Artigo Faveni de Diogo Araújo
Artigo Faveni de Diogo Araújo
Artigo Faveni de Diogo Araújo
______________________________________________
¹Pós graduando em Neuropsicopedagogia. Email: guinhoasafe1@hotmail.com
1 INTRODUÇÃO
Estudos revelam que são muitas as razões pelas quais a criança não aprende
na escola e também inúmeras classificações dos problemas de aprendizagem.
A delimitação do tema deu-se a partir do entendimento de que através dos
trabalhos o fracasso escolar foi associado ao déficit intelectual. Décadas depois a
carência cultural foi a explicação mais aceita pelos especialistas. Esses problemas
uma vez detectado, cabe ao educador verificar a sua metodologia em sala de aula
para que possa vir a colaborar com o processo de ensino aprendizagem para os
discentes, nesse caso, a verificação ocorrerá tanto para as crianças que não
apresentam “problema” algum como também para os que tem algum tipo dificuldade,
essa revisão metodológica servirá para atender as duas clientelas.
No decorrer deste artigo, serão comparadas as diversas opiniões de
pensadores, o que acham, suas teorias e argumentações de como o educador deve
trabalhar com um disléxico em sala de aula.
O termo dislexia foi definido pelo o médico alemão, Rudolf Berlin, de Stuttgart,
para se referir ao que considera uma forma especial de cegueira verbal em adultos
que perderam a capacidade de ler depois de uma determinada lesão cerebral.
Ao longo do último ano surgiram vários projetos de lei com o objetivo de
identificar e tratar supostos casos de dislexia em vários cidades e estados
brasileiros.
A comunidade escolar será beneficiada com este estudo observando as
principais considerações sobre a dislexia/TDAH virou um imenso guarda-chuvas,
onde cabem todas as mazelas da escola. Dentre as definições mais citadas,
encontra-se o termo “dificuldade” relacionado aos problemas de ordem
psicopedagógica e sociocultural.
O problema não está centrado apenas no aluno, sendo uma visão de cunho
preventivo, como os atrasos no desempenho escolar por falta de interesse,
inadequação metodológica ou mudança no padrão de exigência na escola, isto é,
alterações normais, que foram consideradas no passado como alterações
patológicas e, atualmente, são vistas como parte do processo. (JARDINI, 2003,
p.23).
2 DESENVOLVIMENTO
“Há uma discrepância inesperada entre seu potencial para aprender e seu
desempenho escolar”.(JARDINI, 2003, p.36). Isso quer dizer que, apesar de
condições adequadas para a aprendizagem, capacidade cognitiva apropriada e
oportunidade sociocultural, a criança disléxica falha no processo da linguagem.
Os distúrbios de aprendizagem por sua vez, são segundo Moreira (2004,
p.27) assim definido:
Os distúrbios de aprendizagem são diagnosticados quando os
resultados do indivíduo em testes padronizados e
individualmente administrados de leitura, matemática ou
expressão escrita estão substancialmente abaixo do esperado
para sua idade, escolarização e nível de inteligência.
(MOREIRA, 2004, p.27)
Então vemos que o “nome” dislexia pode, muitas vezes, rotular a criança,
estigmatizando-a como um problema a ser resolvido e, como consequência, para
enfrentar muitas dificuldades, decorrentes desta discriminação.
Para quem exerce o magistério, não se pode colocar “rótulos”, ao assumir
esta profissão, o indivíduo se propôs a honrar com aquilo que lhe é atribuído, formar
cidadãos de paz e de bem, críticos, responsáveis e que possam desenvolver a sua
profissão posteriormente. Assumido este compromisso, não se pode está
escolhendo a “quem educar”, mas aceitar e ajudar a todos que estão ali dentro do
ambiente escolar, visto alguma dificuldade apresentada por uma criança, procurar
conhecer a história de vida dela seria o primeiro passo, seja dislexia ou outro tipo de
dificuldade. Segundo JARDINI, (2003, p.54) a dislexia:
É um dos muitos distúrbios de aprendizagem. É um distúrbio
específico da linguagem de origem constitucional caracterizado
pela dificuldade em decodificar palavras simples. Mostra uma
insuficiência no processo fonológico. Estas dificuldades na
decodificação de palavras simples não são esperadas em
relação à idade. Apesar de instrução convencional, adequada
inteligência, oportunidade sociocultural e ausência de distúrbios
cognitivos e sensoriais fundamentais, a criança falha no
processo da aquisição da linguagem. A dislexia é apresentada
em várias formas de linguagem, frequentemente incluídas nos
problemas de leitura, em aquisição e capacidade descrever e
soletrar.(JARDINI, 2003, p.54)
Como já foi dito, o sucesso na sala de aula pode exigir uma série de
intervenções. A maioria destas crianças pode permanecer na classe regular, com
pequenas intervenções no ambiente estrutural da escola, modificação de currículo e
estratégias adequadas à situação. Somente crianças com problemas muito mais
sérios podem exigir sala de aula especial.
A aprendizagem não depende apenas de habilidades individuais. Ela está
submetida em alto grau, a condições sociais e educacionais, que, se não
forem suficientemente favoráveis e apropriadas, podem tornar a criança
analfabeta ou oferecer-lhe um precário domínio da língua escrita. Isso quer
dizer que, para aprender a ler e a escrever necessita de uma série de
condições favoráveis, como: o contexto sociocultural, o contexto
educacional, as habilidades individuais, e a escola fica responsável pelo
conhecimento sistematizado e contextualizado estabelecendo uma ponte
entre a escola e a sociedade.(ZORZI, 2001, p.78).
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao término deste estudo, foi visto uma série de argumentos que diagnosticava
um disléxico e mostrou alternativas para ter um bom resultado, dependendo de
como trabalhar essas alternativas e podendo iniciar nos processos educacionais,
pois qualquer distúrbio de linguagem apresentado pela criança é tachado como
dislexia, tanto pelos pais como educadores.
Sobretudo, é necessário rever esse quadro para que haja uma parceria entre
escola e família.
Após a realização deste artigo, percebemos a imensa responsabilidade do
educador para com o educando, ainda mais quando este tem necessidades
educacionais especiais.
4 REFERÊNCIAS
.VARELA. Drauzo Varela, Opinião. Como tratar crianças com dislexia. Disponível
em:http://drauziovarella.com.br/crianca-2/dislexia/
Acesso em: 02 de jul de 2021.