Av2 História Lima
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ENSINO MÉDIO
TRABALHO DE HISTÓRIA
NOVA REPÚBLICA ATÉ O GOVERNO FHC
SÃO PAULO
2023
COLÉGIO PASCHOAL DANTAS
ENSINO MÉDIO
TRABALHO DE HISTÓRIA
NOVA REPÚBLICA ATÉ O GOVERNO FHC
SÃO PAULO
2023
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO……………………………………………………………
2. REDEMOCRATIZAÇÃO DO BRASIL…………………………………………..
3. GOVERNO JOSÉ SARNEY (1985-1990)
3.1 Redemocratização…………………………………………..
3.2 Morte de Tancredo Neves…………………………………………..
3.3 Principais acontecimentos…………………………………………..
3.4 Constituição de 1988…………………………………………..
3.5 Plano Cruzado…………………………………………..
4. ELEIÇÕES DE 1989………………………………………………………………
5. GOVERNO FERNANDO COLLOR DE MELLO (1990-1992)
5.1 Biografia de Collor…………………………………………..
5.2 Governo Collor…………………………………………..
5.3 Plano Collor…………………………………………..
5.4 Corrupção…………………………………………..
5.5 Impeachment…………………………………………..
5.6 Julgamento…………………………………………..
6. GOVERNO ITAMAR FRANCO (1992-1994)
6.1 Como funcionou o Governo Itamar Franco…………………..
6.2 Como acabou o Governo Itamar Franco………………………………..
7. GOVERNO FHC (1994-2002)
8. CONCLUSÃO
8.1 Giovana Lima………………………………………………………………….
8.2 Giovana Bitarães…………………………………………………………
8.3 Giovana Fernandes…………………………………………………………….
8.4 Julia Gaudêncio…………………………………………………………………
8.5 Marcos…………………………………………………………………………
8.6 Vitor……………………………………………………………………………..
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS……………………………………………….
1. INTRODUÇÃO
A Nova República é o período da história política do Brasil que se inicia em
1985, com o término da ditadura militar, e se estende até o governo de Fernando
Henrique Cardoso, que governou de 1995 a 2002. Este foi um período de transição
política crucial na história do Brasil, marcado por uma série de mudanças políticas,
econômicas e sociais significativas.
A Nova República começou com a eleição indireta de Tancredo Neves para a
presidência, marcando o fim do regime militar que havia governado o país por mais
de duas décadas. No entanto, Tancredo Neves faleceu antes de assumir o cargo,
deixando a presidência nas mãos de seu vice, José Sarney. O governo de Sarney
enfrentou inúmeros desafios, incluindo a hiperinflação, a dívida externa e a luta por
estabilidade econômica.
Em 1988, a promulgação da Constituição Federal marcou um marco
importante na Nova República, estabelecendo as bases para um sistema
democrático com uma série de direitos e garantias individuais. Esta nova
constituição abriu o caminho para uma democracia multipartidária e eleições diretas
para a presidência, consolidando o processo de redemocratização do país.
A presidência de Fernando Collor de Mello, que assumiu o cargo em 1990, foi
marcada por turbulências e escândalos de corrupção, resultando em seu
impeachment em 1992. Seu vice, Itamar Franco, assumiu a presidência e conduziu
o país até as eleições de 1994.
Em 1994, Fernando Henrique Cardoso, conhecido como FHC, foi eleito
presidente e iniciou uma série de reformas econômicas significativas, incluindo o
Plano Real, que estabilizou a moeda brasileira e controlou a inflação. Seu governo
também implementou políticas de privatização e abertura econômica. FHC foi
reeleito em 1998 e continuou a liderar o Brasil até o final de sua presidência em
2002.
2. REDEMOCRATIZAÇÃO DO BRASIL
A redemocratização é o processo de restauração da democracia após
períodos de regime ditatorial. No Brasil, isso aconteceu em duas fases distintas. A
primeira, em 1945, surgiu devido ao descontentamento com o regime autoritário de
Getúlio Vargas, que dissolveu o Congresso e extinguiu as eleições presidenciais.
Eleições foram realizadas, resultando na vitória de Eurico Gaspar Dutra.
A segunda fase ocorreu durante o Regime Militar (1964-1985), quando os
militares tomaram o poder devido a temores de comunismo. Uma nova Constituição,
promulgada em 1967, restringiu direitos civis, mas, ao longo do tempo, pressões
públicas levaram a uma abertura gradual. Durante o governo de Ernesto Geisel e
João Figueiredo, medidas como a anistia e o retorno de exilados políticos foram
implementadas.
A redemocratização atingiu seu ápice em 1989, com as primeiras eleições
livres e diretas desde a ditadura. A Constituição de 1988 simbolizou o fim do poder
militar e o estabelecimento da democracia no Brasil.
3.1 Redemocratização
No final da década de 1970, os militares optaram por realizar a transição
política no Brasil de forma a realizar uma abertura do regime para entregar o poder
novamente aos civis. Os historiadores entendem essa ação dos militares não como
uma ação em busca da democratização do país, mas sim de uma abertura que
mantivesse governos civis, mas que vinculados aos interesses militares.
A abertura planejada pelos militares acabou não dando certo por conta do
engajamento da população pela democratização do país. Um dos movimentos
populares símbolo dessa luta foi o Movimento das Diretas Já, impulsionado pela
Emenda Dante de Oliveira, que debatia a respeito do retorno das eleições diretas no
Brasil.
As Diretas Já mobilizaram milhões de brasileiros em comícios realizados em
todas as partes do país. A população desejava poder escolher o presidente do país,
depois de mais de vinte anos da última vez que esse direito havia sido exercido. A
emenda pelas Diretas Já, no entanto, foi derrotada e a eleição presidencial de 1985
continuou sendo indireta.
4. ELEIÇÕES DE 1989
Logo após a transição política de José Sarney, o Brasil viveu um período de
movimento político que consolidou a restauração do poder democrático no país. Em
1989, vinte e nove anos depois, o povo brasileiro elegeu o novo Presidente da
República através do voto direto.
De acordo com a constituição de 1988, o sistema político do país seria
organizado, o sistema político do país se organizaria de forma pluripartidária,as
mais diversas correntes definiram os rumos políticos do cenário político da época.
Cercados de muitas opções, os eleitores ficaram confusos entre diversas
promessas que resolveriam os problemas do país.
Os setores certos não poderiam apresentar um candidato que garantisse
uma vitória igual nas eleições presidenciais. Esta deterioração política foi o
resultado de tentativas frustradas de limpar a economia. O governo de José Sarney
(1985-1990), dominado por políticos de direita, foi palco de constantes cortes
salariais e principalmente de grandes epidemias de inflação.
5.4 Corrupção
Pouco tempo após ascender ao poder é revelado o esquema de corrupção
envolvendo o tesoureiro de sua campanha, Paulo César Farias, mais conhecido por
PC Farias.
Em 1992, seu irmão Pedro Collor de Mello (1952-1994) revelou como era
feito o desvio de dinheiro público, envolvendo Fernando Collor e PC Farias.
5.5 Impeachment
Diante dos escândalos foi aberta uma Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI) encarregada de investigar as ações do presidente Collor, em 25 de junho de
1992.
A CPI revelou o envolvimento de Collor e de sua família no chamado
“Esquema PC Faria”, onde grande quantidade de dinheiro público foi desviada
envolvendo diversas formas de corrupção.
Um fato curioso revela sua baixa popularidade. Um pouco antes de ser
deposto, Collor faz um discurso em 20 de junho de 1992, onde pede à população
que exponha panos com as cores da bandeira brasileira nas janelas de suas
residências, a fim de demonstrar seu apoio.
A reação da população revelaria sua situação crítica. No dia seguinte, as
pessoas penduraram panos negros nas janelas e saíram às ruas vestida de preto,
como forma de repúdio e demonstração de luto.
Mediante os gritos “Fora Collor”, milhares de pessoas foram às ruas e
pintaram os rostos com o verde e amarelo, exigindo o impeachment do presidente.
Esse movimento ficou conhecido como Caras Pintadas.
5.6 Julgamento
Diante do movimento nas ruas e o crescente isolamento político do
presidente, a Câmara aprova a abertura do processo de Impeachment de Collor
com uma apuração de 441 votos contra 38.
A votação segue para o Senado. Porém, com medo de perder seus direitos
políticos, Collor renunciou ao cargo da presidência em 29 de dezembro de 1992,
pouco antes de ser condenado pelo Senado por crime de responsabilidade. Mesmo
assim, teve seus direitos políticos cassados, tornando-se inelegível por oito anos.
Mais tarde, em 1995, Collor foi considerado inocente pelo Superior Tribunal
Federal (STF). Livrou-se das acusações de corrupção passiva junto ao “Esquema
PC”, falsidade ideológica e crime de peculato (utilização de cargos públicos para o
desvio de verbas).
Após o Impeachment, Collor e a primeira-dama Rosane, mudam-se para
Miami, nos Estados Unidos. A presidência seria assumida pelo seu vice Itamar
Franco, em 02 de outubro de 1992.
Por fim, o governo de Collor foi muito conturbado, marcado por diversos
escândalos de corrupção, o que culminou na sua deposição.
No entanto, ao menos no estado de Alagoas, seu prestígio segue em alta, e
Collor já foi, por duas vezes, senador daquele estado.