletr.pdf<< Acesso em 13 de Maio de 2015.

>>http://w.adjutojunior.com.br/...eletricas/maquinas_e_comandos_eletricos.pd<<
Acesso em 17 de Maio de 2015.

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