Apresentação Do CIPA
Apresentação Do CIPA
Apresentação Do CIPA
TRANSCENDÊNCIA DE PROFESSORES DE
CIÊNCIAS A PARTIR DE UMA VIVÊNCIA
AUTOFORMATIVA
Carolina Santos de Miranda
UFRPE/carolmirandasantos@yahoo.com
Ruth do Nascimento Firme
UFRPE/ruthquimica.ufrpe@gmail.com
Gilvaneide Ferreira de Oliveira
UFRPE/gildedufrpe@gmail.com
Primeiras palavras
1 3
Nicolescu (1999)
Sobre Transcender
É uma pesquisa
• Segundo Moraes e Valente (2008), uma pesquisa transdisciplinar nos leva a abrir um diálogo entre
a razão e o subjetivo, como a criatividade, a intuição, a sensibilidade, e assim sendo exige
estratégias diferentes das pesquisas guiadas pelo pensamento racionalista. Principalmente porque
transdisciplinar
a transdisciplinaridade repousa na complexidade e segundo Moraes e Batalloso (2015) a
complexidade é uma nova epistemologia, uma nova forma de compreender e explicar a realidade,
por isso exige novos métodos de observar, interagir e vivenciar essa realidade.
Pesquisa-
• Pois enquanto autora que sou, me coloco como participante dessa pesquisa,
visto que sou professora e pesquisadora em formação, assumindo o duplo
estatuto de ator e investigador, como chamou Nóvoa (1988), “criando
formação condições para que a formação se faça na produção do saber e não, como
até agora, no seu consumo” (p.168).
Método
Biografia educativa – Josso (1991)
(auto)biográfico
Sobre o percurso metodológico
Como aconteceu a vivência
autoformativa Contexto: vivências
Encontro Atividade autoformativas
(virtualmente)
1º Encontro - Diálogo sobre como iria funcionar nossa vivência
1ªsemana de autoformativa e direcionamentos para o próximo
abril encontro
2º Encontro – 2ª Entrega das primeiras escritas no diário e Participantes: 5 professores
semana de compartilhamento de uma experiência nele de ciências estudantes de
abril registrada. pós-graduação
3º Encontro – 3ª Compartilhamento do que aprendeu com as
semana de experiências dos colegas e encaminhamentos para a
abril construção de uma imagem relativa ao polo
ecoformativo Momentos foram
4º Encontro – 4ª Apresentar a imagem que foi solicitada, nela devia vivenciados entre abril e
semana de conter espaço(s) que para eles marcaram seu maio de 2020
abril processo formativo
5º Encontro – 1ª Avaliação da vivência autoformativa
semana de
maio
Mimese vem de Aristóteles –
A mimese emerge da mediação
imitar ou representar a ação
entre tempo e narrativa, acontece
em três níveis de operação
Sobre o que encontramos e interpretamos
Como a identidade é Realidade = Mimese I
construída a partir das Interpretar fenômeno (tempo do vivido da experiencia)
narrativas, no movimento
de mimese
Hermenêutica de Gadarmer
e Fenomenologia de
Heidegger
Análise Hermenêutica-
fenomenológica – Paul Ricoeur Mimese II
e Maximina freire (tempo de narrar o vivido)
(FREIRE, 2012)
Sobre o que encontramos e interpretamos
Desenvolvimento da AHF
11
Ao interpretar o que encontramos
TEMA SUBTEMA SUB-SUBTEMA SUB-SUB-
SUBTEMA
VISÃO AMPLITUDE Complexidade Incerteza
PERCEBER Além Conhecimento
Contínuo Possibilidades
Risco
Perceber
[...] “não apenas deve-se ler sobre
temas de sua área específica de Buscar conhecimento para além de
sua área específica de formação é
formação, e que esse era um dos outro passo que precisamos dar para
maiores desafios. Ler sobre transcender, segundo Barbosa et al
conteúdos que não foram foco de sua (2016) relacionar as diversas áreas de
conhecimento da educação é um dos
formação, mas que é uma atitude grandes desafios da educação
essencial para que possibilite contemporânea, portanto quando o
estabelecer relações com outras professor deseja e busca fazer essa
relação facilita esse movimento de
disciplinas e dia a dia” (Textos dos encontro entre áreas.
diários narrado por Blake)
Ao interpretar o que encontramos - visão
Tensão
Podemos perceber que Blake em sua
“É um campo de tensão caminhada concebeu a escola como
E comecei a pensar em libertação que a um campo de tensão e por isso precisa
caminhada me trouxe - voos altos onde ser repensada e que essa percepção
transitei por espaços amplos do repensar ele levou para a vida
Meu estilo de vida foi se construindo assim dele. Ele começou a pensar sobre sua
vida, sobre o seu processo e se
de forma bem irregular...! Diria que uma
percebeu com uma vida irregular e por
metamorfose. Sobre os tons: eu procuro isso metamofoseante e a partir dessa
sempre a paz que é fruto do diálogo - e tons reflexão ele pode compreender que
mais calmos e claros me trazem paz, precisava buscar o equilíbrio, ou seja,
equilíbrio (nada muito apagado) mas em ele buscou e está em processo de
equilibro e sintonia. (Textos dos diários transformação que é autoformativo.
narrado por Blake)”
Ao interpretar o que encontramos - transformou
Mudança
O fato de Prigogine ter se
percebido como professora em
“Sigo aprendendo! Sigo construindo eterna formação mostra que ela
minha identidade entendendo a está em movimento autoformativo
pesquisa em Ensino de Ciências e e que busca a transformação,
ensinando ciências na escola. quando ela afirma que vence
desafios, que cresce, ela denuncia
Aprendendo lá e cá, vencendo que busca uma mudança.
desafio, crescendo e me formando Mudança que é inerente aos
constantemente como professora. sistemas vivos, segundo Capra
(Textos dos diários narrado por (1982), por isso eu acredito que
Prigogine)” ela pode acontecer.
Últimas palavras
As conclusões que podemos discutir nesse momento, se inicia com a compreensão de que a maioria dos
participantes estão conseguindo ampliar sua visão e contemplar o mundo de forma mais holísticas,
alguns já conseguiram chegar lá, outros estão começando a entrar no processo e outros ainda estão apenas
desejosos por trocar as lentes, mas todos muito conscientes da complexidade do seu processo formativo.
O fato é que as vivências autoformativas mexeram de alguma forma com os seus participantes, pois em
diversos momentos pudemos perceber que eles estavam tentando refletir sobre o seu processo formativo e
isso é o início para que o caminhar para si aconteça.
Referências
ALVES, C. E. B. Formação Continuada em serviço: contribuições para a
prática pedagógica de Língua Portuguesa nos anos finais do Ensino Fundamental. Dissertação (PROFLETRAS – Mestrado) - UFRPE/UAG, Garanhuns, 2017.
BARBOSA, F. R.; ARAÚJO, F. R. A.; FERREIRA, N. K. V. A prática pedagógica sob a ótica transdisciplinar: um espaço de integração de saberes. Saberes para uma cidadania planetária, nº 1, 2016. Fortaleza.
BATALLOSO, J. M. Educação e Condição Humana. In: MORAES, M. C. ALMEIDA, M. C. (org.) Os sete saberes necessários à Educação do presente: por uma educação transformadora. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2012.Espírito
CAPRA, F. O ponto de mutação: A ciência, a sociedade e a cultura emergente. São Paulo, SP: Cultrix, 1982.
CARVALHO, A.M.P; GIL-PÉREZ, D. Formação de professores de ciências. 3. ed. São Paulo: Cortez Editora, 1998.
DOMINICÉ, P. O processo de formação e alguns de seus componentes relacionais. (1982) In: NÓVOA, A. e FINGER, M. O método (auto)biográfico e a formação. Natal, RN: EDUFRN; São Paulo: Paulus, 2010.
ESPÍRITO SANTO, R. C. Da Imanência à Transcendência num processo de construção do conhecimento. Rev.Interespe. no 12, jun., 2019, pp. 01- 70
FREIRE, M. M. A abordagem hermenêutico-fenomenológica como orientação qualitativa de pesquisa. In: FREIRE, M.M. (org.). A pesquisa qualitativa sob múltiplos olhares: estabelecendo interlocuções em Linguística Aplicada. Publicação
do GPeAHF, Grupo de Pesquisa sobre a Abordagem Hermenêutico-Fenomenológica. São Paulo, SP. p.1-29. 2010.
GARCIA, C. M. Formação de professores: para uma mudança educativa. Portugal: Porto editora, 1999.
GATTI, Bernardete Angelina; ANDRÉ, Marli. A relevância dos métodos de pesquisa qualitativa em educação no Brasil. In: WELLER, Wivian; PFAFF, Nicolle. Metodologias da pesquisa qualitativa em educação. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.
JOSSO, M. C. A experiência de vida e formação. Natal, RN: EDUFRN; São Paulo, SP: Paulus, 2010.
MAFFESOLI, M. Elogio da razão sensível.Petrópolis, RJ: Vozes, 1998.
MINAYO, M. C. S. (org.). Pesquisa Social. Teoria, método e criatividade. 18 ed. Petrópolis: Vozes, 2001.
MORAES, M. C. e BATALLOSO, J. M. Transdisciplinaridade, criatividade e educação: Fundamentos ontológicos e epistemológicos. Campinas, SP: Papirus, 2015.
MORAES, M. C. e VALENTE, J. A. Como pesquisar em educação a partir da
MORAES, M. C. Pensamento eco-sistêmico: educação, aprendizagem e cidadania no século XXI. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.
MORAES, M.C. e SUANNO, J.H. O Pensar complexo na educação: sustentabilidade, transdisciplinaridade e criatividade. Rio de Janeiro, RJ: Ed. Wak, 2014.
MORIN, E. CIURANA, E. R. MOTTA, R. D. Educar na era planetária: o pensamento complexo como método de aprendizagem no erro e na incerteza humana. São Paulo: Cortez Editora, 2003.
NICOLESCU, B. O manifesto da transdisciplinaridade. São Paulo, SP: Trion, 1999.
NÓVOA, A. Formação de professores e formação docente. In: Os professores e a sua formação, do mesmo autor. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1992.
PETRAGLIA, Izabel Cristina. MORIN, Edgar: A educação e a complexidade do ser e do saber. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2002.
PINEAU, G. Temporalidades na formação: rumo a novos sincronizadores. São Paulo, SP: Triom, 2004.
PRIGOL, E. L.; BEHRENS, M. A. A formação e a prática pedagógica do professor do ensino superior: sob a luz do paradigma da complexidade e da transdisciplinaridade. In: MIGUEL, M. E. B.; FERREIRA, J. L. (org.). espirito história,
políticas educacionais e práticas pedagógicas. Curitiba: Appris, 2015.
POZO, J. I.; CRESPO, M. A. G. A aprendizagem e o ensino de ciências: do conhecimento cotidiano ao conhecimento científico. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.
SALGUEIRO, B. A. Análise de um processo formativo de licenciandos e licenciados das ciências da natureza sobre habilidades docentes e transdisciplinaridade. Dissertação (mestrado Ensino de Ciências e Matemática) – Universidade Federal
Rural de Pernambuco, UFRPE, Recife, 2019.
SANTOS, A. Complexidade e Transdisciplinaridade em educação: cinco princípios para resgatar o elo perdido. In: SANTOS, A. e SOMMERMAN, A. Complexidade e transdisciplinaridade: Em busca da totalidade perdida. Porto Alegre:
Editora Sulina, 2009.
SANTOS, A.C.S. e SANTOS, A. Obstáculos epistemológicos do diálogo de saberes. In: SANTOS, A. e SOMMERMAN, A. Complexidade e transdisciplinaridade: Em busca da totalidade perdida. Porto Alegre: Editora Sulina, 2009.
SANTOS, A. SANTOS, A.C.S. e SOMMERMAN, A. Conceitos e práticas transdisciplinares na educação. In: SANTOS, A. e SOMMERMAN, A. Complexidade e transdisciplinaridade: Em busca da totalidade perdida. Porto Alegre: Editora
Sulina, 2009.
SILVA, G. L.F.S e ROSSO, A.J. As condições do trabalho docente dos professores das escolas públicas de ponta grossa – PR. In: XIV Congresso Nacional de Educação, 2008, Curitiba/PR.
SOMMERMAN, Américo. Inter ou Transdisciplinaridade? Da fragmentação disciplinar ao novo diálogo entre os saberes. São Paulo: Paulus. Coleção Questões Fundamentais da Educação, 2006.