Do CIVIL
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Sumário:
Sucessões ----------------------------------------------------------------- 08
Contratos ------------------------------------------------------------------ 10
Direito das Coisas --------------------------------------------------------- 15
Responsabilidade Civil ---------------------------------------------------- 20
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juiz
nulidade
interessada prejudicada
Imprescritível
prazo
A ação é desconstitutiva ou constitutiva
A ação é declaratória
negativa
Vícios de Consentimento
A) Erro: É quando a pessoa que declara a
sua vontade, se engana sozinha (sem
indução por parte de terceiro) a respeito de
um dos elementos essenciais do negócio
jurídico. O erro deve ser essencial para
configurar a
nulidade.
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Art. 142 do Código Civil: O erro de Art. 151 do Código Civil: A coação, para
indicação da pessoa ou da coisa, a que se viciar a declaração da vontade, há de ser
referir a declaração de vontade, não viciará tal que incuta ao paciente fundado temor
o negócio quando, por seu contexto e pelas de dano iminente e considerável à sua
circunstâncias, se puder identificar a coisa pessoa, à sua família, ou aos seus bens.
ou pessoa cogitada. Parágrafo único. Se disser respeito a
Art. 143 do Código Civil: O erro de cálculo pessoa não pertencente à família do
apenas autoriza a retificação da paciente, o juiz, com base nas
declaração de vontade. circunstâncias, decidirá se houve coação.
Art. 144 do Código Civil: O erro não Art. 154 do Código Civil: Vicia o negócio
prejudica a validade do negócio jurídico jurídico a coação exercida por terceiro, se
quando a pessoa, a quem a manifestação dela tivesse ou devesse ter conhecimento a
de vontade se dirige, se oferecer para parte a que aproveite, e esta responderá
executá-la na conformidade da vontade solidariamente com aquele por perdas e
real do manifestante. danos.
Art. 145 do Código Civil: São os negócios Art. 155 do Código Civil: Subsistirá o negócio
jurídicos anuláveis por dolo, quando este jurídico, se a coação decorrer de terceiro,
for a sua causa. sem que a parte a que aproveite dela
Art. 146 do Código Civil: O dolo acidental só tivesse ou devesse ter conhecimento; mas o
obriga à satisfação das perdas e danos, e é autor da coação responderá por todas as
acidental quando, a seu despeito, o negócio perdas e danos que houver causado ao
seria realizado, embora por outro modo. coacto.
Art. 147 do Código Civil: Nos negócios
jurídicos bilaterais, o silêncio intencional de
uma das partes a respeito de fato ou
qualidade que a outra parte haja ignorado, Obrigações
constitui omissão dolosa, provando-se que
sem ela o negócio não se teria celebrado. A obrigação consiste na relação jurídica
Art. 148 do Código Civil: Pode também ser que, unindo dois ou mais sujeitos, faz com
anulado o negócio jurídico por dolo de que um tenha o dever de adimplir uma
terceiro, se a parte a quem aproveite dele prestação em benefício de outro.
tivesse ou devesse ter conhecimento; em
caso contrário, ainda que subsista o
negócio jurídico, o terceiro responderá por
todas as perdas e danos da parte a quem
Obrigação de dar coisa certa
ludibriou.
Art. 149 do Código Civil: O dolo do Perda total ou perecimento
representante legal de uma das partes só Sem culpa do devedor Antes da tradição:
obriga o representado a responder O contrato resolve-se para ambas as
civilmente até a importância do proveito partes. Devolve-se o que já foi pago pelo
que teve; se, porém, o dolo for do credor, regressando-se as partes ao status
representante convencional, o quo ante.
representado responderá solidariamente
com ele por perdas e danos. Perda total ou perecimento
Art. 150 do Código Civil: Se ambas as partes Com culpa do devedor Antes da tradição:
procederem com dolo, nenhuma pode
Resolve-se a obrigação, devolve-se o que já
alegá-lo para anular o negócio, ou
foi pago e há pagamento de
reclamar indenização.
perdas e danos pelo
culpado.
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Obrigação de fazer
- Vícios jurídicos.
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Compensação
Há a extinção da obrigação por ocorrer
Consignação em pagamento uma atração de direitos opostos, ou seja,
credor e devedor têm ao mesmo tempo
Diante da recusa injustificada do credor em créditos e débitos um para com o outro.
receber, da dúvida do devedor quanto a
quem deve se pagar ou da dificuldade em
realizar esse pagamento, é possível utilizar-
se do procedimento de consignação.
Sob-rogação
Ocorre o pagamento satisfazendo-se os
interesses do credor. Neste sentido, aquele
que pagou será transferido para a posição
do credor originário, para que possa
Terceiro interessado
exercer o seu direito de sub rogado contra O terceiro interessado que paga irá se sub-
o devedor que nada desembolsou. rogar no direito de credor originário.
Atenção! O terceiro interessado, por ter
Imputação interesse jurídico, é legitimado ativo para a
consignação em pagamento.
Ocorre quando houver mais de uma dívida,
de igual natureza, estabelecida entre os Terceiro não interessado
mesmos credores e os mesmos devedores,
será necessário que este último, ao oferecer - Se o pagamento foi em nome próprio, o
a prestação em pagamento, indique qual terceiro terá direito de reembolso, mas não
dívida está a saldar naquele momento. Esse se sub-rogará nos direitos do credor.
direito de imputar pertence ao devedor. - Se o pagamento for feito em nome do
Todavia, se não o exercer, tal direito devedor, considera-se que o terceiro fez
passará ao credor, que o exercerá por uma doação indireta (e o devedor pode
declaração na quitação. recusar a doação). Somente se pagar em
nome do devedor e se o devedor se recusar
Dação em pagamento
é que ele poderá ingressar com a
consignação em pagamento.
Ocorre quando o credor não é obrigado a
receber objeto diverso daquele que fora
pactuado. Contudo, se consente em receber
coisa diversa daquela que fora pactuada. Mora
Efeitos:
Novação a) O devedor deverá reparar todos os
Ocorre a partir da criação de uma nova prejuízos a que sua mora deu causa, além
obrigação, substancialmente diversa da de juros moratórios, correção monetária e
anterior, com a finalidade de extinguir a honorários advocatícios.
primeira. b) O devedor em mora responde até pelo
caso fortuito ou força maior, se esses
eventos venham a ocorrer durante o
período da mora. Contudo, não haverá
responsabilidade, se ficar comprovado
que ocorreria de qualquer forma.
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Atenção! O fato de ter o sujeito renunciado Contrato com pessoa a declarar: ocorre
à herança de uma pessoa não a impede de quando uma das partes reserva-se à
representá-la na sucessão de outra. faculdade de indicar a pessoa que deve
Atenção! Na falta de irmãos, herdarão os adquirir os direitos e assumir as
filhos destes (sobrinhos) e, não os havendo, obrigações dele decorrente.
os tios. g) Boa-fé objetiva: é a exigência de
conduta leal, honesta e íntegra dos
contratantes.
h) Função social do contrato: é um limite à
Contratos autonomia da vontade, pois entende-se que
o contrato não deve ser interpretado
somente de acordo com aquilo que foi
Princípios assinado pelas partes, mas sim levando-se
a) Autonomia da vontade: os sujeitos são em conta a realidade social que o circunda.
livres para contratar ou não, para escolher Atenção! Nas relações contratuais privadas
com quem contratar, para dispor sobre o prevalecerá o princípio da intervenção
conteúdo do contrato e para exigir o seu mínima do Estado, por qualquer dos seus
cumprimento. poderes, e a revisão contratual
b) Consensualismo: o acordo de vontades é determinada de forma externa às partes
o suficiente para gerar a validade do será excepcional.
contrato.
c) Obrigatoriedade dos contratos: as
estipulações feitas no contrato deverão ser
fielmente cumpridas, sob pena de execução
patrimonial conta o inadimplente.
d) Revisão do contratos: nos contratos de
execução sucessiva, havendo onerosidade
excessiva das prestações, oriunda de
acontecimento extraordinário e alheio aos
contratantes à época da celebração
contratual, o lesado poderá pedir a revisão
contratual.
e) Supremacia da ordem pública: trata-se
da necessidade de intervenção da ordem Vício Redibitório
pública nos negócios privados para Ocorre quando o contrato é cumprido de
promover equilíbrio nas situações de maneira imperfeita, pois a coisa tem um
desigualdade fática. defeito oculto que a torna imprópria ao uso
f) Relatividade dos efeitos dos contratos: o a que se destina ou que tenha o seu valor
contrato vincula apenas as partes que nele patrimonial diminuído em razão deste vício.
intervierem, não aproveitando e nem Requisitos para constatar a existência do
prejudicando terceiros. Exceções: vício redibitório no contrato:
Estipulação em favor de terceiro: ocorre a) coisa recebida em virtude de contrato
quando um terceiro que não é parte no comutativo ou de doação com encargo;
contrato é beneficiado por seus seus b) defeitos ocultos e graves, prejudiciais à
efeitos, podendo exigir o seu sua utilização ou diminuição de valor,
adimplemento. existentes desde a celebração do contrato.
Promessa de fato de terceiro: ocorre
quando uma pessoa promete que
determinada conduta seja praticada por
outrem, sob pena de responsabilização
civil.
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Evicção
Ocorre com a perda da coisa através de
decisão judicial ou administrativa fundada
em motivo jurídico anterior e por meio da
qual a coisa é conferida a outrem, que é o
verdadeiro dono.
Requisitos da evicção: Espécies de Contratos
a) contrato oneroso; (Principais)
b) perda de propriedade, posse ou uso do
Compra e venda Neste contrato, um dos
bem;
contratantes se obriga a transferir o
c) a causa da evicção deve ser anterior ao
domínio de certa coisa, e o outro, pagar-lhe
contrato;
certo preço em dinheiro.
d) sentença ou decisão administrativa que
Caraterísticas: bilateral, oneroso,
atribua o bem a terceira pessoa;
consensual, informal, exceto se for imóvel.
e) denunciação da lide.
Atenção! É anulável a venda de ascendente
Evicção parcial: o prejudicado poderá a descendente, salvo se os outros
resolver o contrato, desfazendo-o, ou descendentes e o cônjuge do alienante
postular o abatimento do preço. expressamente houverem consentido.
Evicção total: o evicto pode pedir a Hipóteses de venda de imóveis:
resolução do contrato, a restituição integral a) Ad corpus: ocorre com a individualização
do preço e a indenização em perdas e das características e confrontações do bem.
danos. Pode ou não haver determinação da área, e
caso ocorra, será meramente enunciativa.
Não é necessária declaração expressa.
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Passagem de cabos e tubulaçõees pelos prédios superiores.
Art. 1.286 do Código Civil: Mediante
recebimento de indenização que atenda,
também, à desvalorização da área
remanescente, o proprietário é obrigado a
tolerar a passagem, através de seu imóvel,
de cabos, tubulações e outros condutos
subterrâneos de serviços de utilidade
pública, em proveito de proprietários Limites entre prédios e direito de tapagem
vizinhos, quando de outro modo for O proprietário tem direito a cercar, murar,
impossível ou excessivamente onerosa. valar ou tapar de qualquer modo o seu
Art. 1.286, § único, do Código Civil: O prédio, urbano ou rural, e pode constranger
proprietário prejudicado pode exigir que a o seu confinante a proceder com ele à
demarcação entre os dois prédios, a
instalação seja feita de modo menos
aviventar rumos apagados e a renovar
gravoso ao prédio onerado, bem como, marcos destruídos ou arruinados,
depois, seja removida, à sua custa, para repartindo-se proporcionalmente entre os
outro local do imóvel. interessados as respectivas despesas.
Art. 1.287 do Código Civil: Se as instalações
oferecerem grave risco, será facultado ao Direito de construir
O proprietário pode levantar em seu
proprietário do prédio onerado exigir a
terreno as construções que lhe aprouver,
realização de obras de segurança. salvo o direito dos vizinhos e ps
regulamentos administrativos. Contudo, é
Águas
defeso abrir janelas, ou fazer eirado,
Art. 1.288 do Código Civil: O dono ou o
terraço ou varanda, a menos de metro e
possuidor do prédio inferior é obrigado a meio do terreno vizinho. Na zona rural, não
receber as águas que correm naturalmente será permitido levantar edificações a menos
do superior, não podendo realizar obras de três metros do terreno vizinho.
que embaracem o seu fluxo; porém a
Condomínio
condição natural e anterior do prédio
Art. 1.315 do Código Civil: O condômino é
inferior não pode ser agravada por obras
obrigado, na proporção de sua parte, a
feitas pelo dono ou possuidor do prédio concorrer para as despesas de conservação
superior. ou divisão da coisa, e a suportar os ônus a
Art. 1.289 do Código Civil: Quando as águas, que estiver sujeita.
artificialmente levadas ao prédio superior, Art. 1.315, § único, do Código Civil:
ou aí colhidas, correrem dele para o Presumem-se iguais as partes ideais dos
condôminos.
inferior, poderá o dono deste reclamar que
Art. 1.318 do Código Civil: As dívidas
se desviem, ou se lhe indenize o prejuízo
contraídas por um dos condôminos em
que sofrer. proveito da comunhão, e durante ela,
Art. 1.289, § único, do Código Civil: Da obrigam o contratante; mas terá este ação
indenização será deduzido o valor do regressiva contra os demais.
benefício obtido. Art. 1.340 do Código Civil: As despesas
Art. 1.290 do Código Civil: O proprietário de relativas a partes comuns de uso exclusivo
de um condômino, ou de alguns deles,
nascente, ou do solo onde caem águas
incumbem a quem delas se serve.
pluviais, satisfeitas as necessidades de seu
consumo, não pode impedir, ou desviar o
curso natural das águas remanescentes
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Art. 1.381 do Código Civil: As obras a que se V - pela destruição da coisa, guardadas as
refere o artigo antecedente devem ser disposições dos arts. 1.407, 1.408, 2ª parte, e
feitas pelo dono do prédio dominante, se o 1.409;
contrário não dispuser expressamente o VI - pela consolidação;
título. VII - por culpa do usufrutuário, quando
Art. 1.383 do Código Civil: O dono do prédio aliena, deteriora, ou deixa arruinar os bens,
serviente não poderá embaraçar de modo não lhes acudindo com os reparos de
algum o exercício legítimo da servidão. conservação, ou quando, no usufruto de
Art. 1.384 do Código Civil: A servidão pode títulos de crédito, não dá às importâncias
ser removida, de um local para outro, pelo recebidas a aplicação prevista no
dono do prédio serviente e à sua custa, se parágrafo único do art. 1.395;
em nada diminuir as vantagens do prédio VIII - Pelo não uso, ou não fruição, da coisa
dominante, ou pelo dono deste e à sua em que o usufruto recai (arts. 1.390 e 1.399).
custa, se houver considerável incremento
da utilidade e não prejudicar o prédio
serviente.
Art. 1.386 do Código Civil. As servidões Responsabilidade Civil
prediais são indivisíveis, e subsistem, no
Elementos
caso de divisão dos imóveis, em benefício de
cada uma das porções do prédio
dominante, e continuam a gravar cada uma a) Conduta humana: consiste na ação ou na
das do prédio serviente, salvo se, por omissão do agente imputável, ou seja, é o
natureza, ou destino, só se aplicarem a ato da pessoa que causa dano ou prejuízo
certa parte de um ou de outro. a outrem. Se caracteriza pela
voluntariedade.
Usufruto b) Nexo de causalidade: consiste no elo
Ocorre quando o proprietário confere a entre o ato lesivo e o dano sofrido.
alguém, durante determinado tempo, a
possibilidade de usar e colher frutos, sem
alterar a substância.
Art. 1.402 do Código Civil: O usufrutuário
não é obrigado a pagar as deteriorações
resultantes do exercício regular do
usufruto.
Art. 1.403 do Código Civil: Incumbem ao c) Culpa: na responsabilidade objetiva é
usufrutuário: desnecessário a comprovação de culpa.
I - as despesas ordinárias de conservação Desta forma, não se considera um elemento
dos bens no estado em que os recebeu; essencial, mas sim, um pressuposto.
II - as prestações e os tributos devidos pela 1. Negligência: é a inobservância ao dever
posse ou rendimento da coisa usufruída. de atenção. Caracteriza-se pela
Art. 1.410 do Código Civil: O usufruto desatenção ou falta de cuidado ao
extingue-se, cancelando-se o registro no exercer determinado ato.
Cartório de Registro de Imóveis: 2. Imprudência: é revestida de má-fé, pois
I - pela renúncia ou morte do usufrutuário; existe dolo, mesmo que que não seja a
II - pelo termo de sua duração; vontade direta do autor. o agente
III - pela extinção da pessoa jurídica, em assume o risco.
favor de quem o usufruto foi constituído, ou, 3. Imperícia: é a falta de técnica
se ela perdurar, pelo decurso de trinta anos ou de conhecimento que
da data em que se começou a exercer; o agente deveria ter.
IV - pela cessação do motivo de que se
origina;
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Art. 950 do Código Civil: Se da ofensa d) Caso fortuito ou força maior: ocorre
resultar defeito pelo qual o ofendido não quando uma determinada situação gera
possa exercer o seu ofício ou profissão, ou consequências com efeitos imprevisíveis e
se lhe diminua a capacidade de trabalho, a impossíveis de evitar ou impedir, afastando
indenização, além das despesas do a responsabilidade civil.
tratamento e lucros cessantes até ao fim da e) Culpa exclusiva da vítima: consiste na
convalescença, incluirá pensão exclusiva atuação culposa da vítima que
correspondente à importância do trabalho tem o condão de quebrar o nexo de
para que se inabilitou, ou da depreciação causalidade, eximindo-se o agente da
que ele sofreu. responsabilidade civil.
Art. 950, § único, do Código Civil: O Artigos importantes:
prejudicado, se preferir, poderá exigir que Art. 936 do Código Civil: O dono, ou
a indenização seja arbitrada e paga de detentor, do animal ressarcirá o dano por
uma só vez. este causado, se não provar culpa da vítima
ou força maior.
Excludentes de responsabilidade
civil
Consiste nas ocasiões em que, mesmo
havendo os requisitos para caracterização
de responsabilidade civil, o agente não será
obrigado a indenizar ou terá a indenização
compartilhada com a própria vítima.
a) Estado de necessidade: é quando a
agressão a um direito alheio, de valor
jurídico igual ou inferior àquele que se Art. 937 do Código Civil: O dono de edifício
pretende proteger, ocorre para remover um ou construção responde pelos danos que
perigo iminente, quando as circunstância resultarem de sua ruína, se esta provier de
do fato não autorizam outra forma de falta de reparos, cuja necessidade fosse
atuação. manifesta.
b) Legítima defesa: é quando o indivíduo Art. 938 do Código Civil: Aquele que habitar
encontra-se diante de uma situação atual prédio, ou parte dele, responde pelo dano
ou iminente de injusta agressão, dirigida a proveniente das coisas que dele caírem ou
si ou a terceiro, que não é obrigado a forem lançadas em lugar indevido.
suportar. Art. 945 do Código Civil: Se a vítima tiver
Atenção! Neste caso, se o agente, concorrido culposamente para o evento
exercendo esta prerrogativa de defesa, danoso, a sua indenização será fixada
atinge terceiro inocente, terá de indenizá- tendo-se em conta a gravidade de sua
lo, cabendo-lhe, ação regressiva contra o culpa em confronto com a do autor do
verdeiro agressor. dano.
c) Exercício regular do direito: se o agente
atuar no exercício regular de um direito
reconhecido, não poderá haver
responsabilidade civil. Contudo, se o sujeito
extrapola os limites, configura-se o abuso
de direito, o que materializa um ato ilícito,
desautorizando a exclusão da
responsabilidade.
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