CONCURSO FAA_064153_061125

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NURSING IS LIFE

ENFERMAGEM É VIDA
LA ENFERMERÍA ES LA VIDA
LES SOINS INFIRMIERS, C’EST LA VIE

MATERIAL DE APOIO PARA O CONCURSO PÚBLICO DO


MINISTÉRIO DA DEFESA NACIONAL (FAA) – 2023

NOME:
Nº TELEF:

ELABORADO POR:
 ARY C PAULO ALVES: 928231743/954779985
 MATIAS MUPA TCHITAU: 922879766

LICENCIADOS EM ENFERMAGEM GERAL


BENGUELA/LUANDA 2023
-REGISTO E ANOTAÇÃO DE ENFERMAGEM-
A anotação de enfermagem, é um registro escrito ou eletrônico de informações relevantes
sobre o cuidado prestado aos pacientes por profissionais de enfermagem, incluindo a
avaliação da saúde do paciente, intervenções realizadas, resultados obtidos e planos
futuros de cuidado.

Esse registro é realizado pelo enfermeiro, técnico ou auxiliar de enfermagem, no processo


do paciente, utente, ou usuário, a quem é prestado assistência de enfermagem. Tudo o
que é registrado no processo do paciente pela enfermagem, seja evolução, sinais vitais,
procedimentos ou intercorrências, é uma anotação de enfermagem.

As anotações de enfermagem, são uma parte importante do registro de saúde do paciente,


fornecendo informações críticas para a continuidade do cuidado e comunicação entre
profissionais de saúde. Esses registros podem ajudar a garantir a segurança do paciente,
apoiar a tomada de decisões clínicas e avaliar a qualidade do cuidado prestado. Os
registros devem ser precisos, concisos, legíveis e feitos no momento em que ocorrem. Os
registros devem seguir as diretrizes e normas estabelecidas pelos órgãos reguladores e
pelas políticas e procedimentos das instituições de saúde.

FINALIDADES
 Registro da saúde do paciente: As anotações de enfermagem ajudam a registrar
a saúde do paciente ao longo do tempo, incluindo avaliações, diagnósticos,
tratamentos, intervenções, resultados e planos de cuidado.
 Comunicação: As anotações de enfermagem ajudam a comunicar informações
críticas sobre o paciente aos outros profissionais de saúde envolvidos no cuidado
do paciente, permitindo uma comunicação efetiva e colaboração interprofissional.
 Continuidade do cuidado: Os registros de enfermagem ajudam a garantir a
continuidade do cuidado, permitindo que os profissionais de saúde tenham acesso
às informações relevantes sobre o paciente, mesmo quando mudam de turno, saem
de férias ou deixam o emprego.
 Monitoramento da qualidade do cuidado: As anotações de enfermagem podem
ser usadas para monitorar a qualidade do cuidado prestado ao paciente, identificar
áreas de melhoria e avaliar o impacto de intervenções e tratamentos.
 Documentação legal: Os registros de enfermagem são frequentemente usadas
como prova em processos legais, fornecendo um registro escrito e detalhado do
cuidado prestado ao paciente.
 Fonte de informações: O processo do paciente, é importante fonte de pesquisa,
auditoria e avaliação da qualidade do cuidado prestado.

INDICAÇÃO
 Todos os cuidados prestados: incluem as prescrições de enfermagem e médicas
cumpridas, além dos cuidados de rotina, medidas de segurança adotadas,
encaminhamentos ou transferências de setor, entre outros;
 Sinais e sintomas: Incluem os identificados através da simples observação e os
referidos pelo paciente. Importante destacar que os sinais vitais mensurados devem
ser registrados pontualmente, ou seja, os valores exatos aferidos, e não
normotenso, normocárdico, etc;
 Intercorrências: incluem os fatos ocorridos com o paciente e as medidas
adotadas;
 Resposta dos pacientes às ações realizadas.

DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO
Durante a admissão devem ser anotados:
 Nome completo do paciente, data e hora da admissão;
 Condições de chegada (deambulando, em maca, cadeira de rodas, etc.);
 Presença de acompanhante ou responsável;
 Condições de higiene;
 Queixas relacionadas ao motivo da internação;
 Procedimentos/cuidados realizados, conforme prescrição ou rotina institucional
(mensuração de sinais vitais, punção de acesso venoso, coleta de exames,
elevação de grades, etc.);
 Orientações prestadas.

Pré-operatório:
 Procedimentos realizados no pré-operatório, conforme prescrição ou rotina
institucional (banho, higiene oral, mensuração de sinais vitais, retirada e guarda de

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próteses, roupas íntimas, presença e local de dispositivos – acesso venoso,
sondas, local de tricotomia, condições de pele, etc.);
 Tempo de jejum;
 Orientações prestadas;
 Esvaziamento de bexiga;
 Administração de pré-anestésico;
 Encaminhamento/transferência para o Centro Cirúrgico;
 Antecedentes alérgicos;
 Antecedentes Pessoas Patológicos (HAS, DM, etc).

Trans-operatório:
 Recepção no Centro Cirúrgico e encaminhamento à Sala Cirúrgica;
 Orientações prestadas;
 Procedimentos/cuidados realizados, conforme prescrição ou rotina institucional
(posicionamento do paciente, instalação e/ou retirada de eletrodos, monitor, placa
de bisturi e outros dispositivos acesso venoso, sondas, etc.);
 Composição da equipe cirúrgica;
 Dados do horário de início e término da cirurgia;
 Tipo de curativo e local;
 Intercorrências durante o ato cirúrgico;
 Encaminhamento à SRPA (Sala de Recuperação Anestésica).

Pós-operatório:
 Posicionamento no leito e instalação de equipamentos (monitores, grades no
leito,etc);
 Sinais e sintomas observados (cianose, palidez cutânea, dor, náuseas, vômitos,
tremores, hipotensão, etc.);
 Características e local do curativo cirúrgico, conforme prescrição ou rotina
institucional;
 Instalação e/ou retirada de dispositivos, conforme prescrição ou rotina institucional
(sondas, acesso venoso, etc.);
 Orientações prestadas;
 Encaminhamento/transferência de unidade ou alta hospitalar

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Transferência de unidade/setor:
 Motivo da transferência;
 Data e horário;
 Setor de destino e forma de transporte;
 Procedimentos/cuidados realizados (punção de acesso venoso, instalação de
oxigênio, sinais vitais, etc.);
 Condições (maca, cadeira de rodas);
 Queixas.

Alta:
 Data e horário;
 Condições de saída (deambulando, maca ou cadeira de rodas);
 Data e horário;
 Condições de saída (deambulando, maca ou cadeira de rodas)

Óbito:
 Assistência prestada durante a constatação;
 Data e horário;
 Identificação do médico que constatou;
 Comunicação do óbito ao setor responsável, conforme rotina institucional;
 Procedimentos pós-morte (higiene, tamponamento, etc.);
 Encaminhamento do corpo (forma, local, etc.);

Dieta:
 Indicar dieta oferecida (geral, leve, branda, pastosa, hipossódica, para diabéticos,
dieta por sonda, ostomia ou via oral);
 Aceitação da dieta (total ou parcial);
 Dieta por sonda (quantidade da dieta e da hidratação, presença de refluxo gástrico);
 Dieta zero (cirurgia ou exames);
 Necessidade de auxílio ou não;
 Recusa – indicar o motivo (disfagia, mastigação dolorosa, falta de apetite, náusea,
etc.);
 Sinais e sintomas apresentados.

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Obs: No caso de dietas administradas via sonda, importante citar os cuidados
prestados antes e após a administração, conforme prescrição (decúbito elevado,
lavagem após administração da dieta, resíduo gástrico, etc.).

Diurese:
 Ausência/presença de diurese (se sonda ou balanço hídrico, medir em ml);
 Características (coloração, odor);
 Presença de anormalidades (hematúria, piúria, disúria, etc.);
 Forma da eliminação (espontânea, via uropen, sonda vesical de demora/ostomias
urinárias).

Evacuação:
 Episódios (nos respectivos horários);
 Quantidade (pequena, média, grande);
 Consistência (pastosa, líquida, semipastosa);
 Via de eliminação (reto, ostomias);
 Características (coloração, odor, consistência, quantidade);
 Queixas.

Mudança de decúbito:
 Posição (dorsal, ventral, lateral direita ou esquerda);
 Medidas de proteção (uso de coxins, etc.);
 Horário;
 Sinais e sintomas observados (alterações cutâneas, etc.).

Higienização:
 Tipo de banho (aspersão, imersão, etc);
 Data e horário;
 No leito, verificar a ocorrência de irritação de pele, alergia ao sabão, hiperemia nas
proeminências ósseas, realização de massagem de conforto, movimentação das
articulações, aplicação de solução para prevenção de úlceras. Anotar os locais.

Cuidados com o couro cabeludo:


 Condições do couro cabeludo e dos cabelos;
 Material utilizado para a higienização.

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Higiene íntima:
 Aspecto do aparelho genital;
 Presença de secreção, edema, hiperemia;
 Material utilizado para a higienização.

Higiene oral:
 Presença de prótese total/parcial (caso seja necessário sua retirada, identificar e
entregar ao responsável da família ou do hospital);
 Condições da higiene (fez só, auxiliado ou realizado pelo profissional);
 Sinais e sintomas observados (hiperemia, lesões, condição da arcada dentária,
etc.);
 Material utilizado para a higienização.

Curativo:
 Local da lesão;
 Data e horário;
 Sinais e sintomas observados (presença de secreção, coloração, odor, quantidade,
etc.);
 Tipo de curativo (oclusivo, aberto, simples, compressivo, presença de dreno, etc.);
 Material prescrito e utilizado (inclusive se utilizou curativo especial).

Dreno:
 Local e tipo;
 Aspecto e quantidade de líquido drenado;
 Sinais e sintomas observados.

Acesso Venoso Periférico:


 Local da inserção;
 Data e horário;
 Dispositivo utilizado;
 Motivos de troca ou retirada;
 Sinais e sintomas observados e possíveis intercorrências (transfixação,
hematomas, extravasamento, hiperemia etc.).

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Dor:

 Localização e características;
 Intensidade (contínua ou intermitente);
 Providências adotadas (comunicado à enfermeira, etc).

Intercorrências:
 Descrição do fato;
 Sinais e sintomas observados;
 Condutas tomadas (comunicado à enfermeira, etc.).

Administração de medicamentos:
 Somente checar os itens que forem administrados (checar com assinatura e
carimbo);
 Registrar o local onde o medicamento foi administrado;
 No caso de não ser administrado, deve-se apontar o motivo.

-PROCESSO SAÚDE E DOENÇA-


O processo saúde-doença representa o conjunto de relações e variáveis que produzem e
condicionam o estado de saúde e doença de uma população, que variam em diversos
momentos históricos e do desenvolvimento científico da humanidade. Portanto, o
processo saúde-doença é uma expressão usada para fazer referência a todas as variáveis
que envolvem a saúde e a doença de um indivíduo ou população.

Também é importante entender que o modelo da história natural da doença define dois
períodos sequenciados para o desenvolvimento de uma doença. O primeiro é o pré-
patogênese, que é antes do adoecimento.

Esse período contempla a prevenção primária, que inclui a promoção da saúde


(intersetoriais) e a proteção específica. Ele é caracterizado por incluir as relações entre
agente, hospedeiro e meio ambiente.

É bom lembrar da tríade ecológica:


 Agente ou fatores etiológicos: o que causa da doença. Um vírus, por exemplo.
 Hospedeiro: homem ou animal que podem ficar doentes.
 Meio ambiente: espaço onde ocorre ou pode ocorrer a infecção do hospedeiro pelo
agente.
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O desequilíbrio nessas interações, portanto, leva ao adoecimento. Mas, neste momento,
na fase pré-patogênese, ainda não temos o adoecimento em si e sim a identificação dos
fatores de risco que podem contribuir para que a doença aconteça de fato.

O período patológico vem após o pré-patológico e acontece quando já ocorreu a


contaminação e o desenvolvimento da doença. Nessa fase é comum o aparecimento de
sintomas. Ou seja, o corpo já começa a sofrer com as manifestações presentes no
hospedeiro.

MODELOS EXPLICATIVOS
Existem alguns modelos explicativos do processo saúde-doença propostos pelos autores
Almeida Filho e Rouquayrol, são eles:

 Biomédico: prioriza o diagnóstico e a cura;


 Processual: considera a relação do meio ambiente com o corpo;
 Sistêmico: todas as áreas se relacionam entre si, e quando há uma desarmonia,
afetam os demais;
 Mágico-religioso: os deuses estabelecem a doença e a cura; e
 Determinação social: determinantes variados, desde o individual até o macro
social.

O modelo processual foi criado em 1953, por Leavell e Clark, e é dividido em dois
períodos:

 Período pré-patogênico: ainda não há a doença, apenas susceptibilidade. Esse


período apresenta três fatores, o hospedeiro, o agente e o meio, chamados
de tríade ecológica, em que todos atuam como determinantes para o processo
saúde-doença. Representa o indivíduo antes da doença, porém com
susceptibilidade devido aos fatores ambientais.
 Período patogênico: organismo adoecido, com possibilidades de evolução. Ao
ocorrer interação entre hospedeiro e estímulo, inicia o período patogênico. Assim
que o indivíduo apresenta sinais e sintomas, ele atravessa o “horizonte clínico” e
passa a ser classificado como “doença precoce discernível’‘, seguida da “doença
avançada”, quando já está progredida. O desfecho da doença depende da evolução
do quadro do paciente.

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PREVENÇÃO EM SAÚDE
 Primária: Visam interromper fatores que determinam o início ou agravo de doenças
antes que elas possam surgir, estando relacionado ao período pré-patogênico e ao
controle de causas e riscos das doenças. A prevenção primária pode ser dividida
em promoção de saúde e proteção específica, sendo a primeira relacionada
a melhora da qualidade de vida dos indivíduos, como a alimentação adequada. Já
a segunda visa minimizar possíveis agravos, como a vacinação.
 Secundária: Abrange o período patogênico, ou seja, o indivíduo já está doente.
Sendo assim, essa prevenção procura melhorar o prognóstico do paciente,
evitando evolução. Também pode ser subdividida entre: diagnóstico precoce e
tratamento imediato e limitação da incapacidade. Suas subdivisões estabelecem,
respectivamente, diagnosticar e tratar as doenças o mais rápido possível (inclusive
as assintomáticas), e tratar de maneira adequada doenças que são consideradas
crônicas.
 Terciária: A essa altura o indivíduo já possui a doença a longo prazo. Portanto, o
objetivo da prevenção terciária é minimizar qualquer chance de agravo causado
pelas sequelas do quadro, contribuindo também para uma melhor qualidade de
vida. Desse modo, alguns exemplos dessa prevenção são: reabilitação física,
reabilitação profissional, suporte psicossocial e readaptações no domicílio, vias
públicas ou ambiente de trabalho.O uso de álcool e tabagismo, entre outras
substâncias, são considerados estados patológicos, porém também estão
envolvidos em todos os processos de prevenção.
 Quaternária: Existe um processo de prevenção quaternária. Porém, esse modelo
foi criado após os de Leavell e Clark, os criadores foram Marc Jamoulle e Michel
Roland. Este modelo visa lembrar os médicos justamente de que todo tratamento
excessivo pode ser prejudicial à saúde do indivíduo, buscando então evitar
procedimentos desnecessários, excesso de intervencionismo ou intervenções
inapropriadas, sobretratamentos e sobrediagnósticos e supermedicalização.
Lembre-se do termo iatrogenia, que significa um dano à saúde resultado de
intervenção desnecessária, cuja prevenção quaternária busca evitar, atendendo o
quarto princípio da bioética: a não-maleficência.

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-AVALIAÇÃO DOS SINAIS VITAIS-
Os sinais vitais são um grupo de sinais indicadores do desempenho das funções vitais,
medidos para estabelecer seus padrões basais, orientar o diagnóstico inicial de uma
enfermidade, observar tendências dos processos fisiológicos, fazer o acompanhamento
da evolução do quadro clínico e monitorar a resposta do paciente ao tratamento.
Os sinais vitais são cinco, eles são quantificados mediante avaliações numéricas e
comparados a parâmetros tidos como normais, que variam de acordo com a idade, peso,
sexo e saúde geral do paciente e servem para indicar seu estado geral actual e fornecer
pistas para possíveis doenças e para a evolução do tratamento.

TEMPERATURA
A temperatura corporal diz respeito à produção de calor e os mecanismos de regulação e
manutenção da temperatura interna do organismo (termorregulação), que são essenciais
para manter a homeostase (estabilidade fisiológica) sistémica. A temperatura do corpo é
registrada em graus Celsius (centígrados). A temperatura corporal de uma pessoa pode
ser aferida por várias vias: oral (boca), por via retal (ânus), inguinal (virilha), axilar (axilas),
no ouvido (obtida no tímpano e na pele (na testa).

A temperatura corporal pode ser anormal devido à febre (temperatura alta) ou hipotermia
(temperatura baixa). É considerada uma febre quando a temperatura do corpo fica acima
de 37,8 graus centígrados. A hipotermia é definida como uma queda na temperatura
corporal abaixo de 35,1 graus centígrados. A causa mais comum de elevação sustentada
da temperatura é a presença de processos infeciosos, mas ela pode também surgir em
função de outros fatores.

FATORES QUE AFETAM A TEMPERATURA CORPORAL


Idade: Os bebês e os idosos possuem maior dificuldade para manter a temperatura
normal do organismo. Gênero: As mulheres em idade reprodutiva demonstram uma
pequena elevação na temperatura corpórea durante a ovulação. Exercício e atividade:
Tanto o exercício quanto a atividade, envolvem contração muscular; o qual produz calor
no corpo. Ritmo circadiano: Os ritmos circadianos são mudanças fisiológicas, como
flutuações na temperatura do corpo outros sinais vitais, que fecham um ciclo a cada 24
horas. Emoções: As emoções podem afetar a taxa metabólica, influenciando as
mudanças hormonais através das vias simpáticas e parassimpática do sistema nervoso
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autônomo. Doença ou lesão: Doenças, disfunções ou lesões que afectam o
funcionamento do hipotálamo podem ativar a temperatura do corpo. Drogas: Algumas
drogas afectam a temperatura corporal, aumentando ou reduzindo a taxa metabólica e as
necessidades energéticas do organismo.

VALORES DE REFERÊNCIA TEMPERATURA


 Normal: Temperatura encontra-se 36ºC a 37ºC;

 Axilar: temperatura normal encontra-se entre 35,5 a 37ºC, com média de 36 a


36,5ºC;
 Inguinal: 36ºC a 36,8ºC;

 Bucal: temperatura normal encontra-se entre 36 a 37,4ºC;

 Retal: temperatura normal encontra-se entre 36 a 37,5ºC.

TERMINOLOGIAS
 Hipotermia temperatura abaixo de 35º C.

 Afebril são temperaturas entre 36,1º C a 37,2 º C.

 Paciente com febre a temperatura varia entre 37,8 º C a 38,9º C.

 Pirexia é a temperatura entre 39º C a 40º C.

 Hiperpirexia é a temperatura acima de 40º C.


Para o preenchimento do gráfico dos sinais vitais particularmente a temperatura utiliza-
se esferográfica de cor azul.

PULSO

O pulso é a sensação tátil colhida pela comprensão de uma artéria sobre um plano ósseo.
É produzido pelo movimento do sangue durante a contração do coração. A frequência da
pulsação é o número de pulsações periféricas palpadas a cada minuto. Os melhores locais
para se palpar o pulso são onde artérias de grosso calibre se encontram próximas à
superfície cutâneas e possam ser comprimidas contra uma superfície firme (normalmente
um osso). As artérias radiais, ao nível dos punhos, são mais comummente usadas na
checagem do pulso em vítimas conscientes. Os locais para aferição de pulsação são
coletivamente denominados pulsos periféricos estes são artéria temporal, carotídeo,

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braquial, radial, femoral, poplítea, tibial posterior, pediosa dorsal do pé. A pulsação pode
ser tomada mais facilmente na lateral do pescoço, na parte interior do cotovelo ou no
pulso. Para a maioria das pessoas, é mais fácil aferir a pulsação no pulso.

FACTORES QUE AFECTAM A PULSAÇÃO


Idade, género, exercícios físicos e actividade, ritmo circadiano, complicação física;
estresse e emoções, temperatura do corpo, volume sanguíneo, drogas.

VALORES DE REFERÊNCIA
O pulso radial é habitualmente o mais verificado. Média normal do pulso:

 Lactentes: - 110 a 130 bpm (batimentos por minuto);


 Abaixo de 7 anos: - 80 a 120 bpm
 Acima de 7 anos: - 70 a 90 bpm
 Puberdade: - 80 a 85 bpm
 Homem: - 60 a 70 bpm
 Mulher: - 65 a 80 bpm
 Acima dos 60 anos: - 60 a 70 bpm.

TERMINOLOGIAS
 Pulso normocádico: Batimento cardíaco normal

 Pulso rítmico: Os intervalos entre os batimentos são iguais

 Pulso arrítmico: Os intervalos entre os batimentos são desiguais

 Pulso dicrótico: Dá impressão de dois batimentos

 Taquisfigmia: Pulso acelerado

 Badisfigmia: Frequência abaixo da faixa normal

 Pulso filiforme: Indica redução da força ou do volume do pulso periférico.


Para o preenchimento do gráfico dos sinais vitais particularmente o pulso utiliza-se
esferográfica de cor vermelha. O pulso e a respiração devem ser verificados no mesmo
procedimento, pois o paciente pode interferir, parando ou alterando o ritmo respiratório.

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RESPIRAÇÃO
Respiração é um termo que se refere à troca de oxigénio e de dióxido de carbono.
Ventilação, por outro lado, é o movimento do ar que entra e sai do peito. Inalação ou
inspiração é o ato de inspirar o ar, exalação ou expiração é o ato de expirar o ar, ou seja,
colocar ar para fora. Frequência respiratória (FR): é a quantidade de respiração que
acontece em um minuto. A principal função da respiração é suprir as células do organismo
de oxigénio e retirar o excesso de dióxido de carbono. A taxa é medida quando uma
pessoa está em repouso e simplesmente envolve a contagem do número de respirações
por minuto, contando quantas vezes o peito se expande.

FACTORES QUE AFECTAM A RESPIRAÇÃO


As taxas de respiração normal para uma pessoa adulta em repouso variam de 12 a 16
respirações por minuto, mas podem aumentar com exercícios físicos, febre, doenças
e outras condições médicas.

VALORES DE REFERÊNCIA DA RESPIRAÇÃO


 Homem: - 16 a 18 mpm ou crm (movimentos por minuto ou ciclos
respiratórios por minuto);
 Mulher: - 18 a 20 mpm;

 Criança: - 20 a 25 mpm;

 Lactentes: - 30 a 40 mpm.

TERMINOLOGIAS
 Eupneia: Respiração normal;

 Dispneia: É a respiração difícil, trabalhosa ou curta;

 Ortopneia: É a incapacidade de respirar facilmente, excepto na posição erecta;


 Taquipneia: Respiração rápida, acima dos valores da normalidade,
frequentemente pouco profunda;
 Bradipneia: Respiração lenta , abaixo da normalidade;

 Apneia: Ausência da respiração;

 Respiração de Cheyne-Stokes: Respiração em ciclos, que aumenta e diminui a


profundidade com períodos de apneia. Quase sempre ocorre com a aproximação

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da morte;
 Respiração de Kussmaul: Inspiração profunda seguida de apneia e expiração
suspirante, característica de como diabético;
 Respiração de Biot: Respirações superficiais durante 2 ou 3 ciclos, seguidos por
período irregular de apneia;
 Respiração sibilante: Sons que se assemelham a assobios.
Para o preenchimento do gráfico dos sinais vitais particularmente a respiração
utiliza-se esferográfica de cor preta.

PRESSÃO ARTERIAL
A pressão arterial ou sanguínea é a força do sangue que atua sobre as paredes das
artérias, fazendo pressão sobre elas. Essa pressão é maior durante a sístole (contração
do coração) e menor durante a diástole (relaxamento do coração). Cada vez que o coração
se contrai (bate), bombeia sangue para as artérias, resultando na pressão arterial mais
alta. Quando o coração relaxa, a pressão arterial cai. Assim, dois números são
registrados ao medir a pressão arterial: o maior deles acontece durante a sístole
cardíaca e é chamado de pressão sistólica; o menor deles se verifica no momento de
diástase, sendo chamado de pressão diastólica.

A hipertensão arterial (ou elevação da pressão arterial) aumenta diretamente o risco de


ataque cardíaco, insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral. Com a hipertensão
arterial, as artérias podem ter uma resistência aumentada contra o fluxo de sangue,
fazendo com que o coração bombeie com mais força para o sangue circular.

A pressão arterial sistólica normal deve ser de, no máximo, 120 mmHg (milímetros de
mercúrio) e a pressão diastólica deve ficar igual ou inferior a 80 mmHg. No entanto, esses
números devem ser usados apenas como guia. Uma única medida da pressão arterial
elevada não é necessariamente uma indicação de um problema.

FACTORES QUE AFECTAM A PRESSÃO ARTERIAL


Idade: a pressão sanguínea tende a aumentar com a idade devido à arteriosclerose,
processo em que as artérias perdem a elasticidade e ficam mais rígidas e a aterosclerose,
processo em que as artérias estreitam devido a depósito de gordura; Ritmo circadiano:
a pressão do sangue tende a ficar mais baixa após a meia-noite começando a elevar-se
em torno de quatro ou cinco horas da manhã; seu auge é atingido durante o final da manhã
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ou início da tarde; Gênero: as mulheres tendem a ter pressão sanguínea mais baixa do
que os homens da mesma faixa etária. Exercício ou atividade física: a pressão do
sangue aumenta durante períodos de exercício e de atividade. Exercícios regulares, no
entanto, ajudam a manter a pressão sanguínea em níveis normais; Emoções e dor:
experiências emocionais e dores fortes tendem a fazer com que a pressão do sangue se
eleve devido á estimulação do sistema nervoso simpático.

Pressão sanguínea alta é chamada de hipertensão e existe quando a pressão sistólica ou


a diastólica ou ambas permanecem acima dos limites normais se for elevado em conta
a idade do indivíduo. Medidas de pressão alta costumam estar associadas a: Ansiedade,
Obesidade, Doenças vasculares, AVC, Falência cardíaca, Doenças renais.

A pressão baixa é chamada de hipotensão. Ocorre quando as medidas da pressão do


sangue situam-se abaixo dos dados da pressão sistólica normal em relação à idade da
pessoa. Medidas de pressão baixa podem ser indicação de: Choque, Hemorragias, Efeitos
secundários de drogas. A hipotensão postural ou ortostática é uma queda repentina,
embora temporária da pressão sanguínea quando a pessoa se levanta, após estar
inclinada.

VALORES DE REFERÊNCIA DA PRESSÃO ARTERIAL


 Hipotensão: Pressão sistólica inferior a 100 mmHg e diastólica inferior a 60 mmHg
 Normotensão: Pressão sistólica 120 mmHg e diastólica 80 mmHg

 Hipertensão limite: Pressão sistólica 140 mmHg e diastólica 90 mmHg

 Hipertensão moderada: Pressão sistólica 160 mmHg e diastólica 100 mmHg

 Hipertensão grave: Pressão sistólica superior a 180 mmHg e diastólica 110 mmHg.
TERMINOLOGIAS
 Hipertensão: Pressão arterial acima da média;
 Hipotensão: Pressão arterial inferior à média;
 Convergente: A pressão sistólica e a diastólica se aproximam;
 Divergente: A sistólica e a diastólica se afastam.

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-AVALIAÇÃO DA DOR-
A dor é uma experiência sensorial e emocional aversiva tipicamente causada por ou
semelhante a uma lesão tecidual real ou potencial” sendo, desse modo, um produto
elaborado da variedade de sinais neurais processados pelo encéfalo.

A avaliação da dor é uma atividade que faz parte das funções e obrigações dos
profissionais de saúde por ser indispensável à excelência dos cuidados de saúde. Uma
dor não identificada não poderá ser tratada e a sua não quantificação impede uma
avaliação das necessidades de intervenção ou da eficácia dos tratamentos.

Em resumo, atualmente, a dor é considerada um sinal vital, tão importante quanto os


outros e deve sempre ser avaliada num ambiente clínico, para se empreender um
tratamento ou conduta terapêutica. A eficácia do tratamento e o seu seguimento
dependem de uma avaliação e mensuração da dor confiável e válida.

CLASSIFICAÇÃO
A dor é classificada através de cinco itens principais, de acordo com a região acometida,
o sistema envolvido, a característica temporal da dor, a intensidade da dor relatada pelo
paciente e a etiologia da dor.

Região acometida:
 Cabeça, face e boca;
 Região cervical;
 Ombros e membros superiores;
 Região torácica;
 Região abdominal;
 Coluna lombossacral e cóccix;
 Membros inferiores;
 Região pélvica;
 Região perineal, anal e genital.

Sistema envolvido
Quanto ao sistema envolvido, a dor pode envolver: o sistema nervoso central, periférico
e/ou neurodegenerativo; os fatores psicológicos e sociais; o sistema respiratório e/ou
cardiovascular; o musculoesquelético e/ou tecido conjuntivo; o sistema cutâneo,
subcutâneo e/ou glandular; o gastrintestinal; o geniturinário e outros órgãos ou vísceras.
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Característica temporal da dor
Quanto à característica temporal, a dor pode ser classificada como: I) Contínua ou quase
contínua, sem flutuações; II) Contínua com exacerbações; III) Recorrente com
regularidade; IV) Recorrente sem regularidade; V) Paroxística; VI) Combinações.

Intensidade da dor relatada pelo paciente


Quando se fala sobre a intensidade da dor relatada pelo paciente, encontram-se três
classificações principais: I) leve, moderada e intensa; II) fraca, moderada e forte; III)
ausente, fraca, moderada, forte e insuportável.

Etiologia da dor
A dor pode ser ter etiologia nos transtornos congênitos ou genéticos; no trauma, cirurgias
e/ou queimaduras; em questões infecciosas e/ou parasitárias; pode ser inflamatória;
neoplásica; tóxica, metabólica e/ou por irradiação; mecânica e/ou degenerativa;
disfuncional e/ou psicológica; e até desconhecida, criptogenética. A intensidade da dor
pode ser classificada pela aplicação de diversas escalas uni ou multidimensionais.

ESCALAS PARA AVALIAÇÃO DA DOR


Escala Visual Analógica: A Escala Visual Analógica consiste numa linha horizontal ou
vertical, com 10 centímetros de comprimento, que tem assinalada numa extremidade a
classificação “Sem Dor” e na outra a classificação “Dor Máxima”. O doente terá de fazer
uma cruz ou um traço perpendicular à linha no ponto que representa a intensidade da sua
dor. Posteriormente, mede-se em centímetros a distância entre o início da linha (que
corresponde a zero) e o local assinalado, obtendo-se uma classificação numérica.

Escala Qualitativa: Na Escala Qualitativa solicita-se ao doente que faça a avaliação da


dor por intensidade de acordo com os seguintes adjetivos: “Sem Dor”; “Dor Ligeira”; “Dor
Moderada”; “Dor Intensa”; “Dor Máxima”.

Escala Numérica: A Escala Numérica consiste numa régua dividida em onze partes
iguais, numeradas sucessivamente de 0 a 10. Pretende-se que o doente faça a
equivalência entre a intensidade da sua dor e uma classificação numérica, sendo que 0
corresponde à classificação “Sem Dor” e 10 à classificação “Dor Máxima” (dor de
intensidade máxima imaginável).

Escala De Faces: Na Escala de Faces é solicitado ao doente que classifique a intensidade


da sua dor de acordo com mímica representada em cada face desenhada, sendo que à
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expressão de felicidade corresponde a classificação “Sem Dor” e à expressão de máxima
tristeza corresponde a classificação “Dor Máxima” Esta escala é particularmente útil em
crianças que não têm capacidade para explicar a sua dor e com recurso ao desenho das
desenhos das faces, assinalam qual a que mais se assemelha ao seu estado atual.

-PREPARAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E CÁLCULOS DE


MEDICAMENTOS-
A administração de medicamentos é uma das atividades de maior responsabilidade da
enfermagem. A sua correta execução depende da aplicação de diversos princípios
científicos que não se verificando puderam levar a erros com prejuízo ao paciente.

Neste sentido, a aplicação da regra "13 certos", deve ser seguida, evitando-se erros. Os
13 certos são:

 Prescrição certa;

 Paciente certo;

 Medicamento certo;

 Validade certa;

 Forma / apresentação certa;

 Dose certa;

 Compatibilidade certa;

 Orientação ao paciente;

 Via de administração certa;

 Horário certo;

 Tempo de administração certo;

 Acção certa;

 Registro certo.

As vias de administração podem ser divididas em efeito sistémico e local. A via tópica é a
única com efeito local. Para o efeito sistémico são utilizadas as vias enteral e parenteral.
O método de administração dos medicamentos depende da rapidez com que se deseja a

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acção da droga, da natureza e quantidade da droga a ser administrada e das condições
do paciente. Podem-se dividir as vias em Parenteral e Enteral.

VIA ENDOVENOSA
FINALIDADES:
 Infundir medicamentos directamente na veia;

 Administração de grandes volumes de líquidos e, também, a administração de


soluções que, são contra-indicadas pelas demais vias parenterais e pela via oral,
respectivamente, por serem irritantes ou por sofrerem a acção dos sucos digestivos.

Intravenosa (IV) ou endovenosa (EV) é aquela na qual a administração do medicamento


é realizada diretamente na corrente sanguínea por uma veia. A aplicação de
medicamentos por essa via pode variar desde uma única dose até uma infusão contínua,
como aqueles medicamentos que se dissolvem no soro e ficam pendurados ao lado da
cama do paciente.

Por apresentar efeito mais rápido, é a primeira opção durante emergências. Outra
justificativa para a administração por essa via é que muitos fármacos não conseguem ser
absorvidos pelo intestino, sendo necessário o uso dessa via. Entretanto, é uma via em
que o paciente precisa de ajuda de profissional treinado para realizar esse procedimento
(enfermeiros e médicos). A via deve ser manipulada com muito cuidado, pois há chances
de infeção no local, podendo piorar o quadro do paciente.

É utilizada quando há necessidade de concentrações sanguíneas elevadas e efeitos


imediatos do medicamento, através de uma única dose ou infusão contínua. Pela via
venosa a absorção do medicamento ou solução é imediata e completa e a resposta do
paciente é rápida, garantindo completa biodisponibilidade e controle estrito sobre a
quantidade ministrada e o nível mantido no sangue do paciente. Esta via não
apresenta o efeito da primeira passagem pelo fígado e grandes doses de substâncias
podem ser fornecidas em fluxo sanguíneo contínuo. Por esta via são administrados
medicamentos que são prejudicados pelo suco gástrico, mal absorvido pelo trato
gastrintestinal (GI) ou que são dolorosos ou irritativos quando administrados por injeção
intramuscular (IM) ou subcutânea (SC). Os locais mais apropriados para a administração
de injecções endovenosas são as veias das extremidades ou periféricas. A escolha é feita
observando os seguintes aspetos:
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 Acessibilidade;

 Mobilidade reduzida;

 Localização sobre base mais ou menos dura;

 Ausência de nervos importantes.


As veias da região cefálica costumam ser utilizada em recém-natos e lactentes. As veias
jugulares na região cervical são muitas vezes utilizadas em pacientes com dificuldade de
acesso venoso, principalmente nas grandes emergências. Nas Unidades de Terapia
Intensiva, para acesso venoso central à veia subclávia, para injeção de medicamentos,
para infusão de alimentação parenteral, para acesso venoso central e para monitorização
da pressão venosa central. Nos membros superiores utilizam-se as veias cefálica e
basílica para manutenção de via venosa contínua. A veia intermediária do cotovelo é muito
utilizada para coletas de sangue, para injecções únicas de medicamentos. Também
podem ser utilizadas veias do dorso da mão (metacarpianas dorsais), tanto para injecções
únicas. Embora possam ser utilizadas para manutenção de via venosa contínua, deve-se
evitar.

As seringas mais apropriadas para a injeção endovenosa são as de 5,10 e 20 ml, já as


agulhas devem ser longas, finas e com bisel longo. As agulhas utilizadas são a 25 x 08 e
a 30 x 07 mm. É utilizado também o garrote e a braçadeira. Na injeção I.V o ângulo da
seringa é de 25 graus.

VIA INTRAMUSCULAR
FINALIDADES
 Absorção de drogas por via parenteral;

 Obter uma absorção mais rápida do que pela via digestiva e subcutânea;

 Aplicar drogas contra-indicadas por outras vias .


A administração via intramuscular permite que o medicamento seja injetado diretamente
no músculo. É indicado para medicamentos de aplicação única ou de efeito mais
prolongado, como o caso de anticoncepcionais injetáveis; devem ter pequeno volume.
Não tem efeito tão imediato, se comparada com os medicamentos administrados por via
intravenosa, mas são bastante eficientes.
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Esta via permite a administração de medicamentos em soluções aquosa e oleosa em
volumes superiores a 1,5 ml até, no máximo, 5 ml. A escolha da injeção intramuscular
também é feita quando há necessidade de o medicamento ser absorvido rapidamente, ou
quando é preciso obter efeitos mais imediatos. É a via mais apropriada quando se trata
de vacinas com soluções mais irritantes, pois a região dentro dos músculos tem menos
sensibilidade que as camadas da pele. Na injeção I.M o ângulo da seringa é de 90º.

Os locais selecionados devem estar distantes dos grandes nervos e vasos sanguíneos,
sendo os mais utilizados:
 Músculo vasto lateral da coxa, no terço médio;

 Dorso glúteo ou o músculo grande glúteo, no quadrante superior externo;

 Ventroglutea ou de Hochstetter;

 Músculo deltoide.

Se a técnica de administração de substâncias na via intramuscular não for seguida


corretamente pode haver complicações tais como:
 Punção do nervo ciático;

 Paralisia de membro inferior;

 Injeções intravasculares, podendo ocasionar embolias, infecções e abcessos.

CONTRA-INDICAÇÕES
 Aplicação de medicamentos e vacinas em locais com massa muscular
reduzida;
 Aplicação de volumes superiores a 5 ml;

 Lesões nos locais de aplicação (manchas de nascença, queimaduras,


quelóides, feridas, entre outros;
 Pacientes com comprometimento severo de mecanismos de
coagulação;
 Situações emergenciais;

 Membros paréticos.

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VIA SUBCUTÂNEA
FINALIDADES

 Absorção gradual e sistémica;

 Administração de drogas que contra-indiquem a administração por outras vias.

A medicação é introduzida na região subcutânea, ou seja, no tecido subcutâneo ou


hipoderme e possui uma absorção lenta, através dos capilares, de forma contínua e
segura. É utilizada para administração de vacinas, como por exemplo, a antirrábica e
antissarampo, anticoagulantes como heparina e também para insulina. A via subcutânea
é apropriada para a administração de soluções não irritantes, em um volume máximo de
1,5 ml, que necessitam ser absorvidas lentamente, assegurando uma acção contínua,
como é o caso das vacinas contra o sarampo, a tríplice viral, a febre amarela e a rubéola.
Os locais mais utilizados para injecções subcutâneas são:
 Região do deltoide no terço proximal;

 Face superior externa do braço;

 Face anterior da coxa;

 Face anterior do antebraço.

 A angulação da agulha deve ser de 90 graus, em pacientes gordos e as agulhas


devem ser hipodérmicas. Em pacientes normais, a angulação deve ser de 45 graus,
utilizando-se agulhas normais.

VIA INTRADÉRMICA
FINALIDADES

 Administrar medicamentos para processos que envolvem reacções imunológicas


(exemplo: testes de sensibilidade ou alergia e tuberculose), aplicação de vacinas e
anestésico local.
A via intradérmica é muito restrita, usada para pequenos volumes (de 0,1 a 0,5 mililitros),
é uma via de absorção muito lenta. Usada para reações de hipersensibilidade, como
provas de ppd (tuberculose), Schick (difteria) e sensibilidade de algumas alergias. A via
intradérmica é utilizada também para fazer dessensibilização e auto vacinas. É utilizada

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para aplicação de BCG (vacina contra tuberculose), sendo de uso mundial a aplicação ao
nível da inserção inferior do músculo deltoide.

O local mais apropriado é a face anterior do antebraço, devido ser pobre em pelos, com
pouca pigmentação, pouca vascularização e de fácil acesso para leitura. A seringa mais
apropriada para a injeção intradérmica é a de 1 ml, que possui escalas de frações em
mililitros (0,1 ml). A agulha deve ser pequena, fina e com bisel curto, que na prática
denominamos de agulha 13 X 4,5, o ângulo da seringa na injeção I.D é de 10 a 15 graus.
O medicamento é aplicado entre a derme e a epiderme e sofre pouca absorção sistémica.
Os locais mais comuns para injeção ID são:
 Parte ventral do antebraço e ventral superior do tórax;

 Parte superior das costas;

 Parte superior dorsal dos braços.

VIA ORAL
FINALIDADES:

 Administração de medicamentos cuja absorção ocorre na mucosa gástrica.

É a via mais utilizada, por apresentar características como a segurança, economia, além
da facilidade de administração e não causar dor. Contudo, são contra-indicadas para
pacientes que apresentam náuseas, vómitos, desacordados ou com dificuldade de
deglutição, como crianças menores. Possuem também a capacidade de identificação pelo
paciente, por apresentar diferentes formas e cores. Comprimidos, drágeas, cápsulas,
xaropes, suspensões e elixires são algumas das formas farmacêuticas empregadas nesta
via de administração. Sofrem absorção intestinal e estomacal, principalmente.

A via oral pode ser utilizada para um efeito local (trato gastrointestinal) ou sistémico (após
ser absorvida pela mucosa do intestino e atingir o sangue).

Vantagens

 É um meio barato;

 Auto-ingestão;

 Indolor;

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 Possibilidade de reversão da administração;

 Efeitos locais e sistémicos.


Desvantagens

 Irritação gástrica;

 Interacção com alimentos;

 Interacção com pH gástrico e intestinal;

 Período de latência médio longo;

 Metabolismo de primeira passagem;

 Acção dos sucos digestivos.

VIA SUBLINGUAL

FINALIDADES

 Administração de fármacos para serem absorvidos na mucosa lingual.

Esses medicamentos são geralmente administrados em situações de emergência, que


requer rápida ação, pois são rapidamente absorvidos através da mucosa sublingual.
Apresentam-se em comprimidos ou gotas, sendo colocados sob a língua, devendo
permanecer no local até a sua completa absorção. Exemplos de sua aplicação são casos
de hipertensão ou infarto cardíaco. Acontece quando um medicamento é administrado
debaixo da língua, que é uma forma mais rápida de absorção pelo organismo,
comparativamente aos comprimidos ingeridos por via oral, em que o comprimido ainda
necessita de se desintegrar e ser metabolizado pelo fígado, para só depois ser absorvido
e exercer o seu efeito terapêutico.

Vantagens
 Permite a absorção de medicamentos de forma mais rápida;

 Impede que o medicamento seja inactivado pelo suco gástrico;

 Facilita a adesão à terapêutica em pessoas com dificuldade para engolir


comprimidos, como crianças, idosos ou pessoas com problemas
psiquiátricos/neurológicos;

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 Impede o efeito de primeira passagem no fígado e tem uma melhor
biodisponibilidade;
 Rápida dissolução do remédio, sem que seja necessário água.

Desvantagens
 Interfere com bebidas, alimentos ou fala;

 Tem uma duração de acção curta;

 Não pode ser usado quando a pessoa está inconsciente ou não cooperante;

 Permite apenas a administração de pequenas doses;

 Difícil de usar com substâncias activas com sabor desagradável.

CÁLCULO DE GOTEJAMENTO

O cálculo de gotejamento da medicação é um dos pontos fundamentais para garantir a


correta dose ao paciente conforme a medicação prescrita pelo médico. Esse processo
pode viabilizar a efetividade ou causar danos ao paciente.
 FÓRMULA MACROGOTAS: Nº gotas/min= V/Tx3
 FORMULA MICROGOTAS: Nº de microgotas/min= V/T

Onde, V significa volume em ml, o 3 é uma constante e T significa tempo em


horas.

1- Exemplo Macrogotas: Quantas gotas deverão correr em um minuto


paraadministrar 1000 ml de soro dextrose a 5% de 6/6h?

Dados Fórmula Resolução

V= 1000 ml Gotas= V/Tx3 Gotas/min= 1000/6x3

T: 6h Gotas/min= 1000/18= 55,5 = 56 gotas/min

*Regra para arrendondamento.

2- Exemplo microgotas: Quantas microgotas deverão correr em um minuto


paraadministrar 300 ml de soro fisiológico 0,9% em 4 horas?

Dados Fórmula Resolução

V= 300 ml Nº de mgtas/min= V/T Nº de mgtas/min= 300/4

T: 4h Nº de mgtas/min= 300/4= 75 gotas/min


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O que fazer quando o tempo prescrito pelo médico vem em minutos?

3- Exemplo: Devemos administrar 100 ml de bicarbonato de sódio a 10%


em30 minutos. Quantas gotas deverão correr por minuto?
Dados Fórmula Resolução

V= 100 ml Nº de mgtas/min= Vx20/nº min Nº de mgtas/min= 100x20/30

T: 30 min Nº de mgtas/min= 2000/30

Nº mgtas/min= 66,6= 67 gotas/min

*Arredondou-se por excesso


EXERCÍCIOS

1. Calcule em macrogotas o nº de gotas/min das seguintes prescrições:


a) 1000 ml de SG 5% EV em 24 horas.
b) 500 ml de SG 5% EV de 6/6h.
c) 500 ml de SF 0,9% EV em 1 hora.
d) 500 ml de SF 0,9% EV de 8/8h.
e) 100 ml de SF 0,9% EV em 30 minutos.

2. Calcule em microgotas o nº de gotas/min das seguintes prescrições:


a) SF 0,9% 500 ml EV de 6/6h.
b) SG 5% 500 ml EV de 8/8h.
c) SGF 1000 ml EV de 12/12h

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CÁLCULO DE DOSAGEM DE MEDICAMENTOS

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-CATETERISMO VESICAL-
Cateterismo vesical é a introdução de um cateter estéril através da uretra,
ou estoma continente, em períodos diários preestabelecidos, e sua remoção após
drenagem urinária.

As principais indicações de cateterismo vesical são:


 Esvaziar a bexiga em casos de retenção urinária aguda ou crônica;
 Controle do débito urinário;
 Insuficiência renal pós-renal, por obstrução infravesical;
 Hematúria;
 Coleta de urina estéril para exames;
 Medição do volume residual;
 Controle de incontinência urinária;
 Dilatação ureteral;
 Avaliação da dinâmica do aparelho urinário inferior;
 Esvaziamento da bexiga antes, durante e após cirurgias e exames;
 Controle hemodinâmico do paciente crítico.

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Além disso, a colocação de uma sonda vesical também pode ser feita para realizar a
administração de medicamentos diretamente na bexiga, em casos de infecções graves,
por exemplo.

Já em relação às contraindicações, temos:

 Traumatismo de períneo, com ou sem fraturas de ossos da pelve e uretrorragia;


 Dificuldade na introdução da sonda;
 Processos infecciosos graves da região;
 Falta de cateteres apropriados.

TIPOS DE SONDA VESICAL


Sonda vesical de demora: A sonda vesical de demora é utilizada quando é preciso
manter a drenagem contínua de urina por vários dias, semanas ou meses (utiliza a sonda
de Foley). Este tipo de sonda está indicada quando é necessário promover o
esvaziamento constante da bexiga, monitorar o débito urinário, fazer o preparo cirúrgico,
realizar irrigação vesical ou para diminuir o contacto da urina com lesões de pele próximas
à região genital.

MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA A SONDAGEM VESICAL DE DEMORA:


Bandeja contendo:
 Cateter vesical de Foley estéril, duplo lúmen (12 a 16 Fr para adultos; 6 a 10 Fr
para crianças);
 Coletor de urina de sistema fechado;
 Duas seringas de 20 mLluer slip;
 20 mLde água destilada;
 Uma agulha de 30 × 10 mm;
 Anestésico em gel estéril de uso único;
 Antisséptico degermante (solução de clorexidina degermante 2%);
 Solução fisiológica 0,9%;
 Antisséptico aquoso (solução de clorexidina aquosa 0,2%);
 Fita adesiva;
 Um par de luvas de procedimento;
 Um par de luvas estéril;
 Um pacote de gaze (10 unidades);
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 Máscara cirúrgica, óculos e avental de procedimento;
 Uma comadre não estéril;
 Kit de sondagem vesical: uma cuba-rim, uma cúpula, uma pinça cheron, um campo
estéril (0,75 × 0,75 m).

PROCEDIMENTO DO CATETERISMO VESICAL DE DEMORA


 É importante certificar-se da identificação do paciente antes de iniciar e orientá-lo
sobre o procedimento;
 Promover um ambiente iluminado e privativo, assegura-se que todo material
necessário está disponível e organizado, fazer a devida higienização, calçar as
luvas de procedimento;
 Colocar o paciente sobre a comadre e higienizar a área perineal e genital do
paciente com água morna, sabão líquido neutro e secar com gazes;
 Retirar as luvas e higienizar as mãos;
 Paramentar-se com os EPI: máscara cirúrgica, óculos e avental de procedimento;
 Posicionar o paciente: – masculino: decúbito dorsal horizontal com os membros
inferiores afastados; – feminino: posição em decúbito dorsal, com as pernas
afastadas, os joelhos fletidos e os pés apoiados sobre a cama e coberta com um
lençol;
 Abrir o kit de cateterismo vesical com técnica asséptica;
 Retirar a seringa e a agulha dos seus invólucros e depositá-las no interior do kit de
cateterismo, com cuidado para não os contaminar;
 Colocar a solução antisséptica na cuba redonda;
 Colocar lubrificante/anestésico: – para cateterismo feminino: na gaze estéril; – para
cateterismo masculino: na seringa luer slip de 20 mL;
 Abrir o invólucro do cateter de Foley e colocá-lo na cuba-rim;
 Realizar a higiene das mãos com solução antisséptica e calçar as luvas estéreis
segundo técnica preconizada;
 Conectar a seringa à agulha, solicitando auxílio para aspirar a água destilada
contida na ampola;
 Testar o balão e a válvula do cateter de Foley, introduzindo a quantidade de água
destilada estéril recomendada pelo fabricante no lúmen do balão e esvaziar o balão;

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 Conectar o cateter de Foley (lúmen de drenagem) ao coletor em sistema fechado.
Lubrificar a sonda por cerca de 10 cm. Utilizar lubrificante estéril e de uso único
para cada paciente;
 Realizar antissepsia do meato uretral.

Sonda vesical de alívio ou intermitente: Ao contrário da sonda vesical de demora, a


sonda de alívio não permanece por muito tempo na pessoa, sendo normalmente retirada
após o esvaziamento da bexiga. Este tipo de sonda é mais utilizado para drenar a urina
antes de algum procedimento médicos ou para alívio imediato em pessoas com paralisia
e retenção urinária crônica, por exemplo. Também pode ser usada em pessoas com
bexiga neurogênica, para a obtenção de amostra estéril de urina ou para fazer o exame
de urina residual após esvaziamento da bexiga.

MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA SONDAGEM VESICAL DE ALÍVIO:


Bandeja contendo:
 Material para higiene íntima: bolas de algodão ou gazes não estéreis; sabão
líquido neutro; água morna; luva de procedimento.
 Cateter uretral de Nélaton, descartável e estéril;
 Um par de luvas de procedimento;
 Um par de luvas estéril;
 Um pacote de gaze;
 Máscara cirúrgica, óculos e avental de procedimento;
 Um kit de sondagem vesical: cuba-rim; cúpula; pinça cheron; campo estéril (0,75 m
× 0,75 m);
 Anestésico em gel estéril;
 Antisséptico aquoso (solução de clorexidina aquosa 0,2%).

PROCEDIMENTO DO CATETERISMO VESICAL DE ALÍVIO


 Higienização íntima do paciente, antissepsia e uso de EPI, como descrito no
procedimento anterior;
 Utilizar cateter uretral sem balão de fixação, que pode ser de nylon, silicone, teflon
ou poliuretano. A numeração mais utilizada é de 10 a 14 Fr;
 Introduzir o cateter no meato urinário até a drenagem da urina e manter o cateter
somente enquanto houver drenagem de urina;

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 Quantificar o débito;
 Após término de procedimento, realizar higienização adequada e registrar o
procedimento no prontuário, anotando data e hora do cateterismo, tipo e calibre do
cateter, volume de água do balão, quantidade, coloração e características da urina,
bem como reações do paciente decorrentes do procedimento.

PROCEDIMENTO CATETERISMO VESICAL FEMININO


 Utilizar os dedos indicador e polegar da mão não dominante para separar os
pequenos lábios e visualizar o meato uretral;
 Realizar antissepsia com a pinça e as gazes embebidas em solução antisséptica
degermante, no sentido púbis-ânus e, na sequência, grandes lábios, pequenos
lábios, meato uretral até o períneo;
 Usar a gaze uma vez e descartá-la;
 Remover o antisséptico degermante da região com soro fisiológico, obedecendo
aos mesmos princípios de assepsia descritos;
 Retirar as luvas de procedimento e higienizar as mãos;
 Abrir o campo estéril e calçar as luvas estéreis;
 Realizar antissepsia com as gazes embebidas em solução antisséptica aquosa, no
sentido púbis-ânus e, na sequência, grandes lábios, pequenos lábios, meato uretral
até o períneo;
 Usar a gaze uma vez e descartá-la, mantendo os grandes e pequenos lábios
afastados;
 Inserir o cateter lubrificado através do orifício uretral;
 Introduzir o cateter mais 3 a 4 cm, após a urina começar a fluir, a fim de assegurar
que o balão não se encontra na uretra.

PROCEDIMENTO CATETERISMO VESICAL MASCULINO


 Afastar o prepúcio e segurar o pênis com uma gaze com a mão não dominante,
mantendo-o perpendicular ao abdome;
 Realizar antissepsia com a pinça e as gazes embebidas em solução antisséptica
degermante, do meato uretral para a periferia;
 Remover o antisséptico degermante da região com soro fisiológico, obedecendo
aos mesmos princípios de assepsia descritos anteriormente;

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 Retirar as luvas de procedimento, higienizar as mãos, abrir o campo estéril e calçar
as luvas estéreis;
 Realizar antissepsia com as gazes embebidas em solução antisséptica aquosa, do
meato uretral para a periferia;
 Manter o pênis perpendicular ao corpo, retraindo o prepúcio e aplicar o
lubrificante/anestésico, lentamente, através do meato uretral com auxílio da seringa
luer slip de 20 mL;
 Aguardar alguns segundos para o início da ação do lubrificante/anestésico e
introduzir o cateter vesical até encontrar resistência;
 Inclinar o pênis em um ângulo de 45 o em direção ao abdome e continuar
introduzindo o cateter, o que facilita a passagem na uretra bulbar. Introduzir o
cateter até a bifurcação em ‘Y’, 15 a 20 cm, e até o refluxo de urina.

COMPLICAÇÕES
Infecção urinária devido a passagem do cateter possibilitar a invasão de bactérias; trauma
uretral ou vesical (deve ser minimizado com adequação do cateter); obstrução do lúmen;
formação de falso trajeto (principalmente em homens), quando há persistência de
estenose uretral, podendo ocorrer no local do esfíncter externo, imediatamente distal à
próstata; perfuração vesical.

-SONDA NASOGÁSTRICA-
A sonda nasogástrica é um tubo fino e flexível, que é colocado no hospital desde o nariz
até ao estômago, e que permite manter a alimentação e a administração de medicamentos
em pessoas que não conseguem engolir ou se alimentar normalmente, devido a algum
tipo de cirurgia na região da boca e garganta, ou devido a doenças degenerativas.
Alimentar através da sonda é um processo relativamente simples, no entanto, é importante
ter alguns cuidados para evitar que a sonda saia do lugar e para impedir que a alimentação
possa chegar nos pulmões, podendo causar uma pneumonia, por exemplo.

INDICAÇÕES

A sonda nasogástrica é indicada nos casos de pessoas que não conseguem se alimentar
por via oral, devido a algumas condições de saúde, como:

 Má nutrição;

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 Dificuldade para engolir;
 Lesões na cabeça;
 Cirurgia na região da boca e garganta;
 Doenças do trato gastrointestinal, como doença inflamatória intestinal, síndrome do
intestino curto, ou estreitamento do esôfago;
 Doenças degenerativas, como fibrose cística, esclerose múltipla ou doença do
neurônio motor;
 Pós-AVC;
 Doenças do fígado, especialmente nos casos de ascite;
 Doenças renais;
 Câncer de cabeça e pescoço;
 Ventilação mecânica;
 Doenças psiquiátricas, como depressão grave ou anorexia nervosa;
 Pós-cirurgia intestinal;
 Coma.

Nesses casos, a sonda nasogástrica é indicada para uso em até 6 semanas de tratamento,
sendo que a pessoa deve ter o estômago e intestinos funcionando normalmente, para que
ocorra a absorção dos nutrientes ou remédios passados pela sonda. Além disso, a sonda
nasogástrica pode ser usada para descomprimir o estômago ou intestino, no caso de
obstrução ou íleo paralítico, esvaziar o conteúdo gástrico no caso de pessoas entubadas,
tratar sangramentos ou obstruções do estômago, ou coletar amostra do líquido do
estômago para a análise em laboratório. Embora seja mais raro, a sonda nasogástrica
também pode ser usada em hospitais para lavagem gástrica, em que se faz a aspiração
do conteúdo do estômago, e administração de carvão ativado, no caso de ingestão
acidental ou intoxicação por uso de remédios, drogas ou venenos, por exemplo.

TIPOS DE SONDAS

A sonda nasogástrica é introduzida através do nariz ou boca até o estômago. As mais


comumente usadas são: sonda de Levine, gástrica simples, Nutriflex, a Moss e a
Sengstaken-Blakemore (S-B).

 Sonda de Levine: É uma das mais usadas, existindo no mercado tanto tubos de
plástico como de borracha, com orifícios laterais próximos à ponta; são passadas
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normalmente pelas narinas. Apresenta uma única luz (números 14 a 18). A sonda,
é usada para remover líquidos e gases do trato gastrintestinal superior em adultos,
obter uma amostra do conteúdo gástrico para estudos laboratoriais e administrar
alimentos e medicamentos diretamente no trato gastrintestinal.
 Sonda gástrica simples (“Salem-VENTROL”): é uma sonda radiopaca, de
plástico claro, dotada de duas luzes. É usada para descomprimir o estômago e
mantê-lo vazio;
 Sonda Nutriflex: é uma sonda usada para nutrição. Possui 76 cm de comprimento
e uma ponta pesada de mercúrio para facilitar sua inserção. É protegida por um
lubrificante que é ativado quando é umidificado;
 Sonda de MOSS: é uma sonda de descompressão gástrica de 90 cm de
comprimento, três luzes e somente um balão que serve para fixar a sonda ao
estômago quando inflado. O cateter de descompressão serve para aspiração
gástrica e esofagiana, como também para lavagem. A terceira luz é uma via para
alimentação duodenal;
 Sonda S-B: é usada para tratar sangramento de varizes esofagianas. Tem 3 luzes
e 2 balões; duas das luzes são utilizadas para inflar os balões, enquanto a terceira
é usada para lavagem gástrica e para monitorizar o sangramento.

MATERIAIS NECESSÁRIOS
Uma bandeja contendo:
 Sonda gástrica LEVINE (mulher 14 a 16, homem 16 a 18);
 Seringa de 20 ml;
 Copo com água;
 Gaze,
 Benzina;
 Toalha de rosto;
 Xilocaína gel;
 Fita adesiva;
 Estetoscópio;
 Biombo s/n;
 Luvas de procedimento;
 Sacos para lixo.

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PROCEDIMENTO DA SONDAGEM NASOGÁSTRICA
 Elevar a cabeceira da cama (posição Fowler – 45º) com a cabeceira inclinada para
frente ou decúbito dorsal horizontal com cabeça lateralizada;
 Proteger o tórax com a toalha e limpar as narinas com gaze;
 Limpar o nariz e a testa com gaze e benzina para retirar a oleosidade da pele;
 Medir a sonda do lóbulo da orelha até a ponta do nariz e até a base do apêndice;
 Marcar com adesivo;
 Calçar luvas;
 Lubrificar a sonda com xylocaína;
 Introduzir a sonda em uma das narinas pedindo ao paciente que degluta;
 Introduzir até a marca do adesivo;
 Observar sinais de cianose, dispneia e tosse;
 Para verificar se a sonda está no local:
 Injetar 20 ml de ar na sonda e auscultar com estetoscópio, na base do apêndice
xifoide, para ouvir ruídos hidroaéreos;
 Ver fluxo de suco gástrico aspirando com a seringa de 20 ml;
 Colocar a ponta da sonda no copo com água – se tiver borbulhamento está na
traqueia. Deve ser retirada;
 Toda vez que a sonda for aberta, para algum procedimento, dobrá-la para evitar a
entrada de ar;
 Fechá-la ou conectá-la ao coletor;
 Fixar a sonda não tracionando a narina.

COMPLICAÇÕES
As complicações mais comuns relacionadas à colocação de sondas nasogástricas são
desconforto, sinusite ou epistaxe, que normalmente se resolvem espontaneamente com a
remoção da sonda. A colocação de sondas nasogástricas pode causar ou piorar uma
perfuração no esôfago, sobretudo se ele estiver fragilizado. Num acidente mais grave, a
colocação às cegas da sonda nasogástrica em pacientes com lesão na placa cribriforme,
que faz parte da separação entre o cérebro e a cavidade nasal, pode levar a que ela tome
uma direção intracraniana. O uso prolongado de sondas nasogástricas pode causar
irritação no revestimento gástrico, causando sangramento gastrointestinal. A pressão
prolongada em uma área da narina pode causar úlceras por pressão ou mesmo necrose.
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-BALANÇO HÍDRICO-
O balanço hídrico, na enfermagem, é um dos pilares da monitorização clínica, permitindo
aos profissionais acompanhar meticulosamente a entrada e a saída de líquidos do corpo
do paciente.

Em termos simples, o balanço hídrico é a medida do volume de líquidos que entram e


saem do corpo de um paciente durante um período específico. Esta é uma ferramenta
essencial na avaliação do estado clínico de um paciente. No cotidiano hospitalar, cada
gota conta. O balanço hídrico engloba desde a hidratação oral até as soluções
intravenosas. Um balanço hídrico preciso ajuda a manter esse equilíbrio, evitando
complicações como edema (excesso de líquidos) ou desidratação.

Ao monitorar essas entradas e saídas de líquidos, a equipe pode identificar rapidamente


quaisquer desvios do normal, que poderiam indicar uma variedade de problemas de
saúde, desde questões renais até alterações na função cardíaca.

COMO REALIZAR:
 Registro de Entradas: É vital registrar todas as fontes de líquidos que entram no
corpo do paciente. Isso inclui não apenas a água bebida, mas também outros
líquidos como sopas, sumos, e soluções administradas intravenosamente.
 Registro de Saídas: Igualmente importante é o registro das saídas de líquidos.
Isso envolve medir a urina, mas também outros fluidos corporais que podem ser
perdidos, como através da transpiração, vômitos, ou drenagens.
 Cálculo do Balanço: Após a coleta desses dados, a equipe de enfermagem soma
os volumes de entrada e saída. A diferença entre estes dois números fornece o
balanço hídrico. Um balanço positivo indica que mais líquido foi recebido do que
perdido, enquanto um balanço negativo mostra o oposto.

Esse processo é crucial para garantir que os pacientes recebam o cuidado adequado. Em
ambientes clínicos complexos, como unidades de terapia intensiva, o balanço hídrico é
uma ferramenta inestimável para monitorar a estabilidade do paciente e antecipar
necessidades de intervenção.

O cálculo de entradas e saídas no balanço hídrico é uma tarefa que pode parecer árdua
no início, mas que pode ser facilitada por métodos e fórmulas específicas.

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Considere um exemplo prático:

Entradas de Líquidos: Imagine um paciente que recebeu 1.000 mL de soro intravenoso,


250 mL de água por via oral, e 200 mL de sopa. O total de entrada de líquidos é a soma
desses volumes, resultando em 1.450 mL.

Saídas de Líquidos: No mesmo período, esse paciente produziu 900 mL de urina, teve
uma perda de 100 mL por transpiração e 50 mL por vômito. Assim, a saída total é de 1.050
mL.

Para calcular o balanço hídrico, subtraímos as saídas das entradas: 1.450 mL


(entradas) - 1.050 mL (saídas) = um balanço hídrico positivo de 400 mL. Esse resultado
indica que o paciente teve um ganho líquido de 400 mL nesse período.

FATORES INFLUENCIADORES DO BALANÇO HÍDRICO


Diversos fatores podem influenciar esse balanço, alterando a quantidade de líquidos que
o corpo precisa ou elimina.

 Temperatura Corporal: O aumento da temperatura corporal, como em casos de


febre, pode levar a um aumento na perda de líquidos, seja através da transpiração
ou da respiração mais acelerada. Por exemplo, um aumento de 1°C na temperatura
corporal pode aumentar as perdas insensíveis de líquidos em até 10%.
 Respiração: A frequência respiratória também afeta o balanço hídrico. Uma
respiração mais rápida e profunda, como em casos de ansiedade ou condições
respiratórias, pode aumentar a perda de água através da respiração.

COMPONENTES DO BALANÇO HÍDRICO EM ENFERMAGEM


Para dominar o balanço hídrico na enfermagem, é essencial entender seus componentes
chave. Eles não se resumem apenas às entradas e saídas óbvias de líquidos; envolvendo
também conceitos sutis, como as perdas insensíveis e a água metabólica. Estes fatores
podem não ser imediatamente evidentes, mas são cruciais para uma compreensão
completa do estado hídrico de um paciente.

Perdas insensíveis: As perdas insensíveis referem-se à água que é perdida pelo corpo
de maneira não perceptível, como através da respiração e da evaporação na pele. Este
tipo de perda de líquido ocorre continuamente, independentemente das ações do

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paciente, e pode variar significativamente com mudanças na temperatura ambiente,
atividade respiratória e até mesmo com a saúde da pele.

Por exemplo, em um paciente adulto, as perdas insensíveis podem totalizar


aproximadamente 500 a 700 mL por dia. Este número pode aumentar em situações de
febre ou respiração rápida, onde a perda de água através da respiração é mais
significativa.

Água metabólica: A água metabólica, por outro lado, é a água produzida internamente
durante o processo metabólico do corpo. Quando o corpo quebra nutrientes como
carboidratos, proteínas e gorduras, a água é gerada como um subproduto desse processo.
Este componente é frequentemente esquecido, mas desempenha um papel vital no
balanço hídrico geral. Para ilustrar, um adulto médio produz aproximadamente 200 a 300
mL de água metabólica por dia. Esse valor pode variar com base no metabolismo do
indivíduo e na quantidade de energia que está sendo consumida ou produzida.

-ASPIRAÇÃO DE SECREÇÃO-
A aspiração das Vias Aéreas consiste na remoção de secreções por meio de sucção das
Vias Aéreas Superiores (VAS – cavidade nasal, laringe, faringe) e/ou Vias Aéreas
Inferiores (VAI- traqueia). Tendo como finalidade remover secreções acumuladas,
Prevenir infecções e obstruções respiratórias, Promover conforto, Permitir a ventilação e
a oxigenação e Prevenir broncoaspiração.

Para a realização desse procedimento, alguns equipamentos são necessários, para


proteção do próprio profissional (equipamento de proteção individual), bem como para
executar a técnica em si. A prescrição da aspiração deve ser sempre realizada pelo
médico ou enfermeiro responsável e o procedimento pode ser executado pelo médico,
enfermeiro, bem como técnico de enfermagem, fisioterapeuta respiratório ou por
acadêmicos de enfermagem, nesse caso, sempre com supervisão.

No caso da aspiração endotraqueal, o procedimento pode ser realizado pelo sistema


aberto ou sistema fechado.

Sistema aberto: O sistema aberto é o mais tradicional e mais frequentemente utilizado e


consiste na introdução de uma sonda de aspiração, conectada a um aspirador com
pressão de sucção ou pressão negativa. Esse tipo de aspiração, embora bastante

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realizada, está também associada a algumas complicações, como arritmia cardíaca,
aumento da pressão intracraniana, instabilidade hemodinâmica e alteração da saturação
de oxigênio.

Sistema fechado: O sistema fechado, por sua vez, é composto pela adaptação ao tubo
orotraqueal ou à cânula de traqueostomia. No caso, a sonda de aspiração é inserida em
uma manga plástica e conectada diretamente ao paciente, sem a necessidade de
interrupção da ventilação mecânica.

Com isso, não há necessidade também de abertura do sistema para o ambiente. Esse
sistema resulta em menor risco de arritmias e contaminação, devendo, quando possível,
ser preferível, sobretudo em casos de lesão pulmonar aguda.

INDICAÇÃO
 Presença de secreção visível na via aérea;
 Presença de ruído no tubo traqueal;
 Presença de roncos e/ou crepitações e redução dos sons pulmonares na ausculta
pulmonar;
 Desconforto respiratório;
 Queda da saturação (SpO2);
 Oscilações na curva de fluxo do ventilador.

MATERIAIS NECESSÁRIOS
 Equipamentos de Proteção Individual – EPI – ( luvas de procedimento, óculos
protetor, gorro e máscara cirúrgica);
 luva estéril para aspirar VAI;
 Cateter de aspiração adequado;
 Frascos de soro fisiológico 0,9% de 10 mL;
 extensões de silicone/látex esterilizadas ;
 Oxímetro de pulso ;
 estetoscópio;
 gazes esterilizadas;
 Fonte de vácuo (canalizada ou portátil);
 Papel toalha.

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ETAPAS DO PROCEDIMENTO

 Identificar a necessidade para aspiração;


 Higienizar as mãos;
 Reunir todo o material necessário;
 Paramentar-se com EPI;
 Explicar ao paciente o procedimento e o seu propósito;
 Posicionar o paciente, preferencialmente em semi-Fowler;
 Instalar o oxímetro de pulso e observar saturação;
 Colocar o papel toalha sobre o tórax do beneficiário;
 Calçar luvas de procedimento;
 Abrir o vácuo e testá-lo;
 Abrir o pacote da sonda;
 Conectar a sonda no látex, segurando a sonda com a mão dominante;
 Interromper dieta administrada por SNE antes de proceder à aspiração, caso o
beneficiário esteja fazendo uso do dispositivo;
 Aspirar nasofaringe introduzindo a sonda em uma das narinas, com o vácuo
fechado, fazendo movimento oblíquo e para baixo, de preferência no tempo
inspiratório ou durante a tosse, e aspirar liberando o vácuo de forma intermitente.
O tempo entre a introdução e a retirada da sonda deve durar no máximo de 10 a
12 segundos enquanto houver secreção, mantendo uma pausa entre uma
introdução e outra da sonda (no máximo, três vezes, no intervalo de 1 minuto);
 Retirar a sonda devagar, com movimentos rotatórios;
 Imergir a sonda em SF 0,9% entre uma aspiração e outra;
 Aspirar nasofaringe enquanto houver secreção, mantendo uma pausa entre uma
introdução e outra da sonda (no máximo, três vezes, no intervalo de 1 minuto);
 Aspirar orofaringe, se necessário, utilizando a mesma sonda, introduzindo a sonda
pela boca, com o vácuo fechado, fazendo movimento oblíquo e para baixo, de
preferência no tempo inspiratório ou durante a tosse, e aspirar liberando o vácuo
de forma intermitente;
 O tempo entre a introdução e a retirada da sonda deve durar no máximo de 10 a
12 segundos enquanto houver secreção, mantendo uma pausa entre uma
introdução e outra da sonda (no máximo, três vezes, no intervalo de 1 minuto);
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 Desconectar a sonda do látex;
 Desprezar todo material utilizado (sonda, frasco SF, luvas, máscara, papel toalha,
etc);
 Posicionar o paciente confortavelmente;
 Deixar a unidade em ordem;
 Retirar as luvas;
 Higienizar as mãos;
 Registrar no processo o procedimento realizado.

ETAPAS DO PROCEDIMENTO DE VIAS AÉREAS INVASIVAS

 Explicar o procedimento a ser realizado;


 Higienizar as mãos;
 Reunir os materiais necessários;
 Colocar o cliente na posição de Fowler ou semi-Fowler, se não for contraindicado;
 Aplique proteção facial;
 Calce uma luva estéril em cada uma das mãos, ou use luva não estéril na mão não
dominante e luva estéril na mão dominante;
 Pegue a sonda com a mão dominante sem tocar nas superfícies não estéril, prenda
o látex ao conector;
 Faça o teste do equipamento de vácuo;
 Se o beneficiário estiver recebendo ventilação mecânica, remova o dispositivo
liberador de oxigênio ou umidade com a mão dominante;
 Sem aplicar aspiração, insira suave, mas rapidamente o cateter usando o polegar
dominante e o dedo indicador na via aérea artificial ate encontrar resistência ou o
paciente tossir, então puxe de volta 1 cm;
 Aplique sucção intermitente colocando e liberando o polegar não dominante sobre
a abertura do cateter, retire lentamente o cateter enquanto o gira de volta e para
frente entre o polegar dominante e o dedo polegar. Encoraje o beneficiário a tossir.
Observe sofrimento respiratório;
 Se o beneficiário estiver recebendo ventilação mecânica, feche o adaptador ou
substitua o dispositivo de liberação de oxigênio;

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 Avalie o estado cardiopulmonar do beneficiário com relação à depuração de
secreções e complicações. Repita as etapas do procedimento até obter melhora do
padrão respiratório ou ausculta de secreções;
 Posteriormente, aspire nasofaringe e orofaringe nesta ordem, após esta passagem
o cateter estará contaminado, não o insira novamente no tubo;
 Reconecte o sistema de oxigenação (se em utilização);
 Desconecte o cateter do sistema de vácuo, enrole o tubo na mão dominante. Retire
o papel toalha e retire a luva de modo que o cateter fique nela. Descarte-as em
local indicado. Desligue o sistema de sucção;
 Deixe o paciente em posição confortável e organize o ambiente;
 Higienizar as mãos;

ORDEM DA ASPIRAÇÃO DA VIA AÉREA


 VAI ( tubo endotraqueal ou cânula de traqueostomia);
 Cavidade nasal;
 Cavidade oral.

-COMPLICAÇÕES DA VENOCLISE (PUNÇÃO VENOSA


PERIFÉRICA)-
A punção venosa periférica trata-se de um procedimento invasivo comumente realizada
por profissionais de enfermagem, sendo muito utilizada na assistência à pacientes
submetidos à terapia endovenosa. Consiste na introdução de um cateter venoso na luz de
uma veia superficial, de preferência de grande calibre.

OBJETIVO
 Instalar cateter em trajeto venoso periférico para manutenção de uma via de acesso
para infusão de soluções ou administração de medicamentos (contínua ou
intermitente).

INDICAÇÕES:
 Coleta de exame laboratorial;
 Terapia medicamentosa por via endovenosa.

CONTRAINDICAÇÕES ABSOLUTAS:
 Fístula arteriovenosa;
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 Esvaziamento ganglionar (mastectomia);
 Veia esclerosada.

CONTRAINDICAÇÕES RELATIVAS:
 Braço ou mão edemaciados;
 Comprometimento em membros;
 Queimaduras ou outras lesões de continuidade em locais de punção;
 Plegia em membro a ser puncionado

MATERIAIS NECESSÁRIOS:
 Bandeja;
 Garrote;
 Clorexidina alcoólica 0,5% ou álcool à 70%, quando não houver clorexidina
alcoólica;
 Bolas de algodão/gazes;
 Cateter intravenoso periférico sobre agulha apropriado ao calibre da veia e rede
venosa do paciente (ex: Jelco® nº 24 – 22 em neonatologia/pediatria; Jelco® nº 20
à 14 em adultos);
 Filme transparente ou fita adesiva estéril para fixação;
 Luvas de procedimento;
 Dispositivo a ser conectado ao cateter venoso de acordo com o objetivo da punção
(torneirinha, tubo extensor, tubo em “Y”);
 Material para permeabilização do cateter

COMPLICAÇÕES
 Braço ou mão edemaciados
 Comprometimento em membros
 Queimaduras ou outras lesões de continuidade em locais de punção
 Plegia em membro a ser puncionado
 Hematomas
 Punção em Artéria
 Anemia Iatrogênica
 Lesão nervosa
 Infecção
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 Alterações iatrogênicas, abrangendo desde quadro inflamatório não associado a
infecção até quadros graves de septicemia, uma vez que constitui porta aberta
entre o meio externo e o meio intravascular.

-ÉTICA E DEONTOLOGIA PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM-


O código de ética dos profissionais de Enfermagem reúne normas e princípios, direitos e
deveres. Bem como são pertinentes à conduta ética do profissional que deverá ser
assumida por todos. Afinal se deve levar em consideração, prioritariamente a necessidade
e o direito de assistência de enfermagem à população, os interesses do profissional e da
sua organização. Desde já está centrado na clientela e pressupõe que os agentes de
trabalho de enfermagem estejam aliados aos utentes na luta por uma assistência de
qualidade sem riscos e acessível a toda população.

Segundo a deontologia são valores universais a observar na relação profissional:


 A competência e o aperfeiçoamento profissional;
 A igualdade;
 A verdade e a justiça;
 A liberdade responsável, com a capacidade de escolha, tendo em atenção o bem
comum;
 O altruísmo e a solidariedade.

São princípios orientadores da atividade dos enfermeiros:


 A excelência do exercício na profissão em geral e na relação com outros
profissionais;
 O respeito pelos direitos humanos na relação com os clientes;
 A responsabilidade inerente ao papel assumido perante a sociedade.

Valores humanos na enfermagem


O enfermeiro, no seu exercício, observa os valores humanos pelos quais se regem o
indivíduo e os grupos em que este se integra e assume o dever de:

 Respeitar e fazer respeitar as opções políticas, culturais, morais e religiosas da


pessoa e criar condições para que ela possa exercer, nestas áreas, os seus direitos;
 Cuidar da pessoa sem qualquer discriminação econômica, social, política, étnica,
ideológica ou religiosa;

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 Salvaguardar os direitos da pessoa com deficiência e colaborar ativamente na sua
reinserção social;
 Salvaguardar os direitos da pessoa idosa, promovendo a sua independência física,
psíquica e social e o autocuidado, com o objetivo de melhorar a sua qualidade de
vida;
 Salvaguardar os direitos das crianças, protegendo-as de qualquer forma de abuso;
 Abster-se de juízos de valor sobre o comportamento da pessoa assistida e não lhe
impor os seus próprios critérios e valores no âmbito da consciência e da filosofia de
vida

A Bioética é uma área de estudo interdisciplinar que envolve a Ética e a


Biologia, fundamentando os princípios éticos que regem a vida quando essa é
colocada em risco pela Medicina ou pelas ciências.

PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA

 Princípio da não maleficência: consiste na proibição, por princípio, de causar


qualquer dano intencional ao paciente (ou à cobaia de testes científicos).
 Princípio da beneficência: O médico deve visar ao benefício do paciente. Tanto
médicos quanto cientistas que utilizem cobaias devem basear-se no princípio da
utilidade, visando a provocar o maior benefício para o maior número possível de
pessoas.
 Princípio da autonomia: Busca romper a relação paternal entre médico e paciente
e impedir qualquer tipo de obrigação de cobaias para com a ciência. Trata-se do
respeito à autonomia do indivíduo, pois esse é o responsável por si, e é ele que
decide se quer ser tratado ou se quer participar de um estudo científico.
 Princípio da justiça: Esse princípio visa a criar um mecanismo regulador da
relação entre paciente e médico, a qual não deve ficar submetida mais apenas à
autoridade médica. Tal autoridade, que é conferida ao profissional devido ao seu
conhecimento e pelo juramento de conduta ética e profissional, deve submeter-se
à justiça, que agirá em caso de conflito de interesses ou de dano ao paciente.

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-PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS PARA A HIGIENIZAÇÃO DAS
MÃOS-
As mãos são consideradas as principais ferramentas dos profissionais que atuam nos
serviços de saúde, pois é por meio delas que eles executam suas atividades. A segurança
dos pacientes, nesses serviços, depende, portanto, da higienização cuidadosa e frequente
das mãos desses profissionais.

A higienização das mãos (HM) é reconhecida mundialmente como uma medida primária,
mas muito importante no controle de infecções relacionadas à assistência à saúde. Por
esse motivo, tem sido considerada como um dos pilares da prevenção de infecções nos
serviços de saúde. Apesar disso, estudos sobre o tema mostram que a adesão dos
profissionais de saúde às práticas de HM de forma constante e rotineira ainda é baixa,
devendo ser estimulada para tornar esses profissionais conscientes da importância de tal
hábito.

Além de atender a exigências legais e éticas, o controle de infecções nos serviços de


saúde, incluindo as práticas de HM, concorre para a melhoria da qualidade no atendimento
e na assistência ao paciente. As vantagens dessas práticas são inquestionáveis, desde a
redução da morbidade e da mortalidade até a diminuição de custos associados ao
tratamento dos quadros infecciosos.

A OMS definiu ainda cinco momentos para a higiene das mãos, de acordo com o fluxo de
cuidados assistenciais:
 Antes de tocar o paciente;
 Antes de realizar procedimento limpo/asséptico;
 Após risco de exposição a fluidos corporais;
 Após tocar o paciente;
 Após tocar as superfícies próximas ao paciente.

INDICAÇÕES
 Quando as mãos estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue e
outros fluidos corporais;
 Ao iniciar o turno de trabalho;
 Após ir ao banheiro;

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 Antes e depois das refeições;
 Antes de preparo de alimentos;
 Antes de preparo e manipulação de medicamentos;
 Nas situações descritas a seguir para preparação alcoólica.

PROCEDIMENTO
1º passo: abra a torneira e molhe as mãos com água.

2º passo: deposite uma quantidade adequada de sabão na palma da mão e espalhe para
os dedos e punhos. Dica: dê preferência ao sabão líquido do que o sabão em barra. O
sabão ainda deve per o pH neutro e de preferência sem adição de perfume. A adição de
perfume pode prejudicar o potencial de higienização e ainda pode causar reações
alérgicas em alguns profissionais.

3º passo: certifique-se de espalhar o sabão por toda a região da mãos, incluindo os


punhos, sempre realizando movimentos de vai-e-vem.

4º passo: entrelace os dedos das mãos, de modo a possibilitar a higienização dos espaços
entre os artelhos.

5º passo: gire as pontas dos dedos juntos, na palma da mão. Faça o mesmo movimento
com as duas mãos. Isso possibilitará melhor higienização na porção distal do artelho e
pode ajudar a eliminar as sujidades abaixo das unhas.

6º passo: com as mãos em “concha”, esfregue os dedões até a porção final, conforme
imagem abaixo.

7º passo: não se esqueça de higienizar o dorso das mãos!

8º passo: também não se esqueça dos punhos. Eles podem ajudar a carregar
contaminação se não forem limpos corretamente. Dica: todo o processo de fricção deve
demorar no mínimo 30 a 60 segundos.

9º passo: enxágue as mãos na água corrente, até remover toda a espuma e utilize papel
toalha para fechar a torneira.

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