Autismo
Autismo
Autismo
Graduação em Psicologia pela Universidade Mogi das Cruzes (2014); Especialista em Saúde
Mental e Atenção Psicossocial pela Universidade Estácio de Sá (2019).
RESUMO
O presente estudo tem o foco de tratar pessoas que sofrem com o TEA
(Transtorno do Espectro Autista) e para ser tratado com medicamentos
naturais, principalmente, homeopáticos. Assim, este trabalho tem como objetivo
de propor um processo interventivo por meio de medicamentos homeopáticos
que são naturais e não provocam reações no organismo como os
medicamentos alopáticos. Realizou – se uma pesquisa bibliográfica
considerando as contribuições de autores como Klein (1981), Freud (1920),
Smitis (2010), Neto (2006) e Eliete (2013), entre outros, procurando enfatizar a
importância desta forma de tratamento para que auxilie o desenvolvimento
cognitivo e a aprendizagem infantil. Sendo um transtorno que acomete as
crianças, adolescentes e adultos em todas as fases desenvolvimentos dos
indivíduos, tornando o tratamento um ponto importante do desenvolvimento.
Conclui – se que após a utilização dos medicamentos homeopáticos, as
crianças, adolescentes e adultos aumentaram o seu desenvolvimento escolar e
a sua interação social.
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INTRODUÇÃO
O termo Autismo foi descrito pela primeira vez pelo psiquiatra Eugen
Bleuer em 1907, quando descrevia sobre os sintomas da esquizofrenia que se
caracterizava pela a perda da realidade e isolamento social, assim definindo o
termo autismo, sendo a palavra autos, que significa em si mesmo (LISBÔA,
2015).
Outro autor que acompanhou o pensamento de Bleuer foi Leo Kanner
que descreveu em seu artigo “Autistic Disturbance of Affective Contact”
(Distúrbio Autístico do Contato Afetivo) em um grupo de 11 crianças em 1943,
relatando os comportamentos como: apego das rotinas no dia-a-dia,
isolamento, preferência por objetos, alterações da linguagem e ecolalia
imediata e tardia. Sendo que em 1944, Kanner cunhou esses sintomas com o
nome de “Autismo Precoce Infantil” (Sato, 2008).
Conforme Vila (2009), o pediatra austríaco Hans Asperger definiu um
grupo de crianças com distúrbios sociais parecidas com o Autismo. Apenas a
linguagem e a inteligência estavam preservadas e descreveu como “psicopatia
autística infantil”.
Todos esses autores tiveram um papel importante para o
desenvolvimento deste conceito que chamamos de autismo e que atualmente é
conhecido como Transtorno do Espectro Autista (TEA), sendo definido por
inúmeras características que envolvem três partes do desenvolvimento do ser
humano que é o comportamento ( birra, movimentos repetitivos com as mãos e
pés, balançar o corpo, olhar para o teto, sem medo do perigo, sensibilidade
corporal e auditiva, a comunicação e a interação social. Assim, muitos
profissionais relatavam que era o Transtorno Global do Desenvolvimento
(TGD), pois comprometia todas as áreas do desenvolvimento do indivíduo.
Um dos fatores importantes do autismo é compreender as suas
necessidades de desenvolvimento que surgem em cada fase do seu
desenvolvimento, pois os atrasos no desenvolvimento de cada sujeito impedem
o crescimento cognitivo, limitando as suas habilidades sociais, sensoriais,
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seja, a impossibilidade do bebê tomar essa mãe como objeto simbólico tornou
possível a incapacidade dos processos de maternagem e a identificação da
mãe como o seu objeto e sendo assim a ausência ou falta de um objeto como
referência boa prejudicou o desenvolvimento normal da criança e deixando
essa ruptura da simbiose entre a relação mãe e bebê.
Por isso que o ambiente onde a criança autista esteja inserida se torna
primordial para que as pessoas ou seus familiares possam oferecer este
suporte de constituição interna e lhe servindo como um ego auxiliar para que a
criança não efetue o processo de fusão das suas próprias fantasias e dos seus
objetos de desejos.
Contudo, Barros Rocha (1991) comenta que Klein (1955) destaca que
esta estrutura arcaica das emoções infantil afeta a construção da
personalidade do sujeito, causando a dependência excessiva, necessidade de
ser guiado e acompanhado de uma desconfiança irracional, pois o indivíduo
não enxerga a possibilidade de viver no mundo sem a presença materna. Com
isso, o indivíduo portador do autismo fica á deriva sem desenvolver o processo
criativo e sem ter entendimento da necessidade de se desenvolver e construir a
sua personalidade através das suas próprias escolhas e experiências.
Brauer (2000) cita que Lacan usou o termo “Colagem” para definir
pessoas como psicóticas, autistas e deficientes que apresentam a aparência de
paralisada, estática ou imóvel que se refere à relação entre criança e mãe, pois
a sua ligação é muito forte, indiferenciada e de dependência de ambos. Com
isso, o desenvolvimento dessas pessoas estaria comprometido e para se
alcançar o desenvolvimento seria necessário, caso for possível, “descolar” e
retornar ao seu desenvolvimento, ou seja, para obter a elevação e que sua
mãe seja capaz de lhe dar com suas próprias emoções sem despejar na
criança e a criança não seria o objeto que foi aportado pela mãe.
meios para se desenvolver e isso ocorre quando tem o suporte da mãe (KLEIN,
1981).
Bowlby (1982) aponta que o fato do apego é uma tendência dos seres
humanos de estabelecer fortes laços afetivos e que isso surge com a
necessidade de segurança e proteção com um valor de sobrevivência e para
isso os pais são idealizados como um ponto de apoio afetivo para que as
crianças retornem para essas figuras afetivas de apoio e segurança, que assim
define a evolução do desenvolvimento infantil, carregando esses modelos de
relação durante toda a sua vida. Além disso, essas figuras afetivas são elos de
confiança para as crianças se desenvolvem por si só, tendo a capacidade de
se ajudar como ser merecedor de ajuda nos momentos de dificuldades. Assim,
a mãe tem que dar a liberdade do filho de se lançar ao mundo para se
desenvolver e superar as suas frustações cotidianas sem estar dependentes
dos pais e livres para fazer as suas próprias escolhas.
HOMEOPATIA
O conjunto de sinais e sintomas obtido é designado por Patogenesia da Substância. Após inúmeras
experimentações, publicou em 1810, o “Organon da Ciência Médica Racional”, que a partir de 1819, data da 2ª
edição, recebeu o título de “Organon da Arte de Curar”. Considera-se este, como sendo o livro basilar de todo o
corpo teórico homeopático. Até ao ano de 1839 publicou a “Matéria Médica Pura” e o “Tratado de Moléstias
Crónicas” e revela o início dos seus escritos com a frase: “Substâncias que provocam uma espécie de febre,
podem curar a febre” (ALVES, 2013).
1- Simillimum miasmático, ou
Simillimum Constitucional, ou
Simillimum Patogenético
ALTERNANDO COM O
2- Remédio Sindrômico, ou
Remédio Drenador
ALTERNANDO COM O
3– Nosódio ou Organoterápico
Simillimum Patogenético
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
SMITIS, Tinus. Autism, Beyond Despair: Homeopathy has the Answers. Ed.
Emryss Distribution, ed. 1°, Holanda, 2010.