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Contrarrazoes ao Recurso de Apelação.

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ROBERTO DE JESUS SANTOS ADVOCACIA – OAB/BA - 55.

375

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 9ª VARA DE RELAÇÕES DE CONSUMO


DA COMARCA DE SALVADOR, ESTADO DA BAHIA.

Viver honestamente, não lesar a outrem


e dar a cada um o que é seu’’ (Ulpiano).

Processo n.º 8074543-19.2020.8.05.0001

DANIEL CORREA RIBEIRO já qualificado na exordial, nos autos em epígrafe em que


contende com ITAÚ UNIBANCO S.A, por seu advogado infra firmado, vem à Douta
presença de Vossa Excelência, tempestivamente apresentar CONTRARRAZÕES ao
RECURSO DE APELAÇÃO, consoante as razões de fato e de direito anexas, requerendo
sejam recebidas, julgado e processado, a fim de não dar provimento ao Recurso de Apelação.

Termos em que,

Pede deferimento.

Salvador, 05 de março de 2024.

ROBERTO DE JESUS SANTOS


OAB/BA. 55.375
OAB/SE. 1585A

Rua das Araras, S/N, Imbui, Parque do Imbui, 4º Andar, 402 – Telefones: (71) 99300-7920
ROBERTO DE JESUS SANTOS ADVOCACIA – OAB/BA - 55.375

CONTRARRAZÕES DE APELAÇÃO

APELANTE: REAL SOCIEDADE PORTUGUESA DE BENEFICÊNCIA DEZESSEIS DE


SETEMBRO – HOSPITAL PORTUGUÊS

APELADOS: DANIEL CORREA RIBEIRO

Processo n.º 8074543-19.2020.8.05.0001

ORIGEM: 9ª – VARA DE RELAÇÕES DE CONSUMO DA COMARCA DE


SALVADOR.

________________________________________________________________

Nobres Julgadores,

Em que pese o inconformismo por parte da apelante, a mesma irresignada com a sentença que
a condenou, interpõe RECURSO DE APELAÇÃO, buscando se eximir da responsabilidade
a qual foi imposta, sob as mesmas alegações já levantadas na CONTESTAÇÃO, justificando-
se de não ter COLABORADO PARA A PRÁTICA DO EVENTO DANOSO, provocado
pela sua própria conduta de forma única e exclusiva.

O apelado antes de usar de seus argumentos, quer ratificar integralmente os termos da


exordial e da réplica, vez que as alegações trazidas pela Demandada são meramente telas
colacionadas no bojo da defesa e agora da apelação, insuficientes para afastar os pedidos do
apelado ou comprovar o quantum alegado por ela apelante.

O apelado aforou a presente AÇÃO DE RESTITUIÇÃO DE VALOR EM DOBRO C/C


INDENIZAÇÃO POR danos materiais e morais COM PEDIDO LIMINAR contra a
apelante, visando a restituição de valores de diversos descontos, com diversas rubricas
efetuados pela ré, que jamais deixou o autor ciente da possibilidade dos referidos descontos,
nem ao menos a ré procurou esclarecer o motivo dos descontos, na oportunidade em que o
autor buscou informações na agencia e na central da ré.

A conduta da ré, gerou danos patrimoniais e extrapatrimoniais ao autor, danos estes,


decorrentes do sofrimento e das mazelas que foi obrigada a passar, com cobranças em
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descontos, com conduta negligente da Demandada em não ter prestado um serviço com a
qualidade necessária.

I. DA INEXISTÊNCIA DE ATO ILÍCITO IMPUTÁVEL AO BANCO


APELANTE.DA REGULARIDADE NA CONTRATAÇÃO DO SERVIÇO

Em alegação infundada e desprovida de comprovação, a apelante alega que o autor estava


ciente da contratação dos serviços outrora lançados e descontados indevidamente.

Em que pese a apelante fazer todas estas alegações, entretanto, não trouxe se quer
qualquer documento assinado pelo apelado, aos autos da defesa na oportunidade em que
apresentou contestação, muito menos agora, na oportunidade em que interpõe apelação,
a não ser INÚMERAS TELAS NO BOJO, todas possíveis de manipulação, sem condão e
sem suficiência para comprovar o quantum alegado.

Por diversas vezes a apelante procedeu com DESCONTOS EM INDEVIDOS DE TARIFAS


DE SERVICOS, desconhecidos e não contratados pelo apelado ou comunicado de que
seriam descontados.

Devendo, portanto, ser carente de acolhimento a alegação de regularidade na


contratação dos referidos serviços lançados indevidamente, bem como de inexistência de
atos ilícitos, quando na verdade a própria sentença deixa cristalino de que o apelante
agiu com ilicitude na conduta.

II. DOS JUROS APLICADOS AOS DANOS MORAIS ARBITRADOS

Em que pese a apelante, mais uma vez tentar com alegações sem sentido, buscar amenizar
os prejuízos causados ao apelado, pelas suas condutas ilícitas de realizar descontos
indevidos e não previstos em CONTRATO, o fez de forma EXTRACONTRATUAL e por
ato meramente único e exclusivo, o que faz com que a sentença proferida pelo MM Juiz de

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1º piso, determinando a correção monetária a partir do momento do evento danoso, seja


cumprido pela apelante.

Vejamos o que preceitua as súmulas do STJ acerca da questão em comento:

Súmula 54⁄STJ: "Os juros moratórios fluem a partir do evento


danoso, em caso de responsabilidade extracontratual".

Súmula 43/STJ: ‘’ Cabe a correção monetária do débito, quando


de- corrente de ato ilícito, a partir do dano, não vindo a ser esse
critério modificado pela Lei nº 6.899/81’’.

Data maxima venia Nobres Julgadores, a apelante equivocadamente alega algo que nao
condiz com a decisao do magistrado, pois a sentença está em consonância com o dispositivo
legal, que determina a cobrança dos juros e correção à partir do arbitramento.

Razoes pelas quais deve ser rechaçada tal alagação da apelante e reconhecida sim a
abusividade das condutas da ré e a incidência dos juros e correção conforme
determinado na sentença.

III. DA INEXISTÊNCIA DE DANOS MATERIAIS

A alegação de falta da ocorrência de danos materiais é infundada e desprovida de


razoabilidade, na medida em que a própria tabela anexada pelo apelado, tanto nos autos da
inicial, quanto no bojo da inicial, demonstra que a ré somente nos anos de 2017 e 2018,
realizou de forma indevida R$ 372,33 (R$ 148,28 em 2017 / R$ 224,05 em 2018).

Data Máxima Vênia Excelência! Fato é que o apelado, um manobrista, suspenso em seu
contrato de trabalho, por conta da crise causada pela PANDEMIA DO COVID-19, que recebe
o mínimo para seu sustento e de sua família, desconhecedor de grande parte de procedimentos
e cobranças realizadas pelas Instituições Bancárias, de boa-fé e ‘’leigo’’, em tudo o que estava

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ocorrendo, se sentiu extremamente desrespeitado e privado de um direito primordial e salutar


dentro do nosso ordenamento jurídico, que é o DIREITO DE INFORMACAO.

No caso em apreço, o apelado não teve respeitado pelos prepostos da apelante, este direito de
ver-se ciente acerca dos motivos que levaram a Instituição a realizar os referidos descontos,
tendo a mesma, de se valer de ajuda de terceiros, na acepção da palavra ‘’tão leigas’’
quanto ele.

Assim, por entender indevido os descontos realizados pela instituição bancária sem qualquer
autorização do apelado, não deve ser também acolhida a referida alegação de não ter
havido ocorrência de danos materiais.

Pelo Joeirado requer o total improvimento das razões expostas pela apelante, não merecendo
esta, ser recebida por Vossa Excelência, pelos motivos já mencionados.

Subjaz, pela terminalidade, requer o não provimento do Recurso de Apelação e a


condenação da apelante aos honorário de sucumbência em 20% sobre o valor da
condenação e pagamento de custas processuais.

Que advenha toda a plenitude requestada!

‘’Justiça é desejo firme e contínuo de dar a cada um o que lhe é devido’’.

.
Nestes termos,
Pede e espera deferimento.

Salvador, 05 de março de 2024.

ROBERTO DE JESUS SANTOS


OAB/BA. 55.375
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