Filosofia Resumo10ano
Filosofia Resumo10ano
Filosofia Resumo10ano
O que a Filosofia?
H muitas respostas a esta pergunta porque nem todos os filsofos pensam da mesma maneira. Sentido etimolgico do termo Filosofia Philo (amigo, o que deseja, o que busca, o que ama) + Sophia (sabedoria, saber, conhecimento) Termo criado por Pitgoras Filosofia como uma procura e no como posse / Filsofo sbio Estuda a totalidade do real, o todo, tudo aquilo que se apresenta ao homem. O homem tem uma necessidade natural de compreender o que o rodeia o universo. No dia a dia o homem depara-se com situaes que lhe provocam admirao espanto. Tais como situaes de injustia, violncia, guerra, doena, morte, catstrofes naturais, etc. Do espanto nasce a interrogao. O espanto e a consequente interrogao no so exclusivos do filsofo, todo o homem tem a capacidade de se interrogar. A filosofia no se limita a formular interrogaes, a pr dvidas, ela vai encontrando respostas ou solues para as questes que levanta, as quais se constituem como um saber, o saber filosfico.
-A Filosofia uma:
a) Atividade intelectual de procura do conhecimento Atitude reflexiva e problematizadora; atitude crtica e antidogmtica; exerccio de dvida; curiosidade e desejo de conhecer b) Reflexo crtica sobre o conhecimento e o mundo Conjunto de respostas que se foram constituindo como teorias acerca do mundo, do ser humano e da prpria vida c) Atividade prtica de procura de sabedoria Visa encontrar novas maneiras de conceber o mundo e a vida, definir o projeto da nossa existncia, decidir o que queremos ser e buscar o autoaperfeioamento.
-Especificidade da Filosofia
Autonomia: os filsofos fazem um uso prprio da razo, independentemente de dogmas, preconceitos e ideias feitas. A filosofia uma atividade livre, no se sujeitando a qualquer tipo de constrangimentos ou tutelas. O filsofo aquele que pensa e age por si, orientando-se por finalidades que reconhece como suas. Radicalidade: procura os fundamentos ou a origem de todas as coisas. Interessa ao filsofo a indagao das primeiras causas, dos primeiros princpios, da sua razo de ser. A filosofia pretende ir raiz dos problemas, ao porqu ltimo das coisas. Historicidade: embora os filsofos desenvolvam uma reflexo pessoal inserida na histria do pensamento, respondem a problemas marcantes da sua poca, ainda que as suas respostas possam perdurar para alm do seu tempo. A filosofia um pensar situado no tempo e no espao. A filosofia no est fora do mundo uma atividade que acontece na histria humana. Universalidade: as reflexes dos filsofos abordam problemas que dizem respeito a toda a humanidade. Nenhum assunto est, partida, excludo da reflexo filosfica. Viver implica defrontarmo-nos com problemas que temos de resolver. Porm, nem todos os problemas so filosficos. Se, por exemplo, estou preocupada com a roupa que hei de levar a uma festa, talvez esteja a viver um problema, mas de certeza no se trata de um problema filosfico. As questes filosficas no tm soluo cientfica ou tcnica.
Como curar o cancro? No uma questo filosfica Qual a razo de ser da doena e do sofrimento? As questes filosficas no so questes de facto.
Qual a composio qumica da gua? No uma questo filosfica As questes filosficas ultrapassam o campo da legalidade.
Questes Filosficas
O que o conhecimento? O que a verdade? Donde vem o conhecimento? O que a realidade? Vivemos num sonho, numa iluso? possvel distinguir o sonho da realidade e despertar? O que o Homem? O ser humano tem uma alma, alm do corpo? Quais os valores que devem guiar a nossa existncia? O que o bem e o mal? O que o belo e o feio? H vida depois da morte? Deus existe? Qual o sentido da nossa existncia?
Problemas metafsicos
-Cincia e Filosofia
H problemas filosficos colocados pela Filosofia que as cincias tambm investigam, mas h problemas especificamente filosficos. A Filosofia e a Cincia so duas formas de saber distintas e complementares. A Cincia procura explicar o funcionamento da realidade, enquanto que a Filosofia procura compreender os princpios que devem orientar a existncia e desvendar os fins para que tudo supostamente caminha.
A Filosofia uma atividade reflexiva e crtica; por isso, a tarefa dos filsofos pensar criticamente sobre um conjunto de problemas visando, por um lado uma melhor compreenso da realidade e, por outro, o autoaperfeioamento. Pensar criticamente equivale a avaliar as afirmaes (prprias ou de terceiros), em vez de as aceitar ou porque so bvias e evidentes, ou porque so aceites por todos, ou porque so defendidas por algum com autoridade. Para estudar Filosofia, preciso desenvolver competncias especficas: - Problematizar, conceptualizar e argumentar. Problematizar descobrir e formular problemas que desafiem a nossa reflexo a passar para alm dos significados imediatos das situaes. Conceptualizar elaborar conceitos, isto , noes gerais organizadoras da pluralidade da experincia humana. Argumentar construir um conjunto de proposies articuladas logicamente de modo a justificar uma posio ou tese. Uma vez que para argumentar preciso raciocinar (ou fazer inferncias vlidas), so necessrios, de um ponto de vista lgico, os seguintes instrumentos: 1. Argumentos. 2. Proposies. 3. Conceitos/termos. Argumento uma sequncia de proposies organizadas de tal modo que a concluso a que chegamos tem por base outra ou outras proposies a que chamamos premissas. Exemplo: Todos os homens so mortais. Scrates um homem. Logo, Scrates mortal. Um argumento , portanto, constitudo por proposies, embora nem todas as frases que proferimos sejam proposies. Por exemplo, as expresses grande seca! , sai imediatamente ou que horas so? no so proposies, o contedo nelas expresso no tem valor de verdade. J a frase Lisboa a capital de Portugal diferente, uma vez que afirma ou nega algo. A este tipo de frases chamamos frases declarativas. Proposio o que afirmado ou negado numa frase declarativa. Juzo o processo mental que permite construir proposies.
Os Conceitos/termos designam um conjunto de caractersticas essenciais de uma classe de seres ou objetos. Os conceitos so: Universais (aplicam-se a todos os elementos da classe) Abstratos (o seu significado expressa as propriedades essenciais comuns a essa classe, ignorando as diferenas particulares e concretas dos seus elementos).
A Ao Humana e os Valores
-Significado do termo ao
O termo ao usado com significados diferentes: Dizemos que a ao das cegonhas benfica para a agricultura ou que a gravitao uma forma de ao distncia. Dizemos indiferentemente agiu bem ou fez bem, usando os termos agir e fazer como sinnimos.
-Etimologia
O termo fazer (do latim facere) tem um sentido mais amplo do que agir O termo agir ou ao (do latim agere) designa apenas algumas das nossas atividades (ver texto 1, pg. 51)
-Ao e Acontecimento
Os termos ao e agir designam apenas os comportamentos: Intencionais Conscientes Voluntrios Est excludo do conceito de ao:
O que os animais fazem. Os movimentos que fazemos a dormir. As reaes automticas (fisiolgicas ou psicolgicas).
Exemplo Constipar-se no uma ao porque: Constipar-se algo que acontece a uma pessoa No h interferncia da sua vontade
Ir voluntariamente farmcia uma ao porque: Resulta de deliberao (convm ir ou no?) H deciso voluntria de um agente (vou!) H uma inteno (comprar um medicamento) H um motivo (estar doente)
-Definio de Ao
uma interferncia consciente e voluntria do agente no normal decurso das coisas que, sem essa interferncia, seguiriam um caminho distinto.
-Rede conceptual da ao
Para haver uma ao necessrio: Um agente ou sujeito da ao; Com conscincia perceo que o autor da ao; Com uma inteno qu, que faz; Com um motivo porque faz; Dotado de livre-arbtrio ou vontade capacidade de opo e de deciso. (ver texto 2, pg. 51)
-O voluntrio e o involuntrio
Definimos ao como uma interferncia consciente e voluntria do agente Agora perguntamos: O agente decide sempre em funo de razes que ele prprio escolheu? Conhece todos os motivos que o movem? Existem motivaes no conscientes? Alguns autores no reconhecem vontade poder para optar (apesar de reconhecerem vontade humana o poder de optar e decidir). Outros reconhecem esse poder, mas afirmam que a subjetividade humana tambm integra fora se tendncias inconscientes resistentes ao poder da vontade.
As foras que podem constituir motivaes involuntrias so: 1. Qualidades do carter que constituem o nosso modo de ser (costumamos chamar-lhes ndole ou temperamento - exemplo: tendncia espontnea para ser egosta, rancoroso, vingativo ou colrico, ou para ser boa pessoa, generoso e solidrio) 2. Foras e tendncias de que no nos apercebemos, mas que tambm influenciam a deciso
Embora estas qualidades do carter e as foras e tendncias inconscientes no resultem de uma escolha da vontade, tm de ser integradas e harmonizadas no interior da vontade. por tudo isto que o processo da deliberao e da deciso um processo complexo e conflituoso (sobretudo nos casos em que motivaes afetivas, desejos e foras inconscientes ou instintos bsicos como o de sobrevivncia - opem resistncia a motivaes de ordem racional).
-Condicionantes da ao
Condicionantes fsico-biolgicas e psicolgicas (conferem aptides mas condicionam as aes) Patrimnio gentico (sexo, cor de pele, olhos, inteligncia). Ambiente (recursos materiais, clima, etc.). Personalidade (fora de vontade, conformismo, timidez). Condicionantes histrico-scio-culturais (noutra poca e noutro lugar cada um de ns seria diferente) poca histrica O meio sociocultural
Cultura o conjunto de formas que um grupo social adotou para tratar de todos
os problemas que lhe so comuns, que herda e transmite s geraes seguintes.
Determinismo um conceito importado da fsica clssica Afirma: se cada acontecimento no mundo decorre necessariamente da srie de acontecimentos que o antecederam, ento tendo ocorrido o fenmeno X, causa de Y, este ltimo tem de ocorrer. Todos os acontecimentos, inclusive as opes humanas, so causados por acontecimentos anteriores. Num mundo regido por leis determinsticas, as aes e os acontecimentos sucedem-se em cadeias causais. No podemos interferir nessas ocorrncias (mesmo que tenhamos conscincia delas). As leis que as regem no esto minimamente sob o nosso controlo. A existncia de livre-arbtrio incompatvel com o determinismo. Em suma: o determinismo radical defende a incompatibilidade entre determinismo e liberdade. Indeterminismo
Para a fsica contempornea impossvel prever o comportamento de um dado sistema de micropartculas da matria. Elas comportam-se de modo diferente em cada momento, sem que se possa encontrar a causa dessa mudana Podemos admitir que o indeterminismo que rege o mundo das micropartculas tambm se aplica vontade humana Uma vez que h indeterminismo na Natureza, o indeterminismo defende que as nossas aes no so determinadas
Parte do conceito comum de liberdade e aceita a convico de que poderamos ter feito outra coisa se o tivssemos escolhido. No mundo todos os fenmenos so causalmente relacionados. A vontade humana, igualmente determinada, livre quando no for obrigada a escolher sob ameaa (de uma arma, por exemplo).
Tudo no mundo natural determinado, mas as aes humanas so livres, por serem determinadas mas no constrangidas. O determinismo moderado defende a compatibilidade entre o determinismo e a liberdade. Libertarismo
As nossas aes nem so determinadas nem aleatrias dualista (matria e esprito so de natureza diferente) Os fenmenos mentais no so fenmenos fsicos O mundo material e a ao humana so de natureza diferente e regem -se por leis diferentes As leis dos fenmenos materiais no se aplicam aos fenmenos mentais O Libertarismo afirma que as aes humanas resultam de deliberaes racionais e podem alterar o curso dos acontecimentos no mundo
-John Searle
Pressupostos de Searle: No dualista quanto substncia (no reconhece, como Descartes, que alma e corpo sejam de natureza essencialmente diferente) Admite que o funcionamento do corpo e da conscincia (alma, para Descartes) tm leis diferentes Embora seja monista - pensa que a mente uma funo do crebro (que corpo) - admite que a conscincia no est submetida s leis (fsica) da restante matria. Embora admita no saber por que que isto acontece assim, justifica a sua posio pelo poder da mente para influenciar o comportamento do corpo.
-Dualismo/Monismo
O dualismo afirma que h duas substncias ou essncias diferentes no universo (matria e esprito), e que os fenmenos mentais so fenmenos no fsicos. O monismo afirma que h apenas uma substncia ou essncia constitutiva de toda a realidade (para os materialistas a matria, para idealistas o esprito).
-Argumentos de Searle
1) A conceo da liberdade humana est essencialmente ligada conscincia e s atribumos liberdade aos seres conscientes. 2) Temos experincia da conscincia: um fator essencial da existncia especificamente humana. 3) Atribumos liberdade somente aos seres conscientes capazes de realizar aes voluntrias e intencionais, ou seja, caracterizadas pela intencionalidade. Intencionalidade a caracterstica pela qual os nosso atos mentais se dirigem ou se referem a objetos e estados de coisas do mundo diferentes deles mesmos. (Searle). 4) Temos experincia da subjetividade dos nossos estados mentais (domnio a que s cada indivduo tem acesso).
5) Isso choca com a pretenso da Cincia de ser completamente objetiva. 6) Apesar de no sabermos como resolver o problema da causalidade mental (no sabermos explicar como que os nossos sentimentos e pensamentos exercem um efeito causal sobre o mundo fsico. 7) Temos experincia da liberdade (isto , a convico de que a ao resultado da nossa deciso, e de que somos ns que fazemos isso acontecer).
-Valores
Justia, Lealdade, Tolerncia, Igualdade, Solidariedade, Honestidade, Liberdade, Vida, Liberdade, Amor, Paz
Exemplos Piet uma das mais belas esculturas renascentistas. Guernica uma bela pintura. O amor belo . Lisboa uma cidade encantadora.
-Conceito de valor
Significado tcnico: O valor de uma mercadoria ou o valor de uma incgnita (como no caso de uma equao matemtica). Significado afetivo: O valor das coisas que nos merecem estima (que valor atribumos amizade?). Significado moral: O valor que atribumos a um comportamento: a coragem, a solidariedade, o altrusmo, o egosmo.
-Tipos de valores
Materiais - referem-se ao domnio da sobrevivncia biolgica. Podem ser: Vitais referentes sade, robustez, resistncia fsica Do agradvel e do prazer referentes s sensaes de prazer e satisfao Econmicos referentes a bens de consumo: dinheiro, habitao, vesturio, alimentao Espirituais referem-se ao domnio do aperfeioamento das qualidades humanas. Podem ser: tico-polticos referentes ao relacionamento com os outros (lealdade, honestidade, solidariedade) Estticos referentes apreciao da harmonia, beleza e elegncia Religiosos referentes nossa relao com o sagrado
Valores vitais
Valores lgicos
Verdade/falsidade;
conhecimento/erro;
Polaridade tem sempre um plo positivo e um plo negativo (bem/mal; belo/feio; sagrado/profano). Hierarquizaes ordenam-se de acordo com o grau da sua importncia e poder impositivo, constituindo uma escala - tbua de valores. Historicidade carter temporal e relativo de alguns valores; padres valorativos prprios de uma poca. Perenidade carter intemporal de alguns valores; valores que no sofrem alteraes nem acompanham a histria dos homens. Absolutividade/relatividade carter absoluto de alguns valores (no dependem de nada, nem do sujeito, nem do objeto, valem por si mesmos) e a dependncia
histrica e cultural de outros (dependem da valorao do sujeito, quer em termos pessoais, quer tendo em conta o contexto social e cultural em que ele se encontra).
-Dinmica cultural
A cultura dinmica e transforma-se. As alteraes devem-se: evoluo prpria das sociedades s influncias de outras culturas
Este processo tornou-se mais rpido e poderoso a partir do sculo XX, graas aos meios de transporte (avio, automvel), de comunicao (rdio, televiso e Net) e ao contacto entre as culturas (migraes, turismo, comrcio). A aculturao um fenmeno social constante, tanto no presente como no passado. As diversas sociedades no so estanques e influenciam-se umas s outras de diversos modos. A aculturao parece assumir duas formas principais, havendo entre elas diversos graus intermdios. A aculturao por destruio, quando uma sociedade consegue impor a sua cultura a outra sociedade e a cultura desta desaparece ou se torna residual. A aculturao por assimilao, quando uma sociedade influenciada pela cultura de outra sociedade mas no pe de lado a sua prpria cultura. Essa influncia constitui um enriquecimento, um alargamento do patrimnio cultural.
-Consequncias da aculturao
A comunicao escala mundial originou: a) Sociedades multiculturais coexistncia de grupos de culturas diferentes. b) Novos valores tolerncia e respeito pela diferena Relativizao axiolgica Valorizao da diversidade cultural Direitos humanos. Estes novos valores originaram: Movimentos de defesa dos direitos humanos e de denncia de crimes contra a Humanidade. Fenmenos de intolerncia como a xenofobia, racismo, prtica de genocdio.
-Etnocentrismo
A intolerncia baseia-se no etnocentrismo.
-Contra o etnocentrismo
O relativismo cultural prope a aceitao das diferenas Defende: a) O respeito pelas outras culturas b) A tolerncia face s diferenas raciais, tnicas, religiosas, sexuais, etc.
Relativismo cultural
Defende que os padres de cultura dos povos sejam julgados e avaliados sem referncia a padres absolutos. Defende a tolerncia pelas diferenas, e o respeito pelas outras culturas.
Critica a tendncia para julgar como inferior, irracional e bizarro, tudo o que diferente dos prprios costumes.
A dimenso tico-poltica
- Em que consiste uma opo moral?
As interrogaes anteriores apontam para a dimenso tica da ao Dimenso tica: Domnio da ao humana orientado por valores morais (bem/mal, justo/injusto) propostos pela conscincia. Conscincia: Capacidade interior de orientao, de avaliao e de crtica da nossa conduta em funo de valores.
-tica e telos da ao
Os seres humanos definem fins ou finalidades (telos) para as suas vidas.
Exemplo: A dignidade um fim: devemos ser honestos para estar altura dessa dignidade Fim ou finalidade o que d sentido ao, aquilo para que as aes tendem.
-Inteno e Norma
Para a moralidade de uma ao no basta o acordo externo com a norma necessrio o acordo interno, a inteno.
Normas so regras socialmente estabelecidas que servem de padro para a ao. Inteno o julgamento ntimo que cada um faz do que permitido e do que
proibido.
-Opo moral
S h opo moral/deciso tica quando o indivduo se obriga a si mesmo a respeitar o fim que definiu como bom (ex: ser honesto) tendo em vista o seu aperfeioamento (ainda que s ele saiba a verdadeira inteno)
No domnio da moralidade - O indivduo s tem que prestar contas sua prpria conscincia (autoridade que o guia e perante a qual tem de responder). O indivduo responsvel pelos seus atos, uma vez que pode escolher.
-Liberdade e responsabilidade
Liberdade moral: Traduz a obrigao da pessoa (sujeito moral) se orientar pelos valores que a prpria razo reconhece como bons. Responsabilidade moral: Expressa o reconhecimento da autoria da ao e a obrigao de responder perante a prpria conscincia.
-Moral e tica
Embora eu use as palavras, moral e tica como equivalentes, elas no significam o mesmo:
Moral o conjunto de condutas e normas que tu, eu e alguns dos que nos rodeiam
costumamos aceitar como vlidas
-Caractersticas da ao moral
Est orientada para um fim, que um bem. voluntria e intencional suscetvel de juzo (pode ser avaliada em termos de bem ou de mal) Adota um posicionamento no s individual mas tambm comunitrio, pretendendo chegar perspetiva da universalidade do agir.
-Juzos tico/morais
Proposies que expressam uma avaliao das aes a partir da adoo de um determinado padro ou critrio valorativo.
-A tica deve:
Definir princpios universais reguladores da convivncia social (ex.: altrusmo em vez do egosmo; solidariedade em vez da competio; cooperao em vez de hostilidade; bem-estar coletivo em vez do benefcio pessoal). Estabelecer os direitos e os deveres de cada um. Propor fins para a realizao pessoal e social dos indivduos.
A conscincia moral desenvolve-se na interao entre: Heteronomia (hetero + nomos) interiorizao de regras e padres do grupo. Autonomia (auto + nomos) autodeterminao a agir segundo princpios racionalmente justificados.
Devemos agir moralmente porque s nos tornamos humanos na companhia de outros humanos, temos de compatibilizar os nossos direitos com os direitos dos outros (garantir a coexistncia digna de todos) e se quisermos viver como pessoas temos de tratar os outros como pessoas.
globais - Exemplo: para Stuart Mill mentir no errado por princpio, mas em funo das consequncias. S.Mill pergunta: quais as consequncias das aes?
Disposio sensvel
Para a humanidade ser vivo e ser racional
Disposio racional
Para a personalidade ser racional capaz de
ns: influncias da sociedade responsabilidade: tornare e da comunidade de se pessoa exigncias auto impostas pela razo desprendimento autonomia e
interesses
-Vontade boa
Devido aos conflitos entre as disposies a vida tica uma luta. Kant prope como ideal moral o esforo para transformar a vontade dividida e imperfeita numa vontade boa, isto , numa vontade que se determine a agir por dever
S a escolha do dever por dever permite transformar a vontade numa vontade boa
moralidade, so as nicas coisas que tm dignidade. Podemos agora explicar-nos facilmente (pois) sucede que possamos achar simultaneamente uma certa sublimidade e dignidade na pessoa que cumpre todos os seus deveres. Pois enquanto ela est submetida lei moral no h nela sublimidade alguma; mas h-a sim na medida em que ela ao mesmo tempo legisladora em relao a essa lei moral e s por isso lhe est subordinada. No nem o medo nem a inclinao mas to somente o respeito lei, que constitui o mbil [motivo] que pode dar ao um valor moral. S esta vontade que nos possvel [representar] na ideia o objeto prprio do respeito, e a dignidade da humanidade consiste precisamente nesta capacidade de ser legislador universal, se bem que com a condio de estar ao mesmo tempo submetido a essa mesma legislao. Autonomia Kant chama autonomia propriedade da vontade de se constituir como a sua prpria lei. A autonomia da vontade o princpio supremo da moralidade e o fundamento da dignidade e do respeito devido ao ser moral ou pessoa. Fundamento e critrio de moralidade Segundo Kant, o fundamento da moralidade a racionalidade e a autonomia da vontade Isso implica: cumprimento do dever por dever. independncia face s disposies sensveis. opo pela personalidade. Segundo Kant, o critrio para identificar uma ao como boa o carter incondicional e universalizvel da mxima que determina a escolha, ou seja, o carter racional da lei moral.
O credo que aceita a Utilidade ou o Princpio da Maior Felicidade como fundamento da moral sustenta que: As aes so justas na proporo em que tendem a promover a felicidade e injustas enquanto tendem a produzir o contrrio da felicidade. Entende-se por felicidade o prazer e a ausncia de dor; por infelicidade a dor e a ausncia do prazer. O prazer e a ausncia de dor so as nicas coisas desejveis como fins e todas as coisas desejveis so-no pelo prazer inerente a elas mesmas, ou como meios para a promoo do prazer e a preveno da dor.
O princpio princpio moral em que se baseia o utilitarismo o princpio da Utilidade ou da Maior Felicidade. Chama-se hedonismo (grego hdon, prazer) a este tipo de conceo
b) Identifica o imperativo moral utilitarista com o mandamento cristo no faas aos outros o que no gostarias que te fizessem a ti e ama o teu prximo como a ti mesmo c) Indica um ideal jurdico-poltico: o bem comum ou a felicidade global d) Sugere um ideal pedaggico: a formao de indivduos solidrios, empenhados em promover o bem comum e a felicidade de todos
Imperativo moral age sempre de modo a produzir a maior felicidade para o maior nmero de pessoas. Critrio de moralidade as consequncias previsveis da ao. Ao moral ou boa a ao que traz mais felicidade ao maior nmero de pessoas.
que, neste contexto, quando se referem normas ticas para a regulao das condutas, no se trata da ao de um homem isolado, mas de uma ao extensiva a todos os homens que integram uma sociedade politicamente organizada, ou seja, um Estado.
Na realidade, ao viver em sociedade, o homem tem que respeitar os cdigos morais vigentes e a sociedade tem que possuir, obrigatoriamente uma forma de organizao poltica. Por isso, sempre que falamos de homem referimo-nos a um cidado que faz parte de um Estado e que se sujeita autoridade de um Governo. Este pode ser justo ou injusto questo tica e as leis que formula questo jurdica serem aceitveis ou inaceitveis pela maioria da populao questo sociolgica. O cidado pode ser algum chamado a participar na gerncia dos assuntos do estado poltica democrtica ou apenas um sbdito a quem cabe aceitar as ordens de quem governa poltica ditatorial.
Pessoa
Dimenso moral
Cidado
dimenso poltica
O Ser Humano realiza-se O indivduo torna-se A pessoa torna-se cidado atravs das relaes de pessoa
ao tomar ao intervir/interagir com a de conscincia si realidade social mesmo, do outro e do
convvio social
em que vive
garante
individuais? A Declarao direitos da pessoa? cidado? Universal dos Direitos Os cdigos morais e A Constituio e as leis
Humanos
prpria
pessoa regulamentares e
(amor
prprio
autoestima)
-A POLTICA E O DIREITO
Para gerir os conflitos sociais e garantir o bem comum, precisamos de normas coercivas as leis jurdicas - e instituies com poder e meios para impor o cumprimento dessas leis (Estado)
O que o Direito?
Direito o conjunto de normas que regulam as relaes entre os cidados, estabelecendo tambm as formas de punio para a violao dessas normas.
Moral e Direito
Genericamente, Moral e Direito tm os mesmos objetivos: estabelecer e fundamentar um conjunto de princpios e normas que permitam resolver os conflitos entre os cidados. Mas tm meios diferentes
Normas morais
No esto
Normas jurdicas
A transgresso punida com o cumprimento so impostos remorso, culpa, reprovao social e pelo Estado marginalizao do indivduo As pessoas tm que cumprir as normas mesmo que no lhes paream justa A transgresso punida com multa, priso (ou mesmo
pena de morte)
Poltica
A finalidade da Poltica a gesto dos assuntos da comunidade (polis ) garantindo as condies para a satisfao das necessidades humanas. a cincia (vertente terica) e a arte (vertente prtica) de realizao dos fins de uma comunidade, da procura dos meios para alcanar esses fins, da harmonizao dos conflitos entre interesses particulares e coletivos, e da gesto das relaes com comunidades externas
Arte (vertente prtica) De realizar os fins que uma dada comunidade definiu como bons
Dos fundamentos filosficos da vida Dos meios adequados para alcanar em comunidade esses fins
Dos princpios e dos fins que devem Da harmonizao dos conflitos entre orientar as relaes da comunidade interesses particulares e coletivos internacional Da gesto das relaes externas com
Das estratgias e tticas para a outras comunidades realizao dos fins definidos
O Estado
Foi para cumprir as complexas funes de gestor da coisa pblica (a res publica dos romanos) que as comunidades se organizaram sob a forma de Estado. Estado a institucionalizao do exerccio do poder poltico e da autoridade, para a concretizao dos fins que a comunidade definiu como bons.
-Instrumentos do Estado
Para realizar os fins o Estado dispe dos seguintes meios: . Sistema jurdico (constituio poltica e cdigos diversos civil, penal, comercial, etc.)
. Governo - exercer o Poder executivo gerir os conflitos propor aes para a realizao dos fins da comunidade . Tribunais - julgar as aes individuais e coletivas, verificando o seu acordo com as leis sancionar e repor a Legalidade. . Polcia - zelar pela segurana Interna proceder aplicao das decises dos tribunais . Foras Armadas - zelar pela segurana externa no quadro dos Tratados Internacionais
Poder Executivo
Poder Judicial
normas: leis, cdigos e o poder, gerir os conflitos zelar pelo cumprimento regulamentos e Propor aes para a das leis elaboradas pelo realizao definidos comunidade rgo: Parlamento (Governo, por delegao) rgo: Governo dos fins poder legislativo, punir os pela infratores; legalidade rgo: Tribunais repor a
A Filosofia Poltica reflete sobre os problemas que dizem respeito constituio, funo e sentido do Estado e da sociedade.
A Filosofia do Direito analisa e prope princpios e respetivos fundamentos para uma boa organizao social.
basta conhecer teoricamente o que a virtude. necessrio esforo para nos tornarmos pessoas de bem e para melhorarmos a nossa natureza, dado que ela nos produziu incompletos. Diz Aristteles que a maioria das pessoas vive dominada por paixes naturais e s age moralmente por medo de castigos Pergunta: Como transformar essa natureza? Duas solues: 1. Pelo hbito 2. Pela educao
Mas mesmo os melhores educadores tm dificuldade em levar a maioria dos indivduos a uma vida nobre e honesta. Concluiu: precisamos de leis durante toda a vida
Condies da realizao humana: comunicao, amizade e justia Segundo Aristteles o ser humano , por natureza, um ser vivo poltico Para desenvolvermos o que peculiar ao ser humano a razo (logos) necessitamos da comunicao que s acontece numa comunidade dialgica. S a convivncia social possibilita ao ser vivo social nascido de humanos tornar-se um ser verdadeiramente humano.
A legitimao da Autoridade do Estado o ser humano , por natureza, um ser vivo poltico TICA POLTICA
-Visa um indivduo
-Visa a comunidade
esfera pblica
Ambas visam alcanar o fim ltimo (o bem) da cidade A cidade (polis) possibilita a realizao da natureza humana Essa realizao exige uma cidade harmoniosa e consolidada Tal cidade s existe se houver amizade e justia A amizade depende dos laos afetivos entre as pessoas A justia depende da aplicao de boas leis (a poltica) A institucionalizao da poltica (o Estado) exige poder O Estado recebe o poder poltico dos cidados O que legitima a autoridade do Estado so as potencialidades oferecidas pela vida em comunidade organizada
-Contrato social
Assim, uma vez que no Estado de Natureza ningum tinha poder para garantir o cumprimento da lei natural, os indivduos decidiram abdicar de certas liberdades e celebrar um Contrato Social. Por esse Contrato cedem o seu poder ao Estado, incumbindo-o de fazer e executar as leis necessrias preservao dos direitos de todos, constituindo assim a Sociedade Civil e o Estado. Contrato Social o acordo pressuposto entre indivduos que, livremente e de mtuo consentimento, prescindem de certas liberdades em troca da proteo do Estado. O Estado assume as seguintes obrigaes: Assegurar o respeito pela lei natural
Repor a ordem infringida, punindo os infratores Fazer as leis necessrias para garantir o bem comum Impor o cumprimento das leis Proteger os direitos individuais Governar segundo as leis estabelecidas Julgar e fazer reinar a justia Defender a paz, a segurana e o bem comum Respeitar a finalidade para que foi institudo No exercer o poder de modo absoluto e discricionrio
-Liberdade e Igualdade
A liberdade consiste em poder fazer aquilo que no prejudica o outro; este visto como o limite minha liberdade, mas igualmente como a sua garantia (princpio da reciprocidade). A igualdade poltica traduz-se no direito de voto, de participao cvica, de igualdade de acesso ao desempenho de cargos polticos, reconhecida nos textos constitucionais e nas leis democrticos. A igualdade econmica e social ainda um objetivo por realizar.
dignidade humanos, que, todavia, j se encontram no pensamento cristo. Foi a partir destes ideais polticos libertrios que se desencadeou a Revoluo Francesa, cuja divisa Liberdade, Igualdade e Fraternidade se tornou um ideal a realizar.
A Posio Original uma situao imaginria em que os parceiros so sujeitos racionais/morais livres e iguais, colocados sob o efeito de um vu de ignorncia.
Vu de ignorncia a situao em que todos os parceiros imaginrios se encontram por no conhecerem nem as caractersticas pessoais, nem o estatuto social, nem os interesses e objetivos particulares, seus ou dos outros.
Ato poltico
Ato Pblico
Ato no Violento
o uso da em violncia
Dirige-se
-A dimenso esttica
Experincia esttica - um estado afetivo de agrado e de prazer suscitado pela apropriao subjetiva de um objeto, seja a contemplao da natureza, seja a criao ou a contemplao de uma obra de arte. Objeto esttico - O termo usa-se em dois sentidos: Em sentido objetivo designa as obras de arte ou elementos da natureza capazes de provocarem uma experincia esttica Em sentido subjetivo (no contexto da linguagem esttica), designa as representaes mentais dessas obras de arte ou desses objetos naturais
-Tipos de Atitudes
Quando nos colocamos perante os objetos podemos assumir: Uma atitude tcnica, quando os olhamos como algo til Uma atitude terica, quando procuramos compreender Uma atitude religiosa quando os olhamos como sinais ou smbolos de uma outra realidade Uma atitude esttica, quando os olhamos para sentir simplesmente o prazer do ato de observar sem qualquer outra finalidade
Atitude esttica a atitude desinteressada, fixada apenas no sentimento de prazer proporcionado pela perceo do objeto.
Pela contemplao da natureza, da sua beleza, do seu poder, grandiosidade e magnificncia Pela contemplao de objetos estticos, especialmente pela contemplao da arte A Piet um objeto esttico porque a sua contemplao provoca uma emoo esttica: um sentimento de prazer que pode fazer-nos esquecer o dramatismo da situao retratada na obra. Sensibilidade esttica a capacidade de perceber e apreciar as formas, em termos de um sentimento de agrado ou desagrado. Embora seja uma capacidade natural, a sensibilidade esttica precisa de ser educada e desenvolvida atravs do contacto frequente com obras de arte e de aquisio de conhecimentos sobre o autor e a obra.
Juzo esttico a expresso da apreciao dos objetos em termos beleza Subjetivismo esttico - Os juzos estticos so subjetivos. A beleza depende dos sentimentos de prazer provocados pela contemplao desinteressada do objeto esttico Objetivismo esttico- Os juzos estticos so objetivos. A beleza depende das propriedades dos objetos independentemente do que sente o observador Belo o sentimento de comprazimento suscitado pela contemplao da forma do objeto. Sublime significa elevado, superior, grandioso, e a experincia do sublime refere-se a um sentir-se superado por algo que nos ultrapassa ilimitadamente (Kant) Sublime aquilo em comparao com o qual tudo o mais pequeno. O sublime pode ser aquilo que grande para alm de toda a comparao, ou seja, o infinitamente grande (sublime matemtico) ou aquilo que excede infinitamente as nossas prprias foras (sublime dinmico)
Esttica a rea de investigao que analisa a experincia esttica em geral, discutindo problemas relativos beleza (teoria do belo), ao gosto (teoria do gosto) e natureza da arte (filosofia da arte).
-Teorias sobre a natureza da arte 1. A arte como imitao (mimesis) - uma obra arte quando produzida pelo
Homem como imitao da Natureza e da ao. Para Aristteles, todas as formas e obras de arte so imitaes, mas cada uma distingue-se de todas as outras por usar Meios diferentes: cores e figuras (pintura), ritmo (dana), harmonia (msica), palavras (literatura) Modos diferentes de usar os meios: os meios referidos podem ser usados de modo vrio: por exemplo, o ritmo na msica, na poesia ou na dana Imitar coisas diferentes: no teatro, enquanto a tragdia imita as aes dos heris, a comdia imita as aes dos Homens comuns.
Partiu de um pressuposto acerca da natureza da arte: uma obra de arte um objeto que provoca emoes estticas no seu pblico. Para tal, a obra tem de ter alguma caracterstica especial. Clive Bell chama-lhe forma significante. A forma significante uma caracterstica da estrutura da obra que decorre da relao estabelecida entre as partes que a constituem.
que a arte pode ajudar-nos a compreender melhor quem somos e como devemos relacionar-nos com os outros.
Cognitivismo esttico
como olhamos o mundo
Arte e Cincia
(como faz a Cincia), fornecem imagens que podem ajudar-nos a esclarecer a nossa experincia. Por isso, Arte e Cincia so modos diferentes e complementares de aumentar o nosso conhecimento (ainda que o conhecimento proporcionado pelas obras de arte no seja terico e descritivo, como o das teorias cientficas).
confere arte vitalidade e atualidade, permitindo-nos admirar obras antigas, apesar das diferenas entre as concees estticas e cnones de beleza.
-O problema da autenticidade da obra de arte A teoria clssica da arte como imitao valoriza a capacidade de reproduo do modelo, no a originalidade da obra de arte A originalidade s se tornou valor esttico a partir do Renascimento: nessa poca, a utilizao da perspetiva rompeu com a conceo clssica (mimesis), e criou novas formas de representar. Contudo, at ao sculo XVIII no era valorizado o trabalho de um criador, mas da sua escola, pelo que muitas pinturas dos sculos XV, XVI e XVII so identificadas como pertence escola deS a partir do Romantismo se comea a valorizar a relao entre o artista e a obra, e a distinguir obra original, cpia e falsificao.
-Obras originais
So mais valorizadas 1. Razes econmicas, sociais e psicolgicas O valor nos mercados: o quadro original tem preo mais elevado O gosto dos colecionadores, que preferem possuir objetos nicos uma certa atitude de venerao do original ( uma espcie de relquia). 2. Razes estticas A perceo do objeto pode ser modificada pelo conhecimento do contexto e da inteno do artista O significado da obra original do artista: o pintor annimo que faz uma rplica perfeita de um quadro, ou que copia um estilo, no tem o mesmo mrito, porque no criador do quadro nem do estilo As rplicas mostram a habilidade tcnica do imitador, mas so indcios do gnio do criador
-Arte e mercado
Nas sociedades industrializadas, a arte tornou-se uma mercadoria e, como tal, objeto de especulao econmica e um indicador de estatuto social A aquisio de obras de arte pode ter duas motivaes: Lucro: transacionar obras uma forma rentvel de investimento Promoo social: a posse de obras de arte um indicador de estatuto social Dado que o comrcio de arte obedece s leis do mercado, os galeristas e as multinacionais de arte, servem-se da publicidade para divulgar a arte e condicionar os padres de gosto, inflacionando preos.
-Arte e consumo
Os progressos da tcnica (facilidade e a qualidade das reprodues) tornaram as obras de arte acessveis. Esta acessibilidade tem vantagens e desvantagens - O consumo massificado da arte leva ao esquecimento da essncia da arte, conduzindo sua banalizao. A omnipresena e o consumo da arte no substituem as condies interiores propcias experincia emocional: entrega, interesse e tempo para ver, dialogar e sentir a obra. S assim haver fruio da experincia esttica.
-O que importante?
Ser que o valor econmico pode ser critrio para aferir a qualidade esttica de uma obra de arte? No deveria ser o inverso? O que est na moda ( alvo do interesse dos colecionadores e do mercado de arte) adquire o estatuto de melhor arte e, por isso, tem mais valor econmico.