Ld Pericia Matemática Financeira A
Ld Pericia Matemática Financeira A
Ld Pericia Matemática Financeira A
MATEMÁTICA
FINANCEIRA
PATRICIA TELES
EXPEDIENTE
FICHA CATALOGRÁFICA
228 p.
CDD - 513.9
Impresso por:
RECURSOS DE IMERSÃO
Este item corresponde a uma proposta Utilizado para temas, assuntos ou con-
de reflexão que pode ser apresentada por ceitos avançados, levando ao aprofun-
meio de uma frase, um trecho breve ou damento do que está sendo trabalhado
uma pergunta. naquele momento do texto.
ZOOM NO CONHECIMENTO
P L AY N O CO NH E C I M E NTO
INDICAÇÃO DE L IVRO
E M FO CO
4
CAMINHOS DE APRENDIZAGEM
7UNIDADE 1
31UNIDADE 2
RESPONSABILIDADES DO PERITO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
77UNIDADE 3
FRAUDES CONTÁBEIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78
AUDITORIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106
131
UNIDADE 4
183
UNIDADE 5
5
UNIDADE 1
TEMA DE APRENDIZAGEM 1
MINHAS METAS
8
U N I C ES U M A R
P L AY N O CO NHEC I M ENTO
9
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 1
VAMOS RECORDAR?
Agora que fizemos uma introdução ao tema, já conseguimos entender que a perícia
contábil é utilizada para a verificação de fatos ligados ao patrimônio da entidade,
objetivando oferecer opinião mediante uma questão proposta. As pessoas, físicas
ou jurídicas, buscam a perícia em situações conflituosas e em demandas judiciais
ou extrajudiciais. Para aperfeiçoar ainda mais o entendimento do tema que
estudamos até aqui, sugiro a leitura do artigo A importância da perícia contábil para
o judiciário: uma revisão de literatura. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo
digital do ambiente virtual de aprendizagem.
A P RO F UNDA NDO
1
1
U N I C ES U M A R
1
1
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 1
1
1
U N I C ES U M A R
O objeto da perícia surge a partir de situações, coisas ou fatos oriundos das relações,
efeitos e haveres que fluem do patrimônio de quaisquer entidades.
“
[...] a perícia contábil tem por objetivo geral a constatação, prova, ou
demonstração contábil da verdade real sobre o seu objeto, e trans-
ferindo-o, através de sua materialização – o laudo – para o ordena-
mento da instância decisória, judicialmente ou extrajudicialmente.
ZO O M N O CO NHEC I M ENTO
Assim, pode-se entender que o objeto são os fatos relacionados à causa, enquan-
to o objetivo é a constatação das provas e a veracidade das informações.
O objeto é específico, enquanto o objetivo é amplo, de acordo com a necessidade
daquilo que deve ser investigado.
1
1
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 1
O objetivo da perícia está ligado à elucidação dos fatos que demandam as par-
tes a partir dos meios utilizados para a elaboração de um laudo ou um parecer
contábil. A perícia contábil tem como objetivo geral a constatação, a prova ou a
demonstração contábil da real verdade sobre o objeto.
O objetivo pode ser dividido em geral ou específico. O primeiro é aquele que
leva à formulação de opinião ou juízos técnicos, tais como a emissão de um parecer
conclusivo. Por outro lado, o objetivo específico pormenoriza o parecer, de forma
a evidenciar os fatos que levaram à conclusão apresentada no parecer conclusivo.
A perícia e a auditoria variam quanto à natureza das causas e dos efeitos de es-
paço e de tempo. A primeira serve a uma época, a um questionamento, a uma
necessidade; já a segunda tende a ser uma necessidade constante, atingindo um
número muito maior de interessados, sem a necessidade de rigores metodológi-
cos tão severos. Basta dizer que a auditoria consagra a amostragem, e a perícia a
repele, como critério habitual.
1
1
U N I C ES U M A R
E U IN D ICO
1
1
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 1
Não podemos dizer que a devassa seja um critério nitidamente contábil, mas
que apenas apela para a contabilidade, para que ela desempenhe a função no que
tange aos fenômenos da riqueza.
Enquanto a perícia é direcionada apenas à pequena parcela do universo con-
tábil, a devassa se caracteriza pela integralidade, pelo maior tempo de realização
e pelo foco amplo, somente terminando até que todos os elementos em discussão
estejam esgotados em todos os setores.
A devassa objetiva conhecer todas as irregularidades que um evento tenha
provocado. Além disso, a devassa extrapola a questão contábil, esvaindo-se da
utilização de métodos extra contábeis, com maior aceitação nos indícios.
Alguns autores entendem que, em decorrência dessa amplitude, a devassa não
seja um procedimento contábil, mas um procedimento que usa a contabilidade
para verificar irregularidades.
RISCOS NA PERÍCIA
1
1
U N I C ES U M A R
TEMPO ATRIBUÍDO
Só aceitar a tarefa em tempo hábil, para que possa desempenhá-la com rigor. Para tanto,
deve dimensionar a tarefa e, se o tempo atribuído for incompatível com a necessidade de
dedicação à execução, solicitar maior prazo. Se ele for negado, recusar a incumbência.
PLANO DE TRABALHO
DESEMPENHO EXIGENTE
APOIO EXIGENTE
Nos casos, por exemplo, dos sistemas informatizados, em que muitas entradas em com-
putadores não têm documentação (exemplo: caixas eletrônicos de bancos), exigir um ri-
goroso apoio de programação de verificação (com assistência especializada de alto nível).
RESGUARDO DE INFORMES
PROVAS EMPRESTADAS
Onde couber, deve o perito apelar para a informação de pessoas alheias ao processo,
mas ligadas por transações à empresa ou à instituição (exemplo: pedido de confirma-
ção de saldos a fornecedores, clientes etc.).
1
1
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 1
DECLARAÇÕES
Quanto aos dados a serem requeridos, o perito pode pedir à empresa que está sob seu
exame uma carta da administração que declare que os elementos exibidos eram os
exclusivos que existiam e que nenhum outro foi produzido ou existe em outro local etc.
PREÇO
TIPOS DE PERÍCIA
Perícia judicial
1
1
U N I C ES U M A R
“
Perícia contábil judicial é a que visa servir de prova, esclarecen-
do o juiz sobre assuntos em litígio que merecem seu julgamento,
objetivando fatos relativos ao patrimônio de empresas ou de
pessoas. A perícia judicial obedecerá a um ciclo, que engloba
três fases: preliminar, operacional e final (SÁ, 2003, p. 78).
1
1
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 1
Perícia semijudicial
É aquela que é realizada dentro dos órgãos públicos como uma prévia para o le-
vantamento de débitos ou de fatos controversos, antes de se levar o caso à Justiça,
como acontece no Ministério Público, na Receita Federal, na Receita Estadual e
em outros órgãos públicos.
“
A perícia semijudicial é aquela realizada dentro do aparato insti-
tucional do Estado, porém fora do Poder Judiciário, tendo como
finalidade principal ser meio de prova nos ordenamentos institucio-
nais. Esta espécie de perícia subdivide-se, segundo o amparo estatal
atuante, em policial (nos inquéritos), parlamentar (nas comissões
parlamentares de inquérito ou especiais) e administrativo-tributá-
ria (na esfera da administração pública tributária ou conselho de
contribuintes) (ALBERTO, 2010, p. 39).
“
[...] seguem as determinações do magistrado ou autoridade equivalente
segundo os poderes da República em que acontece o trabalho pericial,
os ditames do CPC e das NBCs aplicáveis a cada caso. Neste contexto,
entende-se que a perícia semijudicial é feita fora do poder judiciário,
mas dentro dos procedimentos institucionais do Estado, sempre sendo
feita por profissionais da área da perícia (ZANNA, 2011, p. 530).
2
2
U N I C ES U M A R
Perícia extrajudicial
“
A perícia extrajudicial é aquela realizada fora do estado, por ne-
cessidade e escolha de entes físicos e jurídicos particulares – priva-
dos, vale dizer – no sentido estrito, ou seja, não submetidas a outra
pessoa encarregada de arbitrar a matéria conflituosa (fora do juízo
arbitral, também) (ALBERTO, 2010, p. 54).
“
A perícia extrajudicial tem por objetivo esclarecer pontos de discór-
dia entre pessoas que querem atingir o entendimento sem utilizar
recursos judiciais ou arbitrais (ZANNA, 2005, p. 98).
2
2
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 1
Perícia arbitral
A perícia arbitral é aquela que ocorre a partir de uma instância decisória criada
pelas partes envolvidas, normalmente, em uma Câmara de Arbitragem, que é
composta por prestadores de serviços que oferecem suporte para a realização da
arbitragem (método de resolução de conflitos entre as partes sem a participação
do Poder Judiciário), a fim de definir as regras a serem seguidas durante um
processo arbitral.
No Brasil, a arbitragem nasceu com a Lei nº 9.307, de 1996, que determina
que as partes envolvidas podem recorrer a um árbitro ou a uma câmara arbitral
para a solução de controvérsias e litígios relativos a bens patrimoniais disponíveis.
A perícia arbitral é um tipo especial de avaliação realizado no âmbito do
tribunal arbitral, o qual difere tanto do processo judicial quanto do processo
extrajudicial. Contudo, com base no que for previamente acordado durante a
audiência arbitral, as partes devem observar integralmente os termos estabele-
cidos. Em certas circunstâncias, no entanto, surgem desentendimentos entre as
partes em relação ao que foi acordado na audiência, principalmente no que diz
respeito a questões financeiras. Nessas situações, a perícia arbitral se torna neces-
sária, sendo uma avaliação que ocorre dentro do contexto do tribunal arbitral.
Na prática, o que se percebe é a existência de regras específicas para a produ-
ção de prova pericial nos regulamentos dos órgãos arbitrais. Esses regulamentos
devem ser adotados nas arbitragens, em que as partes elegem um árbitro para
administrar o procedimento e procuram sintetizar os ditames da lei processual,
especialmente no que tange à nomeação do perito, à indicação de assistentes
técnicos, à formulação de quesitos e à entrega do laudo.
PERITO CONTADOR
2
2
U N I C ES U M A R
O perito deve ter amplo conhecimento específico da matéria da lide e das normas
contábeis, principalmente aquelas aplicadas à perícia e sobre os aspectos jurídicos
inerentes ao trabalho pericial. Trataremos mais desse assunto quando falarmos
das qualidades do perito.
Perito oficial é o profissional nomeado pelo juiz e de sua confiança. Ele também
pode ser chamado de perito judicial. Já o perito assistente é aquele profissional
indicado pelas partes do processo, logo, é de confiança das partes. Ele também
pode ser chamado de assistente técnico.
E U IN D ICO
Para ser um bom perito contábil, seja como perito oficial, seja como perito assis-
tente, é necessário que o profissional tenha algumas qualidades que fazem dele
um profissional mais qualificado e eficiente na realização do trabalho. Portanto,
agora estudaremos as qualidades e as capacidades do perito contador.
2
2
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 1
CAPACIDADE LEGAL
CAPACIDADE PROFISSIONAL
CAPACIDADE ÉTICA
CAPACIDADE MORAL
2
2
U N I C ES U M A R
E U IN D ICO
Assista ao vídeo que conta com dois profissionais peritos contadores. Observe o
quão são interessantes a profissão e o trabalho do perito contador. Recursos de
mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem.
Espero que tenha entendido como um perito contador deve se portar e quais são
as qualidades e as capacidades necessárias ao profissional para melhor desem-
penhar o próprio papel.
NOVOS DESAFIOS
Assim como constatamos, a perícia contábil é uma área de especialização da
Contabilidade que vem despontando como amplo e promissor campo de atuação
do contador. É um importante ramo da Contabilidade e, para a devida realização,
faz-se necessário um profissional especializado, que esclareça questões sobre o
patrimônio das pessoas físicas e jurídicas.
O profissional perito contador pode ser nomeado pelo juiz ou contratado
pelas partes do processo ou por entidades que precisam elucidar fatos relativos
ao patrimônio. Esse profissional não possui vínculo empregatício nem com o
sistema judicial, nem com a entidade ou pessoa para a qual ele realiza a perícia.
Ele é contratado de forma independente para cada trabalho específico, o que o
torna um profissional autônomo. No entanto, esse campo de atuação oferece
um mercado de trabalho excelente e abrangente. Com preparo adequado e ex-
periência, esse profissional sempre terá oportunidades de trabalho disponíveis.
2
2
VAMOS PRATICAR
A perícia é uma prerrogativa do profissional da contabilidade que pode figurar como perito
oficial ou perito assistente. Com base na Norma Brasileira de Contabilidade - NBC TP 01 -
Perícia Contábil, assinale a alternativa correta:
a) O perito-assistente não pode, tão logo que tenha conhecimento da perícia, manter con-
tato com o perito do juízo.
b) A perícia judicial é exercida sob a tutela do Poder Judiciário. A perícia extrajudicial é
exercida somente no âmbito arbitral.
c) A perícia voluntária é contratada espontaneamente pelo interessado apenas.
d) O perito-assistente não pode firmar o laudo pericial quando o documento tiver sido
elaborado por leigo ou profissional de outra área.
e) A perícia contábil pode ser realizada por técnico em contabilidade devidamente regis-
trado no Conselho de Classe.
2. As aplicações dos conhecimentos científicos, para prestarem utilidade ao ser humano, são
duas tecnologias. A perícia contábil, por sua vez, é uma tecnologia, porque é a aplicação
dos conhecimentos científicos da contabilidade.
A perícia contábil e suas tecnologias são necessárias para a realização da perícia contábil,
incluindo alguns procedimentos técnicos que permeiam pelas Normas Brasileiras de Con-
tabilidade e devem ser executados para o bom andamento do trabalho de perícia, dentre
eles: definição do objeto da perícia, forma circunstanciada da perícia, critério adotado na
perícia e metodologia aplicada na perícia.
2
2
VAMOS PRATICAR
III - A forma circunstanciada da perícia é a faculdade que tem o perito de distinguir como
proceder em torno dos fatos alegados para julgar ou decidir o caminho que deve seguir
na elaboração do laudo e do parecer
IV - A redação pormenorizada, minuciosa, efetuada com cautela e detalhamento em relação
aos procedimentos e aos resultados do laudo e do parecer é um tipo de critério adotado
na perícia.
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
3. Perícia contábil não é o mesmo que auditoria. Ambas variam quanto à natureza das causas
e dos efeitos, ao espaço, ao tempo e à metodologia de trabalho.
A perícia contábil, diferente da auditoria, é uma tarefa requerida, destinada a suprir uma
eventualidade, com objetivo determinado, para colher opinião como prova para decisão. São
vários os elementos que compõem a natureza da perícia, mas, quanto ao desempenho, ela
é sempre algo eventual. Considerando as características que distinguem a perícia de outras
tecnologias contábeis, como a auditoria, analise as afirmativas a seguir:
a) I e IV, apenas.
b) II e III, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I, II, III e IV.
e) II, III e IV, apenas.
2
2
REFERÊNCIAS
2
2
CONFIRA SUAS RESPOSTAS
1. D.
O perito assistente pode assinar o laudo pericial emitido junto com o perito oficial, desde que
esse seja profissional habilitado, ou seja, bacharel em Ciências Contábeis com registro no
CRC. Além disso, nada impede o perito assistente de fazer contato com o perito do juízo. A
perícia extrajudicial é exercida fora do aparato judiciário, podendo ser arbitral, administrativa
ou por iniciativa das partes. Não existe perícia contábil que parte só de uma das partes e a
perícia contábil é prerrogativa de um profissional habilitado, a saber: bacharel em Ciências
Contábeis com registro no CRC.
2. C
3. D.
2
2
UNIDADE 2
TEMA DE APRENDIZAGEM 2
RESPONSABILIDADES DO PERITO
MINHAS METAS
3
3
U N I C ES U M A R
3
3
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 2
P L AY N O CO NHEC I M ENTO
VAMOS RECORDAR?
Este vídeo, embora não fale exclusivamente da perícia contábil, aborda a questão
relativa à responsabilidade do perito de forma clara. Por exemplo: se o perito
deixar de prestar informações que poderiam auxiliar na solução da lide, ele pode
estar cometendo o crime de falsa perícia? Confira a resposta assistindo ao vídeo!
Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de
aprendizagem.
3
3
U N I C ES U M A R
E U IN D ICO
IMPEDIMENTO
Para que o perito possa realizar o próprio trabalho de forma imparcial, é muito impor-
tante que ele se declare impedido, após nomeado, contratado, escolhido ou indicado,
quando ocorrerem as situações previstas nas Normas Brasileiras de Contabilidade.
Quando o perito for nomeado pelo juiz, ele deve enviar uma petição, dentro
do prazo estabelecido por lei, explicando o motivo pelo qual ele não pode aceitar
o trabalho ou quais são os motivos que o impedem de atuar.
Se o perito for indicado por uma das partes do processo, não aceitando o
encargo, o perito contador assistente deve comunicar à pessoa a recusa, que deve
ser devidamente justificada por escrito e com cópia ao juiz do caso.
Essas medidas têm o objetivo de garantir que o perito seja imparcial e evite
qualquer conflito de interesses que possa prejudicar a qualidade e a confiabilidade
do próprio trabalho.
O perito contador nomeado ou escolhido precisa se declarar impedido quan-
do não puder exercer as próprias atividades com imparcialidade e sem qualquer
interferência de terceiros ou ocorrendo, pelo menos, uma das seguintes situações:
3
3
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 2
“
a) for parte do processo;
b) tiver atuado como perito-contador contratado ou prestado de-
poimento como testemunha no processo;
c) tiver mantido, nos últimos dois anos, ou mantenha com alguma
das partes, ou seus procuradores, relação de trabalho como empre-
gado, administrador ou colaborador assalariado;
d) tiver cônjuge ou parente, consangüíneo ou afim, em linha reta, ou
em linha colateral até terceiro, postulando no processo ou entidades
da qual esses façam parte de seu quadro societário ou de direção;
e) tiver interesse, direto ou indireto, imediato ou mediato, por si ou
qualquer de seus parentes, consangüíneos ou afins, em linha reta, ou
em linha colateral até segundo grau, no resultado do trabalho pericial;
f) exercer função ou cargo incompatíveis com a atividade de pe-
rito-contador, em função de impedimentos legais ou estatutários;
g) receber dádivas de interessados no processo;
h) subministrar meios para atender às despesas do litígio; e
i) receber quaisquer valores e benefícios, bens ou coisas sem au-
torização ou conhecimento do juiz ou árbitro (CFC, c2023, p. 3).
“
a) a matéria em litígio não for de sua especialidade;
b) a constatação de que os recursos humanos e materiais de sua estru-
tura profissional não permitem assumir o encargo; cumprir os prazos
nos trabalhos em que o perito-contador for nomeado, contratado ou
escolhido; ou em que o perito-contador assistente for indicado;
c) ter o perito-contador da parte atuado para a outra parte litigante
na condição de consultor técnico ou contador responsável, direto
ou indireto em atividade contábil ou em processo no qual o objeto
de perícia seja semelhante àquele da discussão, sem previamente
comunicar ao contratante (CFC, c2023, p. 4).
3
3
U N I C ES U M A R
E U IN D ICO
SUSPEIÇÃO
“
a) ser amigo íntimo de qualquer das partes;
b) ser inimigo capital de qualquer das partes;
c) ser devedor ou credor em mora de qualquer das partes, dos seus
cônjuges, de parentes destes em linha reta ou em linha colateral
até o terceiro grau ou entidades das quais esses façam parte de seu
quadro societário ou de direção;
d) ser herdeiro presuntivo ou donatário de alguma das partes ou
dos seus cônjuges;
e) ser parceiro, empregador ou empregado de alguma das partes;
f) aconselhar, de alguma forma, parte envolvida no litígio acerca do
objeto da discussão; e
g) houver qualquer interesse no julgamento da causa em favor de
alguma das partes (CFC, c2023, p. 5).
3
3
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 2
SIGILO
RESPONSABILIDADES DO PERITO
3
3
U N I C ES U M A R
RESPONSABILIDADES CIVIL E
PENAL DO PERITO
“
Numa acepção bem
ampla, ela consiste
na obrigação de re-
parar quaisquer da-
nos antijuridicamen-
te causados a outrem,
isto é, resultantes da
violação de direitos
alheios, de forma não
permitida pelo orde-
namento (NORO-
NHA, 1993, p. 18).
3
3
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 2
4
4
U N I C ES U M A R
“
Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como
testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo
judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral.
4
4
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 2
■ Por escrita falsa, inexata, defeituosa ou confusa etc., de acordo com o Art.
186 do Decreto-Lei nº 7.661/45.
■ Simulação de despesas, capital etc., segundo o Art. 188 do Decreto-Lei
nº 7.661/45.
■ A legalidade dos livros e a respectiva obrigatoriedade, de acordo com o
Decreto-Lei nº 305/67, o Decreto-Lei nº 486/69 e o Decreto nº 64.567/69.
■ Da escrita do livro de duplicatas, segundo o Art. 19 da Lei nº 5.474/68.
■ Crimes contra a ordem tributária, econômica, financeira e as relações de
consumo.
Um aspecto adicional destacado por Zappa e Hoog (1995) é que, de acordo com
o Art. 10 do Código Comercial, os comerciantes são obrigados a elaborar um
balanço anualmente e a assiná-lo. No entanto, se esse balanço for falso, apenas o
contador é responsabilizado criminalmente, de acordo com o Art. 342 do Código
Penal, enquanto o comerciante não enfrenta as mesmas consequências legais. Isso
ocorre, porque a lei penal não abrange o comerciante, mas apenas o contador.
Para o comerciante, existem punições previstas no Art. 343 do Código Penal,
que já foi citado, caso seja comprovado que ele subornou ou induziu o contador
a fazer registros contábeis incorretos.
4
4
U N I C ES U M A R
“
I – recusar sua indicação quando reconheça não se achar capacitado
em face da especialização requerida;
II – abster-se de interpretações tendenciosas sobre a matéria que
constitui objeto de perícia, mantendo absoluta independência mo-
ral e técnica na elaboração do respectivo laudo;
III – abster-se de expender argumentos ou dar a conhecer sua con-
vicção pessoal sobre os direitos de quaisquer das partes interessadas,
ou da justiça da causa em que estiver servindo, mantendo seu laudo
no âmbito técnico e limitado aos quesitos propostos;
IV – considerar com imparcialidade o pensamento exposto em lau-
do submetido à sua apreciação;
V – mencionar obrigatoriamente fatos que conheça e repute em
condições de exercer efeito sobre peças contábeis objeto de seu tra-
balho, respeitado o disposto no inciso II do art. 2º;
VI – abster-se de dar parecer ou emitir opinião sem estar suficien-
temente informado e munido de documentos;
VII – assinalar equívocos ou divergências que encontrar no que
concerne à aplicação dos Princípios de Contabilidade e Normas
Brasileiras de Contabilidade editadas pelo CFC;
VIII – considerar-se impedido para emitir parecer ou elaborar lau-
dos sobre peças contábeis, observando as restrições contidas nas
Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo Conselho Fe-
deral de Contabilidade;
IX – atender à Fiscalização dos Conselhos Regionais de Contabi-
lidade e Conselho Federal de Contabilidade no sentido de colocar
à disposição desses, sempre que solicitado, papéis de trabalho, re-
latórios e outros documentos que deram origem e orientaram a
execução do seu trabalho (CFC, 1996, on-line).
4
4
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 2
E U IN D ICO
A P RO F UNDA NDO
4
4
U N I C ES U M A R
“
Art. 148. Aplicam-se os motivos de impedimento e de suspeição:
4
4
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 2
Deve, assim, rejeitar qualquer tipo de pressão advinda de qualquer parte, evitan-
do ingerências que possam ocasionar ou induzir ao erro.
A atividade pericial é fundamental no processo judicial tanto para a análise
do fato alegado quanto para o convencimento do juízo, já que tem o condão de
convencer e revelar a verdade dos fatos. É exatamente por isso que o perito deve
agir nos limites da competência, atuando com diligência, cautela e de forma isenta.
Em relação à ética, temos, então, os seguintes pontos que devem nortear o
trabalho dos peritos:
I. CAPACIDADE PROFISSIONAL/CONFIANÇA:
Estar preparado para desenvolver tudo aquilo que lhe foi confiado pelo magistrado
quando de sua nomeação, manifestando sua opinião técnica e científica, respeitando
os diplomas legais sobre a matéria, com cautela e responsabilidade.
II. INDEPENDÊNCIA:
O perito deve respeitar e assegurar o sigilo sobre tudo o que foi analisado e executado
durante a execução de seu trabalho, sendo proibida a sua divulgação, salvo, claro, quan-
do houver obrigação legal de fazê-lo. Somente é permitido em defesa da sua conduta
técnica profissional, podendo, para esse fim, requerer autorização a quem de direito.
IV. PROBIDADE:
deve o perito atuar com lisura, integridade, zelo e honestidade, sempre na busca pelo
justo e pelo bom direito.
4
4
U N I C ES U M A R
E U IN D ICO
NOVOS DESAFIOS
Como já foi bem falado sobre a ética e a respectiva essência, agora, vale fazer-
mos uma análise do atuar do perito desde a nomeação dele, porque é a partir
desse momento (quando é nomeado nos autos) que entramos em contato com
o proceder ético do perito.
Como deve proceder o perito de acordo com a ética profissional, se ele for no-
meado para um processo no qual uma das partes é o dono do escritório onde ele
trabalhou por 15 anos? O que precisamos verificar é o que consta na Norma Brasileira
de Contabilidade sobre impedimento e suspeição. Esse profissional somente estaria
impedido de atuar nesse caso se tivesse deixado de trabalhar nesse escritório a menos
de 2 anos do fato. Vejamos o que diz a norma: “tiver mantido, nos últimos dois anos,
ou mantenha com alguma das partes, ou seus procuradores, relação de trabalho como
empregado, administrador ou colaborador assalariado” (CFC, 1992, p. 4).
O trabalho do perito é muito promissor, mas muito desafiador. Por isso, o
profissional deve estar bem preparado para desenvolver as atividades com cla-
reza, precisão e objetividade. Para isso, precisa estar constantemente estudando
para se manter atualizado e aprimorar os conhecimentos para cada dia atuar me-
lhor como perito nas demandas judiciais ou extrajudiciais. O mercado é amplo e
muitas oportunidades surgem para aqueles que estão bem preparados.
4
4
VAMOS PRATICAR
O contador, quando perito, assistente técnico, auditor ou árbitro, deverá agir com respon-
sabilidade, devendo evitar:
a) Recusar sua indicação quando reconheça não se achar capacitado em face da especia-
lização requerida.
b) Abster-se de expender argumentos ou dar a conhecer a sua convicção pessoal sobre
os direitos de quaisquer das partes interessadas.
c) Expressar seu pensamento parcial em laudo submetido à sua apreciação.
d) Abster-se de dar parecer ou emitir opinião sem estar suficientemente informado e mu-
nido de documentos.
e) Considerar-se impedido de emitir parecer ou elaborar laudos sobre peças contábeis,
observando as restrições contidas nas NBCs editadas pelo CFC.
2. O perito contador nomeado ou escolhido deve se declarar impedido quando não puder
exercer as atividades com imparcialidade e sem qualquer interferência de terceiros, ou
ocorrendo situações previstas na Norma Brasileira de Contabilidade do Perito Contador
aprovada pela Resolução CFC 1244/09.
O perito contador deve se declarar impedido de executar uma perícia quando ocorrer, pelo
menos, uma das seguintes situações.
a) A.I, apenas.
b) B.III, apenas.
c) C.I e II, apenas.
d) D.II e III, apenas.
e) I, II e III.
4
4
VAMOS PRATICAR
1 Vistoria
2.Mensuração
3.Avaliação
4.Arbitramento
5.Indagação
A sequência correta é:
a) 1, 5, 3, 4, 2
b) 5, 4, 1, 3, 2
c) 2, 4, 3, 1,
d) 2, 3, 4, 1, 5.
e) 1, 2, 3, 4, 5.
4
4
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei no 10.268, de 28 de agosto de 2001. Brasília, DF: Presidência da República, [2001].
Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10268.htm. Acesso em:
31 out. 2023.
BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Brasília, DF: Presidência
da República, [2023]. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.
htm. Acesso em: 31 out. 2023.
BRASIL. Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015. Código de Processo Civil. Brasília, DF: Presidência
da República, [2023]. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2015/lei/l13105.htm. Acesso em: 31 out. 2023.
CFC. NBC PP 01 – Norma Profissional do Perito. [S. l.: s. n.], c2023. Disponível em: https://cfc.org.
br/wp-content/uploads/2016/02/NBC_PP_01.pdf. Acesso em: 31 out. 2023.
CFC. Resolução CFC nº 733/92. Aprova a NBC P 2 – Normas Profissionais do Perito Contábil. [S.
l.: s. n.], [1992]. Disponível em: https://www.crcpa.org.br/uploads/arquivos/655e3c25c358aaf3c-
f4c9a176945a282.doc. Acesso em: 31 out. 2023.
CFC. Resolução CFC nº 803/1996. Aprova o Código de Ética Profissional do Contador – CEPC.
[S. l.: s. n.], [1996]. Disponível em: https://www.normaslegais.com.br/legislacao/contabil/cepc.
htm. Acesso em: 31 out. 2023.
PINTO, E. V. Responsabilidade civil: de acordo com o novo código civil. Porto Alegre: Síntese,
2003.
ZAPPA, S. M.; HOOG, W. A. Z. Curso intensivo de perícia nas áreas contábeis e de engenharia.
Curitiba: Sescap, 1995.
5
5
CONFIRA SUAS RESPOSTAS
1. Opção C. O perito oficial deve ser totalmente imparcial. Logo, deve considerar, com impar-
cialidade, o pensamento exposto em laudo submetido à sua apreciação.
2. Opção C. O perito deve se declarar impedido quando não puder exercer suas atividades
com imparcialidade quando tiver mantido, nos últimos 02 anos, ou mantenha, com alguma
das partes ou seus procuradores, relação de trabalho como empregado, administrador ou
colaborador assalariado
5
5
TEMA DE APRENDIZAGEM 3
MINHAS METAS
5
5
U N I C ES U M A R
P L AY N O CO NHEC I M ENTO
Após a emissão do laudo pericial, caberá ao(s) perito(s) assistente(s) emitir o(s)
parecer(es) pericial(is), a fim de concordar ou discordar da opinião do perito
oficial sobre o “quanto” vale a empresa que está sendo objeto de dissolução. No
caso, colocamos como “perito” ou “peritos” e “parecer” ou “pareceres”, porque
cada parte do processo (autor e réu ou requerente e requerida) pode apresentar o
próprio parecer pericial a partir de um perito assistente contratado por cada parte.
Você sabe a diferença entre o laudo e o parecer pericial? Como elaborar um parecer
pericial? Quais aspectos são importantes na construção desse parecer? O que
diferencia a atuação do perito oficial da atuação do perito assistente? Vale ressaltar
que você poderá atuar nas duas funções.
5
5
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 3
VAMOS RECORDAR?
Em que situações o perito deve utilizar o laudo pericial ou o parecer pericial
contábil? Assista ao vídeo do perito Wesley Costa e compreenda a diferença entre
o laudo pericial e o parecer técnico.
5
5
U N I C ES U M A R
LAUDOS PERICIAIS
E U IN D ICO
Leia o texto A aderência dos laudos periciais contábeis, que foi produzido por uma
unidade gestora do Exército Brasileiro de acordo com os preceitos da legislação
brasileira. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente vir-
tual de aprendizagem.
O laudo pericial é a prova produzida pelo perito para estabelecer a certeza sobre
determinado fato que está sendo discutido judicialmente.
“
O Decreto Lei nº 9.295/46, na alínea “C” do Art. 25, determina que
o laudo pericial contábil e o parecer técnico contábil somente sejam
elaborados por contador ou pessoa jurídica, se a lei assim permitir,
que estejam devidamente registrados e habilitados em Conselho
Regional de Contabilidade. A habilitação é comprovada median-
te Certidão de Regularidade Profissional emitida pelos Conselhos
Regionais de Contabilidade (NBC, 2016, p. 7).
De acordo com Aguiar (2013, p. 42), o laudo é “um documento que precisa ser
direcionado em conformidade com o seu objeto, com conteúdo claro, conciso e
preciso dos fatos em discussão, sob pena de perder a sua credibilidade”. O juiz não
está obrigado a aceitar o laudo se não contiver provas e evidências irrefutáveis,
podendo adotar como provas outros documentos juntados aos autos, ou seja,
outras provas que surgirem mais robustas que o laudo pericial.
5
5
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 3
Para Aguiar e Aguiar (2016, p. 86), “o laudo pericial contábil deve conter uma
estrutura mínima para a sua elaboração e apresentação aos autos do processo em
litígio, conforme disciplinado pelas Normas Brasileiras de Contabilidade e pelo
Artigo 473 do Novo CPC”.
A P RO F UNDA NDO
5
5
U N I C ES U M A R
5
5
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 3
Os artigos 332 e 333 do CPC dizem caber à parte a prova do que está alegando
alberga a antecipação das provas. Além disso, alguns juízes, entendendo que o parecer
juntado à inicial é prova suficiente, até dispensam a perícia, concedendo liminares.
Por isso, o parecer técnico deve ser elaborado em conformidade com todas as
formalidades e os procedimentos aplicados à perícia, observando especialmente
os princípios de contabilidade e as normas brasileiras de contabilidade.
A estrutura pode ser ampliada, de acordo com cada caso, mas, no mínimo, deve
conter o que foi exposto.
5
5
U N I C ES U M A R
O laudo pericial deve cumprir alguns requisitos para que possa ser considerado
de boa qualidade. Observe-os a seguir.
Objetividade
Rigor Tecnológico
Requisitos de um Concisão
Laudo Pericial
Argumentação
Exatidão
Clareza
Descrição da Imagem: trata-se de um esquema em que há um círculo com o seguinte dizer: “Requisitos de um
laudo pericial”. Desse círculo, saem seis setas. Cada uma se direciona para um retângulo com os seguintes dizeres,
na sequência, de cima para baixo: “Objetividade”, “Rigor tecnológico”, “Concisão”, “Argumentação”, “Exatidão” e
“Clareza”. Fim da descrição.
5
5
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 3
Por fim, a clareza compreende a necessidade de que uma resposta não apenas seja
isenta de dúvidas, mas proporcione a abrangência completa daquilo que se pergunta.
“
Os laudos variam de acordo com suas finalidades, que são muitas.
No campo Administrativo, podem existir perícias para atenderem
a vários propósitos, como por exemplo: Desfalques (fraudes), cor-
rupção, desempenho ou gestão, aumentos salariais, decisões admi-
nistrativas diversas.
No campo judicial, podemos ter laudos para os diversos tipos de perícias que
podem advir de processos judiciais de ações de apuração de haveres, busca e
apreensão, consignação em pagamento, recuperação judicial, desapropriação,
dissolução de sociedade, embargos de execução, reclamações trabalhistas, pres-
tações de contas, tributários, financeiros, dentre outras.
O laudo pericial deverá ser redigido de modo a atender às necessidades do
processo judicial, especialmente para a verificação de fatos ligados ao assunto
da demanda judicial.
AP RO F U N DA NDO
6
6
U N I C ES U M A R
E U IN D ICO
Formatação:
■ Deve ser estética.
■ Deve expor, de forma clara e objetiva, a síntese do objeto da perícia.
Entrega:
■ Elemento de identificação do processo.
■ Do perito.
■ Observações preliminares.
■ Dos exames e procedimentos adotados.
■ Respostas aos quesitos.
■ Conclusão.
6
6
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 3
Processo
Embargante
Embargado
Meritíssimo Juiz,
6
6
U N I C ES U M A R
Requer a liberação dos honorários depositados conforme guia de fls. ====, com a
devida atualização monetária.
Belo Horizonte,
Fulano de Tal
LAUDO PERICIAL
6
6
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 3
Processo
Embargante
Embargado
Ação
Advogados:
Embargante:
Embargado:
6
6
U N I C ES U M A R
Assistentes Técnicos:
Embargante:
Embargado:
FLS.
6
6
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 3
1)
Resposta:
2)
Resposta:
3)
Resposta:
QUESITOS DO EMBARGANTE.
/FLS. =====
1)
6
6
U N I C ES U M A R
Resposta:
2)
Resposta:
3)
Resposta:
VI - CONCLUSÕES
VII – APÊNDICES
VIII – ANEXOS
6
6
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 3
IX – TERMO DE ENCERRAMENTO
Nada mais tendo a ser aduzido, encerra o presente laudo, rubricando as demais
folhas e assinando esta última.
Cidade, ____/____/______
Fulano de Tal
6
6
U N I C ES U M A R
P E N SAN DO J UNTO S
No caso apresentado, o perito assistente agiu corretamente, pois, toda vez que
o profissional for analisar um laudo pericial oficial, ele deve copiar todas as res-
postas do perito oficial e reescrevê-las da maneira que ele achar correta, sempre
justificando, argumentando e documentando a própria opinião.
E U IN D ICO
Para fixar um pouco mais o conteúdo abordado neste tema, eu te convido a assistir
ao vídeo do professor Bonassoli sobre laudo e parecer pericial, a fim de reforçar
um pouco mais tudo o que já foi apresentado até aqui. Bons estudos! Recursos
de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem.
E M FO CO
Gostou do que discutimos até aqui? Tenho mais para conversar com você sobre o
tema! Neste momento, entenderemos as diferenças entre laudo pericial e parecer
pericial. Também saberemos quem emite e quando é emitido cada um desses
documentos. Vamos lá? Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do
ambiente virtual de aprendizagem.
6
6
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 3
NOVOS DESAFIOS
O perito contador pode atuar tanto como perito oficial quanto como perito assis-
tente, assim como verificamos no decorrer deste tema. No entanto, não é possível
ao profissional atuar das duas formas ao mesmo tempo, ou seja, como perito
oficial (do juízo) e perito assistente (das partes). Pensando como um profissional
perito, qual seria a melhor forma de atuação? Como perito oficial servindo à
justiça ou como perito assistente?
Eis uma questão bastante vivenciada pelos profissionais na prática e que, mui-
tas vezes, deixa dúvidas, afinal de contas, todo mundo quer atuar, principalmente
quando se trata de um recém-formado que deseja visualizar o próprio nome
publicado como perito oficial em um processo judicial. Entretanto, ao mesmo
tempo, a atuação como perito assistente pode te render muita experiência e,
consequentemente, poder de negociação de valores de honorários e prazo para
a realização do trabalho.
Portanto, não há como dizer qual é a melhor forma de se atuar. É preciso
atuar com/como perito, para que se possa visualizar, de fato, o que mais te agrada:
7
7
VAMOS PRATICAR
Tanto o Laudo Pericial Contábil quanto o Parecer Pericial Contábil devem ser apresentados
com uma estrutura mínima estabelecida na NBC TP 01 do CFC. Essa estrutura deve apre-
sentar as seguintes informações, EXCETO:
a) Prólogo de encaminhamento.
b) Quesitos e respostas.
c) Assinatura do perito.
d) Assinatura do advogado.
e) Pareceres e anexos.
2. O perito-contador assistente pode, tão logo que se tenha conhecimento da perícia, manter
contato com o perito-contador, pondo-se à disposição para o planejamento, o fornecimento
de documentos em poder da parte que o contratou e a execução conjunta da perícia. Uma
vez recusada a participação, o perito-contador pode permitir ao assistente técnico acesso
aos autos e aos elementos de prova arrecadados durante a perícia, indicando o local e a
hora para exame pelo assistente técnico.
7
7
VAMOS PRATICAR
a) I, apenas.
b) II e IV, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I, III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
7
7
REFERÊNCIAS
AGUIAR, J. L.; AGUIAR, A. G. A Evolução da Perícia Contábil Judicial e o Novo Código de Pro-
cesso Civil. Goiânia: Ed. Kelps, 2016.
NBC. TP 01 – Perícia Contábil. [S. l.]: NBC, [2016]. Disponível em: https://cfc.org.br/wp-content/
uploads/2016/02/NBC_TP_01_AUD.doc. Acesso em: 30 out. 2023.
7
7
CONFIRA SUAS RESPOSTAS
1. Opção D
De acordo com a NBC TP 01, aprovada pela Resolução nº 1243/09 do Conselho Federal de
Contabilidade, um laudo pericial deve ter, em sua estrutura, no mínimo, os seguintes elemen-
tos: I – Prólogo de encaminhamento; II – Quesitos; III – Respostas; IV – Assinatura do perito; V
– Anexos; VI – Pareceres.
2. Opção E
3. Opção D.
7
7
MEU ESPAÇO
7
7
UNIDADE 3
TEMA DE APRENDIZAGEM 4
FRAUDES CONTÁBEIS
MINHAS METAS
7
7
U N I C ES U M A R
P L AY N O CO NHEC I M ENTO
A fraude contábil surge por meio de atitudes de pessoas que desejam manipular
informações para interferir na tomada de decisões de outras pessoas físicas ou
jurídicas em relação ao patrimônio dessas pessoas. Nesse podcast, você enten-
derá um pouco mais sobre os tipos de fraude e a diferença entre fraude e erro
contábil! Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual
de aprendizagem.
Portanto, é muito comum a fraude iniciar a partir das mãos de um gerente ad-
ministrativo financeiro, como aconteceu em uma empresa que realizei perícia:
7
7
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 4
VAMOS RECORDAR?
A fraude contábil acontece tanto em empresas familiares como grandes empresas
que possuem ações no mercado e elas podem ocorrer desde atos cometidos
internamente como por meio de pessoas externas que estão ligadas à empresa.
Houve um caso de uma grande varejista em que se descobriu que foram atos
internos. Para melhor entendimento deste caso, sugiro assistir o vídeo a seguir.
Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de
aprendizagem.
8
8
U N I C ES U M A R
A FRAUDE CONTÁBIL
E U IN D ICO
A fraude contábil é tratada no Brasil como um ato ilegal que tem como objeti-
vo enganar as pessoas ligadas à empresa, com intuito de tirar proveito próprio.
Recomendo a leitura do artigo, para melhor entendimento da prática de fraudes
contábeis nas organizações: “Fraudes Contábeis: uma abordagem ética, tipológica
e suas implicações na sociedade”. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo
digital do ambiente virtual de aprendizagem.
FRAUDES CONTÁBEIS
Muitos são os casos, em perícia contábil, em que são detectadas situações de frau-
des contábeis. As fraudes contábeis referem-se a ações ilegais que são realizadas
em registros financeiros e contábeis com o objetivo de manipular as informações
contábeis, comumente com a finalidade de enganar investidores, reguladores e
8
8
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 4
8
8
U N I C ES U M A R
Após apresentarmos situações em que a perícia contábil pode ser útil em si-
tuações de fraudes, iremos falar um pouco sobre como o erro contábil pode se
transformar em uma fraude e como a perícia contábil pode auxiliar na solução
desses problemas.
ZO O M N O CO NHEC I M ENTO
8
8
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 4
ZO O M N O CO NHEC I M ENTO
Vale destacar aqui a diferença entre dolo e culpa que podem ser aplicadas para
os casos de erros e fraudes citados, o dolo é a consciência e a vontade dirigida
para a realização da conduta definida como crime, ou seja, quando há intenção de
praticar o crime. Já a culpa é o produto da negligência, da imperícia ou da impru-
dência, ou seja, não há intenção, o ato falho ou o erro aconteceu sem intenção do
indivíduo que o cometeu.
A conta CAIXA com saldo “credor”, por exemplo, é um indício de irregularidade, mas
não uma prova de fraude, pois pode decorrer de um erro de lançamento.
8
8
U N I C ES U M A R
Conluio na fraude
8
8
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 4
A P RO F UNDA NDO
Vale, neste ponto, esclarecermos que a Fraude também pode existir para ocul-
tar algum outro crime, além dos mencionados nesta discussão, contudo, isso não
vai impactar na teoria que versamos para a prática da perícia, pois, independente
do crime que está sendo discutido/julgado, o perito irá realizar seu trabalho de
investigação e busca pela verdade de acordo com o solicitado pelo Juiz ou pelo
Advogado do caso que o contratou.
O Ativo compreende os recursos controlados por uma entidade e dos quais espe-
ram benefícios econômicos presentes e futuros. O ativo se divide em circulante
e não circulante.
8
8
U N I C ES U M A R
De acordo com Iudícibus et al. (2010), o realizável a longo prazo pode represen-
tar um ativo que não é muito significativo em relação às demais contas do balanço.
O Passivo compreende as exigibilidades e obrigações de uma entidade. O
passivo, assim como o ativo, se divide em passivo circulante e passivo não cir-
culante. Sendo que no passivo circulante estão as contas que são exigíveis da
empresa até o fim do exercício seguinte e as contas que são exigíveis após o fim
do exercício seguinte pertencem ao passivo não circulante.
No artigo 180 da lei das Sociedades por Ações, temos a definição do passivo
exigível:
“
As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisi-
ção de direitos do ativo não circulante, serão classificadas no passivo
circulante, quando se vencerem no exercício seguinte, e no passivo
não circulante, se tiverem vencimento em prazo maior (BRASIL,
1976, on-line).
A maioria das fraudes passa por contas que movimentam recursos financeiros da
empresa, por exemplo: “entradas a maior” e “saídas a menor” são fraudes comuns
que mascaram os saldos das disponibilidades de caixa da empresa.
Os estoques também são fontes que sofrem muitas fraudes e acontecem das
seguintes formas:
■ subavaliações através de alterações em quantidades ou valores;
■ sub e superfaturamentos;
■ adulteração de qualidades;
8
8
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 4
No caso do ativo imobilizado, todos os itens deste grupo de contas devem ser
examinados com muito cuidado realizando todas as comparações necessárias
para que a possibilidade de fraude seja totalmente descartada.
De acordo com Sá (2004, p. 222): “As fraudes no ativo permanente podem ser
preferidas pelos empresários nos casos de lesão a terceiros, notadamente em falências”.
Na perícia, é comum existir a fraude de empregados e as fraudes praticadas
por empresários na lesão de direitos de terceiros.
Com relação aos passivos, existe possibilidade de fraude também nesses sal-
dos apresentados pelas empresas, pois algum fraudador pode ter interesse em
aumentar as dívidas expressas em balanços assim como diminuí-las.
8
8
U N I C ES U M A R
AP RO F U NDA NDO
8
8
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 4
Uma outra forma de fraude que o empresário pode cometer por meio do passi-
vo demonstrado no Balanço Patrimonial é deixando de registrar as dívidas ou
escondê-las e ainda substituir as dívidas de curto prazo para o longo prazo na
tentativa de “enganar” o mercado.
Na maioria das vezes, as fraudes de passivos são voltadas para prejuízo de
credores e credores não são só fornecedores, bancos e financiadores, são também
sócios e associados.
9
9
U N I C ES U M A R
Os custos, por serem base para formação de preços de vendas, podem ser frauda-
dos para maquiar preços e resultados, principalmente os lucros, seja com intuito
de “enganar” o FISCO ou para diminuir a distribuição de lucros.
Para Sá (2004, p. 224), “Para fraudar o valor do custo, frauda-se o valor dos
seus componentes, ou seja, matérias-primas, mão-de-obra, gastos indiretos. As
fraudes em materiais processam-se de várias maneiras.”
Dentre algumas formas de se usar da fraude para alterar os valores de mate-
riais que compõem os custos, Sá (2004, p. 224) destaca as seguintes:
■ aquisição de materiais mediante notas frias (existe a nota, mas não entra
o material);
■ aquisição de materiais mediante notas calçadas (o valor da nota é dife-
rente daquele que é pago ao fornecedor);
■ baixa de materiais sem que sejam empregados na produção;
■ consideração de materiais como deterioradas ou não eficazes para a pro-
dução (sem que isso tenha ocorrido);
■ incidência de altos fretes no transporte (sem que tenha ocorrido pelo
valor considerado);
■ consideração de beneficiamentos sobre matérias sem que tais não tenham
ocorrido e nem sejam necessários;
■ consideração de comissões sobre compras que não foram pagas nem são
devidas;
■ inclusão de armazenagens que não foram feitas.
9
9
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 4
9
9
U N I C ES U M A R
9
9
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 4
AP RO F U N DA NDO
As fraudes nas despesas em sua quase totalidade são as mesmas que se proces-
sam no caixa, porque se baseiam em interesse de extravio de dinheiro.
ZO O M N O CO NHEC I M ENTO
1. ERROS DE LANÇAMENTO:
9
9
U N I C ES U M A R
2. OMISSÕES DE LANÇAMENTOS
3. LANÇAMENTOS DUPLICADOS:
4. FALHAS DE REGISTRO:
são erros na contabilização de informações, tais como datas, valores e contas contábeis.
5. AUSÊNCIA DE DOCUMENTOS:
6. DOCUMENTOS FALSOS:
7. EXCLUSÃO:
8. TRANSPORTE:
9
9
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 4
9. ADULTERAÇÃO:
quando os dados não são atualizados regularmente, pode levar a informações desa-
tualizadas e incompatíveis com a realidade financeira da empresa.
9
9
U N I C ES U M A R
9
9
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 4
Para evitar esses vícios, é importante seguir as normas e padrões contábeis es-
tabelecidos pelas autoridades reguladoras, garantir a integridade dos dados e
informações contábeis e manter uma postura ética e responsável na gestão fi-
nanceira da empresa.
E U IN D ICO
O perito precisa estar atento a tais particularidades para que possa fazer uma
avaliação correta da situação da empresa e não deixar se enganar por informações
falsas ou adulteradas promovidas pelos fraudadores.
E M FO CO
Como vimos nesse tema, a fraude contábil é uma prática ilegal que envolve ma-
nipulação de informações financeiras e econômicas com o objetivo de enganar
investidores, acionistas ou autoridades reguladoras. Essas fraudes podem ser co-
metidas por indivíduos ou empresas e podem ser feitas de várias formas. Quando
a fraude é cometida pela empresa, ela normalmente tem intenção de prejudicar os
usuários externos da informação, que são: sócios, acionistas, governo, empresas
reguladoras, dentre outros.
9
9
U N I C ES U M A R
NOVOS DESAFIOS
Como vimos, existem situações em que são cometidos erros em lançamentos
contábeis e esses erros às vezes são involuntários e às vezes intencionais.
A prática é essencial para assimilação do conteúdo, sendo assim, mãos à obra! Pense
e descreva possíveis situações de erro e/ou fraude que podem ser cometidos por
profissionais da contabilidade na escrituração contábil e aponte no demonstrativo
contábil apresentado a seguir a necessidade de perícia contábil para verificação de
possíveis erros ou fraudes cometidos pela empresa ou pela contabilidade.
ATIVO PASSIVO
Ativo Circu-
233.481,86 Passivo Circulante 26.048,37
lante
Caixa e equi-
valente de 210.812,93 Salários e encargos a pagar 10.500,90
caixa
Aplicações
3.576,74 Fornecedores 32,90
financeiras
Contas a
- 7.909,45 Outras contas a pagar 15.514,57
receber
Estoques 27.001,64
9
9
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 4
Depreciação
- 8.270,10 Reservas 110.118,46
acumulada
Total do
Total do ativo 228.428,86 228.428,86
passivo
1
1
1
U N I C ES U M A R
1
1
1
VAMOS PRATICAR
1. A fraude é um crime que busca obter vantagem sobre a vítima. Na maior parte das aborda-
gens, os fraudadores agem com táticas de sedução e persuasão para convencer a vítima
a entregar o que eles precisam, como: dados pessoais, objetos, senhas etc.
As fraudes podem ser praticadas contra sócios em empresas, contra herdeiros em família,
contra o fisco, por pessoa física ou jurídica, contra credores por empresas ou por pessoas
físicas, contra o patrimônio público por gestores públicos ou por pessoas físicas e jurídicas,
dentre outros. Essas fraudes podem ser identificadas por meio de:
I - Erros e fraudes podem ter a mesma natureza casuística, porém, consequências com-
pletamente diferentes, pois o erro pode ser corrigido.
II - A fraude é um erro proposital e não há como ser desfeita ou corrigida.
III - A fraude pode ser cometida por pessoas que não estão ligadas à empresa, mas que
cometem erros que possam prejudicá-la.
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
1
1
1
VAMOS PRATICAR
3. A fraude não é cometida apenas de forma sutil, normalmente ela demanda volumes maio-
res e o fraudador utiliza de terceiros e esses terceiros que ajudam a formar o conluio.
1
1
1
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei Federal nº. 6.404 de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as sociedades Anôni-
mas. Brasília: Presidência da República, 1976. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/cci-
vil_03/leis/l6404consol.htm. Acesso em: 5 out. 2023.
BRASIL. Lei Federal nº. 11.638 de 28 de dezembro de 2007. Altera e revoga dispositivos da Lei
no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e estende
às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e divulgação de demonstra-
ções financeiras. Brasília: Presidência da República, 2007. Disponível em: https://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm. Acesso em: 5 out. 2023.
CIBERDÚVIDAS da Língua Portuguesa. Conluio – coligação. Lisboa, 2011. Disponível em: ht-
tps://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/conluio--coligacao/29702. Acesso em: 5
out. 2023.
IUDÍCIBUS, S. de; MARTINS, E.; SANTOS, A. dos; GELBCKE, E. R. Manual de Contabilidade So-
cietária – FIPECAFI. São Paulo: Atlas, 2010.
1
1
1
CONFIRA SUAS RESPOSTAS
1. Opção B. Existem muitos processos na justiça assim como muitos processos administrativos
que requerem exames direcionados para detectar fraudes. Portanto, a opção correta é a B
(Processos judiciais ou administrativos que requerem exames direcionados).
I. Erros e fraudes podem ter a mesma natureza casuística, porém, consequências comple-
tamente diferentes, pois o erro pode ser corrigido.
II. A fraude é um erro proposital e não há como ser desfeita ou corrigida.
Apenas I e II estão corretas.
3. Opção D. A fraude não é cometida apenas de forma sutil, normalmente ela demanda volumes
maiores e o fraudador utiliza de terceiros e esses terceiros que ajudam a formar o conluio.
Com relação ao conluio é correto se afirmar que: Nos casos que envolvem conluio as fraudes
duram mais tempo e são mais difíceis de serem apurada (LETRA D).
1
1
1
TEMA DE APRENDIZAGEM 5
AUDITORIA
MINHAS METAS
1
1
1
U N I C ES U M A R
P L AY N O CO NHEC I M ENTO
VAMOS RECORDAR?
Ao chegar ao final desta etapa, será possível entender a importância da auditoria
em uma empresa. Portanto, tente levantar os pontos mais importantes que são
abordados na auditoria, e busque entender como a empresa pode se precaver de
problemas a partir da realização da auditoria.
Para melhorar o entendimento do tema que estudamos até aqui, sugiro a leitura
do artigo: “A importância da auditoria contábil para a credibilidade das empresas”.
Recurso de mídia disponível no conteúdo digital no ambiente virtual de
aprendizagem.
1
1
1
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 5
AUDITORIA CONTÁBIL
1
1
1
U N I C ES U M A R
Verificação das contas de uma empresa, para determinar sua posição financeira, dos
resultados de suas operações e a probidade de seus administradores, com o fim de
comunicar o resultado do exame aos proprietários, acionistas, gerentes, conselheiros,
bolsas e outros órgãos oficiais.
1
1
1
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 5
E U IN D ICO
Indico para você, estudante, a leitura do texto “Funcionalidade da auditoria interna sob
a ótica de auditores internos e auditados de empresas da cidade de Caxias do Sul”.
Recurso de mídia disponível no conteúdo digital no ambiente virtual de aprendizagem.
Com base em seu material de exame, compreende-se que, com a auditoria, o que
se busca é oferecer uma opinião confiável, já que o objetivo é a credibilidade de
opinião. Por isso, a qualidade do trabalho é algo básico e essencial.
As obrigações inerentes às funções do auditor demandam um alto nível de
confiabilidade, ou seja, é necessário começar selecionando cuidadosamente o
que será objeto de verificação.
1
1
1
U N I C ES U M A R
Todos os meios, entretanto, são usados para observar sempre fatos patrimoniais,
direta ou indiretamente. Mesmo que às vezes a técnica se discrepe um pouco do
aspecto que caracteriza a auditoria, é preciso observar sempre o fim que se tem
em mira e nunca apenas o meio que se usa para alcançá-lo.
Os propósitos da auditoria podem resumir-se da seguinte maneira:
1. determinar se os livros contábeis são mantidos correta e sistematicamente;
2. comprovar a apresentar em uma análise lógica as entradas e os gastos da
operação durante o período considerado;
3. apresentar um balanço-certificado mostrando a verdadeira condição fi-
nanceira do negócio em determinada data;
4. mostrar de forma comparativa, as entradas e os gastos do ano ou anos
anteriores, para compará-los com os do ano corrente;
5. emprestar confiabilidade às demonstrações contábeis.
“
1º. comprovar se as contas expressam a situação real da empresa no
momento em que se verifica ou na data do balanço;
2º. comprovar a exatidão das anotações contábeis, quer do ponto de
vista aritmético quer do contábil propriamente dito;
1
1
1
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 5
1
1
1
U N I C ES U M A R
AUDITOR INTERNO
AUDITOR DO TESOURO
1
1
1
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 5
AP RO F U N DA NDO
1
1
1
U N I C ES U M A R
1
1
1
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 5
Controle Interno
■
Sistemas de conferência, aprovação e autorização;
■
Segregação de funções (pessoas que têm acesso aos registros contábeis, não
podem custodiar ativos da empresa);
■
Controles físicos sobre ativos;
■
Auditoria interna.
■
Análises estatísticas de lucratividade por linha de produto;
■
Controle de qualidade;
■
Treinamento de pessoal;
■
Estudos de tempos e movimentos;
■
Análise das variações entre os valores orçados e os incorridos;
■
Controle dos compromissos assumidos, mas, ainda não realizados economicamente.
A administração da empresa é responsável pelo estabelecimento do sistema de
controle interno, pela verificação de que tudo está sendo seguido pelos funcionários, e
por sua modificação, no sentido de adaptá-lo às novas circunstâncias.
1
1
1
U N I C ES U M A R
As rotinas internas devem ser claramente definidas e devem ter os empregados re-
sponsáveis por cada uma delas.
■
Aprovação de aquisição de bens e serviços;
■
Programação financeira de pagamentos;
■
Pagamentos a fornecedores;
■
Controle de cobrança de vendas a prazo;
■
Registro contábil das operações da empresa;
■
Controle de registro de empregados;
■
Pagamentos aos empregados.
1
1
1
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 5
Plano de auditoria
■
Financeira;
■
Pessoal;
■
Contábil;
■
Orçamentária;
■
Fiscal e legal;
■
Operações;
■
Vendas;
■
Compras;
■
Suprimentos.
As atividades de auditoria devem ser iniciadas nos três primeiros meses do ano,
pois a maioria das empresas encerra seu exercício social em dezembro de cada
ano. Esse fato ocasiona excesso de serviços nas empresas de auditoria externa
1
1
1
U N I C ES U M A R
Existem algumas áreas para as quais o auditor externo poderia efetuar serviços
de auditoria na visita preliminar:
■ Levantamento e avaliação do sistema de controle interno;
■ Revisão analítica das demonstrações contábeis intermediárias;
■ Teste das receitas acumuladas até a data da visita preliminar;
■ Teste de despesas acumuladas até a data da visita preliminar;
■ Teste das compras efetuadas até a data da visita preliminar;
■ Teste das depreciações, amortizações e exaustões efetuadas até a data da
visita preliminar;
■ Resumo das atas;
■ Atualização da pasta permanente.
AP RO F U NDA NDO
1
1
1
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 5
Papéis de trabalho
São vários os tipos de papéis de trabalho utilizados pelo auditor, que incluem:
■
Programa de auditoria;
■
Papéis elaborados pelo auditor;
■
Outros papéis de trabalho.
1
1
1
U N I C ES U M A R
1
1
1
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 5
1
1
1
U N I C ES U M A R
Significa que algumas coisas não correspondem à verdade e precisam de atenção por
parte da empresa.
Significa que está tudo errado ou a maioria está em desacordo com a realidade
daquele empresa.
Significa que não é possível concluir-se pelo certo e nem pelo errado.
Não existe uma técnica padrão para o exame de registros e documentos contá-
beis, cada empresa tem características especiais que merecem atenção parti-
cular do profissional de auditoria no desempenho de sua tarefa.
Vale lembrar que a auditoria não é apenas a comparação de documentos ori-
ginais com os registros contábeis. Existem alguns princípios e preceitos que são
mais ou menos respeitados e seguidos, servindo com objetividade, como normas.
De acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade Procedimentos de Audi-
toria (NBC PA), o auditor deve mencionar, em seu parecer, as responsabilidades da
administração e as suas. Além disso, é importante evidenciar que a administração é
responsável pela preparação e pelo conteúdo das demonstrações contábeis, cabendo
ao contabilista que as assina a responsabilidade técnica, e que o auditor é responsável
pela opinião que expressa sobre as demonstrações contábeis objeto dos seus exames.
O parecer deve expressar, clara e objetivamente, se as demonstrações con-
tábeis auditadas, em todos os aspectos relevantes, na opinião do auditor, estão
adequadamente representadas ou não, consoante as disposições contidas nas
Normas Brasileiras de Contabilidade Procedimentos de Auditoria.
1
1
1
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 5
ZO O M N O CO NHEC I M ENTO
E U IN D ICO
Para fixar um pouco mais nossos conhecimentos sobre a auditoria contábil reco-
mendo o vídeo do “Café com o contabilista do Conselho Regional de Contabili-
dade de Minas Gerais”, que trata do seguinte tema: “Aspectos e conceitos de Asse-
guração das Normas Brasileiras de Contabilidade Técnicas de Auditoria (NBC TA)”.
Recurso de mídia disponível no conteúdo digital no ambiente virtual de
aprendizagem.
E M FO CO
1
1
1
U N I C ES U M A R
NOVOS DESAFIOS
Chegamos ao fim deste Tema de Aprendizagem!
Até aqui, compreendemos que a auditoria Contábil é uma área muito impor-
tante da Contabilidade que sempre se destacou muito no mercado de trabalho.
Entendemos, também, que, para ingressar no mercado de auditoria contábil, o
profissional precisa ser Bacharel em Ciências Contábeis com registro profissio-
nal ativo em seu conselho regional de classe.
O auditor contábil é um profissional especializado que realiza as funções
de análise e conferência dos registros contábeis em busca de possíveis falhas de
controle ou indícios de fraudes e irregularidades. Nesse cenário, o objetivo do
trabalho é verificar se os dados são compatíveis com a real situação econômica,
patrimonial e financeira do empreendimento.
O auditor pode ser interno ou externo, ou seja, ele pode atuar na prevenção
de fraudes e erros dentro da empresa, ou ele pode atuar como verificador das
Normas de Contabilidade aplicadas aos registros contábeis e, assim, detectar
erros ou falhas nos processos da empresa. Sendo que o auditor interno, normal-
mente, é empregado da empresa e o auditor externo é contratado, podendo ser
pessoa física ou jurídica.
1
1
1
VAMOS PRATICAR
1. A verificação dos controles internos na empresa normalmente é feita pelos auditores exter-
nos quando do estabelecimento dos procedimentos de auditoria independente, conforme
Normas Brasileiras de Contabilidade.
Fonte: ALMEIDA, M. C. Auditoria: um curso moderno e completo. 6ª Edição. Ed. Atlas. São Paulo, 2015.
a) Auditor Interno.
b) Auditor Externo.
c) Contador.
d) Administração da empresa.
e) Comissão de Valores Mobiliários.
2. Na realização do trabalho de auditoria externa, várias verificações são feitas pelo auditor ex-
terno no intuito de comprovar as informações evidenciadas nos demonstrativos contábeis.
Fonte: ALMEIDA, M. C. Auditoria: um curso moderno e completo. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
Fonte: ALMEIDA, M. C. Auditoria: um curso moderno e completo. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
As demonstrações das mutações do Patrimônio líquido e dos fluxos de caixa, são demonstra-
ções importantes emitidas pela contabilidade e são também importantes para demonstrar a
seus usuários informações que auxiliam no processo de tomada de decisão dentro e fora da
empresa. Quais informações mais importantes são evidenciadas por essas demonstrações e
por que é importante que as mesmas sejam periodicamente auditadas por auditores externos?
1
1
1
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, M. C. Auditoria: Um curso moderno e completo. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
1
1
1
CONFIRA SUAS RESPOSTAS
1. Opção D.
D. Administração da empresa.
2. Opção B.
A Demonstração dos fluxos de caixa (DFC) demonstra quanto a empresa teve de entradas
e saídas de recursos financeiros no exercício e como ela investiu ou gastou esses recursos.
1
1
1
MEU ESPAÇO
1
1
1
UNIDADE 4
TEMA DE APRENDIZAGEM 6
MINHAS METAS
1
1
1
U N I C ES U M A R
P L AY N O CO NHEC I M ENTO
JUROS SIMPLES
Antes de mais nada, vamos simular uma compra para você recordar o conteú-
do. Veja:
Uma loja vende um tapete em 12 parcelas mensais de R$ 97,49, ou 24 parcelas
mensais de R$ 61,50. Nos dois casos, o cliente não dará entrada alguma. Sabendo
que a taxa de juros do crédito pessoal é de 2,5% ao mês, pergunta-se: qual é o
melhor sistema para o comprador, 12 meses ou 24 meses?
Para compararmos os dois planos de pagamentos, precisamos calcular o preço
à vista em cada caso. Se os dois preços forem iguais, os planos serão equivalentes.
No primeiro plano, o valor presente é R$ 1.000,03 e, no segundo plano, o
valor presente é R$ 1.099,93.
Portanto, a melhor opção é o primeiro plano, pois o valor presente é menor.
A noção de juro decorre do fato de que a maioria das pessoas prefere con-
sumir seus bens no presente e não no futuro. Em outras palavras, havendo uma
1
1
1
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 6
i = J (juros ganhos = P × i
P (aplicação)
Igualando as duas expressões para cálculo dos juros, pode-se obter uma relação
para o montante:
S - P = P × i = S = P(1 + i)
1
1
1
U N I C ES U M A R
1% 1/100 = 0,01
E U IN D ICO
Para fixar um pouco mais do que vimos no último conteúdo, assista a esse vídeo
curto sobre como calcular juros simples e montante. O vídeo recomendado traz
informações sobre juros simples e montante, reforçando a importância de se co-
nhecer a diferença entre juros simples e juros compostos para construção dos
novos valores de capital.
No regime de juros simples, os juros de cada período são calculados sempre sobre
o mesmo principal. Não existe capitalização de juros nesse regime, pois os juros de
um determinado período não são incorporados ao capital principal para que essa
soma sirva de base de cálculo dos juros do período seguinte. Consequentemente,
o capital crescerá a uma taxa linear, e a taxa de juros terá um comportamento li-
near em relação ao tempo. Nesse regime, a taxa de juros pode ser convertida para
outro prazo qualquer com base em multiplicações e divisões, sem alterar seu valor
intrínseco, ou seja, mantém a proporcionalidade existente entre valores realizáveis
em diferentes dias. A aplicação dos juros simples é muito limitada. Ela tem apenas
algum sentido em um contexto não inflacionário e no curtíssimo prazo.
1
1
1
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 6
J=P×i
Onde:
J = Juros
P = Principal
i = Taxa de juros
J=P×i×n
Onde:
J = Juros
P = Principal
i = Taxa de juros
n = Número de meses ou pagamentos
J =P ×i ×n
J = 100, 00 × 0, 15 × 3 = 45, 00
1
1
1
U N I C ES U M A R
J = P ×i ×n
0,36
J =10.000 × ×1 = R$ 300
12
1
1
1
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 6
JUROS COMPOSTOS
Término do mês 1: S = P × (1 + i)
Término do mês 2: S = P × (1 + i) × (1 + i)
Término do mês 3: S = P × (1 + i) × (1 + i) × (1 + i)
1
1
1
U N I C ES U M A R
s = P (1+i)n
P = Sx(1 +i)^ −n
1
1
1
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 6
TAXA PROPORCIONAL
i1 n1
=
i2 n2
=
Como em uma proporção, o produto dos meios é igual ao produto dos extremos:
i1n2 =i2n1
i1 i2
=
n1 n2
Duas taxas são proporcionais quando se verifica que a razão entre elas é a mesma
que a razão entre seus períodos. Por sua vez, duas taxas expressas em períodos
diferentes são equivalentes quando, aplicadas a um mesmo capital e num mesmo
intervalo de tempo, produzem o mesmo montante.
i1 n1
=
i2 n2
0,05 3
=
0,20 12
1
1
1
U N I C ES U M A R
O produto dos meios (0,20 × 3) é igual ao produto dos extremos (0,05 × 12). Logo, as
taxas são proporcionais.
Exemplo: Sendo dada a taxa de juros de 14% ao ano, determinar a taxa propor-
cional mensal.
i1 = 0,24 a.a.
n1 = 12 meses
i2 = ?
n2 = 12 meses
i1 n1
=
i2 n2
Assim, tem-se que:
0,24 12
=
i2 1
0,24 × 1= i2 × 12
0,24
i2 = = 0,02 a.m .ou 2% ao m ês.
12
TAXA EQUIVALENTE
Duas taxas se dizem equivalentes se, aplicado um mesmo capital às duas taxas e
pelo mesmo intervalo de tempo, ambas produzirem o mesmo juro.
Taxas equivalentes são taxas que quando aplicadas ao mesmo valor em di-
nheiro, em um mesmo período de tempo, produzem o mesmo resultado final.
Sejam as taxas de juros i, referente a 1 e período im, referente à fração 1/m,
supostas equivalentes;
Pela definição dada, seja:
Ji = CXi ×1 = C1
Esse é o juro gerado quando se aplica o capital principal (C) à taxa dada (i) por
um período.
Por outro lado, como o período da taxa “i” foi dividido em “m” partes, então
o principal (C) pode ser aplicado por “m” períodos à taxa im.
1
1
1
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 6
J Im = C X im × m
Como as taxas são supostas equivalentes, ambas devem ter gerado o mesmo
juro, ou seja:
Ji = Jm
Portanto, Ci = Cimm
Isto é, im = I / m.
Exemplo: seja um capital de R$ 10 mil, que pode ser aplicado alternativa-
mente à taxa de 2% ao mês ou de 24% ao ano, e um prazo de aplicação de dois
anos, verifique se as taxas são equivalentes.
EQUIVALÊNCIA DE CAPITAIS
1
1
1
U N I C ES U M A R
C1 1
C2 2
C3 3
C4 4
Cn n
Adotando-se uma taxa de juros i, esses capitais serão equivalentes na data fo-
cal 0, se:
C1 C2 C3 cn
V = = = = ......= (1= i)n
(1= i)1 (1+ i)2 (1+ i)3
Indicamos os valores por V, já que estes são valores atuais à taxa de juros i, na
data focal 0.
Exemplo: consideremos os valores nominais seguintes:
1.100,00 1
1.210,00 2
1.331,00 3
1.464,10 4
1.610,51 5
1
1
1
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 6
DESCONTOS
1
1
1
U N I C ES U M A R
V = N /(1+ in)
Dr= N − [N /(1+ in)]
Dr= [N (1+ in)− N ]/(1+ in)
Essa fórmula permite que seja obtido o valor do desconto racional, calculado para
um dado valor nominal, a uma taxa de juros e para um dado prazo de antecipação.
Vr = N − Dr
Vr = N − (Nin ) / (1 + in )
Vr = N (1 + in ) − Nin / (1 + in )
Logo: Vr = N / (1 + in )
Vr = N − (Nin ) / (1 + in )
Vr = N (1 + in ) − Nin / (1 + in )
Logo: Vr = N / (1 + in )
Exemplo: uma pessoa pretende saldar um título de R$ 5.500 três meses antes de
seu vencimento. Sabendo que a taxa de juros corrente é de 40% ao ano, determine
o valor do desconto.
Primeiramente, vamos calcular a taxa proporcional:
0,40
= 0,033
12
Nin
Dr =
( + in)
1
(5.500 × 0,33 × 3)
Dr =
(1 + 0,033 × 3)
550
Dr = = 500
1,099
1
1
1
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 6
Desconto comercial é o valor que se obtém pelo cálculo do juro simples sobre o va-
lor nominal do compromisso que seja saldado n períodos antes de seu vencimento.
Sendo:
N = Valor nominal ou montante
Vr = Valor atual (ou valor descontado)
n = Número de períodos antes do vencimento
i = Taxa de desconto
Dr = Valor do desconto
O desconto comercial pode ser obtido a partir da seguinte fórmula:
Dc = Nin
Vc = N − Dc
Vc = N − Nin
Vc = N (1 − in )
Então, a pessoa vai receber R$ 4.950 pelo desconto comercial, que é menos que
os R$ 5.000 que receberia se o desconto fosse racional.
1
1
1
U N I C ES U M A R
SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO
AP RO F U NDA NDO
1
1
1
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 6
0 R$ 200 mil - - -
1
1
1
U N I C ES U M A R
J = i X SD (saldo devedor )
Por exemplo, período 2 = 0,10 X 156.905,84 = 15.690,58
1
1
1
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 6
0 R$ 200 mil - - -
A = Valor financiado / n
A = 200.000,00 / 4 = 50.000,00
J = ix SD
1
1
1
U N I C ES U M A R
{
R1 = P (1 − q ) / a n | i% } + {q (1/n + i)} P
r = qx (ix P ) /n
Rt= Rt–r
Onde:
P = Valor do capital principal
R 1 = Valor da primeira prestação
q = Coeficiente variável por tipo de plano
r = Razão da progressão (correspondente ao decréscimo do valor das pres-
tações sucessivas)
Considerando um financiamento de R$ 200 mil, com taxa de juros de 10%
ao mês em quatro parcelas mensais, utilizar o SACRE. Veja a planilha seguinte:
1
1
1
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 6
0 R$ 200 mil - - -
R1 ={ P (1 − q) / a n | i%} + {q (1/ n + i )} P
E U IN D ICO
E M FO CO
1
1
1
U N I C ES U M A R
NOVOS DESAFIOS
Chegamos ao fim deste Tema de Aprendizagem!
Neste momento, queremos criar conexões de todo o conhecimento construído
até agora e atrelá-lo ao futuro Ambiente Profissional de nossos estudantes. Deste
modo, você, organizador, irá adaptar o texto de forma que a teoria e a prática se
conectam, focando principalmente ao mercado de trabalho e suas perspectivas.
1
1
1
VAMOS PRATICAR
1. Duas taxas são proporcionais quando se verifica que a razão entre elas é a mesma que a
razão entre seus períodos.
Quanto tempo deve permanecer aplicado um capital para que o juro seja cinco vezes o
capital, se a taxa de juros for de 25% ao ano?
a) 15 anos.
b) 20 anos.
c) 25 anos.
d) 30 anos.
e) 35 anos.
Um título no valor de R$ 8.500, com vencimento para cinco meses, é trocado por outro no
valor de R$ 7.983,84, com vencimento para três meses. Sabendo que a taxa de juros corrente
de mercado é de 3,5% ao mês, pode-se afirmar que:
3. Duas taxas se dizem equivalentes se, aplicado um mesmo capital às duas taxas e pelo
mesmo intervalo de tempo, ambas produzirem o mesmo juro.
Um capital de R$ 10 mil pode ser aplicado à taxa de 2% ao mês ou de 24% ao ano, durante
um prazo de dois anos. Qual seria a melhor opção?
1
1
1
VAMOS PRATICAR
MATHIAS, W. F.; GOMES, J. M. Matemática financeira. São Paulo: Editora Atlas, 2012.
1
1
1
CONFIRA SUAS RESPOSTAS
1. Opção B.
J=5C
i = 25% a.a.
J = Cin
5C = C (0,25) n
n = 5C / 0,25 x C
n = 20 anos
2. Opção E.
Precisamos trazer ambos os capitais para a data focal 0 para então compará-los.
V3 = C 3 / (1 + i)3
V3 = 7.934,84 / (1.035)3
V3 = 7.934,84 / 1,108718 = 7.156,77
V5 = C5 / (1 + i)5
V5 = 8.500 / (1,035)5
V5 = 8.500 / 1,187686 = 7.156,77
Logo, os capitais são equivalentes. Por isso, não há vantagem.
3. Opção C.
Aplicando ao capital principal a taxa de 2% ao mês pelo prazo de dois anos, teríamos:
J=CXiXn
J = 10.000 x 2% x 24 = 4.800
Aplicando ao capital principal a taxa de 24% ao ano pelo prazo de dois anos, teríamos:
J=Cxixn
J = 10.000 x 0,24 x 2 = 4.800
Logo, teríamos o mesmo rendimento. Portanto, as taxas são equivalentes.
1
1
1
MEU ESPAÇO
1
1
1
TEMA DE APRENDIZAGEM 7
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
MINHAS METAS
1
1
1
U N I C ES U M A R
P L AY N O CO NHEC I M ENTO
VAMOS RECORDAR?
Agora que você já sabe quais demonstrativos são produzidos pela contabilidade
brasileira e obrigatórios à empresa, especialmente à sociedade por ações (empresa que
possui ações em Bolsa de Valores), consegue informar demonstrativos mais analisados
pelos investidores quando estes irão tomar suas decisões sobre onde investir seu capital.
1
1
1
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 7
Os demonstrativos que devem ser analisados para dar mais segurança e garantia
para o investidor são o Balanço Patrimonial, a Demonstração de Resultados e a
Demonstração dos Fluxos de Caixa, todos acompanhados de suas Notas Explicativas.
Recomendo a leitura do artigo: “Análise das demonstrações contábeis: estudo de
caso da empresa uma promotora de eventos Ltda”.
Recursos de mídia disponível no conteúdo digital no ambiente virtual de aprendizagem.
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
1
1
1
U N I C ES U M A R
BALANÇO PATRIMONIAL
A P RO F UNDA NDO
Conforme o art. 178 da Lei n.º 6.404/76, “no balanço patrimonial, as contas serão
classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de
modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia”
(BRASIL, [2022]).
Conforme as intitulações da lei, o balanço é composto por três elementos básicos:
ATIVO, PASSIVO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO.
1
1
1
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 7
ATIVO
Compreende os recursos controlados por uma entidade, dos quais se espera obter
benefícios econômicos presentes e futuros.
PASSIVO
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
1
1
1
U N I C ES U M A R
Ativos circulantes
1
1
1
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 7
Devem ser classificados como não circulantes todos os outros ativos. Quando o
ciclo operacional da empresa não puder ser claramente identificado, presume-se
que ele tenha uma duração de 12 meses.
Não atendendo a essas condições, todos os outros passivos devem ser classifica-
dos como passivos não circulantes.
Patrimônio Líquido
1
1
1
U N I C ES U M A R
B = Bens
D = Direitos
O = Obrigações
O Balanço Patrimonial de uma empresa deve ser levantado pelo menos uma vez
por ano. Para levantar um balanço patrimonial, é preciso que a empresa tenha
remetido à contabilidade, ao longo do ano, todos os documentos que comprovem
suas atividades, tais como:
1
1
1
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 7
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO
ZO O M N O CO NHEC I M ENTO
1
1
1
U N I C ES U M A R
Regime de competência
1
1
1
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 7
■
Permitir que se saiba quando buscar empréstimos para cobrir insuficiências de
fundos, bem como aplicar no mercado financeiro o excesso de recursos;
■
Melhorar a comparabilidade dos relatórios de desempenho operacional para
diferentes entidades;
1
1
1
U N I C ES U M A R
AP RO F U NDA NDO
1
1
1
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 7
Atividades de investimento
1
1
1
U N I C ES U M A R
Atividades de financiamento
A P RO F UNDA NDO
1
1
1
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 7
1. RECEITAS OPERACIONAIS
1
1
1
U N I C ES U M A R
2. CONSUMOS INTERMEDIÁRIOS
4. REMUNERAÇÃO DE EMPREGADOS
Representa a parte do valor adicionado utilizada para pagar salários e benefícios aos
funcionários.
5. IMPOSTOS E TAXAS
6. REMUNERAÇÃO DE FINANCIADORES
7. RESULTADO OPERACIONAL
9. RESULTADO LÍQUIDO
1
1
1
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 7
E U IN D ICO
NOTAS EXPLICATIVAS
1
1
1
U N I C ES U M A R
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
A P RO F UNDA NDO
E M FO CO
1
1
1
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 7
NOVOS DESAFIOS
Chegamos ao fim deste Tema de Aprendizagem!
Após a leitura dos conteúdos deste material, recomendo que seja feita a lista
de todos os demonstrativos contábeis estudados, elencando um objetivo para
cada um deles.
Balanço Patrimonial: evidenciar a posição do patrimônio da entidade em
um determinado período.
Demonstração de Resultado: evidenciar o resultado (lucro ou prejuízo) da
entidade em um determinado período.
Demonstração dos Fluxos de Caixa: evidenciar o comportamento do caixa
da empresa em um determinado período.
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido: evidenciar as
alterações que o patrimônio líquido da entidade sofreu em determinado período.
Demonstração do valor adicionado: evidenciar o valor da riqueza criada
pela empresa e a forma de sua distribuição.
1
1
1
VAMOS PRATICAR
1. No balanço, devem ser separados os ativos circulantes e ativos não circulantes, assim como
passivos circulantes e não circulantes, por ordem ascendente ou descendente, conforme
previsto na legislação vigente. Sobre isso, até a presente data, prevalece a ordem decres-
cente de liquidez estabelecida pela Lei n.º 6.404/76.
Fonte: BRASIL. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por
Ações. Brasília, DF: Presidência da República, [2022]. Disponível em: https://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/leis/l6404consol.htm. Acesso em: 9 out. 2023.
O ativo circulante se difere do ativo não circulante em função dos prazos de conversibilidade
das contas. Portanto, analise as afirmativas abaixo em função desses prazos:
I - As contas do ativo circulante são aquelas que esperamos realizá-las num período de
até 12 meses.
II - As contas do ativo não circulante são aquelas cujo prazo de conversibilidade é superior
a 12 meses.
III - As contas do ativo são aquelas que representam disponibilidades.
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
2. Patrimônio Líquido (PL) é o resíduo dos ativos e passivos reconhecidos conforme a Norma
Contábil. O patrimônio, por si só, não consegue medir a efetiva riqueza de uma empresa,
pois riqueza não se mede pelo patrimônio.
1
1
1
VAMOS PRATICAR
a) R$ 15 mil.
b) R$ 36,6 mil.
c) R$ 83,1 mil.
d) R$ 225 mil.
e) R$ 246,6 mil.
■
Venda de 80% das mercadorias adquiridas, pelo valor de R$ 160 mil, sendo o custo
dessa mercadoria de R$ 80 mil.
a) R$ 67 mil.
b) R$ 85 mil.
c) R$ 80 mil.
d) R$ 75 mil.
e) R$ 70 mil.
1
1
1
REFERÊNCIAS
BRASIL. Comissão de Valores Imobiliários. Instrução CVM 480. Dispõe sobre o registro de emis-
sores de valores admitidos à negociação em mercados regulamentados de valores imobiliários.
Brasília, DF: Comissão de Valores Imobiliários, [2021]. Disponível em: https://conteudo.cvm.gov.
br/legislacao/instrucoes/inst480.html. Acesso em: 9 out. 2023.
BRASIL. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações. Bra-
sília, DF: Presidência da República, [2022]. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
leis/l6404consol.htm. Acesso em: 9 out. 2023.
BRASIL. Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007. Altera e revoga dispositivos da Lei nº 6.404,
de 15 de dezembro de 1976, e da Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e estenda às socieda-
des de grande porte disposições relativas à elaboração e divulgação de demonstrações finan-
ceiras. Brasília, DF: Presidência da República, 2007. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm. Acesso em: 9 out. 2023.
IUDÍCIBUS, S. et al. Manual de contabilidade societária – Fipecafi. São Paulo: Atlas, 2010.
1
1
1
CONFIRA SUAS RESPOSTAS
1. Opção C. As contas do ativo circulante são aquelas cuja conversibilidade acontece em até 12
meses da data das demonstrações contábeis, e as contas do ativo não circulante são aquelas
cuja conversibilidade se dá após 12 meses das demonstrações contábeis.
1
1
1
MEU ESPAÇO
1
1
1
UNIDADE 5
TEMA DE APRENDIZAGEM 8
MERCADO DE CAPITAIS
MINHAS METAS
1
1
1
U N I C ES U M A R
P L AY N O CO NHEC I M ENTO
1
1
1
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 8
INVESTIMENTOS
Modalidades de investimentos
1
1
1
U N I C ES U M A R
EXPANSÃO DA CAPACIDADE
Alguns investimentos são feitos com o objetivo de fazer um produto ou serviço com
diferenciação em relação àqueles produzidos pelos concorrentes. Outros são feitos
para tornar o processo de produção mais moderno e com menos custos operacionais.
DIVERSIFICAÇÃO DE ATIVIDADES
Alguns investimentos são feitos por corporações visando ampliar seu domínio
operacional. Uma empresa pode sair do seu core business atual e diversificar suas
atividades. Ela pode implementar uma integração vertical, investindo na atividade dos
seus fornecedores ou dos seus clientes; ou pode fazer uma diversificação de con-
glomerado, aplicando capital em atividade que não possui relação operacional com o
seu core business.
1
1
1
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 8
1. AÇÕES
Investir em ações significa comprar uma parte de uma empresa, visando obter lucro
mediante a valorização do preço das ações ou do recebimento de dividendos.
2. TÍTULOS PÚBLICOS
São emitidos pelo governo e podem ser adquiridos por investidores. Os títulos públi-
cos incluem opções como Tesouro Selic, Tesouro IPCA+ e Tesouro Prefixado.
3. FUNDOS DE INVESTIMENTO
São formados por grupos de investidores que juntam seu dinheiro para comprar uma
carteira de ativos (como ações, títulos e imóveis). Existem diferentes tipos de fundos,
como os de renda fixa, multimercado e de ações.
4. MERCADO IMOBILIÁRIO
Investir em imóveis pode ser uma opção rentável a longo prazo. Isso pode incluir a
compra de imóveis para aluguel ou a participação em fundos imobiliários.
1
1
1
U N I C ES U M A R
É um título emitido pelos bancos para captar recursos. O investidor empresta dinheiro
ao banco e, em troca, recebe juros pelo prazo combinado.
6. TESOURO DIRETO
São títulos de renda fixa emitidos por instituições financeiras e são lastreados por em-
préstimos concedidos para o setor imobiliário ou agrícola.
INFLAÇÃO E DEFLAÇÃO
1
1
1
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 8
AP RO F U N DA NDO
O Brasil tem uma experiência histórica conhecida de inflação crônica, bem doc-
umentada desde 1947. A nossa cultura inflacionária talvez reflita uma tendência
para acomodar os conflitos distributivos e as transferências de renda usando a
própria inflação.
Quanto mais elevada é a taxa de inflação, maior é a necessidade de indicadores
que permitam fazer a correção da perda do valor da moeda.
A América Latina tem-se caracterizado por uma “cultura inflacionária”, em que as
inflações elevadas têm sido mais a norma do que a exceção.
E U IN D ICO
ÍNDICES DE PREÇOS
Um índice de preços procura medir a mudança que ocorre nos níveis de preço
de um período para outro. Para tanto, calculam-se as variações que ocorreram
num dado conjunto de bens, ponderando-se essas variações pelas quantidades
do período inicial ou final.
Existem várias maneiras de calcular a variação de preços de um período para
outro, como pela variação preço a preço; pelo agregado simples de preços; e pelo
agregado ponderado de preços. Discorreremos sobre cada um deles a seguir.
1
1
1
U N I C ES U M A R
1. PESQUISA DE MERCADO
Existem várias ferramentas on-line que comparam preços entre diferentes varejistas, o
que pode ajudá-lo a encontrar o melhor negócio.
Esse índice avalia como o custo total de adquirir um conjunto de produtos, in-
cluindo uma unidade de cada um deles, muda ao longo do tempo. Assim, ele
apresenta o inconveniente de depender da unidade de medida.
Para obter o agregado simples de preços, basta somar os preços dos dois
períodos e dividir as somas.
1
1
1
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 8
1
1
1
U N I C ES U M A R
Isso resultará em uma média ponderada dos preços, em que os preços com
maior peso terão mais influência no cálculo final.
CORREÇÃO MONETÁRIA
1
1
1
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 8
A P RO F UNDA NDO
Por taxa de juros aparente entende-se aquela que vigora nas operações cor-
rentes. Quando temos um regime inflacionário, devemos distinguir, na taxa
aparente, duas componentes: uma parte é devida à inflação e outra, aos juros
realmente recebidos ou pagos.
Taxa de juros real é o indicador que representa o verdadeiro ganho em um
investimento, pois subtrai do rendimento os impactos da inflação. Dessa forma,
o investidor pode analisar o potencial de um ativo ao olhar a taxa nominal in-
formada na contratação e a projeção de inflação para o período.
Para definirmos a diferença entre a taxa aparente e a taxa real, devemos utili-
zar a inflação medida durante a operação financeira. A taxa aparente é o retorno
sobre o capital empregado em moeda corrente. Já a taxa real representa a remu-
neração do capital em unidades de poder aquisitivo. Portanto, a taxa de inflação
ocorrida durante a operação financeira é a diferença entre elas.
E U IN D ICO
O vídeo do professor Flávio Motta, sobre Taxa real e aparente, nos mostra uma
comparação da taxa real com a taxa aparente. Assim, é-nos apresentado o re-
flexo da inflação sobre valores de consumo e valores reais de poder de compra
do cidadão. Recursos de mídia disponível no conteúdo digital no ambiente vir-
tual de aprendizagem.
1
1
1
U N I C ES U M A R
1
1
1
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 8
Compreende a linha mais importante do fluxo de caixa, pois é ela que atua no sentido
de fazer crescer o valor do investimento. Além do mais, a incerteza inerente ao futuro é
quase toda “descarregada” nessa linha. Aqui devem ser incluídas todas as entradas de
caixa provenientes de vendas de serviços produtos oriundos do investimento.
DEDUÇÕES
1
1
1
U N I C ES U M A R
DEPRECIAÇÃO
Os impostos sobre o lucro devem ser calculados com base no lucro bruto operacional.
É só aplicar a alíquota do imposto sobre o valor desse lucro. Se o projeto incluir pre-
juízos operacionais em alguns períodos, o que pode ser normal nos períodos iniciais,
ocorrerá benefício fiscal proporcionado por esse prejuízo, que é apropriado pelo proje-
to nos três períodos seguintes, respeitando os limites estabelecidos em lei.
INVESTIMENTOS BRUTOS
É um componente peculiar do fluxo de caixa. Ela pode ser estimada a partir das
contas do balanço projetado do projeto. Assim, a necessidade de capital de giro
consiste na diferença entre as contas operacionais do ativo (representadas pelas
contas a receber de clientes e pelos estoques) e aquelas do passivo (contas a pagar
a fornecedores, salários e contribuições a pagar, impostos sobre operações a pagar,
fretes a pagar etc.).
VALOR RESIDUAL
1
1
1
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 8
Spread bancário
1
1
1
U N I C ES U M A R
E U IN D ICO
1
1
1
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 8
De acordo com pesquisa realizada pela Mobills em 2022, os dez maiores bancos
do Brasil são:
■ Itaú Unibanco;
■ Bradesco;
■ Banco do Brasil;
■ Santander Brasil;
■ BTG Pactual;
■ Nubank;
■ Banco Inter;
■ Banco PAN;
■ Sofisa Direto;
■ Banco de Brasília.
Para entender um pouco mais sobre a concentração dos grandes bancos no Brasil,
indico a leitura do trabalho de monografia apresentado a seguir.
E U IN D ICO
2
2
2
U N I C ES U M A R
E M FO CO
NOVOS DESAFIOS
Chegamos ao fim deste Tema de Aprendizagem!
Após os conceitos auferidos, imagine que uma empresa do ramo de infor-
mática pretende fazer investimento relevante em pesquisa e desenvolvimento,
visando diversificar suas atividades para comercialização de aplicativos.
Para atender ao objetivo da diversificação das atividades da empresa, foram
apresentadas algumas alternativas:
1. Contratar a atividade de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) por tempo
preestabelecido de cinco anos.
2. Criar um departamento de P&D com atribuições estatutárias permanentes.
2
2
2
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 8
0 0
0 0
2
2
2
U N I C ES U M A R
Observe que, nesta opção, a empresa, ao fim dos dez anos, deverá pagar 34% de
imposto sobre o valor de venda dos equipamentos.
Valor da venda dos ativos = 20% x R$ 25 mil
(-) valor contábil dos ativos = R$ 0
(-) despesas de vendas dos ativos = R$ 0
= Ganho de capital = R$ 5 mil
(-) Impostos sobre Ganho de Capital = 34% x R$ 5 mil
= Valor Residual = R$ 3,30 mil.
2
2
2
VAMOS PRATICAR
1. O Brasil tem uma experiência histórica conhecida de inflação crônica, bem documentada
desde 1947. A nossa cultura inflacionária talvez reflita uma tendência para acomodar os
conflitos distributivos e as transferências de renda usando a própria inflação. Quanto mais
elevada é a taxa de inflação, maior é a necessidade de indicadores que permitam fazer a
correção da perda do valor da moeda.
a) O governo gasta mais do que arrecada e passa a emitir moeda para financiar o déficit
orçamentário.
b) O trabalhador gasta mais do que ganha e acaba buscando financiamento com recursos
do governo.
c) As empresas têm mais despesas que receitas e acabam utilizando recursos do governo
para se financiarem.
d) Os títulos do governo são colocados no mercado com preços muito mais baixos do que
realmente valem.
e) A população aceita comprar os títulos do governo por valores mais altos para ajudar a
financiar as atividades do governo.
I - Pesquisa de mercado.
II - Utilização de aplicativos de rastreamento de preço.
III - Variações pelas quantidades.
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
2
2
2
VAMOS PRATICAR
3. A diferença entre a taxa de juros real e aparente é medida pela inflação durante a operação
financeira. A taxa aparente é o retorno sobre o capital empregado em moeda corrente, ao
passo que a taxa real representa a remuneração do capital em unidades de poder aquisitivo.
Assim, assinale a alternativa que apresenta a taxa aparente anual que deve cobrar uma
financeira para que ganhe 8% ao ano de juros reais numa situação de inflação de 5% ao ano.
a) 15,5% a.a.
b) 29,6% a.a.
c) 18.6% a.a.
d) 11,2% a.a.
e) 13,4% a.a.
2
2
2
REFERÊNCIAS
2
2
2
CONFIRA SUAS RESPOSTAS
2. Opção C. Para acompanhar as variações de preço de um produto específico, você pode usar
diferentes estratégias. Algumas opções incluem:
1. Pesquisa de mercado: verifique regularmente os preços em várias lojas ou sites para mo-
nitorar qualquer alteração nos valores.
2. Assinatura de alertas de preço: muitos websites e aplicativos de compras oferecem a op-
ção de se inscrever para receber notificações por e-mail ou mensagem quando um produto
atinge um determinado preço ou sofre alguma alteração no valor.
3. Acompanhamento de comparadores de preços: existem várias ferramentas on-line que
comparam preços entre diferentes varejistas para ajudá-lo a encontrar o melhor negócio.
4. Utilização de aplicativos de rastreamento de preço: alguns aplicativos permitem cadastrar
produtos específicos e acompanhar suas variações de preço ao longo do tempo.
(1 + i) = (1 + j)(1 + r)
(1 + i) = (1 + 0,05)(1 + 0,08)
(1 + i) = 1,134
i = 0,134 ou 13,4% a.a.
2
2
2
TEMA DE APRENDIZAGEM 9
CRIMES DE FRAUDE
MINHAS METAS
2
2
2
U N I C ES U M A R
P L AY N O CO NHEC I M ENTO
CRIMES DE FRAUDE
2
2
2
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 9
2
2
2
U N I C ES U M A R
2
2
2
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 9
E U IN D ICO
“
I - recusar individualmente em estabelecimento comercial a pres-
tação de serviços essenciais à subsistência; sonegar mercadoria
ou recusar vendê-la a quem esteja em condições de comprar a
pronto pagamento;
II - favorecer ou preferir comprador ou freguês em detrimento de
outro, ressalvados os sistemas de entrega ao consumo por intermé-
dio de distribuidores ou revendedores;
III - expor à venda ou vender mercadoria ou produto alimentício,
cujo fabrico haja desatendido a determinações oficiais, quanto ao
peso e composição;
IV - negar ou deixar o fornecedor de serviços essenciais de entregar
ao freguês a nota relativa à prestação de serviço, desde que a impor-
tância exceda de quinze cruzeiros, e com a indicação do preço, do
nome e endereço do estabelecimento, do nome da firma ou respon-
sável, da data e local da transação e do nome e residência do freguês;
2
2
2
U N I C ES U M A R
Esses crimes podem ser agravados de acordo com diferentes situações previstas
na lei supracitada.
2
2
2
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 9
tem CNPJ e se esse está ativo junto à Receita Federa. Além disso, é importante
checar se o ramo de atividade da organização condiz com o que ela está ofere-
cendo de produto ou serviço, evitar realizar pagamentos antecipados para não
cair em golpes que são caracterizados como crime contra a economia popular.
Portanto, caso suspeite de algum crime contra a economia popular, é
importante denunciar as atividades ilegais às autoridades competentes, como a
Polícia Federal, Polícia Civil, Receita Federal ou órgãos de defesa do consumidor.
Além disso, é sempre aconselhável buscar informações sobre empresas,
produtos e serviços antes de realizar qualquer transação, verificando a repu-
tação do fornecedor e evitando ofertas suspeitas ou muito vantajosas. Manter-
-se bem informado sobre seus direitos e deveres como consumidor também é
fundamental para evitar possíveis crimes contra a economia popular.
CRIMES FALIMENTARES
2
2
2
U N I C ES U M A R
AP RO F U NDA NDO
Existem três crimes tipificados na Lei nº. 11.101: sonegar, omitir ou prestar informação
falsa no processo de falência, ou seja, deixar de prestar informações sobre a real situ-
ação financeira da empresa em um pedido de falência é considerado crime de son-
egação, omissão ou informação falsa e pode gerar penalidades de acordo com a Lei.
Falência
2
2
2
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 9
prejudicado que os outros. Além disso, este processo ajuda a estruturar as relações
comerciais enquanto empresas passam por este cenário dentro da economia.
De acordo com o art. 6º da Lei nº 11.101:
“
a decretação de falência ou o deferimento do processamento da
recuperação judicial suspende o curso da prescrição e de todas as
ações e execuções em face do devedor, inclusive aquelas dos credo-
res particulares do sócio solidário (BRASIL, 1988, s.p.).
Recuperação Judicial
2
2
2
U N I C ES U M A R
AP RO F U NDA NDO
Para elaborar esse plano de recuperação judicial, é possível utilizar alguns mé-
todos que podem aumentar a chance de sucesso do projeto. Desse modo, cada
cenário deve ser considerado de maneira independente, pois a recuperação ju-
dicial pode contemplar casos das mais diferentes realidades.
Os crimes contra a Previdência Social são aqueles que envolvem fraude ou irre-
gularidades na obtenção ou concessão de benefícios previdenciários, assim como
na contribuição para o sistema previdenciário.
Entre esses crimes, podemos citar: a falsificação de documentos para ob-
tenção de benefícios; a não declaração de rendimentos para evitar o pagamento
de contribuições previdenciárias; a contribuição com informações falsas ou in-
completas; apropriação indébita previdenciária; sonegação fiscal previdenciária;
falsificação de documentos públicos; inserção de dados falsos em sistema de
informações; divulgação de informações sigilosas ou reservadas e estelionato.
O crime de falsificação de documentos para obtenção de benefícios pode acon-
tecer porque a Constituição Federal em seu artigo 201 determina vários planos
de previdência social, de modo que qualquer pessoa pode participar dos benefícios
da previdência social, mediante contribuição na forma dos planos previdenciários.
No artigo 203, a Constituição ainda prevê assistência social a quem necessitar,
independente de contribuição à seguridade social. Por isso, existem tantos crimes
de falsificação de documentos dentre outros para beneficiar uma ou mais pessoas.
A apropriação indébita previdenciária está prevista no art. 168 do Código
Penal brasileiro, em que é descrita a reclusão de dois a cinco anos, e a multa para
2
2
2
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 9
ZO O M N O CO NHEC I M ENTO
2
2
2
U N I C ES U M A R
O artigo 184 do Código Penal trata dos crimes contra a propriedade intelectual,
e considera como criminosa a violação de direito autoral e a usurpação de nome
ou pseudônimo alheio. A conduta incriminada no artigo 184 do Código Penal
consiste em violar direitos de autor e os que são conexos. Nesse cenário, os direi-
tos de autor consistem no interesse patrimonial ou moral, que a lei reconhece ao
autor de obra intelectual nacional ou estrangeira, no campo literário, científico ou
artístico. O trabalho dos intérpretes ou executantes e dos produtores fonográficos
e das empresas de radiodifusão decorre da anterior criação do autor. Esse direito
se trata, portanto, da representação que envolve a faculdade de reproduzir sua
obra intelectual.
O delito se consuma com a publicação abusiva, com a exposição ao público,
ou, ainda, com a execução ou com a representação da obra intelectual, indepen-
dente de qualquer proveito ou benefício para o agente.
O art. 184 supramencionado prevê pena de detenção de 03 (três) meses a
01 (um) ano, ou multa, para quem viole direitos de autor e os que lhe são cone-
xos. Para as formas qualificadas a pena prevista é de reclusão, de 02 (dois) a 04
(quatro) anos, e multa.
2
2
2
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 9
A sonegação fiscal é um crime que ocorre quando uma pessoa ou empresa não
cumpre com suas obrigações fiscais. Isso pode incluir as ações de não declarar
todos os rendimentos recebidos, não pagar os impostos devidos ou fornecer
informações falsas ou enganosas para a receita federal.
As consequências da sonegação fiscal podem ser graves e variam de acor-
do com o valor sonegado. Além disso, suas penas incluem multas, juros e até
mesmo prisão.
Como assistente, minha recomendação é sempre estar em dia com as obriga-
ções fiscais, declarando todos os rendimentos e pagando os impostos devidos. Em
caso de dúvida, é sempre recomendável buscar a orientação de um profissional
contábil ou de um advogado especializado em direito tributário.
A Lei nº 4.729/65 define o crime de sonegação fiscal em nosso país e, dentre
as situações que caracterizam crime de sonegação fiscal, estão previstas em seu
artigo 1º as ações de: prestar declaração falsa ou omitir informações necessá-
rias ao Fisco; alterar ou fraudar livros exigidos pelas leis fiscais; alterar fatura ou
documentos relativos a operações mercantis; e aumentar despesas para obter.
Dentre as penalidades previstas para os crimes de sonegação fiscal, a Lei nº
4729/65 prevê: detenção de seis meses a dois anos, e multa de duas a cinco vezes
o valor devido do tributo.
2
2
2
U N I C ES U M A R
E U IN D ICO
E M FO CO
2
2
2
T E MA DE A PRE ND IZAGEM 9
NOVOS DESAFIOS
Chegamos ao fim deste Tema de Aprendizagem!
Diante todas as situações de crimes apresentadas nesse tema, verificamos
que existem muitas opções e possibilidades para atuação do perito contador em
vários processos criminais, especialmente nos casos que envolvem fraudes de
ordem econômica, financeira, previdenciária, sonegação fiscal, falimentar, fraude
processual, dentre outros.
Pensando sobre a ótica do Perito Contador, questione-se: como seria a atua-
ção do Perito no caso que segue? O exemplo a seguir trata da questão da Violação
de Direitos Autorais, onde não há evidência que comprove a falsificação dos
fonogramas, resultando na absolvição do acusado. O Procurador de Justiça em
seu parecer discorre sobre a materialidade do delito de violação do direito autoral,
lamentavelmente, não resta positivada à suficiência nos autos. Embora se jun-
tem documentos noticiando a apreensão de 373 fitas cassete no e stabelecimento
comercial pertencente a R. e a destruição dos referidos objetos, verdade é que
não está atestada a inautenticidade dos fonogramas encontrados em poder do
apelante. Com efeito, o exame pericial não foi realizado acerca das fitas casse-
te apreendidas, medida exigida, inclusive para o recebimento da denúncia…
Mesmo se não fosse o caso, é essencial examinar o testemunho da única pessoa
interrogada, mas esse depoimento não fornece evidências sólidas o suficiente
para compensar a falta de prova técnica. O policial civil não fez observações
detalhadas sobre os fonogramas apreendidos que pudessem dissipar as dúvidas
quanto à autenticidade da cópia ilegal.
O exemplo a seguir trata da violação de direito autoral, tratando de
crimes com autoria comprovada. Como salientou o magistrado, após analisar a
prova, para condenar os recorrentes pela prática de delito de violação de direito
autoral, “tais elementos de convencimento indicam, com segurança a prática
delitiva por parte dos acusados na imputação constante da inicial acusatória,
uma vez que foram flagrados transportando 317 CDs falsos, ditos piratas e cuja
finalidade era revendê-los na cidade de Cruz Alta, conforme confessado em Juí-
zo pelo acusado G. e também referido pelo acusado P., quando ouvido ainda na
fase policial.
2
2
2
U N I C ES U M A R
2
2
2
VAMOS PRATICAR
1. Existem vários tipos de crimes de fraudes, dentre eles, vazamento de informações, uso de
dados falsos, fraude financeira, fraude de identidade, fraude contra o patrimônio público
e privado, fraude contra o sistema financeiro nacional, fraude contra a economia popular,
fraudes em empresas privadas forjando situação de falência, fraudes contra o sistema
previdenciário nacional, dentre outros tipos de crimes de fraudes.
a) Balanço Patrimonial.
b) Demonstração de Resultado.
c) Demonstração dos fluxos de caixa.
d) Demonstração do valor agregado.
e) Notas Explicativas para cada demonstração apresentad.a
2
2
2
VAMOS PRATICAR
É importante que essa Lei Complementar, amparada pelo artigo 192 da Constituição Federal,
disponha sobre diversos pontos, EXCETO:
2
2
2
CONFIRA SUAS RESPOSTAS
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Senado Federal:
Centro Gráfico, 1988.
BRASIL, Lei Nº 1521, de 26 de dezembro de 1951. Altera dispositivos da legislação vigente so-
bre crimes contra a economia popular. Brasília, DF: Presidência da República/Casa Civil, 1951.
Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l1521.htm. Acesso em: 8 nov. 2023.
BRASIL, (Constituição [1988]). Lei Nº. 11.101, de 09 de fevereiro de 2005. Regula a recupera-
ção judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária. Brasília, DF:
Presidência da República/Secretaria-Geral, 2005. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11101.htm. Acesso em: 8 nov. 2023.
2
2
2
CONFIRA SUAS RESPOSTAS
1. O objetivo principal da fraude é lesar ou ludibriar outrem para trazer algum tipo de vanta-
gem, geralmente financeira, ao fraudador sobre a vítima. O fraudador, normalmente, será
beneficiado pela fraude cometida, na maioria das vezes com vantagem financeira.
3. Opção E. O sistema financeiro no Brasil é regulado por meio de Lei Complementar que
dispõe sobre: autorização para o funcionamento das instituições financeiras; autorização
e funcionamento dos estabelecimentos de seguro, previdência e capitalização; condições
para a participação do capital estrangeiro nas instituições; organização, funcionamento e
as atribuições do Banco Central e demais instituições financeiras públicas e privadas. Tudo
deve estar conforme previsto no art. 192 da Constituição Federal.
2
2
2
MEU ESPAÇO
2
2
2