Principais_farmacos_e_vias_de_administra

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https://doi.org/10.31533/pubvet.v16n01a1009.

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Principais fármacos e vias de administração utilizados em felinos


Cintia Ferreira Antunes de Oliveira1 , Emanuely Ramos Tameirão1 , Lucas Wamser Fonseca
Gonzaga1 , Luciana de Castro Barcelos1 , Lidiane da Silva Bastos1 , Izabel Cristina Tavares1 ,
Larissa Alexsandra Felix2 , João Vitor Fernandes Cotrim de Almeida3 , Marcos Ferrante4*
¹Graduandos em medicina veterinária pela Universidade Federal de Lavras, departamento de medicina veterinária (UFLA), Lavras-MG, Brasil.
²Mestrandas do programa de pós-graduação em ciências veterinárias, UFLA, departamento de medicina veterinária, Lavras-MG, Brasil.
³Doutorando do programa de pós-graduação em ciências veterinárias, UFLA, departamento de medicina veterinária, Lavras-MG, Brasil.
4
Docente do curso de medicina veterinária da Universidade Federal de Lavras, departamento de medicina veterinária, Lavras-MG, Brasil.
*Autor para correspondência, E-mail: marcos.ferrante@ufla.br

Resumo. Para que os protocolos terapêuticos sejam corretamente instituídos é necessário


entender corretamente como serão aplicados. A presente revisão bibliográfica tem como
objetivo caracterizar as diferentes vias de administração usadas na Medicina Veterinária
felina. Dessa forma, serão abordados diversos exemplos de fármacos utilizados por vias
enterais e parenterais. Uma vez que essas particularidades são estudadas, é possível
compreender de que maneira cada via atua, fator que aumenta consideravelmente a eficácia
dos tratamentos. Em razão da administração de fármacos pelas vias incorretas, bem como
da escolha terapêutica na maioria das vezes inapropriada para essa espécie, muitos gatos
acabam se intoxicando. Em decorrência da sua deficiência de metabolização hepática e
predisposição a desenvolver afecções renais, muitos pacientes têm prognóstico
desfavorável e acabam vindo a óbito. Portanto, a fim de evitar possíveis intoxicações por
vias de administração incorretas, e melhorar a escolha terapêutica, buscou-se elucidar os
diferentes tipos de medicamentos utilizados na espécie felina e formas de administração
que podem ser empregadas nesses animais.
Palavras chave: Enterais, medicamentos, medicina felina, parenterais, terapêutica

Main drugs and administration routes used in felines


Abstract. For the therapeutic protocols to be properly instituted, it is necessary to correctly
understand how they will be applied. This bibliographic review aims to characterize the
different administration routes used in feline veterinary medicine. In this way, several
examples of drugs used by enteral and parenteral routes will be addressed. Once these
particularities are studied, it is possible to understand how each pathway works, a factor
that considerably increases the effectiveness of treatments. Due to the administration of
drugs through the wrong routes, as well as the therapeutic choice most often inappropriate
for this species, many cats end up intoxicating. As a result of their hepatic metabolism
deficiency and predisposition to develop kidney disorders, many patients have an
unfavourable prognosis and end up dying. For this reason, the objective was to elucidate
the different types of drugs used in the feline species, in addition to the different doses and
routes of administration that can be used in these animals.
Keywords: Enteral, felines, medications, parenteral, routes of administration

Introdução
Com a antropomorfização dos animais domésticos, muitos tutores passaram a associar medicamentos
de uso humano aos tratamentos veterinários. Esse fato, aliado à falta de medicamentos veterinários

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análogos aos de uso humano, leva a uma infinidade de doenças, principalmente devido às diferenças nos
seus processos metabólicos e fisiológicos. O desconhecimento dos fármacos que são permitidos para
felinos, juntamente com a via de administração incorreta pode resultar em intoxicações e, em casos mais
graves, no óbito desses pacientes. Além disso, um mesmo fármaco pode ter diferentes efeitos a depender
da dose e da via de administração utilizada. No caso das vias enterais, a droga pode depender ou não da
metabolização hepática, o que impacta diretamente na sua biodisponibilidade. Já as vias parenterais
podem ter efeitos sistêmicos ou regionais dependendo do estado fisiológico do paciente e da via de
administração. Alterações nos parâmetros hemodinâmicos podem alterar a absorção da droga, o que
pode diminuir a segurança dessa via (Huang et al., 2017).
As vias digestivas ou enterais são aquelas em que o fármaco necessita passar por algum segmento do trato
gastrointestinal, sendo que o intestino delgado é o principal local de absorção para a via oral. No caso de
ocorrer passagem pelo fígado, a droga tende a ser metabolizada em maior ou menor grau, o que impacta
na concentração da droga que chega à circulação sistêmica e, consequentemente, no seu efeito (Spinosa
et al., 2017). Dessa forma, essa via depende do fluxo sanguíneo, pois à medida que o fluxo sanguíneo
aumenta, mais fármaco chegará aos tecidos e a absorção do fármaco também irá aumentar. No entanto,
se essa taxa de irrigação sanguínea diminui, a absorção irá diminuir na mesma proporção.
Portanto, essa revisão bibliográfica tem como objetivo abordar as vias de administração e
medicamentos mais utilizados na espécie felina, bem como suas diferentes doses, de forma a reforçar
conceitos ministrados a discentes de graduação em Medicina Veterinária.

Vias enterais
As vias digestivas ou enterais são aquelas em que o fármaco necessita passar por algum segmento
do trato gastrointestinal para fazer seu efeito, podendo ser dividida em oral, transmucosa e intrarretal
(Vale & Sousa, 2018).

➢ Com passagem pelo fígado


• Via oral
A via oral apresenta como principais vantagens permitir que o fármaco seja armazenado de forma
mais estável e seja de mais fácil transporte (Panontin & Oliveira, 2017). No entanto, algumas
características podem alterar a porcentagem do fármaco que chega à circulação sistêmica, tais como
velocidade de desagregação e dissolução (Panontin & Oliveira, 2017).
No caso dos carnívoros, a absorção é determinada pela velocidade com que o medicamento sai do
estômago, visto que o intestino delgado é o principal responsável por esse processo, devido a sua extensa
superfície de absorção e sua rica vascularização (Spinosa et al., 2017). O período de latência é demorado,
podendo variar de uma a doze horas (Massone, 2017). Em alguns casos, esse medicamento pode chegar
até a bile, mecanismo conhecido como efeito de primeira passagem.
Quando um medicamento é administrado pela via oral, ele será absorvido no trato gastrointestinal,
chegará ao fígado pela veia porta e poderá voltar ao intestino por meio da secreção biliar. Esse fenômeno
é conhecido como circulação entero-hepática e gera o efeito de primeira passagem, o qual diminui a
concentração do medicamento antes que este atinja a circulação sistêmica, devido a metabolização
hepática que diminui a biodisponibilidade do fármaco. Nesses casos, é necessário que seja aplicada uma
dosagem maior se comparado a outras vias (Papich, 2012; Riviere & Papich, 2018).
Na representação gráfica (Gráfico 1) esse efeito pode ser observado na curva que relaciona a
concentração plasmática ao longo do tempo, apresentando picos secundários na concentração plasmática
após a sua absorção. Para alguns fármacos, é interessante que o animal seja alimentado antes, a fim de
que ocorra a secreção de ácido biliar e micelas associadas que contribuam para a solubilização e
absorção dos fármacos (Riviere & Papich, 2018).
Nos tópicos abaixo, são apresentados antiarrítmicos, antibióticos, antiparasitários, antiplaquetários,
diuréticos, imunossupressores e sedativos que podem ser utilizados por essa via, bem como as
finalidades para as quais são administrados.

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Figura 1. Representação do pico secundário observado no


processo de reciclagem hepática (efeito de primeira
passagem). Fonte: Riviere & Papich (2018).
Antiarrítmicos
Atenolol
O atenolol (Figura 7) é um betabloqueador usado principalmente no tratamento de arritmias e
hipertensão arterial, embora também possa ser útil no controle do hipertireoidismo (Bonagura & Kirk,
1992). O uso desse medicamento sem associação a inibidores da ECA (enzima conversora de
angiotensina) ou a fármacos como a amlodipina, não exerce efeitos positivos sobre o controle da pressão
em gatos (Henik et al., 2008). Isso ocorre uma vez que os inibidores serão responsáveis por promover
vasodilatação e evitar o acúmulo de líquidos (Ford & Mazzaferro, 2013; Fraser et al., 1996); enquanto
que a amlodipina atua bloqueando os canais de cálcio para melhor controle da hipertensão arterial
(Carvalho, 2009). Pode ser usado duas vezes ao dia, via oral (Nelson & Couto, 2015). Para o tratamento
de hipertensão arterial sistêmica em gatos é utilizado atenolol a cada 12h via oral (Carregaro et al., 2004;
Tebaldi et al., 2015).
Segundo Papich (2012) a dose em gatos seria de 1-2 mg/kg a cada 12 horas, por via oral. No entanto,
dado o tamanho do comprimido, uma dose comumente utilizada é a de 6,25-12,5 mg/gato a cada 12-24
horas, por via oral (Papich, 2012). Nos casos de taquiarritmias é usado uma dose de 0,5 a 1 mg/kg, via
oral, uma vez ao dia (Spinosa et al., 2017).

Broncodilatadores
Terbutalina
A terbutalina (Figura 7) apresenta como principal efeito a broncodilatação. Para isso, este
medicamento pode ser utilizado para pacientes que não respondem aos tratamentos convencionais, feitos
por via inalatória (Decian, 2019). Além disso, também apresenta propriedades antiarrítmicas, podendo
ser empregada no tratamento de bradiarritmias via oral, duas ou três vezes ao dia (Plumb, 2018).

Antibióticos
Cefalexina
A cefalexina (Figura 7) é um antibiótico utilizado principalmente no tratamento de infecções
causadas por bactérias Gram positivas e em casos específicos Gram negativas aeróbias (Greene et al.,
1993; Hartmann & Baneth, 2006) como cistites, dermatites e pneumonias. Em gatos deve ser utilizada
duas vezes ao dia, via oral, quando o tratamento é feito em casa (Papich, 2012). Em casos mais graves,
como estado de choque e sepse, os antibióticos de uso oral devem ser evitados, uma vez que sua absorção
é menor, devendo se dar preferência aos administrados pelas vias parenterais (Plumb, 2018).
Doxiciclina
A doxiciclina é um antibiótico de amplo espectro, utilizado principalmente por via oral, no
tratamento de infecções por Chlamydophila, úlceras de córnea e conjuntivite bacteriana (Maddison et
al., 2010). Considerando que este fármaco é substrato da glicoproteína P, assim como o omeprazol
(Bergman, 2003), sugere-se que essa associação, tão comum nas clínicas veterinárias, não seja feita,

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uma vez que os dois fármacos competem pelo mesmo sítio de ligação, diminuindo a absorção de ambos,
deixando mais fármaco livre, o que pode levar a efeitos colaterais.
Penicilina
As Penicilinas que são administradas por via oral (Figura 7) são contraindicadas no tratamento de
infecções em felinos recém-nascidos, uma vez que a absorção dos seus metabólitos é desconhecida
(Ozanam, 2007). Existem vários grupos que serão discutidos ao longo do artigo, mas dentre eles, a
Penicilina V é uma das únicas que pode ser administrada via oral, pois é mais estável em locais com o
pH ácido, e possui baixo espectro de ação. Já a Penicilina G não atinge taxas de absorção ideais por essa
via, uma vez que sofre hidrólise na presença do ácido gástrico (Maddison et al., 2010).

Antiparasitários
Pamoato de pirantel
O pamoato de pirantel é um anti-helmíntico, que pode ser administrado via oral (Figura 7) junto com
o alimento. Pode ser utilizado em felinos com mais de duas semanas de vida (Pereira, 2011). Além disso,
é o fármaco de eleição para o tratamento da toxocaríase em gatos e, para a eliminação das formas
imaturas, devem ser realizadas duas doses, com intervalo de 15 dias entre elas (Campos et al., 2015).
Praziquantel
O praziquantel é um anti-helmíntico eficaz sobre cestódeos das famílias Taeniidae e Dipylidiidae de
gatos, incluindo as fases adulta e de larva. Para o tratamento de cestódeos, pode ser administrado por
via oral (Spinosa et al., 2017), podendo utilizar também em associação comercial dos princípios ativos
Pamoato de pirantel e praziquantel, um vermífugo oral de dose única de amplo espectro para gatos
(Lignon et al., 2019).
O praziquantel também é o medicamento de escolha no tratamento contra Platynosomum illiensis, o
trematódeo que parasita ductos biliares de gatos (Spinosa et. al., 2017). No entanto, este fármaco não é
recomendado em gatos com menos de seis semanas de idade, período de vida mais comum de infestação
por esse parasito (Plumb, 2018).
Fembendazol
O fembendazol é um anti-helmíntico utilizado para tratamento de parasitas pulmonares, como o
Aelurostrongylus abstrusus; fascíolas e vermes helmínticos (tênias, strongyloides, lombrigas). A
duração do tratamento pode ser estendida por 5 dias para as infestações parasitárias graves (Papich,
2012). Para tratamento de felinos com Aelurostrongylus abstrusus os protocolos com o fármaco
fembendazol são bastante variados com relação ao tempo de utilização, dentre eles têm -se a utilização
de 50 mg/kg, a cada 24 horas, vira oral, durante 3, 5 ou 14 dias (Campos et al., 1974)

Antiplaquetários
Clopidogrel
O clopidogrel (Figura 7) é um antiplaquetário utilizado principalmente para a prevenção do
tromboembolismo aórtico em pacientes felinos com doenças cardiovasculares (Site, 2006; Smith et al.,
2003). Apesar disso, existe a necessidade de serem realizados mais estudos que comprovem a eficácia
do efeito terapêutico nessa espécie (Bonagura & Kirk, 1992). De acordo com esses autores, para evitar
ocorrência de êmese, é recomendado que o clopidogrel seja administrado junto com o alimento.

Diuréticos
Espironolactona
A espironolactona (Figura 7) é um diurético, que apresenta atividade poupadora de potássio (Plumb,
2018), usado principalmente no controle da pressão arterial e para o controle do hiperaldosteronismo,
quando administrado em associação com outros fármacos (Razal et al., 2020). Ela é indicada para
pacientes com insuficiência cardíaca congestiva refratária associada ao tratamento com furosemida e
inibidores da ECA (Bonagura & Kirk, 1992).

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Furosemida
A furosemida (Figura 7) é um diurético muito eficiente, que pode ser usado no tratamento de retenção
de líquidos livres em doenças cardiovasculares que levam a formação de edemas sistêmicos, e no
estímulo da micção no caso das doenças renais, independentemente do seu estágio (Fiorini et al., 2017).

Imunossupressores
Ciclosporina
A ciclosporina (Figura 7) é um imunossupressor usado principalmente para o tratamento de doenças
dermatológicas como o complexo granuloma eosinofílico e dermatites atópicas, embora também possa
ser empregada na terapêutica da doença intestinal inflamatória, inflamações orais, afecções respiratórias
e oftalmológicas (Papich, 2012). Seu uso deve ser evitado em animais que possuem o Vírus da
Imunodeficiência Felina (FIV), ou em outras doenças virais, uma vez que pode prejudicar o sistema
imune desses pacientes, pois leva a imunodepressão (Ferreira et al., 2011; Poffo, 2012). Doses maiores,
devem ser feitas em dias alternados, exceto no caso de pacientes transplantados, no qual pode ser feita a cada
12 horas (Papich, 2012). É empregada principalmente em processos inflamatórios intensos a fim de diminuir
a resposta imune exacerbada, como no caso da gengivoestomatite (complexo gengivite estomatite
faringite) felina, mas, nesses casos, não pode ser usada por períodos prolongados (Cubas et al., 2014).
Dexametasona
O succinato sódico de dexametasona por via oral (Figura 7) é recomendado principalmente para o
tratamento da bronquite crônica no intervalo de até três vezes ao dia. Assim que o paciente fica estável,
a dose é diminuída e passa a ser administrada em dias alternados, até a remissão dos sintomas (Plumb,
2018). É recomendável utilizar a menor dose no menor intervalo de tempo possível, uma vez que, sendo
um mineral corticoide muito potente, esse fármaco pode causar a Síndrome de Cushing, doença
endócrina ocasionada pelo acúmulo de cortisol no organismo, apesar dos gatos sofrerem menos com os
efeitos adversos (Ferreira et al., 2011; Plumb, 2018; Poffo, 2012).

Sedativos
Diazepam
O diazepam pode ser utilizado pela via oral (Figura 7) quando se tem por objetivo proporcionar
relaxamento muscular, estimular o apetite e promover a sedação, no caso de ser utilizado no protocolo
pré-anestésico (em doses menores), sendo recomendado a administração nesses casos a cada 8 horas.
(Maddison et al., 2010; Sandem et al., 2006).

➢ Vias que não possuem passagem pelo fígado


• Via transmucosa oral
A via transmucosa oral tem por objetivo evitar o efeito de primeira passagem, por ser uma via de
fácil acesso, menos invasiva e dolorosa que permita a absorção de forma direta e rápida devido à grande
vascularização presente, aumentando consequentemente a biodisponibilidade dos medicamentos
administrados (Sobeck et al., 2003), além de reduzir o estresse do animal e facilitar a contenção física
(Bortoli & Ribeiro, 2019). No entanto, apesar de sua facilidade de administração, outros fatores devem
ser levados em consideração em casos nos quais são utilizados analgésicos e sedativos, especialmente
com relação ao nível de sedação dentre os quais podem-se destacar: a vasoconstrição periférica, a qual
diminui a concentração do fármaco no local em que foi administrado, a sialorreia, responsável pela sua
diluição que diminui a concentração plasmática do medicamento, a constante de acidez e o grau de
solubilidade do fármaco (Santos et al., 2010).

Analgésicos
Metadona
Como exemplo dessa via, tem-se a metadona, um opioide forte, que quando administrado pela via
transmucosa oral apresenta biodisponibilidade moderada e seus efeitos são similares ao da via

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intravenosa. No entanto, uma pequena dose do fármaco pode ser perdida na saliva e por essa razão esse
medicamento não pode ser usado de forma única, mas sim como adjuvante durante a anestesia ou como
medicação pré-anestésica (Campagnol, 2011). Além disso, as concentrações plasmáticas observadas na
via transmucosa oral são menores quando comparadas a via intravenosa (Figura 2), acarretando na sua
absorção mais lenta (Ferreira et al., 2011).

Figura 2. Concentração plasmática da Metadona ao longo do tempo após administração


intravenosa (representada pelos quadrados em negrito) e transmucosa oral
(representada por triângulos). Nesse estudo foram utilizados 8 gatos saudáveis,
sendo que cada um recebeu o fármaco com um intervalo maior ou igual a 10
dias entre os 2 tratamentos. O pico da concentração plasmática foi observado
10 minutos após a administração intravenosa, enquanto o da via transmucosa
oral foi detectado somente após 120 minutos. Fonte: Ferreira et al. (2011).

Sedativos
Dexmedetomidina
A Dexmedetomidina (Figura 7) é usada para fins sedativos, analgésicos e para relaxamento muscular,
sendo seguro para gatos (Fantoni & Cortopassi, 2009; Plumb, 2018). No entanto, quando usada pela via
transmucosa oral, apresenta absorção mais lenta, menor concentração e, consequentemente, menor grau
de sedação se comparada a via intramuscular, o que acarreta na absorção mais lenta (Figura 3). Por essa
razão, é mais indicado que seja feita como medicação pré-anestésica.

Figura 3. Concentração plasmática de Dexmedetomidina e Buprenorfina ao longo do


tempo após administração transmucosa oral (OTM) e intramuscular (IM) em
6 gatos saudáveis. Fonte: Porters et al. (2015).

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• Via retal
A via retal tem por objetivo administrar formas farmacêuticas na mucosa retal, de maneira que sejam
absorvidos pelo plexo hemorroidário e produzam efeitos sistêmicos (Booth & McDonaldo, 1992). Nesses
casos, o medicamento pode sofrer moderadamente o efeito de primeira passagem. Todavia, o que dificulta
a sua utilização é o fato de apresentar absorção irregular, além de poder lesionar a superfície da mucosa
retal (Spinosa et al., 2017). Apesar disso, é a via de escolha para pacientes inconscientes em estados
convulsivos para administração de fármacos que são possíveis de se hidrolisarem em pH ácido (Reis, 2015).

Anticonvulsivantes
Diazepam
Essa via é muito usada para a administração de supositórios de Diazepam (Figura 7) nos casos de
convulsões de emergência e status epilepticus, situações em que se tem difícil acesso a outras vias
(Spinosa et al., 2017). Nesses casos o fármaco pode exercer efeito local ou sistêmico.

Vias parenterais
As vias parenterais tem por objetivo administrar drogas de forma que atinjam diretamente a
circulação sistêmica para que o efeito ocorra mais rapidamente (Booth & McDonaldo, 1992). Podem
ser divididas entre as que geram perfuração epitelial e que, consequentemente, necessitam de uma maior
esterilização, e as que não necessitam perfurá-lo. As vias perfurantes exigem maior controle
microbiológico e podem ser agrupadas nos seguintes grupos:

➢ Vias que possuem efeito sistêmico: intravenosa, intramuscular, subcutânea, intracardíaca,


intraóssea e intraperitoneal.

➢ Vias que produzem efeito local ou regional: subcutânea, ocular, intradérmica, epidural, perfusão
regional e intralesional.

• Via intravenosa
Por essa via são aplicadas soluções aquosas que possuem concentrações iniciais superiores logo após
sua administração e um rápido período de latência. As formulações irritantes e não isotônicas podem ser
injetadas via intravenosa desde que esse processo seja feito com cautela e vagarosamente (Boothe,
2011). Nos gatos, está diretamente relacionada a cuidados críticos, pois permite uma maior eficácia do
medicamento no menor tempo possível, mas, deve-se ter cautela com a ocorrência de embolias e
infecções iatrogênicas. Para isso, são feitos acessos principalmente através das veias radial, femoral e a
tarsal recorrente (Spinosa et al., 2017).
Quando essa via é utilizada, apresenta um efeito mais rápido que as das vias intramuscular e
subcutânea, a qual possui suas concentrações mais prolongadas, sendo responsável por efeitos mais
duradouros (Booth & McDonaldo, 1992) (Figura 4).

Tabela 4. Efeito das diferentes vias de administração ao longo do tempo. Fonte: Adaptado de
Juraski et al. (2017).

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São listados abaixo os principais fármacos administrados por via intravenosa na espécie felina, bem
como suas respectivas funções.

Anestésicos
Cloridrato de Cetamina
A cetamina, quando administrada por via intravenosa (Figura 7), tem por objetivo principal a
analgesia quando atinge a circulação sistêmica, mas além disso pode ser usada na indução e manutenção
anestésica (Plumb, 2018). Deve se ter cuidado com a dose administrada, uma vez que pode acarretar em
depressão respiratória (Spinosa et al., 2017).
Propofol
O propofol (Figura 7), de forma isolada é recomendado para cirurgias mais rápidas, por ser um
anestésico de curta duração. Em gatos, é administrado apenas pela via intravenosa, e não deve ser
utilizado em animais com a pressão arterial baixa, uma vez que pode levar a falta de ar, hipóxia e,
consequentemente, cianose (Papich, 2012).
Xilazina
A xilazina quando usada pela via intravenosa (Figura 7), tem a finalidade de sedar os animais, eliminar
a dor e provocar relaxamento muscular (Emilio et al., 2004). Em gatos, apresenta uma boa margem de
segurança e pode ser administrada também nas formas subcutânea e intramuscular (Seli et al., 2005).

Corticosteroides
Dexametasona
O Succinato sódico de Dexametasona por via intravenosa (Figura 7) é indicado para casos onde há
choque endotóxico, sepse, traumatismos que envolvam o sistema nervoso central ou periférico, e na
insuficiência de adrenal (Spinosa et al., 2017). Além disso, pode ser feita para a realização de provas de
supressão, a fim de diagnosticar o hiperadrenocorticismo felino (Marco et al., 2012; Moreira, 2009;
Rosa et al., 2011) e para problemas respiratórios, como a asma felina.

Diuréticos
Furosemida
Quando feita em bolus intravenoso, ou seja, em infusão rápida, a furosemida (Figura 7) tem por objetivo
diminuir a dispneia causada por edema pulmonar cardiogênico a nível hospitalar, em associação com a
oxigenioterapia e outros medicamentos que auxiliam na terapia de suporte (Maddison et al., 2010).
Antiarrítmicos
Lidocaína
No caso da lidocaína, a via intravenosa (Figura 7) é usada principalmente para efeitos antiarrítmicos,
de forma lenta ou por meio da infusão contínua (Papich, 2012). Para isso, é necessário um
monitoramento rigoroso durante a sua ministração, pois os gatos são muito sensíveis aos efeitos
neurológicos desse fármaco (Plumb, 2018).

Antibióticos
Penicilina
A penicilina cristalina (Figura 7) é recomendada para infecções severas como pielonefrites e não
pode ser usada pela via intramuscular pois é muito dolorosa, devendo priorizar a via intravenosa (Santos
et al., 2006). A administração de antibióticos por essa via é mais indicada para casos graves e é feita
com o objetivo de curar infecções secundárias (Arias et al., 2008).

Broncodilatadores
Terbutalina
A terbutalina (Figura 7) é utilizada no âmbito hospitalar para finalidades broncodilatadoras (Decian,
2019) e seu período de latência pode levar até 30 minutos (Biesalski, 2001).

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Principais fármacos e vias de administração utilizados em felinos 9

• Via tópica
A via tópica usualmente é usada para fins localizados, entretanto, algumas substâncias podem ser
absorvidas mesmo que a pele esteja íntegra (Spinosa et al., 2017). Caso a pele esteja lesionada, podem
haver efeitos adversos locais e sistêmicos e, por essa razão, deve-se ter cautela ao optar por essa via
(Spinosa et al., 2017).
Como exemplos, têm-se as formulações pour on, na qual uma solução é aplicada sobre o epitélio da
linha dorsal, e a spot on, onde o fármaco é colocado em uma região específica, sendo mais comum para
o controle de ectoparasitas, são exemplos de fármacos representadas pelo fipronil e o imidacloprid
(Castro-Janer et al., 2010). Geralmente, os fármacos usados são lipossolúveis para que se solubilizem
na gordura e permitam a chegada da droga por toda a extensão do corpo do animal (Spinosa et al., 2017).
O processo de absorção pode ser ampliado com o uso de curativos obstrutivos, que hidratam as
camadas do estrato córneo, ou substâncias que alterem as estruturas dessa camada, como o
dimetilsulfóxido, a ureia a 10% e ácido oleico de 15 a 20% (Boothe, 2011; Cubas et al., 2014). Os
principais fármacos utilizados por essa via são anestésicos, analgésicos, antiarritímicos e antiparasitários
são descritos a seguir.

Anestésicos
Cloridrato de lidocaína
A lidocaína (Figura 7) é usada principalmente para fins relacionados a anestesia local, mas depois
que atinge a circulação sistêmica adquire propriedades antiarrítmicas e analgésicas, sendo a espécie
felina mais sensível aos efeitos colaterais. Por essa razão, nessa espécie é necessário ser cauteloso com
as doses. Esse anestésico quando usado na forma de adesivo apresenta menos efeitos adversos nos
felinos, visto que a absorção é relativamente menor (Papich, 2012), mas essa forma ainda é pouco
utilizada na veterinária (Valadão et al., 2010).

Antiparasitários
Fipronil
O fipronil (Figura 7) é um antiparasitário seguro, comumente utilizado para a eliminação de pulgas
e carrapatos em gatos pela via spot on. No entanto, ao ser administrado incorretamente, para espécies
diferentes e sem respeitar a dose adequada indicada na fórmula, pode acarretar em efeitos colaterais de
ordem cutânea, neurológica, gastrointestinal ou ocular (Capuano & Rocha, 2006; Farias et al., 1995;
Tesserolli et al., 2005). Além disso, alguns estudos têm demonstrado que seu uso pode causar alterações
comportamentais e cognitivas nesses animais, mas ainda não é um fato comprovado.
Imidacloprid
O imidacloprid (Figura 7) tem sua atuação a nível sistêmico, assim como o fipronil (Capuano &
Rocha, 2006; Farias et al., 1995; Tesserolli et al., 2005), mas como tem uma absorção menor nas
camadas epiteliais, apresenta menos efeitos adversos se comparado a outros antiparasitários (Short &
Gram, 2016). Ao ser administrado via spot on, devem ser obedecidas as especificações descritas pela
empresa, respeitando a espécie para a qual a formulação é indicada. bem como o peso para cada animal, de
forma a evitar possíveis intoxicações (Capuano & Rocha, 2006; Farias et al., 1995; Tesserolli et al., 2005).

• Via intranasal
A via intranasal é usada para procedimentos simples e rápidos, como exames radiográficos e coleta
de materiais biológico, principalmente para anestésicos e opioides (Spinosa et al., 2017). Nesses casos,
os fármacos são absorvidos a partir da mucosa nasal devido a extensa área de vascularização e seguem
em direção a circulação sistêmica (Ramalhais & Ribeiro, 2020). Como vantagens, essa via apresenta
rápida absorção e recuperação pós anestésica, além de uma elevada biodisponibilidade farmacológica
(Surendar et al., 2014).

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Oliveira et al. 10

Anestésicos
Cetamina
A cetamina em combinação com o midazolam quando usada para fins anestésicos, têm mostrado
efeitos sedativos semelhantes aos da via intramuscular, quando utilizados pela via intranasal, de acordo
com Marjani et al. (2015). Nesse estudo, foi demonstrado que o tempo de início, duração e recuperação
anestésica foram muito próximos, fator que justifica seu uso principalmente em animais mais
estressados (Marjani et al., 2015).
Midazolam
O midazolam é um relaxante muscular de ação central que pode ser utilizado como medicação pré-
anestésica (Bauer et al., 2004) e no controle da epilepsia. Quando administrado pela via intranasal, a sua
duração é similar à administração via oral, apesar do seu início de ação ser mais rápido (Bauer et al., 2004).
Opioides
Nalbufina
A nalbufina é um analgésico utilizado para dores leves a moderadas que pode ser administrado pela
via intranasal após os procedimentos cirúrgicos. Além disso, também apresenta um certo índice sedativo e é
considerado seguro por apresentar pouca alteração sobre o sistema cardiorrespiratório (Bauer et al., 2004).

• Via epidural
A via epidural é usada principalmente para cirurgias abdominais. É uma técnica fácil, que apresenta
poucos riscos e eficaz, já que altera minimamente os parâmetros cardíacos e respiratórios, facilita a
analgesia no pós-operatório, além de diminuir a inquietação durante o procedimento cirúrgico.
(McKelvey & Hollingshead, 1994). Além disso, é comum de ser empregada em anestesias para
aplicação de analgésicos e anestésicos na região a partir da qual nervos aferentes são conduzidos até a
medula espinhal. Para sua realização, pode ser usado qualquer espaço intervertebral que esteja na porção
lombar do animal, mas o mais comumente utilizado é o lombossacro entre L7 e S1 (Aleixo & Tudury,
2007; Bressan, 2017; Valadão et al., 2010).

Anestésicos
Cloridrato de bupivacaína
O cloridrato de bupivacaína (Figura 7) é um anestésico local que apesar do seu início de ação lenta,
possui efeito mais duradouro que outros anestésicos locais. É usado principalmente para infiltração local
ou infusão no espaço peridural (Massone, 2017; Papich, 2012). Como vantagens, apresenta pouca
variação dos parâmetros cardiovasculares, proporcionando assim, uma anestesia mais segura
(Magalhães et al., 2004).

Analgésicos
Morfina
No caso dos opioides, a solubilidade do fármaco é o fator que mais influência na sua distribuição.
Por ser pouco lipossolúvel, a Morfina, por exemplo, permanece por mais tempo na medula óssea, o que
potencializa a duração dos seus efeitos (Aleixo & Tudury, 2007; Bressan, 2017; Valadão et al., 2002).

• Via ocular
O tratamento das afecções oculares é dificultado pela presença de barreiras oculares representadas
pela córnea, estroma, retina, esclera, endotélio e barreira hemato-ocular que impede a chegada dos
fármacos a esse local. Com o objetivo de contornar esses obstáculos, podem ser feitas formulações que
facilitem a liberação do fármaco de forma que o gradiente de concentração consiga colocar o fármaco
no interior do olho (Spinosa et al., 2017).

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Principais fármacos e vias de administração utilizados em felinos 11

Antibióticos
Cloranfenicol
O cloranfenicol é um fármaco altamente lipossolúvel, sendo usado principalmente nos tratamentos
onde há comprometimento de córnea. Apesar de apresentar um amplo espectro contra bactérias Gram
negativas e positivas, não é eficaz para infecções que envolvam a bactéria Pseudomonas aeruginosa,
sendo que nesses casos deve-se optar por outros fármacos ou por uma associação com polimixina B
(Maddison et al., 2010).
Gentamicina
A gentamicina é um antibiótico de amplo espectro que pode ser utilizada para o tratamento de
afecções de córnea causados por Pseudomonas aeruginosa que apresenta poucos problemas
relacionados à resistência bacteriana (Lopes et al., 2019).
Tobramicina
A tobramicina é um antibiótico pertencente à classe dos aminoglicosídeos encontrada tanto na forma
de pomada quanto na forma de colírios. É muito parecida com a Gentamicina e pode ser usada em
afecções oculares mais graves (Maddison et al., 2010).

Anestésicos
Atropina
A Atropina é um colírio anestésico que pode ser usado tanto para o diagnóstico, como para o
tratamento da úlcera de córnea em gatos. Apesar de ser usada para efeito tópico, a Atropina pode ter
efeito sistêmico, agindo de forma a reduzir a dor decorrente dos espasmos do corpo ciliar (Silva et al.,
2015). Esse fármaco também pode ser utilizado no pós-operatório do flap de terceira pálpebra em
associação a colírios antibacterianos (Viega, 2018).

• Via intralesional
É usada quando se tem a necessidade de administrar um fármaco que é tóxico para a circulação,
quando o sítio de ação é de difícil acesso, ou quando não há possibilidade da realização de técnicas
cirúrgicas.

Quimioterápicos
Carboplatina
A carboplatina é um medicamento utilizado para a realização de quimioterapia intralesional e, que
vem demonstrado respostas bastante satisfatórias na terapêutica de carcinoma de células escamosas em
felinos. Estudos demonstram que essa prática apresenta poucos efeitos adversos, além de ser mais
acessível e não requerer equipamentos de difícil acesso, facilitando o processo curativo (Ximenes et al.,
2018).
Anfotericina B
A anfotericina B por essa via é usada principalmente para o tratamento da esporotricose, em pacientes
que não respondem ao uso de itraconazol sistêmico (Reis et al., 2016). Para isso, a Anfotericina pode
ser diluída com um anestésico local e ser aplicada semanalmente ou quinzenalmente (Gremião et al.,
2015).

• Via intramuscular
Para a via intramuscular podem ser usadas soluções aquosas, oleosas ou outras formulações, como
suspensões. A absorção pode ocorrer na circulação sanguínea ou linfática e costuma ser rápida, a não
ser que a preparação seja para medicamentos de longa ação (Boothe, 2011). Deve-se ressaltar que nessa
via não podem ser aplicados fármacos em concentrações elevadas ou com o pH diferente do pH do
tecido de aplicação, uma vez que essa ação pode resultar em processos necróticos, como no caso de

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barbitúricos ou éter gliceril guaiacólico a 10% (Massone, 2017). Além disso, costuma optar-se por essa
via quando a intravenosa é de difícil acesso, principalmente em situações de emergência.

Anestésicos e sedativos
Dexmedetomidina
Quando usada pela via intramuscular a dexmedetomidina (Figura 7) pode ser feita como pré-
anestésico, sedativo e anestésico para procedimentos rápidos, sendo que seu efeito tem duração de
aproximadamente uma hora (Plumb, 2018).
Xilazina
A xilazina (Figura 7) é usada com a finalidade de sedar os animais, eliminar a dor e provocar
relaxamento muscular (Spinosa et al., 2017). Em gatos, quando usada pela via intramuscular tem por
finalidade principal a indução do vômito, sobretudo em casos de intoxicação (Spinosa et al., 2017).
Cloridrato de cetamina
A cetamina (Figura 7) é um anestésico seguro de ação rápida, além de exercer efeitos analgésicos
significativos. Em gatos, pode ser feita via intramuscular para efeitos de sedação, contenção e medicação
pré-anestésica em procedimentos mais simples e curtos (Plumb, 2018).
Medetomidina
A medetomidina (Figura 7) provoca sedação e analgesia de acordo com a dose administrada (Vainio,
1989). É similar a xilazina, mas devido a sua maior seletividade aos receptores alfa2-adrenérgicos exerce
maior efeito. Caso essas duas drogas exerçam efeitos colaterais, a droga de eleição para reversão é o
atipamezole (Savola, 1989). Caso seja administrada via intramuscular pode induzir a êmese (Virtanen
& MacDonald, 1985).

Antibióticos
Penicilina
A penicilina (Figura 7) é um antibiótico que pode ser subdividido em vários grupos, e por esse motivo
tem diferentes vias de administração. A penicilina benzatínica, por exemplo, só pode ser usada pela via
intramuscular, sendo indicada principalmente para o tratamento de afecções respiratórias (Santos et al.,
2006) causadas por bactérias Gram positivas.

Corticoides
Succinato de metilprednisolona
A metilprednisolona (Figura 7) é um potente anti-inflamatório que pode ser encontrado em duas
formas: Succinato de metilprednisolona, caracterizado por ser um sal hidrossolúvel de absorção rápida
e Acetato de metilprednisolona, sal que por apresentar maior lipossolubilidade, é absorvido mais
lentamente. O primeiro, apresenta meia vida menor, de aproximadamente dois dias, enquanto o segundo
é totalmente eliminado com três semanas após a sua absorção, sendo escolhido principalmente para
gatos indóceis que precisam do uso prolongado de corticoides (Little, 2016).
O succinato sódico de metilprednisolona é utilizado via intramuscular para terapias anti-
inflamatórias e imunossupressoras. Por essa razão é empregado principalmente nos casos agudos,
sobretudo de crises asmáticas (Spinosa et al., 2017).

Broncodilatadores
Terbutalina
A terbutalina é um potente broncodilatador que pode ser utilizado via intramuscular ou intravenosa
em situações emergenciais (Decian, 2019; Little, 2016; Padrid, 2006; Rozanski & Rush, 2009).

• Via subcutânea
A via subcutânea é usada para efeitos terapêuticos lentos e constantes. Nesses casos, a absorção
ocorre por difusão simples e para isso o pH e a osmolaridade dos fármacos utilizados devem ter valores

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Principais fármacos e vias de administração utilizados em felinos 13

próximos ao dos tecidos para aplicação, a fim de impedir processos necróticos e dolorosos (Spinosa et
al., 2017). Por essa razão, devem ser evitadas soluções irritantes e veículos oleosos. A taxa de absorção
nesses casos não é calculável, pois depende do fluxo sanguíneo e outros fatores extrínsecos como a
presença de vasoconstritores e vasodilatadores. No entanto, é válido afirmar que esse parâmetro
farmacológico é mais lento se comparado a via intramuscular (Boothe, 2011).
Em animais normovolêmicos, as dosagens da via subcutânea são muito próximas às da via
intramuscular. No entanto, em animais debilitados e nos que praticam exercício físico regularmente, a
circulação pode estar alterada, modificando as taxas de absorção (Maddison et al., 2010). A
administração de medicamentos injetáveis em felinos pode acarretar na formação do sarcoma de
aplicação, o qual pode ser definido pela formação de neoplasias malignas decorrentes da aplicação de
soluções farmacológicas e vacinas por via subcutânea ou intramuscular (Domingos et al., 2008; Ferreira
& Zimmermann, 2017; Peixoto & Bezerra Junior, 2010). Por essa razão, prioriza-se a ministração de
vacinas pela via subcutânea em contraposição a intramuscular, devido à maior facilidade de detecção
dos nódulos nessa região mais superficial (Saba, 2017). Além disso, cada vacina possui um local de
aplicação padronizado, visando identificar qual foi responsável pela neoformação (Saba, 2017). Assim,
alguns autores recomendam que a vacina contra a raiva seja aplicada na face lateral do membro pélvico
direito, a tríplice ou quádrupla felina na face lateral do membro torácico direito e a vacina contra o FeLV
na face lateral do membro pélvico esquerdo (Figura 5) (Domingos et al., 2008; Ferreira & Zimmermann,
2017; Peixoto & Bezerra Junior, 2010).

Broncodilatadores
Terbutalina
A terbutalina via subcutânea é usada principalmente no tratamento de gatos com asma, para impedir
a broncoconstrição. Essa forma de administração pode ser ensinada aos tutores logo no início das crises,
de forma a evitar possíveis internações desnecessárias (Decian, 2019).

Corticoides
Acetato de metilprednisolona
O acetato de metilprednisolona (Figura 7) é usado para tratamentos anti-inflamatórios mais
prolongados por ser mais lipossolúvel. É usado pela via subcutânea quando os efeitos precisam ser mais
longos, podendo perdurar por até 6 meses (Plumb, 2018). Para animais mais agressivos que necessitam
de tratamento com corticoterapia prolongada, o emprego da via subcutânea para esse fármaco é o mais
recomendado (Spinosa et al., 2017).

Figura 5. Locais de aplicação recomendados para a aplicação de


vacinas subcutâneas.

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Diuréticos
Furosemida
A furosemida subcutânea (Figura 7) é usada principalmente no tratamento da insuficiência cardíaca
crônica, quando a via oral é difícil de ser feita. A dose deve ser a mínima possível, desde que diminua os
sinais clínicos e deve ser monitorada constantemente caso haja efeitos colaterais (Maddison et al., 2010).

• Via intracardíaca
É mais usada em casos de emergência quando há dificuldade no acesso venoso, como em paradas
cardíacas, com o objetivo de estimular a contratilidade dos músculos cardíacos, a partir da injeção de
adrenalina (Ettinger et al., 2002). Entretanto, se existir a possibilidade de escolha entre esta e a via
intravenosa, deve-se optar pela via intravenosa, pois a intracardíaca tem maiores chances de lesionar os
vasos. Para sua execução a agulha é colocada perpendicularmente ao tórax e posteriormente ao cotovelo,
sendo utilizada também em procedimentos de eutanásia cujos medicamentos são listados a seguir.
Agentes de eutanásia
Cloreto de potássio
O cloreto de potássio pode ser utilizado pela via intracardíaca para fins de eutanásia na dose de 500
mg/kg depois de uma anestesia profunda, usando-se cetamina e/ou xilazina (Aragão, 2012; Fighera et
al., 2008; Santos & Montanha, 2011).
Pentobarbital
O pentobarbital também pode ser utilizado em procedimentos de eutanásia pela via intracardíaca,
endovenosa ou intraperitoneal. Para isso, na maioria das vezes são formulados produtos que contém
Pentobarbital Sódico em sua composição em associação com anestésicos locais como lidocaína ou
fenitoína (Figueiredo & Araújo, 2001; Pulz et al., 2011; Santos & Montanha, 2011).

• Via intraóssea
É usada em cuidados críticos com neonatos, na fluidoterapia com bombas de infusão ou equipos
destinados ao tamanho do animal e transfusões sanguíneas (Ferreira & Zimmermann, 2017). A via intra
óssea oferece resultados semelhantes ao da via intravenosa, sobretudo em filhotes e pacientes com
problemas circulatórios ou muito pequenos (Pereira et al., 2006). Para isso é colocado um cateter
intraósseo de forma que o fármaco seja direcionado diretamente para a corrente sanguínea dos pacientes
filhotes, sendo que os pontos mais utilizados para isso são a fossa intratrocantérica e a crista da tíbia
(Fantoni & Cortopassi, 2009; Polydoro et al., 2006), os quais são representados na figura 6.

Figura 6. Principais pontos de aplicação da via intraóssea. A fossa intratrocantérica


está representada na parte superior da figura, enquanto a crista da tíbia é
ilustrada na parte inferior. Fonte: Adaptado de McMichael, (2011).

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Principais fármacos e vias de administração utilizados em felinos 15

Soluções fluidoterápicas
Dextrose
Normalmente, na fluidoterapia intraóssea de pequenos animais deve se dar preferência às soluções ricas
em dextrose a 50%, pois os filhotes tendem a ter hipoglicemia mais facilmente (Pereira et al., 2006).

• Via inalatória (ou pulmonar)


Substâncias gasosas e voláteis são facilmente absorvidas pelo epitélio respiratório superior e inferior.
Essa característica está diretamente relacionada à intensidade dos movimentos inspiratório e expiratório,
e inversamente associada à frequência respiratória (Boothe, 2011). O trato respiratório superior é
frequentemente utilizado para a administração de fármacos via aerossóis, os quais apresentam uma
extensa janela terapêutica e um grande padrão de segurança, além de evitar a grande circulação e a
barreira que envolve o Sistema Nervoso Central (Boothe, 2011).

Anestésicos
Isofluorano
O isofluorano é um anestésico inalatório muito utilizado nos procedimentos cirúrgicos de felinos,
devido a indução, recuperação e variação da profundidade anestésica serem rápidas (Ferreira et al.,
2006). No entanto, pode causar hipotensão, depressão respiratória e hipercapnia, caso sejam usadas
doses acima do recomendado (Ferreira et al., 2006). Esse fármaco apresenta características mais
vantajosas que o halotano, devido ao seu coeficiente de partição sangue:gás ser menor, bem como sua
solubilidade em tecido adiposo, o que leva a uma menor depressão da contratilidade miocárdica e a
menor vasodilatação cerebral (Maddison et al., 2010).

Corticoides
Fluticasona
A fluticasona por via inalatória é usada principalmente para doenças brônquicas onde o animal
manifesta tosse crônica (Silva et al., 2017). Nesses casos, pode-se associá-la com o salmeterol, duas
vezes ao dia. No entanto, é válido lembrar que o uso de antibióticos não pode ser feito durante esse
período, pois a sensibilidade da fluticasona pode ser alterada. O salbutamol pode ser feito conjuntamente
nos momentos de dificuldade respiratória, a cada 4 horas (Feldman, 1997).
Para o efeito completo da fluticasona é necessário uma a duas semanas de tratamento, sendo
administrado duas vezes ao dia, iniciando com uma dose para gatos de 110 µg (Padrid, 2006). Todavia,
de acordo com estudos feitos por Papich (2012), quando as doses foram comparadas experimentalmente
em gatos, a dose de 44 μg, 2 vezes ao dia, foi tão eficaz quanto 110 ou 220 μg, 2 vezes ao dia. Portanto,
recomendam-se começar com 44 μg por dose (uma aspiração por inalador de 44 μg) 2 vezes ao dia e
aumentar a dose, se necessário, para 110 μg, ou então para 220 μg. Além disso, é necessário um inalador
com dosímetro em 44, 110 ou 220 μg por inalação (Papich, 2012). Por fim, dado que estas formulações
demoram uma a duas semanas para atingir o seu efeito máximo, está indicada a administração
concomitante de prednisolona (corticosteroides) durante este período de tempo, seguindo-se o desmame
da fórmula oral e manutenção da fórmula inalatória apenas (Jericó et al., 2015; Nelson & Couto, 2015).
Salbutamol
O salbutamol é usado pela via inalatória por meio do auxílio de nebulizadores. Seu efeito se inicia
em até 10 minutos, podendo durar até quatro horas (Decian, 2019). Pode ser aplicado a cada 12 ou 24
horas por inalação e, se associado a Fluticasona, deve ser administrado antes (De Lorenzi et al., 2009;
Little, 2016). Além disso, segundo Decian (2019), esse fármaco deve ser empregado apenas quando o
animal apresentar sintomas respiratórios, uma vez que o uso prolongado pode desenvolver processos
inflamatórios (Jericó et al., 2015; Reinero et al., 2020; Venema et al., 2010). Além disso, o tratamento
de doenças do sistema respiratório como bronquite crônica e asma felina é facilitado por essa via de
administração, por meio do uso de bombinhas, sprays nasais ou com o uso da nebulização (Spinosa et
al., 2017).

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Figura 7. Vias de administração utilizadas em gatos e os principais fármacos utilizados.

Considerações finais
Fica evidente que as vias de administração, são divididas em duas classes: enterais e parenterais, o
que reflete na sua biodisponibilidade e tempo de latência de um fármaco. Esses fatores por sua vez, têm
impacto direto sobre o efeito do fármaco, assim como as doses administradas e a facilidade no manejo
terapêutico. Por isso, conhecer as particularidades da medicina felina, bem como dos processos
farmacocinéticos e farmacodinâmicos envolvidos, influencia tanto na escolha dos protocolos
recomendados, quanto na eficácia desses tratamentos. Portanto, é de suma importância que os médicos
veterinários conheçam essas características e instruam os tutores a não medicarem seus animais sem
uma orientação prévia, demonstrando os efeitos adversos e possíveis intoxicações que podem ser
gerados caso haja extrapolação de uma via para outra.
Por fim, cabe salientar que o bem-estar do animal também deve ser uma prioridade, devendo sempre
ser levado em consideração. Isso significa que, caso uma via possa ser substituída por outra menos
estressante, (por exemplo, via oral por subcutânea) essa troca deve ser considerada desde que mantenha
a eficácia do tratamento, analisando sempre seus benefícios uma vez que o estresse pode levar a
problemas ainda mais graves.

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Histórico do artigo:
Recebido: 4 de setembro de 2021
Aprovado: 14 de outubro de 2021 Licenciamento: Este artigo é publicado na modalidade Acesso Aberto sob a licença Creative Commons
Disponível online: 23 de dezembro de 2021 Atribuição 4.0 (CC-BY 4.0), a qual permite uso irrestrito, distribuição, reprodução em qualquer meio,
desde que o autor e a fonte sejam devidamente creditados

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