CONCURSO FAA_064153_061125
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ENFERMAGEM É VIDA
LA ENFERMERÍA ES LA VIDA
LES SOINS INFIRMIERS, C’EST LA VIE
NOME:
Nº TELEF:
ELABORADO POR:
ARY C PAULO ALVES: 928231743/954779985
MATIAS MUPA TCHITAU: 922879766
FINALIDADES
Registro da saúde do paciente: As anotações de enfermagem ajudam a registrar
a saúde do paciente ao longo do tempo, incluindo avaliações, diagnósticos,
tratamentos, intervenções, resultados e planos de cuidado.
Comunicação: As anotações de enfermagem ajudam a comunicar informações
críticas sobre o paciente aos outros profissionais de saúde envolvidos no cuidado
do paciente, permitindo uma comunicação efetiva e colaboração interprofissional.
Continuidade do cuidado: Os registros de enfermagem ajudam a garantir a
continuidade do cuidado, permitindo que os profissionais de saúde tenham acesso
às informações relevantes sobre o paciente, mesmo quando mudam de turno, saem
de férias ou deixam o emprego.
Monitoramento da qualidade do cuidado: As anotações de enfermagem podem
ser usadas para monitorar a qualidade do cuidado prestado ao paciente, identificar
áreas de melhoria e avaliar o impacto de intervenções e tratamentos.
Documentação legal: Os registros de enfermagem são frequentemente usadas
como prova em processos legais, fornecendo um registro escrito e detalhado do
cuidado prestado ao paciente.
Fonte de informações: O processo do paciente, é importante fonte de pesquisa,
auditoria e avaliação da qualidade do cuidado prestado.
INDICAÇÃO
Todos os cuidados prestados: incluem as prescrições de enfermagem e médicas
cumpridas, além dos cuidados de rotina, medidas de segurança adotadas,
encaminhamentos ou transferências de setor, entre outros;
Sinais e sintomas: Incluem os identificados através da simples observação e os
referidos pelo paciente. Importante destacar que os sinais vitais mensurados devem
ser registrados pontualmente, ou seja, os valores exatos aferidos, e não
normotenso, normocárdico, etc;
Intercorrências: incluem os fatos ocorridos com o paciente e as medidas
adotadas;
Resposta dos pacientes às ações realizadas.
DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO
Durante a admissão devem ser anotados:
Nome completo do paciente, data e hora da admissão;
Condições de chegada (deambulando, em maca, cadeira de rodas, etc.);
Presença de acompanhante ou responsável;
Condições de higiene;
Queixas relacionadas ao motivo da internação;
Procedimentos/cuidados realizados, conforme prescrição ou rotina institucional
(mensuração de sinais vitais, punção de acesso venoso, coleta de exames,
elevação de grades, etc.);
Orientações prestadas.
Pré-operatório:
Procedimentos realizados no pré-operatório, conforme prescrição ou rotina
institucional (banho, higiene oral, mensuração de sinais vitais, retirada e guarda de
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Trans-operatório:
Recepção no Centro Cirúrgico e encaminhamento à Sala Cirúrgica;
Orientações prestadas;
Procedimentos/cuidados realizados, conforme prescrição ou rotina institucional
(posicionamento do paciente, instalação e/ou retirada de eletrodos, monitor, placa
de bisturi e outros dispositivos acesso venoso, sondas, etc.);
Composição da equipe cirúrgica;
Dados do horário de início e término da cirurgia;
Tipo de curativo e local;
Intercorrências durante o ato cirúrgico;
Encaminhamento à SRPA (Sala de Recuperação Anestésica).
Pós-operatório:
Posicionamento no leito e instalação de equipamentos (monitores, grades no
leito,etc);
Sinais e sintomas observados (cianose, palidez cutânea, dor, náuseas, vômitos,
tremores, hipotensão, etc.);
Características e local do curativo cirúrgico, conforme prescrição ou rotina
institucional;
Instalação e/ou retirada de dispositivos, conforme prescrição ou rotina institucional
(sondas, acesso venoso, etc.);
Orientações prestadas;
Encaminhamento/transferência de unidade ou alta hospitalar
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Alta:
Data e horário;
Condições de saída (deambulando, maca ou cadeira de rodas);
Data e horário;
Condições de saída (deambulando, maca ou cadeira de rodas)
Óbito:
Assistência prestada durante a constatação;
Data e horário;
Identificação do médico que constatou;
Comunicação do óbito ao setor responsável, conforme rotina institucional;
Procedimentos pós-morte (higiene, tamponamento, etc.);
Encaminhamento do corpo (forma, local, etc.);
Dieta:
Indicar dieta oferecida (geral, leve, branda, pastosa, hipossódica, para diabéticos,
dieta por sonda, ostomia ou via oral);
Aceitação da dieta (total ou parcial);
Dieta por sonda (quantidade da dieta e da hidratação, presença de refluxo gástrico);
Dieta zero (cirurgia ou exames);
Necessidade de auxílio ou não;
Recusa – indicar o motivo (disfagia, mastigação dolorosa, falta de apetite, náusea,
etc.);
Sinais e sintomas apresentados.
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Diurese:
Ausência/presença de diurese (se sonda ou balanço hídrico, medir em ml);
Características (coloração, odor);
Presença de anormalidades (hematúria, piúria, disúria, etc.);
Forma da eliminação (espontânea, via uropen, sonda vesical de demora/ostomias
urinárias).
Evacuação:
Episódios (nos respectivos horários);
Quantidade (pequena, média, grande);
Consistência (pastosa, líquida, semipastosa);
Via de eliminação (reto, ostomias);
Características (coloração, odor, consistência, quantidade);
Queixas.
Mudança de decúbito:
Posição (dorsal, ventral, lateral direita ou esquerda);
Medidas de proteção (uso de coxins, etc.);
Horário;
Sinais e sintomas observados (alterações cutâneas, etc.).
Higienização:
Tipo de banho (aspersão, imersão, etc);
Data e horário;
No leito, verificar a ocorrência de irritação de pele, alergia ao sabão, hiperemia nas
proeminências ósseas, realização de massagem de conforto, movimentação das
articulações, aplicação de solução para prevenção de úlceras. Anotar os locais.
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Higiene oral:
Presença de prótese total/parcial (caso seja necessário sua retirada, identificar e
entregar ao responsável da família ou do hospital);
Condições da higiene (fez só, auxiliado ou realizado pelo profissional);
Sinais e sintomas observados (hiperemia, lesões, condição da arcada dentária,
etc.);
Material utilizado para a higienização.
Curativo:
Local da lesão;
Data e horário;
Sinais e sintomas observados (presença de secreção, coloração, odor, quantidade,
etc.);
Tipo de curativo (oclusivo, aberto, simples, compressivo, presença de dreno, etc.);
Material prescrito e utilizado (inclusive se utilizou curativo especial).
Dreno:
Local e tipo;
Aspecto e quantidade de líquido drenado;
Sinais e sintomas observados.
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Localização e características;
Intensidade (contínua ou intermitente);
Providências adotadas (comunicado à enfermeira, etc).
Intercorrências:
Descrição do fato;
Sinais e sintomas observados;
Condutas tomadas (comunicado à enfermeira, etc.).
Administração de medicamentos:
Somente checar os itens que forem administrados (checar com assinatura e
carimbo);
Registrar o local onde o medicamento foi administrado;
No caso de não ser administrado, deve-se apontar o motivo.
Também é importante entender que o modelo da história natural da doença define dois
períodos sequenciados para o desenvolvimento de uma doença. O primeiro é o pré-
patogênese, que é antes do adoecimento.
MODELOS EXPLICATIVOS
Existem alguns modelos explicativos do processo saúde-doença propostos pelos autores
Almeida Filho e Rouquayrol, são eles:
O modelo processual foi criado em 1953, por Leavell e Clark, e é dividido em dois
períodos:
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TEMPERATURA
A temperatura corporal diz respeito à produção de calor e os mecanismos de regulação e
manutenção da temperatura interna do organismo (termorregulação), que são essenciais
para manter a homeostase (estabilidade fisiológica) sistémica. A temperatura do corpo é
registrada em graus Celsius (centígrados). A temperatura corporal de uma pessoa pode
ser aferida por várias vias: oral (boca), por via retal (ânus), inguinal (virilha), axilar (axilas),
no ouvido (obtida no tímpano e na pele (na testa).
A temperatura corporal pode ser anormal devido à febre (temperatura alta) ou hipotermia
(temperatura baixa). É considerada uma febre quando a temperatura do corpo fica acima
de 37,8 graus centígrados. A hipotermia é definida como uma queda na temperatura
corporal abaixo de 35,1 graus centígrados. A causa mais comum de elevação sustentada
da temperatura é a presença de processos infeciosos, mas ela pode também surgir em
função de outros fatores.
TERMINOLOGIAS
Hipotermia temperatura abaixo de 35º C.
PULSO
O pulso é a sensação tátil colhida pela comprensão de uma artéria sobre um plano ósseo.
É produzido pelo movimento do sangue durante a contração do coração. A frequência da
pulsação é o número de pulsações periféricas palpadas a cada minuto. Os melhores locais
para se palpar o pulso são onde artérias de grosso calibre se encontram próximas à
superfície cutâneas e possam ser comprimidas contra uma superfície firme (normalmente
um osso). As artérias radiais, ao nível dos punhos, são mais comummente usadas na
checagem do pulso em vítimas conscientes. Os locais para aferição de pulsação são
coletivamente denominados pulsos periféricos estes são artéria temporal, carotídeo,
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VALORES DE REFERÊNCIA
O pulso radial é habitualmente o mais verificado. Média normal do pulso:
TERMINOLOGIAS
Pulso normocádico: Batimento cardíaco normal
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Criança: - 20 a 25 mpm;
Lactentes: - 30 a 40 mpm.
TERMINOLOGIAS
Eupneia: Respiração normal;
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PRESSÃO ARTERIAL
A pressão arterial ou sanguínea é a força do sangue que atua sobre as paredes das
artérias, fazendo pressão sobre elas. Essa pressão é maior durante a sístole (contração
do coração) e menor durante a diástole (relaxamento do coração). Cada vez que o coração
se contrai (bate), bombeia sangue para as artérias, resultando na pressão arterial mais
alta. Quando o coração relaxa, a pressão arterial cai. Assim, dois números são
registrados ao medir a pressão arterial: o maior deles acontece durante a sístole
cardíaca e é chamado de pressão sistólica; o menor deles se verifica no momento de
diástase, sendo chamado de pressão diastólica.
A pressão arterial sistólica normal deve ser de, no máximo, 120 mmHg (milímetros de
mercúrio) e a pressão diastólica deve ficar igual ou inferior a 80 mmHg. No entanto, esses
números devem ser usados apenas como guia. Uma única medida da pressão arterial
elevada não é necessariamente uma indicação de um problema.
Hipertensão grave: Pressão sistólica superior a 180 mmHg e diastólica 110 mmHg.
TERMINOLOGIAS
Hipertensão: Pressão arterial acima da média;
Hipotensão: Pressão arterial inferior à média;
Convergente: A pressão sistólica e a diastólica se aproximam;
Divergente: A sistólica e a diastólica se afastam.
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A avaliação da dor é uma atividade que faz parte das funções e obrigações dos
profissionais de saúde por ser indispensável à excelência dos cuidados de saúde. Uma
dor não identificada não poderá ser tratada e a sua não quantificação impede uma
avaliação das necessidades de intervenção ou da eficácia dos tratamentos.
CLASSIFICAÇÃO
A dor é classificada através de cinco itens principais, de acordo com a região acometida,
o sistema envolvido, a característica temporal da dor, a intensidade da dor relatada pelo
paciente e a etiologia da dor.
Região acometida:
Cabeça, face e boca;
Região cervical;
Ombros e membros superiores;
Região torácica;
Região abdominal;
Coluna lombossacral e cóccix;
Membros inferiores;
Região pélvica;
Região perineal, anal e genital.
Sistema envolvido
Quanto ao sistema envolvido, a dor pode envolver: o sistema nervoso central, periférico
e/ou neurodegenerativo; os fatores psicológicos e sociais; o sistema respiratório e/ou
cardiovascular; o musculoesquelético e/ou tecido conjuntivo; o sistema cutâneo,
subcutâneo e/ou glandular; o gastrintestinal; o geniturinário e outros órgãos ou vísceras.
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Etiologia da dor
A dor pode ser ter etiologia nos transtornos congênitos ou genéticos; no trauma, cirurgias
e/ou queimaduras; em questões infecciosas e/ou parasitárias; pode ser inflamatória;
neoplásica; tóxica, metabólica e/ou por irradiação; mecânica e/ou degenerativa;
disfuncional e/ou psicológica; e até desconhecida, criptogenética. A intensidade da dor
pode ser classificada pela aplicação de diversas escalas uni ou multidimensionais.
Escala Numérica: A Escala Numérica consiste numa régua dividida em onze partes
iguais, numeradas sucessivamente de 0 a 10. Pretende-se que o doente faça a
equivalência entre a intensidade da sua dor e uma classificação numérica, sendo que 0
corresponde à classificação “Sem Dor” e 10 à classificação “Dor Máxima” (dor de
intensidade máxima imaginável).
Neste sentido, a aplicação da regra "13 certos", deve ser seguida, evitando-se erros. Os
13 certos são:
Prescrição certa;
Paciente certo;
Medicamento certo;
Validade certa;
Dose certa;
Compatibilidade certa;
Orientação ao paciente;
Horário certo;
Acção certa;
Registro certo.
As vias de administração podem ser divididas em efeito sistémico e local. A via tópica é a
única com efeito local. Para o efeito sistémico são utilizadas as vias enteral e parenteral.
O método de administração dos medicamentos depende da rapidez com que se deseja a
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VIA ENDOVENOSA
FINALIDADES:
Infundir medicamentos directamente na veia;
Por apresentar efeito mais rápido, é a primeira opção durante emergências. Outra
justificativa para a administração por essa via é que muitos fármacos não conseguem ser
absorvidos pelo intestino, sendo necessário o uso dessa via. Entretanto, é uma via em
que o paciente precisa de ajuda de profissional treinado para realizar esse procedimento
(enfermeiros e médicos). A via deve ser manipulada com muito cuidado, pois há chances
de infeção no local, podendo piorar o quadro do paciente.
Mobilidade reduzida;
VIA INTRAMUSCULAR
FINALIDADES
Absorção de drogas por via parenteral;
Obter uma absorção mais rápida do que pela via digestiva e subcutânea;
Os locais selecionados devem estar distantes dos grandes nervos e vasos sanguíneos,
sendo os mais utilizados:
Músculo vasto lateral da coxa, no terço médio;
Ventroglutea ou de Hochstetter;
Músculo deltoide.
CONTRA-INDICAÇÕES
Aplicação de medicamentos e vacinas em locais com massa muscular
reduzida;
Aplicação de volumes superiores a 5 ml;
Membros paréticos.
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VIA INTRADÉRMICA
FINALIDADES
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O local mais apropriado é a face anterior do antebraço, devido ser pobre em pelos, com
pouca pigmentação, pouca vascularização e de fácil acesso para leitura. A seringa mais
apropriada para a injeção intradérmica é a de 1 ml, que possui escalas de frações em
mililitros (0,1 ml). A agulha deve ser pequena, fina e com bisel curto, que na prática
denominamos de agulha 13 X 4,5, o ângulo da seringa na injeção I.D é de 10 a 15 graus.
O medicamento é aplicado entre a derme e a epiderme e sofre pouca absorção sistémica.
Os locais mais comuns para injeção ID são:
Parte ventral do antebraço e ventral superior do tórax;
VIA ORAL
FINALIDADES:
É a via mais utilizada, por apresentar características como a segurança, economia, além
da facilidade de administração e não causar dor. Contudo, são contra-indicadas para
pacientes que apresentam náuseas, vómitos, desacordados ou com dificuldade de
deglutição, como crianças menores. Possuem também a capacidade de identificação pelo
paciente, por apresentar diferentes formas e cores. Comprimidos, drágeas, cápsulas,
xaropes, suspensões e elixires são algumas das formas farmacêuticas empregadas nesta
via de administração. Sofrem absorção intestinal e estomacal, principalmente.
A via oral pode ser utilizada para um efeito local (trato gastrointestinal) ou sistémico (após
ser absorvida pela mucosa do intestino e atingir o sangue).
Vantagens
É um meio barato;
Auto-ingestão;
Indolor;
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Irritação gástrica;
VIA SUBLINGUAL
FINALIDADES
Vantagens
Permite a absorção de medicamentos de forma mais rápida;
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Desvantagens
Interfere com bebidas, alimentos ou fala;
Não pode ser usado quando a pessoa está inconsciente ou não cooperante;
CÁLCULO DE GOTEJAMENTO
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COMPLICAÇÕES
Infecção urinária devido a passagem do cateter possibilitar a invasão de bactérias; trauma
uretral ou vesical (deve ser minimizado com adequação do cateter); obstrução do lúmen;
formação de falso trajeto (principalmente em homens), quando há persistência de
estenose uretral, podendo ocorrer no local do esfíncter externo, imediatamente distal à
próstata; perfuração vesical.
-SONDA NASOGÁSTRICA-
A sonda nasogástrica é um tubo fino e flexível, que é colocado no hospital desde o nariz
até ao estômago, e que permite manter a alimentação e a administração de medicamentos
em pessoas que não conseguem engolir ou se alimentar normalmente, devido a algum
tipo de cirurgia na região da boca e garganta, ou devido a doenças degenerativas.
Alimentar através da sonda é um processo relativamente simples, no entanto, é importante
ter alguns cuidados para evitar que a sonda saia do lugar e para impedir que a alimentação
possa chegar nos pulmões, podendo causar uma pneumonia, por exemplo.
INDICAÇÕES
A sonda nasogástrica é indicada nos casos de pessoas que não conseguem se alimentar
por via oral, devido a algumas condições de saúde, como:
Má nutrição;
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Nesses casos, a sonda nasogástrica é indicada para uso em até 6 semanas de tratamento,
sendo que a pessoa deve ter o estômago e intestinos funcionando normalmente, para que
ocorra a absorção dos nutrientes ou remédios passados pela sonda. Além disso, a sonda
nasogástrica pode ser usada para descomprimir o estômago ou intestino, no caso de
obstrução ou íleo paralítico, esvaziar o conteúdo gástrico no caso de pessoas entubadas,
tratar sangramentos ou obstruções do estômago, ou coletar amostra do líquido do
estômago para a análise em laboratório. Embora seja mais raro, a sonda nasogástrica
também pode ser usada em hospitais para lavagem gástrica, em que se faz a aspiração
do conteúdo do estômago, e administração de carvão ativado, no caso de ingestão
acidental ou intoxicação por uso de remédios, drogas ou venenos, por exemplo.
TIPOS DE SONDAS
Sonda de Levine: É uma das mais usadas, existindo no mercado tanto tubos de
plástico como de borracha, com orifícios laterais próximos à ponta; são passadas
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MATERIAIS NECESSÁRIOS
Uma bandeja contendo:
Sonda gástrica LEVINE (mulher 14 a 16, homem 16 a 18);
Seringa de 20 ml;
Copo com água;
Gaze,
Benzina;
Toalha de rosto;
Xilocaína gel;
Fita adesiva;
Estetoscópio;
Biombo s/n;
Luvas de procedimento;
Sacos para lixo.
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COMPLICAÇÕES
As complicações mais comuns relacionadas à colocação de sondas nasogástricas são
desconforto, sinusite ou epistaxe, que normalmente se resolvem espontaneamente com a
remoção da sonda. A colocação de sondas nasogástricas pode causar ou piorar uma
perfuração no esôfago, sobretudo se ele estiver fragilizado. Num acidente mais grave, a
colocação às cegas da sonda nasogástrica em pacientes com lesão na placa cribriforme,
que faz parte da separação entre o cérebro e a cavidade nasal, pode levar a que ela tome
uma direção intracraniana. O uso prolongado de sondas nasogástricas pode causar
irritação no revestimento gástrico, causando sangramento gastrointestinal. A pressão
prolongada em uma área da narina pode causar úlceras por pressão ou mesmo necrose.
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COMO REALIZAR:
Registro de Entradas: É vital registrar todas as fontes de líquidos que entram no
corpo do paciente. Isso inclui não apenas a água bebida, mas também outros
líquidos como sopas, sumos, e soluções administradas intravenosamente.
Registro de Saídas: Igualmente importante é o registro das saídas de líquidos.
Isso envolve medir a urina, mas também outros fluidos corporais que podem ser
perdidos, como através da transpiração, vômitos, ou drenagens.
Cálculo do Balanço: Após a coleta desses dados, a equipe de enfermagem soma
os volumes de entrada e saída. A diferença entre estes dois números fornece o
balanço hídrico. Um balanço positivo indica que mais líquido foi recebido do que
perdido, enquanto um balanço negativo mostra o oposto.
Esse processo é crucial para garantir que os pacientes recebam o cuidado adequado. Em
ambientes clínicos complexos, como unidades de terapia intensiva, o balanço hídrico é
uma ferramenta inestimável para monitorar a estabilidade do paciente e antecipar
necessidades de intervenção.
O cálculo de entradas e saídas no balanço hídrico é uma tarefa que pode parecer árdua
no início, mas que pode ser facilitada por métodos e fórmulas específicas.
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Saídas de Líquidos: No mesmo período, esse paciente produziu 900 mL de urina, teve
uma perda de 100 mL por transpiração e 50 mL por vômito. Assim, a saída total é de 1.050
mL.
Perdas insensíveis: As perdas insensíveis referem-se à água que é perdida pelo corpo
de maneira não perceptível, como através da respiração e da evaporação na pele. Este
tipo de perda de líquido ocorre continuamente, independentemente das ações do
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Água metabólica: A água metabólica, por outro lado, é a água produzida internamente
durante o processo metabólico do corpo. Quando o corpo quebra nutrientes como
carboidratos, proteínas e gorduras, a água é gerada como um subproduto desse processo.
Este componente é frequentemente esquecido, mas desempenha um papel vital no
balanço hídrico geral. Para ilustrar, um adulto médio produz aproximadamente 200 a 300
mL de água metabólica por dia. Esse valor pode variar com base no metabolismo do
indivíduo e na quantidade de energia que está sendo consumida ou produzida.
-ASPIRAÇÃO DE SECREÇÃO-
A aspiração das Vias Aéreas consiste na remoção de secreções por meio de sucção das
Vias Aéreas Superiores (VAS – cavidade nasal, laringe, faringe) e/ou Vias Aéreas
Inferiores (VAI- traqueia). Tendo como finalidade remover secreções acumuladas,
Prevenir infecções e obstruções respiratórias, Promover conforto, Permitir a ventilação e
a oxigenação e Prevenir broncoaspiração.
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Sistema fechado: O sistema fechado, por sua vez, é composto pela adaptação ao tubo
orotraqueal ou à cânula de traqueostomia. No caso, a sonda de aspiração é inserida em
uma manga plástica e conectada diretamente ao paciente, sem a necessidade de
interrupção da ventilação mecânica.
Com isso, não há necessidade também de abertura do sistema para o ambiente. Esse
sistema resulta em menor risco de arritmias e contaminação, devendo, quando possível,
ser preferível, sobretudo em casos de lesão pulmonar aguda.
INDICAÇÃO
Presença de secreção visível na via aérea;
Presença de ruído no tubo traqueal;
Presença de roncos e/ou crepitações e redução dos sons pulmonares na ausculta
pulmonar;
Desconforto respiratório;
Queda da saturação (SpO2);
Oscilações na curva de fluxo do ventilador.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
Equipamentos de Proteção Individual – EPI – ( luvas de procedimento, óculos
protetor, gorro e máscara cirúrgica);
luva estéril para aspirar VAI;
Cateter de aspiração adequado;
Frascos de soro fisiológico 0,9% de 10 mL;
extensões de silicone/látex esterilizadas ;
Oxímetro de pulso ;
estetoscópio;
gazes esterilizadas;
Fonte de vácuo (canalizada ou portátil);
Papel toalha.
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OBJETIVO
Instalar cateter em trajeto venoso periférico para manutenção de uma via de acesso
para infusão de soluções ou administração de medicamentos (contínua ou
intermitente).
INDICAÇÕES:
Coleta de exame laboratorial;
Terapia medicamentosa por via endovenosa.
CONTRAINDICAÇÕES ABSOLUTAS:
Fístula arteriovenosa;
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CONTRAINDICAÇÕES RELATIVAS:
Braço ou mão edemaciados;
Comprometimento em membros;
Queimaduras ou outras lesões de continuidade em locais de punção;
Plegia em membro a ser puncionado
MATERIAIS NECESSÁRIOS:
Bandeja;
Garrote;
Clorexidina alcoólica 0,5% ou álcool à 70%, quando não houver clorexidina
alcoólica;
Bolas de algodão/gazes;
Cateter intravenoso periférico sobre agulha apropriado ao calibre da veia e rede
venosa do paciente (ex: Jelco® nº 24 – 22 em neonatologia/pediatria; Jelco® nº 20
à 14 em adultos);
Filme transparente ou fita adesiva estéril para fixação;
Luvas de procedimento;
Dispositivo a ser conectado ao cateter venoso de acordo com o objetivo da punção
(torneirinha, tubo extensor, tubo em “Y”);
Material para permeabilização do cateter
COMPLICAÇÕES
Braço ou mão edemaciados
Comprometimento em membros
Queimaduras ou outras lesões de continuidade em locais de punção
Plegia em membro a ser puncionado
Hematomas
Punção em Artéria
Anemia Iatrogênica
Lesão nervosa
Infecção
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PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA
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A higienização das mãos (HM) é reconhecida mundialmente como uma medida primária,
mas muito importante no controle de infecções relacionadas à assistência à saúde. Por
esse motivo, tem sido considerada como um dos pilares da prevenção de infecções nos
serviços de saúde. Apesar disso, estudos sobre o tema mostram que a adesão dos
profissionais de saúde às práticas de HM de forma constante e rotineira ainda é baixa,
devendo ser estimulada para tornar esses profissionais conscientes da importância de tal
hábito.
A OMS definiu ainda cinco momentos para a higiene das mãos, de acordo com o fluxo de
cuidados assistenciais:
Antes de tocar o paciente;
Antes de realizar procedimento limpo/asséptico;
Após risco de exposição a fluidos corporais;
Após tocar o paciente;
Após tocar as superfícies próximas ao paciente.
INDICAÇÕES
Quando as mãos estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue e
outros fluidos corporais;
Ao iniciar o turno de trabalho;
Após ir ao banheiro;
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PROCEDIMENTO
1º passo: abra a torneira e molhe as mãos com água.
2º passo: deposite uma quantidade adequada de sabão na palma da mão e espalhe para
os dedos e punhos. Dica: dê preferência ao sabão líquido do que o sabão em barra. O
sabão ainda deve per o pH neutro e de preferência sem adição de perfume. A adição de
perfume pode prejudicar o potencial de higienização e ainda pode causar reações
alérgicas em alguns profissionais.
4º passo: entrelace os dedos das mãos, de modo a possibilitar a higienização dos espaços
entre os artelhos.
5º passo: gire as pontas dos dedos juntos, na palma da mão. Faça o mesmo movimento
com as duas mãos. Isso possibilitará melhor higienização na porção distal do artelho e
pode ajudar a eliminar as sujidades abaixo das unhas.
6º passo: com as mãos em “concha”, esfregue os dedões até a porção final, conforme
imagem abaixo.
8º passo: também não se esqueça dos punhos. Eles podem ajudar a carregar
contaminação se não forem limpos corretamente. Dica: todo o processo de fricção deve
demorar no mínimo 30 a 60 segundos.
9º passo: enxágue as mãos na água corrente, até remover toda a espuma e utilize papel
toalha para fechar a torneira.
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