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Fatos e
negócios jurídicos:
Relações familiares e sucessórias:
Professora: Anna Paula Silva Mantana
UNA-2023/1
Direitos da Personalidade:
Pessoa natural:
A personalidade civil do homem começa do nascimento com vida, considerando a
respiração como prova do nascimento. Art. 2º do CC.
2.) Nascituro:
É o ser já concebido, que está para nascer. O C.C protege as suas expectativas de direito,
que se confirmam se houver nascimento com vida, ou se desmentem, como se nunca
tivessem existido.
O nascituro é herdeiro, pode receber doações e legados, pode ser adotado, reconhecido e
legitimado. Pode agir através de seu curador (art. 1799 do C.C). Pode figurar como sujeito
ativo e passivo de obrigações. – Porém, a eficácia de tudo fica na dependência do
nascimento com vida.
Lei nº 11.804/2008: alimentos gravídicos.
Direitos da Personalidade:
Nome: (Vide arts. 55 e seguintes da Lei de Registros Públicos (Lei nº 6.015/73
O nome individual é chamado de prenome ou nome próprio, ao passo que o nome de família
costuma ser indicado por várias designações, como sobrenome, patronímico, cognome, apelido
de família etc.
O prenome pode ser simples ou composto.
Apenas em casos excepcionais o nome poderá ser retificado ou alterado:
♦ erro gráfico evidente;
♦ ao atingir a maioridade;
♦ nomes exóticos ou ridículos;
♦ uso;
♦ inclusão de alcunha ou apelido;
♦ substituição do prenome por apelido público notório;
♦ homonímia;
Direitos da Personalidade:
♦ inclusão de sobrenome de padrasto ou madrasta;
♦ tradução;
♦ concubinato;
♦ testemunhas e vítimas de crime;
♦ réus colaboradores na apuração de crime;
♦ casamento, adoção, reconhecimento, legitimação, divórcio, separação judicial, viuvez etc.
♦ mudança de sexo.
Direitos da Personalidade:
Capacidade civil:
É a aptidão da pessoa para exercer direitos e contrair obrigações.
Absolutamente incapazes: (art. 3º do CC):
☻ os menores de 16 anos;
_ Alteração em virtude do Estatuto da Pessoa com Deficiência.
_ A dignidade-liberdade substitui a dignidade-vulnerabilidade.
Enunciado nº 138 CJF/STJ, aprovado na III Jornada de Direito Civil: “a vontade dos
absolutamente incapazes, é juridicamente relevante na concretização de situações
existenciais a eles concernentes, desde que demonstrem discernimento bastante para
tanto”. - Ex.: um contrato celebrado por menor impúbere, de compra de um determinado bem
de consumo, pode ser reputado válido, principalmente, se houver boa-fé dos envolvidos.
Direitos da Personalidade:
Tomada de decisão apoiada:
Processo judicial pelo qual a pessoa com deficiência elege pelo menos duas pessoas
idôneas, com as quais mantenha vínculos e que gozem de sua confiança, para prestar-
lhe apoio na tomada de decisão sobre atos da vida civil, fornecendo-lhe os elementos
e informações necessários para que possa exercer sua capacidade.
Relativamente incapazes: (art. 4º CC)
☻ os menores entre 16 e 18 anos;
☻os ébrios habituais e os viciados em tóxicos;
☻aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir a sua
vontade;
☻ os pródigos.
A capacidade dos índios rege-se por lei especial (art. 4º, § único CC).
Direitos da Personalidade:
Os menores de 16 anos são representados e os entre 16 e 18 anos são assistidos pelos pais,
tutores ou curadores (arts. 1.634, V, e 1.747, I, CC).
Emancipação:
A capacidade civil pode ser adquirida antes dos 18 anos, pela emancipação. Tendo o menor 16
anos completos, pode ser emancipado:
☻ por concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro;
☻por escritura pública, independentemente de homologação judicial;
(Faltando os genitores, a emancipação pode ser dada por sentença do juiz, ouvido o tutor).
☻ pelo casamento;
☻ pelo exercício de emprego público efetivo;
☻ pela colação de grau em curso superior;
☻pelo estabelecimento civil ou comercial;
Direitos da Personalidade:
☻pelo emprego, desde que, nos últimos dois casos, tenha economia própria (art. 5º, §
único, CC).
A emancipação é irrevogável e definitiva.
O índio: Sua situação é regida pela lei nº 6.001/1973 - Estatuto do Índio -, que coloca o
indígena e sua comunidade, enquanto não integrados à comunhão nacional, sob o regime
tutelar, devendo a assistência ser exercida pela FUNAI.
Direitos da personalidade:
Abrangem a intimidade, a vida privada, a honra, a imagem, o nome e o pseudônimo (art.
5º, X, da CF; art. 12 do CC; arts. 18 e 19 do CC). Protege-se a vida privada, os escritos, as
palavras e também a imagem da pessoa (arts. 18 a 21 do CC).
Direitos da Personalidade:
Pessoa jurídica:
É a entidade constituída de homens ou bens, com vida, direitos e obrigações e patrimônio próprios.
São pessoas jurídicas de direito público externo os países estrangeiros, organismos internacionais,
como a ONU ou a OEA etc.
São pessoas jurídicas de direito público interno, a União, os Estados, o Distrito Federal, os
Municípios e as Autarquias.
São pessoas de direito privado as sociedades civis ou empresariais, as associações, as organizações
religiosas e os partidos políticos (art. 44 do CC), as fundações privadas e as entidades estatais,
representadas, estas, pelas empresas públicas e as sociedades de economia mista.
Domicílio:
Em princípio, domicílio é o lugar onde a pessoa reside com ânimo definitivo. Mas
também pode ser o local de trabalho ou o lugar onde a pessoa mantém o centro de
suas ocupações, ou ainda, o lugar onde for encontrada, se não tiver residência fixa ou
centro de ocupações habituais.
Pode ser duplo ou múltiplo.
As pessoas jurídicas têm por domicílio a sede, ou a filial, para os atos ali praticados.
Domicílio voluntário é o que fica a critério do indivíduo.
Domicílio legal é o fixado por lei, como o do filho menor, que é o de seu pai.
Domicílio de eleição é o estabelecido por acordo das partes nos contratos (arts. 70 a
78 do C.C).
Extinção da Personalidade:
Art. 6º C.C.
Morte presumida: art. 7º do C.C.
Ausência: art. 22 do CC. Ação Judicial para a declaração da ausência.
Pessoa jurídica: Para criar é registro. Para extinguir é dissolução.
Morte simultânea – Comoriência: art. 8º do C.C: quando duas ou mais pessoas morrem em uma
mesma circunstância, não sendo possível definir quem morreu primeiro. Neste caso, a norma
determina que serão considerados, de forma presumida, simultaneamente mortos. – Importa para o
direito na sucessão, ou seja, para saber se uma dessas pessoas mortas se tornou herdeira da outra.
Não havendo como afirmar quem morreu primeiro, não há transferência de bens entre os
comorientes.
FATOS x NEGÓCIOS JURÍDICOS: artigos 104 ao 232 do C.C.
O fato jurídico está relacionado a acontecimentos naturais, que não dependem da vontade. Os atos
jurídicos tem como ponto a vontade da pessoa em querer praticar aquela conduta. Se dividem em
lícitos ou ilícitos, sendo que estes trazem como ideia uma sanção.
FATOS E NEGÓCIOS JURÍDICOS:
O negocio jurídico é um dos principais mecanismos da auto determinação dos interesses privados
(autonomia privada). Para que o negocio possa produzir efeitos regulares, deverá observar os
requisitos de validade, os quais impõem restrições à vontade das partes.
Requisitos de validade:
a) Exteriorização de vontade: expressa ou tácita, de forma livre e consciente, sem coação de
qualquer natureza.
b) Capacidade do agente: As pessoas capazes realizam de forma autônoma e os incapazes
mediante representação ou assistência.
c) Objeto do negócio: o objeto deve ser licito, possível ou determinado.
d) Forma do negócio: é como o negócio se exterioriza, sendo, em regra, livre.
Invalidade do negócio jurídico: quando não cumpre esses requisitos tem-se a invalidade do
negocio jurídico.
Eficácia do negócio: se o ato é válido e cumpre com os requisitos ele produz efeitos.