Acidentes Ofã - Dicos

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ACIDENTES COM ANIMAIS

PEÇONHENTOS
Animais Peçonhentos

 Animais peçonhentos são aqueles que possuem


glândulas de veneno que se comunica com um
aparelho inoculador: dentes ocos, ou ferrões, ou
aguilhões, por onde o veneno passa ativamente.
 Serpentes, aranhas, escorpiões, abelhas,
marimbondos e arraias.

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ACIDENTES COM ANIMAIS
PEÇONHENTOS
Animais Venenosos

 Apesar de “peçonha” significar veneno, animal


peçonhento não é o mesmo que venenoso,
sendo este último, o animal que produz veneno,
mas não possui órgão inoculador, provocando
envenenamento passivo por contato,
compressão ou por ingestão.
 Algumas espécies de anfíbios.

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Presas SERPENTES PEÇONHENTAS

Fosseta Loreal

A identificação entre os gêneros referidos também pode ser feita pelo tipo de cauda

Cauda lisa Guizo ou Chocalho Escamas eriçadas


Bothrops Crotalus Lachesis
Todas as serpentes destes gêneros são providas de dentes inoculadores bem
desenvolvidos e móveis situados na porção anterior do maxilar.
As serpentes do gênero Micrurus não apresentam fosseta loreal e possuem
dentes inoculadores pouco desenvolvidos e fixos na região anterior da boca.
Micrurus – coral verdadeira
ACIDENTES COM ANIMAIS
PEÇONHENTOS

Coral 0,7%

Surucucu 2,9%

Cascavel 8,2%

Jararaca 88,2%

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ACIDENTES BOTROPICO
 O acidente botrópico é causado por serpentes
do gênero Bothrops,dentre as quais destacam-
se a jararaca, a urutu;
 Veneno de ação proteolítica,neurotóxica e
anticoagulante.

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GÊNERO BOTHROPS
Espécies presentes em Goiás

Nome popular:
Jararaca, jararacuçu, urutu-cruzeiro, caiçaca, jararaca- do-
norte, ouriçana, malha de sapo, patrona, combóia,
surucucurana, entre outras.

Encontradas em áreas mais limitadas, como as áreas de


mata, ambientes úmidos, áreas cultivadas, apesar de
alguns tipos habitarem também zonas de caatinga e
cerrado. Mais de 30 espécies no Brasil
90% dos acidentes no Brasil

Bothropoides neuwiedi
(jararaca pintada,
jararaca de rabo Rhinocerophis alternatus (urutu-
branco) Bothrops moojeni (caiçaca) cruzeiro, cruzeira)
ACIDENTES OFÍDICOS
GÊNERO BOTHROPS

Ação Proteolítica – Possivelmente devido a atividade de proteases,


hialuronidases e fosfolipases, da liberação de mediadores da resposta
inflamatória, liberadores de autacoides, aminas do tipo histamina,
ampliado pela ação da hemorraginas sobre o endotélio vascular e da
ação pró-coagulante do veneno.
Lesões locais (edemas, bolhas e necroses)

Ação Coagulante – Produzem distúrbios da coagulação


caracterizados por consumo dos seus fatores, ativa fatores da
coagulação consumo de fibrinogenio, formação de fibrina, formação
de trombos na microvasculatura, podendo induzir incoagulabilidade
sanguínea.

Ação Hemorrágica – ação das hemorraginas que provocam lesões


na membrana basal dos capilares, ruptura das células endoteliais
ampliando o quadro inflamatorio, degrada o colágeno, são inibidoras
da agregação plaquetária e causa alterações na coagulação. Pode
ACIDENTES BOTROPICO
 Acidente botrópico geralmente causa dor,
edema (inchaço) e equimoses (manchas roxas).
 Tardiamente as bolhas podem surgir e até
necrose.
 Outra complicação acontece quando bactérias
que vivem na boca da serpente causam
infecção na pele do paciente.
 Além das alterações, o sangue pode se tornar
incoagulável, predispondo a hemorragias que
podem por em risco a vida.

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ACIDENTES OFÍDICOS
BOTHROPS
Edema extenso, tenso e firme. Pode atingir todo o
membro em até 24 hs. Geralmente aparecimento
precoce

Sangramento no sítio de inoculação, nem sempre indica Observa-se bolha com


comprometimento sistêmico. Em poucas horas pode-se conteúdo hemorrágico,
desenvolver linfadenomegalia regional com gânglios
aumentados e dolorosos equimose, edema e eritema
Efeitos Sistêmicos:
 Pequenos sangramentos podem ocorrer
sem repercussão hemodinâmica.
 Raros – hematúria macroscópica,
hepistaxe, hemoptise, gengivorragia, etc...
 Casos graves observam hemorragias
internas em regiões vitais (hemorragias
digestivas e no snc), choque e
insuficiência renal
 Fatores hemorrágicos não apresentam
atividade sobre a coagulação sanguínea,
assim como a incoagulabilidade sanguínea
(causada pelo consumo de fibrinogênio)
não constitui causa primária de
ACIDENTES OFÍDICOS
GÊNERO BOTHROPS
Complicações:
Síndrome compartimental: rara, precoce (primeiras 24 hs), decorre da
compressão do feixe vásculo-nervoso. Dor desproporcional ao edema,
paresia, paralisia dos musculos, hipoestesia ou anestesia da área.
Disfunção neuromuscular.
Abscesso: 10 a 20% dos casos (bacilos gram negativos, anaeróbios e
raramente gram-positivos)
Necrose: risco maior nas picadas em extremidades podendo evoluir para
gangrena.
Choque: raro. Sequestro de líquido e hemorragias. Instalação precoce.
Insuficiencia renal: 0,5 a 13%. Multifatorial (deposição intraglomerular de
fibrina, hipotensão, hemólise, consumo de complemento, septicemias,
antibióticos...) necrose tubular aguda. B. moojeni e B. jararacuçu
Intervenções erradas!
 Torniquete: diminuição da perfusão,
concentração do veneno na região distal ao
torniquete, maior destruição tecidual.
 Sucção: contaminação do local da picada,
intensificação de efeitos isquêmicos,
 Incisão: aumenta via de acesso de
microorganismos e sangramento local.
ACIDENTES OFÍDICOS
GÊNERO BOTHROPS
Manifestações e tratamento
Classificação
Leve Moderada Grave
Locais: dor, edema, Ausentes ou Evidentes Intensas **
equimose discretas
Sistêmicas: hemorragia Ausentes Ausentes presentes
grave, choque, anúria
Tempo de coagulação Normal ou Normal ou Presentes
(TC)* alterado alterado
Soroterapia (nº ampolas) 2–4 4–8 12
SAB/SABC/SABL
Via de administração intravenosa
 Determinação do TC 12 e 24 hs após a soroterapia
 Se após 12 hs da soroterapia o TC permanecer incoagulável, ou após 24 hs não
tiver normalizado, recomenda-se dose adicional de 2 ampolas de soro antibotrópico.

*TC normal até 10 min; TC alterado de 10 a 30 min; TC incoagulável > de 30 min.


**Manifestações locais intensas, podem ser o único critério para classificação de gravidade.
Tratamento geral:
 Manter elevado e estendido o segmento picado. Analgésicos, hidratação
com diurese entre 30 a 40 ml/hora no adulto e 1 a 2 ml/kg/hora na
criança. Antibioticoterapia quando houver evidência de infecção
(cloranfenicol, clindamicida com aminoglicosídeo).
 Debridamento cirúrgico: debridamento da necrose qdo a área necrótica
estiver delimitada (alguns dias após acidente)
 Aspiração do conteúdo de bolhas: tem sido observado presença do
veneno, sendo recomendado a aspiração deste conteúdo em condições
adequadas de antissepsia.
 Faciotomia: minimizar déficits de função do membro pela imediata
restauração do fluxo sanguíneo local.
 Profilaxia do tétano

Fatores que influenciam o prognóstico


 Tempo entre picada e o início da soroterapia
 Qualidade da assistência
 Peso e idade do paciente
 Região anatômica em que ocorreu a picada
 Uso procedimentos inadequados
 Via de inoculação da peçonha (IM,IV,SC)
ACIDENTES CROTALICO
 Esse acidente é causado pelas serpentes do
gênero Crotalus,conhecidas por cascavéis.
 As manifestações clínicas deste acidente são
precoces(três horas);
 Veneno de ação hemolítica e neurotóxica.

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ACIDENTES OFÍDICOS
GÊNERO CROTALUS – 5 espécies
As cascavéis (boicininga, maracambóia, maracá)
são facilmente encontradas em áreas abertas e
secas, mesmo áreas agriculturáveis de grande
parte do Brasil, excluindo-se áreas de vegetação
mais densa.
9% dos acidentes
Crotalus durissus – Caudisona durissa
ACIDENTES CROTALICO
 O acidente crotálico pode provocar
fraqueza, turvação da vista, queda das
pálpebras e paralisia de músculos da face.
 Pode queixar-se também de dores
musculares e apresentar urina escura.
 Apenas inchaço e formigamento discretos.
 Em alguns casos, não é possível
identificar o ferimento das presas.

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ACIDENTES OFÍDICOS
GÊNERO CROTALUS
AÇÃO DO VENENO:

Ação Neurotóxica – Neurotoxina de ação pré-sináptica atua


nas terminações nervosas motoras inibindo a liberação de
acetilcolina causando bloqueio neuromuscular (paralisias
motoras). 3 a 6 hs após acidente (regridem de 3 a 4 dias)

Ação Miotóxica – CROTOXINA - Produz lesão de fibra


muscular esquelética, com liberação de enzimas e
mioglobina para o soro e que são posteriormente
excretadas pela urina (rabdomiólise).

Ação Coagulante – Atividade do tipo trombina que converte


o fibrinogênio em fibrina. O consumo de fibrinogênio pode
levar a incoagulabilidade sanguínea. As manifestações
hemorrágicas qdo presentes são discretas.
ACIDENTES OFÍDICOS
GÊNERO CROTALUS
Manifestações sistêmicas: Mal estar, prostração, sudorese, náuseas,
vômitos, sonolência, inquietação, sialosquiese, fácies miastênica, ptose
palpebral, flacidez da musculatura da face, oftalmoplegia, visão turva ou
dupla, mialgias (precoce), mioglobinúria causada pela rabdomiólise.

As manifestações locais são bastante discretas, geralmente não há dor,


edema e eritema são discretos no ponto da picada
ACIDENTES OFÍDICOS
GÊNERO CROTALUS
Tratamento
Manifestações e tratamento específico:
Classificação (avaliação inicial)

Leve Moderada Grave

Fácies miastêmica/visão turva Ausente ou tardia Discreta ou evidente Evidente

Mialgia Ausente ou discreta Discreta Intensa

Urina vermelha ou marrom Ausente Pouco evidente ou Presente


ausente

Oligúria/anúria Ausente Ausente Presente ou ausente

Tempo de coagulação Normal ou alterado Normal ou alterado Normal ou alterado

Soroterapia (n° ampolas) 5 10 20


SAC/SABC

Via de administração intravenosa


Tratamento geral:
Hidratação adequada, com controle e balanço hídrico. Manter PH
urinário acima de 6,5, pois a urina ácida potencializa a
precipitação intratubular de mioglobina, assim a alcalinização
urinária deve ser feita pela administração de bicarbonato de sódio,
ACIDENTES LAQUESICO
 O acidente laquésico é causado pelas
serpentes do gênero Lacheis,conhecidas por
surucucu.
 Inoculam grande quantidade de veneno.

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ACIDENTES LAQUESICO
 O acidente causado pela surucucu ou surucucu-
picode-jaca ocorre somente na Amazônia e na
Mata Atlântica.
 Assim como no acidente botrópico, há dor,
edema, equimose e podem surgir bolhas,
infecção e necrose.
 Além das hemorragias, pode haver também
sudorese, náuseas e vômitos, cólicas
abdominais, diarréia,diminuição da freqüência
dos batimentos cardíacos e queda da pressão
arterial.
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ACIDENTES ELAPIDICO
 O acidente elapídico se caracteriza pelo
veneno é tóxico para os nervos,músculos,
provoca turvação visual, queda das pálpebras e
paralisia muscular que pode comprometer a
respiração do paciente.
 Não há manifestações locais importantes.

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ACIDENTES OFÍDICOS
GÊNERO MICRURUS – 22 espécies
Popularmente conhecida por coral, coral verdadeira ou
boicorá, pode medir cerca de 1m. Apresentam anéis
vermelhos, pretos e brancos em qualquer tipo de
combinação. Na Região Amazônica e áreas limítrofes, são
encontradas corais de cor marrom-escura (quase negra),
com manchas avermelhadas na região ventral. Em todo o
país, existem serpentes não peçonhentas com o mesmo
padrão de coloração das corais verdadeiras, porém
desprovidas de dentes inoculadores (falsas-corais).
responsável por 0,4% dos acidentes
ACIDENTES ELAPIDICO

 As serpentes do gênero Micrurus, que são as


corais, causam este tipo de acidente.
 A ação neurotóxica deste veneno manifesta-se
precocemente e determina casos graves
 A diferença da coral falsa é que nesta,os anéis
não contornam todo corpo da cobra.

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ACIDENTES OFÍDICOS
GÊNERO MICRURUS
 Ações do veneno

NEUROTOXINAS de ação pré-sináptica


Estão presentes em algumas corais (M. coralliunus) e também em alguns viperídeos,
como a cascavel sulamericana. Atuam na junção neuromuscular, bloqueando a
liberação de Ach pelos impulsos nervosos, impedindo a deflagração do potencial de
ação. Esse mecanismo não é antagonizado pelas substâncias anticolinesterásicas.

NEUROTOXINAS de ação pós-sináptica


Possui baixo peso molecular podem ser rapidamente absorvidas. As NTXs competem
com a acetilcolina (Ach) pelos receptores colinérgicos da junção neuromuscular,
atuando de modo semelhante ao curare.

Manifestações Clínicas
Os sintomas são precoces (< 1 h) após a picada. Inicialmente, Vômitos,
fraqueza muscular progressiva, ptose palpebral, oftalmoplegia e a
presença de fácies miastênica ou “neurotóxica”. mialgia localizada ou
generalizada e dificuldade para deglutir.

A paralisia flácida da musculatura respiratória, insuficiência


respiratória aguda e apnéia.
Recomenda-se a observação clínica do acidentado por 24 horas, pois
há relatos de aparecimento tardio dos sintomas e sinais.

Manifestações locais
Há discreta dor local, geralmente acompanhada de parestesia com
tendência a progressão proximal.
ACIDENTES OFÍDICOS
GÊNERO MICRURUS
Tratamento Específico
O soro antielapídico (SAE) deve ser administrado na dose de 10 ampolas,
pela via intravenosa.

10 ml de soro neutraliza 15 mg do veneno

Tratamento geral
Tratamento de suporte (Máscara e AMBU, intubação traqueal ou até
mesmo ventilação mecânica).

Atropina – 0,5 mg IV

Neostigmina (anticolinesterásico) - 0,05 mg/kg, sempre precedida da


administração de atropina

Tratamento medicamentoso da insuficiência respiratória aguda

Todos os casos de acidente por coral com manifestações clínicas


devem ser considerados como potencialmente graves.

* Ficar atento a assistência respiratória precoce.


SOROTERAPIA - princípios
Medidas iniciais prévias a soroterapia:

 Manter paciente em repouso evitando deambulação e tranqüilizá-lo


 Monitorar sinais vitais e controlar volume urinário
 Limpar cuidadosamente o local da ferida sem fazer curativo oclusivo

Os soros anti-venenos, são concentrados de imunoglobulinas obtidos por


sensibilização de diversos animais, sendo mais utilizados os de origem eqüina.

A dose utilizada independe do peso e idade do paciente, (objetivo do


tratamento é neutralizar a maior quantidade possível de veneno
circulante).

A via de administração - intravenosa (IV) e o soro diluído ou não deve ser


infundido em 20 a 60 minutos. No caso de soro antilatrodectus, a via de
administração recomendada é a via intramuscular (IM).

A diluição pode ser feita, a critério médico, na razão de 1:2 a 1:5, em soro
fisiológico ou glicosado 5%, infundindo-se na velocidade de 8 a 12 ml/min,
observando, entretanto, a possível sobrecarga de volume em crianças e em
pacientes com insuficiência cardíaca.
ARANHAS
 Conhecidas por aranhas
armadeiras;
 O acidente causa dor
local intensa, geralmente
irradiando para a raiz do
membro.
 Em crianças é possível
ocorrer choque
neurogênico após a
picada.

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ARANHAS
 Conhecidas como
aranhas de jardim, de
grama ou tarântula.
 Apresentam como
característica um
desenho negro em forma
de ponta de flecha no
dorso do abdome.
 São aranhas que não são
agressivas.
 Não há necessidade de
soroterapia específica.

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ARANHAS
 Conhecidas por aranha-
marrom.
 São aranhas pequenas,de
hábitos noturnos,
podendo viver no interior
das residências.
 Não são agressivas,
picando quando
comprimidas contra a
roupa.
 O veneno manifesta
tardiamente,após o
acidente.

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3 dias
4 dias
5 dias
6 dias
9 dias
10 dias
ARANHAS
 As
aranhas caranguejeiras;
 Sua importância médica
está no fato delas
poderem lançar pêlos
urticantes, situados no
dorso do abdome;
 Podem causar reações
de hipersensibilidade,
com prurido cutâneo,
mal-estar, tosse,
dispnéia.

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ARANHAS
 Este acidente é
causado pelas
aranhas conhecidas
popularmente por
viúva-negra.
 Dor intensa no local
da picada,mialgia
intensa, contraturas
musculares
generalizadas
podendo levar a
convulsões tetânicas.
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TRATAMENTO PRÉ-
HOSPITALAR
 Devemos manter a vítima em repouso absoluto
e não deixá-la locomover-se
 Remover anéis, pulseiras, braceletes, e outros
adornos;
 O local da picada deve ser lavado com água e
sabão, protegendo o local da lesão com curativo
de gaze seca;
 Transportar ao hospital indicado e se possível e
seguro, capture o animal, levando-o ao hospital
de destino da vítima, em recipiente adequado;

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TRATAMENTO
PRÉ-HOSPITALAR
 Somente soro específico cura o envenenamento
provocado por picadas quando aplicado
adequadamente;
 Não devemos fazer qualquer tratamento caseiro
como torniquete;sucção, perfuração, pó de
café ,fumo e outros;
 Nos casos de acidentes com escorpiões, o risco
de vida aumenta quando a vítima tiver idade
abaixo de 07 anos e acima de 50 anos ou ainda
vítima que apresente distúrbios orgânicos
graves.
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SOROTERAPIA - princípios
Medidas iniciais prévias a soroterapia:

 Manter paciente em repouso evitando deambulação e tranqüilizá-lo


 Monitorar sinais vitais e controlar volume urinário
 Limpar cuidadosamente o local da ferida sem fazer curativo oclusivo

Os soros anti-venenos, são concentrados de imunoglobulinas obtidos por


sensibilização de diversos animais, sendo mais utilizados os de origem eqüina.

A dose utilizada independe do peso e idade do paciente, (objetivo do


tratamento é neutralizar a maior quantidade possível de veneno
circulante).

A via de administração - intravenosa (IV) e o soro diluído ou não deve ser


infundido em 20 a 60 minutos. No caso de soro antilatrodectus, a via de
administração recomendada é a via intramuscular (IM).

A diluição pode ser feita, a critério médico, na razão de 1:2 a 1:5, em soro
fisiológico ou glicosado 5%, infundindo-se na velocidade de 8 a 12 ml/min,
observando, entretanto, a possível sobrecarga de volume em crianças e em
pacientes com insuficiência cardíaca.
PREPARO DO SORO
POSSÍVEIS REAÇÕES DA SOROTERAPIA
REAÇÕES PRECOCES:
Urticária, tremores, tosse, náuseas, dor abdominal,
prurido e rubor facial, raramente reações semelhantes as
reações anafilácticas

REAÇÕES TARDIAS:
Doença do soro, (lesões urticariformes generalizadas)
ocorrem de cinco a 24 dias após o uso da SAV

FATORES QUE FAVORECEM O APARECIMENTO DAS


REAÇÕES:

Dose, concentração de proteínas e imunoglobulinas,


velocidade de infusão, Sensibilização à proteína de soro
de cavalo (por utilização prévia de algum tipo de soro
Medidas para prevenção/redução
das reações precoces

bloqueador H1
• teste de sensibilidade prometazina
dextroclorfeniramina
difenidramina
• diluição

• pré-medicação anti-histamínicos

bloqueador H2
cimetidina
ranitidina

corticosteróides
Tratamento das reações precoces
Suspender temporariamente a soroterapia
Adrenalina (1:1000) – diluída a 1:10 na dose de 0,1
ml/kg, até 3,0 ml por via IV, repetir se necessário até três
vezes com intervalos de 5 minutos.
0,1 ml/kg, até 3,0 ml

Hidrocortisona - 30 mg/kg IV com dose máxima de


1000 mg.

Prometazina - 0,5 mg/kg IV com dose máxima de 25


mg.

Expansão da volemia - SF ou solução de Ringer lactato


20 ml/kg peso.

Observar
Na dosagem infantil.
crise asmatiforme: bronco-dilatador b2, tipo fenoterol
aminofilina 3-5 mg/kg/dose iv 6/6h
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