Artigo 3
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Artigo 3
1
Laboratório de Avaliação Psicológica. Faculdade de Psicologia e de
Ciências da Educação da Universidade de Coimbra.
2
Serviço de Neurologia do Centro Hospitalar e Universitário de
Coimbra. Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.
Desempenho Cognitivo Não Credível no Declínio Cognitivo
Ligeiro: Estudos com o Test of Memory Malingering (TOMM)
e o Rey 15-Item Memory Test (Rey 15-IMT)
Introdução ......................................................................................................... 1
I – Enquadramento conceptual ......................................................................... 2
1. Envelhecimento Normal e Alterações Cognitivas ..................................... 2
2. Declínio Cognitivo Ligeiro.......................................................................... 3
3. Desempenho Não Credível/Esforço Insuficiente ...................................... 5
4. Test of Memory Malingering..................................................................... 9
5. Rey 15-Item Memory Test ...................................................................... 15
II - Objectivos .................................................................................................. 20
III – Metodologia ............................................................................................. 20
1. Participantes ........................................................................................... 20
2. Instrumentos e procedimentos de administração .................................. 21
3. Análise estatística.................................................................................... 23
IV - Resultados................................................................................................. 23
V - Discussão ................................................................................................... 33
VI - Conclusões ................................................................................................ 37
VII - Bibliografia ............................................................................................... 39
Anexos ............................................................................................................. 45
1
Introdução
Desempenho Cognitivo Não Credível no Declínio Cognitivo Ligeiro: Estudos com o Test of
Memory Malingering (TOMM) e o Rey 15-Item Memory Test (Rey 15-IMT)
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I – Enquadramento conceptual
A investigação dos comportamentos de simulação, esforço
insuficiente ou desempenho cognitivo não credível tem sido crescente,
principalmente em contexto forense. Este é um dos problemas mais comuns
e difíceis de identificar na avaliação neuropsicológica, pelo que é necessário
utilizar técnicas que permitam validar o próprio processo e os resultados da
avaliação.
A avaliação neuropsicológica tem vários objectivos, nomeadamente
avaliar o estudo das funções neurocognitivas, o exame da relação específica
entre o declínio de funções cognitivas e a expressão comportamental da
disfunção cerebral, a identificação dos efeitos de lesões insidiosas e o
diagnóstico diferencial. No entanto, a validade deste processo depende da
motivação e cooperação dos sujeitos. A avaliação de simulação, esforço
insuficiente ou desempenho cognitivo não credível constitui assim uma
componente fundamental na validação dos resultados da avaliação
neuropsicológica, sendo que os resultados desta apenas são quando o sujeito
está motivado e se empenha nas respostas e na realização das tarefas.
O estudo e validação de dois (re)conhecidos instrumentos de avaliação
de simulação, esforço insuficiente ou desempenho cognitivo não credível
(TVS) será a base deste trabalho.
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1
Alipoproteína E.
2
Tomografia por Emissão de Positrões com marcador PIB (Pittsburg
Compound B), um marcador específico para detecção de placas de proteína amilóide
no cérebro.
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9
3
Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 3rd Edition,
Revised, 1987.
4
Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 4th Edition, 1994.
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amostra clínica mista de 229 veteranos, subdividida entre 204 sujeitos que se
esforçaram de forma adequada na realização da tarefa e 25 sujeitos com
desempenho cognitivo não credível, Hilsabeck e colaboradores (2011)
verificaram que utilizando um ponto de corte de 41 para o primeiro ensaio
foram correctamente identificados 82% dos sujeitos que posteriormente
obtiveram pontuações que indicavam esforço suficiente, discriminando
correctamente todos os sujeitos que apresentavam um desempenho cognitivo
não credível. Os autores proposeram ainda pontos de corte alternativos: 39,
que aumentou para 87% a exactidão da identificação de sujeitos que se
esforçaram de forma adequada na realização da tarefa, com um falso
negativo (4%); 37, que aumentou para 91% a exactidão da identificação de
sujeitos que se esforçaram de forma adequada na realização da tarefa, com 4
falsos negativos (16%); e 38, que aumentou para 89% a exactidão da
identificação de sujeitos que se esforçaram de forma adequada na realização
da tarefa, com 3 falsos negativos (12%) (Hilsabeck et al., 2001). Em suma,
os dados sugerem que é expectável que sujeitos que obtenham pontuações
inferiores ou iguais a 25 no primeiro ensaio não demonstrem desempenhos
adequados nos restantes ensaios do TOMM, e que sujeitos que obtenham
pontuações superiores ou iguais a 41 no primeiro ensaio demonstrem
desempenhos adequados nos restantes ensaios da prova, não sendo
necessário administrar todo o protocolo (Gavett et al., 2005; O’Bryant et al.,
2008; Hilsabeck et al., 2011).
Não existe consenso acerca do ponto de corte mais adequado no
Ensaio 1 do TOMM. Tombaugh (1996) sugeriu o ponto de corte 37, numa
amostra clínica mista, obtendo uma sensibilidade de 75% e especificidade de
92%; sugeriu também o ponto de corte 39, numa amostra clínica não
incluindo demência, obtendo uma sensibilidade de 100% e uma
especificidade de 90%. Rees e colaboradores (2001) sugeriram o ponto de
corte 44, num estudo com sujeitos com 80% de incapacidade, obtendo uma
especificidade de 88%. Greve e colaboradores (2006) sugeriram o ponto de
corte 42, num estudo com TCE ligeiro, obtendo uma sensibilidade de 73% e
especificidade de 93%. Hill e colaboradores (2006) sugeriram o ponto de
corte 44, num estudo com sujeitos com epilepsia do lobo temporal e sujeitos
com convulsão psicogénica não-epiléptica, obtendo uma sensibilidade de
88% e especificidade de 92%. Schroeder e colaboradores (2006) sugeriram o
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ponto de corte 39, num estudo com TCE ligeiro, obtendo uma sensibilidade
de 67% e especificidade de 100%. Bauer e colaboradores (2007) sugeriram o
ponto de corte 38, num estudo com TCE ligeiro, obtendo uma sensibilidade
de 90% e especificidade de 92%. Armistead-Jehle e Hansen (2011)
sugeriram o ponto de corte 38, num estudo com militares, obtendo uma
sensibilidade de 80% e especificidade de 96%. Wisdom e colaboradores
(2012) sugeriram o ponto de corte 40, num estudo com sujeitos com
epilepsia em ambulatório, obtendo uma sensibilidade de 77% e
especificidade de 91%.
De acordo com os critérios iniciais, a aplicação do ensaio de retenção
é opcional (Tombaugh, 1996, 1997). Seguindo este critério, Gervais,
Rohling, Green e Ford (2004) verificaram uma taxa de erro de 11% no
TOMM, sendo que esta percentagem de erro pode dever-se a não ter sido
aplicado o ensaio de retenção. Greve e Bianchini (2006) observaram que a
administração do ensaio de retenção aumenta em 4% e 21,3% a identificação
correcta num grupo de sujeitos com dor crónica e num grupo de sujeitos com
TCE, respectivamente. Estes autores defendem que, se o TOMM for a única
prova de avaliação do desempenho aplicada, deve ser sempre aplicado o
ensaio de retenção. Num estudo com uma amostra de TCE ligeiro, Greve,
Bianchini e Doane (2006) verificaram que o ponto de corte de 45 é
conservador para sujeitos com esta patologia pois nenhum dos sujeitos
pontuou abaixo de 46.
O TOMM foi projectado de forma que, ao aplicar o esforço e
empenho adequado, seja esperado que os sujeitos obtenham pontuações
superiores à do primeiro ensaio nos ensaios subsequentes. Os resultados de
Gavett, O’Bryant, Fisher e McCaffrey (2005), num estudo realizado com os
grupos do estudo de validação original (Tombaugh, 1996) e um grupo
adicional de 77 adultos com TCE, envolvidos em processos de litígio e
referidos para avaliação neuropsicológica, sugeriram que quando obtido o
desempenho adequado no primeiro ensaio o resultado dos ensaios
subsequentes seria adequado em 100% dos participantes; contudo, os autores
advertem que para assumir que o sujeito exerceu o esforço adequado deve
considerar-se, no processo de tomada de decisão, todo o seu perfil de
desempenho e não apenas as pontuações do primeiro ensaio. No entanto,
Bauer e colaboradores (2007) defendem que o primeiro ensaio pode ser
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II - Objectivos
III – Metodologia
1. Participantes
5
Tomografia axial computorizada.
6
Ressonância magnética crânio-encefálica.
7
Cintigrafia computorizada de emissão de fotão único.
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3. Análise estatística
IV - Resultados
Características da amostra
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8
Foi seleccionada uma técnica estatística não-paramétrica atendendo à
grande assimetria do número de sujeitos em cada sub-grupo, o que inviabilizou o
uso de técnica paramétrica equivalente.
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Ponto de
Idade Escolaridade MMSE MoCA Adas-Cog
corte
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Ponto de
Idade Escolaridade MMSE MoCA Adas-Cog
corte
U=195.500 U=178.000 U=170.000 U=166.000 U=102.500
20
p<0.05 p<0.01 p<0.01 p<0.01 p<0.01
Nota: MMSE = Mini-Mental State Examination; MoCA = Montreal Cognitive Assessment;
ADAS-Cog = Alzheimer’s Disease Assessment Scale-Cognitive subscale.
Ponto de
Idade Escolaridade MMSE MoCA Adas-Cog
corte
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Escalas t p
ADAS-Cog
0.464 3.015 0.004
N=58
CDRsb
-0.009 -0.045 0.964
N=49
SMC_C
0,044 0,278 0,783
N=48
DAD
-0,157 -0,874 0,387
N=48
Nota: MMSE = Mini-Mental State Examination; ADAS-Cog = Alzheimer Disease Assessment
Scale – Cognitive subscale; CDRsb = Clinical Dementia Rating_sum of boxes
V - Discussão
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37
VI - Conclusões
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VII - Bibliografia
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Anexos
Anexo 1
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Anexo 2
MND Definitiva
É indicada pela presença de evidência clara e convincente de exageração voluntária ou
fabricação de disfunção neurocognitiva e a ausência de explicações alternativas plausíveis.
Os critérios de diagnóstico específicos para Definite MND estão listados abaixo:
1. Presença de incentivo externo substancial [Critério A]
2. Enviesamento de resposta negativo definitivo [Critério B1]
3. Comportamentos que cumprem os critérios do grupo B não são melhor explicados por
factores psiquiátricos, neurológicos ou desenvolvimentais [Critério D]
MND Provável
É indicada pela presença de fortes evidenências sugerindo exageração voluntária ou
fabricação de disfunção neurocognitiva e ausência de explicações alternativas plausíveis. Os
critérios de diagnóstico específicos para MND Provável estão listados abaixo:
1. Presença de incentivo externo substancial [Critério A]
2. Dois ou mais tipos de evidência a partir de avaliação neuropsicológica, excluindo
enviesamento de resposta negativo definitivo [dois ou mais do Critério B2-B6]
Or
Um tipo de evidência a partir de avaliação neuropsicológica, excluindo enviesamento de
resposta negativo definitivo, e um ou mais tipos de evidência através do auto-relato [um do
Critério B2-B6 e um ou mais do Critério C1-C5]
3. Comportamentos que cumprem os critérios necessaries do grupo B e C não são melhor
explicados por factores psiquiátricos, neurológicos ou desenvolvimentais [Critério D]
MND Possível
É indicada pela presença de evidência sugerindo exageração voluntária ou fabricação de
disfunção neurocognitiva e ausência de explicações alternativas plausíveis. Alternativamente,
MND possível é indicada pela presença de critérios necessários para MND Definitiva ou MND
Provável excepto que outra etiologia primária não possa ser excluída. Os critérios de
diagnóstico específicos para MND Possível estão listados abaixo:
1. Presença de incentivo externo substancial [Critério A]
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sistema nervoso central e que obtém consistentemente resultados que sugerem défice severo
na memória verbal após ter sofrido um acidente de viação).
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incentivos externos como definido no Critério A. Como tal, os comportamentos que cumprem
critérios do grupo B ou C não podem ser totalmente explicados por perturbações psiquiátricas,
desenvolvimentais ou neurológicas que resultem numa capacidade diminuída para
apreciar/compreender leis ou costumes acerca da simulação, ou uma incapacidade para agir
em conformidade com tais padrões (e.g., uma necessidade psicológica de “fazer o papel de
doente” ou ação em resposta a alucinações de comando).
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Anexo 3
Percentagem
Ponto de DCL Percentagem Cumulativa
Ensaio
corte N=58 (%) (%)
34 1 1,7 1,7
35 1 1,7 3,4
38 1 1,7 5,2
39 4 6,9 12,1
40 2 3,4 15,5
41 5 8,6 24,1
42 3 5,2 29,3
Ensaio 1 43 2 3,4 32,8
44 4 6,9 39,7
45 3 5,2 44,8
46 6 10,3 55,2
47 1 1,7 56,9
48 6 10,3 67,2
49 7 12,1 79,3
50 12 20,7 100,0
35 1 1,7 1,7
39 1 1,7 3,4
42 1 1,7 5,2
44 1 1,7 6,9
Ensaio 2
46 2 3,4 10,3
47 1 1,7 12,1
48 3 5,2 17,2
49 10 17,2 34,5
50 38 65,5 100,0
38 1 1,7 1,7
39 1 1,7 3,4
42 1 1,7 5,2
44 1 1,7 6,9
45 1 1,7 8,6
Retenção
46 3 5,2 13,8
47 1 1,7 15,5
48 1 1,7 17,2
49 6 10,3 27,6
50 42 72,4 100,0
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51
7 5 9,3 25,9
8 7 13,0 38,9
9 10 18,5 57,4
Reconhecimento
10 4 7,4 64,8
11 5 9,3 74,1
12 3 5,6 79,6
13 3 5,6 85,2
14 6 11,1 96,3
15 2 3,7 100,0
≤ 10 15 27,9 27,8
11 1 1,9 29,6
12 3 5,6 35,2
13 3 5,6 40,7
14 6 11,1 51,9
Pontuação Combinada 15 1 1,9 53,7
16 2 3,7 57,4
18 4 7,4 64,8
19 3 5,6 70,4
20 2 3,7 74,1
21 4 7,4 81,5
22 2 3,7 85,2
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52
24 1 1,9 87,0
25 1 1,9 88,9
26 2 3,7 92,6
28 1 1,9 94,4
29 1 1,9 96,3
30 2 3,7 100,0
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