Introducao Toxicologia
Introducao Toxicologia
Introducao Toxicologia
H O
HO Definição
N C2H5 NCH3
O
C2H5 O
N
CH 3
H O Pb N
Morfina
O
Fenobarbital HO CH 3 É a ciência que estuda os efeitos nocivos decorrentes da interação
O
de substâncias químicas com o organismo
O
O
Cocaína
S
Elementos Básicos:
Toxicologia
cicuta
N Cl
(CH2) 3N(CH3) Hg # Agente Químico (AQ)
clorpromazina O # Sistema Biológico (SB)
# Efeito (E) Efeito tóxico
N O
H2 H2
N
H2C C H C C CN
O O N H2
N
Talidomida H
Fenproporex
N As
AQ SB
O O CH3
Estricnina
OH O que diferencia o veneno de um remédio é a dose.
Paracelsus (1493-1541)
H 3C
O (CH2)4CH3
H 3C
THC
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Histórico Histórico
Idade Antiga
Egito: idéia divina do veneno
Ebers papyrus (1500 aC): Informações sobre receitas de morte a base de ópio, Pb,
Cu, venenos de animais.....
idade média
idade antiga 476 Aspecto criminal 1789
Grécia: idéia médica legal
1456
Aspecto médico, Sócrates (470-399 aC): condenado a morte com cicuta. cicuta
idade contemporânea
legal (Grécia) e Hipócrates (460 - 364 aC): Relação venenos x Toxicologia clínica.
legal/ criminal Toxicologia como Theophrastus (370-287 aC): Livro “Plantarum” (referência a plantas tóxicas).
(Roma) idade moderna ciência
Discórides (40-90): Classificação de venenos (desenhos e descrições) e uso de
Aspecto científico eméticos em intoxicações.
Nicandro (204 – 135 aC): Poemas sobre venenos e antídotos: Theric
e Alexipharmaca.
Histórico Histórico
Idade Média (fase criminal) Idade Moderna/contemporânea
Fase científica
Envenenamentos profissionais Orfila (1787-1853)-Pai da Toxicologia: Escreve “Traité de Toxicologie”.
Itália:Toffana: cosméticos a base de As. Toxicologia passa a ser considerada ciência separada da farmacologia.
França: Marquesa de Brinvillers: testava suas misturas venenosas principalmente Toxicologia forense-autopsia e exames químicos de amostras biológicas.
em crianças. Análise toxicológica: Marsh (1836), Reinsh (1841), Frezenius e Babo (1846).
Catherine Deshayes: envenenadora profissional na corte de Luís XIV Estudos de mecanismos de ação: estricnina, CO, etc.
(morte de mais de 2000 crianças). Ehrlich (1854 – 1915): teoria dos receptores.
Instalação da comissão judicial denominada Chambre Ardente para punir Novos antídotos: BAL, nitrito e tiossulfato para intoxicações por cianeto, etc.
envenenadores Novos tóxicos: organoclorados e organofosforados.
1
Conceitos Finalidades da Toxicologia
Toxicologia: é a ciência que estuda os efeitos nocivos decorrentes da
interação de substâncias químicas com o organismo
Agente tóxico ou toxicante: substância química capaz de causar dano a um
sistema biológico. PREVENIR
Veneno: agente tóxico provenientes de animais que os usam em sua
autodefesa ou predação. INTOXICAÇÕES
TRATAR
Droga: substância de composição indefinida com ação no organismo.
Fármaco: substância de estrutura definida com ação no organismo. Ex: ópio
é droga e morfina é fármaco. Maconha é droga e 9 THC é fármaco.
DIAGNOSTICAR
Antídoto: agente capaz de antagonizar os efeitos do toxicante.
Ação tóxica: maneira de ação do agente tóxico nas estruturas teciduais.
Intoxicação: processo patológico causado por substância endógena ou
exógenas.
Xenobiótico: toda substância estranha para o organismo. Pode ser benéfica.
2
Algumas definições importantes Algumas definições importantes
Reações idiossincráticas Repostas anormais a certos agentes tóxicos Efeito local e sistémico Efeito local refere-se àquele que ocorre no
geralmente provocadas por alterações genéticas. Ex: sensibilidade local do primeiro contato do AT com o organismo. Efeito sistêmico ocorre
anormal por nitrito. após uma absorção e distribuição do AT para atingir o sítio de ação.
Reações alérgicas Reações adversas que ocorrem somente após uma Efeito aditivo ou adição É produzido quando o efeito final dos dois
prévia sensibilidade do organismo ao AT ou produto quimicamente agentes é igual à soma dos efeitos individuais. Ex: inseticidas
semelhante (hapteno na primeira exposição). organofosforados (1 + 1 = 2).
Efeito imediato São aqueles que aparecem imediatamente após a Efeito sinérgico ou sinergismo É produzido quando o efeito dos
exposição aguda. agentes químicos somados é maior do que a soma dos efeitos individuais.
Ex: hepatotoxicidade resultante da interação entre CCl4 e álcool (1 + 1
Efeito crônico Resultantes de uma exposição a pequenas doses durante
=10).
vários meses ou anos.
Potenciação Quando uma agente químico que não tem ação sobre um
Efeito reversível e irreversível Quando o tecido pode ou não se
órgão, aumenta a ação de um outro agente sobre este órgão (0 + 1 = 10)
recuperar de uma lesão. Ex: lesões hepáticas são normalmente revesíveis e
Ex: isopropanol não é hepatotóxico e aumenta a hepatotoxicidade do CCl4.
lesões no SNC são irreversíveis.
Divisão
Algumas definições importantes
Efeito antagônico Ocorre quando dois agentes interferem um com a Toxicologia analítica Toxicologia clínica
ação do outro, diminuindo o efeito final. Normalmente é desejável na Detecção do agente tóxico detecção de sintomas
toxicologia. ou de parâmetros tóxicos no organismo para
relacionados (ar, água...) aplicar terapêutica específica
# Antagonismo químico: o antagonista reagem quimicamente com
o agonista. Ex: EDTA sequestram metais (As, Hg, Pb).
# Antagonismo funcional: dois agentes produzem efeitos
contrários. Ex: barbitúricos diminuem a pressão sanguínea e a
norepinefrina produz hipertensão.
# Antagonismo competitivo: quando dois agentes tóxicos atuam no Toxicologia Experimental
mesmo receptor biológico, um antagonizando o efeito do outro. Estudo do mecanismo de
São os bloqueadores. Ex: naloxone no tratamento com opiáceos. ação do agente sobre o
sistema biológico
Toxicologia ambiental
Fase II
Toxicologia ocupacional Toxicocinética
Toxicologia de alimentos
Fase III
Toxicologia social
Toxicodinâmica
Toxicologia de medicamentos
Toxinologia Fase IV
Clínica
DISPONIBILIDADE BIODISPONIBILIDADE
QUÍMICA
3
Fases da intoxicação Fases da intoxicação
Fase I –Exposição
Disponibilidade química do AT que precede a absorção
Fase Exposição Toxicocinética Toxicodinâmica
Fatores que afetam a disponibilidade
Contato Interação (A)Dose ou concentração: concentração por m3 de ar. Ex: HCL em laboratório.
Movimento
(B)Via de introdução: Intravenosa > pulmonar > subcutânea > intramuscular >
intradermica > TGI > dérmica.
Ex: 1) DL50 para DDT (ratos) -pele = 2500 mg/kg
–oral = 118 mg/kg
2) Hg0 – Absorção TGI é praticamente nula e por v pulmonar é quase 100%
3) Cocaína – maior intoxicação: pulmão > nasal > oral.
(C)Duração e freqüência da exposição:
Ex: Benzeno - CP perturbações do SNC
- MP só afeta SN com diferentes efeitos
- LP aplasia de medula óssea e hiperplasia de leucócitos
Freqüência disponibilidade
NCH3 NCH3
O O
Morfina Heroína
HO CH3COO
O
H H
4
Fases da intoxicação
Fase I –Exposição
Disponibilidade química do AT que precede a absorção
Ácido fraco HA A- + H+ (pKa 4,4)
Fatores que afetam a disponibilidade
F lu id o
D e p ó s ito R im P u lm ã o E x tr a c e lu la r Singer
&
Nicholson
Ó rg ãos, O sso s e
D IS T R IB U IÇ Ã O / 1972
T e c id o A d ip o s o M E T A B O L IS M O
A r E x a la d o
Fezes U rin a
E L IM IN A Ç Ã O
5
Fases da intoxicação Fases da intoxicação
Fase II – Toxicocinética Fase II – Toxicocinética
Movimento do agente tóxico no organismo Movimento do agente tóxico no organismo
Absorção Absorção
Mecanismos de transporte através das membranas Mecanismos de transporte através das membranas
A) Difusão simples ou passiva: passagem através da camada lipídica (não requer B) Difusão facilitada: mediada por carregador (não requer gasto de energia)
gasto de energia)
Depende: - Gradiente de concentração. Ex: glicose
Depende: - CPO/A. - carreador.
- Gradiente de concentração.
- grau de ionização. Meio aquoso Meio aquoso
Lei de Fick
K A
p (C1 C2 )
Principal mecanismo de d
absorção de agente tóxicos
p K C
Meio aquoso Meio aquoso
Absorção Absorção
Mecanismos de transporte através das membranas Mecanismos de transporte através das membranas
C) Filtração: Passagem de toxicantes hidrossolúveis e de PM pelos poros da D) Transporte ativo: Transporte por carregador contra gradiente de concentração
membrana (gasto de energia).
6
Fases da intoxicação Fases da intoxicação
Fase II – Toxicocinética Fase II – Toxicocinética
Movimento do agente tóxico no organismo Movimento do agente tóxico no organismo
Absorção Absorção
Locais de absorção do agente tóxico Locais de absorção do agente tóxico
A) Trato gastrintestinal A) Trato gastrintestinal
Absorção no TGI (parte inicial)
Partes – bucal: Difusão simples e filtração. Poros pequenos. Ex: cocaina, CN-. Fatores que influenciam % de
Molécula pKa
constante de dissociação do composto. absorção
- Estomacal: Difusão simples e filtração. Poros pequenos, Mucosa grossa,
Barbital 7,8 4
MPSA, tempo de contato. Ex: etanol. Lipossolubilidade;
Tiopental 7,6 46
- Intestinal: Difusão simples e facilitada, filtração e transporte ativo. Poros Velocidade de esvaziamento gástrico;
grandes. Grande área (140m2). Ex: Pb por transportador de Ca O
(DF); CH3-HG-Cys por transporte ativo; AsO3 por pinocitose. veículo do agente tóxico; H
N
O
Forma farmacêutica; O N
H H
N
PM; O
Tiopental
pHestômago = 1,4 absorção de ácidos fracos O
Estabilidade química do composto; N
H
pHintestino = 5,4 - 6,5 absorção de bases O
Absorção Absorção
Locais de absorção do agente tóxico Locais de absorção do agente tóxico
A) Trato gastrintestinal A) Trato gastrintestinal
Itens complementares Ex: Ácido fraco altamente lipossolúvel
Estômago HA
HA ⇄ H+ + A- A
pKa = 3,4
pHestômago = 1,4 HA H + + A-
Metabolismo de 1a passagem Circulação éntero-hepática pHplasma= 7,4 Membrana
Absorção Absorção
Locais de absorção do agente tóxico Locais de absorção do agente tóxico
B) Via cutânea: - Transfolicular: ao redor do folículo piloso. Todo tipo de substância
A) Trato gastrintestinal
- Transepidérmica: difusão simples
AT lipo – difusão passiva pelos lipídeos entre a queratina
Diferenças fisiológicas entre homens/mulheres
AT hidro – superfície externa do filamento de queratina.
Parâmetro Diferença fisiológica Diferença na absorção
Queratina
pH suco gástrico Gestante>mulher>homem Altera absorção oral
Armazena
Motilidade intestinal < gestantes > Absorção MP
Região
Esvaziamento gástrico Prolongado nas gestantes > Absorção Palmar/plantar
Hg
R-SH Pb
As Difícil absorção
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Fases da intoxicação Fases da intoxicação
Fase II – Toxicocinética Fase II – Toxicocinética
Movimento do agente tóxico no organismo Movimento do agente tóxico no organismo
Absorção Absorção
Locais de absorção do agente tóxico Locais de absorção do agente tóxico
B) Via cutânea: B) Via cutânea:
Fatores que influenciam na absorção - relacionados ao local de absorção Fatores que influenciam na absorção - relacionados à presença de substâncias
Área; Vasoconstritores;
Inflamação (não possui extrato córneo) Vasodilatadores;
Quantidade de pêlos; Veículos;
Abrasão; Água;
vascularização; detergentes.
Hiperemia;
queimaduras.
Absorção Absorção
Locais de absorção do agente tóxico Locais de absorção do agente tóxico
B) Via cutânea: C) Trato respiratório:
Superfície pulmonar = 90 m2;
Diferenças fisiológicas entre homens/mulheres
Alto fluxo sanguíneo facilidade de dissolução de AT;
Parâmetro Diferença fisiológica Diferença na absorção
Agentes passiveis de absorção pulmonar: - gases e vapores. Ex: CO, Vapores
Hidratação cutânea >nas gestantes > Absorção ácidos;
Área dérmica > no homem > Absorção - areodispersóides. Ex: poeiras, fumos.
Fluxo sangue/pele > nas gestantes > Absorção
Espessura dérmica > no homem < Absorção
Absorção Absorção
Locais de absorção do agente tóxico Locais de absorção do agente tóxico
C) Trato respiratório: C) Trato respiratório: Gases e vapores
1. Vias aéreas superiores:
Importância em Toxicologia Ocupacional.
- Não é dada muita importância à essa via;
- Volume de ar inalado durante a jornada de trabalho: » 5 a 6 L min-1 /repouso;
- hidrossolubilidade retenção pelo muco: » expelido com o muco;
» 15 a 30 L min-1 / esforço.
» deglutido com o muco;
– Facilidade de contato;
» absorvido;
- Aumento rápido dos níveis plasmáticos.
» sofrer hidrólise.
Favorece a absorção
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Fases da intoxicação Fases da intoxicação
Fase II – Toxicocinética Fase II – Toxicocinética
Movimento do agente tóxico no organismo Movimento do agente tóxico no organismo
Absorção Absorção
Locais de absorção do agente tóxico Locais de absorção do agente tóxico
C) Trato respiratório: Gases e vapores C) Trato respiratório: Gases e vapores
2. Alvéolos 2. Alvéolos
-Contato entre duas fases: Ar/sangue Fatores que afetam a absorção alveolar
- Concentração do AT no ar alveolar (pressão parcial)
1 μm 1 μm
Ar Sangue Ar Sangue
Comportamento do sangue CA concent. AT no ar
CS concent. AT no sangue
- Veículo inerte (dissolução física). Ex: Nicotina
Absorção
- Meio reativo (reação química). Ex: CO CA CS
CA > CS Absorção
CA < Cs Excreção
Absorção Absorção
Locais de absorção do agente tóxico Locais de absorção do agente tóxico
C) Trato respiratório: Gases e vapores C) Trato respiratório: Gases e vapores
2. Alvéolos 2. Alvéolos
Fatores que afetam a absorção alveolar Fatores que afetam a absorção alveolar
- Coeficiente de distribuição ar/sangue - Coeficiente de distribuição alvéolo/sangue
Fatores relevantes: Cl
» Sangue - fase aquosa (3/4 do sangue é água) Cl Cl O
- fase orgânica (proteínas, lipídeos) Cl
» Pequeno tempo de contato ar/sangue. Benzeno Tetracloreto de carbono Éter
[ar alveolar]
CA / S Hidrossolubilidade
[sangue] Substância CA/S
[ar alveolar] mL L-1
CA/S CA/S absorção Éter etílico 97 1/15
[sangue] Benzeno 2 1/6,6
CCl4 0.5 1/2,5
Absorção Absorção
Locais de absorção do agente tóxico Locais de absorção do agente tóxico
C) Trato respiratório: Gases e vapores C) Trato respiratório: Gases e vapores
2. Alvéolos 2. Alvéolos
Fatores que afetam a absorção alveolar Fatores que afetam a absorção alveolar
[ar alveolar]
- Freqüência respiratória (FR)e cardíaca (FC) CA / S - Freqüência respiratória (FR)e cardíaca (FC)
1 μm [sangue]
Sangue
Ar
AT com afinidade sangue sofre influência da FC Diferenças fisiológicas entre mulheres gestantes/
AT com afinidade sangue sofre influência da FR Parâmetro Diferença fisiológica Diferença na absorção
ou função pulmonar > nas gestantes > exposição pulmonar
AT com CA/S sofre influência da FC rendimento cardíaco > nas gestantes > absorção
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Fases da intoxicação Fases da intoxicação
Fase II – Toxicocinética Fase II – Toxicocinética
Movimento do agente tóxico no organismo Movimento do agente tóxico no organismo
Absorção Absorção
Locais de absorção do agente tóxico Locais de absorção do agente tóxico
C) Trato respiratório: Gases e vapores C) Trato respiratório: Areossóis ou aerodispersóides
2. Alvéolos
Definições:
Pontos adicionais Poeira: partículas atomicamente idênticas ao material de origem, formadas por
desagregação mecânica.
# H2O membrana alveolar barreira para passagem de AT lipossolúveis.
Fumo: o aerossol é quimicamente diferente do material de origem. Mais perigoso
porque atinge o alvéolo. < 0,5 μm. Ex: Pb 0 O PbO
# Passagem de AT Lipos. - ligação às frações lipídicas. 2
- distribuído a outras partes lipídicas. Fumaça: combustão de material orgânico animal ou vegetal. Partículas pequenas.
Névoa: aerossol líquido formado por processo mecânico (spray) com propelente ou
não. Com propelente tamanho de partículas.
Neblina: Condensação de vapores.
Absorção Absorção
Locais de absorção do agente tóxico Locais de absorção do agente tóxico
C) Trato respiratório: Areossóis ou aerodispersóides C) Trato respiratório: Areossóis ou aerodispersóides
Fatores que influenciam na penetração e retenção de aerodispersóides Mecanismos de retenção dos aerodispesóides (partículas < 30 μm)
1) Diâmetro da partícula (DP). 1) Região nasofaríngea: Deposição de 5 μm < partículas < 30 μm.
Considerar o diâmetro aerodinâmico (DA): depende do DP e densidade. velocidade ar + DP = Impactação.
Partículas de mesmo diâmetro físico: - maior densidade menor penetração
- menor densidade maior penetração
2) Região traqueobronquial: Deposicação de 1 μm < partículas < 5 μm.
média velocidade ar + médio DP = Sedimentação
2) Hidrossolubilidade: Retenção de partículas nas VAS pela alta umidade.
3) Região alveolar: Apenas partículas < 1 μm.
3) Condensação: tamanho alterado por aglomeração ou adsorção de água. velocidade ar + DP = Difusão
Influências: carga da partícula, propriedades físico-químicas, Choque com gases (O2,CO2) devido ao movimento
tempo de retenção. brawniano.
4) Temperatura: Altera movimento browniano maior colisão das partículas
Absorção
Locais de absorção do agente tóxico Absorção
C) Trato respiratório: Areossóis ou aerodispersóides
Mecanismos de remoção de aerodispersóides
distribuição
1) Região nasofaríngea: Movimento mucociliar
2) Região traqueobronquial: Movimento mucociliar + tosse (partícula)
3) Região alveolar: - Macrófagos alveoláres – digerido a nível de lisossoma; biotranformação
- tranportado para brónquios
por pseudópodes;
excreção
- lançado no sistema linfático e
retidos nos gânglios.
- Movimento do líquido alveolar.
10
Fases da intoxicação Fases da intoxicação
Fase II – Toxicocinética Fase II – Toxicocinética
Movimento do agente tóxico no organismo Movimento do agente tóxico no organismo
Distribuição Distribuição
Transporte do agente tóxico a diversos tecidos pelo sangue e pela linfa Transporte do agente tóxico a diversos tecidos pelo sangue e pela linfa
pulmão
rim
c) Proporção de ligação às proteínas plasmáticas;
d) Diferenças regionais de pH;
músculo
e) Coeficiente de partição O/A de cada substância.
pele
Sangue fígado Sangue
venoso baço
Órgãos muito irrigado rápido equilíbrio de distribuição. (Ex: fígado)
Veia arterial
porta
intestino Órgãos pouco irrigados lento equilíbrio de distribuição. (Ex: osso)
Distribuição Distribuição
Os toxicantes podem se acumular em maior ou menor concentração, O sangue
dependendo do local.
Importante no estudo da distribuição (pode ser colhido
repetidamente sem distúrbios fisiológicos).
O local de maior concentração pode ou não ser o sítio alvo. Circula por todos os tecidos.
Ex: Organoclorados – concentração no tecido adiposo e ação nos SNC. A concentração plasmática – melhor informação que a dose
administrada.
CO – concentração no sangue e ação no sangue.
Volume de distrubuição
Parâmetro toxicocinético que indica a distribuição
Tecido alvo
de uma substância
Tecido de
Sangue
armazenamento (local de ação)
11
Fases da intoxicação Fases da intoxicação
Fase II – Toxicocinética Fase II – Toxicocinética
Movimento do agente tóxico no organismo Movimento do agente tóxico no organismo
Ex: organoclorados
O armazenamento pode ou não causar efeito tóxico no local. Armazenamento de agentes químicos inorgânicos (F, Pb, Sr,...)
Ex: Pb não causa efeito tóxico local
F causa fluorose Fenômeno químico de captura –Mudanças entre a superfície
Sr osteosarcoma e neoplasias óssea e o líquido que está em contato com ela.
12
Fases da intoxicação Fases da intoxicação
Fase II – Toxicocinética Fase II – Toxicocinética
Movimento do agente tóxico no organismo Movimento do agente tóxico no organismo
Biotransformação Biotransformação
É um conjunto de reações por que passam as substâncias químicas no
Absorção Lipofílicidade
organismo, mediadas por enzimas, e que visam tornar o composto mais
Excreção Hidrofílicidade
facilmente excretado do organismo, isto é, mais hidrofílico.
Fases da intoxicação
Fase II – Toxicocinética
FASES DA
Movimento do agente tóxico no organismo
BIOTRANSFORMAÇÃO
Biotransformação
hidrólise
13
Fases da intoxicação Fases da intoxicação
Fase II – Toxicocinética Fase II – Toxicocinética
Movimento do agente tóxico no organismo Movimento do agente tóxico no organismo
Fração solúvel
Catalisam principalmente
reações de fase II
1) Hidroxilação aromática
SH SH O2 SH H+ SH
Cit. P-450 (Fe3+) Cit. P-450 (Fe2+) Cit. P-450 (Fe2+) O2 Cit. P-450 (Fe2+)OOH
e e
H2 O
NADPH cit.P-
NADPH 450 redutase NADP NADH
NADH cit.b5
redutase NAD SH
Cit. P-450 (FeO)3+
S
S-OH
S-OH
Cit. P-450 (Fe3+) Cit. P-450 (Fe3+)
Casaret & Doull’s Toxicology, The basic Science of Poisons 5 ed. McGraw-Hill, 1995
14
Fases da intoxicação Fases da intoxicação
Fase II – Toxicocinética Fase II – Toxicocinética
Movimento do agente tóxico no organismo Movimento do agente tóxico no organismo
N
O2
OH R N C2H5 R N H + H3C-COH
R O CH3 R O H + HCOH
R S CH3 R S H + HCOH
C
H3
H2 O
C H c
p
-n
i
t
r
o
t
o
l
u
e
n
o
Ái
l
o
o
lo
p
-
n
t
r
o
t
l
u
e
n
o
3) Desalquilação 3) Desalquilação
N-desalquilação
3) Desalquilação 4) Desaminação
R CH2 NH2 R C O
15
Fases da intoxicação Fases da intoxicação
Fase II – Toxicocinética Fase II – Toxicocinética
Movimento do agente tóxico no organismo Movimento do agente tóxico no organismo
5) Sulfoxidação O 6) Dessulfuração
R C R' R C R'
R S R' R S R' O
S
R C H R C OH R C H
H H
16
Fases da intoxicação Fases da intoxicação
Fase II – Toxicocinética Fase II – Toxicocinética
Movimento do agente tóxico no organismo Movimento do agente tóxico no organismo
N
H2
R
e
d
u
t
a
s
e
H2
C
S
S
C2
H2
S
C2
H5
S
H
N
i
t
r
o
b
e
n
z
e
n
o
A
n
i
l
i
n
a
N
H2
N
N
O
H
O
H
R
e
d
u
t
a
s
e
2) Azo-redução 2) Redução de valência
N
H2
A
s
A
s
5
+
3
+
A
n
i
l
i
n
a
1
-
a
m
i
n
o
-
2
-
n
a
f
t
o
l
S
u
d
a
n
1
(
1
-
f
e
n
i
l
a
z
o
-
2
-
n
a
f
t
o
l
)
destoxificação
hidrólise do éster carboxílico, de amida
R–C =O + H2O R – C = O + OH – R’
OR’ OH
MEPBS
1) Carboxilesterases 1) Carboxilesterases
1- carboxilesterases
MEPBS
17
Fases da intoxicação Fases da intoxicação
Fase II – Toxicocinética Fase II – Toxicocinética
Movimento do agente tóxico no organismo Movimento do agente tóxico no organismo
reação de destoxificação
O OH
+ H2O
R CH2OH
O
+ H2O
OH
CH 2OH
R H
H H
H Estireno 7, 8 epóxido Estireno 7, 8 glicol
# glicuronidação, sulfatação, metilação, acetilação, conjugação com glutationa # Catalisada pela glicuroniltransferase (enzima microssomal - exceção)
e aminoácidos.
# Destoxificação
Enzimas: - Sintetases: Síntese do co-fator. Ex: UDPGA Co-fator UDPGA
- Transferases: catalisam a transferência dos grupamentos
Sintetizado por
para o xenobiótico.
enzimas da fração
solúvel
Maior concentração no tecido hepático
Formação do co-fator:
Glicose 1 P + UTP UDP - 2 – D glicose (UDPG)
UDPG + 2 NAD+ H2O UDP –GA + NADH + 2 H+
MEPBS
18
Fases da intoxicação Fases da intoxicação
Fase II – Toxicocinética Fase II – Toxicocinética
Movimento do agente tóxico no organismo Movimento do agente tóxico no organismo
Hiperbilirrubinemia
# Destoxificação ou ativação
Co-fator S-adenosilmetionina
Sintetizado por
enzimas da fração
solúvel
19
Fases da intoxicação Fases da intoxicação
Fase II – Toxicocinética Fase II – Toxicocinética
Movimento do agente tóxico no organismo Movimento do agente tóxico no organismo
Principais substratos: Transfere grupo acetil para aminas primárias chineses e japoneses - 25%
aromáticas e aminas alifáticas formando amidas.
Sintetizado por
enzimas da fração
solúvel
20
Fases da intoxicação Fases da intoxicação
Fase II – Toxicocinética Fase II – Toxicocinética
Movimento do agente tóxico no organismo Movimento do agente tóxico no organismo
Co-fator glutationa
Sintetizado por
enzimas da fração
solúvel
Bioativação Bioativação
Xenobiótico metabólito excreção Xenobiótico metabólito excreção
MEPBS MEPBS
Internos:
a) Espécie e raça: presença ou ausência de enzimas e concentração das mesmas.
b) Fatores genéticos: variações de indivíduo para indivíduo (condições
fisiológicas ou estado patológico. Ex: acetiladores rápidos e lentos.
Caucasianos – mais acetiladores lentos (50 a 60%).
Orientais – mais acetiladores rápidos.
c) Gênero: Masculino e feminino. Ratos machos tem 40% mais enzimas do cit. P-
450 que as fêmeas.
d) Idade: Recém-nascidos: são praticamente desprovidos de capacidade de
biotrasnformar xenobióticos (muito susceptíveis). Após o nascimento ocorre
aumento da biotranformação.
Idosos: Queda da intensidade de biotrasnformação e excreção renal.
MEPBS
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Fases da intoxicação Fases da intoxicação
Fase II – Toxicocinética Fase II – Toxicocinética
Movimento do agente tóxico no organismo Movimento do agente tóxico no organismo
Fatores que afetam a biotrasnformação Fatores que afetam a biotrasnformação
Internos: Externos:
e) Estado nutricional: diminuição de proteínas decorrentes da desnutrição. a) Indução enzimática: Aceleração da biotransformação de xenobióticos. Pode
Fe, Cu, Mg, Ca, Zn, vitaminas B, etc. são importantes para ser auto indução (tolerância metabólica ou cinética).
o funcionamento do sistema cit. P-450.
Principalmente enzimas do Cit. P-450
O jejum de 1 dia diminui drasticamente a glutiona
hepática: toxidade do paracetamol,
bromobenzeno. Fenobarbital: demora para o início e depois termina rapidamente.
f) Estado patológico: Doenças hepáticas diminuem a atividade do fígado. 3,4-benzopireno: rápido para o início e depois demora para terminar.
Mecanismos:
Mecanismos:
a) Filtração glomerular: 1) Não há gasto de energia.
c) Reabsorção tubular: 1) Maioria ocorre por processo passivo.
2) Grande diâmetro dos poros dos capilares glomerulares
2) pode haver transporte ativo. Ex: glicose e ácido úrico.
3) Passam todos os elementos, menos
3) Deve ser lipofílica e não carregada.
macromoléculas 4) AT-proteína não passa.
5) As hidro são excretadas pela urina, e
as lipo são reabsorvidas no túbulo proximal.
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Fases da intoxicação Fases da intoxicação
Fase II – Toxicocinética Fase II – Toxicocinética
Movimento do agente tóxico no organismo Movimento do agente tóxico no organismo
Excreção: Renal Excreção: Renal
Exemplo prático de tratamento de intoxicações
Influência do pH
a) Alcalinização da urina
(bicarbonato) –
facilita a excreção
de AT ácido
(fenobarbital, AAS).
b) Acidificação da urina
(ácido ascórbico) –
facilita a excreção
de de AT básico
(anfetamina,
procainamida).
O que significa? Supondo que na artéria renal tenha um fluxo de 500ml/min teremos, então,
500mg da substância entrando por minuto na artéria renal. Ao passar pelo rim, 100mg de A são
excretados junto há 1ml de urina em um minuto. Saindo, assim, na veia renal em 499ml, 400mg
de A. Desse modo, notamos que praticamente 100ml do plasma que saiu pela veia renal ficaram
totalmente livre da substância A.
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Fases da intoxicação Fases da intoxicação
Fase II – Toxicodinâmica Fase II – Toxicodinâmica
Ex: ação da metoclopramida no SNC
a) Ação citostática. Impedem a divisão celular (crescimento do tecido). Ex: Reação química direta sobre os tecidos. Ácidos, bases,
substâncias alquilantes que se intercalam entre as hélices do DNA. São usadas
Efeitos cáusticos ou necrosantes. Cl, SO2, ..
no câncer, mas não são específicas.
Pele, boca, nariz, olhos, garganta, trato respiratório.
b) Ação mutagênica. Alterações do código genético em células germinativas.
c) Ação carcinogênica. Crescimento desordenado de células, devido a alterações
cromossômicas.
d) Teratogênese. Ação do AT no código genético do embrião.
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Fases da intoxicação Fases da intoxicação
Fase II – Toxicodinâmica Fase II – Toxicodinâmica
Mecanismos de ação tóxica Mecanismos de ação tóxica
Interferência com as funções gerais das células Irritação direta dos tecidos
Reação química direta sobre os tecidos. Ácidos, bases,
a) Ação anestésica. Ex: interferência no transporte de O2 e nutrientes em SNC. Efeitos cáusticos ou necrosantes. Cl, SO2, ..
b) Interferência com a neurotransmissão. Nível pré-sináptico, sináptico e pós- Pele, boca, nariz, olhos, garganta, trato respiratório.
sináptico.
Reações de hipersuscetibilidade
a) Alergia química. Sensibilização e nova exposição. Excreção de histamina.
b) Fotoalergia. Reação do xenobiótico com a luz para formar um produto que será o
hapteno.
c) Fotossensibilização. Xenobióticos + luz = radicais altamente reativos que
produzem lesões na pele (igual a queimadura de sol).
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