Antropologia 1
Antropologia 1
Antropologia 1
O autor começa seu texto com uma indagação. Como devemos viver? Para ele essa é uma
questão inerente ao ser humano e que não existe uma maneira mais certa ou errada de viver.
Que todo viver influência na coletividade e é influenciada por ela.
Ele nos leva a pensar na antropologia como forma de aprender a viver através da observação
de todos os habitantes do mundo. Mas essa observação deve está livre de preconceitos. Para
tentar encontrar uma forma de viver que possa ser vivida em qualquer circunstância. Para
encontrar essa forma de viver ele vem refazer a antropologia para o futuro, procurando apoio
na antropologia do passado.
Ingold faz uma crítica a filosofia, pois para ele, os filósofos estão mais voltados para dentro de
si ou estudando pensadores brancos mortos. Ele fala que a antropologia é a filosofia com as
pessoas dentro. Pois nas palavra do autor: Os antropólogos, ao contrário, praticam a sua
filosofia no mundo. Eles estudam – sobretudo por meio de um envolvimento profundo na
observação, no diálogo e na prática participativa – com os povos entre os quais eles elegem
trabalhar. A escolha depende das experiências e dos interesses particulares, mas em princípio,
poderia ser qualquer povo, em qualquer lugar. Pg 8
O autor apresenta uma linha de pensamento que fala que entramos na era histórica terrestre:
antropoceno. Em que o mundo e os povos vem passando por grandes sofrimentos sociais e
ambientais por causa das ações humanas. Ações que enriqueceram poucos e deixaram muitos
em situações calamitosas. E que não adianta ficar procurando no passado uma forma de
explicar e corrigir. Mas que devemos ficar atento para as formas de ser das pessoas e procurar
soluções mais assertivas. E que essas soluções tem que está voltada para esse mundo e não na
procura de novos planetas. Pois esse mundo é o único que de fato temos.
Ele nos faz perceber que a solução para os problemas que enfrentamos no mundo não será
encontrada se não aprendermos a levar o outro a sério. E que o outro não pode ser feito
apenas como um fornecedor de dados para uma pesquisa. Mas que o antropólogo deve
permitir-se construir o seu saber junto com o outro. Assim como não vamos a sala de aula
apenas para coletar conhecimento mais para construir, junto com professor, o saber (a
sabedoria).
Esse modo de fazer antropologia, ele chamou de observação participativa. E essa observação
demanda tempo, pois o que se observa não se dá de forma induzida, mas acontece
naturalmente em momentos imprevistos. E o antropólogo deve está sensível para perceber o
momento de se adquirir sabedoria, através da organização dos conhecimentos que o outro
transmite.
Outro ponto que o antropólogo deve está atendendo, é de não deixar que aquilo que ele
acredita ser uma norma inquestionável o atrapalhe em levar o outro a sério, pois essa postura
de se esnobar algo, só pelo fato de lhe parecer estranho o impede de criar outras formas de
saber.
Em aulas anteriores estudamos um texto de Laraia e com ele percebemos que no homem não
existem formas de ser que se formam devido às características físicas, ambientais ou
geográficas de uma pessoa. Mas que as formas de ser estão ligadas às culturas.
INGOLD, Tim. Levar os outros a serio. In Antropologia para que .pdf
Então, partindo desse ponto, podemos pensar que, o que Ingold nos propõe é, criar novas
formas de ser, a partir da observação de outras culturas. E assim ir adquirindo para si um novo
jeito de ser, mais adequado para a manutenção do mundo. E que esse mundo possa está
aberto para receber todas as formas de ser.