1) O Ministério Público tem direito à inversão do ônus da prova em ações consumeristas, independentemente de quem figure como autor ou réu.
2) A ausência de comunicação sobre a disponibilização de dados pessoais em bancos de dados configura dano moral presumido.
3) Clube de turismo e rede hoteleira são responsáveis solidariamente pela qualidade dos serviços prestados em razão da indissociabilidade entre as obrigações assumidas.
1) O Ministério Público tem direito à inversão do ônus da prova em ações consumeristas, independentemente de quem figure como autor ou réu.
2) A ausência de comunicação sobre a disponibilização de dados pessoais em bancos de dados configura dano moral presumido.
3) Clube de turismo e rede hoteleira são responsáveis solidariamente pela qualidade dos serviços prestados em razão da indissociabilidade entre as obrigações assumidas.
1) O Ministério Público tem direito à inversão do ônus da prova em ações consumeristas, independentemente de quem figure como autor ou réu.
2) A ausência de comunicação sobre a disponibilização de dados pessoais em bancos de dados configura dano moral presumido.
3) Clube de turismo e rede hoteleira são responsáveis solidariamente pela qualidade dos serviços prestados em razão da indissociabilidade entre as obrigações assumidas.
1) O Ministério Público tem direito à inversão do ônus da prova em ações consumeristas, independentemente de quem figure como autor ou réu.
2) A ausência de comunicação sobre a disponibilização de dados pessoais em bancos de dados configura dano moral presumido.
3) Clube de turismo e rede hoteleira são responsáveis solidariamente pela qualidade dos serviços prestados em razão da indissociabilidade entre as obrigações assumidas.
Baixe no formato PDF, TXT ou leia online no Scribd
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 10
EDIÇÃO N.
160: DIREITO DO CONSUMIDOR -
IV
1) Na ação consumerista, o Ministério Público faz jus à inversão do ônus da
prova, independentemente daqueles que figurem como autores ou réus da demanda.
2) A ausência de comunicação acerca da disponibilização/comercialização
de informações pessoais do consumidor em bancos de dados configura dano moral presumido (in re ipsa).
3) O clube de turismo e a rede conveniada de hotéis são responsáveis
solidariamente pelo padrão de atendimento e pela qualidade dos serviços prestados, em razão da indissociabilidade entre as obrigações de fazer assumidas pela empresa e pelo hotel credenciado (art. 34 do CDC).
4) É possível a flexibilização da orientação contida na Súmula n. 385/STJ,
para reconhecer dano moral decorrente de inscrição indevida do nome do consumidor em cadastro restritivo de crédito, quando existentes nos autos elementos aptos a demonstrar a ilegitimidade da preexistente anotação.
5) A pretensão indenizatória do consumidor de receber ressarcimento por
prejuízos decorrentes de vício no imóvel se submente ao prazo prescricional previsto no art. 205 do Código Civil.
6) O serviço prestado por laboratórios na realização de exames médicos
em geral, a exemplo do teste genético para fins de investigação de paternidade e do HIV, está sujeito às disposições do Código de Defesa do Consumidor.
7) A operadora do plano de saúde, na condição de fornecedora de serviço,
responde solidariamente perante o consumidor pelos defeitos em sua prestação, seja quando os fornece por meio de hospital próprio e médicos contratados ou por meio de médicos e hospitais credenciados.
8) O Código de Defesa do Consumidor - CDC, em regra, é inaplicável aos
contratos administrativos, tendo em vista as prerrogativas já asseguradas pela lei à administração pública.
- Diante de determinadas circunstâncias do caso concreto, quando os instrumentos
previstos na legislação própria foram insuficientes ou insatisfatórios, deve ser assegurara a aplicação do Código de Defesa do Consumidor à Administração Pública. - PJ de Direito Privado: empresas públicas, soc. economia mista → contratos não têm cláusulas exorbitantes.
9) Em situações excepcionais, a administração pública pode ser
considerada consumidora de serviços (art. 2º do CDC) por ser possível reconhecer sua vulnerabilidade, mesmo em relações contratuais regidas, preponderantemente, por normas de direito público, e por se aplicarem aos contratos administrativos, de forma supletiva, as normas de direito privado (art. 54 da Lei n. 8.666/1993).
10) O Código de Defesa do Consumidor é inaplicável a contrato acessório
de contrato administrativo, pois não se origina de uma relação de consumo. EDIÇÃO N. 161: DIREITO DO CONSUMIDOR - V 2) É abusiva a cláusula contratual que restringe a responsabilidade de instituição financeira pelos danos decorrentes de roubo, furto ou extravio de bem entregue em garantia no âmbito de contrato de penhor civil. (Súmula n. 638/STJ)
3) Aplica-se o prazo prescricional do art. 27 do CDC às ações de repetição
de indébito por descontos indevidos decorrentes de defeito na prestação do serviço bancário.
4) Nas ações de repetição de indébito por defeito do serviço bancário (art.
27 do CDC), o termo inicial da contagem do prazo prescricional é a data em que ocorreu a lesão ou pagamento.
5) Não há relação de consumo entre a instituição financeira e a pessoa
jurídica que busca financiamento bancário ou aplicação financeira para ampliar o capital giro ou fomentar atividade produtiva.
6) As normas do Código de Defesa do Consumidor são aplicáveis às
atividades de cooperativas que são equiparadas àquelas típicas de instituições financeiras.
7) A ocorrência de fortuito externo afasta responsabilidade civil objetiva
das instituições financeiras, por não caracterizar vício na prestação do serviço.
8) As instituições financeiras são responsáveis por reparar os danos
sofridos pelo consumidor que tenha o cartão de crédito roubado, furtado ou extraviado e que venha a ser utilizado indevidamente, ressalvada as hipóteses de culpa exclusiva do consumidor ou de terceiros.
9) As entidades bancárias são responsáveis pelos prejuízos resultantes de
investimentos malsucedidos quando houver defeito na prestação do serviço de informação/conscientização dos riscos envolvidos na operação.
10) As regras do CDC não se aplicam aos contratos firmados no âmbito do
Programa de Financiamento Estudantil - FIES, pois não se trata de serviço bancário, mas de programa governamental custeado pela União. EDIÇÃO N. 162: DIREITO DO CONSUMIDOR - VI 1) É suficiente para a aplicação da teoria menor da desconsideração da personalidade jurídica (art. 28, § 5º, do CDC) a existência de obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores.
2) A desconsideração da personalidade jurídica de sociedade cooperativa,
com fundamento no art. 28, § 5º, do CDC (teoria menor), não pode atingir o patrimônio pessoal de membros do Conselho Fiscal sem que haja a mínima presença de indícios de que estes contribuíram, ao menos culposamente, e com desvio de função, para a prática de atos de administração.
3) Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos contratos relativos a
aplicações em fundos de investimento celebrados entre instituições financeiras e seus clientes.
4) É ilícito o investimento de risco realizado pela instituição financeira sem
autorização expressa do correntista, nos termos dos arts. 6º, III, e 39, III e VI, ambos do Código de Defesa do Consumidor, sendo cabível a indenização por danos materiais e morais decorrentes da operação realizada.
5) A instituição financeira responde por vício na qualidade do produto ao
emitir comprovantes de suas operações por meio de papel termossensível (papel térmico).
6) É abusiva e ilegal cláusula prevista em contrato de prestação de
serviços de cartão de crédito que autoriza o banco contratante a compartilhar dados dos consumidores com outras entidades financeiras ou mantenedoras de cadastros positivos e negativos de consumidores, sem que haja opção de discordar daquele compartilhamento, por desrespeitar os princípios da transparência e da confiança.
7) A responsabilidade da instituição financeira deve ser afastada quando o
evento danoso decorre de transações realizadas com a apresentação física do cartão original e mediante uso de senha pessoal do correntista.
8) Nos contratos de locação de cofre particular, não se revela abusiva a
cláusula limitativa de valores e de objetos a serem armazenados, sobre os quais recairá a obrigação de guarda e de proteção do banco locador. 9) O banco não é responsável por fraude em compra on-line paga via boleto de produto não recebido, uma vez que a instituição financeira não pertence à cadeia de fornecimento nem apresentou falha em sua prestação de serviço.
10) A legislação consumerista impede a adoção prévia e compulsória da
arbitragem no momento da celebração do contrato, mas não proíbe que, posteriormente, em face de eventual litígio, havendo consenso entre as partes, seja instaurado o procedimento arbitral.
11) É lícita a estipulação de cláusula de fidelização em contrato de serviços
de telecomunicação, considerando-se os benefícios concedidos pelas operadoras aos assinantes, assim como a necessidade de garantir um retorno mínimo do investimento realizado pela empresa.
12) O Código de Defesa do Consumidor não se aplica à relação jurídica
instaurada entre postos de combustível e distribuidores, pois aqueles não se enquadram no conceito de consumidor final, estabelecido no art. 2º da referida lei. EDIÇÃO N. 163: DIREITO DO CONSUMIDOR - VII
1) O Código de Defesa do Consumidor é aplicável aos empreendimentos
habitacionais promovidos pelas sociedades cooperativas. (Súmula n. 602/STJ).
2) Na hipótese de resolução de contrato de promessa de compra e venda
de imóvel submetido ao Código de Defesa do Consumidor, deve ocorrer a imediata restituição das parcelas pagas pelo promitente comprador - integralmente, em caso de culpa exclusiva do promitente vendedor/construtor, ou parcialmente, caso tenha sido o comprador quem deu causa ao desfazimento. (Súmula n. 543/STJ)
3) É válida a cláusula contratual que transfere ao promitente-comprador a
obrigação de pagar a comissão de corretagem nos contratos de promessa de compra e venda de unidade autônoma em regime de incorporação imobiliária, desde que previamente informado o preço total da aquisição da unidade autônoma, com o destaque do valor da comissão de corretagem. (Tese julgada sob o rito do art. 1036 do CPC/2015 - TEMA 938 (ii))
4) Não é abusiva a cláusula de tolerância nos contratos de promessa de
compra e venda de imóvel em construção que prevê prorrogação do prazo inicial para a entrega da obra pelo lapso máximo de 180 (cento e oitenta) dias, desde que observado o direito de informação ao consumidor.
5) A recusa de cobertura securitária, sob a alegação de doença
preexistente, é ilícita se não houve a exigência de exames médicos prévios à contratação ou a demonstração de má-fé do segurado. (Sumula n. 609/STJ)
6) A cláusula contratual de plano de saúde que prevê carência para
utilização dos serviços de assistência médica nas situações de emergência ou de urgência é considerada abusiva se ultrapassado o prazo máximo de 24 horas contado da data da contratação. (Súmula n. 597/STJ)
7) É abusiva a negativa de cobertura para tratamento de emergência ou
urgência do segurado mesmo sob o argumento de necessidade de cumprimento do período de carência, sendo devida a reparação por danos morais.
8) Na ausência de previsão contratual expressa, impõe-se o afastamento
do dever de custeio da fertilização in vitro pela operadora do plano de saúde, por não se tratar de hipótese de cobertura obrigatória. 9) A ausência de informação qualificada quanto aos possíveis efeitos colaterais e reações adversas de medicação configura defeito do produto, conforme disposto no art. 12, § 1º, II, do CDC, ocasionando responsabilidade objetiva do fabricante/fornecedor
10) Não se aplica o Código de Defesa do Consumidor - CDC aos contratos
de plano de seguro de saúde de reembolso de despesas médico- hospitalares destinados à fruição dos empregados do empregador contratante, pois, dentro do pacote de retribuição e de benefícios ofertado, a relação do contratante-empregador com a seguradora é comercial. EDIÇÃO N. 164: DIREITO DO CONSUMIDOR - VIII
1) As agências de turismo não respondem solidariamente pela má
prestação do serviço de transporte aéreo na hipótese de compra e venda de passagens SEM a comercialização de pacotes de viagens.
2) Configura defeito do serviço, a ausência de informação adequada e clara
pelas empresas aéreas e agências de viagem aos consumidores, quanto à necessidade de obtenção de visto (consular ou trânsito) ou de compra de passagem aérea de retorno ao país de origem para a utilização do serviço contratado.
3) A ausência de condições dignas de acessibilidade de pessoa com
deficiência ao interior da aeronave configura má prestação do serviço e enseja a responsabilidade da empresa aérea pela reparação dos danos causados (art. 14 da Lei n. 8.078/1990).
4) O atraso ou cancelamento de voo pela companhia aérea NÃO configura
dano moral presumido (in re ipsa), sendo necessária a demonstração, por parte do passageiro, da ocorrência de lesão extrapatrimonial.
5) É abusiva a prática comercial consistente no cancelamento unilateral e
automático de um dos trechos da passagem aérea, em virtude da não apresentação do passageiro para embarque no voo antecedente (no show), configurando dano moral.
6) As indenizações por danos morais envolvendo transporte aéreo
internacional de passageiros não estão submetidas à tarifação prevista nas normas e nos tratados internacionais, devendo-se observar, nesses casos, a efetiva reparação do consumidor preceituada pelo Código de Defesa do Consumidor - CDC.
7) As normas e os tratados internacionais limitadores da responsabilidade
das transportadoras aéreas de passageiros prevalecem sobre o Código de Defesa do Consumidor nas hipóteses de indenização por danos materiais.
8) Não é abusiva a cobrança de uma diária completa de 24 horas em
hotéis, pois os serviços de limpeza e organização do espaço de repouso estão abrangidos pelo contrato de hospedagem, razão pela qual a garantia de acesso aos quartos pelo período integral da diária não é razoável nem proporcional. Natural a previsão pelo estabelecimento hoteleiro, para permitir a organização de sua atividade e prestação de serviços com a qualidade esperada pelo mercado consumidor, de um período entre o check-out do anterior ocupante da unidade habitacional e o check-in do próximo hóspede, inexistindo ilegalidade ou abusividade a ser objeto de controle pelo Poder Judiciário.
9) O provedor de buscas de produtos voltado ao comércio eletrônico que
não realiza qualquer intermediação entre consumidor e vendedor não pode ser responsabilizado por vício de mercadoria ou inadimplemento contratual.
10) É válida a intermediação, pela internet, da venda de ingressos para
eventos culturais e de entretenimento mediante cobrança de "taxa de conveniência", desde que o consumidor seja previamente informado do preço total da aquisição do ingresso, com o destaque do valor da referida taxa.
EDIÇÃO N. 165: DIREITO DO CONSUMIDOR -
IX
1) A condenação por danos a mercadoria ou carga em transporte aéreo
internacional está sujeita aos limites previstos nas convenções e tratados internacionais, sendo inaplicável o Código de Defesa do Consumidor - CDC.
2) A depender do caso, o erro grosseiro de carregamento no sistema de
preços e a rápida comunicação ao consumidor podem afastar a falha na prestação do serviço e o princípio da vinculação da oferta.
3) A ausência de informação relativa ao preço, por si só, NÃO caracteriza
publicidade enganosa.
4) É possível o redirecionamento da condenação de veicular
contrapropaganda imposta a posto de gasolina matriz à sua filial, respondendo esta pela prática de propaganda enganosa ou abusiva ao consumidor (art. 60 da Lei n. 8.078/1990).
2. Ainda que possuam CNPJ diversos e autonomia administrativa e operacional, as
filiais são um desdobramento da matriz por integrar a pessoa jurídica como um todo.
3. Eventual decisão contrária à matriz por atos prejudiciais a
consumidores é extensível às filiais. 5) É abusiva a publicidade de alimentos direcionada, de forma explícita ou implícita, ao público infantil.
6) Constitui prática comercial abusiva e propaganda enganosa o
lançamento de dois modelos diferentes para o mesmo automóvel, no mesmo ano, ambos anunciados como novo modelo para o próximo ano.
7) Inexiste a obrigação legal de se inserir nos rótulos dos vinhos
informações acerca da quantidade de sódio ou de calorias (valor energético) presente no produto.
O artigo 2º da Lei nº 8.918/1994, que prevê o registro necessário
para a comercialização de bebidas, e o seu decreto regulamentador (Decreto nº 6.871/2009) não se aplicam às bebidas derivadas da uva.
8) A inserção de cartões informativos, inserts ou onserts, no interior das
embalagens de cigarros não constitui prática de publicidade abusiva apta a caracterizar dano moral coletivo, por não transmitir nenhum elemento de persuasão ao consumidor.
9) Configura dano moral coletivo in re ipsa a exploração de jogos de azar,
por constituir atividade ilegal da qual resultam relações de consumo que transcendem os interesses individuais dos frequentadores das casas de jogo.
Trata-se, na origem, de Ação Civil Pública, ajuizada pelo ora
agravante e pela União, em face da Federação Paulista de Damas e outros, visando obstar a realização de atividades relacionadas a jogos de bingo, mediante, entre outros pedidos, a interdição dos estabelecimentos e a imediata suspensão dessa atividade e de outras porventura relacionadas a jogos de azar, além do pedido de indenização por dano moral coletivo.
10) É abusiva, por falha no dever geral de informação ao consumidor (art.
6º, III, do CDC), cláusula de contrato de seguro limitativa da cobertura apenas a furto qualificado que deixa de esclarecer o significado e o alcance do termo técnico-jurídico específico e a situação referente ao furto simples.
11) Em ação redibitória, o consumidor que teve restituição do valor pago
pelo fornecedor deve devolver o bem considerado inadequado ao uso.
12) O estabelecimento comercial responde pela reparação de danos
sofridos pelo consumidor vítima de crime ocorrido no drive-thru. 13) Nos contratos de telecomunicação com previsão de permanência mínima, é abusiva a cobrança integral da multa rescisória de fidelização, que deve ser calculada de forma proporcional ao período de carência remanescente.