A5 - Consonância e Dissonância Cognitiva

Educação em Engenharia para a Sustentabilidade
 Consonância e dissonância cognitiva
 Leon Festiger (1919 – 1989)
- Psicólogo norte-americano, o qual foi professor na New School for

Social Research, em Nova Iorque. Dentre seus trabalhos, destaca-se
aquele que explica a busca, por parte das pessoas, pela coerência entre
o que se sabe ou pensa e as suas ações. A teoria da Dissonância
Cognitiva se ocupa da explicação das contradições presentes neste
processo, ou seja, quando a ação do indivíduo não está alinhada com as
suas cognições.
1
- A Raposa e as uvas – Esopo (620 – 564 AC)

Esopo foi um fabulista grego, nascido na Trácia (região da Ásia Menor).
Personagem quase mítico, sabe-se que foi um escravo libertado pelo seu
último senhor, o filósofo Janto (Xanto).
Uma Raposa, morta de fome, viu, ao passar diante de um pomar,
penduradas nas ramas de uma viçosa videira, alguns cachos de
exuberantes uvas negras, e o mais importante, maduras.
Não pensou duas vezes, depois de certificar-se que o caminho estava livre
de intrusos, resolveu colher o seu alimento.
Usou de todos os seus dotes, conhecimentos e artifícios para apanhá-las,
mas como estavam fora do seu alcance, acabou cansando-se em vão, e
nada conseguiu.
2
- A Raposa e as uvas – Esopo (620 – 564 AC) (continuação)

Desolada, cansada, faminta, frustrada com o insucesso de sua empreitada,
suspirando, encolheu de ombros e deu-se por vencida.
Deu meia volta e foi-se embora, desapontada foi dizendo:
“As uvas afinal estão verdes, não me servem…”
Quando já estava indo, um pouco mais à frente, escutou um barulho como
se alguma coisa tivesse caído no chão… Voltou correndo pensando ser as
uvas.
Mas quando chegou lá, para sua decepção, era apenas uma folha que havia
caído da parreira. A raposa, decepcionada, virou as costas e foi-se embora
de novo.
3
- A teoria da dissonância cognitiva

“Tem sido frequentemente sugerido e até assinalado, por vezes, que o
indivíduo esforça-se por realizar um estado de coerência consigo mesmo”
“Mas as pessoas nem sempre são bem sucedidas nas explicações e ou
racionalizações a que recorrem para eliminar suas incoerências internas.
Por uma razão ou outra, podem fracassar as tentativas para se atingir a
coerência . Nesse caso, a incoerência continua simplesmente a existir. Em
tais circunstâncias – isto é, na presença de uma incoerência – ocorre o
desconforto psicológico”.
No contexto da teoria de Festiger, a incoerência interna é definida como
dissonância.
4

Relações irrelevantes: não interfere nas cognições do indivíduo;
Relações relevantes – dissonância e consonância: afeta as cognições do
indivíduo, proporcionando desconforto ou conforto no âmbito psicológico;
Magnitude da dissonância: relaciona-se com o nível de importância dos
elementos (qualquer evento que afeta o psicológico do indivíduo)
- a redução da magnitude.
5

Mudança de um elemento cognitivo comportamental
Mudança de um elemento cognitivo ambiental
Adição de novos elementos cognitivo
- resistência à redução da dissonância
6

Resistência à mudança de elementos cognitivos ambientais
- limites da magnitude de dissonância
- evitação da dissonância
7

Teoria das consequências de decisão
O indivíduo começará a alterar a cognição de modo que as alternativas que eram quase
igualmente atraentes deixem de sê-lo.
- decisões que resultam em dissonância

- a magnitude da dissonância pós-decisória
- manifestações de pressão para reduzir a dissonância pós-decisória
i. mudança ou revogação da decisão
ii. mudança de cognição sobre as alternativas
iii. estabelecimento de sobreposição cognitiva
8

Teoria dos efeitos da condescendência forçada
“Existem circunstâncias em que as pessoas se comportarão de maneira contrária às suas
convicções ou farão publicamente afirmações em que, na realidade, não acreditam”
A condescendência é causada, principalmente:

i. através do emprego de uma ameaça de punição pela violação ou
insubmissão;
ii. através da oferta de uma recompensa especial por se condescender;
9

Teoria da exposição voluntária e involuntária à informação
Aborda as razões que levam os indivíduos a procurarem informações e das condições em que as
procuram.
A possibilidade de relevante ação futura

A presença de dissonância
i. ausência relativa de dissonância;
ii. presença de quantidades moderadas de dissonância;
iii. presença de quantidades extremamente grandes de dissonância
10

Teoria da exposição voluntária e involuntária à informação (continuação)
Contato voluntário e involuntário com a informação

i. exposição acidental;
ii. exposição numa base irrelevante;
iii. exposição forçada
iv. Interação com outras pessoas
11

Teoria do papel do apoio social
“O grupo social é, simultaneamente, uma fonte importante de dissonância cognitiva para o
indivíduo e um importante veículo para eliminar e reduzir a dissonância que nele possa existir”.
- A redução da dissonância proveniente de discordância social;

- A ocorrência de boatos generalizados;
- Negação da realidade;
- Proselitização em massa;
12
- Experimento – cumplicidade induzida

 Estudantes voluntários foram submetidos à atividades tediosas e
desprovidas de sentido;
 Após um longo período realizando as “tais atividades” os voluntários
eram dispensados, de forma inesperada; nesta etapa, as impressões dos
participantes foram muito negativas;
 No entanto, foi solicitado a um voluntário (pedido de favor) que
substituísse um assistente (por alguma razão, impossibilitado de
colaborar) e que tentasse convencer um outro estudante (na verdade, um
colaborador da pesquisa) de que as atividades realizadas eram
importantes e desafiadoras; para tanto o “novo assistente” receberia
US$ 1,00;
13
- Experimento – cumplicidade induzida (continuação)

 O mesmo “pedido de favor” foi feito a outros voluntários, porém uns
recebendo os mesmos US$ 1,00 e outros US$ 20,00 ;
 Após determinado tempo, os que realmente participaram do
experimento foram questionados quanto a relevância da “atividade”
realizada; os que receberam apenas US$ 1,00 tinham uma posição mais
positiva em relação aos que receberam US$ 20,00;
 Os voluntários que receberam US$ 1,00 internalizaram forçosamente as
suas opiniões, visto que o fator externo (valor da remuneração) era pouco
expressivo, não havendo, portanto, uma outra justificativa para tanto;
 Os que receberam US$ 20,00, pelo fato do valor ser maior, não
internalizaram as suas opiniões (poderiam mentir no convencimento do
outro), pois possuíam um fator externo.
14
- Experimento – cumplicidade induzida (continuação)

 Em termos gerais, a pesquisa concluiu que muitos indivíduos, quando
induzidos a mentir sem ter um fator externo que legitime sua postura,
terão que se convencerem a si mesmos da falsidade.
15
- Implicações na educação
 O estudante sabe que tem que prestar atenção na aula, fazer o que lhe
é solicitado e organizar o tempo para suas atividades (acadêmicas ou
não). Todavia, mediante fatores psicológicos e externos, na maioria das
vezes, suas ações ficam em conflito com aquilo que deveria fazer;
 Na atividade estudantil, levando-se em conta o compromisso que se
assume dentro do processo de formação profissional e pessoal, a
disciplina e a vontade dependem de fatores concretos (necessidades)
e abstratos (desejo de progredir) para manter a coerência entre o que se
pensa e o que se faz;
16
- Implicações na educação
 Na busca de justificativas que coloquem em coerência os valores
pessoais e crenças com as ações, é fundamental identificar elementos
que realmente contribuam para a formação individual, pois, caso contrário
correria o risco de enganar a si mesmo. Neste contexto, bom exemplos,
casos de sucesso (dentro da ética), ambiente sócio-cultural equilibrado e
entre outros fatores similares, permitem as elaborações de juízo mais
ajustadas (em última instância, quem decide é o indivíduo, o qual arcará
com as consequências de seus atos).
17
 Cognitivismo
 Referências
FESTIGER, Leon Teoria da dissonância cognitiva. Califórnia, EUA: Stanford University

Press, 1975. 249 p.
18

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 Leon Festiger (1919 – 1989)

- A Raposa e as uvas – Esopo (620 – 564 AC)

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- A Raposa e as uvas – Esopo (620 – 564 AC) (continuação)

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- decisões que resultam em dissonância

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A condescendência é causada, principalmente:

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A possibilidade de relevante ação futura

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Contato voluntário e involuntário com a informação

 Consonância e dissonância cognitiva

 Leon Festiger (1919 – 1989)

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- A redução da dissonância proveniente de discordância social;

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- Experimento – cumplicidade induzida

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- Experimento – cumplicidade induzida (continuação)

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- Experimento – cumplicidade induzida (continuação)

 Consonância e dissonância cognitiva

 Leon Festiger (1919 – 1989)

 Consonância e dissonância cognitiva

 Leon Festiger (1919 – 1989)

FESTIGER, Leon Teoria da dissonância cognitiva. Califórnia, EUA: Stanford University

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