Aula 35 - Logica PDF

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ANTECEDENTES DA LÓGICA

• CONCEITO DE LÓGICA

1. O que é Lógica? Sabemos que ela está ligada ao


raciocínio, mas precisamos de uma definição
adequada. Para isso, consideremos o seguinte
exemplo de raciocínio:

Os insetos têm seis patas


As abelhas são insetos
Logo, as abelhas têm seis patas
VERDADE E VALIDADE, SILOGISMO,
ARGUMENTO E PROPOSIÇÃO

• CONCEITO DE LÓGICA

1. O que é Lógica? Sabemos que ela está ligada ao


raciocínio, mas precisamos de uma definição
adequada. Para isso, consideremos o seguinte
exemplo de raciocínio:

Os insetos têm seis patas


As abelhas são insetos
Logo, as abelhas têm seis patas
2. O raciocínio é composto de duas partes principais:

a) antecedente (composto pelas premissas ou proposições do


argumento);
b) conclusão.
Ex:

Os insetos têm seis patas (primeira premissa ou proposição) antecedente

As abelhas são insetos (segunda premissa ou proposição) antecedente

Logo, as abelhas têm seis patas (conclusão)


• 3. Há também uma relação entre o antecedente e a

conclusão, que se chama INFERÊNCIA.

• A inferência é a relação que permite passar do

antecedente para a conclusão do argumento.

• Raciocinar, ou fazer inferências, significa manipular

a informação disponível e extrair consequências

disso, obtendo novas informações.


• 4. Em lógica, dois conceitos são fundamentais:
VALIDADE e VERDADE

Os insetos têm seis patas Premissa (ou proposição) verdadeira

As abelhas são insetos Premissa (ou proposição) verdadeira

Inferência válida

Logo, as abelhas têm seis patas Conclusão verdadeira

Validade diz respeito ao aspecto formal da inferência.


Verdade se refere ao conteúdo.
5. Vejamos o exemplo do diagrama para o seguinte
raciocínio:

Os insetos possuem seis patas

As abelhas são insetos

Logo, as abelhas possuem seis patas

Seres com seis patas (A)

Insetos
(B) Abelhas
(C)
Se a classe dos insetos está contida na classe daqueles que têm seis
patas e se a classe das abelhas está contida na classe dos insetos, então a
classe das abelhas está contida na classe daqueles que têm seis patas.
Este raciocínio pode ser expresso através da seguinte estrutura
abstrata:

Todo B é A.
A
(seres B
(Insetos)
c/ 6 C
Todo C é B. patas) (Abelhas)

Logo, todo C é A

Se a classe B está contida na classe A

e se a classe C está contida na classe B,

então a classe C está contida na classe A.


• 6. Vejamos, então, um outro exemplo de raciocínio:

Todo inseto é humano


Toda abelha é inseto
Toda abelha é humana

Todo inseto é humano Premissa (ou proposição) falsa

Toda abelha é inseto Premissa (ou proposição) verdadeira

Inferência válida

Toda abelha é humana Conclusão falsa


7. Ele pode ser representado através do seguinte diagrama:

Todo inseto é humano

Toda abelha é inseto

Logo, toda abelha é humana

Humanos

Insetos

Abelhas
Se a classe dos insetos está contida na classe dos humanos e se a
classe das abelhas está contida na classe dos insetos, então a classe das
abelhas está contida na classe dos humanos.

8. Este raciocínio também pode ser expresso através da mesma


estrutura abstrata que o anterior:

Todo B é A. A

B
C
Todo C é B.

Logo, todo C é A
Se a classe B está contida na classe A

e se a classe C está contida na classe B,

então a classe C está contida na classe A.


9. Comparemos agora os dois raciocínios:
PRIMEIRO SEGUNDO Formalmente, a estrutura
Os insetos têm seis patas Todo inseto é humano
de ambos é:

As abelhas são insetos Toda abelha é inseto


•Todo B é A

As abelhas têm seis patas Toda abelha é humana •Todo C é B

•Logo, todo C é A

Dessa comparação concluímos que:

• A estrutura dos dois raciocínios é a mesma;

• A inferência é válida nos dois casos, embora a conclusão seja verdadeira no 1º raciocínio e falsa,

no 2º raciocínio

Isto significa que, quando a estrutura é a mesma, a inferência expressa pelo raciocínio

pode ser válida ainda que o raciocínio chegue a uma conclusão falsa.
10. Conclusões importantes:

• A validade não depende da verdade da conclusão

do raciocínio;

• O raciocínio como um todo não é verdadeiro ou

falso;

• A inferência que o raciocínio expressa é válida ou

não-válida;

• A conclusão do raciocínio é verdadeira ou falsa.


Podemos agora elaborar uma definição de Lógica:

É a disciplina que estuda os princípios da

inferência válida, sem considerar a verdade ou

falsidade das sentenças envolvidas pelos

raciocínios.
TIPOS DE RACIOCÍNIOS:
A) RACIOCÍNIO INDUTIVO: É o raciocínio que nos conduz
do particular para o todo.

1. A metafísica de Aristóteles é um livro excelente. (premissa particular 1)

2. A “retórica” de Aristóteles é um livro excelente; (premissa particular 2)

3. Logo, todos os livros de Aristóteles são excelentes. (conclusão: premissa universal)

Do menor para o maior.


Do particular para o universal.
Do próximo para o distante.
B) RACIOCÍNIO DEDUTIVO: O método dedutivo, parte
de uma sentença mais geral para chegar a uma sentença
particular ou menos geral.

1. Todos os livros de lógica são chatos. (Premissa universal 1)

2. Este livro é um livro de lógica. (Premissa particular 1)

3. Este livro é chato. (Conclusão: Premissa particular)

Do maior para o menor.


Do geral para o menos geral.
Do particular para o universal.
Do distante para o próximo.
ARGUMENTAÇÃO DEDUTIVA
• É a operação que consiste em inferir uma consequência a partir de

ponderações anteriores, que se chamam antecedentes.

• Diferentemente da indução, ela não fica na probabilidade, porque parte

de princípios gerais evidentes por si.

• A lógica visa as regras que possibilitam tirar inferências legítimas.

• O ponto de partida da análise lógica está nos seguintes

princípios:
Princípios do Raciocínio
IDENTIDADE: o que é, é. O princípio afirma a identidade de

uma coisa consigo mesma, ou seja, afirma a unidade que é

propriedade pela qual uma coisa perdura ou persiste, apesar

das alterações acidentais. Então: X=X

Ex: Andréia = Andréia desde o nascimento.

Ignorando-se as contingências, resta apenas a essência de

Andréia, ou seja, aquilo que é essencial, aquilo que torna

Andréia, Andréia.
TRÍPLICE IDENTIDADE: duas coisas idênticas a uma terceira

são idênticas entre si, na medida e no aspecto, em que são

idênticas a mesma terceira. Então:


Se X é Y e Y é Z, logo, X é Z. (X=Z)

Todo macaco (X) é azul (Y). X=Y


Y=Z
O azul (Y) é uma cor (Z).
Logo X=Z
Logo, o macaco(X) é uma cor (Z).

X=Y
Toda maçã X é uma fruta Y.
Z=Y
Toda banana Z é uma fruta Y.
Logo X=Z
Logo, toda maçã X é uma banana Z.
PRINCÍPIO DA NÃO-CONTRADIÇÃO: uma coisa não pode

ser e não ser ao mesmo tempo e sob o mesmo aspecto.

Então: Não é possível que X e não-X ao mesmo tempo.

Ex: Segundo a lei de Murphy, o pão com manteiga sempre cairá com a face

voltada para baixo.

Segundo estudos comprovam (desde que jogado de uma altura mínima), um

gato sempre cairá de pé.

Contudo, o que acontecerá se amarrarmos o pão com manteiga nas

costas do gato e o jogarmos do segundo andar de um prédio?


RESPOSTA:

O gato girará infinitamente e nunca cairá no chão.

Esse raciocínio, embora pareça absurdo, é

logicamente perfeito e está de acordo com o

princípio da não-contradição.
PRINCÍPIO DO 3º EXCLUÍDO: ou uma conclusão é

verdadeira ou é falsa, não há terceira possibilidade na lógica

binária (de certa forma, o princípio do terceiro excluído é uma

versão lógica simplificada do princípio da não-contradição).

Então: X=V ou X=F

Ex: Ou Alice está grávida ou Alice não está grávida. Não há

uma terceira possibilidade.

OBS: RESOLVER EXERCÍCIOS 2_PRINCÍPIOS DE RACIOCÍNIO


Quantidade e Qualidade das
Proposições
• PROPOSIÇÃO UNIVERSAL AFIRMATIVA ( A ) :
Todo livro é instrutivo.

• PROPOSIÇÃO UNIVERSAL NEGATIVA ( E ) :


Todo livro não é instrutivo
ou Nenhum livro é instrutivo

• PROPOSIÇÃO PARTICULAR AFIRMATIVA ( I ) :


Algum livro é instrutivo.

• PROPOSIÇÃO PARTICULAR NEGATIVA ( O ) :


Algum livro não é instrutivo.
• De posse de tais elementos, pode-se entender

melhor o que se chama oposição lógica das

proposições, regida pelo princípio de não-

contradição.

• Duas proposições se opõem entre si quando tem

o mesmo sujeito e o mesmo predicado, mas

diferem entre si em quantidade e/ou qualidade.


Chamam-se:

* Contrárias as proposições universais, que se opõem

entre si pela qualidade, uma afirma e a outra nega um

mesmo predicado de um mesmo sujeito, universalmente;

* Subcontrárias (as contrárias de baixo) são duas

proposições particulares que se opõem entre si pela

qualidade, uma afirma e a outra nega um mesmo

predicado de um mesmo sujeito, particularmente;


* Contraditórias são duas proposições que

possuem o mesmo sujeito e o mesmo predicado,

mas que diferem entre si tanto em quantidade,

como em qualidade. Trata-se da oposição mais

forte, porque não há nada em que elas possam

convir, ou seja, sua oposição é absoluta, uma

simplesmente destrói a outra.


• O processo de oposição das proposições permite, de

uma maneira totalmente formal, identificar e excluir as

composições distintas. Isto significa que é possível, de um

modo totalmente formal, inferir da verdade ou falsidade

de uma proposição a falsidade ou verdade de outra que

tenha o mesmo sujeito e predicado.

• Para tanto, existem as assim chamadas leis das

oposições:
A) Contrariedade: duas proposições contrárias não

podem ser verdadeiras ao mesmo tempo, mas

também podem ser falsas ao mesmo tempo.

Exemplo: Todo homem é mortal – Nenhum homem é

mortal. Ambas são universais, sendo que uma é

verdadeira e a outra falsa.

Todo homem é loiro – Nenhum homem é loiro.

Ambas são universais, porém falsas.


B) Sub-contrariedade: duas proposições subcontrárias

não podem ser falsas ao mesmo tempo, mas podem ser

verdadeiras ao mesmo tempo.

Exemplo: Algum homem é mortal – Algum homem não é

mortal. Ambas são particulares, sendo que uma é

verdadeira e a outra falsa.

Algum animal é quadrúpede – Algum animal não

é quadrúpede. Ambas são particulares e verdadeiras.


C) Contraditoriedade: duas proposições

contraditórias não podem ser verdadeiras e nem falsas

ao mesmo tempo. Se uma é verdadeira,

necessariamente a outra é falsa e vice-versa.

Exemplo: Todo livro é instrutivo – Algum livro não é

instrutivo. Uma é universal, outra é particular; uma é

afirmativa , outra é negativa; a universal afirmativa é

falsa, enquanto a particular negativa é verdadeira.


Como se constrói o quadro das
oposições?
OBS: RESOLVER EXERCÍCIOS 3_QUADRADO DE OPOSIÇÕES
Exercícios:
• 1. De acordo com a tábua de oposições do quadrado lógico,
apresente:

1. a contrária de “nenhum número é par”: ____________________________

2. a contraditória de “alguns números são pares”:______________________

3. a contraditória de “todo número é par”:_____________________________

4. a subcontrária de “algum número não é par”:________________________

5. a contraditória de “os matemáticos não são atrapalhados” :____________

6. a subcontrária de “ alguns corpos graves não tendem para cima”:_______


• 1. De acordo com a tábua de oposições do quadrado lógico,
apresente:

1. a contrária de “nenhum número é par”: Todo número é par.

2. a contraditória de “alguns números são pares”: Todo número não é par.

3. a contraditória de “todo número é par”: Algum número não é par.

4. a subcontrária de “algum número não é par”: Algum número é par.

5. a contraditória de “os matemáticos não são atrapalhados” : Alguns

matemáticos são atrapalhados.

6. a subcontrária de “ alguns corpos graves não tendem para cima”: Alguns

corpos graves tendem para cima.


• 2. Se “é verdade que alguns pássaros não cantam” então
obtemos por inferência imediata que:

a) “é verdade que tudo aquilo que canta é pássaro”


b) “é falso que todos os pássaros cantam”;
c) “é verdade que nenhum pássaro canta”;
d) “é verdade que alguns pássaros cantam”.

.
• 2. Se “é verdade que alguns pássaros não cantam” então
obtemos por inferência imediata que: Inferência imediata quer dizer
que, se uma proposição é

a) “é verdade que tudo aquilo que canta é pássaro” verdadeira, imediatamente


temos que inferir sua oposta, ou
b) “é falso que todos os pássaros cantam”;
seja, a falsa.
c) “é verdade que nenhum pássaro canta”;
A relação que permite
d) “é verdade que alguns pássaros cantam”.
inferências imediatas é sempre
a de contraditoriedade.
Logo, se a proposição do tipo
Alguns pássaros não cantam
“O” é definida como verdadeira,
=
a proposição do tipo “A” deverá
Alguns ... não são...
ser falsa.
Proposição do tipo “O”, definida
Então “todos os pássaros
como verdadeira (V) pelo
cantam” deverá ser falso. Logo,
exercício.
resposta letra “B”.
5. Dizer que a afirmação “todos os economistas são
médicos” é falsa, do ponto de vista lógico equivale a
dizer que a seguinte afirmação é verdadeira:

a) pelo menos um economista não é médico;


b) algum economista é médico;
c) nenhum médico é economista;
d) pelo menos um médico não é economista;
e) todos os não-médicos são não-economistas
5. Dizer que a afirmação “todos os economistas são médicos” é falsa, do ponto
de vista lógico equivale a dizer que a seguinte afirmação é verdadeira:
a) pelo menos um economista não é médico; (ou Algum economista não é médico)
b) algum economista é médico;
c) nenhum médico é economista;
d) pelo menos um médico não é economista;
e) todos os não-médicos são não-economistas.

Logicamente falando, a frase é do tipo “A” (todo... é...).

O exercício está afirmando que só há duas possibilidades, uma falsa, que é o caso

da frase apresentada, e uma verdadeira, que é a que você tem que descobrir.

Pelo quadrado lógico das oposições, a única opção em que só há VF/FV é uma

contraditória, logo, a resposta correta é a letra “A”.

Resolver exercícios 3_Quadrado de Oposições.


Lógica Proposicional
• A lógica proposicional tem como objetivo modelar o raciocínio humano

partindo de frases declarativas (proposições).

• O cálculo proposicional só é possível de ser elaborado partindo de

proposições declarativas, pois são as únicas a que se pode atribuir

verdade e falsidade (ex: “todo metal submetido à alta temperatura dilata”,

etc.).

• Proposições exclamativas (ex: “que lindo dia!”), imperativas (ex: “você

deve respeitar seu semelhante”), interrogativas (ex: “todo metal submetido à

alta temperatura dilata?”) não são passíveis de atribuição valorativa

(verdade e falsidade).
• A lógica proposicional (ou cálculo sentencial) é um

sistema formal no qual símbolos (p, q, r, etc.)

representam proposições simples (ou atômicas) que

são combinadas entre si usando conectivos lógicos (~,

v, ^, etc.).

• As proposições simples são aquelas compostas de

sujeito e predicado e que não podem ser divididas em

outras proposições com sentido completo.


• Em linguagem natural, um exemplo de proposição

simples pode ser: "Maria emagreceu", ou "X é um número".

• Se fizermos a decomposição da primeira, teremos o

sujeito “Maria” (que, sozinho, não tem sentido completo,

afinal, Maria o quê?) e o predicado “emagreceu” (que,

sozinho, também não tem sentido completo, afinal, quem

emagreceu?).

• Na segunda “X é um múmero” ocorre o mesmo.


• As proposições complexas, por sua vez, são aquelas que

podem ser decompostas em outras proposições, por

exemplo: "Maria é bonita e Maria é inteligente", é uma proposição

complexa construída juntando duas outras “Maria é bonita” e

“Maria é inteligente" com um conectivo lógico, o “e”, cujo símbolo

lógico é “^”.

• Assim, uma boa regra para saber se a proposição em questão

é simples ou complexa é verificar se ela apresenta algum

conectivo lógico. Falemos, então, sobre os conectivos.


Os principais conectivos lógicos:

• a negação (não) é simbolizada por “~”.

• Assim, se para a proposição simples “Todo o

conhecimento é verdadeiro” usarmos o símbolo

“p”, para simbolizarmos a proposição “Todo o

conhecimento não é verdadeiro” teremos “~p”

(lemos “não p” ou “não é o caso que p”).


• a conjunção (e) é simbolizada por “^”.

• Assim, se para a proposição simples “Maria é

bonita” usarmos o símbolo “p” e para a proposição

simples “Paulo joga bola” usarmos o símbolo “q”, se

quisermos simbolizar a proposição complexa “Maria

é bonita e Paulo joga bola” teremos “p ^ q” (lemos

“p e q”).
• a disjunção inclusiva (e/ou) é simbolizada por “v”.

• Assim, se para a proposição simples “Hoje chove”

usarmos o símbolo “p” e para a proposição simples

“Hoje faz calor” usarmos o símbolo “q”, se

quisermos simbolizar a proposição complexa “Hoje

chove e/ou hoje faz calor” teremos “p v q” (lemos “p

e/ou q”). (conta conjunta)


• A disjunção exclusiva (ou... ou...) é simbolizada

por “w”.

• Assim, se para a proposição simples “Agora chove”

usarmos o símbolo “p” e para a proposição “Agora

não chove” usarmos o símbolo “~ p”, se quisermos

simbolizar a proposição complexa “Ou agora chove,

ou agora não chove” teremos “p w ~ p” (lemos “ou p

ou não p”).
• o condicional (se... então...) é simbolizado por “→”.

• Assim, se a proposição simples “Sócrates é homem”

simbolizarmos por “p” e a proposição simples

“Sócrates é mortal” simbolizarmos por “q”, então, se

quisermos simbolizar a proposição complexa “se

Sócrates é homem então Sócrates é mortal” usaremos

a seguinte notação “p → q” (lemos “se p, então q”).


• a equivalência ou o bicondicional (se e somente se) é

simbolizada por “ ”.

• Assim, se a proposição “A metafísica é o estudo do ser”

for simbolizada por “p” e a proposição simples “O ser se

diz de vários modos” for simbolizada por “q”, e quisermos

simbolizar a proposição complexa “A metafísica é o estudo

do ser se e somente se o ser se diz de vários modos”,

teremos “p q”. (Lemos “p se e somente se q”).


Regras relativas aos conectivos:
* Negação (~). Lê-se “não é o caso de”.
A negação inverte o valor-verdade da proposição.
Se antes ela era verdadeira, com a negação passa a ser falsa
e vice-versa.

• Conjunção (^). Lê-se “e”.


A conjunção entre duas proposições é verdadeira
somente se ambas forem verdadeiras.

P ^ Q
v v
V
* Disjunção inclusiva (v). Lê-se “e/ou”.

A disjunção inclusiva só é falsa se ambas forem falsas.


P v Q
f f
F

Ex: Leandro e/ou Andréia podem assinar o cheque no caso de uma conta conjunta.
Se somente Andréia assinar o cheque será verdadeiro; se somente Leandro assinar
o cheque será verdadeiro; se nem Leandro nem Andréia assinarem o cheque será
falso.

* Disjunção exclusiva (w). Lê-se “ou... ou...”.


A disjunção exclusiva é falsa quando os dois valores-
verdade forem iguais.
P w Q P w Q
v v f f
F F
* Condicional (→). Lê-se “se..., então...”.
O condicional só será falso se o antecedente for
verdadeiro e o conseqüente falso.
P → ~Q
v f
F

* Bi-condicional (). Lê-se “se e somente se”.


O bi-condicional é verdadeiro se os valores-verdade
forem iguais.
PQ PQ
v v f f
V F
CONTRAPOSIÇÃO
Exercício de Contraposição
(extraído da prova da UFSM)
Quando pura = p

Quando* pura,

É boa condutora de eletricidade = q


é boa condutora de eletricidade.

p q

* Observar que não está dizendo “SOMENTE quando pura é boa condutora de eletricidade)
não boa condutora = ~q

I - Se a água não é boa condutora de eletricidade,

não pura = ~p

então ela não é pura. ~q ~p

Sempre que eu negar a saída (q), a entrada

(p) deverá ser necessariamente negada).


não pura = ~p
II- Se a água não é pura,
não boa condutora = ~q
então ela não é boa condutora de eletricidade.

~p ~q

Quando eu nego a entrada (p), não

necessariamente a saída (q) deverá ser negada.


boa condutora = q
III- Se a água é boa condutora de eletricidade,

então ela é pura. pura = p

q p

Mesmo que a saída (q)seja verdadeira, a entrada

(p) não necessariamente será verdadeira.


~Q → ~P
Se não é boa condutora, então não é pura.

VERDADEIRA. Logo, resposta correta


da questão, letra A.

P→Q
Se pura, então boa condutora

FALSA FALSA

Q→P ~P → ~Q
Se boa condutora, então pura
Se não pura, então não boa
condutora
Se choveu, então a rua está molhada.
(p q)
=
Se a rua não está molhada, então não choveu.
(~q ~p )

Ora, se o fato da rua estar molhada (q), está condicionado ao

fato de ter chovido (p), então, obviamente, se a rua não está

molhada (~q), é porque não choveu (~p).


Se choveu, então a rua está molhada.
(p q)

Se a rua está molhada, então choveu.
(q p)

Ora, o fato da rua estar molhada (q), não quer dizer que necessariamente

tenha chovido (p). Pode ter ocorrido de alguém estar lavando a calçada e

ter jogado um balde d’água na rua. Ou, ainda, pode ser que um cachorro

tenha feito xixi na rua e, consequentemente, tenha deixado ela molhada.


Se choveu, então a rua está molhada.
(p q)

Se a rua está molhada, então choveu.
(~p ~q)

É completamente falso dizer que, se não choveu, então a rua não está

molhada.

Por quê?

Ora, a rua pode estar molhada do xixi do cachorro...Ou do balde d’água...

OBS: RESOLVER EXERCÍCIOS 4_LÓGICA PROPOSICIONAL

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