EXAME FISICO RESPIRATÓRIO

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Exame físico do tórax

(Respiratório)
É conveniente estabelecer os pontos de referência
CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS anatômicos, as linhas e as regiões torácicas, assim como a
projeção na parede do tórax dos pulmões, do coração, do
fígado, do fundo do estômago e do baço.

AESTÁ
CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS

AESTÁ
COLETA DE DADOS É de fundamental importância pesquisar
sobre:

PROFISSÃO E Trabalhadores da indústria, rurais e que exercem atividades em ambientes


PROCEDÊNCIA fechados

HISTÓRICO Tabagismo, etilismo, condições de habitação, animais


SOCIAL domésticos (pombo, felinos)
AESTÁ

HISTÓRICO Pesquisar a ocorrência de doenças alérgicas, malignas e contagiosas


FAMILIAR

VACINAÇÃO Pesquisar a ocorrência de doenças alérgicas, malignas e


contagiosas
COLETA DE DADOS Levantar os seguintes dados:

Frequência,
TOSSE intensidade, umidade,
horário, fatores
desencadeantes
Aos esforços, em
DISPNEIA
repouso, fatores
AESTÁ

desencadeantes

Frequência, início,
HEMOPTISE quantidade e aspecto
(sangue vivo,
Quantidade, espumoso)
Aspecto (mucosa, DOR: Localização, início, tipo,
EXPECTORAÇÃO
purulenta, serosa, intensidade, duração, fatores
hemática) desencadeantes, irradiação
EXAME FÍSICO RESPIRATÓRIO

O exame dos pulmões compreende

AESTÁ

INSPEÇÃO PALPAÇÃO PERCUSSÃO AUSCULTA


(estática e dinâmica)

O paciente deve sentar-se em uma banqueta, na mesa de exame ou no


próprio leito.

O examinador fica de pé, movimentando-se ao seu redor.


Se o paciente não puder ficar sentado, o exame é feito na posição deitada.
Em tal eventualidade, serão obtidas menos informações
EXAME FÍSICO RESPIRATÓRIO

O paciente deve estar despido até a cintura;

Ambiente tranquilo e privacidade preservada AESTÁ

Se o paciente não puder ficar sentado, o exame é feito na posição deitada (principalmente na
mulher). Mas pode realizar sentada também (Em tal eventualidade, serão obtidas menos
informações)

O paciente deve ficar sentado com os braços cruzados sobre a região anterior com as
mãos nos ombros. (afasta as escápulas aumentando a área de acesso pulmonar)
INSPEÇÃO

ESTÁTICA DINÂMICA

• Estado da pele (coloração, • Tipo respiratório;


integridade, lesões • Ritmo respiratório
elementares); • Frequência da respiração
AESTÁ

• Formato do tórax • Amplitude dos movimentos


• Presença ou não de respiratórios
abaulamentos e depressões; • Presença ou não de tiragem
• Expansibilidade pulmonar.
INSPEÇÃO ESTÁTICA
Formato do tórax
A forma do tórax apresenta variações em relação à idade, ao sexo e ao biótipo.

AESTÁ

No adulto o tórax normal tem o diâmetro lateral maior que o ântero-posterior e os dois
hemitórax são simétricos.
INSPEÇÃO ESTÁTICA
Formato do tórax

Escoliótico
AESTÁ

Ocorre o encurvamento
Também é O diâmetro ântero-
posterior da coluna
considerado normal. posterior é maior que
torácica. Ex: Tuberculose,
Diâmetro lateral 2 x o diâmetro lateral
osteomielite, neoplasias,
maior que o ântero (forma de um tonel). Cifoescolíotico
lesões traumáticas, etc.
posterior. Comum Comum em Enfisema
em longilíneos pulmonar
INSPEÇÃO ESTÁTICA
Formato do tórax

Carinatum ou Pectus Carinatum


AESTÁ

Infundibuliforme ou Pectus Escavatum


Nota-se ao nível do esterno
Depressão mais ou menos uma saliência em forma de
acentuada ao nível do terço inferior peito de pombo ou quilha de
do esterno com consequente navio.
deformidade das cartilagens costais.
INSPEÇÃO ESTÁTICA
Formato do tórax

AESTÁ

Piriforme ou Tórax em sino


Tórax instável ou traumático
Fratura de várias costelas, observam-se
•A porção inferior torna-se alargada como
movimentos torácicos paradoxais, ou
a boca de um sino.
seja, na inspiração a área
•Comum em hepatoesplenomegalias e
correspondente desloca-se para
cirrose
dentro, e na expiração desloca-se para
fora.
INSPEÇÃO ESTÁTICA
Avaliação de abaulamentos e depressões

ABAULAMENTO ÂNTERO-SUPERIOR
ABAULAMENTO DO PRECÓRDIO
Aneurisma de aorta
hipertrofias do ventrículo
(abaulamento arredondado e
esquerdo, principalmente
pulsátil), tumores do timo ou
em crianças; AESTÁ

mediastino

ABAULAMENTO NA BASE DO
HEMITÓRAX
DEPRESSÃO DE
HEMITÓRAX
Atelectasia ou lesões
fibróticas de um pulmão ou
de um lobo pulmonar
INSPEÇÃO DINÂMICA
Avaliação do TIPO RESPIRATÓRIO

COSTAL SUPERIOR: TORACOABDOMINAL:


Observada principalmente Predominante no sexo
no sexo feminino. Na masculino. Ocorre o
INSPIRAÇÃO o tórax deslocamento da parte
descola-se para frente e AESTÁ
inferior do tórax.
para cima

DIAFRAGMÁTICO:
Observada em ambos os
sexos na posição deitada.
Prevalece a movimentação da
parte inferior do tórax e a
superior do abdomen
INSPEÇÃO DINÂMICA
Avaliação da AMPLITUDE DA RESPIRAÇÃO

AESTÁ

Em condições fisiológicas NORMAIS a respiração é superficial, durante o sono e em


períodos de repouso, já durante períodos de esforços e emoções a respiração é profunda.

Em ritmos respiratórios anormais é comum a ocorrência de respirações profundas e


superficiais.
INSPEÇÃO DINÂMICA
Avaliação da FREQUÊNCIA DA RESPIRAÇÃO

TAQUIPNÉICO

AESTÁ

EUPNÉICO

BRADIPNÉICO
FONTE (POTTER, 2018)
INSPEÇÃO DINÂMICA
Avaliação do RITMO
RESPIRATÓRIO

• Sucessão regular de movimentos


NORMAL
respiratórios, de profundidade mais ou
menos normal.
AESTÁ

ANORMAL
DISPNÉIA • Platipnéia
alterações na • Ortopnéia
seqüência, na • Treptopnéia
forma ou na • Respiração de Cheyne-Stokes
amplitude dos • Respiração de Biot;
movimentos • Respiração de Kusmmal;
respiratórios • Respiração Suspirosa
INSPEÇÃO DINÂMICA
Avaliação do RITMO RESPIRATÓRIO

PLATIPNEIA ORTOPNEIA TREPTOPNEIA

Condição na qual o paciente


Dificuldade para respirar na Dificuldade para
respira mais
posição ereta, aliviada na respirar na posição
confortavelmente em
posição deitada. Pode deitada; Aliviando
decúbito lateral. Pode
AESTÁ

ocorrer após quando fica na posição


ocorrer na insuficiência
pneumectomia de fowler ou sentada
cardíaca congestiva e no
derrame pleural
INSPEÇÃO DINÂMICA Avaliação do RITMO RESPIRATÓRIO

•É ARRÍTMICA - amplitude variável (superficiais e profundos) e


É CÍCLICA – Inicia com incursões respiratórias curtas, cessação dos mesmos por períodos de apnéia. Indica lesão no
aumenta gradativamente, diminui e tem períodos de centro respiratório(com grave comprometimento do encéfalo) Ex:
apnéia meningites, tumores intra-cranianos, hematomas
AESTÁ

.Ex: recém-nascidos normais. Em condições patológicas


pode estar presente na ICC, AVC, TCE

Inspirações rápidas e amplas interrompidas por curtos Situação em que vez por outra, interrompendo a sequência
períodos de apnéia, depois ocorre expirações profundas e regular dos movimentos respiratórios, ocorre uma inspiração
ruidosas também sucedidas por períodos curtos de apnéia. mais profunda, ou seja, suspiros passam a interromper o ritmo
Ex: cetoacidose diabética, insuficiência renal com uremia e respiratório normal. Está relacionada a tensão emocional
em outros tipos de acidose
INSPEÇÃO DINÂMICA
Avaliação da TIRAGEM INTERCOSTAL
Nas regiões axilares e infra-axilares, os espaços intercostais
apresentam ligeira depressão durante a inspiração
É um fenômeno fisiológico

Quando há obstáculo em uma via respiratória, dificultando ou impedindo


a passagem de ar, a parte do pulmão correspondente NÃO se expande
Dependendo da altura a tiragem pode ser:
AESTÁ

TIRAGEM UNILATERAL TIRAGEM BILATERAL

Oclusão de um Quando a oclusão


brônquio principal está acima da
direito ou esquerdo bifurcação traqueal
1 – PALPAR A ESTRUTURA TORÁCICA
PALPAÇÃO RESPIRATÓRIA 2 – MEDIR A EXCURSÃO TORÁCICA (MANOBRA DE RUAULT)
3 – VERIFICAR O FRÊMITO TORACO-VOCAL

É conveniente que os dedos estejam bem aderidos à parede torácica de


tal modo que a movimentação dessa região leve consigo a mão do
examinadorAESTÁ

A excursão torácica deve ser simétrica, separando os


polegares 3 a 5 cm.
Menor que 3 pode ser causada por dor, deformidade
postural ou fadiga;
1 – PALPAR A ESTRUTURA TORÁCICA
PALPAÇÃO RESPIRATÓRIA 2 – MEDIR A EXCURSÃO TORÁCICA (MANOBRA DE RUAULT)
3 – VERIFICAR O FRÊMITO TORACO-VOCAL

A diminuição da expansibilidade pulmonar pode ser:

UNILATERAL BILATERAL AESTÁ

Localização apical traduz


Localização apical traduz
processo infeccioso
processo infeccioso
cicatricial do ápice
cicatricial;
pulmonar;
Se for basal pode ser
Se for basal ocorre no
gravidez, ascite, obesidade
derrame pleural, nas
etc
hepatomegalias e
esplenomegalias
1 – PALPAR A ESTRUTURA TORÁCICA
PALPAÇÃO RESPIRATÓRIA 2 – MEDIR A EXCURSÃO TORÁCICA (MANOBRA DE RUAULT)
3 – VERIFICAR O FRÊMITO TORACO-VOCAL
Corresponde as vibrações percebidas na parede torácica pela mão do examinador quando o paciente emite
algum som

33 O aumento traduz consolidação de uma


área pulmonar. Ex: Pneumomias
AESTÁ

Utilizar a parte óssea da


palma da mão e dos A diminuição ou desaparecimento
dedos ou a superfície relaciona-se a algum impedimento Ex:
ulnar da mão derrame pleural, atelectasia, enfisema
pulmonar
PERCUSSÃO RESPIRATÓRIA Técnica de avaliação da produção de sons pelo contato da
mão com a parede torácica, nos espaços intercostais

AESTÁ

Ajuda a determinar se os tecidos estão cheios de ar, liquido ou se são sólidos


PERCUSSÃO RESPIRATÓRIA ROTEIRO PARA REALIZAÇÃO DA PERCUSSÃO TORACICA

Atenção a posição
dos braços

AESTÁ

1. ANTERIOR 2. LATERAL 3. POSTERIOR

Seguir a sequência do ápice para base pulmonar


e de forma comparativa
PERCUSSÃO RESPIRATÓRIA SONS NORMAIS ENCONTRADOS NA PERCUSSÃO DO
TÓRAX
O tecido pulmonar normal apresenta som ressonante ou claro pulmonar, com timbre grave e oco

AESTÁ

Maior parte do
tórax •Macicez Cardíaca
(3º – 6º EIE)

•Submacicez hepática
(a partir 4º EID)
•Macicez hepática
Espaço de traube
(a partir do 5º EID)
Som timpânico e oco
PERCUSSÃO RESPIRATÓRIA SONS NORMAIS ENCONTRADOS NA PERCUSSÃO DO
TÓRAX

Região
Maior parte do escapular
AESTÁ

tórax

A partir do 11º
intercosto à
A partir da 8ª ou 9ª
esquerda
costela à direita
(projeção renal)
(projeção renal)
PERCUSSÃO RESPIRATÓRIA SONS ANORMAIS ENCONTRADOS NA PERCUSSÃO DO
TÓRAX
HIPERSONORIDADE
PULMONAR
Aumento de ar nos alvéolos pulmonares

SUBMACICEZ E
MACICEZ
AESTÁ

Indica redução ou inexistência de ar no interior dos alvéolos

RESSONÂNCIA
SKÓDICA
Pode ser percebida nas áreas situadas ao redor de
uma condensação ou acima de um derrame pleural

Ar aprisionado no espaço pleural


TIMPÂNICO (pneumtórax) ou em uma grande
cavidade pulmonar
AUSCULTA RESPIRATÓRIA
Avalia o fluxo aéreo pela árvore traqueobrônquica

Avalia as condições dos pulmões e do espaço pleural

AESTÁ

Ouvir os sons gerados pela respiração

Ouvir ruídos adventícios

Ouvir os sons da voz falada e sussurrada


AUSCULTA RESPIRATÓRIA Preparo do paciente para o exame

Paciente
AESTÁ

preferencialmente Respiração mais


sentado profunda com lábios
semi-abertos

Tórax descoberto Receptor mais


Comparativa e simétrica
adequado – diafragma
SONS NORMAIS DURANTE A AUSCULTA
AUSCULTA RESPIRATÓRIA
RESPIRATÓRIA
Os ruídos da respiração normal resultam da respiração provocada pela corrente aérea ao percorrer o
sistema tubular e alveolar

AESTÁ

é um som com gravidade intermédia


entre o som bronquial e o murmúrio
vesicular. É preferencialmente
auscultado no primeiro e segundo
espaço intercostal na face anterior e
entre as escápulas. Possui duração
igual na inspiração e na expiração.

https://med.estrategia.com/portal/conteudos-gratis/procedimentos/resumo-de-ausculta-
pulmonar-tecnica-sons-e-muito-mais/
SONS ANORMAIS (RUIDOS ADVENTÍCIOS)
AUSCULTA RESPIRATÓRIA
DURANTE A AUSCULTA RESPIRATÓRIA
Os ruídos adventícios são sons patológicos que podemos auscultar a depender da localização e patologia
presente

CONTÍNUOS DESCONTÍNUOS DE ORIGEM PLEURAL


AESTÁ

• Roncos • Estertores Finos e • Atrito pleural


• Sibilos grossos
• Estritores ou cornagem

• Quando auscultados, deve ser observado o timbre, a intensidade, a localização e


a duração (fase inspiratória, expiratória ou ambas) e qualquer alteração após a
tosse ou modificação da posição do paciente
SONS ANORMAIS (RUIDOS ADVENTÍCIOS)
AUSCULTA RESPIRATÓRIA CONTÍNUOS
ESTRIDOR
RONCOS SIBILOS CORNAGEM
Sons graves de baixa São constituídos por sons Ruído basicamente
frequencia agudos de alta frequência; inspiratório produzido pela
Tem origem nas vibrações Tem origem nas vibrações da obstrução da traqueia ou da
da parede brônquica; parede brônquica; AESTÁ

laringe.
Aparecem na inspiração e na Ex laringite aguda, estenose
Aparecem na inspiração e na
expiração, predominando na traqueia, difteria, câncer de
expiração (onde predomina)
expiração; laringe
Surge e desaparece em
Ex.: bronquite,crise asmática e
curto período de tempo broncoespasmo
SONS ANORMAIS (RUIDOS ADVENTÍCIOS)
AUSCULTA RESPIRATÓRIA DESCONTÍNUOS
ESTERTORES (CREPITAÇÕES): São ruídos audíveis na inspiração e expiração superpondo-se aos
sons respiratórios normais . Sons semelhantes a pequenos estalidos

ESTERTORES FINOS ESTERTORES GROSSOS


AESTÁ

Audíveis do meio para o final da


Possuem maior duração,
inspiração, agudos e de cura
audível na inspiração e
duração. Se assemelham ao ruído
expiração em todo o tórax.
de um velcro ou com quando
Sofre nítida alteração com
passa uma mecha de cabelo no
a tosse
ouvido.
Não se modifica com a tosse
SONS ANORMAIS (RUIDOS ADVENTÍCIOS)
AUSCULTA RESPIRATÓRIA DESCONTÍNUOS

Atrito Pleural

AESTÁ
EVOLUÇÃO

P.R.A. 34 anos, consciente, orientado, casado, 3 filhos, trabalha como agricultor mora em casa de
alvenaria sem rede de esgoto. Ex tabagista, etilista. Queixa principal: epigastralgiasendofebre e dor
abdominal os motivos que o levou a hospitalização; nãoaceita a dieta, ansioso; ao exame físico,
apresentava-se febril (39,2ºc) desidratado (=/++++) observou-se sujidade em couro cabeludo,
anictérico, face ruborizada, permeabilidade nasal prejudicada, cavidade oral normocorada em uso
de prótese dentária inferior, boa acuidade auditiva, linfonodos não palpáveis. Tórax simétrico,
respiração profunda do tipo toraco abdominal, taquipneico (24 i.r.p.m), som claro pulmonar
AESTÁ

na maior parte do tórax, ausculta de roncos em bases pulmonares. Pulsos palpáveis,


normocárdico (87 bpm) em radial, ictus cordis palpado em 5º EIE em 2 polpas digitais, sem
ingurgitamento de veias, BNF(2T) sem sopros e desdobramentos. Abdome dor antálgica, contorno
simétrico sem cicatrizes cirúrgicas, flácido, RHA (+) hipoativos (3/min); timpanismo difuso à
percussão; doloroso à palpação superficial em região ilíaca direita e Sinal de e Psoas e McBurney
(+). Eliminações intestinais ausentes há 4 dias. Exames laboratorias: Leucocitose (15.000/uL)
............................................................................................................ASSINATURA E COREN
AESTÁ

profcidneysoares@hotmail.com

@profacidneysoares

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