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EVOLUÇÃO GEOTECTÔNICA NEOPROTEROZÓICA NA

REGIÃO DE HELIODORA SUL DE MINAS GERAIS

Hugo José de Oliveira Polo

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM


GEOLOGIA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

UFRJ
EVOLUÇÃO GEOTECTÔNICA NA REGIÃO DE HELIODORA SUL DE MINAS
GERAIS

HUGO JOSÉ DE OLIVEIRA POLO

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO SUBMETIDA AO PROGRAMA DE PÓS


GRADUÇÃO EM GEOLOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO.
AREA DE CONCENTRAÇÃO: SETOR I
ORIENTADOR: PROF. DR. RUDOLPH ALLARD JOHANNES TROUW

APROVADO POR:

__________________________________________
Prof. Dr. Rudolph A. J. Trouw – IGEO-UFRJ

__________________________________________
Prof. Dr. André Ribeiro – IGEO-UFRJ

__________________________________________
Dr. Rodrigo Peternel Machado Nunes – DRM-RJ

__________________________________________
Prof. Dr. José Carlos Sicoli Seoane – IGEO-UFRJ

Rio de Janeiro
Maio de 2009
POLO, Hugo José de Oliveira Polo
Evolução Geotectônica Neoproterozóica na Região de Heliodora
Sul de Minas Gerais
xviii, 130p. 29,7cm Instituto de Geociências – UFRJ. M. Sc.,
Programa de Pós Graduação em Geologia (2009)
Dissertação – Universidade Federal do Rio de Janeiro,
Realizada no Instituto de Geociências.

1. Zona de interferência 2. Megassequência Andrelândia


tectono-metamórfica 3. Nappe Socorro-Guaxupé

I- IGEO/UFRJ II- Titulo (série)


SUMÁRIO

Índice de figuras vi
Índice de fotografias e fotomicrografias x
Índice de tabelas xiv
Dedicatória xv
Agradecimentos xvi
Resumo xvii
Abstract xviii
1 Introdução 1
1.1 Objetivos 1
1.2 Metodologia 2
1.3 Localização e acessos 4
2 Síntese sobre o contexto da interferência entre as faixas 6
móveis Brasília e Ribeira
Faixa Brasília 8
Faixa Ribeira 10
2.1 Embasamento 11
2.2 Rochas supracrustais 12
2.2.1 Megassequência Andrelândia 12
Seqüência Carrancas 14
Sequência Serra do Turvo. 15
2.3 Nappe Socorro Guaxupé (NSG) 16
2.4 Magmatismo Neoproterózoico 17
2.4.1 Magmatismo relacionado a Faixa Brasília 17
Suíte mangerítica-granítica São José do Rio Pardo 17
Granitóides porfiríticos cálcio-alcalinos 18
Plútons Sieníticos 18
Granitos tardi-orogênicos 19
2.4.2 Magmatismo relacionado a Faixa Ribeira 19

iii
Estágio Sin-colisional (595-565 Ma) 19
Estágio Tardi-colisional (565 – 540 Ma) 20
Estágio Pós-colisional (540-520 Ma) 20
2.5 Metamorfismo 21
2.6 Geologia Estrutural 23
3 Unidades de mapeamento 25
3.1 Embasamento 26
3.1.1 Ortognaisse Heliodora 26
3.1.2 Corpo Metaultramáfico do Fundão 32
3.2 Megassequência Andrelândia 35
3.2.1 Unidade São Vicente – Biotita Gnaisse bandado 35
3.2.2 Unidade Arantina - Granada Biotita Muscovita xisto 40
3.2.3 Unidade Santo Antônio – Granada Biotita xisto 42
3.3 Nappe Socorro-Guaxupé 44
3.3.1 Unidade Piranguinhos 44
3.4 Intrusivas sin- a tardi- tectônicas 52
3.4.1 Granito / Granito Gnaisse 52
4 Unidades tectônicas 56
5 Geologia estrutural 59
5.1 Fase deformacional D1 59

5.2 Fase deformacional D2 60

5.3 Fase deformacional D3 64

5.3 Fase deformacional D4 68

6 Metamorfismo 72
6.1 Evento metamórfico M1 72
6.2 Evento metamórfico M2 80
6.3 Retrometamorfismo 80
7 Litogeoquímica 82
7.1 Metodologia 82

iv
7.2 Embasamento 90
7.2.1 Ortognaisse Heliodora – Norte 90
7.2.2 Ortognaisse Heliodora – Sul da área 97
7.2.3 Corpo Ultramáfico do Fundão 102
7.3 Rochas supracrustais 104
7.3.1 Rochas máficas – anfibolitos 104
7.3.2 Unidade Piranguinhos 107
7.4 Discussões e resultados dos dados geoquímicos 112
8 Conclusões 114
8.1 Evolução Geotectônica 117

Referências Bibliográficas 121


ANEXOS

ANEXO I – Mapa geológico da folha Heliodora 1:50.000


ANEXO II – Mapa de pontos da folha Heliodora 1:50.000
ANEXO III – Mapa de contornos estruturais da folha Heliodora
1:50.000
ANEXO IV – Tabela de dados de campo da folha Heliodora

v
ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1.1: Localização no estado de Minas Gerais e articulação da folha 4


Heliodora (em negrito) nas folhas topográficas do IBGE escala 1:50.000,
1975.

Figura 1.2: Mapa de localização da área mapeada (em verde) com rodovias 5
principais e toponímia, no estado de Minas Gerais.

Figura 2.1: Mapa tectônico simplificado da região sudeste do Brasil; 7


modificado de Trouw et al (2000) e Heilbron et al. (2004) .Cidades: TP -
Três Pontas; Lv - Lavras; It - Itumirim; Va - Varginha; TC - Três
Corações; Lu - Luminárias; Ig - Ingaí; SJ - São João Del Rei; Ti -
Tiradentes;Ba - Barbacena; And - Andrelândia; GB - Grupo Bambuí
(Neoproterozóico) MSA - Megassequência Andrelândia (Neoproterozóico
- autóctone) STL - Sequências Tiradentes e Lenheiro
(Mesoproterozóico); SgM - Supergrupo Minas

Figura 2.2: Coluna estratigráfica da Megassequência Andrelândia. Extraído de 13


Paciullo (1997)

Figura 2.3: Mapa geológico da zona de interferência entre as faixas móveis 14


Brasília e Ribeira, no sul de Minas Gerais. Unidades do embasamento: I)
Greenstone Belts, II) Complexo Mantiqueira, MS) Supergrupo Minas; Intrusões
Paleoproterozóicas: GR) granitóides, MG) gabróicas. Sequências
Deposicionais Proterozóicas: SDT) Tiradentes, SDL) Lenheiro, SDC) Carandaí,
SDA) Andrelândia, Unidades da SDA: A1 e A2)biotita gnaisses bandados, com
intercalações de quartzitos, anfibolitos e xistos máficos/ultramáficos, A3)
quartzitos com intercalações de muscovita-xistos, A4)filitos/xistos cinzentos
com intercalações subordinadas quartzíticas, A5) biotita-xistos, A6) biotita-
xistos / gnaisses grossos, com intercalações de anfibolitos, quartzitos,
metacherts e rochas calcissilicáticas. Áreas pretas) principais corpos
ultramáficos; GA) granitos anatéticos, NG) Nappe de Guaxupé, JTFS) Sistema
de empurrões de Juiz de Fora. Cidades: SJR- São João Del Rei, Ti- Tiradentes,
Ba- Barbacena, Lv- Lavras, Car- Carrancas, Lu- Luminárias, CC-Carmo da
Cachoeira, TC- três Corações, C- Caxambu, AND- Andrelândia, BJM- Bom
Jardim de Minas. Extraído de Trouw et al. (2000). Área de estudo marcada pelo
polígono vermelho imediatamente a oeste do mapa.

Figura 2.4: Mapa Geológico da Nappe Socorro-Guaxupé e do Domínio São 21


Roque (extraído de Heilbron et al, 2004, oriundo de Campos Neto & Caby
2000). 1 – bacias tardi-orogênicas; 2 – bacias pull appart; 3 – suítes
charnockíticas e granitóides cálcio-alcalinos; 4 – plútons sieníticos; 5 –
intrusões sin-colisionais; 6 – Unidade Migmatítica Superior; 7 – Unidade
Diatexítica Intermediária; 8 – Unidade Granulítica Inferior; 9 – Megasseqüência
Andrelândia; 10 – megasseqüências São João Del Rei e Carandaí; 11, 12, 13 –
embasamento arqueano / paleoproterozóico; 14 a 22 – Domínio São Roque; o
retângulo azul mostra a localização da área de mapeamento.

Figura 2.5: Mapa metamórfico simplificado da zona de interferência entre as 22


faixas Brasília e Ribeira modificado de Trouw et al, 2000. Área de estudo
marcada pelo polígono vermelho.

Figura 2.6: Mapa tectônico da região sul de Minas Gerais, modificado de 24


(Trouw et al., 2000). No quadro menor acima separação dos domínios
tectônicos, I – autóctone; II e III – alóctone, (extraído de Ribeiro et al., 1990).
Área de estudo marcada pelo polígono vermelho.
Figura 3.1: Diagrama de classificação de rochas ígneas plutônicas 27
(Streckeisen, 1974) com a composição das rochas da unidade APPγogh,
variando entre monzogranito e granodiorito. Plotadas com base em

vi
composição CIPW das amostras analisadas quimicamente.

Figura 3.2: Diagrama de classificação de rochas ultramáficas, mostrando 33


composição Olivina Websterito das rochas metaultramáficas do Fundão a partir
de contagem modal em lâmina petrográfica

Figura 3.3: Diagrama de classificação de rochas ígneas plutônicas 46


(Streckeisen, 1974) com a composição das rochas da unidade NP2γvgp,
variando entre monzogranito e granodiorito. Plotadas com base em
composição CIPW das amostras analisadas quimicamente.

Figura 3.4: Diagrama de classificação de rochas ígneas plutônicas 53


(Streckeisen, 1974) com a composição das rochas da unidade NP3γ3gg, com
composição monzogranítica. Plotada com base em composição CIPW da
amostra analisada quimicamente.

Figura 4.1: Mapa tectônico da área de Heliodora, mostrando o empilhamento 57


das nappes, as lineações e as zonas de cisalhamento referentes aos
transportes tectônicos relacionados as orogêneses Brasília (L2) e Ribeira
(L3/L4). ZCJ - Zona de Cisalhamento Jesuânia, ZCCP –Zona de Cisalhamento
Conceição das Pedras, ZCSR – Zona de Cisalhamento Santa Rita do Sapucaí.

Figura 4.2: Seção tectônica AB da área de Heliodora, mostrando o 58


empilhamento das nappes, e as zonas de cisalhamento. ZCJ - Zona de
Cisalhamento Jesuânia, ZCCP –Zona de Cisalhamento Conceição das Pedras.
Acima a relação das lineações (estereogramas) e indicadores cinemáticos
mostrando respectivamente a direção e o sentido de transporte tectônico das
nappes e Zonas de Cisalhamento, da esquerda para a direita: Nappe Guaxupé,
ZC Conceição das Pedras, Nappe Lambari, ZC Jesuânia.

Figura 5.1: Estereograma das linhas de maior caimento dos planos S2 na área 61
de estudo. As medidas constituem uma guirlanda devido ao redobramento da
fase posterior, D3, com eixo ENE-WSW e plano axial íngreme. N=283

Figura 5.2: Estereograma das lineações L2, com maior concentração das 62
medidas em duas modas a SW e NE com máximas de atitudes de 237/02 e
58/03. A lineação L2 é interpretada como indicativo da direção do transporte
tectônico das nappes no sentido NE-SW. N=52

Figura 5.3: Estereograma das lineações minerais e de estiramento 66


relacionadas a terceira fase de deformação; essas lineações são em sua
maioria relacionadas a ZCCP, e representam a movimentação up dip e/ou
oblíqua desta zona de cisalhamento. N= 7

Figura 5.4: Recorte do extremo nordeste da área mapeada, a esquerda folha 69


Heliodora, a direta folha Cristina (Trouw et al, 2006). A linha mais espessa no
centro da figura representa a Zona de Cisalhamento Jesuânia (ZCJ). A camada
de quartzito que ocorre a sul da ZC na folha Heliodora, ocorre a norte da ZC na
folha Cristina, mostrando um deslocamento horizontal aparente de cerca de 10-
12 km. Legenda das unidades idêntica a do mapa geológico (Anexo 1).

Figura 5.5 Estereograma das linhas de maior caimento das foliações 70


associadas a ZCJ (subvertical com ora para NNW ora para SSE). N=15 A
direita estereograma das lineações na região da ZCJ, mostrando direção de
movimento ENE-WSW. N=5

Figura 6.1: Gráfico pressão x temperatura com os campos de estabilidade das 77


associações metamórficas registradas em rochas metassedimentares da
Megassequência Andrelândia. Em vermelho o campo de estabilidade dos
minerais gerados durante M1, e em amarelo o campo de estabilidade durante
M2. Fácies metamórficas: XA - xisto azul, Ec - eclogito, Gr - granulito, An -

vii
anfibolito, XV - xisto verde, Co - metamorfismo de contato. Modificado de
Yardley (1994)

Figura 6.2: Gráfico pressão x temperatura com os campos de estabilidade das 79


associações metamórficas registradas em rochas metassedimentares da
Nappe Guaxupé. Em vermelho o campo de estabilidade dos minerais gerados
durante o evento metamórfico M1. Em amarelo o campo de estabilização final
em M2 da maioria das rochas na Nappe salvo alguns afloramentos que
apresentam relictos de M1. Fácies metamórficas: XA - xisto azul, Ec - eclogito,
Gr - granulito, An - anfibolito, XV - xisto verde, Co - metamorfismo de contato.
Modificado de Yardley (1994).

Figura 6.3: Mapa metamórfico da área de Heliodora 81

Figura 7.1: Mapa geológico da região de Heliodora com a localização das 85


amostras analisadas geoquimicamente. Legenda do mapa geológico idêntico
ao apresentado no anexo I.

Figura 7.2: Diagrama QAP de Streckeisen (1974), as amostras plotam nos 92


campos de monzogranitos e granodioritos.

Figura 7.3: Diagrama AFM (Irvine & Baragar, 1971), as rochas plotam no 92
campo da série cálcio alcalina. Legenda circulo cheio para amostras da área de
estudo, circulo vazado para amostras da área de Itajubá (Trouw et al, 2006),
adjacente a leste e cruz para área de Varginha adjacente a NE.

Figura 7.4: A direita, diagrama A/CNKxA/NK de Shand (1943), as amostras 93


plotam nos campos das metaluminosa e peraluminosa, porem em maior parte
no campo das rochas peraluminosas. A esquerda, diagrama TAS de Cox et al.
(1979), amostras plotam no campo das rochas subalcalinas ácidas – granitos,
as amostras das áreas adjacentes plotam também no campo dos granodioritos
e dioritos.

Figura 7.5: Triangulo de Feldspatos de O’Conner (1965). Amostras da área 93


plotam no campo dos granitos e trondhjemitos, enquanto as demais também
plotam em granodioritos e quartzo monzonitos.

Figura 7.6: Diagramas de Harker (1909), SiO2 x Óxidos de elementos menores 95


e elementos traços, mostrando alguma dispersão dos dados, os dados da área
mapeada em conjunto com os das áreas adjacentes indicam cristalização
fracionada como processo magmático principal.

Figura 7.7: Diagrama de ambiência tectônica R1-R2 de Batchelor e Bowden 96


(1985), indicando que as rochas graníticas possuem afinidade com granitóides
sin-colisionais.

Figura 7.8: Diagramas discriminantes de ambiência tectônica de Meschede 96


(1986) e Pearce e Cann (1973). As amostras plotam nos campos de
granitóides de arco magmático (VAG) granitos intraplaca (WPG).

Figura 7.9: A esquerda diagrama QAP (Streckeisen, 1974), as rochas plotam 98


no campo de monzogranitos. A direita, Triangulo de Feldspatos de O’Conner
(1965) as amostras plotam no campo dos quartzo monzonitos.

Figura 7.10: A esquerda, diagrama TAS de Cox et al., (1979), as amostras 98


analisas plotam no campo das rochas graníticas, Subalcalinas da série
Toleítica. A direita, diagrama AFM (Irvine & Baragar, 1971), as rochas plotam
no campo da série Toleítica.

Figura 7.11 Diagrama A/CNK x A/NK (Shand, 1943). Mostrando o caráter 99


metaluminoso das amostras analisadas.

viii
Figura 7.12: Diagramas de Harker (1909), SiO2 x Óxidos e elementos menores 100
e traços, mostrando uma dispersão dos dados, as correlações negativas para
MgO e CaO e K2O sugerem que ocorreu contaminação ou mistura de magmas.

Figura 7.13: Diagrama de ambiência tectônica R1-R2 de Batchelor e Bowden 101


(1985), indicando que as rochas graníticas possuem afinidade com granitóides
sin-colisionais.

Figura 7.14: Diagramas discriminantes de ambiência tectônica de Meschede 101


(1986) e Pearce e Cann (1973). As amostras plotam nos campos de
granitóides de arco magmático (VAG). A amostra da área adjacente plota no
campo dos granitos intraplaca.

Figura 7.15: Diagrama QAP (Streckeisen, 1974). Rochas plotam no campo de 102
quartzo gabros ou quartzo dioritos.

Figura 7.16: Diagrama QAP (Streckeisen, 1974). Rochas plotam no campo de 103
quartzo gabros ou quartzo dioritos

Figura 7.17: A esquerda, diagrama de ambiência tectônica para rochas 103


máficas de Pearce et al (1977). Indica que a amostra representa uma rocha de
dorsal oceânica ou fundo oceânico. A direita diagrama de ambiência tectônica
de rochas máficas e ultramáficas de Meschede (1986). Indicando que a
amostra pertence ao grupo B – rochas de fundo oceânico com proveniência de
pluma mantélica.

Figura 7.18: Diagrama de ambiência tectônica para rochas máficas e 104


ultramáficas de Shervais 1982. O campo Ti/V=100 indica rochas máfias e
ultramáficas de ilha oceânica

Figura 7.19: Gráficos de classificação TAS (Cox et al, 1979) e AFM (Irvine & 105
Baragar, 1971). As amostras plotam nos campos de basaltos toleíticos, uma
delas apresenta baixíssimo teor de álcalis. Nas áreas adjacentes as amostras
são basaltos da série toleítica a exceção de uma que plota no campo de
basaltos alcalinos.

Figura 7.20: Gráfico de classificação de rochas basálticas de IUGS 1973, 106


derivado do tetraedro de rocha basálticas (Yoder & Tilley, 1962). Das amostras
na área, uma plota no campo dos toleitos e outra na campo dos olivina toleitos.
Os dados das áreas adjacentes indicam em sua maioria toleitos.

Figura 7.21: A esquerda, diagrama de ambiência geotectônica para rochas 106


máficas de Pearce et al (1984), as amostras analisadas indicam: A- basaltos de
arco de ilha, B- basaltos tipo MORB ou cálcio alcalinos ou de arcos insulares,
C- basaltos cálcio alcalinos, D- basaltos de fundo oceânico. A direita, diagrama
de ambiência tectônica para rochas máficas e ultramáficas de Shervais 1982. O
campo Ti/V=50-100 indica basaltos de ilha oceânica e o campo Ti/V=20-50
indica basaltos de fundo oceânico, das amostras das áreas adjacentes as de
cor vermelha estão intercaladas nos metassedimentos da Megassequência
Andrelândia e os de cor verde estão intercalados no embasamento.

Figura 7.22: A esquerda, diagrama QAP (Streckeisen, 1974), as rochas plotam 108
no campo de monzogranitos e granodiorito. A direita, diagrama TAS de Cox et
al., (1979), as amostras analisas plotam no campo das rochas graníticas,
sieníticas e granodioríticas.

Figura 7.23: A esquerda diagrama AFM (Irvine & Baragar, 1971), rochas 109
plotam no campo da série Cálcio-alcalinas.a direita triangulo de Feldspatos de
O’Conner (1965), Amostras plotam no campo dos quartzo monzonitos, granitos
e granodioritos.

ix
Figura 7.24: Diagrama A/CNK x A/NK (Shand, 1943). Mostrando o caráter 109
peraluminoso levemente metaluminoso das amostras analisadas.

Figura 7.25: Diagrama de ambiência tectônica R1-R2 de Batchelor e Bowden 110


(1985), indicando que as rochas graníticas possuem afinidade com granitóides
sin-colisionais.

Figura 7.26: Diagramas discriminantes de ambiência tectônica de Meschede 110


(1986) e Pearce e Cann (1973). As amostras plotam nos campos de
granitóides de arco magmático (VAG).

Figura 7.27: Diagramas de Harker (1909), SiO2 x Óxidos e elementos menores 111
e traços, mostrando uma dispersão dos dados, porem algumas amostras,
apresenta-se alinhadas em um trend inflexionado, indicando cristalização
fracionada.

ÍNDICE DE FOTOGRAFIAS E FOTOMICROGRAFIAS

Fotografia 3.1: Seis aspectos do Ortognaisse Heliodora. a) afloramento HH-110, 28


ortognaisse porfirítico com fenocristais de K-feldspato deformados e
arredondados. b) afloramento HH-128, ortognaisse porfirítico mais deformado,
fenocristais estirados e composição mais máfica. c) afloramento HH-276,
ortognaisse bandado, apresenta bandas quartzo feldspáticas e bandas máficas
predominantemente biotíticas. d) afloramento HH-315, detalhe do ortognaisse
porfirítico, porfiroclastos feldspáticos com formatos sigmoidais assimétricos; este
corte não é adequado para definir direção de movimento. e) ortognaisse bandado
com raros fenocristais e cortado por pegmatitos f) ortognaisse equigranular
grosso.

Fotografia 3.2: Afloramento HH-44, aspecto do Ortognaisse Heliodora com 29


estrutura migmatítica estromática dobrada nas proximidades de Careaçu, NW da
área.

Fotomicrografia 3.3: Aspectos micropetrográficos do Ortognaisse Heliodora; 31


todas as amostras com Nicóis Cruzados e todas as amostras estão milonitizadas
em maior ou menor grau. a) Ortoclásio bordejado por sericita. b) biotitas
deformadas, paralelas ao plano de foliação principal, extinção ondulante.
Pequeno grão isotrópico no centro é granada c) Dois aspectos texturais no
ortognaisse Heliodora, acima com matriz quartzo feldspática fina, reduzida pela
deformação, abaixo rocha porfirítica com porfiroclasto de K-feldspato. d) Rocha
muito rica em biotita, marcando a foliação, porfiroclasto de K-feldspato,
circundado pelas micas. e) Porfiroclastos arredondados de K-feldspato.

Fotografia 3.4: Aspecto da rocha ultramáfica alterada nas proximidades de 32


Natércia, apresentando fraturas paralelas em duas direções preferenciais.

Fotomicrografia 3.5: Aspectos petrográficos do Corpo metaultramáfico do 34


Fundão. As barras em vermelho representam 500 µm. a) Nicóis cruzados e b)
Nicóis paralelos: Composição da rocha ultramáfica, composta de olivina,
orotpiroxênio e anfibólio. Clorita e actinolita ocorrem como minerais secundários.
c) Nicóis cruzados e d) Nicóis paralelos: cristal de opx fraturado e substituído
parcialmente por actinolita, no entorno ocorrem olivinas fraturadas alem de clorita
e opacos como minerais secundários.

Fotomicrografia 3.6: aspectos petrográficos do corpo metaultramáfico do 35


Fundão. As barras em vermelho representam 500 µm, todas as fotomicrografias
com Nicóis cruzados: a) ortopiroxênio circundada por clorita e borda do grão com

x
actinolita, alguns cristais de olivina com cor de interferência alta. b) ortopiroxênio
dobrado, na centro, pequenos cristais de hiperstênio e raras olivinas na parte
inferior da imagem, opacos e anfibólios como minerais secundários.

Fotografia 3.7: Veios de pegmatito de espessura centimétrica a decimétrica 37


cortando o biotita gnaisse bandado.

Fotografia 3.8: Bloco de biotita gnaisse bandado dobrado. Em outro afloramento, 37


veios de pegmatito de espessura decimétrica cortando o biotita gnaisse muito
alterado.

Fotografia 3.9: Detalhe das camadas de quartzito, onde se observa 38


intercalações de filmes de metapelito entre as camadas decimétricas, ocorrem
ainda dobras apertadas com plano axial paralelo à foliação e dobras abertas,
mais novas, com plano axial ortogonal.

Fotomicrografia 3.10: Aspectos petrográficos da Unidade São Vicente. As 39


barras em vermelho representam 500 µm, a), b) e d) com Nicóis cruzados e c)
com Nicóis paralelos: a) cristal de sillimanita em xisto intercalado nos biotita
gnaisses. b) biotita, plagioclásio, e quartzo como mineiras essenciais, granada e
opacos ocorrem pontualmente, em biotita gnaisse. c) e d) granada, biotita,
plagioclásio e quartzo em biotita granada gnaisse.

Fotomicrografia 3.11: Quartzito da unidade São Vicente, a foliação é marcada 40


pelo alinhamento de minerais micaceos. Os contatos entre os grãos de quartzo
são localmente poligonizados.
Fotomicrografia 3.12: Porfiroblasto de granada com textura poiquilitica. A 41
foliação dada pelos mineiras micaceos esta defletida ao redor da granada. A
barra em vermelho marca a escala de 500µm.

Fotomicrografia 3.13: Peixes de muscovita marcando uma foliação S-C em xisto 41


milonitizado. Sentido de movimento é sinistral. Barra em vermelho marca a
escala de 500µm.

Fotomicrografia 3.14: Muscovita marcando uma foliação S-C e C´ em xisto 42


milonitizado; porfiroclastos de feldspato também estão presentes. Sentido de
movimento é destral. Barra em vermelho marca a escala de 500µm.

Fotografia 3.15: Aspecto de campo do biotita xisto, mostrando os veios de 42


quartzo elongados.

Fotomicrografia 3.16: Porfiroblasto de granada com inclusões de quartzo, rutilo, 43


alanita, espinelio e opacos. As biotitas da matriz não definem claramente a
foliação, embora estejam levemente defletidas em relação a granada. Barra em
vermelho marca a escala de 500µm.

Fotomicrografia 3.17: Porfiroblastos de plagioclásio em matriz que inclui 44


quartzo, feldspatos, biotita, rutilo, alanita e opacos. As biotitas não apresentam
direção preferencial de crescimento.

Fotografia 3.18: Aspectos dos afloramentos da Unidade Piranguinhos: a) rocha 47


ortoderivada dobrada com matriz fina e feldspatos milimetricos. b) rocha
ortoderivada muito rica em K-feldspatos, alguns elongados, nas proximidades da
zona de cisalhamento. c) intercalação da unidade porfiritica com lentes de
anfibolito e rocha ultramáfica todos intensamente deformados na região da zona
de cisalhamento. d) rocha pouco afetada pela zona de cisalhamento, apresenta
fenocristais de K-feldspato com tamanhos variados em matriz fina; na parte
superior ocorre um megacristal e/ou porfiroclasto de K-feldspato de tamanho
centimétrico. e) Afloramento da unidade paraderidada intercalada nos
ortognaisses, gnaisse muito rico em granada pontualmente, ocorrem leitos com
80% de granada. f) gnaisse paraderivado quartzo feldspático na região da zona

xi
de cisalhamento, com textura filonítica.

Fotomicrografia 3.19 Aspectos petrográficos do ortognaisses da Unidade 50


Piranguinhos, barra em vermelho indica a escala, 500 µm. A direita Nicóis
paralelos, a esquerda Nicóis cruzados: a) e b) Fenocristal/porfiroclasto de K-
feldspato deformado, bordejado por muscovita, em matriz fina recristalizada,
lamina orientada mostrando movimento destral, fitas de feldspatos estirados. c) e
d) foliação bem marcada pelo alinhamento de cristais micaceos, biotita
parcialmente substituída por muscovita. e) e f) porfiroclasto de K-feldspato
deformado, mostrando movimento destral, relacionado à zona de cisalhamento, a
foliação esta bem marcada por laminas de biotita/muscovita e cristais de quartzo
e feldspato estirados na matriz, muito deformada.

Fotomicrografia 3.20: Aspectos petrográficos das rochas paraderivadas 51


intercalada na Unidade Piranquinhos. a) e b) Nicóis paralelos e cruzados
respectivamente. Porfiroblasto de feldspato em matriz quartzo feldspática;
foliação levemente defletida ao redor do porfiroclasto em quartzito feldspático. c)
microporfiroclasto de feldspato em matriz quartzo feldspática. d) granadito, rocha
com cerca de 80% de granada e biotitas, opacos e quartzo nos interstícios. Barra
em vermelho marca a escala de 500µm.

Fotomicrografia 3.21: Aspectos petrográficos das rochas metassedimentares 52


intercalados na Unidade Piranguihos, barra em vermelho indica a escala, 500
µm. A direita Nicóis paralelos, a esquerda Nicóis cruzados: a) e b) matriz quartzo
feldspática com biotita, porfiroblastos de granada e ortopiroxênio. c) e d)
pórfiroblasto de granada com as bordas substituidas por sericita/muscovita e
pórfiroclasto de feldspato com núcleo preservado e manto deformado e
recristalizado. Matriz muito fina rica em minerais micaceos.

Fotografia 3.22: Aspecto do granito leucocrático pouco deformado intrudido em 54


ortognaisses do embasamento a deformação é heterogenea: por vezes
apresenta feldspatos estirados ou textura equigranular.

Fotomicrografia 3.23 Aspectos petrográficos do granito Santa Rita do Sapucaí; 55


barra em vermelho indica a escala, 500 µm. Ambas com Nicóis cruzados: a)
matriz quartzo feldspática, porfiroclastos de K-feldspato com geminação em
cunha. b) matriz quartzo feldspática, porfiroclastos de plagioclásio, biotitas e
muscovitas alinhadas formado uma foliação mal desenvolvida.

Fotomicrografia 5.1: Imagem da esquerda com Nicóis cruzados, imagem da 60


direita com Nicóis paralelos. Barra em vermelho com 500 µm. Foliação S1
(subhorizontal) crenulada por S2 (subvertical) em ortognaisse do embasamento.

Fotografia 5.2: Afloramento de quartzito da Unidade São Vicente (ponto HH-30), 62


mostrando estruturas das fases D2 e D3. Em vermelho plano axial de dobra D2,
paralelo a foliação principal S2: 165/30, em azul plano axial de dobra D3
redobrando a anterior com atitude 030/75

Fotografia 5.3: Dobras fechadas D2 com vergência para NE em ortognaisse da 63


Unidade Piranguinhos, (ponto HH- 471).

Fotomicrografia 5.4: Indicadores cinemáticos do tipo mica fish indicando o 63


sentido da movimentação tectônica das nappes, topo para ENE. Barra em
vermelho indica a escala 500µm, Nicóis cruzados. a) muscovita xisto da Unidade
Santo Antônio, ponto MH-08 (Nappe Lambari); b) muscovita, granada silimanita
xisto da Unidade Santo Antônio, ponto HH- 428 (Nappe Carmo da Cachoeira); c)
muscovita xisto da Unidade Santo Antônio, ponto MH-08 (Nappe Lambari).

Fotografia 5.5 Dobras isoclinais D2 redobradas por dobras muito suaves D3 em 65


quartzitos da Unidade São Vicente (ponto HH-31)

xii
Fotomicrografia 5.6: Muscovitas sin D2 dobradas pela fase D3, em xisto da 65
Unidade Santo Antônio (traço do plano axial D3 em amarelo)

Fotomicrografia 5.7: Estruturas microtectônicas de caráter rúptil, em milonitos 66


de protólito ígneo associados a ZCCP. a) cristal de hornblenda fragmentado em
estrutura do tipo bookshelf; b) e c) cristais de quartzo e feldspato estirados,
praticamente sem recristalização. Essas estruturas também indicam temperatura
baixa a media para a formação do milonito.

Fotomicrografia 5.8: Estruturas microtectônicas em ultramilonitos de protólito 67


metassedimentar associados a ZCCP, ponto HH-420. a) e b) indicadores
cinemáticos do tipo muscovita fish indicando movimentação com topo para E. Os
cristais de quartzo apresentam recristalização pelo mecanismo de bulging, o que
indica temperatura relativamente baixa; c) indicadores cinemáticos do tipo planos
C-C’ indicando movimentação com topo para ENE.

Fotografia 5.9: Zona de cisalhamento sinistral, em escala de afloramento no sul 67


da área mapeada, relacionada a terceira fase de deformação, D3. (ponto HH-
213)

Fotomicrografia 5.10: quartzito da unidade São Vicente próximo a ZCJ, ponto 69


HH-27. Grãos de quartzo com contatos poligonizados, formados por
recristalização dinâmica, indicando temperatura de formação média a alta para
milonitos relacionados a ZCJ.
Fotomicrografia 5.11: Microestruturas relacionadas a deformação D4. 70
Indicadores cinemáticos destrais, a) e b) Porfiroclastos feldspaticos deformados e
apresentando stair stepping. Ortognaisse da Unidade Heliodora, ponto HH-67.
barra em vermelho indica escala 500µm.
Fotomicrografia 5.12: Porfiroblasto/clasto de feldspato em quartzito feldspático 71
da Unidade Piranguinhos, ponto HH-06. Escala em vermelho 500µm. O mineral
apresenta sombras de pressão que indicam movimentação destral, relacionada a
ZCSR.
Fotomicrografia 5.13: Quartzito feldspático da Unidade Piranguinhos, ponto HH- 71
06. Escala em vermelho 500µm. O mecanismo de recristalização do quartzo por
rotação de subgrão e por migração de fronteiras de grãos indica temperaturas
medias para a formação destes milonitos.
Fotomicrografia 6.1: Assembléia metamórfica das rochas paraderivadas da 74
Megassequência Andrelândia, a esquerda Nicóis cruzados, a direita Nicóis
paralelos, a barra em vermelho possui 500 µm. a) e b) biotita granada xisto da
Unidade Santo Antônio: granada com inclusões de rutilo e feldspato, bordejada
por biotita parcialmente substituída por muscovita, no entorno desta,
porfiroblastos de K-fedspato em matriz muito fina quartzo feldspática. c) e d)
biotita, muscovita granada feldspato xisto da Unidade Santo Antônio: muscovitas
substituindo biotitas pretéritas em matriz muito fina quartzo feldspática, acima
porfiroblasto de plagioclásio e abaixo feldspato. e) e f) sillimanita fibrosa em xisto
da Unidade Arantina. As granadas com rutilo e muscovita com feldspato indicam
condições metamórficas de fácies anfibolito alto em M1 e silimanitas foram
formadas em M2, indicando fácies anfibolito médio.

Fotografia 6.2: a) Injeções pegmatíticas em biotita gnaisse da Unidade São 75


Vicente; b) injeções pegmatíticas em ortognaisse da Unidade Heliodora.
Indicando fusão parcial destas rochas, ocorrida em M1. c) migmatitos em
ortognaisses da Unidade Heliodora possivelmente relacionados a processos
metamórficos anteriores ao Neoproterozóico.

Fotomicrografia 6.3: Porfiroblasto de granada cedo sin-D2, a foliação dada 75


pelas biotitas é levemente defletida no cristal de granada que sofre pequena
rotação (ta certo isso?). Biotita granada muscovita xisto da Unidade Arantina.
Barra em vermelho possui 500 µm.

xiii
Fotomicrografia 6.4: Assembléia metamórfica relacionadas a M1 das rochas 76
ortoderivadas do embasamento, a esquerda Nicóis cruzados, a direita Nicóis
paralelos, a barra em vermelho possui 500 µm. a) e b) Plagioclásios, hornblenda
e biotita c) e d) Hornblenda, biotita, granada e plagioclásio.

Fotomicrografia 6.5: Assembléia metamórfica das rochas paraderivadas da 78


Nappe Guaxupé. a) e b) cristal de plagioclásio deformado; c) e d) cristais de
granada, ortopiroxênio e biotita indicam fácies granulito de pressão intermediaria.

Fotomicrografia 6.6: Assembléia metamórfica das rochas paraderivadas da 78


Nappe Guaxupé. a) e b) cristal de plagioclásio deformado; c) e d) cristais de
granada, ortopiroxênio e biotita indicam fácies granulito de pressão intermediaria.

Fotomicrografia 6.7: Cristal de clinopiroxênio, parcialmente substituído 79


hornblenda e actnolita. Rocha granulítica da Unidade Piranguinhos (ponto HH-
104). Barra em vermelho possui 500 µm.

Fotomicrografia 6.8: Sillimanita fibrosa em granada muscovita xisto da unidade 80


Santo Antonio (ponto HH-434). Barra em vermelho possui 500 µm.

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 7.1: Dados litogeoquímicos das amostras estudadas. 86

Tabela 7.2: Norma CIPW para as amostras analisadas quimicamente. 87

Tabela 7.3: Dados litogeoquímicos das amostras estudadas na área de Varginha e 88


Itajubá por Trouw et al. (2006). Continua na próxima página.

Tabela 7.3: Continuação: Dados litogeoquímicos das amostras estudadas na área 89


de Varginha e Itajubá por Trouw et al. (2006).

Tabela 7.4: Norma CIPW para as amostras das áreas de Itajubá e Varginha 89
analisadas quimicamente por Trouw et al. (2006).

xiv
Dedico este trabalho a todos
os verdadeiros amigos que fiz ao
longo desta minha breve vida.

xv
Agradecimentos

Agradeço a todos aqueles que me auxiliaram e contribuíram direta ou


indiretamente para a realização deste trabalho e foram muitos, não vou citar nomes para
não cometer injustiças.
Muito obrigado a todos.

xvi
RESUMO DA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO APRESENTADA AO PROGRAMA DE
PÓS GRADUAÇÃO EM GEOLOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE
JANEIRO

EVOLUÇÃO GEOTECTÔNICA NEOPROTEROZÓICA NA REGIÃO DE HELIODORA


SUL DE MINAS GERAIS
HUGO JOSÉ DE OLIVEIRA POLO

RIO DE JANEIRO, MAIO DE 2009

ORIENTADOR: PROF. DR. RUDOLPH ALLARD JOHANNES TROUW

Na área de Heliodora (700km²), no sul de Minas Gerais afloram rochas que


apresentam registro de quatro fases de deformação neoproterózoica, referente a
estruturação das Faixas Móveis Brasília e Ribeira. Nesta área o embasamento, de
idade Arqueano–Paleoproterozóico, é constituído de ortognaisses com composição
variando de monzogranito a granodiorito, com assinatura geoquímica de arco
magmático, e subordinadamente de rochas máficas e ultramáficas. As rochas
supracrustais, de idade neoproterozóica, compreendem metassedimentos da
Megassequência Andrelândia, granitóides do tipo S e ortognaisses de composição
granítica a granodiorítica.
As duas primeiras fases deformacionais foram correlacionas com a estruturação
da faixa Brasília. A fase de deformação D1 é observada em escala microscopica e se
apresenta como uma clivagem ardosiana crenulada pela fase de deformação
posterior. A fase D2 gerou um sistema de nappes com transporte tectônico com topo
para ENE e a foliação principal que possui mergulhos suaves a íngremes ora para SE
ora para NW. Também gerou dobras fechadas com plano axial paralelo à foliação. As
fases posteriores são correlacionadas a faixa Ribeira. A fase D3 é responsável por
dobras abertas, com plano axial íngreme mergulhando para SE, e a verticalização dos
mergulhos da foliação principal. Também são observadas zonas de cisalhamento:
Conceição das Pedras, de caráter transpressivo, apresentando forte componente
compressional, com mergulho íngreme para SE e movimentação com topo para NW,
alem de pequenas zonas de cisalhamento verticais transcorrentes sinistrais com
orientação N-S. A fase D4 gerou duas zonas de cisalhamento, Jesuânia e Santa Rita
do Sapucaí, ambas transcorrentes destrais com movimentação no sentido ENE e NE
respectivamente. Na primeira foi estimada um deslocamento horizontal da ordem de
10km.
Na área ocorrem três nappes sobrepostas: Carmo da Cachoeira, Lambari e
Socorro. Foram identificas associações de minerais metamórficos correlacionados as
duas orogenias supracitadas. Relacionada à faixa Brasília, foi identificado nas rochas
das nappes Lambari e Carmo da Cachoeira, compostas de rochas do embasamento e
da Megassequência Andrelândia, um metamorfismo que atingiu fácies anfibolito alto
(granada com inclusões de rutilo, biotita, muscovita e quartzo e anatexia associada); e
na Nappe Socorro, composta de ortognaisses, metassedimentos e granulitos,
relacionados a um arco magmático (Socorro-Guaxupé) atingiu fácies granulito de
pressão intermediaria (plagioclásio, K-feldspato, granada, hornblenda e ortopiroxênio)
a alta (clinopiroxênio, granada, plagioclásio e hornblenda). O contato basal da Nappe
Socorro marca uma transição brusca entre rochas da fácies granulito sobrepostas a
rochas da fácies anfibolito, indicando que a colocação na nappe foi posterior ao evento
metamórfico principal. Sobreposto a esse metamorfismo foi identificado nas rochas da
Megassequência Andrelândia um metamorfismo na fácies anfibolito médio (sillimanita
fibrosa em equilíbrio com muscovita e quartzo) relacionado a orogenia Ribeira. Nos
granitóides do tipo S foram observados apenas indícios de um retrometamorfismo na
fácies xisto verde que deixou vestigios em todas as unidades, indicando que sua
intrusão é posterior ao segundo evento metamórfico.

xvii
ABSTRACT

NEOPROTEROZOIC GEOTECTONIC EVOLUTION OF THE HELIODORA AREA,


SOUTHERN MINAS GERAIS STATE

HUGO JOSÉ DE OLIVEIRA POLO

RIO DE JANEIRO, MAY 2009

SUPERVISOR: PROF. DR. RUDOLPH ALLARD JOHANNES TROUW

The rocks that crop out in the Heliodora area (700km²), southern Minas Gerais
State, show the imprint of four Neoproterozoic deformation phases, related to the
Brasília and Ribeira mobile or fold belts. In this area, the Archean Paloproterozoic
basement is composed of ortogneisses with monzogranitic to granodioritic composition,
and geochemical signature of a magmatic arc. Mafic and ultramafic rocks are also
present.
Supracrustal rocks, of neoproterozoic age, include metasediments of the
Andrelândia Megasequence, S-type granitoids and the Piranguinhos Unit formed by
ortogneisses varying composition from granite to granodiorite and metasediments.
The two first deformational phases were correlated with the formation of the
Brasilia Belt. The D1 deformation phase is recognized at microscopical scale as a slaty
clivage, crenulated by D2. The D2 phase generated a system of nappes with tectonic
transport with top to ENE and the main foliation, S2, which shows weak to steep dips to
SE or to NW. It also generated tight folds with axial plane parallel to the foliation. The
posterior phases are correlated the Ribeira belt.
The D3 phase generated open folds, with axial plane steeply dipping to SE, and
the upright position of the main foliation. Two types of shear zones were generated
during this phase: the Conceição das Pedras Shear Zone, with transpressive
character, presenting a strong compressional component, steeply dipping SE and
movement with top to NW, and small vertical transcurrent sinistral shear zones with N-
S orientation. The D4 phase generated two transcurrent shear zones, Jesuânia and
Santa Rita do Sapucaí, both with dextral movement and a top to ENE and NE
component respectively. In the first one, an horizontal displacement of about 10km was
inferred.
Three superposed nappes are present in the area: from bottom to top the Carmo
da Cachoeira, Lambari and Socorro nappes. Metamorphic mineral associations
identified in the rocks of the Lambari and Carmo da Cachoeira nappes, composed of
basement and metasediments of the Andrelandia Megasequence, indicate
metamorphism that reached high amphibolite facies (garnet with inclusions of rutile,
biotite, muscovite and quartz and associated anatexis); and the Socorro Nappe,
composed of ortogneisses, metasediments and granulites, related to a magmatic arc
(Socorro-Guaxupé), reached granulite facies of medium pressure (plagioclase, K-
feldspar, garnet, hornblende, clinopyroxene and orthopyroxene) to relatively high
pressure (clinopyroxene, garnet, plagioclase and hornblende). The basal contact of the
Socorro Nappe coincides with a sharp metamorphic break, indicating that the
emplacement of the nappe was subsequent to peak metamorphic conditions.
Superposed on this metamorphism is a middle amphibolite facies one (fibrolitic
sillimanite in equilibrium with muscovite and quartz) related to the Ribeira Orogen and
identified in the rocks of the Andrelândia Megasequence. In S-type granitoids only
indications of a retrometamorphism in greenschist facies were detected, that also left
traces in all other units, indicating that the intrusion of these granitoids postdates the
peak of the main metamorphic events.

xviii
1. Introdução
O presente trabalho apresenta um estudo geológico de uma região
localizada no sul do estado de Minas Gerais entre as cidades de Heliodora e
Santa Rita do Sapucaí. Nessa região afloram rochas que apresentam registro
de pelo menos duas fases de deformação neoproterózoica, referente a
estruturação das Faixas Móveis Brasília e Ribeira. A zona de interferência entre
essas duas faixas moveis já vem sendo estudada a décadas por pesquisadores
de universidades no Rio de Janeiro e São Paulo. Este trabalho apresenta
dados geológicos, estruturais e geoquímicos de forma a contribuir para a
construção de um modelo de evolução geotectônica regional no contexto da
zona de interferência entre estas faixas móveis. Na região estudada o
embasamento é constituído de ortognaisses com composição variando de
monzogranito a granodiorito e subordinariamente rochas ultramáficas, estas,
predominantemente talco xisto e peridotitos (olivina websterito), ambos de
idade Arqueano–Paleoproterozóica. As rochas supracrustais, de idade
neoproterozóica, compreendem metassedimentos da Megassequência
Andrelândia e granitóides provenientes de fusão parcial de metassedimentos,
também ocorrem ortognaisses da Nappe Socorro, rochas que compõem a
infraestrutura do arco magmático, desenvolvido no paleocontinente
Paranapanema.

1.1 Objetivos

O objetivo do trabalho é a caracterização da geologia da área e sua


correlação com o contexto geológico regional das faixas móveis
Neoproterozóicas Brasília e Ribeira, e seu embasamento Arqueano
Paleoproterozóico. Para isso foram realizadas as seguintes atividades:
1. Caracterização das unidades de mapeamento e geologia
estrutural da área compreendida pela folha topografia Heliodora
1:50.000 (IBGE)
2. Descrições petrográficas das rochas mapeadas
3. Análises químicas de elementos maiores e traços de amostras
das unidades ortoderivadas, que incluem ortognaisses e rocha
ultramáfica do embasamento, anfibolitos intrudidos no

1
embasamento e na Megassequência Andrelândia, e uma unidade
orotoderivada da Nappe Socorro. Organização e comparação dos
dados geoquímicos levantados com dados obtidos em regiões
adjacentes a área de estudo.
4. Construção de um modelo de evolução geotectônica para a área
em questão, com base nos dados de campo e dados
geoquímicos.

1.2 Metodologia

O trabalho foi realizado em três etapas que foram intercaladas ao longo


da produção da dissertação.

Trabalhos de gabinete: consistiu em análise bibliográfica,


compreendendo o estudo de diversos artigos, teses, dissertações e mapas de
áreas adjacentes ou em escala regional. Destes artigos foram selecionadas
algumas análises químicas representativas das unidades que ocorrem na área
mapeada, para correlação com os dados obtidos neste trabalho.

Trabalhos de campo: incluiu mapeamento geológico na escala de semi-


detalhe (1:50.000), com levantamento de dados estruturais e coleta de
amostras de rocha orientadas ou não para confecção de laminas petrográficas
e análises químicas.

Nos trabalhos de campo foram utilizados os seguintes equipamentos:

• Aparelho de GPS (Global Position System) a marca Garmin modelo


eTrex com datum Córrego Alegre fuso UTM 23S;

• Martelo geológico Eastwing cabo longo e marreta de 4kg e talhadeira;

• Bússola geológica Brunton modelo 5008, os dados estruturais foram


obtidos pela forma dip (direção azimutal)/dip (inclinação);

• Caderneta de campo;

• Mapas topográficos do IBGE na escala 1:50.000 (Folhas Heliodora,


Pouso Alegre, São Gonçalo do Sapucaí, Santa Rita do Sapucaí e

2
Cristina), sendo o trabalho concentrado na área coberta pela folha
Heliodora (1:50.000)

Trabalhos pós campo

As atividades de laboratório incluíram descrições petrográficas e


microestrutural de lâminas delgadas de rocha (foram confeccionadas e
descritas 52 lâminas); análises geoquímicas de rocha total analisando
elementos maiores e menores, realizada nos laboratórios do departamento de
geologia da UFRJ, totalizando 16 amostras analisadas.

A etapa final consistiu no tratamento dos dados, realizado em diferentes


plataformas: o mapa geológico foi vetorizado no programa ArcGIS 9.1, perfis e
seções geológicas, e outras figuras foram produzidas no software CorelDRAW 
Versão 14, estereogramas foram produzidos no programa StereoNet 3.01 e
para os gráficos geoquímicos foi utilizando o software GCDkit: Geochemical
Data Toolkit in R, version 2.2 for Windows

Cabe aqui incluir uma proposta metodológica de preparação do mapa


geológico utilizando a ferramenta de geoprocessamento ArcGIS.

Primeiramente foram realizados todos os trabalhos de campo


necessários e o mapa geológico de campo foi produzido de forma tradicional.

Em seguida todos os dados estruturais levantados foram tabelados


utilizando o software Microsoft Excel 2003, (os dados foram organizados com a
configuração da tabela apresentada no ANEXO IV). Os dados estruturais foram
plotados em um mapa topográfico na escala 1:50.000, vetorizado, obtido do
sitio de internet do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). Esse
mapa foi então impresso na escala de trabalho (1:50.000), contendo apenas as
informações topográficas e as medidas de estruturas tomadas no campo.

Baseado nas medidas estruturais obtidas no campo e no mapa


geológico de campo produzido, foram redesenhados no mapa impresso os
contatos geológicos, as estruturas planeares mapeáveis (falhas, zonas de
cisalhamento e diques pouco espessos) e as linhas de contorno estruturais. O
mapa redesenhado foi então escaneado.

3
No software ArcMap 9.1, o mapa escaneado foi georreferenciado com
um erro quadrático médio (RMS) inferior a 7m. Todos seus elementos foram
vetorizados tendo como resultado um mapa geológico final com contornos mais
suavizados e precisos e apresentando tanto as informações de campo como
interpretativas.

1.3 Localização e acesso

A área de trabalho compreende a folha topográfica Heliodora 1:50.000


(IBGE) com aproximadamente 700 km². A região de Heliodora esta localizada
no sul do estado de Minas Gerais e abrange os limites territoriais de outros
quatro municípios mineiros, Santa Rita do Sapucaí, Careaçu, Pedralva e
Silvianópolis.
Localizada entre os meridianos 45º15’00” e 45º30’00” oeste e entre os
paralelos 22º00’00” e 22º15’00” sul (Fig. 4.1), possui feições topográfica que
incluem as serras das Águas, de Santa Rita, da Manuela e do Balaio. O que
proporciona uma boa quantidade de bons afloramentos rochosos em
praticamente toda a área.

Figura 1.1: Localização da área no estado de Minas Gerais e articulação da folha


Heliodora (em negrito) nas folhas topográficas do IBGE escala 1:50.000, 1975.

O principal acesso a área é a rodovia BR 381 – Rodovia Fernão Dias, que


corta parte da área diagonalmente de sudoeste para nordeste. Outra opção é a
rodovia BR-267 ate Lambari, e dali para Heliodora, ou ainda a rodovia BR-459
passando por Itajubá e dali para Santa Rita do Sapucaí (Fig. 1.2). A área
possui ainda uma malha rodoviária não pavimentada, interligando todas as
localidades, alem de estradas vicinais não pavimentadas de trafego esporádico

4
que apresentam dificuldades de acesso apenas nos períodos chuvosos. De
forma geral, a toda área é facilmente acessada por veiculo motor.

Figura 1.2: Mapa de localização da área mapeada (em verde) com rodovias principais e
toponímia.

5
2 Síntese sobre o contexto da interferência entre as faixas móveis Brasília
e Ribeira

A zona de superposição entre as faixas Brasília e Ribeira (Fig.2.1) (Trouw


et al, 1994) representa o extremo sul da Faixa Brasília, onde suas
características são gradualmente mascaradas pela superposição de eventos
ligados à Faixa Ribeira (Ribeiro et al, 1995; Campos Neto & Caby, 1999,
Peternel, 2005).
A evolução tectônica desta área está relacionada a duas colisões
continentais consecutivas, a primeira, entre o Paleocontinente Paranapanema
(Brito Neves et al., 1999) e a margem passiva ocidental da parte sul do
Paleocontinente São Francisco, formando a região meridional da Faixa Brasília.
A Nappe Socorro-Guaxupé representa um arco magmático instalado na
margem ativa do Paleocontinente Paranapanema (Campos Neto & Caby, 1999,
2000), cuja infra-estrutura encontra-se encoberta pela Bacia de Paraná. A
segunda colisão ocorreu entre o Arco Magmático Rio Negro e a margem
passiva do lado sudeste do Paleocontinente São Francisco, resultando na
Faixa Ribeira. Estas colisões representam parte do processo de aglutinação do
supercontinente Gondwana (Almeida et al., 2000; Trouw et al. 2000; Alkmim et
al., 2001; Heilbron et al. 2004, 2008).

6
200
GB
SgRV
Pi
SgM
47 0 W NP CSF

SC
SC STL
SJ Ti
Np
Lv MSA Ba
It
TP Ig
Carrancas

Va Lu MSA
KC
TC
BACIA DO Minduri And
PARANÁ
La Car

Sl
Cax Aiu
220

Ij

TÉ Rio de Janeiro

UBA Niterói
TA
C IA Rio de
BA Janeiro
Ilha Grande

ÂNO ATLÂNTICO
S ã o Pa ul o
460 OCE
100 km
0 0 0
240 S
48 46 44
Área de mapeamento
Sedimentos Cenozóico
Rochas Alcalinas Cretáceo/Terciário
Sedimentos Paleozóico / Mesozóico

FAIXA BRASÍLIA - EXTREMO SUL FAIXA RIBEIRA - SEGMENTO CENTRAL


PROVÍNCIA TOCANTINS PROVÍNCIA MANTIQUEIRA

NP Nappe Passos Sistema de empurrões Juiz de Fora


Domínio Alóctone Externo Klippe Paraiba do Sul
KC Klippe Carrancas Arco Magmático Rio Negro
Sistema de nappes Luminárias e Liberdade Domínio Costeiro

Nappe Socorro-Guaxupé Terrreno Embu


Terreno São Roque/Açunguí
Arco Magmático e Granitoides Transpressivos

CSF CRÁTON DO SÃO FRANCISCO E ANTEPAÍS


(Linha pontilhada - limite do cráton)

Figura 2.1: Mapa tectônico simplificado da região sudeste do Brasil; modificado de Trouw et al
(2000) e Heilbron et al. (2004). Cidades: TP - Três Pontas; Lv - Lavras; It - Itumirim; Va -
Varginha; TC - Três Corações; Lu - Luminárias; Ig - Ingaí; SJ - São João Del Rei; Ti -
Tiradentes;Ba - Barbacena; And - Andrelândia; GB - Grupo Bambuí (Neoproterozóico) MSA -
Megassequência Andrelândia (Neoproterozóico - autóctone) STL - Sequências Tiradentes e
Lenheiro (Mesoproterozóico); SgM - Supergrupo Minas

7
Faixa Brasília

A Faixa de Dobramentos Brasília situa-se na porção oriental da


Província Tocantins e na borda oeste do Cráton do São Francisco (Almeida,
1977). Com uma extensão de aproximadamente 1.000 km na direção geral N–
S, prolonga-se desde o sul do Estado do Tocantins até a porção sudoeste de
Minas Gerais. Seu limite sul esta situado na Província Mantiqueira onde sofre
interferência da Faixa Ribeira; a oeste é recoberta pelas rochas da Bacia do
Paraná.

Litologicamente esta faixa é formada por rochas sequências de rochas


metassedimentares de margem passiva, fragmentos de ofiolitos, granulitos e
granitos colisionais do tipo S, deformadas em regime progressivo durante os
eventos orogenéticos Neoproterozóicos. Na sua porção ocidental ocorrem
rochas cálcio-alcalinas associadas a processos acrescionários de arcos
magmáticos Neoproterozóicos. (Fonseca et al., 1995, Pimentel et al., 2000,
Klein, 2008).

Esta faixa de dobramentos é dividida em dois segmentos pela mega-


inflexão dos Pirineus: a porção norte com trend NE e cinemática transpressiva
destral (Fonseca et al, 1995) e a parte Sul com trend SE com tectônica
compressiva sinistral (Valeriano et al, 2000). O segmento sul, onde esta
inserida a área de estudo, é dividida em três zonas: interna, externa e cratônica
(Marini et al., 1984; Fuck et al., 1994; Valeriano et al. 2008). Nessa região
ocorrem registros de dois eventos colisionais com idades de 794 Ma (U-Pb em
zircão; Pimentel et al, 1992) e 630-610 Ma (Dardenne, 2000).

O primeiro evento gerou granitogênese sin a tardi-tectônica enquanto o


segundo gerou empurrões para SE, granitogênese e metamorfismo que atingiu
a fácies anfibolito alto e localmente granulito e possui gradiente aumentando de
E para W (Trouw & Oliveira Castro, 1996, Ribeiro et al., 1995).

Costa e Angeiras (1971) Fuck et al. (1994) e Lacerda Filho et al. (1999)
compartimentam a Faixa Brasília em dois domínios principais com base na
intensidade dos processos deformacionais e metamórficos: a Zona Externa e a

8
Zona Interna ( e áreas restritas de exposições do embasamento granito-
gnáissico).

A Zona Externa é constituída por associação de rochas


metassedimentares (Gr. Paranoá e Canastra e Fm. Vazante, Paracatu e Ibiá),
típicas de ambiente de margem passiva, de idades meso e neoproterozóicas.

A Zona Interna compreende o Complexo Granulítico Anápolis– Itauçu e


rochas metassedimentares do Grupo Araxá, tectonicamente imbricadas com
rochas do seu embasamento. Sua estruturação é marcada por forte tectônica
tangencial expressa sob a forma de nappes, materializadas por sistemas de
cavalgamento/dobras e escamas litotectônicas, com vergência dirigida para o
Cráton do São Francisco. Essa zona apresenta evidências de uma melange
ofiolítica (Drake Jr, 1980; Strieder e Nilson, 1992; Fuck et al, 1993; Fuck, 1994).

Peternel et al., (2005) reconheceram na região de Três Corações duas


fases deformacionais relacionadas a Faixa Brasília, denominando-as DB1 e
DB2.

Nessa região as estruturas da fase DB1 estão quase completamente


transpostas pelas da fase DB2, sendo possível distingui-las claramente através
de análise microtectônica. Caracteriza-se por uma foliação dada pela
orientação de minerais metamórficos formados durante o primeiro evento
colisional da faixa (vide item 2.6), posicionados obliquamente a foliação
principal e por vezes dobrados pela fase posterior (Peternel et al., 2005).
Paciullo (1997) relaciona essa fase a formação da Klippe Carrancas e identifica
indicadores cinemáticos de movimentação com topo para ESE.

A fase posterior DB2 foi responsável pela geração de um sistema de


nappes com transporte tectônico para ENE (Peternel et al., 2005) e uma
foliação principal definida pela orientação de minerais elongados, em geral
subparalela ao bandamento composicional ou ocorrendo como uma clivagem
de crenulação, nos locais onde são possíveis o reconhecimento das estruturas
relacionadas a fase DB1. Peternel et al, (2005) também relacionam a esse fase
dobras fechadas a isoclinais, com plano axial subparalelo a foliação principal.
Na região de Carrancas, essa fase causou o dobramento da klippe em um

9
sinformal fechado com eixo variando entre E-W e SE-NW (Peternel et al.,
2005).

Valeriano et al. (2004) através de diversas datações radiométricas


propuseram intervalos de idades para os episódios tectônicos da Faixa Brasília:
o intervalo de sedimentação é marcado por idades de zircões detríticos entre
1,0 e 0,9 Ga, e o pico do metamorfismo de media a alta pressão entre 630-640
Ma, relacionada a subducção para oeste da paleoplaca Saofranciscana e a sua
colisão com o Paleocontinente Paranapanema. O estagio final da atividade
tectonometamórfica é marcado pela idade de resfriamento metamórfico em 605
Ma.

Faixa Ribeira

A Faixa Ribeira possui aproximadamente 1400 km de comprimento se


estende com rumo NE-SW ao longo da costa dos estados São Paulo, Rio de
Janeiro e Espírito Santo. Para nordeste transiciona para a Faixa Araçuaí.
Segundo Heilbron et al. (2008), a historia acrescional da faixa é caracterizada
por colagens diacrônicas de arcos magmáticos Neoproterozóicos e fragmentos
cratônicos mais velhos em quatro episódios tectônicos principais durante o
Neoproterozóico e Cambriano.

Em uma seção NW-SE. Heilbron et al., (2000 e 2008) individualizaram


quatro domínios tectôno-estratigráficos: (a) Terreno Ocidental, composto de
rochas do embasamento retrabalhado e metassedimentos de margem passiva;
(b) Klippe Paraíba do Sul, uma lasca tectônica de fácies granulito, sobreposta a
esta; (c) Terreno Oriental, composto de paragnaisses intrudidos por rochas do
arco magmático Rio Negro (780-620 Ma, Tupinambá et al., 2000); (d) Terreno
Cabo Frio, composto de rochas de rochas metamórficas em sua maioria
paraderivadas.

O primeiro evento corresponde a acreção da Nappe Socorro Guaxupé,


relacionada a evolução da Faixa Brasília entre 640 e 610 Ma (Valeriano et al.,
2008).

10
O segundo evento tectônico, que ocorreu entre 605 e 580 Ma está
registrado nos terrenos Paraíba do Sul e Embu, da Faixa Ribeira, obliterando
as estruturas relacionadas a Faixa Brasília (Heilbron et al., 2008) nesses
terrenos.

O terceiro evento ocorreu entre 580 e 550 Ma e corresponde a colisão


do terreno Oriental, que inclui o Arco Magmático Rio Negro, com o
paleocontinente São Francisco (Heilbron e Machado, 2003 e Heilbron et al.,
2008). Esse evento desenvolvido sob um regime de alta temperatura gerou
dobras, rochas miloníticas e corpos graníticos, de diversas gerações, usados
para posicionar os eventos geocronologicamente (Heilbron et al., 2008).
Referente a esse episódio há registros de duas fases deformacionais contínuas
(DR1 e DR2) e um evento metamórfico (MR1), cedo sin-colisional, de pressão
intermediária (P: 6-7 kbar; T: 7000-7500C; Duarte, 1998), com gradiente inverso
e grau metamórfico aumentando para SE, de fácies xisto verde superior à
fácies anfibolito superior, chegando à fácies granulito.

O quarto evento colisional (530 – 510 Ma) é referido como Orogenia


Búzios (Schmitt et al., 2008), gerou uma foliação de baixo ângulo e uma
assembléia metamórfica composta de K-feldspato, cianita e silimanita,
indicando condições P-T de ~9 kbar e 780º C (Schmitt et al. 2004).

Essa ultima colisão gerou foliação e dobras sobrepostas nos


demais terrenos da Faixa Ribeira (Oriental, Paraíba do Sul – Embu e
Ocidental), além de gerar e reativar zonas de cisalhamento destrais. Um
exemplo destas é a Zona de Cisalhamento Paraíba do Sul (Campanha, 1981 e
Heilbron et al., 2008)

2.1 Embasamento

Na região sul de Minas Gerais o embasamento de idade Arqueano/


Paleoproterozóica é constituído de gnaisses com composição tonalítica
trondjemítica e granodiorítica em sua maioria ortoderivados, anfibolitos e
rochas ultramáficas de espessuras variadas (Ribeiro et al, 1995), denominado

11
amplamente Grupo ou Complexo Mantiqueira (Barbosa, 1954 e Brandalise et
al, 1991).

Formando o embasamento de idade pré 1,8 Ga também ocorrem duas


seqüências: Greenstone belt Barbacena (Pires, 1978), formado por sucessões
de rochas ultramáficas, máficas e félsicas de origem vulcânica ou subvulcânica
e metassedimentos intercalados e Rio das Velhas (Schrank & Souza Filho,
1998), composto por sucessões vulcano-sedimentares de lavas komatiíticas a
toleíticas intercaladas com sucessões turbidíticas.

Encerrando a história evolutiva do embasamento ocorrem corpos


granitóides intrusivos de composição granítica, tonalítica e trondjemítica
associados a metagabros (Ávila, 1992 e 2000) com idades variando de 2,25 a
2,10 Ga (Cherman, 2004). Peternel (2005) e Schrank & Souza Filho (1998)
obtiveram idade de 2,088 Ga e 2,1 Ga, respectivamente em rochas de
composição granítica a granodiorítica que ocorrem como lascas tectônicas nas
unidades metassedimentares.

Parte desses granitóides pode ser vinculada a fusão parcial do grupo


Mantiqueira e parte deles deve estar associado a pelo menos dois eventos de
acresção crustal por volta de 2,7 e 2,0 Ga (Cordani et al, 1973; Machado et al,
1996). Söllner & Trouw (1997) obtiveram idades de 1872 Ma ±11 Ma em
zircões (U-Pb), reforçando a hipótese de um evento acrescional a ~2,0Ga.

Todo o conjunto foi afetado por um evento tectônico Paleoproterozóico


apresentando metamorfismo até a fácies anfibolito. Parte desse embasamento
também foi afetado pelos eventos tectônico-metamórficos brasilianos.

2.2 Rochas supracrustais

2.2.1 Megassequência Andrelândia (1,0 - 0,6 Ga)

A Megasseqüência Andrelândia (MsA) é uma sucessão


metassedimentar de ate 1,5 km de espessura intercalada com rochas
metamáficas e metaultramáficas com idade estimada entre 1.0 e 0,6 Ga
(Paciullo, 1997; Paciullo et al. 2000). É subdividida nas sequências Carrancas e

12
Serra do Turvo, separadas por uma superfície erosiva gerada durante uma
regressão marinha associada provavelmente com o período glacial do
Ripheano tardio (980-850 Ma) (Paciullo et al., 2000) (Fig. 2.2 e Fig. 2.3).
Geologicamente é limitada a leste pelo Sistema de Nappes de Juiz de
Fora e a oeste pelo Sistema de Nappes Socorro - Guaxupé e pelos sedimentos
e rochas vulcânicas da Bacia do Paraná (Fig. 2.1). A MsA ocorre tanto nos
domínios alóctones como nos domínios autóctones da parte sul da Faixa
Brasília (fig. 2.6), constitui no domínio alóctone o sistema de nappes da referida
faixa. Essas rochas apresentam metamorfismo que varia desde a fácies xisto
verde ate granulito e localmente ocorrem retroeclogitos (Fig. 2.5).

Figura 2.2: Coluna estratigráfica da Megassequência Andrelândia. Extraído de Paciullo (1997)

13
Figura 2.3: Mapa geológico da zona de interferência entre as faixas móveis Brasília e Ribeira,
no sul de Minas Gerais. Unidades do embasamento: I) Greenstone Belts, II) Complexo
Mantiqueira, MS) Supergrupo Minas; Intrusões Paleoproterozóicas: GR) granitóides, MG)
gabróicas. Sequências Deposicionais Proterozóicas: SDT) Tiradentes, SDL) Lenheiro, SDC)
Carandaí, SDA) Andrelândia, Unidades da SDA: A1 e A2)biotita gnaisses bandados, com
intercalações de quartzitos, anfibolitos e xistos máficos/ultramáficos, A3) quartzitos com
intercalações de muscovita-xistos, A4)filitos/xistos cinzentos com intercalações subordinadas
quartzíticas, A5) biotita-xistos, A6) biotita-xistos / gnaisses grossos, com intercalações de
anfibolitos, quartzitos, metacherts e rochas calcissilicáticas. Áreas pretas) principais corpos
ultramáficos; GA) granitos anatéticos, NG) Nappe de Guaxupé, JTFS) Sistema de empurrões
de Juiz de Fora. Cidades: SJR- São João Del Rei, Ti- Tiradentes, Ba- Barbacena, Lv- Lavras,
Car- Carrancas, Lu- Luminárias, CC-Carmo da Cachoeira, TC- três Corações, C- Caxambu,
AND- Andrelândia, BJM- Bom Jardim de Minas. Extraído de Trouw et al. (2000). Área de
estudo marcada pelo polígono vermelho imediatamente a oeste do mapa.

Seqüência Carrancas

A seqüência Carrancas é formada por quatro associações (A1 a A4).


Trouw et al., (2006), agruparam as associações de litofácies propostas por
Paciullo (1997) em três unidades, São Vicente, São Tome das Letras e
Campestre.
Unidade São Vicente (A1+ A2): Constituída principalmente por
biotita gnaisses com estratificação delgada, lateralmente contínua, definida
pela alternância de camadas quartzo-feldspáticas mais ou menos ricas em
biotita com granulometria média a grossa e localmente com grânulos e seixos

14
finos arredondados. No topo da unidade ocorrem intercalações de a) quartzitos,
dispostos em sucessões com espessuras decimétrica a métrica; b) muscovita-
quartzo xistos, intercalados nos quartzitos; c) tremolita xistos, em camadas de
espessura decimétrica e geometria aparentemente tabular; d) escassos xistos
carbonáticos e mármores em camadas maciças, delgadas a médias,
intercaladas nos muscovita-quartzo xistos; e) anfibolitos.
Unidade São Tomé das Letras (A3): Composta por sucessões de
quartzitos em camadas delgadas a espessas (1m), de geometria
aparentemente tabular ou lenticular muito estendida, separadas por laminas
micáceas. Também ocorrem intercalações subordinadas de quartzo-muscovita
xistos em lâminas ou camadas delgadas isoladas ou agrupadas em sucessões
métricas, ocorrem com maior freqüência na base e no topo da unidade.
Unidade Campestre (A4): Composta por sucessões de filitos e xistos
cinzentos, de espessura até decamétrica.

Sequência Serra do Turvo.

Unidade Santo Antônio (A5): Composta exclusivamente por biotita


xistos/gnaisses, finos a médios, homogêneos, formando sucessões, com até
centenas de metros de espessura, geralmente sem estratificação visível. São
encontrados estratos de espessura até métrica, compostos pela alternância de
camadas tabulares delgadas de biotita xistos laminados e maciços.
Localmente, contêm fragmentos detríticos espalhados, de tamanho areia até
seixo fino, de plagioclásio, rochas plutônicas quartzo feldspáticas e quartzo de
veio.
As duas sequências gradam lateralmente e são recobertas pela
associação de Unidade Arantina (A6) que representa a sedimentação distal da
bacia contemporânea às cinco associações de litofácies acima, podendo ser
formada pelo retrabalhamento dessas unidades.
Unidade Arantina: Composta de sucessões de xistos e gnaisses
estratificados de granulometria grossa e espessura até decamétrica, separadas
por intercalações de quartzitos, rochas calcissilicáticas e anfibolitos, com
formas tabulares ou lenticulares estendidas.

15
As interpretações de tais unidades sugerem que a MsA representa a
deposição em uma bacia sedimentar de margem passiva (Ribeiro et al, 1995;
Paciullo, 1997 e Paciullo et al 2000). Paciullo (1997), com base em análises
químicas de anfibolitos toleíticos presentes associações de litofácies A1, A2 e
A6 interpretou uma cronologia de eventos relacionados à abertura da bacia.
Alguns dos anfibolitos presentes nas três unidades apresentam afinidade
química com basaltos continentais enquanto nas unidades A2 e A6 também
ocorrem anfibolitos com quimismo de basaltos tipo P-MORB. O autor
supracitado correlacionou o primeiro grupo a abertura da bacia e injeção de
basaltos em ambiente de rifteamento e o segundo grupo a implantação de uma
crosta proto-oceânica em um segundo momento de evolução da bacia.

2.3 Nappe Socorro Guaxupé (NSG)

A Nappe Socorro Guaxupé (Campos Neto e Caby, 1999, 2000; Campos


Neto, 2004; Peternel, 2005, Trouw et al, 2006) é uma lasca tectônica com 15
km de espessura empurrada sobre os metassedimentos da MsA e o
embasamento. Formada por rochas orto e paraderivadas, representa a raiz de
um arco magmático desenvolvido sobre a paleoplaca Paranapanema durante o
fechamento da bacia Andrelândia entre 670 e 625 Ma. O metamórfismo
alcançou seu auge entre 615 e 612 Ma e em 612 Ma registra-se plutonismo
pós-colisional sienítico (Campos Neto, 2004). A Nappe é separada em dois
lobos sinformais com um antiformal entre eles onde aflora um outro conjunto de
nappes da MsA e embasamento. Ao sul ocorre o lobo Socorro e a norte o lobo
Guaxupé (Fig.2.4).
Campos Neto (2004) subdivide a NSG em três conjuntos distintos todos
associados a crosta continental profunda:
a) Unidade Granulítica Basal (UGB),
b) Unidade Diatexítica Intermediária (UDI) e
c) Unidade Migmatítica Superior(UMS)
A UGB possui 3 km de espessura e é composta por gnaisses
enderbíticos a charno-enderbíticos intercalados em maior ou menor proporção
com gnaisses gabro-noríticos. No topo desta unidade ocorrem hornblenda e
biotita-hornblenda gnaisses tonalíticos a granodioríticos, com lentes de

16
metabasitos e bandas estromáticas de composição leuco-tonalítica a
trondhjemítica (Campos Neto & Caby, 2000).
Sobre a UGB ocorre a UDI, com 6 km de espessura é formada por
granada biotita diatexitos graníticos com intercalações de gnaisses kinzigíticos.
A textura migmatítica é descontínua e no entorno ocorrem corpos graníticos
porfiríticos deformados e leucogranitos de granulometria grossa com biotita-
hornblenda (Campos Neto & Caby, 2000).
A UMS é composta de migmatitos estromáticos paraderivados oriundos
da denudação do arco magmático. As rochas predominantes são gnaisses
bandados com granada-sillimanita-biotita que gradam para mica xistos
peraluminosos intercalados com quartzitos feldspáticos, gnaisses ricos em
quartzo, gnaisses calcissilicáticos, mármores e metaintrusivas máficas.
(Campos Neto & Caby, 2000).

2.4 Magmatismo Neoproterózoico

Regionalmente ocorre uma série de corpos intrusivos cuja gênese esta


ligada a diversos episódios da evolução das Faixas Brasília e Ribeira. Alguns
desses corpos já foram descritos no âmbito da Nappe Socorro Guaxupé, porem
outros mais novos estão intrudidos nas rochas dessa nappe, nas demais
escamas tectônicas Brasilianas e no embasamento.

2.4.1 Magmatismo relacionado a Faixa Brasília

Suíte mangerítica-granítica São José do Rio Pardo

Análises químicas e petrográficas indicam que essas rochas são


provenientes da fusão parcial da Unidade Granulítica Basal da Nappe Socorro
Guaxupé (Janasi e Vlach, 1997). São corpos deformados e metamorfizados de
composição mangerítica com hiperstênio a granítica. Janasi, (1999) e Campos

17
Neto & Caby (2000), subdividiram-nas em duas suítes pelos padrões químicos
e composicionais: Suíte Divinolândia e São Pedro de Caldas.

Na suíte Divinolândia, ocorrem corpos de composição mangerítica,


charnockítica, piroxênio dioritos e quartzo sienitos com raros granitos, sua
química apresenta características próximas a rochas anorogênicas. A suíte São
Pedro de Caldas formada por mangeritos, hornblenda granitos e granitos
hololeococráticos possui características químicas transicionais para rochas da
série cálcio alcalina (Janasi, 1999).

Granitóides porfiríticos cálcio-alcalinos

Formam dois batólitos, Socorro (Töpfner, 1996) e Pinhal-Ipuiúna (Janasi,


1999). Intrudidos na Unidade Superior e apresentando íntima relação com os
migmatitos regionais. São rochas cálcio-alcalinas de alto K, peraluminosas,
com composição monzonítica a monzogranítica e apresentam abundantes
enclaves máficos. (Janasi, 1989). São produto provavelmente da fusão de
rochas metassedimentares e metaígneas num período sin-orogênico (Janasi &
Vasconcellos, 1989; Figueiredo e Campos Neto, 1984).

Basei et al. (1995) e Janasi (1999) dataram zircões e monazitas (U-Pb)


das duas suítes descritas acima e encontraram idades de cristalização entre
632 e 620 Ma e metamorfismo entre 629 e 620 Ma. Os autores sugerem que
esses dois eventos magmáticos formam o arco continental relacionado a
subducção da paleoplaca São Francisco contemporâneo ao ápice metamórfico
principal da NSG .

Plútons Sieníticos

Estão incluídos nessa suíte os batólitos da Pedra Branca (Janasi et al.,


1993; Janasi & Vlach, 1997) e Capituva, encaixados na Nappe Guaxupé com
idades de cristalização entre 613 e 610 Ma (Janasi, 1999; Topfner, 1996). São
constituídos principalmente por álcali feldspato sienitos, de caráter potássico.

18
Sua colocação ocorre após o metamorfismo principal e ascensão das rochas
da Nappe; são rochas provenientes do fracionamento de líquidos básicos
encaixados em níveis crustais inferiores (Janasi, 1999) .

Granitos tardi-orogênicos

Ocorrem em toda a região da NSG, predominantemente associado a


zonas de cisalhamento de direção NNE-SSW. São batólitos com composição
variando de sienogranito a monzogranito, com trend cálcio-alcalino rico em K e
com idades de cristalização entre 590 e 580 Ma, relacionados com a fase final
de soerguimento da NSG (Ebert et al., 1995; Tassinari, 1988 e Janasi, 1986).

2.4.2 Magmatismo relacionado a Faixa Ribeira

Heilbron et al. (2000, 2004) e Heilbron e Machado (2003) identificaram


cinco eventos tectônicos relacionados com a evolução da Faixa Ribeira,
relacionando-os ao alojamento das rochas ígneas intrusivas . Estão descritos
aqui três desses eventos, que estão registrados na zona de interferência com a
Faixa Brasília:

Estágio Sin-colisional (595-565 Ma)

Este estágio provocou uma intensa granitogênese em toda a extensão


da Faixa Ribeira, incluindo a zona de superposição entre as duas faixas
móveis. Os corpos formados são, em sua maioria, granodioritos a leucogranitos
de trend cálcio-alcalino do tipo S peraluminosos e do tipo I metaluminosos,
provenientes do retrabalhamento crustal (Heilbron et al, 2000). Esses corpos
são em geral alongados na direção SW-NE e apresentam foliação e bandas
miloníticas paralela à estruturação principal da Faixa Ribeira.

19
Estágio Tardi-colisional (565 – 540 Ma)

Os granitóides gerados neste estagio apresentam uma foliação


incipiente e descontinua. Também foram gerados pelo retrabalhamento crustal
ocorrendo granitos do tipo I de caráter metaluminoso, com enclaves de rocha
básica, e secundariamente leucogranitos tipo S, peraluminosos com
composição variando de granodiorítica a granítica. O principal corpo desta fase
é o Batólito da Serra dos Órgãos (Heilbron et al., 2000; Heilbron & Machado,
2003).

Estágio Pós-colisional (540-520 Ma)

Tupinambá, (1999) e Almeida, (2000) descrevem relacionados a este


estagio batólitos e stocks de leucogranitos com caráter metaluminoso a
levemente peraluminoso, cálcio-alcalino. Ocorrem na forma de diques e plútons
subverticais relacionados com zonas de cisalhamento, com fraca foliação nas
bordas. Heilbron et al. (2000) e Heilbron & Machado (2003) também relacionam
esses corpos a retrabalhamento crustal de rochas do embasamento e de
sucessões metassedimentares.

20
Figura 2.4:- Mapa Geológico da Nappe Socorro-Guaxupé e do Domínio São Roque (extraído
de Heilbron et al, 2004, oriundo de Campos Neto & Caby 2000). 1 – bacias tardi-orogênicas; 2
– bacias pull appart; 3 – suítes charnockíticas e granitóides cálcio-alcalinos; 4 – plútons
sieníticos; 5 – intrusões sin-colisionais; 6 – Unidade Migmatítica Superior; 7 – Unidade
Diatexítica Intermediária; 8 – Unidade Granulítica Inferior; 9 – Megasseqüência Andrelândia; 10
– megasseqüências São João Del Rei e Carandaí; 11, 12, 13 – embasamento arqueano /
paleoproterozóico; 14 a 22 – Domínio São Roque; o retângulo azul mostra a localização da
área de mapeamento.

2.5 Metamorfismo

Trouw et al (2000) e Trouw et al (2003), caracterizam no sul de Minas


Gerais dois eventos metamórficos relacionados aos eventos termo-tectônicos
Brasilianos. O primeiro relacionado à Faixa Brasília (MB) e o segundo
relacionado a Faixa Ribeira (MR) (Fig. 2.5).

O MB apresenta condições de pressão elevada e de temperatura


moderada é um metamorfismo progressivo, do tipo barroviano que aumenta de
norte para sul, desde fácies xisto verde médio à anfibolito alto e granulito e
localmente ocorrem retroeclogitos (Trouw et al.,1980, 1984, 1986; Ribeiro &
Heilbron, 1982 e Heilbron, 1984 e 1985). As idades entre 604 e 611 Ma,
obtidas em metassedimentos da Megassequência Andrelândia e em
metaígneas do embasamento (Trouw & Pankhurst, 1993 e Machado et al.,
1996) foram relacionadas a esse primeiro pulso metamórfico.

21
Na unidade basal da NSG ocorrem associações minerais indicativas de
metamorfismo na fácies granulito de temperatura alta (Campos Neto e Caby,
2000). Janasi (1999) aponta idades entre 629 e 620 Ma, obtidas em granadas,
biotitas e rocha total, como relacionadas a geração dos granulitos basais e
evento contemporaneo ao magmatismo mangerítico-granítico e cálcio-alcalino
na nappe .

O segundo evento, MR, apresenta condições de pressão intermediaria e


temperatura elevada, e atingiu condições de fácies anfibolito na parte sul da
área mostrada na Fig. 2.5. Também está associada a uma intensa
granitogênese em toda área de atuação do metamorfismo. São reconhecidas
duas isógradas metamórficas subparalelas à orientação da Faixa Ribeira que
truncando a isógradas MB (sillimanita-in e cianita-out), definindo uma faixa de
ocorrência em desequilíbrio desses dois minerais (Ribeiro et al., 1990 Trouw &
Pankhurst, 1993; e Machado et al., 1996). Idades entre 584 e 565 Ma (U-Pb em
zircões, monazitas e titanitas) de metassedimentos da MsA e metaígneas do
embasamento (Machado et al., 1996 e Söllner et al., 1991) são relacionadas a
este pulso metamórfico na área de interferência entre as Faixas Móveis
Brasilianas (Fig.2.5).

Figura 2.5: Mapa metamorfico simplificado da zona de interferencia entre as faixas brasilia e
ribeira modificado de Trouw et al, 2000. Área de estudo marcada pelo polígono vermelho.

22
2.6 Geologia Estrutural

Na região sul de Minas Gerais, as rochas precambrianas apresentam


estruturas deformacionais bem diversas relacionadas aos dois eventos termo
tectônicos (ETT) a que foram submetidas no Neoproterozóico (Trouw et al,
1986).

Durante o ETT Brasília ocorreu uma subducção para WSW e posterior


colisão continente-continente, com um considerável espessamento crustal
(Dardenne, 2000). As estruturas deformacionais relacionadas a esse evento
são falhas e zonas de empurrão dúcteis com transporte tectônico de topo para
E (Trouw et al, 2000).

Durante o ETT Ribeira ocorreu subducção para SE e outra colisão


continente-arco de ilhas. Na zona de interferência entre as duas faixas de
dobramento são observadas dobras abertas e fechadas e cisalhamentos
reversos de topo para NW, relacionada a este segundo evento (Trouw et al.,
2000).

Nas nappes, geradas durante a estruturação da Faixa Brasília, são


reconhecidas duas fases deformacionais dúcteis progressivas (DB1 e DB2)
(Ribeiro et al, 1990; Ribeiro et al 1995; Peternel et al., 2005). A fase DB1 foi
responsável pelo deslocamento da Nappe Passos e Klippe Carrancas com topo
para ESE (Pacciulo, 1997). A fase DB2 gerou nappes com transporte tectônico
para ENE e o dobramento da klippe Carrancas em um sinformal fechado
(Ribeiro et al, 1995).

Na região de Três Corações, Trouw et al. (2000) descrevem sete nappes


empilhadas na seguinte ordem: Luminárias, São Tomé das Letras, Carmo da
Cachoeira, Cambuquira, Lambari, Varginha e Socorro-Guaxupé (Fig. 2.6).

Durante a estruturação da Faixa Ribeira, na zona de interferência, as


estruturas geradas anteriormente foram retrabalhadas e reorientadas. A
colisão Ribeira ocorreu na direção NW, portanto, as estruturas relacionadas a
ela são progressivamente menos intensas para NW na zona de interferência
(Trouw et al., 2000).

23
Heilbron et al. (2000 e 2004) subdividem DR em quatro fases
deformacionais (DR1 a DR4). Uma compressão NW-SE esta relacionada às
duas primeiras fases que foram continuas e geraram zonas de cisalhamento
reversas com transporte tectônico com topo para NW alem de dobras abertas.

A fase DR3 foi gerada por uma compressão E-W, e possui caráter dúctil-
rúptil (Heilbron et al., 2000 e 2004). As estruturas relacionadas a esta fase
incluem dobras abertas com eixo N-S e zonas de cisalhamento subverticais
transcorrentes destrais com direção NE-SW. Essas zonas de cisalhamento
hospedam milonitos e cataclasitos com mergulho íngreme para SE,
regionalmente se observam deslocamentos da ordem de 12 a 20 km (Almeida,
1994, Peternel, 2000, Trouw et al, 2003) (fig. 2.6).

A fase DR4 está mais bem representada fora da zona de interferência.


Apresenta dobras abertas com eixos subhorizontais a partir de compressão E –
W (Heilbron et al., 2000).
45°45’W 44°00’W
21°00’S

Legenda
Bt

Bt
Rochas Alcalinas KT
Granito

Nappe Guaxupé

Nappe Varginha & correlatos

Nappe Lambarí/Liberdade
Nappe Carmo da
Cachoeira / Andrelândia
Nappe São Tomé das Letras

Nappe Luminárias

Klippe Carrancas

Domínio Autóctone (MsA)

Lineações
Região de São João Del Rei

Faixa Brasília

Faixa Ribeira

Retroeclogitos

Falha ou zona de
cisalhamento transcorrente
Falha ou zona de cisalhamento
de baixo ângulo

22°40’S

Figura 2.6: Mapa tectônico da região sul de Minas Gerais, modificado de (Trouw et al 2000).
No quadro menor acima separação dos domínios tectônicos, I – autóctone; II e III – alóctone,
(extraído de Ribeiro et al., 1990). Área de estudo marcada pelo polígono vermelho.

24
3 Unidades de Mapeamento

Na região de Heliodora (Anexo I - folha topográfica Heliodora 1:50.000 -


SF-23-Y-B-II-2 IBGE, 1971) foram reconhecidas nove unidades geológicas
individualizadas por critérios de campo, petrografia, cronologia e correlações
regionais (Anexo I).

Estas unidades foram nomeadas seguindo sua correlação regional de


acordo com Paciullo (1997), Trouw et al. (2000) e Tavares (2007)

Também foram agrupadas unidades tectono-estratigráficas, separadas


por zonas de cisalhamento brasilianas, que compõem um conjunto de três
nappes individualizadas de acordo com observações de campo e correlações
regionais (esse tema será discutido no capítulo posterior).

Quatro grandes unidades tectônicas compõem a área de estudo:

a) Embasamento arqueano / paleoproterozóico, constituído de ortognaisses e


rochas metamáficas e metaultramáficas, separados em duas unidades de
mapeamento (Heliodora e Corpo Metaultramáfico do Fundão).

b) Megasseqüência Andrelândia, constituído de gnaisses, quartzitos, xistos e


rochas metamáficas e metaultramáficas agrupados em três unidades (São
Vicente, Santo Antônio e Arantina).

c) Nappe Socorro-Guaxupé, composta de ortognaisse, metamáficas e


metassedimentos agrupados em na Unidade Piranguinho,

d) Granitos sin a tardi tectônicos, três corpos, encaixados na MsA, NSG e


embasamento, inclui o Granito Santa Rita do Sapucaí (Tavares, 2007), granito
deformado encaixado em uma zona de cisalhamento correlacionada à fase de
deformação D4 (ver capítulo 5).

Recobrindo parcialmente todas as unidades ocorrem sedimentos


aluvionares cenozóicos, colúvios, coberturas detrito lateríticas e solos. No
mapeamento foram individualizados apenas sedimentos fluviais modernos nas
margens do Rio Sapucaí.

25
3.1 Embasamento

3.1.1 Ortognaisse Heliodora - APPh

Essa unidade ocorre em três regiões na área de estudo (Anexo I). A


primeira a leste e sudeste de Careaçu em um corpo alongado NE-SW; a
segunda, no vale entre a Serra de Santa Catarina e a cidade de Heliodora e a
terceira, a sul da cidade de Natércia. Nessas três regiões a unidade está
limitada por falhas de empurrão. Também ocorre como lascas tectônicas
intercaladas com os metassedimentos da Megassequência Andrelândia a NE
da área de estudo, na Serra das Águas. Em geral os afloramentos são lajedos
ou grandes blocos aproximadamente in situ.

O Ortognaisse Heliodora apresenta uma composição bastante


heterogênea e litotipos diversos. A unidade é formada por biotita hornblenda
ortognaisse localmente com granada. Apresenta três fácies, que não puderam
ser individualizadas no mapa: bandada, equigranular e porfirítica. As três
localmente apresentam-se migmatizadas ou milonitizadas. Comumente
ocorrem intercalações centimétricas a métricas de anfibolitos, e
ocasionalmente ocorrem intercalações de rocha metaultramáfica (tremolita
xisto). A composição dos ortognaisses varia de monzonítica a granodiorítica
(Fig. 3.1).

O ortognaisse porfirítico apresenta fenocristais deformados de K-


feldspato e plagioclásio (até 4cm) além de biotitas em nódulos e bandas (foto.
3.1), a granulometria é bastante variável devido a deformação heterogênea. A
rocha apresenta-se localmente milonitizada, principalmente nas proximidades
do contato com as demais rochas indicando que o contato é tectônico.
Também ocorrem ortognaisses com bandamento composicional centimétrico a
decimétrico, com bandas félsicas predominantemente quartzo-feldspáticas e
bandas máficas ricas em biotita e hornblenda.

26
Localmente o APPh apresenta estrutura migmatítica estromática, com
leucossoma predominantemente quartzo feldspático e melanossoma biotitítico;
o mesossoma é um gnaisse homogêneo fino a médio (Foto. 3.2). Em alguns
pontos ocorrem injeções graníticas obliquas a foliação.

Na região sudeste da área de mapeamento nota-se um forte incremento


de anfibólio e granada na composição das rochas do embasamento. Essa
unidade não foi individualizada no mapa pela falta de possibilidade de
determinar as relações cronológicas e de contato.

1 - alkali-feldspato
quartzolito
sienito

2 - monzodiorito
monzogabro
granitoide
rico em quartzo
3 - diorito, gabro
ito
an

t on

sieno- monzo- grano-


. gr

a lit
f sp

granito granito diorito


o
-
alk

q-diorito
q-alk-fsp quartzo- quartzo- q-monzodiorito
q-gabro
sienito sienito monzonito q-monzogabro
q-anortosito
1 sienito monzonito 2 3
A P

Figura 3.1: Diagrama de classificação de rochas ígneas plutônicas (Streckeisen, 1974) com a
composição das rochas da unidade APPh, variando entre monzogranito e granodiorito.
Plotadas com base em composição CIPW das amostras analisadas quimicamente.

27
a b

c d

e f

Fotografia 3.1: Seis aspectos do Ortognaisse Heliodora. a) afloramento HH-110, ortognaisse


porfirítico com fenocristais de K-feldspato deformados e arredondados. b) afloramento HH-128,
ortognaisse porfirítico mais deformado, fenocristais estirados e composição mais máfica. c)
afloramento HH-276, ortognaisse bandado, apresenta bandas quartzo feldspáticas e bandas
máficas predominantemente biotíticas. d) afloramento HH-315, detalhe do ortognaisse
porfirítico, porfiroclastos feldspáticos com formatos sigmoidais assimétricos; este corte não é
adequado para definir direção de movimento. e) ortognaisse bandado com raros fenocristais e
cortado por pegmatitos f) ortognaisse equigranular grosso.

28
Fotografia 3.2: Afloramento HH-44, aspecto do Ortognaisse Heliodora com estrutura
migmatítica estromática dobrada nas proximidades de Careaçu, NW da área.

PETROGRAFIA

O Ortognaisse Heliodora tem como minerais essenciais quartzo, K-


feldspato, plagioclásio, biotita e pontualmente hornblenda e granada. Entre os
minerais acessórios foram identificados titanita, apatita, zircão, alanita,
turmalina e muscovita. Opacos, clorita e calcita ocorrem como minerais
secundários. As composições variam de monzogranítica a granodiorítica. (Fig.
3.1).

A foliação principal é espaçada, anastomosada, marcada pela


orientação de cristais de biotita e hornblenda, que localmente ocorrem
intercrescidos (Fig. 3.3). Em algumas laminas há crescimento de muscovita nos
planos de foliação. Localmente observa-se matriz fina e porfiroclastos de
feldspatos, em áreas mais deformadas (Fig. 3.3).

O quartzo apresenta extinção ondulante, novos grãos e contatos


interlobulares, por vezes ocorrendo estirado. K-feldspato (microclina) e
plagioclásio (albita/ oligoclásio) apresentam subgrãos e novos grãos, também
ocorrem cristais com zoneamento composicional, geminação em cunha e
mirmequitas.

29
Quando a rocha esta milonitizada esses minerais se apresentam
alongados ou com textura manto núcleo (Passchier & Trouw, 2005).

Os minerais acessórios são em geral idiomórficos, isolados na matriz.


Em algumas lâminas a muscovita ocorre intercrescida estavelmente com biotita
e também em substituição de bordas de minerais (Foto. 3.3). Clorita, opacos,
sericita e calcita ocorrem substituindo outros minerais.

As rochas máficas intercaladas nos ortognaisses são anfibolitos com


mineralogia composta de, plagioclásio hornblenda e quartzo (essenciais) além
de titanita, apatita e opacos. Clorita, muscovita e calcita ocorrem como minerais
secundários.

30
a b

c d

Fotomicrografia 3.3: Aspectos micropetrográficos do Ortognaisse Heliodora; todas as


amostras com Nicois Cruzados e todas as amostras estão milonitizadas em maior ou
menor grau. a) Ortoclasio bordejado por sericita. b) biotitas deformadas, paralelas ao plano
de foliação principal, extinção ondulante. Pequeno grão isotrópico no centro é granada c)
Dois aspectos texturais no ortognaisse Heliodora, acima com matriz quartzo feldspática
fina, reduzida pela deformação, abaixo rocha porfirítica com porfiroclasto de K-feldspato. d)
Rocha muito rica em biotita, marcando a foliação, porfiroclasto de K-feldspato, circundado
pelas micas. e) Porfiroclastos arredondados de K-feldspato.

31
3.1.2 Corpo Metaultramáfico do Fundão (APPumf)

Ao sul da cidade de Natércia ocorre um corpo com aproximadamente 1


km² de rocha ultramáfica, com granulometria media a grossa, composto quase
exclusivamente de piroxênio. A rocha está em contato com ortognaisse
Heliodora do tipo biotita ortognaisse bandado, localmente migmatítico. Quando
fresca, a rocha apresenta coloração negra e com cristais de brilho metálico,
enquanto que alterada, a rocha apresenta cor ocre esverdeada ou laranja
intenso.

A maioria dos afloramentos desta unidade apresenta-se intensamente


intemperizados e em grande parte deles a rocha está fraturada em duas
direções preferenciais (Foto. 3.4). A rocha está localmente cortada por
pegmatitos, anfibolitos e pequenas zonas de cisalhamento. É provável que
esse fraturamento, mais intenso que o observado nas rochas encaixantes,
ocorra devido ao comportamento reológico diferenciado deste litologia frente às
sucessivas fases deformacionais que ocorreram na área.

Fotografia 3.4: Aspecto da rocha ultramáfica alterada nas proximidades de Natércia,


apresentando fraturas paralelas em duas direções preferenciais.

32
OL
Dunito

90

Olivina Clinopiroxenito
Lherzolito
60

Olivina Ortopiroxenito

10 10
Olivina Websterito
Websterito
OPX CPX

Figura 3.2: Diagrama de classificação de rochas ultramáficas, mostrando composição Olivina


Websterito das rochas metaultramáficas do Fundão a partir de contagem modal em lâmina
petrográfica.

PETROGRAFIA

Essa rocha é formada por olivina, plagioclásio, anfibólios, e clino e


ortopiroxênio como mineralogia essencial, além de clorita, talco, opacos,
anfibólios (tremolita-actinolita) como minerais acessórios (Foto. 3.5). A
composição modal da rocha indica uma composição Olivina Websterito (Fig.
3.2) segundo o diagrama de composição de rochas ultramáficas (Streckeisen,
1974). Porem trabalhos mais detalhados nesse corpo indicam que a
composição pode variar de harzburgitos a olivina piroxenitos, ocorrendo
preservadas apenas localmente estrutura bandada e textura cumulática (Angeli
et al., 2005).
Os cristais de olivina apresentam-se hipdiomórficos muito fraturados
substituídos parcialmente por clorita, talco e opacos, que ocorrem nas bordas e
preenchendo as fraturas desse mineral. Anfibólios de coloração marrom claro
(antofilita) ocorrem com formatos prismáticos curtos ou em seções basais
intercrescidos com os ortopiroxênios (Foto. 3.5).

Ortopiroxênios apresentam-se parcialmente substituídos por actinolita


e/ou clorita e opacos. Clorita preenche uma parcela significativa da rocha, que

33
apresenta alto grau de alteração (Foto. 3.6). A presença de clorita como
mineral secundário pode indicar que esse corpo sofreu um incremento
metassomatico de sílica e alumínio, elementos que originalmente não estavam
presentes em quantidade suficiente para gerar esse mineral.

A foliação não é bem desenvolvida, ocorrendo um fraco alinhamento dos


minerais metamórficos especialmente os anfibólios.

a b

c d

Fotomicrografia 3.5: Aspectos petrográficos do Corpo metaultramáfico do Fundão. As barras


em vermelho representam 500 µm. a) Nicois cruzados e b) Nicois paralelos: Composição da
rocha ultramáfica, composta de olivina, orotpiroxênio e anfibólio. Clorita e actinolita ocorrem
como minerais secundários. c) Nicois cruzados e d) Nicois paralelos: cristal de opx fraturado e
substituído parcialmente por actinolita, no entorno ocorrem olivinas fraturadas além de clorita e
opacos como minerais secundários.

34
a b

Fotomicrografia 3.6: Aspectos petrográficos do corpo metaultramáfico do Fundão. As barras


em vermelho representam 500 µm, todas as fotomicrografias com Nicois cruzados: a)
ortopiroxênio circundada por clorita e borda do grão com actinolita, alguns cristais de olivina
com cor de interferência alta. b) ortopiroxênio dobrado, na centro, pequenos cristais de
hiperstênio e raras olivinas na parte inferior da imagem, opacos e anfibólios como minerais
secundários.

3.2 Megassequência Andrelândia

3.2.1 Unidade São Vicente - Biotita Gnaisse bandado. – NP2asv

Essa unidade ocorre em quatro grandes faixas no mapa. Uma delas no


extremo NW da área, onde se apresenta muito alterada e parcialmente coberta
por sedimentos fluviais recentes, colúvio e solos. Duas faixas ocorrem no norte
da folha, no flanco norte e sul da Serra das Águas; e a última ocorre na parte
central da área de mapeamento, cobrindo parte do vale entre a Serra das
Águas e a Serra de Santa Catarina, e entre esta e a Serra da Manuela e Serra
de Santa Rita.

É composta de biotita granada gnaisse bandado, formada pela


intercalação de bandas milimétricas ricas em biotita e bandas centimetricas
quartzo feldspáticas. Em alguns lugares ocorrem ainda gnaisses homogêneos
finos de espessura métrica.

Intercalações centimétricas a decimétricas de quartzito, muscovita xisto


e anfibolito são freqüentes; rocha ultramáfica ocorre raramente. Ao sul do
município de Natércia, próximo a localidade de Fagundes ocorre uma área com
grande concentração de afloramentos de anfibolito em relação ao gnaisse, em
um trecho da estrada que liga a cidade de Natércia a localidade de Fagundes,

35
na borda leste da área, ocorre cerca de 30% de anfibolitos em relação ao
biotita gnaisse (vide Anexo I).

Comumente o gnaisse é cortado por pegmatitos, ricos em muscovita, em


sua maioria centimétricos a decimetricos (Foto. 3.7) e localmente formando
nódulos. Na região noroeste da área no município de Careaçu, ocorrem
pegmatitos de espessura métrica com turmalina e granada. Localmente
observam-se fraturas preenchidas por epidoto.

Nas proximidades da cidade de Heliodora, o contato do gnaisse com o


quartzito da Serra de Santa Catarina é transicional, mostrando um
enriquecimento em quartzo e empobrecimento em feldspatos e micas nas
proximidades do contato.

Em algumas regiões, predominantemente ao norte do município de


Santa Rita do Sapucaí, ocorre uma grande concentração de lentes e veios
graníticos, pouco ou nada deformados, com contatos irregulares e dimensões
centimetricas até métricas, sugerindo que se trata de fusão parcial in situ da
rocha encaixante. Esses corpos, devido a suas dimensões não foram
mapeados, porém estão indicadas no mapa as ocorrências pontuais destes
granitos (Anexo I).

Inserido nessa unidade ocorrem três faixas quartzíticas com 500m a


1000m de largura, alongadas NEE-SWW. Na parte norte da área, uma delas
sustenta a Serra de Santa Catarina, entre os municípios de Natércia e
Heliodora e uma outra corresponde a pequena elevação no vale entre a Serra
das Águas e a Serra de Santa Catarina. Na parte sul da área a terceira faixa
sustenta a Serra de Santa Rita.

Além de quartzito essas faixas contém intercalações de quartzitos


micáceos, quartzo mica xistos, e xistos com muscovita e silimanita.

Na Serra de Santa Catarina, ocorrem quartzitos micáceos de


granulometria média em camadas decimétricas intercaladas com lâminas e
camadas centimétricas ricas em muscovita. Os muscovita xistos, quartzo xistos
e muscovita quartzo xistos com silimanita finos a grossos ocorrem intercalados
com quartzitos, mais ou menos micáceos, em camadas centimétricas a

36
decimétricas. Localmente ocorrem afloramentos métricos de muscovita xisto,
porém na intercalação predominam quartzitos. Pontualmente ocorrem lentes
decimétricas a métricas de actinolita-tremolita xisto, derivado de rocha
ultramáfica.

Na faixa que ocorre entre a Serra das Águas e a cidade de Heliodora,


em uma elevação alongada NE-SW, ocorrem intercalações decimétricas a
métricas de quartzito com quartzo xisto e quartzo muscovita xisto. Nas
sucessões métricas de quartzitos ocorrem camadas decimétricas de quartzito
intercaladas com lâminas de micáceos (Foto. 3.9). Localmente a granulometria
dessas rochas é muito fina, indicando a presença de zonas de cisalhamento
(ver Cap. 5) cortando-a. Na Serra de Santa Rita a norte do município
homônimo, ocorrem quartzitos intercalados com quartzo xistos e biotita
gnaisses em escala centimétrica (Foto. 3.8).

Fotografia 3.7: Veios de pegmatito de espessura centimétrica a decimétrica cortando o biotita


gnaisse bandado.

Fotografia 3.8: Bloco de biotita gnaisse bandado dobrado. Em outro afloramento, veios de
pegmatito de espessura decimétrica cortando o biotita gnaisse muito alterado.

37
Fotografia 3.9: Detalhe das camadas de quartzito, onde se observam intercalações de filmes
de metapelito entre as camadas decimétricas. Ocorrem ainda dobras apertadas com plano
axial paralelo à foliação e dobras abertas, mais novas, com plano axial ortogonal.

PETROGRAFIA

As rochas desta unidade são compostas de quartzo, K-feldspato,


plagioclásio, biotita e granada como minerais essenciais. Anfibólios, alanita,
apatita, titanita, zircão e opacos ocorrem como minerais acessórios ou traços.
Muscovita ocorre como mineral secundário substituindo biotitas e bordejando
feldspatos. Pontualmente ocorre sillimanita, tanto prismática como fibrolitica.
(Foto. 3.10).

A foliação é dada pela orientação de minerais micáceos e sillimanita. Em


algumas amostras se observa a deflexão da foliação ao redor de porfiroblastos
de granada.

38
O quartzo apresenta extinção ondulante, subgrãos e novos grãos. Os
feldspatos apresentam subgrãos e novos grãos; raramente ocorrem estirados.
Apatita, alanita, titanita e zircão ocorrem como cristais isolados, idiomórficos,
na matriz. As granadas ocorrem como porfiroblastos com textura poiquilítica,
com inclusões de quartzo, feldspato, opacos e biotita. Clorita, opacos e sericita
ocorrem substituindo outros minerais.

Nas faixas quartzíticas ocorre muscovita como mineral secundário e


raros apatita, alanita, zircão e opacos como minerais acessórios. Em lâmina se
observa uma fraca foliação dada por bandas com granulometria diferente ou
por um alinhamento dos poucos minerais micaceos. Em algumas lâminas se
observa uma foliação oblíqua. O quartzo apresenta extinção ondulante,
subgrãos ou novos grãos, localmente recristalizado, com contatos
poligonizados (Foto. 3. 11).

a b

c d

Fotomicrografia 3.10: Aspectos petrográficos da Unidade São Vicente. As barras em vermelho


representam 500 µm, a), b) e d) com nicois cruzados e c) com nicois paralelos: a) cristal de
sillimanita em xisto intercalado nos biotita gnaisses. b) biotita, plagioclásio, e quartzo como
mineiras essenciais, granada e opacos ocorrem pontualmente, em biotita gnaisse. c) e d)
granada, biotita, plagioclásio e quartzo em biotita granada gnaisse.

39
Fotomicrografia 3.11: Quartzito da unidade São Vicente, a foliação é marcada pelo
alinhamento de minerais micaceos.Os contatos entre os grãos de quartzo são localmente
poligonizados.

3.2.2 Unidade Arantina - Granada Biotita Muscovita xisto - NPaar

Esta unidade ocorre na Serra das Águas, ocupando os dois flancos da


serra em uma sinclinal fechada. Engloba muscovita granada xistos e muscovita
biotita granada xisto, com pouco feldspato e com granulometria media a fina.
Localmente dentro desta unidade ocorrem intercalações menores de biotita
gnaisse e quartzito em camadas decimétricas. Nas proximidades dos contatos
tectônicos e da Zona de Cisalhamento Jesuânia (ver Cap. 4) encontra-se
milonitizada.

PETROGRAFIA

Esta unidade contém quartzo, K-feldspato, plagioclásio, muscovita,


biotita e granada como minerais essenciais. Alanita, apatita, titanita, zircão,
opacos e sillimanita fibrolitica ocorrem como minerais acessórios ou traços.
Também ocorre muscovita secundária substituindo biotitas e bordejando
feldspatos.

A foliação é dada pela orientação de minerais micáceos e sillimanita. Em


algumas amostras se observa a deflexão da foliação ao redor de porfiroblastos

40
de granada (Foto. 3.12). Localmente essas rochas estão milonitizadas
ocorrendo muscovita fish com orientação predominantemente destral e
subordinariamente sinistral (Foto. 3.13 e 3.14).

O quartzo apresenta extinção ondulante, subgrãos e novos grãos. Os


feldspatos apresentam subgrãos e novos grãos. Apatita, alanita, titanita e
zircão ocorrem como cristais isolados, idiomórficos, na matriz. As granadas
ocorrem como porfiroblastos com textura poiquilítica, com inclusões de quartzo,
feldspato, opacos e biotita.

Fotomicrografia 3.12: Porfiroblasto de granada com textura poiquilitica. A foliação dada pelos
minerais micáceos esta defletida ao redor da granada. A barra em vermelho marca a escala de
500µm.

Fotomicrografia 3.10

Fotomicrografia 3.13: Peixes de muscovita marcando uma foliação S-C em xisto milonitizado.
Em alguns pontos o sentido de movimento observado é sinistral. Barra em vermelho marca a
escala de 500µm.

41
Fotomicrografia 3.14: Muscovita marcando uma foliação S-C e C´ em xisto milonitizado;
porfiroclastos de feldspato também estão presentes. Sentido de movimento é destral. Barra em
vermelho marca a escala de 500µm.

3.2.3 Unidade Santo Antônio - Granada Biotita xisto – Npasa

Essa unidade ocorre no flanco sul da Serra das Águas com espessura
aproximadamente de 150m. É constituída de biotita xistos contendo quartzo, K-
feldspato, plagioclásio, biota e granada. As granadas são muito freqüentes e
em geral são milimétricas, raramente maiores que 1cm. A rocha não apresenta
estratificação e localmente ocorrem veios de quartzo lenticulares ou estirados
paralelamente a estruturação regional (Foto. 3.15). A maioria dos afloramentos
ocorre como grandes blocos arredondados ou lagedos abaulados.

Fotografia 3.15: Aspecto de campo do biotita xisto, mostrando os veios de quartzo lenticulares

42
PETROGRAFIA

Esta unidade é composta de quartzo, plagioclásio, biotita e granada


como minerais essenciais. Alanita, apatita, titanita, zircão, espinelio e opacos
ocorrem como minerais acessórios ou traços. Também ocorre muscovita
secundária substituindo biotitas.

A foliação é muito fraca, não sendo observada com clareza mas, em


alguns pontos se observa uma orientação de minerais micáceos e a deflexão
desses minerais ao redor de porfiroblastos de granada (Foto. 3.16 e 3.17).

O quartzo apresenta extinção ondulante, subgrãos e novos grãos. Os


feldspatos apresentam subgrãos e novos grãos. Apatita, alanita, titanita e
zircão ocorrem como cristais isolados, idiomórficos, na matriz ou como
inclusões em outros minerais. As granadas ocorrem como porfiroblastos com
textura poiquilítica, com inclusões de quartzo, feldspato, opacos, biotita,
espinélio e rutilo.

Fotomicrografia 3.16: Porfiroblasto de granada com inclusões de quartzo, rutilo, alanita,


espinelio e opacos. As biotitas da matriz não definem claramente a foliação, embora estejam
levemente defletidas em relação a granada. Barra em vermelho marca a escala de 500µm.

43
Fotomicrografia 3.17: Porfiroblastos de plagioclásio em matriz que inclui quartzo, feldspatos,
biotita, rutilo, alanita e opacos. As biotitas não apresentam direção preferencial de crescimento.

3.3 Nappe Socorro-Guaxupé

3.3.1 Unidade Piranguinhos – NP2pi e NP2ps

Esta unidade ocorre no sul da área, sobreposta tectonicamente as


demais unidades. Limita-se pelo empurrão basal da Nappe Socorro com o
embasamento e a Megasseqüência Andrelândia. Os afloramentos estudados
estão em cortes de estradas, lajedos e grandes serras que compõem o sul da
área mapeada.

Tavares (2007) identificou esta unidade em área adjacente a sul,


descrevendo rochas que possuem composição charnoenderbíticas a
enderbíticas e gabronoríticas (Opx-ortognaisses e Opx-metabasitos)
intercalados com rochas de assembléias minerais sem ortopiroxênios.

O autor supracitado constatou que estas rochas com ortopiroxênio são


mais freqüentes na base da unidade, e sua ocorrência diminui para o topo, e
considerou todas as rochas desta unidade como pertencentes à fácies
granulito, não individualizando as Unidade Granulítica Basal e Unidade
Diatexítica Intermediaria como proposto por Campos Neto e Caby (2000), para

44
a Nappe Socorro Guaxupé. No presente trabalho será mantido a nomenclatura
proposta por Tavares (2007), devido a continuidade geográfica da unidade,
mesmo tendo-se observado ortopiroxênio em apenas um afloramento.

Essa unidade ocorre como um corpo alongado NE-SW, na região


sudeste da área nas proximidades da localidade de Fagundes, no município de
Santa Rita do Sapucaí. Trata-se de um ortognaisse de matriz fina, com
abundantes fenocristais de K-feldspato hipidiomórficos e alguns idiomórficos,
com tamanhos que variam predominantemente entre 0,3 e 1 cm com raros
exceções de até 5 cm (Foto. 3.18). Em alguns afloramentos, a distribuição de
fenocristais é irregular, havendo faixas muito ricas e faixas muito pobres em
estes cristais. Também ocorrem intercalações de pegmatito e anfibolito e
raramente rocha ultramáfica (Foto 3.18). A composição varia de monzogranito
a granodiorito (Fig. 3.3).

Intercalado aos ortognaisses ocorrem faixas de rochas


metassedimentares, quartzitos micáceos e granaditos (possivelmente
metachert), gnaisses muito ricos em quartzo e granulito. Essas rochas são
raras e estão concentradas nas proximidades de uma zona de cisalhamento
que corta o corpo ígneo (ver Cap.5). Na região mais deformada observa-se
uma rocha paraderivada com textura filonítica (Foto. 3.18). Entre os
metassedimentos intercalados ocorre quartzito feldspático com
aproximadamente 70% de quartzo e 15% de feldspatos. A rocha está
milonitizada e apresenta porfiroclastos de K-feldspato. A sudeste da área nas
proximidades do limite da área de mapeamento ocorre um afloramento de
rocha gnáissica com mineralogia composta de biotita, granada, clinopiroxênio e
anfibólio, como minerais essenciais e com granulometria fina a media (na
fácies granulito), essa rocha ocorre em leitos decimétricos e apresenta
intercalações de anfibolito e pegmatito.

45
Q

1 - alkali-feldspar quartzolito
sienito

2 - monzodiorito
monzogabro
granitoide
rico em quartzo
3 - diorito, gabro

i to
an

ton
sieno- monzo- grano-

gr
granito

alit
s p.
granito diorito

o
--f
alk

q-diorito
q-alk-fsp quartzo- quartzo- q-monzodiorito
q-gabro
sienito sienito monzonito q-monzogabro
q-anortosito
1 sienito monzonito 2 3
A P

Figura 3.3: Diagrama de classificação de rochas ígneas plutônicas (Streckeisen, 1974) com a
composição das rochas da unidade NP2pi, variando entre monzogranito e granodiorito.
Plotadas com base em composição CIPW das amostras analisadas quimicamente.

46
a b

c d

e f

Fotografia 3.18: Aspectos dos afloramentos da Unidade Piranguinhos: a) rocha ortoderivada


dobrada com matriz fina e feldspatos milimetricos. b) rocha ortoderivbada muito rica em K-
feldspatos, alguns elongados, nas proximidades da zona de cisalhamento. c) intercalação da
unidade porfiritica com lentes de anfibolito e rocha ultramáfica todos intensamente deformados
na região da zona de cisalhamento. d) rocha pouco afetada pela zona de cisalhamento,
apresenta fenocristais de K-feldspato com tamanhos variados em matriz fina; na parte superior
ocorre um megacristal e/ou porfiroclasto de K-feldspato de tamanho centimétrico. e)
Afloramento da unidade paraderidada intercalada nos ortognaisses, gnaisse muito rico em
granada pontualmente, ocorrem leitos com 80% de granada. f) gnaisse paraderivado quartzo
feldspático na região da zona de cisalhamento, com textura filonítica.

47
PETROGRAFIA

Os ortognaisses da Unidade Piranguinhos são compostos de quartzo, K-


feldspato, plagioclásio e biotita como minerais essenciais; granada ocorre
localmente como mineral essencial, geralmente como acessório. Também
ocorrem opacos, clorita, zircão, alanita e apatita, como minerais acessórios.
Muscovita secundaria ocorre em quase todas as amostras.

A rocha apresenta-se fortemente deformada com uma foliação marcada


pelos minerais micaceos, primários ou secundários (Foto. 3.19); a matriz fina
engloba porfiroclastos de K-feldspato idiomórficos ou hipdiomórficos. O formato
e as dimensões desses fenocristais são variáveis, dependendo da intensidade
da deformação sofrida pela rocha. A rocha apresenta feições de deformação
dúctil, como dobras, e clastos de feldspato estirados e com textura manto
núcleo, mas também apresenta estruturas rúpteis, como falhas em grãos
cortando a matriz da rocha (ver Cap. 5).

Quando visíveis na matriz, os grãos de quartzo apresentam extinção


ondulante e novos grãos. Os feldspatos apresentam subgrãos e novos grãos
ou ocorrem estirados com extinção ondulante (Foto 3.19).

Apatita, alanita e zircão ocorrem como cristais isolados, idiomórficos, na


matriz. Clorita, opacos e sericita ocorrem substituindo outros minerais. Em
praticamente todas as amostras a biotita esta parcialmente substituída por
muscovita, que também ocorre bordejando clastos de feldspato.

Os metassedimentos (NP2ps) intercalados no NP2pi, são quartzitos


micaceos, gnaisses quartzo feldspáticos milloniticos (Foto. 3.20) granaditos
(rocha gnáissica muito rica em granada) com ate 80% de granadas em matriz
quartzo feldspática (Foto. 3.20), possivelmente um metachert. Os afloramentos
de gnaisse encontrados estão nas proximidades da zona de cisalhamento. As
rochas se apresentam ultramiloníticas com raros porfiroclastos de feldspato e
granada. Entre essas rochas ocorre um afloramento de gnaisse com
ortopiroxênio (Foto. 3.21). A partir da ocorrência desse mineral e levando-se
em conta a continuidade da unidade com a mapeada por Tavares (2007),
assumiu-se que essa unidade esta na fácies granulito (ver Cap. 6). O

48
afloramento de granulito descrito no item acima possui características
petrográficas distintas das demais rochas desta unidade. Sua mineralogia é
composta de granada, plagioclásio K-feldspato, anfibólio, clinopiroxênio e
biotita como minerais essenciais, alem de opacos, titanita, sericita, alanita,
clorita, e calcita como minerais acessórios. Os minerais micaceos formam uma
foliação bem marcada e que circunda os porfiroblastos de granada e feldspato.
A associação mineralógica indica fácies metamórfica granulítica, porem não
foram encontrados outros afloramentos desta rocha.

49
a b

c d

e f

Fotomicrografia 3.19 Aspectos petrográficos do ortognaisses da Unidade Piranguinhos, barra


em vermelho indica a escala, 500 µm. A direita Nicois paralelos, a esquerda Nicois cruzados: a)
e b) Fenocristal/porfiroclasto de K-feldspato deformado, bordejado por muscovita, em matriz
fina recristalizada, lamina orientada mostrando movimento destral, fitas de feldspatos estirados.
c) e d) foliação bem marcada pelo alinhamento de cristais micaceos, biotita parcialmente
substituída por muscovita. e) e f) porfiroclasto de K-feldspato deformado, mostrando movimento
destral, relacionado à zona de cisalhamento, a foliação esta bem marcada por laminas de
biotita/muscovita e cristais de quartzo e feldspato estirados na matriz, muito deformada.

50
a b

c d

Fotomicrografia 3.20: Aspectos petrográficos das rochas paraderivadas intercalada na


Unidade Piranquinhos. a) e b) Nicois paralelos e cruzados respectivamente. Porfiroblasto de
feldspato em matriz quartzo feldspática; foliação levemente defletida ao redor do porfiroclasto
em quartzito feldspático. c) microporfiroclasto de feldspato em matriz quartzo feldspática. d)
granadito, rocha com cerca de 80% de granada e biotitas, opacos e quartzo nos interstícios.
Barra em vermelho marca a escala de 500µm.

51
a b

c d

Fotomicrografia 3.21: Aspectos petrográficos das rochas metassedimentares intercalados na


Unidade Piranguihos, barra em vermelho indica a escala, 500 µm. A direita Nicois paralelos, a
esquerda Nicois cruzados: a) e b) matriz quartzo feldspática com biotita, porfiroblastos de
granada e ortopiroxênio. c) e d) pórfiroblasto de granada com as bordas substituidas por
sericita/muscovita e pórfiroclasto de feldspato com núcleo preservado e manto deformado e
recristalizado, matriz muito fina rica em minerais micaceos.

3.4 Intrusivas sin a tardi tectônicas

3.4.1 Granito / Granito Gnaisse. NP3γγ3srs e NP3γγ3g

No extremo SW da área ocorre um corpo granítico de aproximadamente


0,5 km de extensão. Está encaixado em uma zona de cisalhamento D4
(Tavares, 2007) (ver capítulo 4), intrusivo nas rochas da Nappe Socorro. Aflora
nas proximidades de Santa Rita do Sapucaí, com excelente exposição de
lagedos nas encostas e no topo dos morros.

52
Apresenta composição monzogranítica (Fig. 3.4), textura homogênea
equigranular porfirítica com fenocristais de K-feldspato (microclina) de até 2cm
(Foto 3.22). A foliação é marcada principalmente por fenocristais idiomórficos
de K-feldspato entrecortada por bandas de deformação estreitas
anastomosadas. Em alguns pontos esta foliação está obliterada por uma
foliação protomilonítica a ultramilonítica.

Também ocorrem outros dois corpos graníticos/ granito-gnaisse de


dimensões mapeáveis em outros pontos na área, ao sul da cidade de Heliodora
e ao sul da cidade de Natércia. São rochas com características muito parecidas
com o granito Santa Rita do Sapucaí, que por vezes não apresentam
deformação, sendo, portanto interpretados como produtos da fusão parcial das
rochas encaixantes, de idade sin a tardi tectônicas.

1 - alkali-feldspar quartzolito
sienito

2 - monzodiorito
monzogabro
granitoide
rico em quartzo
3 - diorito, gabro
o
ranit

to n

sieno- monzo- grano-


p..g

granito
ali t

granito diorito
--f s

o
alk

q-diorito
q-alk-fsp quartzo- quartzo- q-monzodiorito
q-gabro
sienito sienito monzonito q-monzogabro
q-anortosito
1 sienito monzonito 2 3
A P

Figura 3.4: Diagrama de classificação de rochas ígneas plutônicas (Streckeisen, 1974) com a
composição das rochas da unidade NP3γ3g, com composição monzogranítica. Plotada com
base em composição CIPW da amostra analisada quimicamente.

53
Fotografia 3.22: Aspecto do granito leucocrático pouco deformado intrudido em ortognaisses
do embasamento a deformação é heterogenea: por vezes apresenta feldspatos estirados,
relacionado a ZCSR (Cap. 5) ou textura equigranular.

PETROGRAFIA

O monzogranito é composto de quartzo, K-feldspato, plagioclásio, biotita


e muscovita como minerais essenciais e alanita, zircão, turmalina, titanita e
opacos como acessórios (Foto 3.23). Também ocorrem muscovitas
secundarias substituíndo biotitas e bordejando outros minerais.

Quartzo, K-feldspato e plagioclásio apresentam freqüentemente extinção


ondulante, Biotita ocorre em aglomerados descontínuos, marcando a foliação.
Ocorrem porfiroclastos deformados de K-feldspato e plagioclásio, apresentando
por vezes geminação em cunha.

54
a b

Fotomicrografia 3.23 Aspectos petrográficos do granito Santa Rita do Sapucaí; barra em


vermelho indica a escala, 500 µm. Ambas com Nicois cruzados: a) matriz quartzo feldspática,
porfiroclastos de K-feldspato com geminação em cunha. b) matriz quartzo feldspática,
porfiroclastos de plagioclásio, biotitas e muscovitas alinhadas formado uma foliação mal
desenvolvida.

55
4 Unidades tectônicas

Na região sul de Minas Gerais ocorre uma série de escamas tectônicas


e/ou nappes empilhadas durante a estruturação da faixa de dobramento
Brasília e posteriormente deformadas durante a orogenia Ribeira. Essas
nappes foram estudadas por diversos pesquisadores., No presente trabalho
será apresentado e adotado a classificação e nomenclatura propostas por
Trouw et al. ( 2000, 2006) e Peternel et al.( 2005).

Os autores supracitados identificaram, na região entre Três Corações-


MG, e Varginha, sete nappes, com transporte tectônico para ENE, nomeadas
da base para o topo como: Luminárias, São Tomé das Letras, Carmo da
Cachoeira, Lambari, Varginha e Guaxupé (Fig. 2.6).

Na área de Heliodora, foram mapeadas parte de algumas dessas


nappes, através de critérios de campo e correlação com áreas adjacentes já
mapeadas pelos autores citados acima e por Tavares (2007). Foram
identificadas as seguintes nappes, em ordem de empilhamento estratigráfico:
Carmo da Cachoeira, Lambari e Socorro/Guaxupé (Fig. 4.1). O contato dessas
unidades tectônicas é marcado por falhas de empurrão, em geral com milonitos
associados e lineações de estiramento predominantemente com caimento
suave para SW ou NE indicando a direção de transporte tectônico., Indicadores
cinemáticos em laminas delgadas e em campo mostram o sentido do
movimento com topo para ENE (Fig. 4.2). Na área mapeada essas unidades
são cortadas por três zonas de cisalhamento (Fig. 4.1 e 4.2), Zona de
Cisalhamento Jesuânia e Zona de Cisalhamento Santa Rita do Sapucaí ambas
de caráter dúctil rúptil destrais e Zona de Cisalhamento Conceição das Pedras
de caráter rúptil dúctil compressiva, todas elas relacionadas a evolução do
orógeno Ribeira (ver cap. 5).

56
425000 430000 435000 440000 445000
7565000

7565000
15

ZCJ

1
7560000

7560000
25

3
18
7555000

7555000
20
1

20

20
7

12
7550000

7550000
40
B
20
7545000

7545000
A
P
ZCC
20

70
10

57
7540000

7540000

SR
ZC
23
10

425000 430000 435000 440000 445000


0 2.500 5.000
m
Estruturas
Legenda
L2
Empilhamento Tectônico das Nappes
Nappe Socorro-Guaxupé L3/L4
Nappe Lambari Falha de Empurrão
Nappe Carmo da Cachoeira Zona de Cisalhamento
trascorrente ou compressiva

Figura 4.1: Mapa tectônico da área de Heliodora, mostrando o empilhamento das nappes, as
lineações e as zonas de cisalhamento referentes aos transportes tectônicos relacionados as
orogêneses Brasília (L2) e Ribeira (L3/L4). ZCJ - Zona de Cisalhamento Jesuânia, ZCCP –
Zona de Cisalhamento Conceição das Pedras, ZCSR – Zona de Cisalhamento Santa Rita do
Sapucaí. As Lineações L2 são referentes ao transporte tectônico doa Faixa Brasília e as
lineações L3 e L4 referente a faixa Ribeira. A seta maior indica a direção de transporte das
Nappes da Faixa Brasília.

57
SW NE SW NE
SW NE

A - NNW A’ - SSE
D2 ZCCP 1500m
ZCJ

1000m

500m

Figura 4.2: Seção tectônica AA’ da área de Heliodora, mostrando o empilhamento das nappes, e as zonas de cisalhamento. ZCJ - Zona de Cisalhamento
Jesuânia, ZCCP –Zona de Cisalhamento Conceição das Pedras. Acima a relação das lineações (estereogramas) e indicadores cinemáticos mostrando
respectivamente a direção e o sentido de transporte tectônico das nappes e Zonas de Cisalhamento, da direita para a esquerda: Nappe Socorro- t, ZC
Conceição das Pedras, Nappe Lambari, ZC Jesuânia. Escala horizontal igual a escala vertical (sem exagero vertical).

58
5 Geologia estrutural

Na área estudada é possível reconhecer estruturas relacionadas a


quatro fases de deformação sucessivas D1 a D4, equivalentes com as
estruturas observadas por Peternel (2005) e Tavares (2007) em áreas
adjacentes a leste e a sul respectivamente.

5.1 Fase deformacional D1

Esta fase deformacional foi observada em lâminas petrográficas, na


forma de clivagens crenuladas em rochas do embasamento, parcialmente
transpostas pela foliação principal S2 (Foto 5.1). Em afloramentos essas
estruturas estão quase completamente obliteradas pela fase deformacional
posterior, D2, não sendo observada com clareza. Na área adjacente a leste,
Peternel (2005) observou trilhas de minerais orientadas dentro de granadas
crescidas durante o primeiro evento metamórfico, e constatou que a estrutura
principal S2, foi gerada pelo dobramento da foliação anterior S1.

As estruturas D1 observadas estão associadas ao primeiro evento


acrescional da faixa Brasília (Trouw et al., 2000), que na região de Carrancas
(a nordeste da área mapeada), gerou o transporte para SE de nappes
formadas por rochas da MsA, sobre rochas autóctones da MsA e do
embasamento (Paciullo, 1997; Peternel et al., 2005).

59
Fotomic

Fotomicrografia 5.1: Imagem da esquerda com Nicois cruzados, imagem da direita com Nicois
paralelos. Barra em vermelho com 500 µm. Foliação S1 (subhorizontal) crenulada por S2
(subvertical)em ortognaisse do embasamento.

5.2 Fase deformacional D2

Esta fase deformacional gerou a foliação principal, S2, observada na


área. Distingue-se pela orientação preferencial de minerais micaceos
transpondo quase totalmente as estruturas da fase anterior. A foliação S2 é
paralela a anastomosada, bem definida. Sua atitude varia bastante através da
área, mas em geral apresenta mergulhos íngremes ora para NW ora para SE
(Fig. 5.1). Associada a esta fase também se observa dobras fechadas a
isoclinais com plano axial em geral paralelo a S2 variando entre 165/30 e
207/70 e com eixo com caimento suave para ENE (Foto 5.2 e 5.3).

Durante o evento D2 foi desenvolvido um sistema de nappes com


transporte tectônico para ENE. Lineações de estiramento e minerais L2 com
caimento suave para SW, ou NE indicam a direção do movimento enquanto
indicadores cinemáticos observados em laminas delgadas com topo para ENE
indicam o sentido (Fig. 5.2 e Foto 5.3).

Entre os indicadores cinemáticos encontrados destaca-se microestrutura


do tipo mica fish, que ocorrem em diversas lâminas (Foto 5.4); planos S/C e
porfiroclastos de feldspato com estruturas do tipo stair stepping ocorrem com
menor freqüência. A maioria dos indicadores cinemáticos é concordante com o
transporte tectônico das nappes com topo para ENE.

60
Em alguns dos afloramentos de quartzitos da Unidade Santo Antônio na
Serra de Santa Catarina é possível observar a relação entre S2: 184/65 e S0:
325/40.

Estas estruturas estão associadas ao segundo evento acrescional da


parte sul da faixa Brasília (Trouw et al., 2000), que corresponde a colisão entre
os paleocontinentes São Francisco e Paranapanema.

N=283 K=100.00 Sigma=2.830 Peak=12.39


Lower hemisphere - S2

12 %
11 %
10 %
9%
8%
7%
6%
5%
4%
3%
2%
1%

Figura 5.1: Estereograma das linhas de maior caimento dos planos S2 na área de estudo. As
medidas constituem uma guirlanda devido ao redobramento da fase posterior, D3, com eixo
ENE-WSW e plano axial íngreme. N=283

61
N=52 K=100.00 Sigma=0.520 Peak=13.34
Lower hemisphere - L2

12 %

10 %

8%

6%

4%

2%

Figura 5.2: Estereograma das lineações L2, com maior concentração das medidas em duas
modas a SW e NE com máximas de atitudes de 237/02 e 58/03. A lineação L2 é interpretada
como indicativo da direção do transporte tectônico das nappes no sentido NE-SW . N=52

NE SW

Fotografia 5.2: Afloramento de quartzito da Unidade São Vicente (ponto HH-30), mostrando
estruturas das fases D2 e D3. Em vermelho plano axial de dobra D2, paralelo a foliação
principal S2: 165/30, em azul plano axial de dobra D3 redobrando a anterior com atitude
030/75

62
SW NE

Fotografia 5.3: Dobras fechadas D2 em ortognaisse da Unidade Piranguinhos, (ponto HH-


471).

SW NE

a b

W E

Fotomicrografia 5.4: Indicadores cinemáticos do tipo mica fish indicando o sentido da


movimentação tectônica das nappes, topo para ENE. Barra em vermelho indica a escala
500µm, nicois cruzados. a) muscovita xisto da Unidade Santo Antônio, ponto MH-08 (Nappe
Lambari); b) muscovita, granada silimanita xisto da Unidade Santo Antônio, ponto HH- 428
(Nappe Carmo da Cachoeira); c) muscovita xisto da Unidade Santo Antônio, ponto MH-08
(Nappe Lambari).

63
5.3 Fase de deformação D3

A deformação D3 gerou grandes dobras abertas, com plano axial


íngreme e normalmente ortogonais a S2 (Foto. 5.2 e 5.5). As dobras são
observadas em escala de afloramento e regional na forma de sinformais e
antiformais abertos em toda a área (Anexo I). Elas são também perceptíveis
através do estereograma das foliações S2 que apresenta uma guirlanda com
eixo de suave caimento ora para NW ora para SE (Fig. 5.1). Em algumas
laminas é possível observar minerais (biotitas, principalmente) formados ou
orientados durante D2, dobrados pelas deformação D3. (Foto 5.6).

Relacionado a fase D3, ocorre uma grande zona de cisalhamento, a


Zona de Cisalhamento Conceição das Pedras (ZCCP – Peternel, 2005), com
extensão de aproximadamente 20 km. Ocorre no sul da área, na região de
Fagundes, município de Santa Rita do Sapucaí.

A ZCCP é uma zona compressional com direção NE-SW como indicado


pelas lineações de estiramento down dip (Fig. 5.3). No campo não foram
observados indícios de movimento relativo horizontal, porém ocorrem
indicadores cinemáticos em lâminas delgadas com indicio de movimentação
destral (Foto 5.8). Trata-se de uma falha reversa com bloco alto a S-SE e com
ângulo de mergulho de 60º em média, podendo chegar a verticalidade. A leste
da área, associado a ZCCP ocorre o Granito Pedra Branca, com idade de 575
Ma (U-Pb em zircão, Peternel, 2005).

A ZCCP possui caráter rúptil dúctil e a ela estão associados milonitos de


temperatura baixa, indicado por estruturas microtectônicas como porfiroclastos
de feldspatos fragmentados por falhas microscópicas (Foto 5.7). O processo
de recristalização do quartzo do tipo bulging (Foto 5.8) também corrobora com
a baixa temperatura de formação (entre 300 e 400º - Passchier & Trouw, 2005)
para essas rochas miloníticas.

Em toda a área, porém mais abundantes no sul, ocorrem pequenas


zonas de cisalhamento subverticais com orientação N-S, em escala de
afloramento com cinemática sinistral (Foto. 5.9). São possivelmente associadas

64
a zonas de cisalhamento maiores com orientação similar e mesma cinemática
que ocorrem em área contígua a leste como por exemplo a Zona de
Cisalhamento Maria da Fé (ZCMF - Peternel, 2005), com idade 587 Ma (U-Pb
em zircão, Zuquim, 2008) .

As datações radiométricas e as semelhanças com estruturas descritas


na literatura referente a estruturação da faixa Ribeira indicam que estas ZC
estão associadas a evolução da faixa Ribeira (Peternel, 2005) na fase de
deformação DR1 de Peternel et al. (2005).

Fotografia 5.5 Dobras isoclinais D2 redobradas em dobras muito suaves D3 em quartzitos da


Unidade São Vicente (ponto HH-31)

Fotomicrografia 5.6: Muscovitas sin D2 dobradas pela fase D3, em xisto da Unidade Santo
Antônio (traço do plano axial D3 em amarelo)

65
a b

Fotomicrografia 5.7: Estruturas microtectônicas de caráter rúptil, em milonitos de protólito


ígneo associados a ZCCP. a) cristal de hornblenda fragmentado em estrutura do tipo
bookshelf; b) e c) cristais de quartzo e feldspato estirados, praticamente sem recristalização.
Essas estruturas também indicam temperatura baixa a media para a formação do milonito.

Figura 5.3: Estereograma das lineações minerais e de estiramento relacionadas a terceira fase
de deformação; essas lineações são em sua maioria relacionadas a ZCCP, e representam a
movimentação up dip e/ou obliqua desta zona de cisalhamento. N= 7

66
W E W E

a b

WSW ENE

Fotomicrografia 5.8: Estruturas microtectônicas em ultramilonitos de protólito


metassedimentar associados a ZCCP, ponto HH-420. a) e b) indicadores cinemáticos do tipo
muscovita fish indicando movimentação com topo para E. Os cristais de quartzo apresentam
recristalização pelo mecanismo de bulging, o que indica temperatura relativamente baixa; c)
indicadores cinemáticos do tipo planos C-C’ indicando movimentação com topo para ENE.

Fotografia 5.9: Zona de cisalhamento sinistral, em escala de afloramento no sul da área


mapeada, relacionada a terceira fase de deformação, D3. (ponto HH-213)

67
5.4 Fase deformacional D4

Associa se a essa fase deformacional a ocorrência de duas zonas de


cisalhamento. A Zona de Cisalhamento Jesuânia (ZCJ – Peternel, 2005), com
extensão de 27 km na área estuda, ocorre a norte da cidade de Heliodora. A
outra, a Zona de Cisalhamento Santa Rita do Sapucaí (ZCSR, Tavares, 2007),
com extensão de aproximadamente 5 km ocorre na zona urbana da cidade
homônima no sul da área.

A ZCJ é uma zona de cisalhamento de caráter rúptil dúctil, transcorrente


anastomosada destral com direção ENE-WSW e mergulho variando entre 50º e
90º ora para sul ora para norte (Fig. 5.5). Lineações de estiramento e minerais
indicam direção de movimento subhorizontal (ENE-WSW, Fig. 5.5). Em lâminas
delgadas foram observados indicadores cinemáticos destrais (Foto 5.11). Em
escala de mapa observa-se um deslocamento horizontal aparente de
aproximadamente 12 km, observado em camadas de sucessões quartzíticas
intercaladas na unidade São Vicente (Fig. 5.4).
A essa zona de cisalhamento estão associados milonitos de média a alta
temperatura (500-700º, Passchier & Trouw, 2005) compatíveis com a fácies
anfibolito, indicado pelos grãos de quartzo recristalizados por recristalização
dinâmica (Foto. 5.10) (Passchier & Trouw, 2005).
A Zona de Cisalhamento Santa Rita do Sapucaí é uma zona de
cisalhamento transcorrente destral com direção NE-SW e mergulho variando
de 60 e 85 para SE. Indicadores cinemáticos microtectônicos (Foto 5.12),
confirmam a movimentação destral. Essa zona de cisalhamento corta a
Unidade Piranguinhos e afeta mais intensamente uma sucessão quartzítica
intercalada nessa unidade. Além disso, o granito Santa Rita do Sapucaí esta
encaixado nessa ZC. Os milonitos associados foram gerados a temperaturas
médias (400-500º - Passchier & Trouw, 2005) compatíveis com a fácies xisto
verde a anfibolito, indicado pelos mecanismos de recristalização do quartzo por
rotação de subgrãos e por migração de fronteiras de grãos (Foto 5.13)
(Passchier & Trouw, 2005).

68
A gênese dessas zonas de cisalhamento foi interpretada como
relacionada a estruturação da Faixa Ribeira (Peternel, 2005), na fase de
deformação DR4 (Heilbron et al., 2000) ou DR2 de Peternel et al. (2005), pelas
correlações regionais e semelhanças morfológicas dessas estruturas com as
descritas na literatura para o evento supracitado.

Fotomicrografia 5.10: quartzito da unidade São Vicente próximo a ZCJ, ponto HH-27. Grãos
de quartzo com contatos poligonizados, formados por recristalização dinâmica, indicando
temperatura de formação média a alta para milonitos relacionados a ZCJ.

Figura 5.4: Recorte do extremo nordeste da área mapeada, a esquerda folha Heliodora, a
direta folha Cristina (Trouw et al, 2006). A linha mais espessa no centro da figura representa a
Zona de Cisalhamento Jesuânia (ZCJ). A camada de quartzito que ocorre a sul da ZC na folha
Heliodora, ocorre a norte da ZC na folha Cristina, mostrando um deslocamento horizontal
aparente de cerca de 10-12 km. Legenda das unidades idêntica a do mapa geológico (Anexo
1).

69
Figura 5.5 Estereograma das linhas de maior caimento das foliações associadas a ZCJ
(subvertical com ora para NNW ora para SSE). N=15 A direita estereograma das lineações na
região da ZCJ, mostrando direção de movimento ENE-WSW. N=5

SW NE SW NE

a b

Fotomicrografia 5.11: Microestruturas relacionadas a deformação D4. Indicadores cinemáticos


destrais, a) e b) Porfiroclastos feldspaticos deformados e apresentando stair stepping.
Ortognaisse da Unidade Heliodora, ponto HH-67. barra em vermelho indica escala 500µm.

70
SW NE SW NE

a b

Fotomicrografia 5.12: Porfiroblasto/clasto de feldspato em quartzito feldspático da Unidade


Piranguinhos, ponto HH-06. Escala em vermelho 500µm. O mineral apresenta sombras de
pressão que indicam movimentação destral, relacionada a ZCSR.

a b

c
Fotomicrografia 5.13: Quartzito feldspático da Unidade Piranguinhos, ponto HH-06. Escala
em vermelho 500µm. O mecanismo de recristalização do quartzo por rotação de subgrão e por
migração de fronteiras de grãos indica temperaturas medias para a formação destes milonitos.

71
6 Metamorfismo

Foram reconhecidos na área evidencias de dois eventos metamórficos


sobrepostos, M1 e M2, provavelmente relacionadas as orogenias Brasília e
Ribeira Um retrometamorfismo afetou todas as rochas em maior ou menor
grau. A caracterização do metamorfismo foi feito com base nas associações
minerais das rochas, determinadas em lâminas delgadas. No granito Santa Rita
do Sapucaí e demais corpos graníticos intrusivos, não foi possível identificar
uma associação mineral metamórfica, porque estes corpos cristalizaram
tardiamente em relação ao auge do metamorfismo.

6.1 Evento metamórfico M1

Nas rochas metassedimentares das Unidades Santo Antônio e Arantina


foi observada uma associação de minerais metamórficas composta de granada
com inclusões de rutilo, biotita, muscovita e quartzo (Foto 6.1), com início de
anatexia associada (Foto 6.2). Não foi encontrada cianita, porém dados
regionais (Trouw et al., 2006) e outros mapeamentos, que englobaram parte da
área (Peternel, 2005 e Baltazar et al., 1988), apontam a ocorrência desse
mineral na área adjacente a leste.

A muscovita e o quartzo apresentam-se aparentemente em equilíbrio


indicando que não ocorreu a reação metamórfica de formação de feldspato
potássico e aluminossilicato a partir desses minerais. Nos gnaisses e xistos da
Unidade Santo Antônio e São Vicente ocorrem granadas com inclusões que
indicam crescimento mineral cedo sin D2 (Foto 6.3). É interpretado, então que
o metamorfismo M1 é cedo sin-D2.

Nas rochas do embasamento foi identificada uma associação


metamórfica composta por biotita, muscovita, hornblenda, plagioclásio e
granada (Foto 6.3), com anatexia associada (Foto 6.2). Também são
observados ortognaisses com textura migmatítica, possivelmente relacionados
com processos metamórficos anteriores ao Neoproterozóico (Foto 6.2)

72
A associação metamórfica e a ocorrência de fusão parcial nas rochas da
Megassequência Andrelândia e do embasamento são compatíveis com a fácies
anfibolito alto (Fig.6.1), provavelmente de pressão relativamente alta também,
indicada pela coexistência de rutilo com granada rica em almandina.

Em rochas metassedimentares da Nappe Guaxupé ocorrem plagioclásio,


K-feldspato, granada, hornblenda e ortopiroxênio (esse apenas detectado em
um ponto) (Foto 6.4), como minerais metamórficos. Num outro afloramento
ocorre rocha granulítica máfica composta de clinopiroxênio, granada,
plagioclásio e hornblenda (Foto 6.5). Essa associação metamórfica indica
fácies granulito de pressão intermediaria a alta (Fig. 6.1).

Os minerais metamórficos observados nas rochas da Megassequência


Andrelândia e da Nappe Guaxupé foram gerados em condições de P e T
diferentes. O contato basal da nappe marca, portanto, um contraste
metamórfico com rochas da fácies granulito sobrepostas a rachas da fácies
anfibolito (Fig. 6.4) Isto sugere que o pico metamórfico foi anterior a colocação
da nappe.

73
a b

c d

Fotomicrografia 6.1: Associaçãometamórfica das rochas paraderivadas da Megassequência


Andrelândia, a esquerda Nicois cruzados, a direita Nicois paralelos;, a barra em vermelho tem
meio mm de comprimento. a) e b) biotita granada xisto da Unidade Santo Antônio: granada
com inclusões de rutilo e plagioclásio, bordejada por biotita intercrescida com muscovita, no
entorno desta, porfiroblastos de em matriz muito fina quartzo feldspática. c) e d) biotita,
granada xisto da Unidade Santo Antônio: muscovitas intercrescidas com biotitas em matriz
muito fina quartzo feldspática; acima porfiroclasto de plagioclásio e abaixo feldspato.

74
a b

Fotografia 6.2: a) Injeções pegmatíticas em biotita gnaisse da Unidade São Vicente; b)


injeções pegmatíticas em ortognaisse da Unidade Heliodora,.indicando fusão parcial destas
rochas, ocorrida em M1. c) migmatitos em ortognaisses da Unidade Heliodora possivelmente
relacionados a processos metamórficos anteriores ao Neoproterozóico.

Fotomicrografia 6.3: Porfiroblasto de granada pré- ou sin-D2, a foliação S2 dada pelas biotitas
é levemente defletida ao redor do cristal de granada. Biotita granada muscovita xisto da
Unidade Arantina. Barra em vermelho tem 0,5 mm de comprimento.

75
Fotomicrografia 6.4: Associações metamórficas relacionadas a M1 das rochas ortoderivadas
do embasamento, a esquerda Nicois cruzados, a direita Nicois paralelos, a barra em vermelho
tem 0,5 mm de comprimento. a) e b) Plagioclásios, hornblenda, biotita e microclinac) e d)
Hornblenda, biotita, granada e plagioclásio.

76
Figura 6.1: Gráfico pressão x temperatura com os campos de estabilidade das associações
metamórficas observadas em rochas metassedimentares da Megassequência Andrelândia. Em
vermelho o campo de estabilidade dos minerais gerados durante M1, e em amarelo o campo
de estabilidade durante M2. Fácies metamórficas: XA - xisto azul, Ec - eclogito, Gr - granulito,
An - anfibolito, XV - xisto verde, Co - metamorfismo de contato. Modificado de Yardley (1994)

77
Fotomicrografia 6.5: Associação metamórfica das rochas paraderivadas da Nappe Guaxupé.
a) e b) cristal de plagioclásio deformado; c) e d) cristais de granada, ortopiroxênio e biotita
indicam fácies granulito de pressão intermediaria.

Fotomicrografia 6.6: Associação metamórfica das rochas paraderivadas da Nappe Guaxupé.


granada, anfibólio e plagioclásio associada a clinopiroxênio (Foto 6.7) indicam fácies granulito
de pressão alta.

78
Fotomicrografia 6.7: Cristal de clinopiroxênio, parcialmente substituído hornblenda e actnolita.
Rocha granulítica da Unidade Piranguinhos (ponto HH-104). Barra em vermelho tem 0,5 mm.
µm.

Figura 6.2: Gráfico pressão x temperatura com os campos de estabilidade das associações
metamórficas registradas em rochas da Nappe Guaxupé. Em vermelho o campo de
estabilidade dos minerais gerados durante o evento metamórfico M1. Em amarelo o campo de
estabilização final em M2 da maioria das rochas na Nappe salvo alguns afloramentos que
apresentam relictos de M1. Fácies metamórficas: XA - xisto azul, Ec - eclogito, Gr - granulito,
An - anfibolito, XV - xisto verde, Co - metamorfismo de contato. Modificado de Yardley (1994).

79
6.2 Metamorfismo M2

Em varias lâminas da Megassequência Andrelândia das mesmas


unidades Santo Antônio e Arantina ocorre sillimanita fibrosa (Foto 6.8), em
aparente equilíbrio com a muscovita e quartzo. Tomando em consideração que
foi reportado cianita na área adjacente, a leste, pode se inferir que os minerais
cianita e sillimanita coexistem nas rochas metassedimentares.

De acordo com a correlação regional (Trouw et al, 2006 e Peternel et al,


2005) a cianita foi gerada em um evento metamórfico relacionado a faixa
Brasília e a silimanita foi gerada durante o metamorfismo relacionado a faixa
Ribeira em condições metamórficas de P e T inferiores, compatível com a
fácies anfibolito médio (Fig. 6.1).

Fotomicrografia 6.8: Sillimanita fibrosa em granada muscovita xisto da unidade Santo Antonio
(ponto HH-428). Barra em vermelho corresponde a 0,5 mm

6.1 Retrometamorfismo

Indícios de retrometamorfismo foram observados em todas as rochas,


com exceção das rochas graníticas. Substituição de biotita por clorita e
muscovita, hornblenda por biotita e actinolita e plagioclásios bordejados por

80
muscovita e epidoto, além de calcita crescida em pequenas fraturas, indicam
retrometamorfismo compatível com a fácies xisto verde.

Figura 6.3: Mapa metamórfico da área de Heliodora, com indicação dos afloramentos com os
minerais metamórficos indicativos de cada fácies.

81
7 Litoquímica

7.1 Metodologia

Foram selecionadas dezesseis amostras da área de estudo para


análises geoquímicas a partir de sua representatividade dos diferentes litotipos
aflorantes e ausência de alteração. As amostras selecionas foram
primeiramente cortadas extraindo-se um núcleo com menor grau de alteração
possível. Esse núcleo foi então lavado e seco. Em seguida a amostra foi
britada utilizando-se um britador de mandíbula produzindo britas com tamanhos
inferiores a 2cm. Essas britas foram novamente lavadas com água corrente,
em seguida com água destilada e posteriormente secas. Quando necessário, a
amostra foi quarteada para redução da quantidade a ser moída. As britas foram
então moídas em um moinho de panela de tungstênio Siebtechnik por até 5
minutos até a obtenção de um pó com diâmetro inferior a 200 mesh.

As amostras moídas foram encaminhadas ao Laboratório de


Espectrometria por Fluorescência de Raios-X do Departamento de Geologia da
UFRJ, onde foram determinas as concentrações de elementos maiores e
menores na forma de óxidos (Si, Ti, Al, Fe, Mn, Mg, Ca, K, Na, P) e a
concentração de elementos traço (V, Cr, Co, Ni, Zn, Ga, Rb, Sr, Y, Zr, Nb, Ba)
em ppm (partes por milhão).

O método de espectrometria por fluorescência de raio-X se baseia na


excitação atômica dos componentes da amostra através da emissão de um
feixe de raios-X, que gera nos elementos uma gama variada de outros raios-X
com diversos comprimentos de onda (fluorescência). A intensidade da
fluorescência de cada elemento é analisada como uma assinatura espectral
que permite discriminá-los. As limitações do método concentram-se nas
dificuldades para detecção de elementos mais leves que o Na (Z = 11) e os
ETR. Uma síntese sobre o método e suas aplicações pode ser obtida em
Rollinson (1997).

A perda ao fogo foi obtida através da obtenção do peso da amostra


antes e depois da mesma ser aquecida a 950ºC por meia hora. Os elementos
maiores foram detectados a partir da fusão de 1,2 g de pó do material com

82
tetraborato de lítio. Os elementos traços foram determinados em 7g do pó da
amostra, prensada com 1g de aglutinante wax. O equipamento utilizado foi o
Philips PW2400 com tubo de Rh.

Os elementos leves foram dosados com detetor de fluxo, cristal


analisador PET/Ge e potência do tubo 40 kV - 70 mA. Os elementos pesados
foram detectados com detetor selado, cristais analisadores LIF200/LIF220 e
potência do tubo 50 kV - 50 mA. Os erros analíticos estimados com base em
análises padrões são de: Si, Al (<1%), Fe, Mg, Ca (1-2%), Ti, Na, K (3-5%), P e
outros elementos traços (≤ 6%). As curvas de calibração foram obtidas a partir
da análise dos padrões internacionais NIM-P, 521-84n, GBW07112, GIT-IWG,
ANRT, BE-N GIT, PM-S GIT, CRPG BR, AN-G GIT, GBW07104, GBW07110,
GBW07111, AC-E, GS-N, MA-N, CRPG GH.

Os dados geoquímicos foram tratados no software GCDkit e foram


gerados gráficos de composição e discriminação, classificação e ambiência
tectônica para essas rochas.

O conjunto de dados levantados como distribuição, deformação,


petrografia e geoquímica, foram integrados numa tentativa de contribuir para os
modelos de petrogênese do embasamento e da Nappe Socorro-Guaxupé e de
evolução tectônica regional.

As rochas analisadas foram divididas em quatro grupos:

a) Rochas ortoderivadas félsicas a intermediarias do embasamento (7


amostras),

b) Rochas máficas (1 amostra)

c) Rochas ultramáficas do embasamento (2 amostras)

d) Rochas félsicas a intermediarias ortoderivadas da Nappe Socorro-


Guaxupé (5 amostras)

Para comparação com os dados obtidos foram selecionadas outras 19


amostras de áreas adjacentes a leste e a nordeste (Folha Itajubá e Folha
Varginha respectivamente, ambas na escala 1:100.000). Essas amostras foram

83
coletadas a analisadas por Trouw et al., (2006), usando o método ICP-MS e
ICP-ES em laboratórios ACME localizados no Canadá (Tab. 7.3).

Trouw et a. (2006) analisaram 6 amostras de rochas graníticas do


embasamento, três amostras em cada área. Neste trabalho, essas amostras
forma agrupadas em dois grupos, 5 delas formam um trend cálcio alcalino e
uma faz parte da série toleítica. Foram analisadas outras cinco amostras das
unidades ortoderivadas da Nappe Socorro-Guaxupé, sendo três delas na folha
Itajubá e duas na Folha Varginha. Das rochas anfibolíticas foram analisadas
oito amostras de rocha intercalados no embasamento e na Megassequência
Andrelândia, sendo três na folha Itajubá e cinco na folha Varginha.

Esses dados serão apresentados, nos diagramas classificatórios e


discriminantes de ambiente geotectônico em conjunto com os dados obtidos na
área de Heliodora, na tentativa de comparar e complementar as análises
químicas realizadas.

84
Figura 7.1: Mapa geológico da região de Heliodora com a localização das amostras analisadas
geoquimicamente. Legenda do mapa geológico idêntico ao apresentado no anexo I.

85
Tabela 7.1: Dados litogeoquímicos das amostras estudadas na área de Heliodora.

Unidade Amostra Total PF SiO2 Al2O3 Fe2O3 MnO MgO CaO Na2O K2O TiO2
APPh N HH122 100,13 0,67 72,932 14,546 1,617 0,032 0,147 1,298 3,341 5,548 0,163
APPh N HH122B 100,03 0,67 73,498 13,748 1,839 0,03 0,2 1,08 2,902 5,845 0,173
APPh N HH128B 100,6 0,25 73,9 12,76 3,39 0,04 0,11 1,17 2,61 6,03 0,28
APPh N HH138 100,58 0,41 73,554 15,142 1,463 0,026 0,366 1,714 5,408 2,254 0,196
APPh N HH276 100,59 0,49 74,534 14,708 1,149 0,026 0,266 1,763 4,178 3,271 0,196
APPh S HH204 100,03 0,17 69,83 13,02 6,16 0,08 0,3 2,36 2,58 4,7 0,64
APPh S HH213B 99,95 0,33 69,77 12,85 6,28 0,08 0,36 2,37 2,41 4,62 0,69
APPh S HH241 100,08 0 69,17 13,28 6,53 0,08 0,28 2,66 2,49 4,7 0,69
NP2p HH249 100,06 0,75 70,79 14,29 3,01 0,03 0,52 1,65 2,51 5,88 0,47
NP2p HH320 100,08 0,5 72,096 14,378 2,398 0,045 0,499 1,682 3,44 4,656 0,3
NP2p HH376 99,74 0,83 65,632 15,893 4,828 0,075 1,697 3,523 4,104 2,437 0,551
NP2p HH404 99,76 0,67 64,619 15,775 5,394 0,108 0,259 2,272 4,177 5,766 0,569
NP2p HH472 99,59 0,5 69,807 14,506 3,173 0,036 0,589 1,619 2,864 5,741 0,557
Anf HH411A 100,637 2,33 48,538 3,471 14,202 0,165 27,755 3,527 0,133 0,033 0,435
Anf HH415 99,831 1,25 48,049 12,717 9,545 0,159 11,027 11,727 2,23 1,204 1,58
Ultram HH293 100,88 2,74 49,947 14,907 10,185 0,162 7,075 13,642 0,968 0,29 0,889

Unidade Amostra P2O5 V Cr Co Ni Zn Ga Rb Sr Y Zr Nb Ba


APPh N HH122 0,037 51 -18 -7 7 52 19 190 190 50 157 11 58
APPh N HH122B 0,047 48 -34 -6 5 56 18 197 173 56 199 12 49
APPh N HH128B 0,05 -20 322 53 232 153 265 19 573 80 44 19 130
APPh N HH138 0,052 53 -7 -8 6 61 21 72 832 17 168 8 74
APPogh N HH276 0,054 50 -19 -10 5 38 19 112 391 26 141 11 59
APPh S HH204 0,2 -23 460 63 303 116 304 22 325 26 93 13 38
APPh S HH213B 0,19 -23 232 58 280 329 397 21 991 34 42 6 66
APPh S HH241 0,21 -21 423 62 159 352 610 29 1521 33 66 2 81
NP2p HH249 0,15 -20 484 53 151 367 588 28 1819 14 54 -1 95
NP2p HH320 0,088 60 -5 -3 14 55 18 145 357 37 193 11 108
NP2p HH376 0,172 88 16 13 13 74 17 57 893 14 184 10 216
NP2p HH404 0,156 94 -17 17 -3 92 22 82 258 43 665 26 199
NP2p HH472 0,19 91 -14 2 -2 66 17 164 356 42 353 22 204
Anf HH411A 0,047 103 421 47 111 76 16 18 94 36 32 7 363
Anf HH415 0,324 172 649 44 207 71 17 33 385 17 74 21 560
Ultram HH293 0,076 82 583 70 2230 70 13 15 40 8 21 5 230
86
Tabela 7.2: Norma CIPW para as amostras da área de Heliodora analisadas quimicamente.

Amostra Q C Or Ab An Di Hy Ol Il Hm Tn Ru Ap Sum
HH-122 29,369 0,773 32,787 28,271 6,198 0 0,366 0 0,068 1,617 0 0,127 0,088 99,663
HH-122B 31,768 0,796 34,542 24,556 5,051 0 0,498 0 0,064 1,839 0 0,139 0,111 99,365
HH-128B 33,151 0 35,635 22,085 5,291 0 0,274 0 0,086 3,39 0,132 0,181 0,118 100,343
HH-138 29,399 0,814 13,32 45,761 8,164 0 0,912 0 0,056 1,463 0 0,167 0,123 100,178
HH-276 33,691 1,218 19,331 35,353 8,394 0 0,663 0 0,056 1,149 0 0,167 0,128 100,148
HH-213B 32,991 0,03 27,303 20,393 10,517 0 0,897 0 0,171 6,28 0 0,6 0,45 99,631
HH241 31,313 0 27,776 21,07 11,177 0 0,697 0 0,171 6,53 0,457 0,414 0,497 100,102
HH-204 31,968 0 27,776 21,831 10,063 0 0,747 0 0,171 6,16 0,238 0,453 0,474 99,882
HH-249 29,798 1,155 34,749 21,239 7,206 0 1,295 0 0,064 3,01 0 0,436 0,355 99,308
HH-472 27,365 1,091 33,928 24,234 6,791 0 1,467 0 0,077 3,173 0 0,517 0,45 99,093
HH-320 30,167 0,831 27,516 29,108 7,77 0 1,243 0 0,096 2,398 0 0,249 0,208 99,587
HH-376 22,84 0,51 14,402 34,727 16,355 0 4,227 0 0,16 4,828 0 0,467 0,407 98,922
HH-404 14,086 0 34,075 35,345 7,264 1,113 0,129 0 0,231 5,394 1,098 0 0,37 99,105
HH-411A 0,653 0 0,195 1,125 8,776 5,874 66,409 0 0,353 14,202 0,612 0 0,111 98,311
HH-415 0 0 7,115 18,87 21,133 23,39 7,798 6,184 0,34 9,545 3,439 0 0,767 98,582
HH-293 10,489 0 1,714 8,191 35,473 22,767 7,068 0 0,347 10,185 1,735 0 0,18 98,148

Observações: lista de litotipos analisados quimicamente

HH-122 ortognaisse fino com bandamento milimétrico com biotita e anfibólio,


HH-122B ortognaisse fino com bandamento milimétrico com biotita e anfibólio,
HH-128B biotita ortognaisse com porfiroclastos de feldspato estirados
HH-138 ortognaisse porfirítico com granada, anfibólio, biotita
HH-276 biotita gnaisse bandado
HH-213B Ortognaisse porfirítico com anfibólio
HH241 Ortognaisse grosso com anfibólio e granada
HH-204 Ortognaisse grosso com anfibólio e granada
HH-249 Ortognaisse matriz fina e rico em porfiros de K-feldspato
HH-472 Ortognaisse matriz fina e rico em porfiros de K-feldspato (protomilonítico)
HH-320 Ortognaisse matriz fina e rico em porfiros (1-3cm) de K-feldspato
HH-376 Ortognaisse matriz fina e rico em porfiros de K-feldspato estirados
HH-404 Ortognaisse matriz fina e rico em porfiros de K-feldspato estirados
HH-411A Anfibolito com pequenos cristais de piroxênio
HH-415 Anfibolito com cristais centimétricos
HH-293 Olivina websterito

87
Tabela 7.3: Dados litogeoquímicos das amostras estudadas na área de Varginha e Itajubá por Trouw et al. (2006). Continua na próxima página.

Unidade Amostra Total PF SiO2 Al2O3 Fe2O3 MnO MgO Cão Na2O K2O TiO2 P2O5
Embasamento V1(MR-257) 99,99 0,4 72,68 12,68 3,85 0,04 0,3 1,73 2,6 5,1 0,49 0,11
Embasamento V4(CRV-F-6) 100,12 0,4 64,64 15,07 5,63 0,07 2,09 3,75 3,7 3,66 0,75 0,35
Embasamento I17(RD-89-2) 100,47 0,5 71,09 14,17 3,19 0,02 0,6 1,56 2,74 5,92 0,44 0,09
Embasamento I18(RD-584-2) 99,9 1 59,82 16,04 6,64 0,11 3,82 6,09 4,23 1,33 0,55 0,17
Embasamento I24(PEDRAO-1) 99,8 1,4 70,66 14,87 3,04 0,03 0,67 2,33 5,02 1,43 0,28 0 ,01
Embasamento S V3(MR-138) 99,76 0,6 69,89 12,95 5,68 0,07 0,25 2,62 2,81 4,34 0,45 0,1
Nappe Socorro Guaxupé V7(MR-234) 100 0,4 65,12 16,02 5,13 0,08 1,94 4,63 3,4 2,37 0,67 0,23
Nappe Socorro Guaxupé V8(MR-79) 100,11 0,5 60,28 16,82 7,7 0,12 2,94 6,07 3,17 1,45 0,88 0,17
Nappe Socorro Guaxupé I1(GI-32) 100,19 0,7 71,31 14,37 3,02 0,06 0,82 2,44 3,55 3,42 0,41 0,09
Nappe Socorro Guaxupé I4(RD-1074) 99,92 0,7 65,72 15,15 4,62 0,1 1,12 2,72 3,37 5,17 0,87 0,38
Nappe Socorro Guaxupé I6(RD-288) 99,99 0,4 57,04 16,3 6,77 0,1 3,53 4,77 3,71 5,59 1,18 0,58
Anfibolito V5(CRV-F-19) 100,09 0,8 49,15 15,89 11,27 0,19 5,96 12,56 2,62 0,29 1,14 0,13
Anfibolito V6(MR-218) 100 0,2 45,96 14,58 12,3 0,17 9,35 13,04 1,65 0,34 2,1 0,26
Anfibolito V10(CVR-F-18) 100,02 0,5 50,37 14,02 15,45 0,2 4,58 7,92 2,57 2,02 2,01 0,36
Anfibolito V11(E-2) 99,94 0,4 46,1 14,18 16,49 0,22 4,99 7,84 2,93 2,52 3,24 1,01
Anfibolito V23(CRV-F-28) 100,17 0,7 64,2 15,52 7,29 0,12 3,61 2,14 2,9 2,57 0,89 0,2
Anfibolito I3(RD-142) 99,95 0,8 49,72 13,65 14,32 0,22 6,99 10,55 2,27 0,29 1 0,1
Anfibolito I7(RD-654) 99,69 1 35,69 19,93 19,07 0,19 6,52 12,28 1,74 0,24 2,69 0,31
Anfibolito I8(CTV-455) 99,99 0,6 49,08 14,57 12,54 0,2 7,89 10,92 1,69 0,41 1,82 0,22

Unidade Amostra V Cr Co Ni Zn Ga Rb Sr Y Zr Nb Ba
Embasamento V1(MR-257) 17 1000 26,1 1,5 50 19 131,7 193,5 18 439,4 13 1280,7
Embasamento V4(CRV-F-6) 72 6000 12 14,1 68 20,7 149,3 409,1 29,5 306,2 15,7 892,1
Embasamento I17(RD-89-2) 20 7000 3,2 7 58 21,8 198,2 224,3 15,6 269,3 8,4 1265
Embasamento I18(RD-584-2) 98 23000 20,9 41,3 49 19,1 28,3 672,4 16,7 103,7 5,9 666
Embasamento I24(PEDRAO-1) 18 11000 4,7 12,4 54 19,5 21,9 605,1 3,8 163,6 1,9 498
Embasamento S V3(MR-138) 12 1000 2,6 1,6 114 26 116,6 286,5 146,5 655,1 40,8 1855,2
Nappe Socorro Guaxupé V7(MR-234) 86 5000 12,3 8,9 17 18,9 56,2 389,1 9,1 144,3 7,3 642,4
Nappe Socorro Guaxupé V8(MR-79) 147 7000 38 8,8 14 19 24,5 336,3 14,5 100,9 8,1 390,5
Nappe Socorro Guaxupé I1(GI-32) 36 1000 37,2 4,3 44 15,7 109,1 250,6 20,6 214,8 9,3 763,2
Nappe Socorro Guaxupé I4(RD-1074) 55 1000 22 1,5 54 19,5 169,1 333,3 69,2 703,8 30,4 1342,1
Nappe Socorro Guaxupé I6(RD-288) 114 14000 19,2 17,4 26 20,3 280,5 771,5 22,3 314,8 28 1271,8

88
Tabela 7.3: Continuação: Dados litogeoquímicos das amostras estudadas na área de Varginha e Itajubá por Trouw et al. (2006).

Unidade Amostra V Cr Co Ni Zn Ga Rb Sr Y Zr Nb Ba
Anfibolito V5(CRV-F-19) 303 54000 76,1 185,6 24 16,8 1,8 168,2 30,5 50,6 3,3 75,9
Anfibolito V6(MR-218) 247 29000 65,4 15,9 14 16,8 6 505 37,1 116,5 17,9 86,2
Anfibolito V10(CVR-F-18) 243 1000 57,5 43,7 69 22,4 30,3 329 37 212,3 10,9 704,4
Anfibolito V11(E-2) 309 8000 46,1 38,7 81 21,2 66,1 279,6 55,5 277 15,7 421
Anfibolito V23(CRV-F-28) 151 19000 19,4 59,3 76 18,8 75,8 198,9 32,5 181,1 9,5 464,1
Anfibolito I3(RD-142) 310 19000 68,3 45,4 22 15,8 5,2 144,3 23,1 52,3 2,2 33,7
Anfibolito I7(RD-654) 498 17000 60,9 33,3 41 36 4,2 1837,7 40,1 82,6 7,7 25,9
Anfibolito I8(CTV-455) 318 27000 59,2 37,2 11 18,9 9,8 254,2 28 138,4 13,9 106,9

Tabela 7.4: Norma CIPW para as amostras das áreas de Itajubá e Varginha analisadas quimicamente por Trouw et al. (2006).

AMOSTRAS Q C Or Ab An Ne Di Hy Ol Il Hm Tn Pf Ru Ap Sum
V1(MR-257) 34,194 0 30,139 22 7,864 0 0 0,747 0 0,086 3,85 0 0 0,445 0,261 99,586
V4(CRVF--6) 19,512 0 21,629 31,308 13,701 0 0,217 5,105 0 0,15 5,63 1,648 0 0 0,829 99,729
I17(RD-89-2) 28,512 0,633 34,985 23,185 7,151 0 0 1,494 0 0,043 3,19 0 0 0,418 0,213 99,825
I18(RD-584-2) 13,642 0 7,86 35,793 20,851 0 5,268 7,073 0 0,235 6,64 1,046 0 0 0,403 98,811
I24(PEDRAO-1) 29,996 0,827 8,451 42,478 11,56 0 0 1,669 0 0,064 3,04 0 0 0,246 0 98,331
V3(MR-138) 31,757 0 25,648 23,777 9,903 0 0,894 0,208 0 0,15 5,68 0,911 0 0 0,237 99,166
V7(MR-234) 24,112 0 14,006 28,77 21,45 0 0 4,832 0 0,171 5,13 0,012 0 0,575 0,545 99,603
V8(MR-79) 19,731 0 8,569 26,824 27,383 0 0 7,323 0 0,257 7,7 1,142 0 0,28 0,403 99,611
I1(GI-32) 31,375 0,607 20,211 30,039 11,517 0 0 2,042 0 0,128 3,02 0 0 0,343 0,213 99,496
I4(RD-1074) 19,92 0 30,553 28,516 10,941 0 0 2,79 0 0,214 4,62 0,05 0 0,737 0,9 99,241
I6(RD-288) 2,068 0 33,035 31,393 11,312 0 3,771 7,044 0 0,214 6,77 2,62 0 0 1,374 99,602
V5(CRV-F-19) 4,002 0 1,714 22,17 30,74 0 21,403 4,923 0 0,406 11,27 2,273 0 0 0,308 99,21
V6(MR-218) 0,742 0 2,009 13,962 31,372 0 19,44 14,277 0 0,364 12,3 4,685 0 0 0,616 99,767
V10(CVR-F-18) 8,403 0 11,938 21,747 20,752 0 7,761 7,81 0 0,428 15,45 4,382 0 0 0,853 99,522
V11(E-2) 1,09 0 14,892 24,793 18,096 0 2,94 11,066 0 0,471 16,49 7,346 0 0 2,392 99,576
V23(CRV-F-28) 28,093 4,555 15,188 24,539 9,31 0 0 8,992 0 0,257 7,29 0 0 0,755 0,474 99,452
I3(RD-142) 8,165 0 1,714 19,208 26,199 0 17,8 9,159 0 0,471 14,32 1,847 0 0 0,237 99,119
I7(RD-654) 0 0 1,418 11,564 45,861 1,711 3,434 0 10,265 0,406 19,07 0 4,216 0 0,734 98,68
I8(CTV-455) 7,842 0 2,423 14,3 30,959 0 12,629 13,798 0 0,428 12,54 3,915 0 0 0,521 99,355

89
7.2 Embasamento

No embasamento ocorrem rochas com composições que variam de


monzogranito a granodiorito. Através do mapeamento geológico, foi possível o
reconhecimento de dois grupos com características mineralógicas e texturais
bem distintas porem, não foi feito a individualização dos corpos ígneos pela
falta de possibilidade de determinar as relações cronológicas e de contato.

Ao analisar os dados químicos, ficaram evidentes as diferenças de


composição química e características discriminantes de ambiência tectônica
para esses dois corpos. Portanto serão analisados individualmente dois
conjuntos de dados de rochas do embasamento, separados aqui em Heliodora
Norte e Heliodora Sul.

7.2.1 Ortognaisse Heliodora – Norte

O primeiro conjunto se concentra na parte norte da área mapeada,


representada pelas amostras (HH-122, 128, 138 e 276). Essa unidade possui
composição mozogranítica a granodiorítica (Fig. 7.2) e mineralogia composta
de quartzo, feldspatos, biotita e hornblenda como minerais essenciais.

Segundo a Norma CIPW das amostras analisadas (Tab.7.2), as rochas


são supersaturadas em sílica (presença de Q normativo e ausência de Ne e
Ol), possuem uma porcentagem de quartzo que varia de 33,7 a 29,4. Apenas
uma amostra não apresentou Coríndon Normativo. As porcentagens de
Ortoclasio são bastante variadas desde 33,6 até 13,3%, Albita e Anortita
também apresentam um range considerável nas amostras analisadas (45,8-
20,4 e 10,6 a 6,1 respectivamente). Todas as amostras possuem pequena
quantidade de Hiperstênio e Ilmenita normativos que não apresentam
variações significativas. Hematita, Rutilo e Apatita também ocorrem em todas
as amostras porém em algumas amostras apresentam valores anômalos (cerca
de cinco vezes a média das demais análises), titanita ocorre em apenas uma
amostra. A mineralogia normativa é compatível com o observado em lâminas

90
petrográficas, exceto o hiperstênio e óxidos de ferro, que representam na
norma os minerais ferro-magnesianos observados em lâmina (Hornblenda e
biotita principalmente). O índice de diferenciação de Thornton e Tuttle (1960),
dado pela soma dos minerais normativos, quartzo, ortoclasio, albita e
feldspatóides (ausentes) varia nas amostras entre 88,4 e 90,9 indica rochas
muito evoluídas, porém com baixo fracionamento indicado pela baixa variação
da SiO2.

O conjunto de amostras da área de Heliodora e das áreas adjacentes


formam um trend cálcio-alcalino (Fig. 7.3). A maioria das rochas dos dois
grupos (Heliodora e adjacências) tem caráter peraluminoso, algumas delas
plotam no campo das rochas metaluminosas (Fig. 7.4). Isto indica que os
teores de Al2O3 excedem os de NA2O+K2O+CaO, indicando um excesso desse
óxido, que pode fazer parte da estrutura de muscovita, biotita e granadas, o
caráter peraluminoso pode representar a hornblenda (mineral ferromagnesiano
moderadamente aluminoso), presente em algumas das amostras analisadas.
Segundo a classificação do triângulo de feldspatos de O’Conner (1965), todas
as amostras da área plotam no campo dos granitos exceto uma que possui
composição intermediaria entre granítica e trondhjemítica (Fig. 7.5), nas áreas
adjacentes também ocorrem segundo essa classificação, granodioritos,
trondjemitos e quartzo monzonitos.

91
Q

1 - alkali-feldspato
quartzolito
sienito

2 - monzodiorito
monzogabro
granitoide
rico em quartzo
3 - diorito, gabro

i to
ran

t on
sieno- monzo- grano-
p .g

ali
granito granito diorito
-fs

to
alk

q-diorito
q-alk-fsp quartzo- quartzo- q-monzodiorito
q-gabro
sienito sienito monzonito q-monzogabro
q-anortosito
1 sienito monzonito 2 3
A P

Figura 7.2: Diagrama QAP de Streckeisen (1974), as amostras plotam nos campos de
monzogranitos e granodioritos.
F

Série Toleítica

Série Calcio-alcalina

A M

Figura 7.3: Diagrama AFM (Irvine & Baragar, 1971), as rochas plotam no campo da série cálcio
alcalina. Legenda circulo cheio para amostras da área de estudo, circulo vazado para amostras
da área de Itajubá, adjacente a leste e cruz para área de varginha adjacente a NE.

92
7
Ultrabásica Básica Intermediaria Ácida
15

Alcalina

6
Metaluminosa Peraluminosa
Nefelina
sienito

5
Sienito
10

Sienito
Na2O ? K 2O

4
Sieno- Granito
diorito

3
Ijolito Quartzo
Gabro diorito
(granodiorito)
5

2
Diorito

Gabro

1
Subalcalina/Toleítica
Peralcalina
0

0
40 50 60 70
0.6 0.8 1.0 1.2 1.4 1.6 1.8 2.0
SiO2
A/CNK

Figura 7.4: A direita, diagrama A/CNKxA/NK de Shand (1943), as amostras plotam nos
campos das metaluminosa e peraluminosa, porem em maior parte no campo das rochas
peraluminosas. A esquerda, diagrama TAS de Cox et al. (1979), amostras plotam no campo
das rochas subalcalinas ácidas – granitos, as amostras das áreas adjacentes plotam também
no campo dos granodioritos e dioritos.

An
lito
na
To

Granodiorito

Quartzo
ito
jem monzonito
n dh
Tro
Granito

Ab Or

Figura 7.5: Triangulo de Feldspatos de O’Conner (1965). Amostras da área plotam no campo
dos granitos e trondhjemitos, enquanto as demais também plotam em granodioritos e quartzo
monzonitos.

93
As distribuições dos cátions nos diagramas de Harker (1909) (Fig. 7.6)
apresentou dispersão para alguns elementos. Ao analisar as amostras da área
de Heliodora, se tornou difícil fazer as interpretações devido a baixa variação
de sílica que concentrou as amostras em apenas um campo nos gráficos. Essa
concentração poderia induzir a interpretações errôneas ou incompletas, em
relação ao formato dos trends a correlação entre as amostras com a
quantidade de SiO2. Ao se adicionar os dados geoquímicos das áreas
adjacentes observou-se que o trend formado pelas amostras possui um
formato curvo e que os elementos Al2O3, CaO, Fe2O3, e MgO possuem
correlação negativa, compatível com o processo por cristalização fracionada. o
que indica um progressivo empobrecimento do líquido magmático nesses
elementos, proveniente da cristalização das fases minerais na segundo a série
de Bowen. A dispersão observada pode ter diversas causas, entre elas alguma
mistura magmática, ou mesmo uma contaminação ou alteração das
características químicas da rocha durante eventos metamórfico/metassomático.
Como essas rochas sofreram ao menos três eventos tectono-metamórficos é
possível que tenha havido dispersão das concentrações medias de
determinados cátions, o que dificulta uma análise imparcial dos dados.

94
16.0

6
15.0

5
Al2O3

4
MgO

CaO
2
14.0

3
1
13.0

2
1
0
60 65 70 75 60 65 70 75 60 65 70 75

SiO2 SiO2 SiO2


5.5

0.6
5
4.5
Na2O

4
K 2O

TiO2
0.4
3.5

3
2

0.2
2.5

60 65 70 75 60 65 70 75 60 65 70 75

SiO2 SiO2 SiO2


0.35

800
6
5
0.25

600
4
P2O5

FeOt

Sr
0.15

400
3
2

200
0.05

60 65 70 75 60 65 70 75 60 65 70 75

SiO2 SiO2 SiO2


200
200
15000

150
150

100
Rb
Cr

100
Ni
5000

50

50
0

60 65 70 75 60 65 70 75 60 65 70 75

SiO2 SiO2 SiO2


80

400

1000
60

300

Ba
600
40

Zr
Y

200
20

100

200
0

60 65 70 75 60 65 70 75 60 65 70 75

SiO2 SiO2 SiO2


50
1.05

2.0

40
K2O Na2O
1.5
A CNK
0.95

30
mg
1.0

20
0.85

0.5

10

60 65 70 75 60 65 70 75 60 65 70 75

SiO2 SiO2 SiO2

Figura 7.6: Diagramas de Harker (1909), SiO2x Óxidos de elementos menores e elementos
traços, mostrando alguma dispersão dos dados, os dados da área mapeada em conjunto com
os das áreas adjacentes indicam cristalização fracionada como processo magmático principal.

95
Os diagramas de ambiência tectônica também apresentam alguma
dispersão, mas a maioria das amostras, tanto da área de Heliodora como das
áreas adjacentes plotam no campo de granitos de arco magmático, sin
colisional, porem algumas amostras plotam no campo de granitos intraplaca
(Fig. 7.7 e 7.8).
4000

Di
3000

Ha

An
Fo
Sp
R2= 6Ca + 2Mg + Al

Hd
2000

En

Fractionados
Ph Mantélicos

Pré-
1000

Pós- Colisional
colisional
Tardi-
orogênicos
Ab
Or Sin-colisional
Bt Pós-
Anorogênico orogênico
Fa Fs
0

-1000 0 1000 2000 3000 4000

R1= 4Si - 11(Na + K) - 2(Fe + Ti)

Figura 7.7: Diagrama de ambiência tectônica R1-R2 de Batchelor e Bowden (1985), indicando
que as rochas graníticas possuem afinidade com granitóides sin-colisionais.
1000

1000

syn-COLG WPG

WPG
100

100
Rb

Nb

VAG+
syn-COLG
10

10

ORG
VAG ORG
1

1 10 100 1000 1 10 100 1000

Y+Nb Y

Figura 7.8: Diagramas discriminantes de ambiência tectônica de Meschede (1986) e Pearce e


Cann (1973). As amostras plotam nos campos de granitóides de arco magmático (VAG)
granitos intraplaca (WPG).

96
7.2.2 Ortognaisse Heliodora – Sul da área

O segundo conjunto de rochas do embasamento ocorre na região sul da


área de mapeamento, ao sul da Nappe Socorro-Guaxupé. As amostras
analisadas (HH-313, 241, 204) possuem composição monzogranítica (Fig. 7.9),
e no triangulo de feldspatos de O’Conner (Fig. 7.9) apresenta composição
quartzo monzonítica. A mineralogia observada em lamina é composta de
quartzo, feldspatos, granada e hornblenda com pouca biotita. Foi adcionada a
esse conjunto uma amostra proveniente da área de Itajubá, com características
químicas similares as amostras de Heliodora.

Segunda a Norma CIPW das amostras da área (Tab.7.2), as rochas


também são supersaturadas em sílica. A quantidade de quartzo é bem
homogênea (cerca de 30%). Apenas uma amostra apresentou uma pequena
quantidade de Coríndon Normativo. As porcentagens de Ortoclasio (±28%),
Albita (±21%), Anortita (±10%), Hiperstênio (±0,8%), Ilmenita (±0,2%), Hematita
(±6%), Rutilo (±0,5%) e Apatita (±0,5%) apresentaram-se também muito
homogêneas. Apenas a titanita apresenta variações significativas, é inexistente
em uma amostra e nas outras duas apresenta valores de 0,2 e 0,4%. A
mineralogia normativa é compatível com o observado em lâminas
petrográficas, exceto o hiperstênio e óxidos de ferro, que representam na
norma os minerais ferro-magnesianos observados em lâmina (Hornblenda
granada e biotita principalmente).

97
Q

An
1 - alkali-feldspato
quartzolito
sienito

2 - monzodiorito
monzogabro
granitoide
rico em quartzo
3 - diorito, gabro
ito

to
li
an

na
ton
sieno- monzo- grano-
r
p. g

To
ali
granito granito diorito
-fs

to
alk

Granodiorito

Quartzo
m ito
monzonito
hje
q-alk-fsp quartzo- quartzo- q-monzodiorito nd
q-gabro Tro
sienito sienito monzonito q-monzogabro Granito
1 sienito monzonito 2 3
A P
Ab Or

Figura 7.9: A esquerda diagrama QAP (Streckeisen, 1974), as rochas plotam no campo de
monzogranitos. A direita, Triangulo de Feldspatos de O’Conner (1965) as amostras plotam no
campo dos quartzo monzonitos.

Essas rochas fazem parte de um trend Toleítico (Fig. 7.10). Possui


caráter metaluminoso (Fig. 7.11) possivelmente pela maior porcentagem de
hornblenda (mineral ferromagnesiano moderadamente aluminoso) presente
nessas rochas em maior quantidade em relação ao grupo Heliodora Norte.
F
Ultrabásica Básica Intermediaria Ácida
15

Alcalina

Nefelina
sienito

Sienito
Série Toleítica
10

Sienito
Na2O ? K2O

Sieno- Granito
diorito

Ijolito Quartzo
Gabro diorito
(granodiorito)
5

Diorito
Série Calci-alcalina
Gabro

Subalcalina/Toleítica
0

A M
40 50 60 70

SiO2

Figura 7.10: A esquerda, diagrama TAS de Cox et al., (1979), as amostras analisas plotam no
campo das rochas graníticas, Subalcalinas da série Toleítica. A direita, diagrama AFM (Irvine &
Baragar, 1971), as rochas plotam no campo da série Toleítica.

98
7
6
Metaluminosa Peraluminosa

5
4
3
2
1

Peralcalina
0

0.6 0.8 1.0 1.2 1.4 1.6 1.8 2.0

A/CNK

Figura 7.11 Diagrama A/CNK x A/NK (Shand, 1943). Mostrando o caráter metaluminoso das
amostras analisadas.

As distribuições dos cátions nos diagramas de Harker (1909) (Fig.7.12)


apresentaram uma alta dispersão, os valores muito similares de sílica e de
outros elementos, alem da baixa quantidade de amostras, torna difícil uma
interpretação razoável do processo magmática. O corpo ígneo é muito
homogêneo quimicamente, talvez represente um membro final da diferenciação
magmática. Nota-se também que a quantidade de MgO e CaO parece
decrescer em relação a SiO2, o que é compatível com cristalização fracionada,
no entanto devido e essa baixa variação das quantidades dos óxidos, a
interpretação do processo magmático principal fica prejudicada.

99
2.65
13.2

0.34

2.55
13.0 13.1
Al2O3

MgO

CaO
0.30

2.45
12.9

0.26

2.35
69.0 69.4 69.8 69.0 69.4 69.8 69.0 69.4 69.8
SiO2 SiO2 SiO2
2.8

4.65

0.65
2.7

4.55
Na2O

K2 O

TiO2
2.6

0.55
4.45
2.5

4.35

0.45
2.4

69.0 69.4 69.8 69.0 69.4 69.8 69.0 69.4 69.8

SiO2 SiO2 SiO2


5.8

1200
0.18

5.6
P2 O5

FeOt

Sr
800
0.14

5.4

400
5.2
0.10

69.0 69.4 69.8 69.0 69.4 69.8 69.0 69.4 69.8


SiO2
SiO2 SiO2
1000

100 120
250
800

80
150
600

Rb
Cr

Ni

60
400

40
50

20
0

69.0 69.4 69.8 69.0 69.4 69.8 69.0 69.4 69.8

SiO2 SiO2 SiO2


1500
120

500

1000
Ba
Zr
300
80
Y

500
40 60

100

69.0 69.4 69.8 69.0 69.4 69.8 69.0 69.4 69.8


SiO2 SiO2 SiO2
10.0
1.9
0.96

9.5
1.8
K 2O Na2O
A CNK

9.0
mg
0.94

1.7

8.5
1.6

8.0
0.92

69.0 69.4 69.8


69.0 69.4 69.8 69.0 69.4 69.8
SiO 2
SiO2 SiO2

Figura 7.12: Diagramas de Harker (1909), SiO2x Óxidos e elementos menores e traços,
mostrando uma dispersão dos dados, as correlações negativas para MgO e CaO e K2O sugere
que ocorreu contaminação ou mistura de magmas.

100
Os diagramas de ambiência tectônica também apresentam alguma
dispersão, mas a maioria das amostras plotam no campo de granitos de arco
magmático, sin colisional, porem a amostra da área de Itajubá plota no campo
de granitos intraplaca (Fig. 7.13, 7.14).
4000

Di
3000

Ha

An
Fo
Sp
R2= 6Ca + 2Mg + Al

Hd
2000

En

Fractionados
Ph Mantélicos

Pré-
1000

Pós- Colisional
colisional
Tardi-
orogênicos
Ab
Or Sin-colisional
Bt Pós-
Anorogênico orogênico
Fa Fs
0

-1000 0 1000 2000 3000 4000

R1= 4Si - 11(Na + K) - 2(Fe + Ti)

Figura 7.13: Diagrama de ambiência tectônica R1-R2 de Batchelor e Bowden (1985),


indicando que as rochas graníticas possuem afinidade com granitóides sin-colisionais.
1000

1000

syn-COLG WPG
100

100

WPG

VAG+
syn-COLG
10

10

ORG
VAG ORG
1

1 10 100 1000 1 10 100 1000

Y+Nb Y

Figura 7.14: Diagramas discriminantes de ambiência tectônica de Meschede (1986) e Pearce e


Cann (1973). As amostras plotam nos campos de granitóides de arco magmático (VAG). A
amostra da área adjacente plota no campo dos granitos intraplaca.

101
7.2.3 Corpo Ultramáfico do Fundão

No centro leste da área ocorre um corpo de aproximadamente 1km² de


rocha ultramáfica com composição olivina Websterito, inserido no ortognaisse
Heliodora. Os minerais essenciais desta rocha são olivina, ortopiroxênio,
clinopiroxênio e anfibólio. A análise química desta rocha não foi compatível
com a mineralogia observada.

A norma CIPW indica a presença de cerda de 10% de quartzo, cerca de


2% de K-feldspato e 42% de plagioclásio, 23% de diopsídio e 7% de
hiperstênio, Ilmenita, 0,3% hematita 10% e titanita 2% apatita representa 0,2%.
Quimicamente esta rocha se assemelha a um quartzo gabro ou quartzo diorito
(Fig. 7.15), essa quantidade de quartzo normativo pode ser decorrente algum
evento metassomático, na rocha, provocando um incremento na quantidade de
sílica, que na norma CIPW, é indicado pela presença de quartzo.

1 - alkali-feldspar
quartzolite
syenite

2 - monzodiorite
monzogabbro
quartz-rich
granitoid
3 - diorite, gabbro
it e
an

ton

syeno- monzo- grano-


r
p. g

alit

granite granite diorite


-fs

e
alk

q-diorite
q-alk-fsp quartz- quartz- q-monzodiorite
q-gabbro
syenite syenite monzonite q-monzogabbro
q-anorthosite
1 syenite monzonite 2 3
A P

Figura 7.15: Diagrama QAP (Streckeisen, 1974). Rochas plotam no campo de quartzo gabros
ou quartzo dioritos

Seguindo a classificação de rochas ultramáficas no diagrama


Ol:Cpx:Opx trata-se de um websterito sem olivina. Essa amostra apresenta

102
características químicas peculiares porem não será descartada, sendo
estudada sua ambiência tectônica e outras características químicas.

A amostra analisa possui filiação com a série toleítica (Fig. 7.16) e


assinatura química de basalto de ilha oceânica com indicação de origem
através de uma pluma mantélica (Fig. 7.17 e 7.18).

Tholeiite Series

Calc-alkaline Series

A M

Figura 7.16: Diagrama AFM (Irvine & Baragar, 1971) para a amostra de rocha ultramáfica.
Indicando que pertence a série Toleítica.

T 2 × Nb
FeO

1 = Spreading Center Island


2 = Orogenic
3 = Ocean Ridge and Floor
4 = Ocean Island
5 = Continetal

AI

AII
4 5
1
B

3 2
C

MgO Al2O3 Zr/4 Y

Figura 7.17: A esquerda, diagrama de ambiência tectônica para rochas máficas de Pearce et
al (1977). Indica que a amostra representa uma rocha de dorsal oceânica ou fundo oceânico.a
direita diagrama de ambiência tectônica de rochas máficas e ultramáficas de Meschede (1986).
Indicando que a amostra pertence ao grupo B – rochas de fundo oceânico com proveniência de
pluma mantélica.

103
600
ARC OFB

Ti/V=10 Ti/V=20 Ti/V=50

500
400
V (ppm)

300

Ti/V=100
200
100
0

0 5 10 15 20 25

Ti (ppm)/1000

Figura 7.18: Diagrama de ambiência tectônica para rochas máficas e ultramáficas de Shervais
1982. O campo Ti/V=100 indica rochas máfias e ultramáficas de ilha oceânica

7.3 Rochas Supracrustais

7.3.1 Rochas máficas – anfibolitos

Na área de Heliodora foram analisadas duas amostras de anfibolitos, as


duas amostras foram coletadas nos domínios do embasamento
paleoproterozóico, das áreas adjacentes foram selecionadas outras seis
amostras. Sua idade pode variar desde Paleoproterozóica a Neoproterozóica,
pois podem estar associadas a evolução do embasamento ou relacionadas a
abertura da bacia Andrelândia. Apesar de não haver idades geocronológicas
para as amostras estudadas, é interpretado que devido a freqüente ocorrência
de rochas anfibolíticas intercaladas nas rochas metassedimentares,
possivelmente essas rochas representam a abertura da bacia.

104
Em lâmina delgada observa-se uma rocha predominantemente formada
por hornblenda e plagioclásio, com cerca de 10% de biotita e 5% de outros
minerais incluindo opacos, titanita e calcita.

As análises químicas da área apresentaram padrões distintos. Em


ambas a quantidade de SiO2 fica em torno de 48%, porem Al2O3, Na2O e CaO
são altos em uma delas enquanto na outra os teores de Fe2O3 e MgO são
elevados (Tab. 7.1). Essas características químicas se refletem na norma
CIPW, em uma delas ocorre uma pequena quantidade de quartzo, hiperstênio
e hematita altos, enquanto na outra, não ocorre quartzo, uma pequena
quantidade de olivina e altos valores para albita, anortita e diopsídio (Tab. 7.2).

As duas amostras plotam no campo das rochas basálticas da serie


toleítica (Fig. 7.19), embora uma delas possua teores muito baixos de álcalis
(praticamente zero). Em gráficos de classificação para rochas máficas
basálticas, uma das amostras plota no campo dos toleitos e outro no campo
dos olivina toleitos (Fig. 7.20). As amostras das áreas adjacentes também
fazem parte da série toleítica, e são classificadas como basaltos. Ocorre
apenas uma amostra que plota no campo das rochas alcalinas nos diagramas
TAS e no tetraedro basáltico de Yoder e Tilley (1962).
F

Ultrabásico Básico Intermediario Ácido


15

Alcalino

Fonolito
ic o
lit nit
o

Traquito
nofeli

o
íit to
ic
no fri

Série Toleítica
FoNe

Fo Te
10

Benmoreito
Na2O ? K 2O

Riolito
Traqui-
Mugearito
andesito
to ito

Nefelinito
fri n
te asa

Hawaiito Dacito
B
5

Andesi-basalto

Andesito
Basalto Série Calci-alcalina

Subalcalino/Toleítico
0

40 45 50 55 60 65 70 A M
SiO2

Figura 7.19: Gráficos de classificação TAS (Cox et al, 1979) e AFM (Irvine & Baragar, 1971).
As amostras plotam nos campos de basaltos toleíticos, uma delas apresenta baixíssimo teor de
álcalis. Nas áreas adjacentes as amostras são basaltos da série toleítica a exceção de uma
que plota no campo de basaltos alcalinos.

105
Ne Di Q

TOLEITOS
BASALTOS
ALCALINOS

OLIVINA
TOLEITOS

Ol Hy
Figura 7.20: Gráfico de classificação de rochas basálticas de IUGS 1973, derivado do
tetraedro de rocha basálticas (Yoder e Tilley, 1962). Das amostras na área, uma plota no
campo dos toleitos e outra na campo dos olivina toleitos. Os dados das áreas adjacentes
indicam em sua maioria toleitos.
600

ARC OFB

Ti/V=10 Ti/V=20 Ti/V=50


15000

500

A = IAT
B = MORB, CAB, IAT
C = CAB
D = MORB
400
10000
Ti (ppm)

V (ppm)

D
300

Ti/V=100

B
200
5000

A
100
0

0 50 100 150 200 250


0 5 10 15 20 25
Zr (ppm)
Ti (ppm)/1000

Figura 7.21: A esquerda, diagrama de ambiência geotectônica para rochas máficas de Pearce
et al (1984), as amostras analisadas indicam: A- basaltos de arco de ilha, B- basaltos tipo
MORB ou cálcio alcalinos ou de arcos insulares, C- basaltos cálcio alcalinos, D- basaltos de
fundo oceânico. A direita, diagrama de ambiência tectônica para rochas máficas e ultramáficas
de Shervais 1982. O campo Ti/V=50-100 indica basaltos de ilha oceânica e o campo Ti/V=20-
50 indica basaltos de fundo oceânico, das amostras das áreas adjacentes as de cor vermelha
estão intercaladas nos metassedimentos da Megassequência Andrelândia e os de cor verde
estão intercalados no embasamento.

106
Em termos de sua ambiência tectônica as amostras estudadas, tanto da
área de estudo como das áreas adjacentes, podem se dividir em dois grupos:
basaltos de fundo oceânico e basaltos de arco de ilha (Fig. 7. 21). A maioria
das desses anfibolitos esta intercalada nas rochas da Megassequência
Andrelândia e possivelmente as ambiências tectônicas distintas representam
duas gerações de basaltos. A primeira com assinatura de basalto de fundo
oceânico, possivelmente representa basaltos relacionados a abertura da bacia
Andrelândia e a continuidade da expansão do fundo oceânico desta bacia. A
segunda, com assinatura de arco magmático, possivelmente esta relacionada a
um evento posterior, associado ao arco magmático desenvolvido durante o
fechamento da bacia.

7.3.2 Unidade Piranguinhos

Da área de Heliodora, foram analisadas as cinco amostras desta


unidade ( HH-249, 320, 376, 404 e 472) (Fig. 7.1) que aflora no sul da área
mapeada. Outras cinco amostras desta unidade das áreas adjacentes foram
incluídas. Essas rochas possuem composição mozogranítica a granodiorítica
ou sienítica (Fig. 7.22) e mineralogia composta de quartzo, feldspatos, biotita e
hornblenda, como minerais essenciais e raro granada e ortopiroxênio. Segundo
a classificação do triangulo de feldspatos de O’Conner (1965) uma amostra
possui composição intermediaria entre granito e quartzo monzonito (Fig. 7.23).

Segunda a Norma CIPW das amostras da área de Heliodora (Tab. 7.2),


as rochas são supersaturadas em sílica (presença de Q normativo e ausência
de Ne e Ol), possuem uma porcentagem de quartzo que varia de 30 a 14%.
Apenas uma amostra não apresentou Coríndon normativo. As porcentagens de
Ortoclasio variam entre aproximadamente 35 a 14%, Albita e Anortita
apresentam um range variando entre 35 a 21% e 16 a 7% respectivamente.
Todas as amostras possuem pequena quantidade de apatita, hematita e
Ilmenita normativos que não apresentam variações significativas. Em uma
única amostra ocorre diopsídio e titanita e não existe rutilo, destoante das

107
demais. Outra amostra apresentou quantidades anômalas de hiperstênio
(cerca de quatro vezes a media das demais análises). A mineralogia normativa
é compatível com o observado em lâminas petrográficas, incluindo a amostra
onde de observou ortopiroxênio, que na norma representa a única amostra com
hiperstênio. O índice de diferenciação de Thornton e Tuttle (1960), dado pela
soma dos minerais normativos, quartzo, ortoclasio, albita e feldspatóides
(ausentes) varia nas amostras entre 88,3 e 93 indica rochas muito evoluídas,
porem com baixo fracionamento, em função da baixa variação da SiO2, devem,
portanto representar os membros mais evoluídos do magma pai.

O conjunto das rochas da área e das áreas adjacentes forma um trend


cálcio-alcalino (Fig. 7.23). as amostras da área de Heliodora possuem caráter
peraluminoso a levemente metaluminoso (Fig. 7.24), seus teores de Al2O3
excedem os de NA2O+K2O+CaO, indicando um excesso desse óxido, que pode
fazer parte da estrutura de muscovita, biotita e granadas, o caráter
peraluminoso pode representar a presença em algumas rochas com maiores
teores de hornblenda (mineral ferromagnesiano moderadamente aluminoso).
Porem nas áreas adjacentes quatro das amostras plotam no campo das rochas
melaluminosas.
Q
Ultrabásica Básica Intermediaria Ácida
15

1 - alkali-feldspar quartzolito Alcalina


sienito
Nefelina
sienito
2 - monzodiorito
monzogabro
granitoide Sienito
rico em quartzo
10

3 - diorito, gabro Sienito


Na2O ? K2O

Sieno- Granito
diorito
i to

Quartzo
an

Ijolito
ton

sieno- monzo- grano- Gabro diorito


gr

granito
ali t
s p.

granito diorito (granodiorito)


5
o
--f

Diorito
alk

Gabro

q-diorito
q-alk-fsp quartzo- quartzo- q-monzodiorito Subalcalina/Toleítica
q-gabro
sienito sienito monzonito q-monzogabro
0

q-anortosito
1 sienito monzonito 2 3 40 50 60 70
A P
SiO2

Figura 7.22: A esquerda, diagrama QAP (Streckeisen, 1974), as rochas plotam no campo de
monzogranitos e granodiorito. A direita, diagrama TAS de Cox et al., (1979), as amostras
analisas plotam no campo das rochas graníticas, sieníticas e granodioríticas.

108
F
An

Série Toleítica

lit o
na
To
Granodiorito
Série Calci-alcalina Quartzo
to
mi monzonito
hje
nd
Tro
Granito

A M Ab Or

Figura 7.23: A esquerda diagrama AFM (Irvine & Baragar, 1971), rochas plotam no campo da
série Cálcio-alcalinas.a direita triangulo de Feldspatos de O’Conner (1965), Amostras plotam
no campo dos quartzo monzonitos, granitos e granodioritos.
7
6

Metaluminosa Peraluminosa
5
4
3
2
1

Peralcalina
0

0.6 0.8 1.0 1.2 1.4 1.6 1.8 2.0

A/CNK

Figura 7.24: Diagrama A/CNK x A/NK (Shand, 1943). Mostrando o caráter peraluminoso
levemente metaluminoso das amostras analisadas.

Nos diagramas de ambiência tectônica para rochas plutônicas graníticas


(Fig. 7.24 e 7.26), a maioria das amostras da Unidade Piranguinhos na área de
Heliodora plotam no campo das rochas de arco magmático, sin colisionais. Das
áreas adjacentes as amostras também indicam ambiente de arco magmático,

109
porem plotam nos campos de rochas pré colisionais ou tardi colisionais. Outras
duas amostras indicam granitos intraplaca.

4000
Di

3000
Ha

An
Fo
Sp
R2= 6Ca + 2Mg + Al

Hd
2000

En

Fractionados
Ph Mantélicos

Pré-
1000

Pós- Colisional
colisional
Tardi-
orogênicos
Ab
Or Sin-colisional
Bt Pós-
Anorogênico orogênico
Fa Fs
0

-1000 0 1000 2000 3000 4000

R1= 4Si - 11(Na + K) - 2(Fe + Ti)

Figura 7.25: Diagrama de ambiência tectônica R1-R2 de Batchelor e Bowden (1985),


indicando que as rochas graníticas possuem afinidade com granitóides sin-colisionais.
1000

1000

syn-COLG WPG

WPG
100

100
Rb

Nb

VAG+
syn-COLG
10

10

ORG
VAG ORG
1

1 10 100 1000 1 10 100 1000

Y+Nb Y

Figura 7.26: Diagramas discriminantes de ambiência tectônica de Meschede (1986) e Pearce e


Cann (1973). As amostras plotam nos campos de granitóides de arco magmático (VAG).

As distribuições dos cátions nos diagramas de Harker (1909) (Fig. 7.27)


apresentam correlações negativas de Ca, Mg, Al, Ti, Na e Fe, e correlação
positiva de K, P., Nos elementos traços foram observados correlações
negativas em Sr, Br Y, Zr e Ba. Nas demais amostras os valores apresentam-
se muito homogêneos. Essas características aliadas aos trends levemente

110
inflexionados sugerem que o processo magmático predominante foi
cristalização fracionada.

3.5

6
16.5

2.5

5
Al2O3
15.5

MgO

CaO
4
1.5

3
14.5

0.5

2
60 65 70 60 65 70 60 65 70
SiO2 SiO2 SiO2

1.2
6
4.0

1.0
5
3.5

0.8
Na2O

4
K2 O

TiO2
0.6
3.0

0.4
2
2.5

60 65 70 60 65 70 60 65 70

SiO2 SiO2 SiO2


7

1500
0.5

6
0.4

1000
5
FeOt
P2 O5

Sr
0.3

4
0.2

500
3
0.1

60 65 70 60 65 70 60 65 70
SiO2
SiO2 SiO2
150
12000

200
100
8000

Rb
Cr

Ni
4000

50

100
50
0
0

60 65 70 60 65 70 60 65 70

SiO2 SiO2 SiO2


700
70
50 60

1000
500
30 40

Ba
Zr

600
Y

300
10 20

200
100

60 65 70 60 65 70 60 65 70

SiO2 SiO2 SiO2


50
1.00

2.0

40
K 2O Na2 O
A CNK

1.5

30
mg
0.90

20
1.0
0.80

10
0.5

60 65 70
60 65 70 60 65 70
SiO2
SiO2 SiO2

Figura 7.27: Diagramas de Harker (1909), SiO2x Óxidos e elementos menores e traços,
mostrando uma dispersão dos dados, porem algumas amostras, apresenta-se alinhadas em
um trend inflexionado, indicando cristalização fracionada.

111
7.4 Discussão dos resultados dos dados geoquímicos

As análises químicas dos ortognaisses do embasamento indicam que


ocorrem dois conjuntos bem distintos quimicamente, que não foram
individualizadas no campo, devido a impossibilidade de determinar suas
relações cronológicas. Supondo que essas rochas tenham a mesma idade, é
possível se relacionar suas assinaturas químicas com um processo de
evolução do embasamento.

Como proposto por diversos autores (Cordani et al, 1973; Machado et al,
1996), o embasamento arqueano paleoproterozóico no sul de Minas Gerais é
formado por rochas granitóides relacionadas a acresção crustal de diversos
arcos magmáticos. Essa hipótese é confirmada pelas analises aqui
apresentadas, que em sua maioria, mostra assinatura geoquímica de arco
magmático. Os dois conjuntos de rochas, no entanto, possuem diferentes
características químicas. O primeiro deles localizado no norte da área mapeada
faz parte de um trend Cálcio Alcalino, enquanto o segundo aflorante a sul da
área segue um trend toleítico.

Possivelmente essa distinção química esta relacionada a evolução de


um arco magmático. Em geral, um arco magmático, imaturamente gera rochas
toleíticas de arco ou toleíticas de baixo K e tende a evoluir para magmas cálcio
alcalinos, quando finalmente em um estágio senil produz magmas alcalinos ou
da série shoshonítica.

As variedades entre rochas peraluminosas e metaluminosas são um


indício desta diferenciação das rochas temporal e espacialmente em relação ao
arco magmático, que possivelmente as originou. As rochas toleíticas possuem
caráter metaluminoso enquanto as rochas cálcio alcalinas, formadas
posteriormente e mais distante da zona de subducção, possuem caráter
peraluminosos. Isso reflete a quantidade de alumínio presente nessas rochas,
maior nas rochas cálcio alcalinas.

Associado ao embasamento ainda ocorre um corpo de rocha ultramáfica


(Ultramáfica do Fundão). Este corpo possui características químicas que
indicam que foi formado um cadeia meso oceânica, proveniente de uma pluma

112
mantélica. Possivelmente esse corpo represente um fragmento da crosta
oceânica subductada durante a acresção continental que deu origem as rochas
do embasamento.

As amostras de rochas anfibolíticas estudadas, tanto na área de


Heliodora como nas áreas adjacentes apresentam dois padrões de ambiência
tectônica, um grupo possui assinatura de basalto de fundo oceânico enquanto
o segundo indica rochas relacionadas a um arco magmático. O primeiro
conjunto pode estar relacionadas a evolução da bacia Andrelândia,
representando os basaltos gerados durante a expansão do fundo oceânico
desta bacia. O segundo grupo possivelmente foi gerado durante o fechamento
da bacia, relacionada ao arco magmático formado durante esse evento.

Por fim, as análises químicas das rochas da Unidade Piranguinhos


indicam que são rochas relacionadas a um arco magmático cálcio alcalino, ou
seja já maduro. O processo ígneo predominante indicado pelos diagramas de
Harker (1909) foi a cristalização fracionada. Algumas amostras indicam
granitos intraplaca sin e tardi colisionais e alguns valores nos diagramas de
Harker (1909) são anômalos. Esses valores são interpretados como erros
analíticos ou contaminações da amostra, sejam elas provenientes de
alterações intempéricas ou de outras fontes.

113
8 Conclusões

Na área de Heliodora o embasamento de idade arqueano


paleoproterozóica é formado por rochas de composição granítica a
granodiorítica com assinatura química de arco magmático. Quimicamente
foram diferenciados dois grupos de rochas, o primeiro forma um trend toleítico
metaluminoso e o segundo forma um trend cálcio alcalino peraluminoso. Essa
diferença química possivelmente esta relacionada a evolução geoquímica do
arco magmático que originou essa rochas, sendo as rochas toleíticas as menos
evoluídas e as cálcio alcalinas representando os estágios mais maduros do
arco. Também ocorrem no embasamento rochas ultramáficas, em sua maioria
pequenas lentes de tremolita actinolita xisto, e um corpo com aproximadamente
1 km² de composição olivina websterito. Esta rocha possui assinatura química
de rocha de fundo oceânico com indicação de origem a partir de uma pluma
mantélica. Possivelmente representa um fragmento do fundo oceânico
envolvido no processo de acresção crustal que deu origem ao embasamento.

As rochas Neoproterozóicas são formadas por metassedimentos da


Megassequência Andrelândia, divididos em três unidades: São Vicente, Santo
Antonio e Arantina, e rochas orto e para derivadas da Nappe Socorro-Guaxupé
agupadas na Unidade Piranguinhos.

Na área de estudo, os metassedimentos da Megassequência


Andrelândia provavelmente representam os sedimentos retrabalhados do fundo
oceânico. Os níveis plataformais mais rasos foram descritos por Pacciulo
(1997) e Trouw et al (2000), a leste da área de mapeamento na região de
Carrancas e Andrelândia (MG).

A Unidade Piranguinhos é formada por granada biotita ortognaisse com


abundantes fenocristais de K-feldspato em uma matriz fina localmente com
ortopiroxênio, intercalado com metassedimentos, em sua maioria quartzitos
feldspáticos, mas também gnaisses ricos em quartzo, e granaditos;
pontualmente também ocorre granulito máfico, com mineralogia composta de
clinopiroxênio, granada, anfibólio e plagioclásio. Essas rochas estão

114
associadas ao arco magmático formado na margem continental ativa da
paleoplaca Paranapanema. Na área estudada, estas rochas ígneas são
homogêneas quimicamente e de acordo com as indicações das analises
químicas, possivelmente foram formadas por processo de cristalização
fracionada.

Ocorrem ainda três corpos com composição monzogranítica intrusivos


nas rochas da Megassequência Andrelândia, no embasamento e na Nappe
Socorro. São granitos a duas micas pouco deformados, e sem indício de
metamorfismo, provavelmente oriundos da fusão parcial das rochas
metassedimentares, durante a fase final da Orogenia Ribeira. Entre eles está o
granito Santa Rita do Sapucaí, encaixado na zona de cisalhamento homônima,
intrusivo nas rochas da Nappe Socorro-Guaxupé.

As nappes que ocorrem na área (Carmo da Cachoeira, Lambari e


Socorro-Guaxupé) mostram um sentido do movimento com topo para ENE,
marcado por indicadores cinemáticos em escala de afloramento e de
microscópio.

As estruturas geológicas na área são bastante complexas decorrentes


da interferência de dois eventos orogênicos. Foram identificadas quatro fases
deformacionais (D1 a D4). As duas primeiras são correlacionadas a
estruturação do orôgeno Brasília. A fase deformacional D1 foi observada
apenas em lâminas delgadas, na forma de uma clivagem crenulada pela
deformação posterior. A fase D2 forma a foliação principal na área de estudo,
com atitude bastante variável, em geral apresentando mergulhos íngremes ora
para NW ora para SE, associadas a dobras fechadas a isoclinais com plano
axial em geral paralelo a S2.

As fases deformacionais subseqüentes foram associadas a interferência


da faixa Ribeira na área de estudo. A fase D3 gerou grandes dobras abertas,
com planos axiais íngremes e normalmente ortogonais a S2, e a Zona de
Cisalhamento Conceição das Pedras que possui caráter rúptil dúctil e esta
associada a milonitos de temperatura baixa. Além disso ocorrem pequenas
zonas de cisalhamento subverticais com orientação N-S, em escala de
afloramento, com cinemática sinistral.

115
À fase D4 estão associadas duas zonas de cisalhamento: a Zona de
Cisalhamento Jesuânia (ZCJ) e a Zona de Cisalhamento Santa Rita do
Sapucaí (ZCSR). A ZCJ é uma zona de cisalhamento destral de caráter rúptil
dúctil, associada a milonitos de media a alta temperatura. Em escala de mapa
observa-se um deslocamento horizontal aparente de aproximadamente 12 km,
observado em camadas de sucessões quartzíticas intercaladas na unidade São
Vicente. A Zona de Cisalhamento Santa Rita do Sapucaí é uma zona de
cisalhamento transcorrente destral, onde está encaixado o granito Santa Rita
do Sapucaí. Os milonitos associados foram gerados a temperaturas médias.

Foram reconhecidos na área evidencias de dois eventos metamórficos


sobrepostos, M1 e M2, referentes as orogenias Brasília e Ribeira
respectivamente, e um retrometamorfismo afetando todas as rochas.

Nas rochas das Nappes Carmo da Cachoeira e Lambari o metamorfismo


M1 atingiu a fácies anfibolito alto de pressão intermediaria. Na Nappe Socorro-
Guaxupé este mesmo metamorfismo atingiu a fácies granulito de pressão
intermediaria a alta. O contato basal da nappe marca, portanto, uma transição
metamórfica brusca, o que sugere que o pico metamórfico foi anterior a
colocação da nappe. Nas rochas da Megassequência Andrelândia foi
identificado metamorfismo M2 de fácies anfibolito médio.

De acordo com a correlação regional (Trouw et al, 2006 e Peternel et al,


2005) a cianita foi gerada em um evento metamórfico relacionado a faixa
Brasília e a silimanita foi gerada durante o metamorfismo relacionado a faixa
Ribeira em condições metamórficas de P e T inferiores, compatível com a
fácies anfibolito de pressão média.

Indícios de retrometamorfismo foram observados em todas as rochas,


com exceção das rochas graníticas, que são, portanto, sin a tardi tectônicos,
posteriores ao metamorfismo M2.

116
8.1 Evolução geotectônica da área de Heliodora

A partir dos dados de mapeamento geológico estrutural, análises


petrográficas, análises litoquímicas e correlações com dados da geologia
regional foram delimitadas as etapas da evolução geotectônica da região de
Heliodora.

O embasamento Arqueano-Paleoproterozóico representa, ao menos em


parte, um ou mais arcos magmáticos amalgamados durante a formação do
Cinturão Mineiro (Teixeira et al, 2000). A ocorrência de rochas migmatíticas no
embasamento indica que durante a Orogenia Transamazônica essas rochas
experimentaram condições metamórficas de no mínimo fácies anfibolito alto.
Durante o Neoproterozóico ocorreu a quase completa transposição das
estruturas relacionadas a esta faixa móvel.

Por volta de 1000 Ma (Neoproterozóico I) começou a se desenvolver um


sistema de riftes na borda meridional do paleocontinente São Francisco (Brito
Neves et al., 1999), esse processo prosseguiu até a instalação de uma margem
passiva com o desenvolvimento da bacia Andrelândia (Trouw et al., 2000). Na
área de estudo ocorrem três unidades relacionadas a evolução sedimentar
desta bacia, as Unidades São Vicente, Santo Antônio e Arantina. As unidades
litoestrtigraficas e suas interpretações paleoambientais foram definidas por
Paciullo (1997) na região de Luminárias e Andrelândia, onde ocorre a parte
proximal da Bacia Andrelândia. Na área estudada, a sudoeste de Luminárias,
essas rochas representam a parte mais distal aflorante da Bacia Andrelândia.

Na borda da Bacia Andrelândia, Paciullo (1997), interpretou os biotita


gnaisses como depósitos de planície costeira, e os quartzitos e xistos como
depósitos plataformais. Em regiões mais profundas da bacia essas rochas
possivelmente representam rochas provenientes do retrabalhamento destes
depósitos em ambiente mais profundo. Também ocorrem lentes decimetricas a
métricas de anfibolito intercalado aos metassedimentos. Essas rochas máficas
são interpretadas como derrames ou diques basálticos, relacionados a abertura
da bacia.

117
A Unidade Santo Antônio, é interpretada por Paciullo (1997) como sendo
um deposito relacionado a um período glacial e posglacial, apoiado em
evidencias de campo, não observadas na área de estudo, como acamamento
fino, interpretados como turbiditos, clastos e blocos caídos e diamictitos
interpretados como depósitos glaciais. Na área estudada ocorre apenas biotita
granada xisto maciço, também descrito pelo autor supracitado. As rochas da
Unidade Arantina representam a fácies distal do preenchimento sedimentar da
bacia Andrelândia.

No final do Neoproterozóico (670 Ma, Campos Neto et al, 2005), após


um longo período de aquessência tectônica, tem inicio o fechamento da bacia
Andrelândia a partir de subducção para W (Trouw et al., 2000) formando o arco
magmático Socorro-Guaxupé sobre a margem ativa do paleocontinente
Paranapanema. Na região de Heliodora as rochas do arco são representadas
pela associação de orto e paragnaisses da unidade Piranguinhos.

O inicio da subducção promove introdução de água a partir da crosta


subductada gerando os corpos plutônicos e vulcânicos com assinatura
geoquímica de arco magmático (Campos Neto, 2005). Com a continuidade da
subducção os sedimentos da Megassequência Andrelândia formam uma cunha
acrescional na margem ativa do paleocontinente Paranapanema.

Nesta região a colisão entre os paleocontinentes São Francisco e


Paranapanema ocorreu entre 625 e 610 Ma (Trouw et al., 2000), e representa
a estruturação meridional do Orógeno Brasília.

Nesse ambiente essas rochas foram deformadas e metamorfizadas com


pressão mais elevada que a série barroviana, caracterizado pela presença de
cianita, estável até a fácies granulito, onde coexiste com K-feldspato (Trouw et
al., 2000).

Essas rochas foram em seguida extrudidas para fora da cunha


acrescional com transporte tectônico de topo para ENE, gerando uma
sucessão de nappes e escamas empurradas.

118
Na região de Heliodora essas fases de deformação são representadas
por D1 e D2. O empurrão basal da Nappe Guaxupé representa a sutura dessa
colisão.

O metamorfismo relacionado a Faixa Brasília (M1), é sin-colisional. Nas


rochas do embasamento e Megassequência Andrelândia (Nappes Lambari e
Carmo da Cachoeira) está registrado um metamorfismo na fácies anfibolito alto
e na unidade Piranguinho da Nappe Socorro-Guaxupé, em fácies granulito de
pressão intermediária a alta. A isógrada metamórfica opx-in segue o contato
basal da Nappe Socorro-Guaxupé, indicando que o pico metamórfico foi
anterior à colocação final das nappes.

A partir de 595 Ma, teve início o a Orogênese Ribeira (Heilbron et al.,


2000 e 2004), que na sua porção central representando uma colisão entre a
Microplaca Serra do Mar/Arco Rio Negro com o Craton do São Francisco.

A subducção ocorre de NW para SE gerando arcos magmáticos com


marcante polaridade temporal e composicional: 1) arco primitivo do tipo TTG a
W (Arco Rio Negro – 630-590Ma); 2) arco mais evoluído, do tipo cordilheirano
maturo, mais a E (Arco Serra dos Órgãos – 570-560Ma) e um arco
sincolisional, caracterizado por magmatismo crustal (Arco Rio de Janeiro –
560Ma) (Fonseca, 1998 ). Com a continuidade dessa subducção ouve a colisão
que gerou uma nova trama estrutural na região de interferência

Na área de estudos as fases D3 e D4 foram atribuídas a orogenia


Ribeira. A fase de deformação D3 gerou megadobras da foliação S2 em
escala de mapa da foliação e zonas de cisalhamento transpressivas, com forte
componente compressiva de caráter rúptil dúctil e ZC transcorrentes sinistrais,
a partir de um encurtamento NW-SE.

As condições metamórficas nessa fase foram responsáveis pela geração


de sillimanita nas rochas metassedimentares da Megassequência Andrelândia,
alem de eventos de anatexia que deram origem ao Granito Santa Rita do
Sapucaí e outros na área de estudo, indicando fácies anfibolito de pressão
média.

119
A fase de deformação D4 gerou as Zonas de Cisalhamentos Santa Rita
do Sapucaí e Jesuânia, ambas de orientação NE-SW e movimento
transcorrente destral, a partir de compressão E-W.

120
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de mestrado – Universidade Federal do Rio de Janeiro,

131
ANEXO I
Mapa geológico da folha Heliodora 1:50.000
MAPA GEOLÓGICO DA FOLHA HELIODORA
ANEXO I DA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO: EVOLUÇÃO GEOTECTONICONA ÁREA DE HELIODORA, SUL DE MINAS GERAIS
PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM GEOLOGIA UFRJ
AUTOR: Hugo José de Oliveira Polo
UFRJ HELIODORA CARTA GEOLÓGICA - ESCALA 1:50.000
SF23-Y-B-II-2 ORIENTADOR: Rudolph Allard Johannes Trouw UFRJ

45°45'0"W 425000 430000 435000 A 440000 445000 45°30'0"W

NP2asvq 70 50
50 APPh
40 60 65
NP2asvq APPh 40
50
45 RELAÇÕES TECTÔNO-ESTRATIGRÁFICAS
60 70
35
70 NP2asa 20 ERA PERÍODO IDADE COBERTURAS SUPERFICIAIS
NP2asvq
(Ma)
SILL
65 Quaternário
30 SILL
Depósitos aluvionares
55 70 80 80

20
20 44
0
1,75
40 APPh

7565000

7565000
30 Neógeno

Cenozóico
GB
Pi
SgRV
NP2asvq 35 23
CSF SgM
70 80

uas
NP Paleógeno

as Á g
70
d
65

a
50

SC STL
SC APPh
Se r
NP2aar
r ERA PERÍODO IDADE
GRANITÓIDES SIN- À PÓS-COLISIONAIS
NP2aar
Np
SJ Ti (Ma)
Lv MSA Ba 542
It
600-550 Ma: Orógeno Ribeira
TP

ZCJ
Ig
Va Lu MSA Granito Santa Rita do Sapucaí
BACIA DO TC
KC
70 89 Ediacarano e outros granitos sin tectônicos
40
Minduri And
PARANÁ 80
60 75 80

80
Car
40

60
SILL
La
22
Cax Aiu 0
Sl

DOMÍNIO DA DOMÍNIO DO SISTEMA

60
APPh 40 NAPPE SOCORRO DE NAPPES ANDRELÂNDIA

50
52
Careaçu 65 60
Ij

89 45 625-610 Ma: Orógeno Brasília Meridional


85 60 630
É
AT
UB
APPh 25 50 20 Nappe Varginha-Guaxupé
NappeSocorro-Guaxupé Megassequência
Megasseqüência Andrelânia
Andrelândia

70
A
CI
AT Rio de NP2asvq
55
Unidade Santo Antônio
BA
Unidade Piranguinhos

1
Janeiro
APPh

70
Ortognaisses Metassedimentos
Ilha Grande 70

50
LÂNTICO
S ã o P a ul o
OCEÂNO AT NP2asvq

87
Criogeniano Unidade Arantina
100 km 50

25
24 S
0
70
48 46 44 85
0 0 0
7560000

7560000
Área de mapeamento
Sedimentos Cenozóico
70 85

Neoproterozóico
Rochas Alcalinas Cretáceo/Terciário
Sedimentos Paleozóico / Mesozóico NP2asvq Unidade São Vicente

Heliodora
55 60 Gnaisse Quartzito
NP3y3g

10
FAIXA BRASÍLIA - EXTREMO SUL
PROVÍNCIA TOCANTINS
FAIXA RIBEIRA - SEGMENTOCENTRAL
PROVÍNCIA MANTIQUEIRA
APPh 75

30
NP Nappe Passos Sistema de empurrões Juiz de Fora
Domínio Alóctone Externo Klippe Paraiba do Sul
NP2asvq
850
KC Klippe Carrancas Arco Magmático Rio Negro 80 Toniano 1000-900 Ma: magmatismo básico, rifteamento e construção de margem passiva
Sistema de nappes Luminárias e Liberdade Domínio Costeiro 70 1000

2
Domínio Cabo Frio
Nappe Socorro-Guaxupé

40
Terrreno Embu
75 Estateriano
1600
Arco Magmático e Granitoides Transpressivos
NP2asvq ENa 1800

Paleoproterozóico
Terreno São Roque/Açunguí
65 60 8 Orosiriano
2050

70
SILL Ortognaisse Heliodora Corpo Ultramáfico do Fundão
CRÁTON DO SÃO FRANCISCO E ANTEPAÍS SILL Riaciano

20
CSF
(Linha pontilhada - limite do cráton)
35

55

3
GB - Grupo Bambuí (Neoproterozóico) STL - Sequências Tiradentes e Lenheiro 70 2300

40
MSA - Megassequência Andrelândia (Mesoproterozóico) 80
Sideriano
50

a ri n a
(Neoproterozóico - autóctone) SgM - Supergrupo Minas
85
2500

20
a t
ta C

Neoarqueano
18

a n
Mapa tectônico simplificado da região sudeste do Brasil; modificado de Trouw et al

de S
( 2000).Cidades: T P - Três Pontas; Lv - Lavras; It - Itumirim; Va - Varginha; TC - Três
a
Serr
Corações; Lu - Luminárias; Ig - Ingaí; SJ - São João Del Rei; Ti - Tiradentes;Ba - Barbacena; 2800
And - Andrelândia; 80
47 50
NP2asvq
70 30
SILL

20
1
7555000

7555000
UNIDADES GEOLÓGICAS
1

50
60
70 75 CENOZÓICO (C )
NP3y3g
10

89
Natércia
ENa Depósitos aluvionares: Cascalho, areia e lama inconsolidada
50 78

20
60 NEOPROTEROZÓICO (NP)

80
75 60 GRANITÓIDES SIN- A TARDI TECTÔNICOS
76
NP3y3srs Granito Santa Rita do Sapucaí e outros granitos: Granito leococrático com
biotita e muscovita com fenocristais de K-feldspato pouco deformado

20
89 NP3y3g e localmente indeformado
89
4

89
5

55 NAPPE SOCORRO
21
52 80 Unidade Piranguinhos: Quartzitos feldspáticos, granaditos, gnaisses ricos
SILL NP2pi Hornblenda granada biotita ortognaisse com fenocristais NP2ps em quartzo e granulitos com clinipiroxênio, granada,
de K-feldspato localmente com ortopiroxênio e localmente plagioclásio e hornblenda
425000 430000 435000 440000 445000 75 migmatíticos, com intercalações de anfibolitos.
75 50
NP2aar 85 MEGASSEQUÊNCIA ANDRELÂNDIA
7565000

7565000

40
NP2asa Unidade Santo Antônio: Granada Biotita xisto grosso cortados por
7

abundantes veios lenticulares de quartzo


ZC J 67 70 SILL NP2aar Unidade Arantina: Granada Biotita muscovita xisto/gnaisse
14

30
60 rico em plagioclásio, com sillimanita.

10
80

40
63
2

85
7560000

7560000

65 NP2asv Unidade São Vicente: NP2aarq Sucessões decametricas de quartzitos com

20
80 Biotita paragnaisse bandado com intercalações de quartzito, intercalações de muscovita-quartzo xistos
muscovita-quartzo xisto e anfibolito, localmente migmatítico.
Intercalações das seguintes rochas:
45
12

ARQUEANO / PALEOPROTEROZÓICO (APP)


7550000

7550000
55 NP2asvq 88 Anfibolito
20

85 80 APPh
Unidade Heliodora: (Granada Anfibolio) Biotita Ortognaisses Granito a duas micas
30 localmente migmatíticos de composição monzo-granítica a
pouco deformado
7555000

7555000

87 tonalítica com intercalações de anfibolitos e rochas ultramáficas

APPumf Corpo Ultramáfico do Fundão: rochas ultramaficas intercaladas


Quartzitos e Paragnaisses
10

72 80
APPh no embasamento: tremolita-actnolita xistos, piroxênio hornblenditos, Unidade Piranguinhos
70 piroxenitos, olivina websterito
Rocha ultramáfica
45 43 Quartzito
CPX - ocorrência de clinopiroxênio
7550000

7550000

OPX - ocorrência de ortopiroxênio


61 SILL - ocorrência de silimanita
80
80 ELEMENTOS ESTRUTURAIS

40
80

65
80 75 Contato
B
7545000

7545000

Contato ou zona de cisalhamento encobertos


A 60
80
20

75 Falha de empurrão ou zona de cisalhamento transpressional - Fase D2


70

Rita
43 55

a
Antiforme fechado a isoclinal normal da fase D3

a nt
C P APPh
ZC 70
SNP2asvq
7540000

7540000

SR 40
e
ra d
ZC 43 Sinforme fechado a isoclinal normal da fase D3

Ser
30

70 55
60 85
Foliação da fase D2
425000 430000 435000 440000 445000 89 42
7545000

7545000
80 Lineação de estiramento/mineral D2
0 500 1.000
m

20
30
NP2ps Foliação milonítica da fase D3
60
Legenda Estruturas
45 72 Lineação de estiramento/mineral D3

30
70

40
P
L2

ZCC
Empilhamento Tectônico das Nappes

36
Foliação milonítica da fase D4
70 70
Nappe Socorro L3/L4
44 42 Lineação de estiramento/mineral D4
Nappe Lambari

20
Falha de Empurrão
Nappe Carmo da Cachoeira Zona de Cisalhamento ZCCP - Zona de Cisalhamento Conceição da Pedra - transpressional
trascorrente ou compressiva 70 78 57 30 - Fase D3
70 45
Sentido do transporte tectônico 57
55 ZCJ - Zona de Cisalhamento Jesuânia - trascorrente destral -
Fase D4
65 65
ZCSR - Zona de Cisalhamento Santa Rita do Sapucaí -
35 transcorrente destral - Fase D4
50 30
70

la io
Ba
50 NP2pi 40 CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS
d o
70

70
89
r r a Cidade

S R Se APPh
10

ZC
NP2pi 40 25 NP2ps
2

OPX 60 Rios e Drenagens


75 CPX
ENa 72 15 60
Estradas
60
15

Santa Rita do Sapucaí


57
7540000

7540000
23

10 8

A'
80
30
2

15
80
22°15'0"S
NP3y3srs 22°15'0"S

60
75 30
40
10

45°45'0"W
425000 430000 435000 440000 445000 LOCALIZAÇÃO DA FOLHA
ARTICULAÇÃO DA FOLHA
NO ESTADO DE MINAS GERAIS

48O 42O 46°00'


21°45'
45°45' 45°30' 45°15'
21°45'

Poço São Gonçalo


Fundo do Sapucaí Lambari
16O
22°00' 22°00'

A - NNW A’ - SSE
Pouso
Alegre
Heliodora Cristina

20O
22°15' 22°15'

D2 ZCCP 1500m Conceição


dos Ouros
Santa Rita
do Sapucaí
Itajubá
ZCJ

1000m
22°30' 22°30'
46°00' 45°45' 45°30' 45°15'

500m
NM NG

22°58’57” 0 750 1.500


m
A declinação magnética
Escala Vertical e Horizontal 1:50.000 cresce 14`17” anualmente
Base cartográfica extraida da Folha SF-23-B-II-2 Helidora,
Fundação IBGE, 1971. Disponível digitalizada no sítio www.ibge.gov.br.
Projeção Transversa de Mercator,
Datum Córrego Alegre Fuso UTM 23S
ANEXO II
Mapa de pontos da folha Heliodora 1:50.000
MAPA DE PONTOS DA FOLHA HELIODORA
ANEXO II DA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO: EVOLUÇÃO GEOTECTONICONA ÁREA DE HELIODORA, SUL DE MINAS GERAIS
UFRJ PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM GEOLOGIA UFRJ
AUTOR: Hugo José de Oliveira Polo
UFRJ

HELIODORA CARTA GEOLÓGICA - ESCALA 1:50.000


SF23-Y-B-II-2 ORIENTADOR: Rudolph Allard Johannes Trouw
45°45'0"W 425000 430000 435000 A 440000 445000 45°30'0"W

22°0'0"S
HH-82 HH-112 HH-35 MH-130
HH-81 MH-60MH-61MH-62
MH-59 HH-36
MH-58 MH-128MH-129
HH-34 MH-95 MH-77MH-78 MH-79
HH-260B MH-76
HH-80 HH-38 MH-96 MH-75 MH-125MH-126
HH-39 MH-97 MH-74 HH-134HH-135 MH-124 MH-102
HH-37 MH-73 HH-133 MH-123
MH-56MH-63 MH-72
HH-259 MH-101 MH-98 MH-122
MHX-7 HH-33 HH-253 MH-71 HH-131HH-132
MH-87 MH-70 HH-130
HH-260
HH-258 HH-41MH-86 MH-68 HH-129
MH-69
MH-54 HH-252 HH-40
7565000

7565000
MH-53 MH-67
HH-109HH-110 HH-42 MH-65
MH-52
HH-77 HH-251

s
MH-100

s Á gua
HH-74 HH-107
a
Serra d
HH-79 HH-76
MH-99

ZCJ
HH-165HH-166 MH-105
MH-107 MH-104 HH-138
HH-58 HH-164
HH-123 MH-108 MH-106 HH-137 HH-138
HH-314HH-44 HH-106 HH-43 HH-159
HH-59
HH-57 HH-158HH-160
HH-45 HH-46
HH-113 HH-48 HH-163
HH-27 MH-103
HH-162
Careaçu
HH-124 HH-49 HH-157HH-28
HH-114 HH-156 HH-26
HH-125HH-126 HH-73 MHX-23 HH-155
HH-52 HH-120MH-28MH-29 HH-154
HH-115 HH-127 HH-53 HH-51
HH-119 HH-128 HH-30 MH-24 MH-27 HH-136
HH-128 HH-61 MH-26
HH-117HH-118 HH-30MH-25
HH-116 HH-55
HH-121
HH-29 HH-60
HH-122
HH-122
HH-56
HH-62 HH-25
HH-167
HH-68 HH-63
7560000

7560000
HH-65 HH-105
HH-69 HH-69 HH-71 HH-72

Heliodora
HH-67
MH-113 MH-110 MH-111MH-112
MH-109
HH-430
HH-66

HH-139 HH-150HH-151
HH-07 HH-149
HH-140
HH-141
HH-142
HH-143HH-144
HH-10
HH-170HH-171 HH-12
HH-13 HH-145
HH-14 HH-146HH-147HH-148
HH-169HH-172
HH-352 HH-16 HH-17
HH-174HH-176
HH-351 HH-15
HH-177
a HH-84
HH-83

t a ri nHH-19
HH-178
HH-418
a
HH-350
C
anta
de S
HH-431

a
HH-432
HH-433 HH-261
Serr HH-179
HH-349
HH-256HH-20
HH-180
7555000

7555000
HH-353 HH-419 HH-450
HH-181 HH-22
HH-449 HH-348
HH-262HH-346 HH-182
HH-417 HH-269
HH-24 HH-***
HH-347 HH-23 HH-266
Natércia HH-268 HH-265

HH-448 HH-263HH-264
HH-447
HH-415 HH-85
HH-415HH-416 HH-452
HH-434 HH-345
HH-86
HH-429 HH-453
HH-344
HH-343
HH-414 HH-87
HH-435
HH-454
HH-445
HH-444 HH-436 HH-451 HH-277
HH-413 HH-437 HH-428
HH-270
HH-456 HH-457
HH-438
HH-458 HH-271HH-272
HH-439 HH-459 HH-278
HH-342
HH-276
HH-89 HH-273
HH-441
HH-90
7550000

7550000
HH-412 HH-409
HH-410
HH-411 HH-411
HH-341
HH-279
HH-440 HH-340
HH-295
HH-294
HH-91 HH-281
HH-442 HH-408 HH-293
HH-467
HH-291 HH-283
HH-330HH-331 HH-290 HH-282
HH-311 HH-92
HH-333 HH-285
HH-289
HH-332HH-334HH-335 HH-231HH-466 HH-284
HH-336 HH-232 HH-93
HH-287
HH-337
HH-309 HH-234
HH-305 HH-338 HH-339
HH-310 HH-307
HH-308 HH-298 HH-299
HH-312 HH-304 HH-236
HH-230
HH-313 HH-303 HH-94
HH-301HH-302
HH-329 HH-237HH-238

ita
HH-443

ta R
HH-229 HH-95
n
HH-225 HH-239
a
eS
HH-464
HH-328

ra d
HH-327 HH-463 HH-224

Ser
HH-325HH-326 HH-318 HH-228
HH-317 HH-227 HH-226 HH-223
HH-469
HH-324HH-407 HH-468
HH-316 HH-186
7545000

7545000
HH-189HH-190
HH-321 HH-196 HH-187
HH-197 HH-222 HH-96 HH-192
HH-357HH-358 HH-195 HH-97 HH-191
HH-198 HH-221 HH-473
HH-369 HH-323 HH-193
HH-368HH-370 HH-199
HH-98 HH-472
P
HH-184 HH-472

ZCC
HH-354HH-355 HH-367
HH-249
HH-365HH-366 HH-461 HH-462 HH-249
HH-319 HH-200 HH-183

HH-364 HH-322 HH-320 HH-470 HH-202HH-207


HH-362 HH-320 HH-240
HH-361 HH-100 HH-203 HH-243
HH-360 HH-203B
HH-471 HH-247HH-248
HH-359
HH-241 HH-246
HH-372HH-373 HH-204 HH-245
HH-220 HH-205
HH-363 HH-376
HH-376 HH-204
HH-393
io
HH-375

a
HH-219 HH-475
l
HH-377 HH-103

Ba
HH-383
HH-385 HH-218
HH-378
o
HH-388HH-389
d
HH-390HH-391

a
HH-397 HH-387
r
HH-398 HH-379
HH-392
r
Se
HH-400HH-401 HH-217

SR
HH-395 HH-216
HH-371 HH-406 HH-399 HH-394

ZC
HH-427 HH-215
HH-424 HH-381HH-426 HH-214
HH-04 HH-422 HH-104
HH-423 HH-425
HH-420HH-421 HH-382
Santa Rita do SapucaíHH-402HH-06 HH-211
7540000

7540000

HH-213
HH-403 HH-213
HH-209HH-210
A'
HH-404 HH-297HH-405
HH-01 HH-460
HH-297 HH-208 HH-476 22°15'0"S
22°15'0"S HH-460
45°45'0"W
425000 430000 435000 440000 445000 45°30'0"W

ELEMENTOS ESTRUTURAIS

Afloramentos descritos LOCALIZAÇÃO DA FOLHA


ARTICULAÇÃO DA FOLHA
NO ESTADO DE MINAS GERAIS
Análises litogeoquímicas 48O 42O 46°00' 45°45' 45°30' 45°15'
Lâminas petrográficas 21°45' 21°45'

Poço São Gonçalo


Contato Fundo do Sapucaí Lambari
16O

Contato ou zona de cisalhamento encobertos 22°00' 22°00'

Falha de empurrão ou zona de cisalhamento contracional - Fase D2 Pouso


Heliodora Cristina
Alegre

20O
22°15' 22°15'

Antiforme fechado a isoclinal normal da fase D3 Conceição Santa Rita


dos Ouros do Sapucaí Itajubá

Sinforme fechado a isoclinal normal da fase D3 22°30' 22°30'


46°00' 45°45' 45°30' 45°15'

ZCCP - Zona de Cisalhamento Conceição da Pedra - transpressional


com forte componente compressional - Fase D3
ZCJ - Zona de Cisalhamento Jesuânia - trascorrente destral -
Fase D4 NM NG

ZCSR - Zona de Cisalhamento Santa Rita do Sapucaí -


transcorrente destral - Fase D4
22°58’57” 0 750 1.500
CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS m
A declinação magnética
Cidade cresce 14`17” anualmente
Base cartográfica extraida da Folha SF-23-B-II-2 Helidora,
Fundação IBGE, 1971. Disponível digitalizada no sítio www.ibge.gov.br.
Rios e Drenagens Projeção Transversa de Mercator,
Datum Córrego Alegre Fuso UTM 23S
Estradas
ANEXO III
Mapa de contornos estruturais da folha Heliodora 1:50.000
MAPA DE TRAÇOES ESTRUTURAIS E LINEAMENTOS INTERPRETADOS
ANEXO III DA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO: EVOLUÇÃO GEOTECTONICONA ÁREA DE HELIODORA, SUL DE MINAS GERAIS
UFRJ PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM GEOLOGIA UFRJ
AUTOR: Hugo José de Oliveira Polo UFRJ

HELIODORA CARTA GEOLÓGICA - ESCALA 1:50.000


SF23-Y-B-II-2 ORIENTADOR: Rudolph Allard Johannes Trouw
425000 430000 435000 440000 445000 45°30'0"W
70 50
50
40 60 65

50 40 45 60 70
35
70 20

65
30 55 70 80 80

20
44
40
7565000

7565000
30
35
70 80

uas
70

as Á g
50

Serra d
ZCJ
70 89
40 80
60 75 80
80

40
60

60
40

50
52
Careaçu 89
65 60
45
85 60
25 50 20
70

55

1
70
70

50
87

50

25
70
85
7560000

7560000
70 85

Heliodora
55 60
10

75 15

30
80
70

2
40
75

65 60 8

70
20
35

55

3
70

40
50 80
85
na

20
C a t a ri
18

e Santa
a d
Serr 50
80
47
70 30
20
1
7555000

7555000
1

50
60
70 75
10

89
50 78 Natércia

20
60

80
75 60
76

20
89
89
4

89
5

55
21
52 80

75

75 50
85
40
7

67 70
14

30
60
10

80

40
63
2

85
65

20
80

45 65
12
7550000

7550000
55 88
20

85 80
30
87
10

72 80
70

45 43

61
80
80

40
80

65
80 75

60
80
20

75
70

Rita
43 55

a
a nt
70
S
40

e
43

ra d
Ser
30

70 55
60 85
89 42
7545000

7545000
80
20
30

60

45 72
30

70
40

P
36

ZCC
70 70
44 42
20

70 78 57 30
70 45
57
55

65 65

35
50 30
70

la io
a
50 40
B
o
70

70

a d
89
r r
S R Se
10

40 25
2

ZC
60
75
72 15 60
60
15

Santa Rita do Sapucaí


57
7540000

7540000
23

10 8
80

A'
30
2

15
80 22°15'0"S
22°15'0"S
60
75 30
40
10

45°45'0"W
425000 430000 435000 440000 445000 45°30'0"W

ELEMENTOS ESTRUTURAIS
LOCALIZAÇÃO DA FOLHA
Foliação principal S2 ARTICULAÇÃO DA FOLHA
Lineamentos interpretados da imagem SRTM NO ESTADO DE MINAS GERAIS

48O 42O 46°00'


21°45'
45°45' 45°30' 45°15'
21°45'

Traço Estrutural das Foliações


Lineaçoes de estiramento e mineral L2 Poço
Fundo
São Gonçalo
Lambari
Contato 16O
do Sapucaí

Contato ou zona de cisalhamento encobertos 22°00' 22°00'

Foliação milonítica da fase D3 Pouso


Falha de empurrão ou zona de cisalhamento contracional - Fase D2 Alegre
Heliodora Cristina

20O
22°15' 22°15'

Antiforme fechado a isoclinal normal da fase D3 Conceição


dos Ouros
Santa Rita
do Sapucaí Itajubá
Lineação de estiramento/mineral L3
Sinforme fechado a isoclinal normal da fase D3 22°30'
46°00' 45°45' 45°30'
22°30'
45°15'

NM NG
ZCCP - Zona de Cisalhamento Conceição da Pedra - transpressional Foliação milonítica da fase D3
com forte componente compressional - Fase D3
ZCJ - Zona de Cisalhamento Jesuânia - trascorrente destral -
0 750 1.500
22°58’57”
Fase D4 Foliação milonítica da fase D4
ZCSR - Zona de Cisalhamento Santa Rita do Sapucaí -
A declinação magnética
m
transcorrente destral - Fase D4 cresce 14`17” anualmente
Base cartográfica extraida da Folha SF-23-B-II-2 Heliodora,
Fundação IBGE, 1971. Disponível digitalizada no sítio www.ibge.gov.br.
CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS Lineação de estiramento/mineral L4
Projeção Transversa de Mercator,
Datum Córrego Alegre Fuso UTM 23S

Cidade Imagem SRTM com resolusão de 90m recalculada para 30m


disponivel no sítio www.seamless.usgs.gov
iluminação artificial com sol posicionado a 315°

Rios e Drenagens
ANEXO IV
Tabela de dados de campo da folha Heliodora 1:50.000
ALTITUDE UNIDADE DESCRICAO ESTR. DIR MERG ESTR. DIR MERG
819 Gran Granito leucocratico com feldspatos idiomorficos localmente aparenta pouca deformacao, afloramento muito intemperizado,
S3 110
tambem ocorrem
89 regioes miloniticas
832 Pirang Gnaisse milonitico com bandamento milimetrico e olhos de feldspato e quartzo estirado (fora da area, a oeste) S2 338 78
873 Pirang Gnaisse milonitico com bandamento milimetrico e olhos de feldspato e quartzo estirado S2 138 70
847 Gran Granito leucocratico com feldspatos idiomorficos localmente aparenta pouca deformacao, afloramento muito intemperizado,
S3 165
tambem ocorrem
72 regioes miloniticas
923 Pirang Gnaisse milonitico com bandamento milimetrico e olhos de feldspato e quartzo estirado S2 0 60
1023 Pirang-Sed Quartzito feldspatico milonitico S2 180 10 L2 252 72
936 Gn-andr biotita gnaisse bandado, fraturas preenchidas por epidoto e intercalacao de ultramafica (clorita xisto) S2 173 75 L2 93 2
959 Gn-andr gnaisse muito quatzoso pode ser uma transicao para o quartzito, com vermiculita. Bandas quartzosas com mica preta S2 e bandas
320 puramente
30 quartzosas intercaladas milim
1002 Q-andr quartzito micaceo, laminas de mica branca intercaladas com camadas centimetricas de quartzo e mica S2 167 35
1022 Ultr rocha muito alterada com coloraþao ocre (ultramafica - clorita xisto) 10 m de espessura, cortada por veios de quartzo
S2 340 60 L2 260 20
993 Pirang gnaisse com abundantes fenocristais de k-feldspato pequensa dobras isoclinais com plano axial paralelo a foliaçãoS2 160 55
859 Pirang ortognaisse com porfiros pequenos S2 158 40
859 Pirang granda biotita gnaisse fino com veios de pegmatito e quartzo boudinados e anfibolito tambem ocorre granada pirobolio
S3 gnaisse
120(pode ser
15 calciossilictica)
L3 160 8
842 Hel-N biotita gnaisse fino e homogeneo S2 345 85
839 X-andr muscovita xisto S2 240 30
0 Gn-andr biotita gnaisse fino homogeneo (blocos)
0 X-andr muscovita quartzo xisto S2 220 18
0 Gn-andr biotita gnaisse fino homogeneo pouco leocossoma S2 340 45
1030 Q-andr xisto com anfibolio em cristais milimetricos paralelos a xistosidade S2 300 80
1218 Hel-N biotita gnaisse fino com porfiros de ate 7cm S2 340 70
0 Anf anfibolito omogenio quase sem foliação S2 201 44
919 X-andr muscovita xisto com turmalinas centimetricas e micas milimetricas pouco feldspato + veio de pegmatito S2 197 40
817 Hel-N gnaisse leococratico com cristais de feldspato estirados com 0.5cm alguns cristais hidiomorficos com ate 3cm S2 150 52
835 X-andr muscovita xisto com micas de 0.5cm e feldspato S2 333 89
877 X-andr muscovita quartzo xisto com granadas milimetricas e icas de 0.5 a 1cm + veio de quartzo rico em turmalina + tremolita
S2 xisto154
(ultramafica)
80
920 Hel-N biotita gnaisse homogeneo com porfiros estirados de feldspato entre 0.5 e2 cm S2 165 70
914 Gn-andr biotita gnaisse S2 178 70
0 Q-andr quartzo muscovita xisto S2 193 50
0 X-andr muscovita quartzo xisto S2 137 55
1035 Q-andr quartzo xisto com muita mica branca de granulação grossa a media em nodulos (possivelmente a nucleacao metamorfica S2 de335
outro mineral)
35 e silimanita
863 X-andr muscovta xisto com pouco quartzo, micas milimetricas + quartzito fino co m pouca muscovita S2 320 85
823 Hel-N gnaisse fino a medio com bandamento milimetricas e bandas centimetricas com feldspatos esverdeados pode ter pirobolio
S2 310 89
822 Hel-N biotita gnaisse fino bandamento milimetrico com pirobolio S2 310 87
843 Hel-N biotita gnaisse bandado com bandas de 0.5cm quartzo fedspaticas e bandas de 0.2cm de biotita com cristais de 0.2 S2cm de 298
feldspato 80
903 X-andr muscovita quartzo xisto com muscovitas de 2mm, quase um quartzito S2 325 65
913 Q-andr quartizito micaceo com micas milimetricas S2 165 30
861 X-andr blocos de quartizito e quartzo xisto
886 Gn-andr biotita gnaisse fino bandado intercalado com anfiblito e xisto pegmatito (10m) e rocha ultramafica (1m) S2 303 70
927 Hel-N gnaisse migmatitico cortado por diques de anfibolito, gnaisse porfiroblastico com feldspato (1 a 4cm) e gnaisse bandado.
S2 Muitas
310 dobras80
877 Hel-N gnaisse fino com pequenos cristais de mica e granada com pequenos nodulos de feldspato e veio de pegmatito (muito S2 deformado)
350 65
1042 Q-andr ate aqui o xisto varia a coloracao e composicao, diminuindo a quantidade de quartzo S2 350 20
910 X-andr muscovita xisto com intercalaþÒo de anfibolito S2 160 80
924 Hel-N gnaisse fino com raros nodulos felsicos e bandas felsicas S2 340 50
919 X-andr muscovita xisto S2 320 60
985 BX-andr muscovita biotita xisto S2 345 20
1000 BX-andr biotita ganada xisto com raros feldspatos S2 325 10
1018 BX-andr biotita granada xisto com veios de quartzo estirados S2 350 20
859 Anf anfibolito S2 355 20
869 Hel-N gnaisse medio com foliação bem definida com feldspato e granada (atair) milonitico S2 350 70
874 Hel-N gnaisse medio com foliação bem definida com feldspato e granada (atair) milonitico S2 345 89
927 Q-andr quartzito com poucas micas S2 130 40
1061 Q-andr quartzito micaceo intercalada com rocha muito alterada de coloraþÒo vermelha com veios centimetricos de quartzo
S2 310 55 L2 248 40
987 Gn-andr biotita gnaisse medio a fino bandado com quantidada de biotita variavel S2 190 50
997 Q-andr quartzito S2 150 85
1100 Q-andr quartzito S2 240 70
1179 Gn-andr gnaisse ou arcoseo com minerais circuares alinhados tem textura de rocha ignea/metaignea
1214 Gn-andr gnaisse ou arcoseo S2 325 8 L2 240 3
1331 Q-andr quartzito S2 350 15
1345 Q-andr quartzito S2 340 80
1364 Q-andr quartzito S2 165 55
1381 Q-andr quartzito S2 140 35
1227 Gn-andr biotita gnaisse homogeneo S2 352 70
1101 Q-andr intercalþaþÒo decimetrica de quartizito bem cristalixado e xisto medio a grosso com muscovita S2 0 15
1176 Gn-andr biotita gnaisse S2 353 30
1101 Gn-andr biotita gnaisse homogeneo S2 350 40
1085 Hel-N biotita gnaisse muito felsico S2 355 15
848 X-andr quartzito micaceo fino + muscovita granada xisto medio S2 346 60
881 Q-andr quartzito com mica S2 331 63
907 Q-andr quartzito com mica em camadas decimetricas e laminas peliticas S2 150 5
915 Q-andr quartzito + muscovita xisto S2 332 60
860 X-andr xisto com lentes decimetricas de quartzito S3 148 89
860 X-andr xisto com lentes decimetricas de quartzito S2 342 30
906 X-andr xisto S2 325 60
935 Q-andr quartzito micaceo medio S2 348 70
978 Q-andr quartzito S4 335 75
1128 Q-andr quartzito S2 184 80
978 Hel-N biotita gnaisse com cristais de quartzo alongados (blocos + ou - in sito)
983 Hel-N biotita gnaisse homogeneo leucratico com raras faixas milimetricas muito rica em biotita
994 Hel-N biotita gnaisse fino com mais bandas com biotita S2 350 70
967 Hel-N biotita gnaisse leococratico S2 155 45
938 Gn-andr biotita gnaisse leocoratico com intercalaþoes de anfibolito S2 180 70
945 X-andr muscovita quartzo xisto
955 Q-andr quartzito em camadas decimetricas S2 184 80
855 Hel-N biotita gnaisse S2 160 40
932 Gn-andr biotita gnaisse homogeneo com pegmatitos decimetricos S2 348 65
983 Gn-andr biotita gnaisse homogeneo S2 353 85
1171 Q-andr muscovita granada xisto intercalado com quartzito
977 Gn-andr biotita gnaisse bandamento centimetrico + blocos de anfibolito S2 355 70
998 X-andr muscovita silimanita xisto grosso + intercalaþÒo de anfibolito S2 355 70
1041 Anf anfibolito + blocos de gnaisse com pegmatito S2 30 70
1062 Gn-andr biotita gnaisse fino S2 10 90
1089 X-andr mica xisto grosso cor avermelhada + anfibolito S2 320 25
1116 Q-andr quartzito micaceo S2 345 50
1117 X-andr xisto micaceo S2 340 50
1166 Q-andr Quartizito em camadas decimetricas S2 342 65
1186 Q-andr quartzito micaceo em camadas centimetricas S2 348 50
1099 Gn-andr biotita gnaisse S2 350 50
1205 Q-andr quartzito micaceo em camadas centimetricas S2 0 63
1021 Gn-andr biota gnaisse S2 195 50
860 Gn-andr biotita gnaisse + rocha mafica (Clorita xisto) S2 20 60
876 Gn-andr biotita gnaisse leococratico homogeneo com pouca biotita S2 185 75
989 Pirang ortognaisse matriz fina, rico em porfiros de feldspatos com 0,5 a 1,5cm muito deformado (estirados), leitos decimetricos
S3 felsicos,
205 leitos42pegmatiticos e diques de
1001 Pirang granito gnaisse com porfiros de feldspatos de ate 1,5cm raros com 3cm cristais estirados +/- hidiomorficos talves tenha
S2 pirobolio
190 30
1025 Pirang intercalaþÒo: rochas cinza claro com fenocristais de feldspato de 1cm, pegmatito, rosa cinza escuro com pontos caulinizados
S2 135(anfibolito
40 alterado), rocha muito esc
1099 Pirang granito gnaisse com porfiros de feldspato xenomorficos menores que 1cm deformados, outro com raros fenocristaisS2 matriz fina
168e planos80micaceos
L2 cor
235negra (pequenas
20
1045 Pirang ortognaisse muito deformado, milonito. Cor clara om bandas milimetricas de cor cinza S2 150 70
1094 Pirang rocha muito fina com planos micaceos cinza escuro (intercalaþÒo de ultramafica) milonito S2 190 75
1125 Pirang-Sed rocha fina bandada com bandas puramente quartzosas e outras bandadas muito deformada e dobrada S2 186 60
1171 Gn-andr Biotita gnaisse com banda esverdeada S2 20 89
1151 Pirang-Sed gnaisse fino homogeneo com minerais de alteraçao dourados localmente com pegmatitos
1187 Pirang ortognaisse muito rico em fenocristais de feldspato com ate 1cm idiomorficos S3 165 60
1101 Pirang ortognaisse porfiritico S2 150 40
1047 Pirang ortognaisse porfiritico com cristais estirados
1161 Pirang itercalaþÒo entre pegmatito, anfibolito e ortognaisse leococratico S2 120 70
1134 Pirang rocha clara com bandas milimetricas escuras milonito S2 240 50
1145 Pirang rocha bandada intercalaþoes de bandas felsicas e bandas com feldspato e quartzo estirados. Muito deformado
1152 Pirang gnaisse bandado com bandas leucocraticas e melanocraticas decimetricas a centimetricas. Fenocristais estirados S3 de feldspatos
230 e fitas30deL3
quartzo 230 30
1162 Peg pegmatito
1187 Pirang blocos gnaisse bandado (andrelandia) rocha cinza fina bandada milimetricamente (milonito)
1134 Pirang ortognaisse com porfiros de medio a grossos S3 275 40
907 Gn-andr biotita gnaisse fino com pegmatito e intercalacao de anfibolito (amostra) S2 350 85
1080 Pirang ortognaisse rico em fenocristais de feldspato maiores que 1cm com ate 3cm alguns idiomorficos S3 255 20
992 Pirang ortognaisse porfiritico S3 175 30
1067 Pirang ortognaisse porfiritico
1137 Pirang ortognaisse porfiritico S2 270 70
0 Hel-S ortognaisse matriz grossa com plagioclasio e pirobolio nÒo tem fenocristais
1185 Hel-S ortognaisse matriz grossa com plagioclasio e pirobolio não tem fenocristais S2 145 30
1198 Hel-S ortognaisse matriz grossa com plagioclasio e pirobolio nÒo tem fenocristais com pegmatitos sem raiz
1057 Pirang ortognaisse porfiritico
896 Hel-S ortognaisse grosso com k-fledspato e plagioclasio S2 160 30
881 Pirang ortognaisse porfiritico com matriz fina e porfiros de no maximo 1cm de felsdpato hipidiomorficos. Localmente ocorrem
S2 com memos
280 porfiros
20 e mais fino. Pegmatito com
911 Gn-andr biotita gnaisse leococratico S2 165 40
919 Hel-S gnaisse bandado com biotita com raros fenocristais de feldspato com no maximo 1cm cortado por pegmatito S3 127 30
910 Peg pegmatito encaixado em gnaisse bandado. O pegmatito esta muito fraturado e ocorrem lentes de 0,5m de anfibolito S2e lentes225
de 10cm 35 de ultamafica
900 Hel-S gnaisse com porfiros grossos com formato oftalmico S2 240 30
1098 Hel-S gnaisse bandado com raros fenocristais com menos de 1cm alguns com 2-3cm estidados pegmatitos com turmalina. S3 Leitos105
e lentes maficos
80 centimetricos. Pequenas zonas
963 Ter depositos terciarios. Wacks, matriz fina e granulos e seixos dispersos
963 Hel-S gnaisse homogenio com raros fenocristais de ate 1cm (pode ter granada) pegmatitos e estruturas tipo mullion S2 155 60
981 Peg pegmatito com resquissios de gnaisse bandado
982 Hel-S gnaisse bandado S2 148 45
1070 Pirang gnaisse bandado com poucos fenocristais alguns estirados S2 165 60
1047 Pirang gnaisse bandado com poucos fenocristais S2 155 50
906 Gn-andr biotita gnaisse leococratico foliação dobrada em dobras abertas S2 165 89
947 Pirang gnaisse rico em fenocristais estirados de feldspatos alguns com ate 3cm. Niveis mais pobres. Niveis apliticos S2 162 50
988 Pirang gnaisse bandado fino. Milonitico S2 155 60
1009 Pirang gnaisse banddo com raros fenocristais de feldspatos. Milonitico S2 120 60
1028 Pirang gnaisse com intercalaþÒo de pegmatito. Blocos de biotita gnaisse bandado S2 165 85
0 Pirang ortognaisse porfiritico com fenocristais hipidiomorficos menores que 1cm S2 155 60
1469 Pirang ortognaisse porfiritico com fenocristais hipidiomorficos, alguns estirados menores que 1cm facies rica e facies pobre
S2em fenocristais.
175 Raros
40 pirobolios
1279 Pirang ortognaisse porfiritico com fenocristis de 1 a 2cm dispersos S2 165 60
1165 Hel-N rocha leucocratica homogenia com alguns fenocristais de ate 2cm S2 148 40
1162 Anf anfibolito + blocos de gnaisse fino com poucos fenocristais ? S2 170 55
1037 Hel-N gnaisse com cor cinza e matriz fina com lentes anateticas dobradas, nÒo parece ter fenocristais mas nodulos anateticos (blocos)
888 Gran Granito deformado muito alterado S2 10 60
993 Hel-N pegmatito com intercalaþoes de gnaisse bandado com biotita S2 178 80
951 Gn-andr biotita gnaisse bandado com pegmatito e anfibolito S2 184 80
943 Gn-andr biotita gnaisse bandado com pegmatito S2 163 80
0 Gn-andr biotita gnaisse bandado com pegmatito S2 183 50
977 Gn-andr biotita gnaisse bandado com pegmatito S2 186 65
1046 Hel-N biotita gnaisse bandado com pegmatito S2 195 80
1054 Hel-N biotita gnaisse bandado com pegmatito
1230 Pirang ortognaisse porfiritico
1256 Pirang ortognaisse porfiritico
1265 Pirang ortognaisse porfiritico
888 Gran granitoide leococratico com muscovita, biotita e turmalina S2 50 80
1112 Pirang ortognaisse porfiritico com cristais de ate 1cm S2 155 45
1216 Hel-S gnaisse bandado com granulometria grossa. Veios pegmatiticos
1214 Hel-S gnaisse bandado com matriz media a grossa com raros porfiros grossos alem de granda e pirobolio. Cortado por aplito S2 de espessura
154 decimetrica
60 com turmalina e pegma
1230 Hel-S granitoide mais mafico e sem fenocristias com leitos de pegmatito
1424 Hel-S gnaisse bandado grosso S2 191 30 L2 268 8
1427 Hel-S gnaisse bandado sem fenocristais com pegmatito S2 125 30
1388 Hel-S gnaisse bandado raros fenocristais com mais de 3 cm matriz media a grossa S2 153 60
1328 Hel-S gnaisse bandado sem fenocristais matriz media a grossa S2 143 65
1197 Pirang ortognaisse porfiritico
0 Hel-N biotita gnaisse fino bandado S2 320 50 L2 265 25
804 Gn-andr biotita gnaisse bandado em escala centimetrica dobrado S2 0 62
868 X-andr xisto com muscovita e biotita niveis de quartzito e raras granadas S2 346 55
917 X-andr muscovita quartzo xisto com intercalaþoes de quartzito, anfibolito e gnaisse S2 330 55
953 BX-andr biotita xisto com granadas milimetricas abundantes raros feldspatos rocha bem homogenia, sem estratificaþÒo interna, veios de quartzo
868 Q-andr quartzito com dobras abertas granulometria fina S2 345 10
941 Gn-andr gnaisse claro com camadas de 3cm de gondido e intercalaþÒo de pegmatito. O gondido esta associado a uma camada S2 de xisto
30 negro30com micas douradas (20cm de espessur
0 Hel-N ortognaisse
1003 Hel-N gnaisse porfiritio com porfiros de ate 2cm de feldspato S2 325 50
1086 X-andr muscovita silimanita xisto grosso + intercalaþÒo de anfibolito e quartzito S2 142 30 L2 252 20
868 Hel-N gnaisse porfiritio com porfiros de ate 2cm de feldspato S2 325 45
0 X-andr granada muscovita silimanita xisto
972 Hel-N ortognaisse
843 Q-andr quartzito com niveis micaceos de ate 2mm S2 342 80 L2 248 20
849 Gn-andr biotita gnaisse bandado com pegmatito e +/- 10cm de biotitito + mineral vermelho? S2 180 78 L2 260 20
880 Gn-andr biotita gnaisse bandado com lentes de quartzito e bandas maficas e micaceas pegmatitos intercalados S2 165 85
898 Gn-andr biotita gnaisse bandado com dobras simetricas intercalaþao de anfibolito e pegmatito S2 178 89 L2 268 20
940 Gn-andr biotita gnaisse bandado milimetricamente rico em biotita. Niveis centimetricos de biotitito. Pegmatitos frequentes
950 Gn-andr biotita gnaisse bandado com anfibolito S2 185 76
912 Peg pegmatito/granito com turmalinas e veios de quartzo com turmalina pouco deformado, porem com foliação S2 153 50
900 Gn-andr gnaisse bandado com banda esverdeada e gondido. Ao lado granito S2 183 60
890 Gran granito homogeneo fino com foliaþao muito fraca e restrita a alguns pontos da rocha podem ser zonas de cisalhamentoS2 tardias
195 60
883 Q-andr PERFIL - xisto fino cor rosa com lentes de quartzo metamorfico, intercalado com quartzito muito fino (2 amostras orientadas),
S2 350pode ser
70um milonito - zona de cisal
858 Hel-N gnaisse bandaddo com intercalação de anfibolito e pegmatito S2 355 30
901 Hel-N biotita gnaisse bandado S2 185 65 L2 105 20
908 Hel-N biotita gnaisse bandado com pequena zona de cisalhamento destral S2 110 80
908 Hel-N biotita gnaisse bandado com pequena zona de cisalhamento destral S2 144 45
925 Hel-N biotita gnaisse intercalado com pegmatito e anfibolito S2 172 60
1002 Hel-N biotita gnaisse bandado com pegmatito S2 161 65 L3 161 65
960 Hel-N biotita gnaisse bandado com pegmatito parece ser migmatitico S2 165 70
906 Hel-N biotita gnaisse co pegmatitos ainda parece migmatitico S2 148 70
876 Hel-N biotita gnaisse bandado com anfibolito S2 173 70
918 Hel-N biotita gnaisse bandado com pegmatito S2 146 80 L2 72 40
965 Hel-N biotita gnaisse intercalado com pegmatito e anfibolito S2 330 30
908 Q-andr quartzito em camas medias a espessas intercalado com laminas xistosas. Dobra aberta S2 8 70
975 Ultr rocha ocre esverdeada (ultramafica) parece haver niveis de +/- 60cm intercalados com outro material ou fraturado S2 242 30
1020 Ultr rocha ultramafica piroxenito (?) blocos +/- in sito
1132 Hel-N biotita gnaisse bandado com pegmatito
1140 Peg pegmatito 2-3m de espessura blocos de gnaisse bandado
1135 Hel-N biotita gnaisse bandado S2 168 40
1133 Hel-N biotita gnaisse porfiritico S2 176 61 L2 117 40
1128 Hel-N biotita gnaisse bandado com pegmatito S2 166 70
1091 Hel-N biotita gnaisse bandado com pegmatito S2 176 80
1086 Hel-N biotita gnaisse porfiritico S2 184 65
1110 Peg pegmatito mesmo do ponto 283
961 Q-andr quartzito / quartzo xisto S2 330 35
1066 Gran granito pode estar associado ao pegmatito sem deforaþÒo
1013 Hel-N biotita gnaisse bandado S2 165 70
986 Ultr cor alaranjada intenso com blocos de gnaisse (xenolitos?) ou contato S2 240 30
985 Ultr blocos +/- in sito rocha ultramafica S2 222 60
983 Ultr rocha ultramafica laranja e rocha bandada com pegmatito cor rosada. Contato. Pequenas zonas de cisalhamento e rocha adquire um aspecto filitico. Planos de fratura
990 Ultr ultramafica cortada por pegmatito e anfibolito
862 Pirang ortognaisse porfiritico com cristais de ate 1cm - dobrado S2 128 60 L2 240 5
936 Anf anfibolito e pegmatito possivelmente intercalado no gnaisse muito alterado S2 182 70
961 Hel-S gnaisse matriz media com porfiros estirados de feldspatos com ate 3cm S2 186 50
876 Q-andr quartzito muito deformado dobras com duas direcoes de PA, rods de quartzo paralelo a o eixo da dobra velha S2 165 30 L2 260 1
983 Q-andr quartzito / muscovita quartzo xisto S2 193 60
989 Anf anfibolito ou calciossilicatica
1023 Gran granito fino com poucos porfiros pequenos. Pouco deformado a foliaþao esta irregular parece um L tectonito. Pegmatitos
S2 em185
varias direþoes
70 e dobras abertas
950 Q-andr quartzito / muscovita quartzo xisto blocos de gnaisse, pegmatito e anfibolito
910 Gn-andr biotita gnaisse bandado com pegmatito
887 Hel-S ortognaissse matriz media porfiros medio a grossos
963 Anf anfibolito em meio a um coluvio muito vermelho S2 175 80
914 Hel-S megablocos de gnaisse porfiriritico com pegmatito e blocos de gnaisse bandado com granada e quartzito
904 Q-andr quartzito / muscovita quartzo xisto
987 Col Coluvio
850 Q-andr quartizito dobrado como o anterior, rods de quartzo paralelos ao eixo da dobra velha S2 350 40
1059 Pirang gnaisse porfiritico porfiros de 1-2cm alguns estirados
919 Gn-andr biotita gnaisse bandado com pegmatito
943 Gn-andr biotita gnaisse intercalado com quartzito e xisto S2 197 70
957 Q-andr quartzito micaceo grosso S2 183 60
829 Hel-N ortognaisse migmatitico com biotita + anfibolito S3 310 80 L3 310 30
923 Gran granito medio com pegmatito pouco ou nada deformado com pedaços do ortognaisse do ponto anterior
936 Gran granito fino com foliaçao mal desenvolvida
910 Gran granito com biotita pouco ou nada deformado cortado por pegmatito
922 Pirang gnaisse porfiritico porfiros de 1-2cm alguns estirados
980 X-andr quartzo muscovita xisto S2 315 40
1022 Pirang grosso com fenocristais de 1-3cm, pegmatitos de ate 1m S2 170 70
897 Gn-andr ortognaisse com porfiros de 1-3cm, igual ao ponto 315. apresenta faixas miloniticas
853 Gran granito gnaisse homogenio claro com fenocristais pequenos de feldspato S2 160 78
911 Gran granito gnaisse claro com fenocristais pequenos, muito alterado S2 160 45
1025 Gran pegmatito homogenio vertical encaixado em gnaisse fino muito alterado S2 170 89
1086 X-andr muscovita quartzo xisto com turmalina, localmente com quartzo xisto e pegmatito S2 174 70
1121 X-andr quartzo xisto com muscovita cortado por pegatitos S2 140 70
1143 Q-andr quartzitos e quartzo xistos cortados por pegmatitos verticais e concordantes
0 Anf anfibolito
1017 Q-andr quantzito com pegmatito S2 170 55
989 BX-andr granada biotita xisto com muscovita S2 340 75
924 Gran muscovita granito gnaisse
908 Gn-andr muscovita granito gnaisse, biotita gnaisse e pegmatitos (gnaissinho)
942 Gn-andr biotita gnaisse intercalado com quartzito e xisto S2 335 45
944 Gn-andr biotita gnaisse com porfiros
944 Gn-andr biotita gnaisse com porfiros e sem porfiros S2 190 80
977 Gn-andr biotita gnaisse com porfiros S2 10 70
993 Gn-andr gnaisse muitofino com biotita, dobras abertas S2 180 80
1075 Gn-andr biotita gnaisse migmatitico S2 148 89
1108 Gn-andr biotita gnaisse bandado e pegmatito S2 160 75 L2 232 20
1214 Gn-andr biotita muscovita gnaisse bandado com pegmatito S2 166 45
937 Hel-N biotita gnaisse S2 335 60
0 Gn-andr biotita gnaisse com muscovita fino e pegmatito S2 158 89
0 Gn-andr biotita gnaisse com pegmatito S2 350 80
994 Anf aproximadamente 15m S2 350 85
941 Gn-andr biotita gnaisse com pegmatito S2 165 85
930 X-andr muscovita granada xisto S2 170 50
0 X-andr muscovita granada xisto
865 Gn-andr biotita gnaisse
0 Ultr biotita gnaisse e rocha ultramafica S2 180 75
862 Gn-andr biotita gnaisse com pegmatito S2 10 75
856 Q-andr quartzito fino micaceo e quartzo xistocom granada e silimanita S2 344 70
987 Gn-andr biotita gnaisse com muscovitas grandes intercaladas com camadas delgadas de ate 10cm de xisto - 50 metros paa
S2o sul : muscovita
325 50
granda xisto
825 Q-andr blocos de quartzito
853 Q-andr quartzito medio a fino e gnaisse S2 355 70
874 Gn-andr biotita gnaisse intercalado com quartzito e xisto S2 150 70
0 Gn-andr biotita gnaisse migmatitico S2 150 70
1111 Gran granito muito alterado pouco deformado S2 154 35
0 Gn-andr biotita gnaisse com pegmatito S2 178 70
0 Gn-andr biotita gnaisse com pegmatito
1224 Gn-andr biotita gnaisse S2 330 63
1198 Gn-andr biotita gnaisse frenco S2 166 89
895 Gn-andr biotita gnaisse muito alterado S2 158 65
1030 Gn-andr gnaisse fino bandado S2 330 50
852 Gn-andr biotita gnaisse com pegmatito
872 Gn-andr biotita gnaisse com pegmatito
880 Gn-andr biotita gnaisse com pegmatito
888 Pirang biotita gnaisse com porfiros de 2cm isolados, cor escura e matriz fina, cortado por pegmatitos S2 165 70
913 Gran muscovita granito com foliação pouco desenvolvida e biotita gnaisse com pegmatito - zonas de cisalhamento S2 166 70
877 Gran granito e biotita gnaisse com pegmatito - transição
883 Gran pegmatito com turmalina
923 Gran blocos granito gnaisse foliação muito fraca
870 Q-andr quartzito/ quartzo xisto com pouco feldspato, blocos mais ou menos in situ
883 Gran blocos granito gnaisse foliação muito fraca
1132 X-andr biotita granada xisto com poucosfeldspatos S2 325 50
0 Ultr rocha ultramafica
878 Gn-andr gnaisse fino bandado S2 168 40
965 Pirang-Sed gnaisse fino homogeneo com minerais de alteraçao dourados localmente com pegmatitos
902 Pirang ortognaisse milonitico, matriz fina e porfiros estirados abundantes S2 156 35
901 Pirang gnaisse porfiritico porfiros de 1-2cm alguns estirados
917 Pirang ortognaisse milonitico, matriz fina e porfiros estirados abundantes S2 171 40
0 Pirang ortognaisse milonitico, matriz fina e porfiros estirados abundantes S2 148 50
1020 Pirang ortognaisse e rocha mafica S2 150 50
1106 Pirang ortognaisse matriz fina e porfiros milimetricos de feldspato
1224 Col coluvio
1106 X-andr granada muscovita xisto S2 330 40
1102 Pirang ortognaisse milonitico, matriz fina e porfiros estirados abundantes S2 195 40
1038 Pirang ortognaisse milonitico, matriz fina e porfiros estirados abundantes S2 140 70
998 Pirang ortognaisse milonitico, matriz fina e porfiros estirados abundantes S2 130 40
959 Pirang diversos blocos com matriz escura e fina com porfiros de 1-2 cm, milonitico S2 155 70
957 Pirang porfiros arredondados, bom lugar para amostras porem de dificil acesso S2 150 70
977 Pirang porfiros de 2-3 cm S2 130 70
1060 Pirang ortognaisse matriz fina e porfiros milimetricos de feldspato
1034 Pirang ortognaisse matriz fina e porfiros milimetricos de feldspato
1024 Pirang S3 150 70
0 Pirang ortognaisse matriz fina e porfiros milimetricos de feldspato
1086 X-andr muscovita xisto S2 320 70
1084 Hel-S gnaisse com lentes anateticas e porfiros maiores sem orientaþÒo xenomorfico, afloramento mexido
1138 Col coluvio
1090 Pirang ortognaisse matriz fina e porfiros milimetricos de feldspato
0 Anf anfibolito
1079 Pirang ortognaisse matriz fina e porfiros milimetricos de feldspato
1075 Pirang-Sed Quartzito feldspatico milonitico
1044 Pirang-Sed Quartzito feldspatico milonitico S2 130 20
1028 Hel-S gnaisse grosso com pegmatito
1000 Anf anfibolito e pegmatito S2 158 80
960 Hel-S gnaisse grosso com pegmatito S2 140 40
912 Gn-andr blocos de biotita gnaisse na drenagem
933 Hel-S gnaisse grosso com porfiros de 3-5 cm S3 335 89
937 Pirang-Sed Quartzito feldspatico milonitico
923 Pirang ortognaisse milonitico, matriz fina e porfiros estirados abundantes S2 152 60
827 Pirang ortognaisse matriz fina e porfiros milimetricos de feldspato
0 Pirang ortognaisse milonitico, matriz fina e porfiros estirados abundantes S2 235 40
884 Pirang ortognaisse porfiritico com porfiros alongados milonitio S2 325 80 L2 235 10
876 Gn-andr gnaisse quartzo feldspatico muito alterado cor cinza com niveis muito ricos em biotita intercalação de anfibolito S3 160 25 L3 215 15
1013 Gn-andr gnaisse com biotita cortado por pegmatitos e com lentes de fusao in situ (+-20% de pegmatito) S2 170 85
950 Gn-andr biotita gnaisse S2 345 80 L2 60 10
867 Gn-andr biotita gnaisse com aparencia de xisto S2 160 85 L2 63 12
918 X-andr granada muscovita xisto S2 315 85
879 Gn-andr biotia gnaisse milonitico cortado por falha ruptil brecha associada S2 35 70
874 Anf anfibolito fresco +- 30m de espessura S2 170 20
872 Q-andr quartzito micaceo +- 5m S2 0 55 L2 84 20
863 Gn-andr biotita gnaisse muito alterado S2 170 60 L2 250 2
858 Hel-N ortognaisse grosso com regioes mais finas (veios apliticos) muito deformado S2 350 75 L2 253 7
929 Hel-N ortognaise grosso com muscovita S2 337 55 L2 66 5
907 Hel-N ortognaisse grosso S2 333 56 L2 56 4
919 Q-andr quartzito com intercalaþoes de qtz muscovita granada xisto (gnaissinho) S2 335 50 L2 50 10
816 Gn-andr gnaisse migmatitico (paragnaisse) na Fernao Dias proximo a Careaþu S2 330 85 L2 260 18
861 Q-andr quartzito e quartzo xisto S2 335 60 L2 56 1
870 Gn-andr gnaisse fino com muito leocossoma - 20m para sul: granada xisto S2 350 30
932 Pirang ortognaisse grosseiro com zonas brechadas com fragmentos de ultramilonito - 40m para o norte ultramilonito S3 110 57 L3 190 15
965 Pirang ortognaisse com enclaves maficos e dobras L-tectonito S2 335 60
1073 Pirang ortognaisse fino com bandas leococraticas dobras isoclinais com plano axial // a foliação, indicadores cinematicosS2destrais 290 40
973 Pirang ortognaisse fino um pouco menos deformado com magnetita S2 290 70
959 Pirang-Sed gnaisse fino com bandas leococraticas/pegmatito regioes muto ricas em gradada (milonitico) S2 140 60 L2 60 10
1030 Pirang gnaisse fino com cristais milimetricos de feldspato um pouco estirados (milonitico) S2 160 60 L2 240 23
1048 Pirang ortognaisse com matriz escura e porfiros menores que 1cm S2 335 35
1110 Pirang ortognaisse com matriz escura e porfiros menores que 1cm (milonitico) L tectonito S2 150 75 L2 75 2
959 X-andr muscovita xisto com quartzo e granada, intercalaþoes de gnaisse, quartzo xisto e quartzito, rocha mafica e ultramafica
S2 sillimanita
170 nos80
xistos
L2 90 10
934 X-andr sillimanita granada muscovita xisto S2 170 75
876 Q-andr quartzo muscovita xisto com granada e silimanita S4 350 60
885 X-andr grandes blocos de quartzo de veio
888 Gran blocos granito gnaisse foliação muito fraca
914 Gn-andr blocos in situ gnaisse laminado a biotita e granito de fusao parcial S2 142 47 L2 232 1
929 Gran granito fino muito rico em quartzo com puco de muscovita e biotita S2 334 38
0 Gn-andr barranco muito podre, biotita gnaisse bandado S2 340 21
986 X-andr blocos de quartzo muscovita xisto
984 Gran blocos de granito
912 X-andr aflorameto muito alteradode quartzo muscovita xisto S2 0 70 L2 82 14
963 Gn-andr gnaisse muito alterado com pegmatito
947 Gn-andr gnaisse migmatitico ou cortado por pegmatito leitos maficos. Blocos mais ou menos in situ
817 Hel-N ortognaisse migmatito com leocossoma quartzo feldspatico e melanossoma biotititico S2 310 60
924 Gn-andr gnaisse muito alterado com pegmatito dobrado S2 342 87
869 Q-andr quartzito/ quartzo xisto com pouco feldspato, blocos mais ou menos in situ
908 Gn-andr biotita gnaisse com pegmatito S2 340 72
908 Gn-andr Gnaisse grosso quartzo feldspatico com biotita cortado por pegmatito e com intercalação de quartzito. S2 168 43
877 Q-andr blocos grande de quartzito micaceo
856 Gn-andr biotia gnaisse fino bandado S2 154 67
0 Gn-andr gnaisse muito alterado
940 Gn-andr biotita gnaisse com foliação marcada em bandas centimetricas homogeneas S2 168 89
955 Gn-andr blocos de biotita gnaisse
885 Hel-N Gnaisse porfiritico com porfiros grossos a muito grossos de feldspatos (ate 4cm) ainda biotita em nodulos e bandasS2- mais 100m
310 para60
leste faixa com 2m de gnaisse
993 Q-andr quartzito feldspatico com mica blocos mais ou menos in situ
897 X-andr blocos in situ. Xisto com muscovita e pegmatito/granito
847 Gn-andr biotita gnaisse bandado S2 163 52
0 Gn-andr blocos in situ. Biotita granada gnaisse
0 Gn-andr biotita gnaisse com veios de quartzo e cortado por anfibolito
863 Gran granito/pegmatito blocos e afloramentos alterados de gnaisse
865 Gran granito grosso/ pegmatito S2 164 63
869 Gn-andr blocos in situ. Muito anfibolito, pegmatito, biotita gnaisse
864 Gn-andr biotita gnaisse
893 Hel-N anfibolito muitoalterado (ocre) intercalado com gnaisse muito alterado com muscovita e muito leocossona / pegmatito
S2 sem porfiros
260 40
832 Gran granitoide grosso
914 Pirang ortognaisse porfiritico com matriz fina
0 Pirang ortognaisse porfiritico com matriz fina, bandas muito finas sem porfiros (metassedimento) S2 183 44
1306 Hel-N gnaisse muito alterado, bandado mas com alguns porfiros de k-feldspato, grandas milimetricas
1331 Hel-N gnaisse muito alterado, bandado mas com alguns porfiros de k-feldspato, blocos de quartzito S2 158 43
952 Gn-andr biota gnaisse, porfiros de feldspato
897 Gn-andr biotita gnaisse banddado S2 178 43
1010 Hel-N biotita gnaisse ora homegeneo ora com porfiros de feldspato, com epidoto, alanita e plagioclasio, blocos de ultramafica,
S2 pegmatito
153 com 42turmalina
998 Hel-N gnaisse migmatitico, melanossoma cm anfibolito e biotita S2 168 48
865 Hel-N Gnaisse mais leococratico poucas bandas melanocraticas e com pegmatitos S2 0 40
0 Pirang ortognaisse matriz fina e porfiros milimetricos de feldspato S3 192 57 L3 192 57
0 Pirang porfiritico com matriz fina milonitico
0 Pirang porfiritico com matriz fina
0 Pirang porfiritico com matriz fina S2 176 72 L2 110 36
0 Hel-S rocha quartzo feldspatica a biotita cristais centimetricos de cor preta esverdeada (anfibolito?) S2 142 27
0 Hel-S ortognaisse a biotia porfiritico medio a grosso
0 Hel-S ortognaisse migmatitico com granada S3 110 40
822 X-andr muscovita xisto intercalada com lents centimetricas de quartzito S2 310 50
820 X-andr granada muscovita xisto
840 Gran granito fino a medio porfiritico pouco deformado com muscovita turmalina e k-feldspato com raros de ate 5cm S2 330 70
811 X-andr granada muscovita xisto cortado por pegmatitos intercalda com quartzito em camadas centimeticas S2 340 60
823 X-andr muscovita quartzo xisto S2 333 40
824 X-andr xisto S2 310 50
822 Hel-N blocos de gnaisse com textura fina a media alguns com pegmatito, na drenagem subindo para a montanha
823 X-andr granada muscovita xisto S2 350 70
825 X-andr biotita muscovita xisto com leocossoma S2 330 40
828 X-andr xisto muito intemperizado S2 340 40
850 Anf rocha muito alterada de coloracao avermelhada e ocre (mafica)
855 X-andr xisto muito alterado cortado por veiso de quartzo discordantes da foliacao S2 120 70
839 Q-andr quartzito em camadas centimetricas intercaladas com laminas peliticas S2 340 70
835 Q-andr quartzito com mica branca S2 335 70
857 Q-andr quartzito mais fino e friavel com interclacao de xisto S2 330 70
833 X-andr xisto fino ocre com lentes micaceas cinza e camadas rosas com manchas brancas - possivelmente uma intercalaþÒo S2 de muscovita
145 xisto
80 com rocha mafica (anfibolito)
813 Hel-N gnaisse fino rico em biotita e muscovita. Bandas miloniticas ou pseudotaclito S4 355 55 L4 80 10
855 Q-andr quartzito micaceo S2 320 85
830 Q-andr quartzito micaceo fino e friavel intercalado com xisto medio com mica branca S2 80 35
830 Q-andr quartzito micaceo fino e friavel intercalado com xisto medio com mica branca S2 323 80
813 Hel-N gnaisse fino milonitico S2 100 70
800 Hel-N blocos de gnaisse deformado matriz media a fina porfiros grossos - nÒo milonitico
828 Hel-N blocos de gnaisse deformado matriz media a fina porfiros de feldspatos de ate 2cm - pode estar milonitizado
830 Hel-N gnaisse porfiritico com fenocristais de ate 1cm de feldspato. Pegmatitos S2 330 85
809 Gn-andr gnaisse com intercalacao de anfibolito muito alterado
911 Gn-andr gnaisse homogenio com escassos pegmatitos S2 300 40
976 Gn-andr gnaisse homogenio com abundantes pegmatitos S2 332 35
1030 Gn-andr gnaisse com pegmatito e nodulos de feldspato possivelmente decorrente de fusao parcial, intercalado com rocha mafica
S2 (clorita
325 xisto) 65
810 Gn-andr gnaisse homogenio S2 340 70
858 Gn-andr pegmatito com muscovita turmalina e granada
869 Gn-andr gnaisse com pegmatitos metricos
924 Gn-andr pegmatito com aproximadamente 3m de espessura S2 320 70
1204 Q-andr quartzito intercalado com quartzo xisto com muita mica branca em acamamento delgado S2 5 80 L2 270 20
1206 Gn-andr gnaisse com veios de pegmatito e ultramafica intercalada
900 Gn-andr gnaisse com pegmatito S2 355 89
988 Gn-andr gnaisse medio a fino com muitos veios de pegmatito intercalacao de ultramafica S2 5 80
878 Gn-andr gnaisse fino cem pegmatitos S2 175 40
869 Gn-andr biotita gnaisse S2 50 89
923 Gn-andr biotita gnaisse S2 150 45
915 Gn-andr biotita gnaisse S2 190 88
1071 Hel-N biotita gnaisse com escassos pegmatitos muito alterado S2 155 70
1167 Anf anfibolito e pegmatito possivelmente intercalado no gnaisse muito alterado
1142 Hel-N gnaisse com anfibolito e pegmatito intercalados
1119 Anf anfibolito muito alterado S2 160 75
1156 Anf anfibolito muito alterado iontercalado com gnaisse e pegmatito S2 162 70
1141 Anf anfibolito intercalado com gnaisse S2 100 45
1078 Pirang-Sed gnaisse ultramilonititco, com textura de filito com intercalacao de pegmatito e anfibolito (clorita xisto/filito) S3 170 70 L3 170 70
999 Pirang blocos gigantes de gnaisse porfiritico com varios porfiros de k-felspato menor que 1cm idiomorfico mas a maioria ipidiomorfico, raros com mais de 5cm
985 Gn-andr rocha muito fina no fenocristais pequenos alguns estirados raros com mais de 2cm S2 170 40
773 X-andr muscovita quartzo xisto S2 335 80
949 BX-andr biotita granada xisto com veios de quartzo estirados S2 340 60
817 Gran granito gnaisse homogenio claro com fenocristais pequenos de feldspato S2 30 35
0 Gran granito gnaisse homogenio claro com fenocristais pequenos de feldspato S2 330 40
0 Gran granitoide grosso
931 Q-andr quartzito micaceo S2 215 40
981 Q-andr quartzito micaceo S2 160 80
955 Q-andr quartzito micaceo S2 325 65
0 Gran granitoide grosso
965 Gran granito gnaisse homogenio claro com fenocristais pequenos de feldspato S2 340 60
975 Gran granito gnaisse homogenio claro com fenocristais pequenos de feldspato S2 350 40
0 Gran granito gnaisse homogenio claro com fenocristais pequenos de feldspato S2 350 60
0 Gran granito gnaisse homogenio claro com fenocristais pequenos de feldspato S2 290 30
934 Gran granito gnaisse homogenio claro com fenocristais pequenos de feldspato S2 10 75
0 Q-andr quartzito micaceo S2 325 50
0 Hel-N gnaisse porfiritico com cristais de feldspato oftalmicos 0,2 a 3 cm a maioria pequenos S2 150 80
870 Hel-N gnaisse porfiritico com cristais de feldspato oftalmicos 0,2 a 3 cm a maioria pequenos S2 0 70
883 X-andr muscovita quartzo xisto S2 15 70
918 Hel-N ortognaisse matriz grossa com plagioclasio e pirobolio não tem fenocristais
883 X-andr muscovita quartzo xisto S2 350 70
977 BX-andr biotita granada xisto com veios de quartzo estirados S2 345 70
980 X-andr muscovita quartzo xisto S2 315 65
1068 Hel-N ortognaisse matriz grossa com plagioclasio e pirobolio não tem fenocristais
885 Q-andr quartzito micaceo S2 350 50
879 Q-andr quartzito micaceo S2 350 40
884 Q-andr quartzito micaceo S2 345 40
867 X-andr muscovita quartzo xisto S2 345 55
864 X-andr muscovita quartzo xisto S2 350 60
860 Q-andr quartzito feldspatico com mica blocos mais ou menos in situ
951 Gn-andr biotita gnaisse S2 330 80
0 X-andr muscovita quartzo xisto
973 X-andr muscovita quartzo xisto S2 270 40
997 Gn-andr biotita gnaisse S2 340 50
895 Gran granito gnaisse homogenio claro com fenocristais pequenos de feldspato S2 330 50
885 Hel-N gnaisse porfiritico com cristais de feldspato oftalmicos 0,2 a 3 cm a maioria pequenos S2 180 45
903 Hel-N gnaisse porfiritico com cristais de feldspato oftalmicos 0,2 a 3 cm a maioria pequenos S2 6 50
895 Gran granito gnaisse homogenio claro com fenocristais pequenos de feldspato S2 170 55
906 Gran granito gnaisse homogenio claro com fenocristais pequenos de feldspato S2 145 60
945 Gran granito gnaisse homogenio claro com fenocristais pequenos de feldspato S2 330 45
1005 Gran granito gnaisse homogenio claro com fenocristais pequenos de feldspato S2 160 85
811 Gran granito gnaisse homogenio claro com fenocristais pequenos de feldspato S2 354 60
872 Gran granito gnaisse homogenio claro com fenocristais pequenos de feldspato S2 330 25
875 Gran granito gnaisse homogenio claro com fenocristais pequenos de feldspato S2 324 60
875 Gran granito gnaisse homogenio claro com fenocristais pequenos de feldspato S2 360 70
906 X-andr muscovita quartzo xisto S2 232 60
0 BX-andr biotita granada xisto com veios de quartzo estirados
988 X-andr muscovita quartzo xisto S2 182 80
1048 X-andr muscovita quartzo xisto
1069 X-andr muscovita quartzo xisto
1081 X-andr muscovita quartzo xisto S2 355 65
1113 BX-andr biotita granada xisto com veios de quartzo estirados S2 358 45
1147 BX-andr biotita granada xisto com veios de quartzo estirados
0 X-andr muscovita quartzo xisto S2 145 80
1179 X-andr muscovita quartzo xisto S2 330 70
1068 Gran granito gnaisse homogenio claro com fenocristais pequenos de feldspato S2 200 60
914 X-andr muscovita quartzo xisto S2 330 70
935 X-andr muscovita quartzo xisto S2 320 85
946 X-andr muscovita quartzo xisto S2 345 85
965 BX-andr biotita granada xisto com veios de quartzo estirados S2 350 20
988 BX-andr biotita granada xisto com veios de quartzo estirados S2 355 105
1016 X-andr muscovita quartzo xisto S2 330 60
1035 X-andr muscovita quartzo xisto S2 328 70
0 X-andr muscovita quartzo xisto S2 344 70
1082 Gran granitoide grosso
1059 BX-andr biotita granada xisto com veios de quartzo estirados
0 X-andr muscovita quartzo xisto S2 350 40
0 X-andr muscovita quartzo xisto S2 340 60
0 X-andr muscovita quartzo xisto S2 350 60
810 Gran granito fino a medio porfiritico pouco deformado com muscovita turmalina e k-feldspato com raros de ate 5cm S2 340 50
869 Q-andr quartzito micaceo S2 342 60
879 Q-andr quartzito micaceo S2 320 87
0 Q-andr quartzito micaceo S2 340 50
0 Gn-andr biotita gnaisse S2 201 44

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