ESTÁGIO SIMONE III

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CURSO DE SERVIÇO SOCIAL

ESTÁGIO SUPERVISIONADO DO SERVIÇO SOCIAL III

A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL COM MENINOS E MENINAS


DE RUA, NAS OCUPAÇÕES MORADA FELIZ E HABIB’S

SIMONE CRISTINA CUSTODIO DA SILVA

Rio de Janeiro - RJ
2023
SIMONE CRISTINA CUSTODIO DA SILVA

A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL COM MENINOS E MENINAS


DE RUA, NAS OCUPAÇÕES MORADA FELIZ E HABIB’S

Relatório final de Estágio Supervisionado


do Serviço Social III apresentado junto
ao curso de graduação em Serviço
Social da Universidade Estácio de Sá
como requisito parcial, para obtenção do
título de Bacharel em Serviço Social.

Supervisora Acadêmica: Simone de Araújo Paiva

Supervisor de campo: Wilton de Almeida Marques

Professora: Camila Furlanetto

Rio de Janeiro - RJ
2023
SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO.................................................................................... 03
2. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS............................................................ 04
3. CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO.................................... 05
4. DESENVOLVIMENTO.............................................................................. 05
4.1. OBJETIVOS DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO................................ 05
4.2. PLANO DE ATIVIDADES DO ESTAGIÁRIO...................................... 06
4.3. ATIVIDADES REALIZADAS................................................................ 06
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................... 07
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................... 08
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1. APRESENTAÇÃO

Este relatório de estágio III consiste em oportunizar experiências profissionais


da minha parte como acadêmica do curso de Serviço Social, na busca da prática de
ensino e outras técnicas aplicadas ao dia-a-dia durante as atividades propostas pela
disciplina de Prática de Ensino e Estágio supervisionado em Serviço Social da
Faculdade Estácio de Sá.
A REMER - Associação Refúgio dos(as) meninos(as) de rua. Localizada na
Rua Cardoso Marinho N°29, Santo Cristo - RJ, com participação direta do Diretor
Robert Smits funciona em tempo integral e atua na perspectiva de atender e acolher
crianças e adolescentes que vivem em situação de rua.
Este relatório de estágio vem abordar o trabalho do assistente social junto à
população em situação de rua, trazendo as possibilidades e desafios para o trato
desse fenômeno complexo e heterogêneo, sob a perspectiva de efetivação das
garantias de direitos sociais e políticas públicas.
A pesquisa parte das minhas próprias vivências de estágio que ocorreram
dentro da Associação Refúgio dos(as) meninos(as) de rua crianças em Situação de
Rua, mas a construção se ampara em estudos e análises bibliográficas, legais e
documentais. Pude verificar que ainda existe uma defasagem muito grande no que
tange ao acesso aos serviços de proteção social para as pessoas que vivem em
situação de rua pela burocratização do Estado e práticas equivocadas no cotidiano
dos aparatos institucionais que prejudicam essa parcela da população.
A partir desses resultados, concluiu-se que é primordialmente necessário
ouvir o usuário sobre suas demandas e expectativas, para que ações possam ser
balizadas na construção de projetos de vida e na inserção social da população em
situação de rua.
O presente Relatório tem como objetivo cumprir uma etapa exigida pela
disciplina de Estágio Supervisionado de Serviço Social llI, relatando a rotina e
avaliação do programa desenvolvido pela equipe técnica e atividades da REMER,
Associação Refúgio dos/as Meninos/as de rua que fica localizada na Rua Cardoso
Marinho, 29. Santo Cristo RJ. CEP 20220-370. Brasil.
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2. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

O profissional de Serviço social no local escolhido por mim, tanto atende de


forma individual através; do acolhimento, acompanhamento social como também faz
atendimentos de forma coletiva através dos grupos, as atividades exercidas são
definidas dependendo do objetivo da abordagem.

3. CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO

Estagiária: Simone Cristina custodio da silva

Instituição Campo do Estágio: REMER - Associação Refúgio de Meninos/as de Rua.

Endereço: a Rua Cardoso Marinho N°29, Santo Cristo - RJ.

Assistente Social responsável pela supervisão: Wilton de Almeida Marques.

Contexto institucional: ONG

Área de atuação: política de assistência social.

Tempo de existência da instituição: 34 anos.


A ASSOCIAÇÃO Refúgio de Meninos e Meninas em situação de Rua
(REMER) é uma instituição filantrópica tendo sido inaugurada em 09 de janeiro de
1989, pelo atual Presidente Robert Smits juntamente com um grupo da Igreja
Metodista, com a finalidade de atender crianças e adolescentes que vivenciaram a
dura realidade de morar nas ruas do Rio de Janeiro.
Este grupo foi impulsionado pelo Espírito Cristão ao perceber o estado de
abandono e marginalidade em que se encontravam milhares de crianças e
adolescentes nas ruas.
Conscientes do desrespeito aos direitos da pessoa humana e injustiça social
crônica neste país, a Associação REMER assumiu o desafio de propiciar condições
para crianças e adolescentes resgatem seus direitos humanos, sua dignidade.
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4. DESENVOLVIMENTO

O trabalho desenvolvido pelos profissionais nas esferas de formulação,


gestão e execução da política social é, indiscutivelmente, a peça mais importante para
o processo de institucionalização das políticas públicas, tanto para a afirmação da
lógica da garantia dos direitos sociais, como para a consolidação do projeto ético-
político da profissão.
Segundo CFESS (2009), o assistente social atua no atendimento aos
trabalhadores, seja individual ou em grupo, na pesquisa, no assessoramento na
mobilização dos trabalhadores, compondo muitas vezes, equipe multiprofissional.
Portanto, é importante que o profissional possa sempre atuar de maneira
responsável e coerente conforme as diretrizes. A necessidade de dinamicidade nas
atividades do assistente social é algo indispensável para que ocorra uma boa
interatividade com a equipe.
Pode-se elencar, dentre os instrumentos utilizados pelo assistente social em
seu trabalho na REMER, a acolhida, escuta, estudo social, elaboração de relatórios,
parecer social e prontuários das crianças dentre outros.
Durante o período de realização do estágio, pude acompanhar as seguintes
atividades que compõe o seguinte plano de estágio: No primeiro momento junto o
Assistente Social, houve a apresentação do local e toda a equipe de profissionais que
compõe o quadro de funcionários da REMER, em seguida houve uma reunião com o
coordenador seguida de orientações técnicas e normativas do estágio supervisionado
a ser realizado na instituição, logo após com a presença do supervisor de campo foi
definido os dias e realizado o plano de atividades de estágio.
No dia posterior fora feito pelo supervisor de campo, introdução sobre a
REMER, seu contexto histórico e sua atual política de atuação. Em seguida esta fez
apresentação das ferramentas de trabalho do assistente social, tais como: Relatório
de visitas; Livro de registro de atividades; Prontuários; Relatórios de boletim e etc.
A primeira atividade realizada foi a triagem social com a supervisão da
Assistente Social, fizemos a avaliação de uma criança recém chegada no abrigo.
Avaliamos o desempenho social, sua convivência com outras crianças, etc.
No atendimento individual foi realizada uma orientação social através de uma
escuta qualificada com os usuários. Nesse atendimento houve orientações referentes
à documentação, trabalho, frequência, orientação e aconselhamento familiar.
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O Assistente Social deve estar capacitado para, além da execução de


atividades rotineiras na perspectiva, analisar com profundidade a dinâmica da
realidade de crianças e adolescentes no contexto do acolhimento institucional.

Suas ações não devem ser fragmentadas e reduzidas ao imediatismo dos


fatos, deve-se considerar a totalidade, para tanto, não pode abrir mão do
arcabouço teórico-metodológico do qual a profissão é herdeira, bem como de
um olhar atento às contradições e correlação de forças existentes na
sociedade sob a égide do capital. O profissional deve possuir uma natureza
investigativa e estar apto a refletir sobre as demandas apresentadas em seu
processo de trabalho (CRONEMBERG, TEIXEIRA, 2018, p.179).

Assim, compreendo a importância do Assistente Social enquanto componente


das equipes de referências dos serviços de acolhimento institucional Infantojuvenil.
Nessa direção, a seguir compartilho algumas experiências acumuladas durante a
minha trajetória enquanto técnica de referência de unidade de acolhimento
institucional Infantojuvenil.
A partir do trabalho realizado busco refletir sobre as possibilidades e desafios
do trabalho do Assistente Social em unidade de acolhimento institucional infanto-
juvenil, visando ações potencializadoras de saúde mental de crianças e adolescentes
nessa condição.
Quando crianças e adolescentes são acolhidos, inicialmente podem ser
recebidas por técnicos de referência (Assistente Social ou psicóloga), por um
cuidador, ou pela coordenação - que segundo o ECA, no art. 92, desempenha o papel
de guardião legal dessas crianças e adolescentes institucionalizados. (Incluído pela
Lei nº 12.010, de 2009).

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A REMER - Associação Refúgio de Meninos/as de Rua está desempenhando


juntamente com o Município um papel de extrema importância para a população
usuária, e para a comunidade como um todo.
Observou-se que o Assistente Social faz parte do quadro técnico do serviço
de acolhimento e deve trabalhar no sentido da viabilização de direitos sem perder de
vista ações em saúde mental que ultrapassem o contexto da institucionalização,
sendo assim, o estudo realizado apontou desafios a serem superados e possibilidades
para a efetivação desse trabalho.
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Apesar de ser um longo caminho para trilhar, buscando a emancipação de


cada usuário, dignidade, trabalho, um lar, uma família. O papel da assistente social
juntamente com a psicóloga tem sido pontual.
Enquanto possibilidades, evidenciou-se: o planejamento contínuo das ações;
integração da família enquanto partícipe desse processo, diálogo permanente com
atores da rede de assistência e demais políticas públicas; a promoção de espaços de
diálogo para fortalecer o protagonismo e a autonomia do público Infantojuvenil.
Nessa trilha, entendo que embora o Assistente Social, ao trabalhar de forma
intersetorial, tenha a capacidade de promover debates, estabelecer diálogos efetivos
com as políticas públicas numa perspectiva de totalidade, mas não possui a
capacidade de solucionar problemas de ordem estrutural sem o apoio efetivo de
políticas abrangentes. Assim sendo, o Estado necessita assumir o seu papel para a
efetivação das leis vigentes.
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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei Federal nº 8.069, de 13 de julho


de 1990, 2009.

______. LOAS (1993). Lei Orgânica da Assistência Social. Brasília, MPAS, Secretaria
de Estado de Assistência Social, 1999.

CÓDIGO DE ÉTICA DO ASSISTENTE SOCIAL. Disponível em


http://www.cfess.org.br/arquivos/CEP2011_CFESS.pdf acesso em 25 out. 2022.

CRONEMBERGER, I.H.G.M. O Trabalho Social com famílias de origem no serviço


de Acolhimento Institucional. Trabalho com família: no âmbito das Políticas
Públicas, Campinas, v.1, n.1, p.1, 2018.

TIPIFICAÇÃO NACIONAL DE SERVIÇOS SOCIOASSISTENCIAIS. Texto de


orientação para o reordenamento do Serviço de Acolhimento para população adulta e
famílias em situação de rua. Texto de Resolução Nº 109, nov. 2009.

OLIVEIRA, Cirene. O estágio supervisionado na formação profissional do


assistente social: desvendando significados. Revista Serviço Social & Sociedade,
São Paulo, ano 2, n 79, nov.2004.

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