Young, C.G.K
Young, C.G.K
Young, C.G.K
APROVADA POR:
_____________________________________
CLÁUDIO BETTINI, UFRJ
_____________________________________
JORGE CARLOS DELLA FÁVERA, UERJ
_____________________________________
LEONARDO BORGHI, UFRJ
FEVEREIRO / 2003
FEBRUARY / 2003
RESUMO............................................................................................................. iii
ABSTRACT......................................................................................................... iv
AGRADECIMENTOS.......................................................................................... v
SUMÁRIO........................................................................................................... vi
LISTA DE FIGURAS........................................................................................... ix
LISTA DE ESTAMPAS....................................................................................... xi
LISTA DE TABELAS.......................................................................................... xv
1 INTRODUÇÃO................................................................................................. 1
1.1 Apresentação............................................................................................... 1
2 CONTEXTO GEOLÓGICO.............................................................................. 8
2.1 Generalidades.............................................................................................. 8
3 A FORMAÇÃO PIMENTEIRA......................................................................... 19
4 FUNDAMENTOS CONCEITUAIS.................................................................... 33
4.2.3 TEMPESTITOS.......................................................................................... 42
5 ANÁLISE ESTRATIGRAFICA......................................................................... 51
5.1 Fácies........................................................................................................... 51
6 CONCLUSÕES................................................................................................ 80
7 BIBLIOGRAFIA................................................................................................ 81
ANEXOS
Tabela 5.1 – Dados petrofísicos da fácies C1 (Pressão confinante: 1 atm; temperatura: 23oC).
Tabela 5.2 – Dados petrofísicos da fácies Ab (Pressão confinante: 1atm; temperatura: 23oC).
Contribuição à análise estratigráfica da Formação Pimenteira 1
Charles George K. Young
1 INTRODUÇÃO
1.1 Apresentação
Figura 1.1 – Mapa de localização da bacia do Parnaíba. O retângulo vermelho representa a área
estudada, onde a cor cinza representa o Grupo Serra Grande e a Formação Itaim e a cor bege, as
formações Pimenteira e Cabeças (mod. de CPRM, 2002).
Contribuição à análise estratigráfica da Formação Pimenteira 2
Charles George K. Young
2 CONTEXTO GEOLÓGICO
2.1 Generalidades
Adotou-se para este trabalho a proposta estratigráfica de Góes & Feijó (1994),
a mais recente publicada, a qual é baseada em dados de subsuperfície da Petrobrás
(Figura 2.2).
Distintamente de Góes & Feijó (1994), entende-se neste trabalho que a
entidade geológica chamada “bacia do Parnaíba” está representada apenas pelos
sedimentos paleozóicos correspondentes aos grupos Serra Grande, Canindé e
Balsas. Tais grupos tiveram seu desenvolvimento tectônico e sedimentar associado
à subsidência do embasamento da bacia dentro do contexto evolutivo do
Contribuição à análise estratigráfica da Formação Pimenteira 10
Charles George K. Young
O Grupo Serra Grande (sensu Góes et al., 1992 apud Góes & Feijó, 1994) é
dividido em três formações: Ipu, Tianguá e Jaicós. A Formação Ipu (Campbell, 1949
apud Góes & Feijó, 1994) é composta, predominantemente, de arenitos médios a
grossos e, secundariamente, por siltitos, folhelhos e diamictitos, tendo sido
depositada por rios entrelaçados com influência periglacial (Caputo & Lima, 1984
apud Góes & Feijó, 1994). Sua idade é eossiluriana. A Formação Tianguá
(Rodrigues, 1967 apud Góes & Feijó, 1994) consiste de folhelhos cinza, siltitos e
arenitos micáceos, depositados em paleoambiente marinho raso durante o Wenlock.
A Formação Jaicós (Plummer, 1946 apud Góes & Feijó, 1994) é composta por
arenitos médios a grossos e, eventualmente, pelitos, depositados em paleoambiente
fluvial entrelaçado durante o neossiluriano.
O Grupo Serra Grande tem seus contatos inferior, com o embasamento, e
superior, com o Grupo Canindé, em discordância erosiva.
O Grupo Canindé (sensu Góes et al., 1992 apud Góes & Feijó, 1994) está
dividido em cinco formações: Itaim, Pimenteira, Cabeças, Longá e Poti. A Formação
Itaim (Kegel, 1953 apud Góes & Feijó, 1994) é composta por arenitos finos
esbranquiçados e por folhelhos cinzas a pretos, depositados em paleoambientes
deltaicos e de plataforma, sob influência de correntes de tempestade, durante o
Eifeliano (Mesodevoniano). A Formação Pimenteira caracteriza-se por folhelhos
cinzas a pretos intercalados com finas camadas de areia fina. Esta formação, por ser
Contribuição à análise estratigráfica da Formação Pimenteira 11
Charles George K. Young
O Grupo Balsas (sensu Góes et al., 1993 apud Góes & Feijó, 1994) divide-se
em quatro formações: Piauí, Pedra de Fogo, Motuca e Sambaíba. A Formação Piauí
(Small, 1914 apud Góes & Feijó, 1994) denomina arenitos finos a médios bem
selecionados, conglomerados, folhelhos vermelhos e calcários esbranquiçados,
depositados em paleoambiente litorâneo árido, com idade Morrowano–Atokano
(Lima Filho, 1991 apud Góes & Feijó, 1994). A Formação Pedra de Fogo (Plummer,
1946 apud Góes & Feijó, 1994) caracteriza-se pela presença de sílex e de calcário
oolítico e pisolítico, intercalados com arenitos, folhelhos e anidrita. Sua idade é
eopermiana e seu paleoambiente deposicional é marinho raso a litorâneo com
presença de sabkhas, com eventual influência de tempestades. A Formação Motuca
(Plummer, 1946 apud Góes & Feijó, 1994) compõe-se de siltito avermelhado e
marrom, arenitos brancos, anidrita e raros calcários, depositados no Neopermiano
em ambientes continentais desérticos e lacustres. A Formação Sambaíba (Plummer,
1946 apud Góes & Feijó, 1994) consiste de arenitos médios a finos, bimodais, bem
selecionados, com estratificação cruzada de porte grande, característicos de um
Contribuição à análise estratigráfica da Formação Pimenteira 13
Charles George K. Young
Figura 2.3 – Distribuição dos elementos estruturais que definem os lineamentos Transbrasiliano e
Picos–Santa Inês (Cunha, 1986).
Contribuição à análise estratigráfica da Formação Pimenteira 15
Charles George K. Young
Figura 2.4 – Mapa índice dos grids sísmicos e poços exploratórios da bacia do Parnaíba (Milani &
Zalán, 1998).
Contribuição à análise estratigráfica da Formação Pimenteira 17
Charles George K. Young
Góes et al. (1993 apud Milani & Zalán, 1998) apontam como principal
sistema petrolífero o sistema Pimenteira–Cabeças (!), já sugerido anteriormente por
Góes et al. (1990), cuja geração de hidrocarbonetos dá-se nos folhelhos orgânicos
da Formação Pimenteira e os reservatórios, nos arenitos deltaicos da Formação
Cabeças. As rochas capeadoras seriam os folhelhos da Formação Longá (Mesner &
Wooldridge, 1964). O principal trapeamento é estrutural, podendo ocorrer também
acumulações associadas a pinch-outs dos arenitos da Formação Cabeças (Mesner
& Wooldridge, 1964). Góes et al. (1990) postulam a existência de um possível
sistema petrolífero siluriano, com a rocha geradora sendo os folhelhos da Formação
Tianguá e, os reservatórios, os conglomerados e arenitos das Formações Ipu e
Jaicós. Entretanto, já foram encontrados indícios de óleo e gás em situações
diferentes das citadas, como no poço 2-CP-1-MA (Capinzal), considerado uma jazida
subcomercial de gás natural, onde a acumulação se encontrava abaixo de uma
soleira de diabásio dentro da Formação Pimenteira (Figura 2.5).
Figura 2.5 – Seção sísmica interpretada mostrando trapeamento de gás (cor amarela) sob uma
soleira de diabásio no poço 2-CP-1-MA (mod. Petroli & Bressani, 1997 apud Milani & Zalán, 1998).
3 A FORMAÇÃO PIMENTEIRA
A) B)
Figura 3.1 – A) Proposta estratigráfica de Carozzi et al. (1975) para a bacia do Parnaíba. O Membro
Carolina (destacado) está localizado próximo à base da Formação Pimenteira. B) Mapa de
“clasticidade e ambiental” da parte superior do Membro Carolina. Observar que o Membro Carolina se
apresenta com um corpo de areias isolado em meio a folhelhos (Carozzi et al., 1975).
3.2.1 LITOLOGIAS
Lima & Leite, 1978). Entretanto, Lima & Leite (1978) notam que, localmente, o
contato superior com a Formação Cabeças pode ser discordante. Estes autores
descrevem o contato entre essas formações, na região de Anísio de Abreu (PI),
como nitidamente erosivo, devido à ocorrência de um conglomerado com 1,10 m de
espessura na base da Formação Cabeças, este contento blocos angulosos de
siltitos e folhelhos com até 30 cm de diâmetro. Tal camada repousa sobre superfície
ondulada e irregular desenvolvida sobre os folhelhos subjacentes da Formação
Pimenteira.
Oliveira & Barros (1976), em estudos na borda Leste da bacia, sugerem a
presença de diastemas no contato entre as formações Itaim e Pimenteira devido à
ocorrência de rochas carbonáticas, ferruginosas, oolíticas e fosfatadas, interpretadas
pelos autores como diagnósticas de pequenas taxas de sedimentação. Os mesmos
autores apontam também que, localmente, o contato entre as formações Cabeças e
Pimenteira se faz em discordância erosiva, visto a ocorrência de conglomerados
com seixos fosfáticos na base da Formação Cabeças, seixos estes que seriam
originários da Formação Pimenteira.
Figura 3.2 – Mapa de isópacas da Formação Pimenteira (Cunha, 1986). Observam-se dois eixos
deposicionais, de orientação NO–SE e NE–SO, onde a formação é mais espessa correspondendo a
influência dos lineamentos Picos–Santa Inês e Transbrasiliano, respectivamente.
Figura 3.3 – Perfil de referência de Albuquerque (2000) para a subdivisão da Seqüência Devoniana
em seqüências de terceira ordem (poço RB-1-MA). A Formação Pimenteira abrange da base da
seqüência C até a seqüência G, excluindo seu quinto final.
Contribuição à análise estratigráfica da Formação Pimenteira 27
Charles George K. Young
Figura 3.4 – Comparação entre os biozoneamentos da Europa Ocidental, ORS Continent e as bacias
do Amazonas e Parnaíba. (mod. Melo, 2002).
Figura 3.5 – Reconstrução paleogeográfica para o Emsiano/Eifeliano (Melo, 1988). As setas pretas
indicam as principais direções de aporte sedimentar e os números, importantes localidade fossilíferas
para esse intervalo do tempo. Observar que o autor postula uma conexão da bacia do Parnaíba com
as bacias do Paraná e Amazonas.
Figura 3.6 – Folhelhos radioativos da Formação Pimenteira no poço 1-PAF-7-MA (Rodrigues, 1995).
4 FUNDAMENTOS CONCEITUAIS
Figura 4.1 – Diagrama esquemático dos tratos de sistemas em bacias plataformais e de rampa (mod.
Cant, 1992).
Figura 4.2 – Modelo esquemático de regressões normais e forçadas. Em (a) e (b) temos regressão
normal em dois contextos diferentes (nível do mar estático ou subindo). Em (c) temos uma regressão
forçada devido a uma queda brusca do nível do mar. Notar como a linha de costa gerada por esse
evento fica desconectada da linha de costa anterior (mod. Posamentier et al., 1992).
Figura 4.3 – Representação esquemática do efeito de uma queda do nível do mar em plataformas em
rampa. A regressão forçada se inicia entre os tempos 3 e 4 e progride lentamente até antepraia,
íngreme, estar totalmente exposta (tempos 5 e 6). Após o tempo 6, a continuada da queda do nível
do mar resulta em rápida regressão à medida em a região do costa-afora, de baixo gradiente, é
exposta (mod. Posamentier et al., 1992).
Figura 4.4 – Perfil de uma plataforma marinha rasa ilustrando os elementos que a compõem
(antepraia, face de praia e costa-afora), assim como o nível base de ação de ondas de tempo bom e
tempestade e a área de ocorrência de algumas icnofácies. Notar que as ondas de tempo bom com
comprimento de onda L não conseguem agitar o fundo que esteja a profundidades maiores que L/2
(mod. Walker & Plint, 1992).
Figura 4.5 – Quando o vento sopra em direção à costa, cria-se uma sobrelevação costeira, que gera
como resposta um gradiente de pressão em direção ao mar (A). Esse gradiente gera uma corrente de
fundo que flui em direção ao mar mas que é defletida pelo efeito de Coriolis para fluir paralelo as
isóbatas, originando o fluxo (corrente) geostrófica (B). (Mod. Walker & Plint, 1992)
Figura 4.6 – Modelo de Walker (1984, mod.) no qual correntes de turbdidez iniciadas na plataforma
durante tempestades transportam sedimentos para costa-afora. Se tais sedimentos forem
depositados abaixo da ação de ondas de tempestade, preservam as características de um turbidito.
4.2.3 TEMPESTITOS
Figura 4.7 – A estratificação cruzada hummocky e suas principais características (mod. Walker, 1984)
Figura 4.8 – A estratificação cruzada swaley e suas principais características (mod. Walker, 1985
apud Borghi, 2002).
Decantação
Abaixo do Nível-base de Ação de Ondas
A3 C3
Decantação
Corrente Oscilatória
E
DT
F. Turbidítico X C. Unidirecional
DT
“ in situ “
CGR CGR
A1 B1 C1
A B C D
Corrente
Turbidez
TS/DT
DT-J DT
+ Unidirecional
C. Oscilatória
A2 B2 C2
Legenda:
(HCS-i) Erosão
Laminação cruzada
(HCS-a) ondulada
Laminação Estratificação cruzada “ Gutter cast “ Gradação
Estratificação cruzada catenária Cascalho
Estratificação cruzada plano-paralela Laminação cruzada Normal
de ângulo-alto monticulada (SCS) Marca de sola
de pequeno porte
Figura 4.9 – Modelo de Plexo Tempestítico de Borghi (2002a). Observam-se os tratos A-B-C-D (trato
de corrente de turbidez), A1-B1-C1-C2 (trato de fluxo turbidítico–oscilação) e A2-B2-C2 (trato de
corrente–oscilação) e a associação de fácies A3-C3-E. Nesse modelo as fácies ainda podem suceder-
se a partir dos tratos centrais (corrente de turbidez e fluxo turbidítico–oscilação), a partir de qualquer
ponto. CGR, coarse-grained ripple; DT, difusão turbulenta (transformação de fluxo); TC,
transformação de corpo (transformação de fluxo); TS, transformação de superfície (transformação de
fluxo); TG, transformação gravitacional (transformação de fluxo).
Figura 4.10 – Aspecto deposicional do trato de fluxo turbidítico–oscilação (fácies A1, B1, C1 e C2)
resultante de liquefação do substrato (Borghi, 2002a). Um, corrente meteorológica (induzida pela
tempestade) pouco afetando o substrato (tração); Um*, corrente unidirecional, de origem
meteorológica, mas amplificada por corrente trativa derivada de um fluxo turbidítico de baixa-
densidade (por transformação de fluxo); O, corrente oscilatória; N.M., nível do mar; N.B.A.O.,
nível base da ação de ondas de tempestade; ZU, zona de ultrapassagem.
(1992) – e que passa a atuar com as correntes oscilatórias. Nesse momento, então,
também é possível a combinação da corrente unidirecional derivada da destruição
do fluxo turbidítico com correntes unidirecionais de origem meteorológica agindo
sobre o fundo, tais como a geostrófica. Em tal situação é que se encadeia a
deposição da fácies C2, após uma zona de ultrapassagem.
Contribuição à análise estratigráfica da Formação Pimenteira 49
Charles George K. Young
5 ANÁLISE ESTRATIGRAFICA
5.1 Fácies
entende-se o porquê disso: as HCSs dessa fácies são amplos, com grande distância
entre as cristas (superior a 1 m), de forma que a observação pontual do flanco de um
hummocky pode gerar esta confusão.
Alternância de processos de
Arenitos muito finos e siltitos em
decantação e tração (dominante) de
acamamento flaser, com laminação
ASf sedimentos arenosos e siltosos,
cruzada por onda e/ou plano-
com reelaboração por onda e
paralela.
corrente.
Reelaboração de depósitos
Arenito muito fino argiloso,
Ab arenáceos e argilosos por
bioturbado.
organismos bentônicos.
Reelaboração do substrato em
Icnofácies Cruziana: Asterosoma paleoambiente marinho abaixo do
isp., Cylindrichnus isp., nível de ação de ondas de tempo
Ic
Palaeophycus isp., Planolites isp., bom, porém dentro do nível de base
Icnofácies
Reelaboração do substrato em
Icnofácies Zoophycos: Chondrites
paleoambiente marinho abaixo do
Iz isp., Helminthopsis isp., e
nível de base de ação de ondas de
Zoophycos isp.
tempestade.
Figura A – Aspecto maciço da base da fácies C1. Poço 1-CT-1-PI, profundidade de 14,30 m.
Figura C – Contato brusco nítido da base da fácies C1 com a fácies Ab. Poço 1-CT-1-PI, profundidade
de 10,25 m
Figura D – Parte maciça da fácies C1 contendo diminutos intraclastos de argila (seta). Poço
1-PM-6-PI, profundidade de 10,55 m.
Figura E – Intraclastos de siderita na parte maciça da fácies C1. Poço 1-VL-3-PI, profundidade de
41,50 m.
Figura F – Nódulos fosfáticos na parte maciça da fácies C1. Afloramento localizado 33 km ao norte de
da Cidade de Pimenteiras (PI). Afloramento JO-132 de Oliveira & Barros (1976).
ESTAMPA IB – Fácies C1
Figura G – Aspecto da fácies C1 em campo, em brusco contato com a fácies ASwl. Afloramento
localizado 49 km ao norte da Cidade de Pimenteiras (PI). Afloramento JO-61 de Oliveira & Barros
(1976).
Figura H – Aspecto em lâmina petrográfica da parte maciça da fácies C1 (nicóis //, escala = 75µ).
Notar a porosidade intergranular (em azul) e abundância de grãos de quartzo (branco). Poço
1-CT-1-PI, profundidade de 3,90 m.
Figura I – Aspecto em lâmina petrográfica da fácies C1 contendo intraclastos de siderita (nicóis //,
escala = 600µ). Notar como os poros próximos aos intraclastos estão obstruídos por siderita. Poço
1-VL-3-PI, profundidade de 41,40 m.
Contribuição à análise estratigráfica da Formação Pimenteira 55
Charles George K. Young
Permeabilidade Aspecto da
Amostra Porosidade (%)
Kar (mD) fácies
Figura C – Aspecto em lâmina petrográfica da fácies C2 (nicóis //, escala = 600µ). Notar filmes de
material mais finos que se alinham próximos à horizontal (seta). Poço 1-CT-1-PI, profundidade de
2,60 m.
Figura D – Aspecto em afloramento da fácies C2. Notar a superfície irregular que separa as fácies Ab
e C2 (seta). Afloramento na Serra do Alecrim, localizado 9 km ao sul da Cidade de São Miguel do
Tapuio (PI).
Contribuição à análise estratigráfica da Formação Pimenteira 57
Charles George K. Young
Figura A – Aspecto da fácies ASwl com Palaeophycus isp. (Pa). Poço 1-CT-2-PI, profundidade de
53,87 m.
Figura B – Aspecto da fácies ASwl exibindo laminação cruzada por onda. Poço 1-PM-10-PI,
profundidade de 40,60 m.
Figura C – Aspecto da fácies ASwl com Helminthopsis isp. (He) e índice de icnotrama 1. Poço 1-PM-
10-PI, profundidade de 55,80 m.
Figura D – Aspecto da fácies ASwl exibindo pequenos load casts. Poço 1-PM-10-PI, profundidade de
29,75 m.
Figura E – Aspecto da fácies ASwl exibindo bioturbações indistintas e índice de icnotrama 3. Poço
1-PM-10-PI, profundidade de 55,00 m.
ESTAMPA IV – Fácies ASf
Figura B – Aspecto da fácies ASf, mostrando alguns Planolites isp. (Pl), além de outras bioturbações
indistintas, em índice de icnotrama 2. Poço SM-IST-4, profundidade de 24 m.
Figura C – Aspecto da fácies ASf mostrando biotubações indistintas. Índice de icnotrama 1. Poço
1-VL-03-PI, profundidade de 47,65 m.
Figura E – Aspecto da fácies ASf mostrando bioturbações indistintas em índice de icnotrama 2. Poço
1-PM-10-PI, profundidade de 15,70 m.
Contribuição à análise estratigráfica da Formação Pimenteira 60
Charles George K. Young
Figura B – Aspecto da fácies E mostrando bioturbação por Chondrites isp. (Ch) e Helminthopsis isp.
(He). Índice de icnotrama 2. Poço SM-IST-4, profundidade de 21 m.
Figura D – Aspecto da fácies E mostrando bioturbação por Chondrites isp. (Ch) e Helminthopsis isp.
(He),com índice de icnotrama 2. Poço SM-IST-4, profundidade de 17,75 m.
Figura A – Aspecto da fácies Ab mostrando bioturbação por Palaeophycus isp (Pa). entre outras
indistintas, com índice de icnotrama 5. Poço 1-PM-6-PI, profundidade de 9,50 m.
Figura B – Aspecto da fácies Ab mostrando intensa bioturbação, com a presença Skolithos? isp (Sk),
entre outros icnofósseis indistintos, com índice de icnotrama 5. Poço 1-CT-1-PI, profundidade de
2,90 m.
Figura C – Aspecto da fácies Ab mostrando bioturbação por Palaeophycus isp. (Pa) e Asterosoma
isp. (As), entre outras indistintas. Índice de icnotrama 5. Poço 1-PM-6-PI, profundidade de 7,45 m
Figura D – Aspecto em afloramento da fácies Ab. Notar o aspecto rugoso dessa fácies, não
permitindo o reconhecimento de nenhum icnogênero; a superfície irregular que separa a fácies Ab de
C2 (seta inferior); e a superfície plana e nítida que separa a fácies C2 da fácies Ab (seta superior).
Afloramento na serra do Alecrim, localizado 9 km ao sul da Cidade de São Miguel do Tapuio (PI).
Figura E – Aspecto em lâmina petrográfica da fácies Ab (nicóis //, escala = 600µ). Observar a
obstrução das gargantas dos poros pela argila introduzida pelos organismos. Poço 1-CT-1-PI,
profundidade de 2,85 m.
Contribuição à análise estratigráfica da Formação Pimenteira 63
Charles George K. Young
Permeabilidade Aspecto da
Amostra Porosidade (%)
Kar (mD) fácies
Figura A – Aspecto da fácies FLH mostrando uma concreção de pirita em sua parte inferior. Poço
1-VL-3-PI, profundidade de 63,65 m.
Figura B – Aspecto da fácies FLH mostrando sua fissilidade. Poço 1-VL-3-PI, profundidade de
64,15 m.
Figura C – Aspecto da fácies FLH exibindo lâminas de silte intercaladas. Poço 1-PM-10-PI,
profundidade de 80,90 m
Figura D – Aspecto da fácies FLH, avermelhada devido à oxidação, mostrando uma concreção de
pirita em sua parte média. Poço 1-PM-10-PI, profundidade de 17,25 m
Figura E – Aspecto da fácies FLH exibindo lâminas de silte. Poço 1-CT-2-PI, profundidade de
11,40 m.
ESTAMPA VIII – Fácies Ic
Diagnose. – Caracteriza-se pela associação das fácies C1, C2, Ab e Ic, que ocorrem
apenas no intervalo chamado de arenito B da Formação Pimenteira. (Estampa X)
Interpretação. – Esta associação caracteriza bem um sistema deposicional de
plataforma marinha transicional a proximal, sob forte ação de tempestades (q.v.
Figura 4.1), onde fluxos turbidíticos transportam e depositam os sedimentos de
forma brusca e instantânea, os quais, imediatamente após depositados, são
reelaborados por uma associação de ondas de tempestades e correntes de fundo
(fácies C1 e C2).
Discussão. – Os depósitos desta associação de fácies se encaixam dentro do trato
de fluxo turbidítico–oscilação de Borghi (2002a) (q.v. Figura 4.9). Em períodos de
tempo-bom, organismos marinhos bentônicos se aproveitam dos sedimentos mais
distais, recém depositados e em ambiente de menor energia, para se alimentar,
fazer moradia etc (fácies Ab). A fácies Ic, intrinsecamente associada à fácies Ab,
denota a ação de organismos em ambiente de plataforma marinha abaixo ou
próximo do nível base de ação de ondas de tempo bom, colaborando para a
interpretação de que o intervalo do arenito B tenha sido depositado em uma
plataforma relativamente rasa. A sucessão típica de fácies na parte média e inferior
ESTAMPA IX – Fácies Iz
Figura D – Asterosoma isp. (As) e Chondrites isp. (Ch). Poço 1-CT-2-PI, profundidade de 29,55 m.
do arenito B consiste da fácies C1, sempre com base brusca e nítida, seguida da
fácies Ab. Entretanto, a fácies C1 pode ocorrer truncada por outra fácies C1. Na parte
superior ocorre uma intercalação das fácies C2 e Ab. A sucessão fáciológica do
arenito B está bem caracterizada no perfil do poço 1-CT-1-PI (Anexo 1) e em
afloramentos na Serra do Alecrim.
Diagnose. – Caracteriza-se pela associação das fácies E, FLH, ASwl, ASf e Iz. São
as fácies que encapsulam o arenito B. (Estampa XI)
Interpretação. – As fácies sedimentares desta associação caracterizam a
decantação de sedimentos em ambiente tranqüilo, provavelmente pouco oxigenado,
com pouca (fácies ASwl e ASf) ou quase nenhuma (fácies E e FLH) ação de
corrente ou onda. Correspondem ao paleoambiente de costa-afora (q.v. Figura 4.1).
Discussão. – As frações siltico-arenosas da associação de fácies 2 representam a
deposição de sedimentos postos em suspensão pelas ondas de tempestade ou
pelos turbiditos decorrentes da mesma, enquanto que os folhelhos e lamitos, contêm
a sedimentação de background marinho. De forma restrita, ocorrem sedimentos das
fácies C1, C2 e Ab em meio aos sedimentos dessa associação, possivelmente
representando um evento de tempestade muito forte. Esse tipo de associação,
principalmente quando associada à fácies Iz, indica ambiente marinho de costa-
afora, com água calma pouco oxigenadas, ambiente onde comumente ocorre
decantação de sedimentos. Pode ser bem observada no poço 1-VL-3-PI e em
afloramentos ao norte da Cidade de Pimenteiras.
Figura A – Aspecto da associação de fácies 2 no poço 1-VL-3-PI, caixa 11. (O topo estratigráfico
localiza-se no topo do testemunho mais à direita da caixa; comprimento vertical = 1 m)
Figura D – Superfície discordante (seta) em afloramento na estrada entre Pimenteira e São Miguel do
Tapuio, localizado 33 km ao norte da Cidade de Pimenteiras, PI (afloramento JO-132 de Oliveira &
Barros, 1976). Notar o contato brusco e plano entre as fácies C2 e ASwl. A base brusca e a
ocorrência de nódulos fosfáticos na base da fácies C2, são característicos da superfície discordante
que marca a base do arenito B.
ESTAMPA XIII – Superfície de inundação
Figura 5.1 – Seção de correlação estratigráfica dos poços estudados. Notar o padrão em caixa do
perfil de raios gama da associação de fácies 1, sua tabularidade, continuidade lateral (superior a 130
km) e as superfícies transgressiva e discordante. A curva azul representa o perfil de raios gama, que
aumenta para a esquerda. O datum de correlação corresponde à superfície de inundação.
Contribuição à análise estratigráfica da Formação Pimenteira 77
Charles George K. Young
6 CONCLUSÕES
7 BIBLIOGRAFIA
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ANEXO 1
Perfil estratigráfico do poço 1-CT-1-PI
Escala 1:100
ANEXO 2
Perfil estratigráfico do poço 1-PM-6-PI
Escala 1:100
ANEXO 3
Perfil estratigráfico do poço 1-PM-10-PI
Escala 1:100