Apostila Auxiliar de Producao - 242pag - Impressao
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Auxiliar de Produção
Auxiliar de Produção
© SENAI-SP, 2019
Material didático organizado pela Escola SENAI “Mário Dedini”, para o curso de Formação Inicial e
Continuada - Auxiliar de Produção partir de conteúdos extraídos da intranet.
Equipe
responsável
E-mail senai@sp.senai.br
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SUMÁRIO
Fundamentos da Logística 7
Matemática Básica 21
Princípios de 5S 55
Tipos de Leiaute 79
Embalagens 201
Definição
SENAI-SP 7
Histórico
Uma das grandes lendas na Logística, que inspirou outros grandes líderes como Júlio
César e Napoleão e que até hoje inspira as grandes empresas, foi Alexandre o Grande,
da Macedônia. Seu império alcançou diversos países, incluindo a Grécia, Pérsia e Índia.
Nascido em 356 a.C., aos 16 anos já era general do exército macedônico e aos 20 anos,
com a morte de seu pai, assumiu o trono. Seu império durou apenas 13 anos, até a sua
morte em 323 a.C., aos 33 anos.
Seu sucesso não foi um acidente. Ele foi capaz de superar os exércitos inimigos e
expandir seu reinado graças a fatores como:
Detalhado conhecimento dos exércitos inimigos, dos terrenos de batalha e dos períodos
de fortes intempéries;
Desenvolvimento de alianças;
SENAI-SP 8
Os contramestres, por sua vez, operacionalizavam o melhor sistema logístico existente
naquela época. Eles seguiam à frente dos exércitos com a missão de comprar todos os
suprimentos necessários e de montar armazéns avançados no trajeto. Aqueles que
cooperavam eram poupados e posteriormente recompensados; aqueles que resistiam,
eram assassinados. O exército de Alexandre o Grande consumia diariamente cerca de
100 toneladas de alimentos e 300.000 litros de água!
O exército de 35.000 homens de Alexandre o Grande não podia carregar mais do que 10
dias de suprimentos, mas mesmo assim, suas tropas marcharam milhares de quilômetros,
a uma média de 32 quilômetros por dia. Seu exército percorreu 6.400 km, na marcha do
Egito à Pérsia e Índia, a marcha mais longa da história.
Figura 3 –Mapa contendo todo o trajeto feito por Alexandre drante seu reinado
SENAI-SP 9
Assim, Alexandre o Grande criou o mais móvel e mais rápido exército da época.
Apesar dos avanços verificados no passado, apenas no século XVII a logística passou a
ser utilizada dentro dos modernos princípios militares.
http://www.apolo11.com/volta_ao_mundo.php?id=dat_20041019-212216.inc
Figura 4 – Quebra mar construído por Alexandre para dominar a ilha de Faros e após a conquista foi construído o Farol de
Alexandria
Por volta de 1.670, um conselheiro do Rei Luís XIV sugeriu a criação de uma nova
estrutura de suporte para solucionar os crescentes problemas administrativos
experimentados com o novo exército desenvolvido a partir do caos medieval. Foi criada a
posição de “Marechal General de Logis”, cujo título se originou do verbo francês “loger”,
que significar alojar. Entre seus deveres estavam: a responsabilidade pelo planejamento
das marchas, a seleção dos campos, a regulamentação do transporte e o fornecimento.
SENAI-SP 10
Paralelamente a Jomini, Karl Clausewitz’s Vom Kriege publicou, postumamente, em
1.831, a “Bíblia da Ciência Militar”. Brilhante em seus escritos sobre estratégias e táticas,
a sua obra se tornou a grande referência em práticas e pensamentos militares no final da
primeira metade do século XIX. A obra influenciou a grande maioria dos líderes militares.
Infelizmente, em sua obra, Vom Kriege ignorou a atividade logística, fazendo com que o
conceito de logística perdesse o sentido militar que Jomini tinha desenvolvido. Essa
situação perdurou até meados do século XX, sendo resgatado pelos militares americanos
que fizeram uso da logística no conflito bélico durante a Segunda Guerra Mundial.
Sistemas
Ao longo dos anos 80, quando a tecnologia da informação se tornava cada vez mais
acessível, a mesma mostrou sua grande importância quando da aplicação efetiva dos
conceitos de logística.
Será que as empresas, hoje em dia, poderiam administrar custos efetivamente, prover um
adequado nível de serviço ao consumidor e ter excelência em logística sem contar com
sistemas de informação?
SENAI-SP 11
Classificam-se os sistemas de informação na logística em dois grandes grupos, conforme
figura abaixo:
Processamento e Montagem
SENAI-SP 12
Movimentação
Estocagem
Manuseio e embalagem
SENAI-SP 13
atividade.
Transporte
Planejamento
SENAI-SP 14
MRP (MRPI - Material Requirements Planning e MRPII - Manufacturing Resourses
Planning): o planejamento das necessidades de materiais e recursos de manufatura e
desenvolvido automaticamente por estas soluções. São softwares que desdobram as
necessidades dos clientes, sejam pedidos ou previsões na programação da aquisição de
materiais e produção;
DRP (Distribution Resources Planning): softwares que apóiam cada vez mais o
planejamento dos recursos necessários a distribuição de uma dada demanda num
determinado período;
Execução
O gerenciamento da execução das atividades logísticas pode ser apoiado por soluções
automatizadas, tais como:
Comunicação
Terminais fixos e portáteis: os terminais fixos (ex.: terminais de mesa) ou portáteis (ex.:
terminais instalados em empilhadeiras) possibilitam acesso dos usuários para a
comunicação. Continua sendo, em uma boa parte dos casos, a melhor alternativa técnica
SENAI-SP 15
e econômica.
Leitores a laser: sistema que utiliza laser para copiar, ler e interpretar códigos de barras.
Sistemas “Paperless”: todos estes sistemas que eliminam a necessidade de papeis são
denominados "Paperless".
RFID: a colocação de transponders (os quais podem ser apenas lidos ou lidos e escritos)
nos produtos, como uma alternativa aos códigos de barras, de modo a permitir a
identificação do produto de alguma distância do scanner ou independente, fora de
posicionamento. Tecnologia que viabiliza a comunicação de dados através de etiquetas
com chips ou transponders que transmitem a informação a partir da passagem por um
campo de indução (ex.: pedágio "sem parar").
Controle
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EIS (Executive information System): asseguram a visualização dos indicadores
estratégicos do negócio para que a alta cúpula possa tomar decisões de acordo com a
realidade dos dados;
Concepção
O sucesso de uma boa logística começa a partir de uma boa concepção e implementação
de um projeto e neste contexto existe várias soluções automatizadas, tais como:
SENAI-SP 17
cronogramas, dimensionamento de recursos necessários, análises de progresso, até o
encerramento dos mesmos são cada vez mais viáveis na atual realidade.
Controles
Atualmente dispomos de soluções especializadas para a apuração das métricas que nos
indicam em tempo real os sinais vitais do negócio em um amplo painel de instrumentos.
Mas nem sempre foi assim. Voltando ha cerca de vinte anos, consultar indicadores ou
extrair informações dos sistemas de gestão empresarial limitava-se aos relatórios
gerenciais pré-configurados, ou então seriam necessários muitos esforços em
programação e tempo para uma resposta efetiva. É claro que para algumas empresas
este cenário de 20 anos atrás ainda se mostra hoje, mas e importante que tenhamos
ciência que a Tecnologia da Informação fez o seu papel neste período.
Para atender as crescentes necessidades por informações relevantes, alguns dos DBMS
(Database Management Systems) já contavam, naquela ocasião, com ferramentas de
suporte, onde usuários até mesmo sem conhecimentos avançados de programação
desenhavam seus próprios relatórios através de “queries”.
A evolução dos recursos tipo “queries” consagrou uma das soluções mais conhecidas, o
Crystal Reports da Seagatte, como uma solução muito flexível e capaz de acessar uma
grande variedade de diferentes formatos de bancos de dados, trazendo uma certa
"sobrevida" as ferramentas tradicionais, mas ainda assim havia demanda por soluções
ainda mais sofisticadas.
SENAI-SP 18
As informações podem vir dos mais diversos pontos: fornecedores, operadores logísticos,
transportadoras, áreas internas, clientes, etc.
EIS (Executive Information System): atualmente, para manter seus executivos sempre
informados diversas empresas contam com aplicações EIS, sejam elas soluções
especializadas ou ainda módulas dos ERP´s, tais como: Pilot Designer, Cognus, Hyperion,
SAP, Oracle, entre outras. Estas ferramentas concentram e disponibilizam, em uma única
fonte, todas as informações necessárias para o processo decisório.
DSS (Decision Suport System): esta tecnologia trata de manter os dados organizados,
provenientes de diversas fontes e orientados por assuntos, para consultas e análises sob
demanda.
Tendências
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quantidades menores e um maior número de SKUs.
SENAI-SP 20
Matemática Básica
FRAÇÕES
A primeira noção de fração nos é dada quando dividimos um objeto ou uma unidade em
um número qualquer de partes iguais e consideramos uma ou algumas dessas partes.
Número fracionário ou fração é aquele que indica uma ou mais partes da unidade que foi
dividida em partes iguais.
A fração é representada por dois números naturais a e b (com b ≠ 0) separados por um
𝒂
traço horizontal. Assim:
𝒃
Exemplos
O círculo (unidade) foi dividido em 4 partes iguais das quais 3 estão hachuradas.
Logo:
3
→ parte hachurada
4
1
→ parte não hachurada
4
1
→ parte hachurada
3
2
→ parte não hachurada
3
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Leitura de uma fração
→ três décimos
Tipos de fração
Própria
Menor que a unidade (numerador < denominador):
Exemplos
Imprópria
SENAI-SP 22
Exemplos
1. A divisão é exata
Exemplos
Exemplos
Os números mistos podem retomar a forma de fração imprópria. Para isso multiplicamos a
parte inteira pelo denominador e a adicionamos ao numerador.
Assim:
SENAI-SP 23
A fração cujo denominador é 10 ou potência de 10 é também chamada fração decimal.
Exemplos
Exemplos;
Exercícios
a. b. c.
SENAI-SP 24
Equivalência e simplificação
Observe as figuras
1
→
3
2
→
6
As partes hachuradas das duas figuras são iguais. As frações que as representam são
chamadas frações equivalentes, que têm o menor valor.
Para se obterem frações equivalentes a uma fração dada, basta multiplicar ou dividir os
seus dois termos por um mesmo número natural diferente de zero.
Exemplo:
Quando encontramos uma fração equivalente a uma fração dada que tenha termos
menores estamos simplificando essa fração. Assim, para simplificar uma fração, dividimos
os seus termos pelo mesmo número natural diferente de zero até que ela não possa mais
ser simplificada.
Exemplo:
Podemos utilizar o MDC para simplificar frações diretamente. Basta calcular o maior
divisor comum dos dois termos da fração e dividi-los por ele.
SENAI-SP 25
Exemplo
Por exemplo:
SENAI-SP 26
Calculamos o mmc entre o denominadores e o escrevemos como denominador das novas
frações.
mmc (4, 2, 5)
4 , 2, 5 2
2 , 1, 5 2 , ,
20 20 20
1 , 1, 5 5
1 , 1, 1 20
Dividimos o mmc pelo denominador de cada fração e multiplicamos esse quociente pelo
respectivo numerador.
Retomando o exemplo:
Exemplos
2, 4, 1 2
1, 2, 1 2
1, 1, 1 4
b. , 2 e 2 ⇒ , e ⇒
5, 1, 7 5
1, 1, 7 7
1, 1, 1 35
SENAI-SP 27
Exercício:
a.
b.
c. e 6
Operações
Adição e subtração
Para adicionar ou subtrair frações que tem o mesmo denominador, basta adicionar ou
subtrair os numeradores e deixar o mesmo denominador.
Exemplos
SENAI-SP 28
Antes de adicionar ou subtrair frações com números mistos, devemos transformar os
números mistos em frações impróprias.
Exemplos
Exercício:
1) Efetue as operações:
Exemplos
Observações
• Também neste caso os resultados devem ser simplificados.
• Se houver números mistos e naturais devemos transformá-los inicialmente em frações
impróprias.
Outros exemplos:
SENAI-SP 29
Exercício:
Multiplicação
Exemplos
É importante lembrar que, também na multiplicação, números mistos e naturais devem ser
transformados em frações impróprias e o resultado deve ser simplificado.
Outro exemplo:
Observações
A multiplicação também pode ser indicada com expressões como de, dos, das.
SENAI-SP 30
Exemplos
Exercício:
1) Calcule os produtos.
Divisão
Exemplos
Observação
A divisão pode ser indicada sob forma fracionária.
Exemplos
SENAI-SP 31
Exercício:
1) Calcule os quocientes.
Potenciação
Exercício:
Expressões numéricas
• Potenciações
• Multiplicações e divisões (na ordem em que aparecem)
• Adições e subtrações (na ordem em que aparecem)
SENAI-SP 32
Exemplos
SENAI-SP 33
RAZÕES E PROPORÇÕES
Razão
Quando se deseja encontrar a razão entre dois valores, a informação a qual se procura é a
quantidade de vezes que um valor é maior ou menor que o outro. Chamamos de razão
quando essa comparação é feita por meio de uma operação de divisão em forma de
fração.
Exemplos:
Dois amigos querem montar uma sociedade para produzir frutas. José possui 4000m2 de
terra e Antônio possui 16000m2. Para definir como será feita a divisão dos lucros eles
desejam saber o quanto a área de terra de Antônio é maior que a de José.
Pode-se afirmar que Antônio possui uma área 4 vezes maior que José, ou ainda que a
área de Antônio é 400% maior que a de José.
→
Pode-se afirmar que as terras de José correspondem a 25% das terras de Antônio.
Agora imagine que Antônio vendeu 6000m2 de suas terras para José.
→ →
Ao fazer a comparação percebe-se que não há mais diferença entre o tamanho das
terras de Antônio e das terras de José.
SENAI-SP 34
Razão Inversa
Uma razão é considerada inversa á outra quando o produto entre elas é igual a 1, como
no exemplo a seguir:
Proporção
Dizemos que duas frações são proporcionais quando a representação de uma fração for
igual à representação numérica da outra.
→ 3*8=4*6 → 24 * 24
SENAI-SP 35
Proporção contínua
Dizemos que uma fração é uma proporcional continua quando seus meios são iguais.
Observe um exemplo:
Terceira Proporcional
Quarta Proporcional
Esse tipo de razão se caracteriza por possuir três valores diferentes conhecidos e um
quarto valor a se descobrir. Observe o exemplo:
Exemplo 1 - Com 18 litros de tinta é possível pintar 200m2. Quantos litros de tinta serão
necessários para pintar 400m2?
SENAI-SP 36
Seguindo o conceito das frações proporcionais, devemos multiplicar o numerador do 1º
termo, pelo denominador do 2º termo e igualar ao produto do denominador do 1º termo
pelo numerador do segundo termo.
18 * 400 = X * 200
=X
=X
36 = X
Logo, pode-se afirmar que para pintar 400m2 serão necessários 36 litros de tinta. Perceba
que quando uma das grandezas foi aumentada no 2º termo da razão provocou também
um aumento no 1º termo.
Exemplo 2 - Com 18 litros de tinta é possível pintar 200m2. Quantos litros de tinta serão
necessários para pintar 100m2?
18 * 100 = X * 200
=X
=X
9=X
SENAI-SP 37
Pode-se afirmar que para pintar 100m2 serão necessários 9 litros de tinta. Observe que
quando uma das grandezas foi diminuída no 2º termo da razão provocou também uma
diminuição de valor no 1º termo.
A seguir, um exemplo:
Feita a inversão, o cálculo deve ser realizado da mesma maneira que nos exemplos
anteriores:
4*X=2*1
X= 0,5
SENAI-SP 38
Pode-se concluir que se 4 trabalhadores forem descarregar o caminhão, gastarão 0,5
horas (30 minutos).
Exercícios
2) José ganha R$ 2.400,00 por mês e Maria ganha R$ 1.600,00. Qual é a razão
entre os ganhos de José e de Maria?
5) Sabendo que a distância entre duas cidades é de 400 Km, qual será o valor
utilizado para representar esta distância em um mapa cuja escala é de
1:500.000?
SENAI-SP 39
10) Qual é a altura de um edifício que projeta uma sombra de 12 metros, se no
mesmo instante, uma estaca vertical de 1,5 metros projeta uma sombra de 0,5
metros?
11) Trabalhando 6 horas por dia, consigo fazer um serviço em 20 dias. Em quantos
dias posso fazer o mesmo serviço, trabalhando 8 horas por dia?
14) Dois pedreiros levam 9 dias para construir um muro com 2 metros de altura.
Trabalhando 3 pedreiros e aumentando a altura deste muro para 4 metros, qual
será o tempo necessário para completar o muro?
SENAI-SP 40
REGRA DE TRÊS
Chama-se regra de três porque conhecemos três valores e com eles encontramos um
quarto vaor.
Para resolver problemas que envolvem grandezas proporcionais usando a regra de três,
seguimos os passos abaixo.
Exemplo 1
litros km
20 160
35 X
litros km
20 160
35 X
São diretamente proporcionais porque com mais combustível serão percorridos mais
quilômetros.
20 160
=
35 x
Armamos a sentença.
20 . x = 35 . 160
SENAI-SP 41
Resolvendo:
20 x = 35 . 160
20 . x = 5 600
5 600
x
20
x = 280
Exemplo 2
Viajando a uma velocidade média de 72km por hora, o percurso entre duas cidades pode
ser feito em 5 horas. Qual deveria ser a velocidade média para se fazer o mesmo percurso
em 4 horas?
Km/s horas
72 5
x 4
72 4 x 5
= ou =
x 5 72 4
Armamos a sentença.
x . 4 = 72 . 5
Resolvendo:
4x = 360
360
x
4
x = 90
Damos a resposta ao problema: a velocidade média deveria ser 90km por hora.
SENAI-SP 42
Exercícios
4) Para construir uma casa 4 pedreiros levaram 60 dias. Em quantos dias 5 pedreiros
com a mesma capacidade de trabalho fariam a mesma casa?
5) Uma máquina deve trabalhar a 800rpm. Qual o diâmetro da polia a ser colocada
no seu eixo se o motor que vai acioná-lo dá 1.200rpm e tem uma polia de 100mm?
SENAI-SP 43
PORCENTAGEM
Denominamos de razão percentual ou razão centesimal toda razão cujo denominador seja
igual a 100.
As razões percentuais são utilizadas para evidenciar a participação de uma parte no todo
e para facilitar comparações. Observe alguns exemplos:
Portanto, podemos dizer de forma bem simples que a taxa percentual é o numerador de
uma razão cujo consequente denominador é igual a 100.
Um vendedor ganha uma comissão de 3% sobre o valor total vendido. Isso significa que
para cada R$ 100,00 vendidos, o vendedor ganha R$ 3,00 de comissão. A comissão do
A taxa que representa a comissão do vendedor pode ser expressa de três diferentes
formas:
• Forma Fracionária:
• Forma Percentual: 3%
• Forma Decimal: 0,03
SENAI-SP 44
Exercícios
2) Um atirador faz 320 disparos contra um alvo, tendo acertado 288 vezes. Qual foi
a porcentagem de tiros certos e qual a porcentagem de tiros errados?
4) Em um concurso havia 15.000 homens e 10.000 mulheres. Sabe-se que 60% dos
homens e 55% das mulheres foram aprovados. Do total de candidatos quantos
por cento foram aprovados?
9) Por quanto devo revender um objeto que comprei por R$ 40,00 de modo que
tenha um lucro de 20% sobre o preço de venda?
10) Uma mercadoria que custava R$ 20.000,00 sofreu três reajustes sucessivos,
de 10%, 20% e novamente de 10%. Qual o novo preço deste produto após a
aplicação destas taxas sobre taxas?
SENAI-SP 45
ÁREA, VOLUME E PESO
SUPERFÍCIE (ÁREA)
Temos idéia do que é uma superfície ao observarmos o tampo de uma carteira, a parte da
lousa onde se escreve, o piso ou o teto da sala de aula. A medida de uma superfície
chama-se área e a unidade fundamental é o metro quadrado (m2).
Para medir a superfície de figuras geométricas planas usamos fórmulas específicas para
cada uma. Vamos v erificar algumas delas.
Retângulo
𝐴=𝐶×𝑙
Quadrado
𝐴 = 𝑙2
Como no quadrado os lados são iguais, o produto comprimento x largura fica lado x lado,
ficando então lado ao quadrado, que abreviamos 𝑙 2 .
SENAI-SP 46
Triângulo
𝑏. ℎ
𝐴=
2
Trapézio
(𝐵 + 𝑏) × ℎ
𝐴=
2
Losango
𝐷×𝑑
𝐴=
2
Círculo
𝐴 = 𝜋 × 𝑟2
SENAI-SP 47
Exemplos de cálculos de área
𝐴=6×4
𝐴 = 24 𝑚2
𝐴 = 𝑙2
𝐴 = 3,52
Lembre- se que: 3,52 = 3,5 × 3,5
𝐴 = 12,25
𝑏×ℎ
𝐴= 2
30×24
𝐴=
2
𝐴 = 360𝑚𝑚2
(𝐵+𝑏)×ℎ
𝐴= 2
(7+4)×2,6 28,6
𝐴= = = 14,3𝑐𝑚2
2 2
SENAI-SP 48
Exercícios:
a)
b)
c)
d)
e)
SENAI-SP 49
VOLUME
Volume de uma figura geométrica espacial é a medida do espaço ocupado por essa figura.
Para medir o volume de uma figura espacial ou sólido geométrico usamos como medida
Capacidade
Para calcular o volume das figuras espaciais também usamos fórmulas específicas para
cada uma. Veja as principais:
Cubo
Exemplo:
𝑉 = 𝑎3
𝑉 = 253
𝑉 = 15625𝑚𝑚3
𝑉 = 𝒂. 𝒂. 𝒂 ou 𝑉 = 𝒂𝟑
onde: a é a aresta (lado)
SENAI-SP 50
Paralelepípedo retângulo
Exemplo:
𝑉 =𝑎×𝑏×𝑐
𝑉 = 80 × 18 × 11
𝑉 = 15840𝑚3
𝑉 =𝑎×𝑏×𝑐
onde: a é a largura
b é o comprimento
c é a altura
Cilindro
Exemplo:
𝑉 = 𝜋 × 𝑟2 × ℎ
𝑉 = 3,14 × 252 × 20
𝑉 = 39.250𝑐𝑚3
𝑉 = 𝜋 × 𝑟2 × ℎ
Onde: r é raio da base
h é a altura
Exercícios:
SENAI-SP 51
PESO E MASSA
Peso (P) e a Massa (m) são duas grandezas fundamentais nos estudos da física, as
quais, na maioria das vezes, são utilizadas de forma erronea como sinônimos, no entanto
possuem propriedades distintas.
Massa
É uma grandeza invariável que determina a quantidade de matéria presente num corpo.
A massa de uma pessoa será sempre a mesma, independentemente do local onde ela
esteja.
Peso
Caracteriza uma força resultante de atração dos corpos numa determinada interação
gravitacional, o qual varia de acordo com a força da gravidade atuante sobre ela, ou seja,
qualquer indivíduo pesa um valor diferente no planeta
A maioria das pessoas refere-se à massa corporal de forma errada, como por exemplo,
“Eu peso 75 kg”, “Qual seu peso?”, são incoerentes uma vez que os enunciados corretos
são: “Minha massa é de 75 kg” e “Qual a sua massa?”.
P=m.g
Donde,
P= peso
M = massa
g = aceleração da gravidade
SENAI-SP 52
Assim, se o valor de gravidade (g) na superfície do planeta Terra é de aproximadamente
10 m/s2, qual é o peso de um corpo de massa 75kg?
P= m.g
P= 75 x 10
P= 750 N
MÚLTIPLOS SUBMÚLTIPLOS
kg hg dag g dg cg mg
Exemplos
SENAI-SP 53
Faça os exercícios:
a) 22,700kg
a) 50mg
b) 45g
c) 850g
d) 1mg
e) 3t
2. Faça as conversões:
a) 90g para mg
b) 5,3t para kg
c) 13,5kg para g
d) 1350mg para g
e) 200g para kg
SENAI-SP 54
Programas de qualidades 5S
Quando adotamos algumas regras em nossas vidas, sempre parece que engessamos as
coisas e como na maioria dos casos, deixamos de fazer ou paramos no meio do caminho
com o paradigma de “acho que não vai dar certo”; então deixamos de crer em nossas
capacidades e nos deixamos levar pelas circunstâncias.
Esta ferramenta de alto desempenho vai nos ajudar tanto na indústria, serviços ou mesmo
em nossos lares, a entender que coisas simples podem gerar grandes resultados.
O que é 5S?
SENAI-SP 55
Significa ainda a "aplicação correta da razão para julgar ou raciocinar em cada caso
particular”. Conhecendo os termos, podemos assim utilizar e avaliar da forma correta. A
tabela a seguir resume toda a abordagem do que veremos deste assunto.
Origem do 5S
Não há uma convergência de informações sobre a real origem do 5S. Alguns autores citam
que foi criado pelo saudoso Dr. Kaoru Ishikawa, engenheiro químico japonês e principal
pregador dos conceitos de qualidade total naquele país. Esta referência deve- se ao fato ter
sido o professor Ishikawa o responsável pela criação do CCQ - Círculo de Controle da
Qualidade, cujo princípio era popularizar os conceitos de estatística aplicada à qualidade,
através de grupos de trabalhos compostos de funcionários de níveis operacionais. Porém,
não existe nenhuma citação nos seus próprios livros sobre qualquer referência desta
ferramenta tão útil em nossos dias. (fonte do site administradores.com).
O que se sabe é que o 5S foi criado com o objetivo de possibilitar um ambiente de trabalho
adequado para uma maior produtividade. Isto ocorreu no início da década de 50, momento em
que o Japão tentava se reerguer da derrota sofrida na segunda grande Guerra Mundial e as
indústrias japonesas necessitavam colocar no mercado, produtos com preço e qualidade
capazes de competir na Europa e Estados Unidos.
SENAI-SP 56
Hora da verdade
Dê notas de 1 a 4 adotando os seguintes critérios: (1) quase nunca; (2) às vezes; (3) quase
sempre; (4) sempre. Confira o resultado no final.
Acima de 90 pontos Você pode melhorar sozinho, pois é um agente consciente de melhorias.
De 75 a 89 pontos Você está no caminho certo, mas pode melhorar.
De 60 a 74 pontos Você precisa se esforçar para se disciplinar.
Abaixo de 60 pontos Você precisa de um 5S radical.
SENAI-SP 57
Significado de cada senso
Senso de utilização
Observe que "guardar" constitui instinto natural das pessoas. Portanto, o senso de utilização
pressupõe que além de identificar os excessos e/ou desperdícios, estejamos também
preocupados em identificar "o porquê do excesso" de modo que medidas preventivas
possam ser adotadas para evitar que o acúmulo destes excessos volte a ocorrer. Na
terminologia da qualidade, denominamos esta ação de "bloqueio das causas".
Observe que este conceito pode ser aplicado em casa (na cozinha, na despensa, na
geladeira, no quarto das crianças etc.), na escola, no lazer etc. Como exemplo, basta
verificar aquele espaço da casa onde colocamos tudo que não serve: os brinquedos
quebrados que não usamos mais, a roupa velha que guardamos, as revistas e jornais que
jamais serão lidos novamente, dentre outros exemplos que você já deve estar imaginando.
No sentido mais amplo, o senso de utilização abrange ainda outras dimensões. Nesta outra
dimensão, ter senso de utilização é preservar consigo apenas os sentimentos valiosos
como amor, amizade, sinceridade, companheirismo, compreensão, descartando aqueles
sentimentos negativos e criando atitudes positivas para fortalecer e ampliar a convivência,
apenas com sentimentos valiosos.
Senso de ordenação
Ter senso de ordenação é definir locais apropriados e critérios para estocar, guardar ou dispor
materiais, equipamentos, ferramentas, utensílios, informações e dados de modo a facilitar o
seu uso e manuseio, facilitar a procura, localização e guarda de qualquer item. Popularmente
significa "cada coisa no seu devido lugar".
Na definição dos locais apropriados, adota-se como critério a facilidade para estocagem,
identificação, manuseio, reposição, retorno ao local de origem após uso, consumo dos itens
mais velhos primeiro, dentre outros.
Da mesma forma que o senso de utilização, este senso se aplica no seu dia-a-dia. Não são
SENAI-SP 58
incomuns para você as cenas de correria pela manhã à procura da agenda, dos documentos,
dos cadernos, das chaves do carro, dos documentos do carro. E na hora de declarar o imposto
de renda? É aquela luta para encontrar os documentos, os recibos, a declaração do ano
anterior. E as idas e vindas ao mercado? Cada hora falta alguma coisa para comprar. Estas e
outras cenas são evitáveis com aplicação do senso de ordenação.
Na dimensão mais ampla, ter senso de ordenação é distribuir adequadamente o seu tempo
dedicado ao trabalho, ao lazer, à família, aos amigos. É ainda não misturar suas preferências
profissionais com as pessoais, ter atitude coerente, serenidade nas suas decisões, valorizar e
elogiar os atos bons, incentivar as pessoas e não somente criticá- las.
Senso de limpeza
Ter senso de limpeza é eliminar a sujeira ou objetos estranhos para manter limpo o ambiente
(parede, armários, o teto, gaveta, estante, piso) bem como manter dados e informações
atualizados para garantir a correta tomada de decisões. O mais importante neste conceito não
é o ato de limpar, mas o ato de "não sujar". Isto significa que além de limpar é preciso identificar
a fonte de sujeira e as respectivas causas, de modo a podermos evitar que isto ocorra.
(bloqueio das causas).
No conceito amplo, ter senso de limpeza é procurar ser honesto ao expressar, ser
transparente, sem segundas intenções com os amigos, com a família, com os subordinados,
com os vizinhos etc.
Senso de asseio
Ter senso de asseio significa criar condições favoráveis à saúde física e mental, garantir
ambiente não agressivo e livre de agentes poluentes, manter boas condições sanitárias nas
áreas comuns (lavatórios, banheiros, cozinha, restaurante etc.), zelar pela higiene pessoal e
cuidar para que as informações e comunicados sejam claros, de fácil leitura e compreensão.
Significa ainda ter comportamento ético, promover um ambiente saudável nas relações
interpessoais, sejam sociais, familiares ou profissionais, cultivando um clima de respeito mútuo
nas diversas relações.
SENAI-SP 59
Senso de autodisciplina
“Ter todas as pessoas comprometidas com o cumprimento dos padrões técnicos e éticos e
com a melhoria contínua em nível pessoal e organizacional”.
Não se trata pura e simplesmente de uma obediência cega, submissa, "atitude de cordeiro"
como pode parecer. É importante que seu desenvolvimento seja resultante do exercício da
disciplina inteligente que é a demonstração de respeito a si próprio e aos outros.
Ter senso de autodisciplina significa ainda desenvolver o autocontrole (contar sempre até dez),
ter paciência, ser persistente na busca de seus sonhos, anseios e aspirações, respeitar o
espaço e a vontade alheia.
Ao mesmo tempo, esses padrões devem garantir a execução das tarefas de forma fácil, correta
e segura, sem riscos e num ambiente relaxado.
Padrões operacionais não descrevem apenas sequências de tarefas ou ações, mas devem
especificar também os recursos necessários para sua execução. Isto se torna relevante, pois,
a partir do conhecimento disto, o executante pode controlar a eficiência do seu trabalho em
termos de facilidade de execução, qualidade do resultado e segurança nas ações.
Em outras palavras, a repetição do resultado das tarefas não é assegurada sem a existência
de padrões operacionais a serem seguidos, constituindo isto uma das etapas da jornada em
busca da produtividade. A adoção de padrões operacionais conduz, portanto, para uma
redução de erros e falhas e consequente eliminação de desperdício, seja de tempo, energia ou
materiais.
SENAI-SP 60
também causar danos, defeitos e falhas em equipamentos. O resultado disto são quebras
inesperadas de equipamentos, ferramentas não disponíveis, deterioração de peças e materiais
etc.
Deste modo, o sucesso na adoção de padrões operacionais pode ser obtido somente depois
de estabelecido os padrões ambientais de utilização, ordenação e limpeza, bem como o
desenvolvimento do senso de asseio e educação para execução dos padrões,
disciplinadamente. Em outras palavras, a adoção dos conceitos de 5S constitui um passo
importante e fundamental no desenvolvimento de atitudes positivas na condução da
padronização de tarefas.
Eficiência no trabalho
Observando a execução de tarefas, normalmente notamos que diversas ações não significam
diretamente "trabalho produtivo" isto é, não agregam valor. Tais ações improdutivas envolvem
manuseio, transporte de objetos (materiais, peças, ferramentas etc.), procura de algum item,
locomoção, escolha de alguma coisa, solicitação de algo, mudança de posição, dentre outros.
Certamente, nestas situações, os distúrbios causados pelos movimentos de desperdício
mencionados, não contribuem para que as pessoas se concentrem na execução do serviço,
além de significarem perda de tempo.
Observe que a identificação dos itens necessários no local de execução da tarefa, o descarte
dos itens desnecessários, a disposição destes itens em locais próximos ao uso ou aplicação,
a identificação dos mesmos de modo que qualquer pessoa possa reconhecer e localizar
facilmente, a facilidade de acesso e retorno ao local após uso, a limpeza, a disciplina em
manter o ambiente organizado, constituem ações que eliminam este desperdício e aumentam
a eficiência do trabalho.
Facilidade de manutenção
Defeitos e falhas em máquinas e equipamentos podem ter várias causas. Muitos são
resultantes de procedimentos impróprios, afrouxamento de parafusos, lubrificação
inadequada, riscos em superfícies lisas, método inadequado para remoção de materiais
estranhos etc.
SENAI-SP 61
Lubrificação inadequada assume dois aspectos: a falta dele ou a deterioração de suas
características. Materiais estranhos contaminando lubrificantes podem ser responsáveis por
travamento, arranhões, desgaste prematuro, danos nas superfícies deslizantes, ruído e
vibrações anormais, deterioração do lubrificante com perda de suas propriedades etc.
O asseio é importante, como, por exemplo, na prevenção de ferrugem, atentando para seus
possíveis agentes causadores como roupa das pessoas que trabalham em manutenção (roupa
molhada, com poeira ou lama, suja de óleo), prateleiras construídas com madeira verde
(úmida), piso da oficina com lama, poeira, água, ar empoeirado, dentre outros.
Em oficinas, várias peças defeituosas são produzidas pela utilização incorreta de peças,
materiais e ferramentas. Por exemplo, a furação de uma peça que deveria ser feita em
polegada pode ser feita em milímetros ou vice-versa, o que significa retrabalho e/ou
desperdício.
Como podemos perceber, a adoção dos conceitos 5S pode ser um aliado na melhoria da
qualidade da manutenção, na facilidade, bem como na prevenção de falhas e defeitos.
Segurança no trabalho
Objetos desnecessários nos locais de trabalho podem ser agentes causadores de acidentes.
A definição de área para trânsito de pessoas, carga e de materiais indicadas claramente,
sinalização adequada de áreas são ações de prevenção de acidentes.
SENAI-SP 62
O dia a dia
A contratação de uma faxineira periodicamente pode nos transmitir a certeza de ter a casa
sempre limpa e organizada. A faxineira é capaz de dispor adequadamente todo o mobiliário e
utensílios da casa, retirar a sujeira do chão, do teto, das gavetas, organizar os armários e
prateleiras.
Porém, é fato que algum tempo depois de executado seu trabalho, às vezes horas depois, os
chinelos estarão novamente espalhados e fora do lugar, o tapete sujo, gavetas desarrumadas,
livros e revistas espalhados etc.
Além da arrumação visível, a faxineira não é capaz de identificar se os remédios devem ficar
aqui ou ali. Se estão no lugar que deveriam estar, se estão vencidos e devem ser descartados.
Se os eletrodomésticos estarão sempre disponíveis em seus lugares, fáceis de serem
encontrados, limpos e em perfeito estado. Não é incomum adquirir um novo abridor de lata,
pois não encontramos o antigo. Os armários e gavetas estarem sendo ocupados por objetos
sem serventia. Alimentos sendo consumidos com data de validade vencida. Crianças se
acidentando com facas ou fósforos esquecidos sobre algum móvel.
Televisão ligada para a sala vazia. Luzes acesas a iluminar o nada para ninguém. A comida
feita em excesso indo para o lixo. Objetos entulhados nos cantos ocupando espaço
desnecessário. Muitas outras cenas como estas também não são incomuns.
Da mesma forma como a faxineira, o trabalho dos garis não impede que haja lixo nas calçadas
das cidades e que as lixeiras públicas, colocadas estrategicamente, permaneçam vazias ou
depredadas.
A partir destes exemplos, você pode avaliar a aplicação dos conceitos dos 5 sensos na sua
vida cotidiana e como podem ajudar a melhorar a sua rotina, o seu bolso, o seu ambiente e,
constituir um instrumento de educação para o convívio com seu dia-a-dia.
A prática do 5S
Há quem diga que praticar o 5S é praticar "bons hábitos" ou "bom senso". Apesar da
simplicidade dos conceitos e da facilidade de aplicação na prática, a sua implantação efetiva
não constitui uma tarefa simples. Isto porque a essência dos conceitos é a promoção de
mudança de atitudes e hábitos das pessoas. Hábitos e atitudes essas, construídos e
incorporados pela convivência e experiência dessas pessoas ao longo de suas vidas.
SENAI-SP 63
De repente, ao tomarmos conhecimento destes conceitos tão óbvios, nos sentimos seduzidos
a iniciar já a sua implantação. Mas certamente, as atitudes e hábitos decorrentes da prática do
5S vão se chocar com os nossos hábitos e atitudes incorporados na nossa maneira de ser e
agir.
A prática destes conceitos de maneira forçada pode promover uma mudança apenas aparente,
existente até que cesse a força que o impeliu a adotar aquela atitude de falsa mudança.
No ambiente familiar, a implantação é muito mais simples, não somente pelo número de
pessoas envolvidas, mas principalmente pela natureza das relações entre estas pessoas, onde
a credibilidade, a confiança, o respeito mútuo e a união estão fortemente exercitadas,
construídas e compartilhadas entre os seus membros.
Primeiro passo
Para dar início à implantação dos conceitos 5S é essencial envolver todas as pessoas da
organização ou da empresa.
Segundo passo
Dividir a empresa em áreas físicas em que a equipe daquela área pretende implantar os 5
sensos.
Exemplos
• Carpintaria;
• Manutenção Civil;
SENAI-SP 64
• Ferramentaria;
• Depósito;
• Escritórios;
• Restaurante;
• Área de arquivos.
Terceiro passo
Após definidas as áreas físicas onde serão implantados os 5 sensos, deve-se observar cada
um dos itens.
Espaço
Local próprio para a execução de tarefas, trânsito de pessoas, equipamentos, materiais ou área
para guarda/depósito de ferramentas, materiais, equipamentos, matéria-prima e dispositivos.
Exemplo: Salas, oficinas, cozinha, depósitos etc.
Mobiliário
Bens utilizados para acomodar pessoas, materiais ou equipamentos, decorar ambientes ou
ainda guardar documentos.
Exemplo: Cadeira, mesa, arquivo, armário, estante, porta-clips, escada, quadro etc.
Dispositivos
Todo equipamento mecânico, elétrico ou eletrônico utilizados na execução de uma tarefa, de
forma acessória.
Exemplo: Terminal de computador, luminárias, tomadas elétricas, extintor de incêndio,
calculadora, ferramentas manuais, grampeador etc.
Documentos
Toda informação e/ou comunicado que tenha como meio o papel ou registroeletrônico e cuja
finalidade seja servir de consulta, leitura, fonte de dados ou estudo.
Exemplo: Relatórios, gráficos, folha de dados, livros, boletins, manuais, mensagens de correio
eletrônico, software etc.
Matéria-prima
Material de consumo empregado ou utilizado para desenvolver as atividades ou executar as
tarefas de proteção da equipe e/ou conforto da equipe.
Exemplo: Fios, cabos, peças de reposição (componentes mecânicos, elétricos e eletrônicos),
material de limpeza e higiene, caneta, blocos de papel em branco, clips, borracha, impressos
e formulários virgens, EPI (Equipamentos de Proteção Individual), copos para café, água etc.
SENAI-SP 65
Avaliar a real necessidade de tê-los. Mantenha apenas o necessário e justificável no local de
trabalho. Admita adaptações criativas, mas não permita improvisações perigosas.
Implantação
Colocar os excessos à disposição de outras pessoas. Promover a venda ou sucateamento do
inservível. Providenciar a reposição daquilo que estiver faltando. Para repor ou adicionar
mobiliário, aproveite o descarte das outras áreas e pessoas, em primeiro lugar.
Manutenção
SENAI-SP 66
Exercícios de Cinco Sensos:
(3º Questão) – Quais os benefícios para uma empresa que implanta o 5S?
(4º Questão) – Quais são os tipos de desperdícios que ocorrem em uma fábrica?
(6º Questão) – Tire uma foto de um lugar da sua casa, ou de um lugar que você passa, ou
onde você trabalha que esta necessitando de 5S (COLE AQUI). E depois proponha uma
melhoria baseada no 5S.
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Tipos de Leiaute
SENAI-SP 79
– Tipo de produto a ser produzido: o tamanho ou a natureza do produto pode exigir
um Leiaute de fábrica diferenciado. Nesses casos é preciso adaptar-se.
Uma fábrica com Leiaute de fábrica customizável é aquela que pode, de acordo com a
demanda, adaptar-se a vários tipos de produção. Ter uma fábrica assim precisa ser
pensado desde o projeto, pois precisa ser funcional o bastante para que essa
customização ocorra sem problemas. Há também as fábricas que possuem um tipo fixo de
leiaute, pois já conhecem suas demandas e as variações que podem ocorrer em torno
delas.
Leiaute linear
Nesse modelo o maquinário fica lado a lado e favorece um sistema produtivo em massa,
ou seja, em larga escala e com baixa variedade de produtos em uma linha de produção.
Estas linhas são normalmente dedicadas para a produção de um tipo exclusivo de
produto. Dessa forma, tudo acontece sempre da mesma maneira em uma sequência
única. Apesar de bastante engessado, é muito eficiente para a produção em massa de um
mesmo produto, pois exige pouco dos operadores (o comando é sempre o mesmo).
Leiaute funcional
Nesse tipo de Leiaute de fábrica o maquinário e os processos ficam divididos por tipo,
criando um setor com máquinas destinadas a mesma área. Por exemplo, um produto que
após fabricado precise de pintura, há um setor exclusivo onde todo o maquinário para
esse fim está armazenado junto. Este leiaute é mais utilizado para produção em lotes
(batelada). A vantagem é que a fábrica pode ter variabilidade de produtos. Varia-se
SENAI-SP 80
apenas a sequência de locais os quais a peça precisa passar. Outro benefício é o
agrupamento de profissionais de um mesmo setor em um único lugar. Isso facilita a troca
de informações e a parceria entre eles. Em contrapartida, dividir o ambiente por função
acaba muitas vezes dificultando o diálogo entre setores diferentes, o que pode ocasionar
muitas vezes erros de execução por falha na comunicação.
Leiaute celular
É um híbrido entre linear e funcional. Ao mesmo tempo que fica dividida por setores,
também segue uma lógica de produção com o objetivo de diminuir o tempo de
atravessamento de um produto na linha de produção/montagem. Este modelo de Leiaute
fabril aumenta a velocidade do sistema e agrega flexibilidade no sistema produtivo, já que
as células de manufatura podem produzir produtos diferentes e atender a demandas que
uma linha seriada não conseguiria.
Leiaute posicional
Nesses casos, dificilmente a fábrica trabalha com outros tipos de Leiaute de fábrica. O que
pode ocorrer é que a produção de algumas peças obedeça outras lógicas e a montagem
do produto final seja feita dessa forma.
SENAI-SP 81
Sistemas de Produção
SENAI-SP 82
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SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE
Princípios da qualidade
A filosofia da qualidade tem como princípios: Total satisfação dos clientes; Gerência
participativa (interessada no que as pessoas podem contribuir); Desenvolvimento do ser
humano; Constância de propósitos; Aperfeiçoamento contínuo; Gerência de processos;
Delegação; Disseminação de informações; Garantia de qualidade; e Não aceitação de
erros.
Para buscar a qualidade total as empresas devem apoiar-se nas normas NBR ISO 9000
que traçam as ações para gerenciar uma empresa através da gestão da qualidade total.
A qualidade deve existir na empresa em todas as suas áreas e níveis para a satisfação
do cliente interno (próximo serviço) e externo.
SENAI-SP 97
Como o produto da construção é vendido antes de ser materializado, ele necessita de
constantes ações preventivas. Assim, o erro deve ser identificado tão antes quanto
possível para reduzir as despesas da empresa, em termos de recursos físicos e
financeiros.
Isto resulta num processo de melhoria contínua. Para isso, controla-se o que está sendo
produzido, tomam-se ações corretivas quando necessário e estimula-se a participação
de todos na elaboração de documentos, além de disseminar conceitos e práticas das
normas e de especificações em uso.
As ISO 9001, 9002 e 9003 são utilizadas em situações contratuais. Assim, elas devem
ser aplicadas nas exigências de procedimentos para alimentar, como análise de
contrato, controle de documentos, controle de produtos não conformes, ação corretiva,
registro da qualidade e treinamento.
A série ISO 9000 visa às boas práticas gerenciais. Porém, seu uso aumenta a confiança
na conformidade (qualidade) dos produtos. A NBR ISO 9001/2015 serve de base para a
certificação de sistemas.
SENAI-SP 98
1.2. Manual da qualidade
1.2.1. Conteúdo
O manual da qualidade é único para cada organização. Este Relatório Técnico permite
flexibilidade na definição de sua estrutura, formato, conteúdo ou método de
apresentação, para a documentação do sistema de gestão da qualidade para todos os
tipos de organizações. Uma pequena organização pode julgar apropriado incluir a
descrição de todo seu sistema de gestão da qualidade em um único manual, incluindo
todos os procedimentos documentados requeridos pela NBR ISO 9001. Grandes
organizações ou multinacionais normalmente precisam de vários manuais, nos níveis
globais, regionais ou nacionais, e uma hierarquia de documentação mais complexa.
Outras informações, tais como a linha de negócios, uma breve descrição de sua
experiência, sua história, e tamanho, também podem ser incluídas.
Convém que o título e/ou escopo do manual da qualidade defina a organização à qual o
manual se aplica. Convém que o manual contenha referências às normas específicas do
sistema de gestão da qualidade nas quais o sistema de gestão da qualidade está
baseado.
1.2.3. Sumário
Convém que o sumário do manual da qualidade liste os números e títulos de cada seção
e sua localização.
SENAI-SP 99
1.2.5. Política e objetivos da qualidade
1.2.7. Referências
Convém que o manual da qualidade reflita os métodos utilizados pela organização para
satisfazer sua política e objetivos.
SENAI-SP 100
1.2.9. Apêndices
1.3.2. Conteúdo
Título
Propósito
Escopo
Responsabilidade e autoridade
SENAI-SP 101
Descrição de atividades
c) definição do que precisa ser feito, por quem ou qual função na organização; porque,
quando, onde e como;
e) definição dos recursos necessários para a realização das atividades (em termos de
pessoal, treinamento, equipamentos e materiais);
A organização pode decidir que alguma das informações acima é mais apropriada em
uma instrução de trabalho.
Registros
Convém que os formulários a serem usados para esses registros sejam identificados
conforme aplicável.
Convém que seja definido o método necessário para completar, arquivar e manter os
registros.
SENAI-SP 102
Apêndices
1.4.2. Conteúdo
SENAI-SP 103
1.4.3. Tipos de instruções de trabalho
Embora não haja uma estrutura ou formato requerido para instruções de trabalho,
convém que estas incluam o propósito e o escopo do trabalho e os objetivos, e façam
referência aos procedimentos documentados pertinentes. Qualquer que seja o formato
ou combinação escolhido, convém que as instruções de trabalho estejam em ordem ou
em seqüência das operações, refletindo, precisamente, os requisitos e atividades
relevantes. Para reduzir a confusão e a incerteza, convém que um formato ou estrutura
consistente seja estabelecido e mantido. Um exemplo de instrução de trabalho é
apresentado no anexo B.
Convém que a organização forneça evidências claras da análise crítica e aprovação das
instruções de trabalho e do nível e data da revisão.
1.4.5. Registros
Onde aplicável, convém que os registros especificados nas instruções de trabalho sejam
definidos nesta seção ou em outras seções relacionadas. Os registros mínimos
requeridos são identificados na NBR ISO 9001.
Convém que seja estabelecido o método requerido para completar, arquivar e manter os
registros.
Convém que os formulários a serem usados para estes registros sejam identificados,
como aplicável.
Onde praticável, convém que a natureza das alterações seja identificada no documento
ou nos anexos apropriados.
Com relação aos indicadores de desempenho, eles podem ser classificados conforme a
natureza, a abrangência e a finalidade:
SENAI-SP 104
satisfação do cliente, segurança do trabalho, relações de trabalho, qualificação e
econômico-financeiro.
SENAI-SP 105
Com relação ao procedimento de especificação de materiais, tem-se orientações para
aquisição, determinação dos lotes, verificação de recebimento (ensaios, visuais,
quantitativo, inspeção), critérios de aceitação (nota fiscal, resultados de ensaios) e
orientação para armazenamento.
De forma simplificada, gerenciar riscos significa: a) identificar aquilo que pode, em algum
momento futuro, afetar a sua empresa, e se preparar para lidar com esses efeitos.
O plano de Contingência entra em uma situação em que não é possível eliminar o risco.
Ele é usado em situações em que, por mais que se reduza a chance de que o risco
aconteça, sempre haverá uma possibilidade (mesmo que pequena e bem monitorada)
de incidência. Dessa forma, mesmo atuando preventivamente, é preciso fazer mais.
O Plano de Contingência é elaborado para riscos que podem trazer impactos muito
severos para a empresa, como costuma-se dizer: “podem fazer muitos estragos!”.
E esses estragos podem ter diferentes efeitos. Eles podem causar danos à reputação da
organização, fazendo com que ela perca clientes. Podem prejudicar a cadeia de
abastecimento, fazendo com que a empresa fique sem fornecedores, o que pode fazer
com que a produção pare. Podem até mesmo dizer respeito à vida das pessoas que
trabalham na empresa, colocando os colaboradores em risco.
Entenda que todos os riscos são importantes e devem ser gerenciados. Porém, cada
risco deve ser tratado com a intensidade necessária. Assim, quando o impacto é muito
alto e a probabilidade também, mesmo trabalhando muito fortemente na prevenção, às
vezes é preciso ter um “Plano B” caso o risco venha a incidir. Um plano que ajude a
empresa a lidar da melhor forma possível com os efeitos da incidência do risco. E isso é
um Plano de Contingência.
1
Texto adaptado de RAMOS, Davidson (2019) O Plano de Contingência e a Gestão de Riscos disponível em
https://blogdaqualidade.com.br/plano-de-contingencia-gestao-de-riscos/, acesso em 14/03/19
SENAI-SP 106
Dessa forma, podemos dizer que um Plano de Contingência é algo feito para lidar com
as consequências de um risco. Seja ele uma ameaça ou oportunidade!
O Plano de contingência, além de servir para minimizar danos, também serve para
manter as pessoas da empresa calmas na hora da tempestade. Eles são destinados a
conter efeitos muito graves, ou seja, situações que as pessoas teriam dificuldades para
contornar. Assim, é fundamental que se promova treinamento sobre esse plano,
incluindo simulações, exercícios e tudo que for necessário.
Não adianta nada ter um Plano de Contingência perfeito no papel, mas ninguém saber
que ele existe. As pessoas têm de saber que ele existe, tem de ser conscientizadas a
respeito de sua seriedade. Mais importante ainda, elas têm de saber como executá-lo
caso necessário.
Por exemplo, uma casa de materiais de construção aposta no alto giro, assim, cimento é
o meu produto chave. E ficar sem esse produto é um risco. Então requisita-se dos
fornecedores de cimento Planos de Contenção para o caso de eles não conseguirem as
matérias primas necessárias para produzir o produto. Dessa forma, sabe-se que o
abastecimento não será prejudicado.
SENAI-SP 107
Da reunião devem participar também técnicos da empresa, que trazem uma visão
operacional da sua organização.
O diagnóstico deve ter objetivos claros e ser aplicado nos setores da empresa.
SENAI-SP 108
Armazenagem de resíduos
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define resíduo como qualquer coisa que seu
proprietário não quer mais e que não possui valor comercial.
A ABNT NBR 10.004 define os resíduos sólidos como resíduos nos estados sólidos e
semisólidos, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar,
comercial, agrícola, de serviços e de varrição.
Classificação de Resíduos
Classe I: Perigosos
SENAI-SP 109
Características
Código de Constituintes
Fonte Geradora Resíduo Perigoso da
Identificação Perigosos
Periculosidade
Resíduos provenientes de
etapas de limpeza com
Fabricação de Cromo, chumbo, Inflamável,
K078 solventes empregadas
Tintas solventes tóxico
em processos de
produção de tintas
Manuseio
Atentar para a compatibilidade química entre os diferentes tipos de resíduos para evitar
reações indesejadas.
SENAI-SP 110
Segregação e Identificação
Tem como finalidade evitar mistura de resíduos incompatíveis, visando com isso contribuir
para o aumento da “qualidade” de resíduos que possam ser recuperados ou reciclados e
diminuir o volume a ser tratado ou disposto.
A identificação dos resíduos serve para garantir a segregação realizada nos locais de
geração e deve estar presente nas embalagens, contêineres, nos locais de
armazenamento, e nos veículos de coleta interna e externa. Para identificação dos
resíduos devem-se utilizar os códigos de cores baseados na resolução CONAMA nº
275/01, procurando sempre orientar quanto ao risco de exposição.
Acondicionamento
Armazenamento
A NBR 12235 – Armazenamento de resíduos sólidos perigosos fixa as condições exigíveis
para o armazenamento de resíduos sólidos perigosos de forma a proteger a saúde pública
e o meio ambiente.
SENAI-SP 111
O armazenamento dos resíduos deve ser feito de modo a não alterar nem a quantidade
nem a qualidade do resíduo.
Nenhum resíduo perigoso pode ser armazenado sem análise prévia de suas propriedades
físicas e químicas, uma vez que disso depende sua caracterização como perigoso ou não
e o seu armazenamento adequado.
10. Garantir cobertura e boa ventilação dos recipientes, colocados sobre base de
SENAI-SP 112
concreto ou outro material que impeça a lixiviação e percolação de substâncias
para o solo e águas subterrâneas;
Impresso MCE - Resíduos Industriais - Folha Adicional, com informações sobre geração,
composição e destinação de resíduos industriais;
SENAI-SP 113
Destinação de resíduos
Segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS, Lei Nº 12.305), entende-se por
destinação final ambientalmente adequada a destinação de resíduos que inclui a
reciclagem, a compostagem, a recuperação, o aproveitamento energético ou outras
destinações admitidas pelos órgãos competentes do Sisnama, do SNVS e do Suasa, entre
elas a disposição final (isto é, a distribuição ordenada de rejeitos em aterros), observando
normas operacionais específicas de modo a minimizar os impactos. Ainda segundo a
PNRS a seguinte ordem de prioridade deve ser seguida na gestão e gerenciamento dos
resíduos sólidos: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento e, por fim, a
disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.
Tratamento
A compostagem consiste num processo biológico aeróbio (isto é, que ocorre na presença
de oxigênio) no qual a matéria orgânica é degradada, transformando-se em um produto
que pode ser usado como adubo, o composto orgânico. Já a digestão anaeróbia é um
processo biológico que ocorre na ausência de oxigênio e resulta na formação de gases e
líquidos.
Incineração
SENAI-SP 114
Co-processamento
Beneficiamento ou Recuperação
Aterro Industrial
Técnica de disposição final de resíduos sólidos perigosos ou não perigosos, que utiliza
princípios específicos de engenharia para seu seguro confinamento, sem causar danos ou
riscos à saúde pública e à segurança, e que evita a contaminação de águas superficiais,
pluviais e subterrâneas, e minimiza os impactos ambientais. Fonte: Política Estadual de
Resíduos Sólidos.
SENAI-SP 115
Responsabilidade na destinação dos resíduos
Responsabilidade do Gerador
Responsabilidade do Receptor
SENAI-SP 116
Segurança no trabalho
apparata.nl/nieuws/mannen-verkiezen-elektrische-schok-boven-gebrek-aan-smartphone-8132
Neste capítulo, você vai aprender temas ligados à segurança no trabalho. Identificará
riscos à saúde e segurança do trabalhador e as formas de proteção à esses riscos.
Acidentes de trabalho
SENAI-SP 117
A seguir você poderá aprender mais sobre conceitos relacionados a acidentes de
trabalho, bem como tipos de acidentes de trabalho e suas características
Conceitos
segurancasaude.blogspot.com.br/2011/08/voce-sabe-comoō-proceder-em-caso-de.html
SENAI-SP 118
Risco x Perigo
CONSEQUÊNCIA (dano)
SENAI-SP 119
Acidentes de Trabalho: Tipos e Características
Você aprenderá agora sobre os três tipos de acidentes de trabalho: acidente típico,
de trajeto e doença profissional ou do trabalho. Estas definições correspondem à Lei nº
8.213/91, nos artigos 20 e 21. Vamos lá?
pojoslaw/iStock/Thinkst
Exemplo:
Um operário está trabalhando em uma construção civil de um edifício. Quando ele está
em cima do andaime rebocando a parede, acontece um acidente: ele sente tonturas
e cai de uma altura de 2 metros.
SENAI-SP 120
Acidente de trajeto: acidentes de trânsito e outros que possam ocorrer no trajeto
que o trabalhador faz de casa ao trabalho e vice-versa, qualquer que seja o meio de
locomoção, inclusive veículo de propriedade do empregado, em horários e trajetos
compatíveis (PEIXOTO, 2010; MARQUES, 2015).
Entende-se por percurso normal (trajeto compatível) o caminho ordinariamente seguido,
locomovendo-se a pé ou usando transporte fornecido pela empresa, condução própria
ou transporte coletivo urbano.
Assim, quando ocorrer variação de trajeto, por vontade do trabalhador, ou quando
houver interrupção, também por interesse próprio, deixa de caracterizar-se o acidente
do trabalho.
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Exemplo:
Uma auxiliar de escritório faz seu trajeto até o trabalho de motocicleta diariamente.
Certo dia, durante o trajeto, ela colide sua motocicleta em um carro e acaba com
dores no pescoço.
SENAI-SP 121
Doença profissional: a doença profissional também é considerada um acidente e é
desencadeada pelo exercício de um determinada função, segundo MARQUES (2015).
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Exemplo:
SENAI-SP 122
Agentes agressores à saúde
Agentes Físicos
SENAI-SP 123
adetasyapi.com
Você já percebeu que quando ficamos por um período expostos a um som muito
alto temos a impressão de estarmos “surdos” por um tempo? Essa exposição por
pequenos períodos nos dá esta sensação. Já se esses períodos forem grandes e
frequentes, acabamos perdendo nossa audição gradativa e permanentemente.
Agentes Químicos
gomeseaguiar.adv.br
Uma vez absorvida uma substância tóxica, ela entra na circulação sanguínea, provocando
alterações, as quais poderão criar quadros de anemia, alterações nos
Os poucos casos de ingestão encontrados são decorrentes de maus hábitos como roer
as unhas ou limpá-las com os dentes, fumar ou alimentar-se nos locais de trabalho.
SENAI-SP 124
Agentes Biológicos
Esses micro-organismos, em sua maioria, são invisíveis a olho nu. São capazes de
produzir doenças, deterioração de alimentos, mau cheiro, etc. Apresentam muita
facilidade de reprodução.
Os casos mais comuns de manifestação são:
Exemplo:
Agentes Ergonômicos
SENAI-SP 125
excessivo, exigência de postura inadequada, controle rígido de produtividade,
imposição de ritmos excessivos, jornadas de trabalho prolongadas, repetitividade e
outras situações causadoras de stress físico e/ou psíquico, e iluminação inadequada,
ruído.
rd.com/health/conditions/nervous-breakdown-symptoms/
Dores em certas partes do corpo como ombros e costas, por exemplo, são comuns
em pessoas que ficam muito tempo na frente de um computador em uma postura
inadequada. A Microsoft, multinacional norte-americana que desenvolve softwares,
desenvolveu um guia para orientar como trabalhar de maneira saudável. Dê uma olhada
no Guia para a Computação Saudável, e aprenda mais. Disponível em
https://www.microsoft.com/accessories/pt-br/support/ergonomic-comfort#. Acesso em:
05 set. 2016.
SENAI-SP 126
Equipamentos de proteção individual e coletiva
Você estudou que possivelmente estamos ou estaremos expostos à algum tipo de risco
e que esse risco pode nos trazer prejuízos para a saúde. Mas, o que fazer para nos
protegermos?
Para minimizar os riscos de acidentes, é preciso fazer o uso de Equipamentos de
Proteção Individual (EPI) e Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC).
De acordo com a Portaria 3214 de 08 de julho de 1978, em sua Norma
Regulamentadora – NR 6, a empresa é obrigada a fornecer gratuitamente a seus
funcionários os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para proteção adequada
aos riscos existentes no local de trabalho, sempre que as medidas de controle coletivas
forem inviáveis ou estiverem em fase de implantação.
Tipos e Funções
SENAI-SP 127
O quadro 1 a seguir mostra os tipos mais comuns de EPIs e suas aplicações.
DESCRIÇÃO DO TIPO
TIPO DE EPI IMAGEM ILUSTRATIVA
DE PROTEÇÃO
Proteção do crânio
contra impactos,
Capacete choques elétricos e
no combate a
incêndios.
Proteção contra
partículas, luz
Óculos de
intensa, radiação,
Segurança
respingos de
produtos químicos.
Proteção contra
Luvas de
riscos químicos e
Segurança
físicos.
Proteção contra
riscos de origem
Sapato de
térmica, umidade,
Segurança
produtos químicos
e quedas.
SENAI-SP 128
DESCRIÇÃO DO TIPO
TIPO DE EPI IMAGEM ILUSTRATIVA
DE PROTEÇÃO
Protetores
Proteção contra ruídos.
Auriculares
SENAI-SP 129
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA
DESCRIÇÃO DO
TIPO DE EPC IMAGEM ILUSTRATIVA
TIPO DE PROTEÇÃO
SENAI-SP 130
DESCRIÇÃO DO
TIPO DE EPC IMAGEM ILUSTRATIVA TIPO DE
PROTEÇÃO
Os exaustores
servem para
Exaustores para sugar gases e
gases e vapores vapores de
ambientes
fechados.
São utilizados
para garantir um
Ar- padrão
condicinado /
fisiologicamente
aquecedor
para locais aceitável de
frios temperatura para
a execução do
trabalho.
SENAI-SP 131
DESCRIÇÃO DO TIPO DE
TIPO DE EPC IMAGEM ILUSTRATIVA
PROTEÇÃO
A sinalização de
segurança serve para
apontar de forma visual
os perigos de um
Sinalização de ambiente de trabalho.
segurança Também é utilizada para
delimitar áreas seguras
de circulação de pessoas
com demarcação de
corredores.
As fitas antiderrapantes
Fitas servem para ser
antiderrapantes
de degraus de colocadas em pisos e
escada escadas para evitar
escorregões acidentais.
SENAI-SP 132
DESCRIÇÃO DO TIPO
TIPO DE EPC IMAGEM ILUSTRATIVA
DE PROTEÇÃO
Visa a evitar
escorregões e
Piso antiderrapante
quedas na área
protegida.
Ò guarda-corpos
oferece uma barreira
em uma altura
mínima para que
Guarda-corpos
uma pessoa não
corra o risco de cair
de uma determinada
altura.
A sirene de incêndio
é ligada a um
dispositivo de
Sirene de alarme
de incêndio disparo, manual ou
automático e serve
para sinalizar uma
emergência.
SENAI-SP 133
Comportamento seguro
Falta de Atenção
Falta ou não utilizar o EPI adequado
Falta de proteção do equipamento
Correria na execução das atividades
Atitudes imprudentes
Ausência ou negligência na fiscalização.
Não cumprimento de leis trabalhistas.
Negligência aos direitos dos trabalhadores.
Não manutenção ou não reposição de ferramentas e maquinários.
Entre os trabalhadores, apurou-se que há outras atitudes que nos levam àsprincipais
causas de acidentes de trabalho:
SENAI-SP 134
Segundo PEIXOTO (2010), é sabido que no ambiente de trabalho muitos fatores de
ordem física (organização e limpeza precárias) exercem influências de ordem
psicológica sobre as pessoas, interferindo de maneira positiva ou negativa no
comportamento humano conforme as condições em que se apresentam.
De acordo com MARQUES, 2015, além de todas as capacitações, EPIs e EPCs
que o trabalhador recebe para trabalhar de forma segura, ele também precisa ficar
atento com o comportamento seguro, o que nada mais é que a utilização correta dos
equipamentos e ferramentas, seguir com atenção os procedimentos de segurança e agir
com cautela sempre que houver riscos.
Você sabe o que é o QVT? As siglas significam Qualidade de Vida no Trabalho, e isso
é, basicamente, o seu nível de satisfação com o seu ambiente corporativo, o
prazer que uma pessoa tem em seu trabalho. Esse termo tomou força nos anos 60
quando cientistas sociais, empresários e o sindicato começaram a perceber que a
qualidade de vida corporativa dos funcionários influenciava diretamente em seu
rendimento, saúde, bem-estar e eficácia. Eles entenderam que um funcionário que
trabalha em um ambiente bom e é feliz e motivado no trabalho acaba produzindo
mais e melhor. Nos anos 70, principalmente nos Estados Unidos, o termo deixou de ser
apenas uma expressão e começou a ser colocado em prática nas empresas.
SENAI-SP 135
para os funcionários, que estarão mais felizes e motivados, e para a empresa que terá
uma equipe produtiva, eficaz e que fará a empresa crescer continuamente.
Evite fofocas: não pode confundir o local de trabalho com escola. Todos são
profissionais e devem se tratar como tal. Fofocas tornam o clima pesado e
pode acabar criando rivalidade entre as equipes, dividindo assim a empresa;
Seja pontual e cumpra seus prazos: cumprir sua jornada diária dentro dos
horários estabelecidos e cumprir seus prazos evitarão que suas atividades se
acumulem e que você acabe sendo visto como irresponsável pelos seus
superiores. Ao demonstrar responsabilidade e compromisso, maiores serão as
chances de você ser reconhecido e, consequentemente, se sentir motivado;
Trabalhe em equipe: contar com o apoio dos seus colegas durante a realização
das atividades torna o trabalho ainda mais produtivo, isso sem contar que é
benéfico para o clima corporativo, pois você criará laços e confiança em sua
equipe;
SENAI-SP 136
Cuidados com a saúde
Postura
A forma como você se senta pode prejudicar a sua coluna, gerando um esgotamento
físico e mental precoce e agudo. Não comprometa o seu rendimento, procure uma
cadeira com boa ergonomia e sente-se adequadamente como na imagem a seguir.
Levante-se da cadeira
Para quem precisa trabalhar sentado, exercícios simples de alongamento vão trazer
maior oxigenação e ajudar no reposicionamento do corpo para alcançar o equilíbrio
postural.
Ter o líquido à mão, e não levantar para buscar um copo apenas quando sente sede, é
boa estratégia para aumentar o consumo. Na verdade, quando sentimos sede nosso
organismo já está desidratado. É importante não chegar a esse ponto. Isso também
ajuda a controlar o peso. O cérebro confunde sinais de fome com sinais de sede, e
várias vezes acabamos comendo para matar sede.
Para comer entre as refeições, as melhores opções são as ricas em proteína e fibras,
mas com baixo teor de gordura e carboidratos. Isso garante saciedade por mais tempo.
Mais fácil é carregar para o escritório frutas com casca. Banana, por exemplo, é prática
e dá uma boa segurada no apetite. Porções de oleaginosas e barras de proteína
também são pedidas magras.
SENAI-SP 137
Administração de stress
Essa é difícil. Quando o prazo do relatório aperta e você começa a pensar no chefe e
no seu emprego, bate o desespero. É preciso se controlar. Até o mais experiente dos
profissionais cai de rendimento quando está muito ansioso ou estressado. Se for
preciso, levante-se e vá para algum ambiente externo para respirar ar puro. Este tempo
“perdido” recompensará em muito no decorrer do dia.
Conceitos e aplicações
SENAI-SP 138
Normas Regulamentadoras
A seguir alguns exemplos de NRs que podem ser aplicadas pelo Assistente
Administrativo, para garantir a segurança do trabalho nas empresas e instituições que
atuar:
Nº da NR Tema da NR
NR 01 Disposições Gerais
NR 17 Ergonomia
NR 26 Sinalização de Segurança
NR 28 Fiscalização e Penalidades
SENAI-SP 139
Orientações de prevenção de acidentes
Mapa de riscos
Mapa de riscos é uma representação gráfica dos pontos de riscos encontrados nos
locais de trabalho, que podem causar prejuízo à saúde dos trabalhadores. É uma
maneira fácil e rápida de representar os riscos de acidentes de trabalho. O
mapeamento permite a identificação de locais perigosos localizando pontos ainda
vulneráveis da empresa e ajuda a desenvolver atitudes mais cautelosas por parte
daqueles que estão expostos a esses riscos, os trabalhadores. Como identifica riscos,
o mapa auxilia o profissional a encontrar soluções que irão contribuir para a eliminação
e/ou controle dos riscos detectados. (FERREIRA; PEIXOTO 2012).
É utilizado para indicar todos os pontos de riscos que a CIPA (Comissão Interna
de Prevenção de Acidentes) encontrar e, tornar possível sua visualização no ambiente
por todos os trabalhadores do local, pelo Serviço de Segurança e Medicina do Trabalho
(SESMT), pela administração da empresa e até mesmo por visitantes. (PEIXOTO
2010).
Esta representação é feita por meio de círculos de diferentes tamanhos e cores,
sobre um desenho do leiaute do local analisado, como pode ser visualizado na
ilustração a seguir.
SENAI-SP 140
Representação da gravidade e da cor correspondente a cada risco ambiental Fonte:
PEIXOTO,2010 apud. CTISM
Para ver um exemplo ilustrativo e saber mais sobre mapa de riscos, acesse:
areaseg.com/sinais/mapaderisco.html
uff.br/enfermagemdotrabalho/mapaderisco.htm
SENAI-SP 141
Inspeções de segurança
Modalidades de inspeção
SENAI-SP 142
Sinalizações de segurança
SENAI-SP 143
Sinalização que utiliza a cor vermelha.
Sinalização que utiliza a cor verde. Fonte: PEIXOTO, 2010 apud. CTISM
SENAI-SP 144
Lembre-se das cores:
Vermelho → PERIGO
Amarelo → CUIDADO
Azul→ AVISOS
Verde→ SEGURANÇA
Laranja → ATENÇÃO
Palavras de advertência
Sinalização de interdição
Forma arredondada.
Pictograma sobre fundo branco, bordado com tarja vermelha e uma diagonal,
também vermelha.
Sinalização de interdição
Sinalização de alerta
- Forma triangular.
- Pictograma sobre fundo amarelo, bordado de preto.
SENAI-SP 145
- Forma arredondada.
- Pictograma branco sobre fundo azul.
-
Sinalização de segurança
SENAI-SP 146
Conceitos
Manutenção adequada.
• Não jogue pontas de cigarro pela janela, nem as deixe sobre armários, mesas,
prateleiras.
Respeite as proibições de fumar e acender fósforos em locais sinalizados.
Evite o acúmulo de lixo em locais não apropriados.
Não cubra fios elétricos com tapete.
SENAI-SP 147
Coloque os materiais de limpeza em recipientes próprios e identificados.
Combate a incêndios
Extintores
- Extintor de espuma.
- Extintor de água pressurizada: o agente extintor é a água.
- Extintor de gás carbônico.
- Extintor de pó químico seco.
SENAI-SP 148
Quadro indicativo das classes de fogo
(*) Com a corrente elétrica desligada a classe C se torna um fogo de classe A ou B. Fonte:
PEIXOTO, 2010 apud. CTISM
SENAI-SP 149
Providências a serem tomadas em caso de incêndio
A brigada de incêndio não tem todos os recursos e não domina todas as técnicas
de combate ao fogo. Portanto, um membro da brigada deve chamar, imediatamente, o
Corpo de Bombeiros (193).
Antes de dar combate ao incêndio, deve ser desligada a entrada de força e ligada a
emergência.
Acionar o botão de alarme mais próximo ou telefonar para o Corpo de Bombeiros
quando não conseguir a extinção do fogo.
Fechar portas e janelas, confinando o local do sinistro.
Isolar os materiais combustíveis e proteger os equipamentos, desligando-os da rede
elétrica.
Comunicar o fato à chefia envolvida ou ao responsável do mesmo prédio.
Existindo muita fumaça no ambiente ou local atingido, usar um lenço como máscara
(se possível molhado), cobrindo o nariz e a boca.
Para se proteger do calor irradiado pelo fogo, sempre que possível, manter molhadas
as roupas, cabelos e calçados.
Sair dos lugares onde há muita fumaça.
Não suba, procure sempre descer pelas escadas.
Não corra nem salte, evite quedas que podem ser fatais.
Não tire as roupas, pois elas protegem seu corpo e retardam a desidratação.
Se suas roupas se incendiarem, jogue-se no chão e role lentamente. Elas se
apagarão por abafamento.
SENAI-SP 150
PPRA
Conceito e Finalidades
SENAI-SP 151
Classificação dos principais riscos ocupacionais em grupo.
Fonte: PEIXOTO, 2010 apud. CTISM
SENAI-SP 152
Exposição ao risco
SENAI-SP 153
Exemplos de distâncias para localização de depósitos de combustível:
Conforme NR 20 item 20.2 - Fica definido como “líquido inflamável” todo aquele que
possua ponto de fulgor igual ou superior a 70 ° C (setenta graus centígrados) e pressão
de vapor que não exceda a 2,8 Kgf/cm2 absoluta a 37,7° C (20.2.1).
Quando o líquido inflamável tem o ponto de fulgor abaixo de 37,7° C, ele se classifica
como líquido combustível de Classe Ι (20.2.1.1).
SENAI-SP 154
Armazenagem de materiais perigosos:
Identificação
Merece também ser lembrado que deve ser impedida a aproximação de cargas
impregnáveis de outras passíveis de forte exalação; aproximação de volumes
sujeitos a vazamentos de outros passíveis de avarias, inclusive, por
contaminação. Alguns produtos cujo cheiro pode avariar outras cargas são, por
exemplo, bacalhau, café, fumo, charque, peles, couros, madeiras, carvão,
naftalina, borracha, fertilizantes e vegetais, cuja fermentação desprende odores
fortes.
Cada produto tem um número de identificação e um nome próprio que lhe são
peculiares, ambos atribuídos pela IMO. Esse nome e número devem constar em
qualquer documento relativo a esse produto enquanto carga.
SENAI-SP 155
CLASSES DE CARGAS PERIGOSAS
Classe l - EXPLOSIVOS
Subdivisões da Classe l:
1.1- Substâncias que apresentem risco de explosão de toda a sua massa (Baixo
ponto de fulgor);
1.2- Substâncias que apresentem risco de projeção, mas não de explosão de toda
a sua massa (Médio ponto de fulgor);
Classe 6-VENENOS
Classe 7 - RADIOATIVO
Classe 8 - CORROSIVOS
Para que as equipes atuando nas áreas de armazenagem da sua empresa não
esqueçam das classes de carga perigosa, anote a seguinte fórmula mnemônica,
transcreva-a e entregue a cada membro da equipe:
1 2 3 4 5 6 7 8 9
EX GA LI SOL OXI VE RA CO ES
SENAI-SP 156
Figura 16 –Tabela de Rótulo de Riscos. Manual Abiquim
Localização
Todo material precisa estar com a identificação visível disponível, pois não pode
existir dúvidas na movimentação destes materiais.
SENAI-SP 157
Figura 17 –Fotos de Produtos Perigosos identificados.
Manipulação
Todos os profissionais que manuseiam produtos classificados como perigosos,
precisam fazer um curso de instrução de manuseio deste tipo de produtos.
SENAI-SP 158
SEGURANÇA NA MOVIMENTAÇÃO MANUAL DE CARGA
Manuseio incorreto de cargas pode trazer aos trabalhadores sérias conseqüências, tais
como: dores na costas, desvios de coluna, mãos e pés esmagados etc.
Levantamento e a movimentação manual de cargas exigem a obediência a certas
regras básicas, a fim de eliminar os riscos de acidentes e, conseqüentemente, evitar
que as pessoas se tornem incapazes para o trabalho e para o lazer.
Antes de levantar uma carga, verifique:
SENAI-SP 159
Se irá precisar de ajuda.
volume é muito pesado para você?
precisará do auxílio de algum colega?
precisará utilizar algum acessório para movimentar a carga?
SENAI-SP 160
Segure a carga firmemente, usando a palma das mãos e todos os dedos.
consiga uma boa “pega” e verificando antes se não há rebarbas ou superfície cortantes.
Levante a carga, pouco a pouco, usando somente a força da pernas. Respire fundo e
segure o ar nos pulmões durante o levantamento.
mantenha os braços estendidos, pois ajudam a manter as costas retas;
cuidado para não perder o equilíbrio;
lembre-se da posição dos pés.
SENAI-SP 161
Faça seu percurso mantendo a carga junto ao corpo e centralizada entre as pernas.
mantenha a coluna vertebral na posição reta.
SENAI-SP 162
Planejamento e controle da produção
PCP como Programação e Controle da Produção, será definido como "Um conjunto de
funções inter-relacionadas que objetivam comandar o processo produtivo e coordená-lo
com os demais setores administrativos da empresa".
O objetivo do PCP é proporcionar uma utilização adequada dos recursos, de forma que
produtos específicos sejam produzidos por métodos específicos, para atender um plano de
vendas aprovado.
Também podemos dizer que o objetivo do PCP é fornecer informações necessárias para o
dia-à-dia do sistema de manufatura reduzindo os conflitos existentes entre vendas,
finanças e chão-de-fábrica.
Para atingir estes objetivos o PCP reúne informações vindas de diversas áreas do sistema
de manufatura.
SENAI-SP 163
•1. Aprazamento
2. Roteiro
Estabele da melhor sequencia ou fluxo para atender ao plano de produção. Quanto mais
operações um produto contém, melhor deve ser o roteiro para estabelecer o caminho do
produto na produção
3. Emissão de Ordens
SENAI-SP 164
montagem, corte , dentre muitos outros possíveis nomes que levam à siglas como OT, OF,
OS, OM, OC etc.
Com isso, se você precisa produzir 1000 unidades do parafuso M10 (código 123M100)
para o dia 2 de maio de 2020 e 500 unidades do mesmo parafuso para o dia 25 de maio
de 2020, você precisará gerar duas ordens de produção.
Chamamos de ciclo de vida da ordem de produção, que pode ir desde o seu planejamento
até o seu encerramento. Por meio desse ciclo, a OP se torna o elo entre PCP e compras,
produção e estoques, e sem ele seria impossível executar o planejamento, a programação
e o controle da produção.
A ordem de produção é fundamental para a gestão industrial. Por meio dela você e sua
equipe irão conseguir iniciar o processo de gestão de toda a sua produção, desde o
planejamento e controle da produção até a gestão de compras e estoques.
Sem OPs a sua produção ficará sem rumo e provavelmente haverá diversos atrasos,
perdas de materiais, falta de informações sobre quantidades de materiais em estoque,
falta ou excesso de materiais no almoxarifado, paradas de máquina de máquina
desnecessárias, entre outros problemas.
SENAI-SP 165
Ordem de produção gerado por um sistema industrial
SENAI-SP 166
4. Liberação da Produção
A liberação representa o sinal verde para que todos os recursos sejam mobilizados e
coordenados para a execução das ordens.
Os principais fatores responsáveis por esta diferenciação são: tipo de indústria, tamanho
da empresa e diferenças entre estruturas administrativas.
Estas atividades são necessárias para a consecução dos objetivos do PCP, mas não
necessariamente deverão estar todas sendo executadas numa área específica. Isto
dependerá da configuração organizacional adotada pelo sistema de manufatura.
SENAI-SP 167
No entanto lembramos que o uso dessa abordagem requer cuidados para não se incorrer
em sub-otimização.
SENAI-SP 168
Previsão de Demanda
As análises das futuras condições de mercado e previsão da demanda futura, são da
maior importância para a elaboração do Planejamento de Longo Prazo.
Mesmo em indústrias que fabricam produtos sob encomenda, onde não se faz nenhum
estudo formal de previsão de demanda, a alta direção pode fazer conjecturas sobre o
estado da economia e o seu impacto nos negócios futuros da empresa.
SENAI-SP 169
A atividade de planejamento agregado nem sempre é considerada de forma isolada como
nesta análise acadêmica.
Este horizonte de planejamento pode variar de 4 à 12 meses, sendo que quanto menor for
o horizonte de tempo maior será a acuracidade do PMP. Lembramos que quando existem
diversas combinações de componentes para se obter o produto, pode ser preferível
elaborar o PMP com base em produtos de níveis intermediários.
Planejamento de Materiais
SENAI-SP 170
Planejamento e Controle da Capacidade
É a atividade que tem como objetivo calcular a carga de cada centro de trabalho para
cada período no futuro, visando prever se o chão-de-fábrica terá capacidade para
executar um determinado plano de produção para suprir uma determinada demanda de
produtos ou serviços.
SENAI-SP 171
reabastecidos e suas datas associadas de término de fabricação e chegada de
fornecimento externo.
• Programação no nível de Liberação da Produção - determina para cada ordem de
fabricação, quando é necessário iniciar a fabricação e quanto é preciso trabalhar em
cada uma das operações planejadas. Isso é possível pelo conhecimento do tempo de
passagem de cada componente, o qual contém o tempo de processamento e de
montagem de cada operação, os tempos de movimentação e espera existentes entre
cada operação.
Tem como objetivo acompanhar a fabricação e compra dos itens planejados, com a
finalidade de garantir que os prazos estabelecidos sejam cumpridos.
Caso algum desvio significativo ocorra, o Controle da Produção e Materiais deve acionar
as atividades de PMP e Planejamento de Materiais para o replanejamento necessário ou
acionar a atividade de Programação e Sequenciamento da Produção para reprogramação
necessária.
Folha de Processos
Cada peça possui a sua folha de processos elaborada previamente pela Engenharia
Industrial com auxílio das informações e solicitações de montagem enviadas pelo cliente.
SENAI-SP 172
Os responsáveis pela tarefa e todos os envolvidos devem ler e entender todas as
informações e certificar-se de que todos os processos foram realizados de acordo com as
instruções.
Isso é imprescindível especialmente porque evita erros por falha de informação. Quando
não há o entendimento pleno sobre o que o cliente precisa e o que será feito, pequenas
inconsistências podem surgir. Sendo assim, a elaboração e a aprovação da folha de
processos talvez seja o ponto de partida principal para a montagem de placas eletrônicas
de excelência.
SENAI-SP 173
Anotações necessárias em uma folha de processos
Elaborar uma boa folha de processos vai depender muito de como a fábrica funciona. Por
isso, não existe um modelo 100% fechado. Inclusive, é interessante que o documento não
seja engessado a ponto de não contemplar especificidades de cada trabalho. Algumas
informações são indispensáveis para uma boa comunicação. Sem elas, pode haver erros
de produção. Observe atentamente cada uma delas:
Identificação do produto
Pode parecer algo óbvio, mas documentos sem identificação podem ser confundidos com
outros e causar uma verdadeira confusão. A informação deve ficar bem no início da folha
e deve conter o nome do produto e o código do cliente. Cuidado com nomes parecidos ou
que possam confundir o operador. Busque formas de deixar a identificação explícita
quanto possível.
Cuidados e Verificações
Aqui são descritos alguns cuidados e verificações relevantes que devem ser feitos antes
de iniciar o processo produtivo. Isso vale para o número de peças, ajustes na máquina,
precauções de segurança. É fundamental frisar que, durante o treinamento dos
funcionários, é preciso deixar clara a importância desta etapa. Muitas vezes um simples
ajuste na máquina pode travar todo o processo e ocasionar a perda de materiais.
Fluxo de Processo
Essa é uma das partes que merecem atenção total no momento de executar a folha de
processos, pois o fluxograma deve informar de maneira nítida e objetiva a sequência de
processos a qual o produto deve ser submetido. Assim, o operador consegue ter ciência
sobre o que veio antes e saber o que vem depois. Isso não pode ser deixado de fora, pois
somente com esse procedimento é possível identificar mais facilmente se a montagem
está correndo bem. Se, por exemplo, a etapa anterior previa a colocação de uma camada
de verniz e a placa chega sem esse acabamento imediatamente é possível verificar o que
houve de errado.
Equipamentos e ferramentas
Assim como em uma receita, a folha de processos também coloca em evidência quais
equipamentos e ferramentas precisam ser utilizados naquela etapa. Isso evita qualquer
dúvida no momento de carregar os programas para montagem do produto. A folha de
processos informa o nome exato do programa que deve ser carregado em cada
equipamento utilizado. Ela também mostra a receita do forno de refusão, quando utilizado,
e outras possíveis ferramentas utilizadas no processo.
SENAI-SP 174
Observações de montagem
Aqui entram algumas das especificidades de cada cliente citadas no início do texto. Este
espaço é destinado às observações de montagem ou processos específicos, além do
padrão de montagem que será informado nas próximas etapas. Nesse momento
ressaltamos mais uma vez a necessidade de treinar bem os funcionários para a utilização
da folha de processos. Ela deve ser lida do começo ao fim e respeitada em todos os
detalhes.
Estações de Montagem
SENAI-SP 175
SENAI-SP 176
Recebimento e Expedição de Materiais
Em primeiro lugar, é interessante adotar o uso de softwares para esse fim, para que a
conferência da qualidade e quantidade da carga, bem como a emissão de nota fiscal se
torne uma tarefa mais rápida e simples.
Para isso, pode ser útil apostar em leitores de códigos de barras e coletores de dados —
uma grande contribuição da tecnologia para o setor de logística.
SENAI-SP 177
Fonte: Moura (2008), p.38
Recebimento: procedimentos
SENAI-SP 178
Os seguintes aspectos são geralmente abordados no estudo desse componente ou
subsistema:
SENAI-SP 179
Picking
Já ouviu falar em picking? Também conhecido como order picking, esse é o processo pelo
qual ocorre a separação e preparação dos pedidos para entrega. Em outras palavras, essa
prática consiste em recolher e separar produtos de diferentes categorias para enviá-las
aos clientes da empresa. Apesar de exigir uma mão de obra maior, essa técnica que tem
evoluído bastante e já é aplicada em grandes empresas varejistas. Atualmente, por
exemplo, há o uso de sistemas de voz, que dão o comando para que o funcionário separe
a mercadoria indicada, informando-lhe a localização no CD e a quantidade a ser separada,
o que torna tudo mais simples e ágil.
Expedição
Assim, além de rápido, todo o processo deve ser executado de maneira a não
comportar erros e falhas. A automatização desse processo parece ser a solução mais
adequada, já que sistemas informatizados são mais seguros e facilitam a conferência de
todos as tarefas a serem cumpridas.
No entanto, com as boas práticas que trouxemos hoje, você conseguirá tornar esses
procedimentos mais eficientes, contribuindo para o crescimento da empresa e, com isso,
ter o seu trabalho reconhecido.
SENAI-SP 180
Expedição: Procedimentos
SENAI-SP 181
A formação da carga é atividade essencial na programação de transporte e se
complementa com a escolha dos roteiros de transporte. A composição da carga do veículo
deve considerar variáveis importantes e que bem utilizadas poderão trazer vantagens para
a empresa.Variáveis como distância a ser percorrida, roteiro, capacidade, característica do
produto são fundamentais na programação de transporte.
Seleção da empresa de transporte: tem como base à qualidade dos serviços prestados,
negociação de fretes e disponibilidade de veículos. Muitas organizações possuem
contratos exclusivos com empresas transportadoras. Dessa forma, esse passo é muitas
vezes desnecessário, uma vez que os serviços estão definidos em acordos contratuais. O
mesmo pode acontecer com clientes, eles já definirem o tipo de transporte e a empresa
transportadora.
Separação de produtos: consiste em uma série de atividades que vai desde a retirada do
estoque dos produtos a serem enviados aos clientes até a sua colocação em determinado
local para que seja efetuado o carregamento do veículo.
SENAI-SP 182
Gerar documentação de transporte: consiste na emissão de documentos para atender
às exigências governamentais, do cliente e da empresa responsável pelo transporte.
SENAI-SP 183
SENAI-SP 184
Equipamentos e dispositivos para movimentação e
armazemanento de carga
Empilhadeiras
Com elas é possível movimentar cargas que variam entre 1.000 e 16.000 kg sem que seja
aplicado grande esforço humano.
SENAI-SP 185
para sua gestão e funcionários, coloque essas ferramentas de trabalho em mãos capazes
de usá-las com eficiência.
Existem vários tipos e modelos. Assim, elas podem funcionar a combustão de gás
liquefeito de petróleo (GLP) ou a bateria tracionária. Para o primeiro caso, recomenda-se
utilizá-las, devido à emissão de gases poluentes, em ambiente externos. Já para a
segunda situação, os ambientes internos são excelentes locais de trabalho.
Empilhadeira retrátil
Por ser alimentada por uma bateria elétrica, ela não emite agentes poluidores na
atmosfera e faz com que sua gestão promova a preservação do meio ambiente.
Ademais, ela é composta por uma torre que se movimenta de acordo com as
necessidades e dos comandos de seu operador. Com isso, os esforços realizados por
seus colaboradores são mínimos, prezando por sua segurança e aumentando a
produtividade.
SENAI-SP 186
Não se esqueça que seus movimentos de tração e elevação são acionados
eletronicamente, garantindo, assim como os outros exemplos, a ausência de esforços
físicos.
Transpaletes
Então, é preciso ter cuidado ao designá-los para a realização de alguma função, pois, eles
são destinados apenas para movimentações horizontais, o que dificulta os trabalhos em
altura.
Além disso, para que essas atividades sejam facilitadas, suas rodas devem ter bons
rolamentos.
Entretanto, é necessário ter cautela em ao determinar o tipo de suas rodas. Para pisos
lisos e abrasivos, devido ao seu pequeno coeficiente de atrito, grande resistência e baixo
custo, o nylon é a opção correta.
Transpalete manual
O transpalete manual é uma ótima ferramenta de trabalho para quem atua na descarga de
produtos em armazéns e docas.
Com a sua capacidade de carga para 2.500kg ele pode ser utilizado na movimentação de
mercadorias paletizadas com segurança e eficiência por um operário.
SENAI-SP 187
Transpalete elétrico
Guindastes
A medida que as cargas vão ficando maiores e mais pesadas, é necessário utilizar
equipamentos adequados e prontos para suportar esses esforços, sendo o guindaste um
de seus principais exemplos.
Como a agilidade e a segurança são dois importantes pilares de uma logística de sucesso,
eles devem ser utilizados sempre que necessário.
Esteiras transportadoras
SENAI-SP 188
Elas são projetadas para dinamizar a movimentação de produtos em uma empresa,
garantindo agilidade e segurança.
Como consequência disso, não é necessário a presença de uma pessoa para transportar
ou carregar essas mercadorias, reduzindo os danos às suas estruturas ou embalagens e
evitando lesões físicas em seus colaboradores.
Lembre-se que a racionalização dos processos e a redução dos custos são suas principais
vantagens.
SENAI-SP 189
Dispositivos de movimentaçao e Armazenamento
Carrinho plataforma
SENAI-SP 190
Carrinho para tambor
Carrinho tartaruga
Serve para transportas rolos de tapetes ou mercadorias volumosas e pesadas, até 1.200
kg
É usada para levantar cargas pesadas e fazer pequenos movimentos. Pode ser utilizada
para fazer pequenas manobras com cargas volumosas e pesadas.
SENAI-SP 191
Pallets ou estrados
Containers
São caixas de metal com portas que servem para o acondicionamento de volumes
diversos. Seus tamanhos são variados, mas padronizados, podendo ser transportados
sobre a carroceria ou encaixados diretamente no chassi do caminhão. São muito utilizados
no transporte intermodal.
SENAI-SP 192
Gaiola
Armação de metal, semelhante a uma caixa, com altura de 1m e fechada dos 4 lados com
telas. Seve para o acondicionamento de volumes pequenos. Pode ser transportada por
carrinho hidráulico ou empilhadeira. É empilhável.
Caçamba
Armação de metal, semelhante à gaiola, fechada dos 4 lados com chapas de metal
ondulado, servindo para acondicionar peças pequenas a granel.
Racks
O Rack também pode ser usado em estantes porta pallets, unitizando a mercadoria e
permitindo a seletividade de todos os paletes de produto.
SENAI-SP 193
O sistema de armazenagem com uso de racks favorece o aproveitamento da altura
disponível no galpão ou armazém, já que podem ser verticalizados e transportados
facilmente, sem transferir o peso total para as mercadorias. Isso acontece graças às
tecnologias de elevação e transporte.
SENAI-SP 194
Símbolos de segurança das cargas
Muitos símbolos são utilizados para indicar os cuidados que devem ser tomados com
aquela carga, quando da operação de carregamento e descarregamento. Vamos conhecer
o significado do símbolos utilizados:
Cálice
Significa que o produto é frágil, isto é, se quebra ou se amassa facilmente, devendo. Pois,
ser manuseado com muito cuidado.
Guarda - chuva
Significa que o produto não pode receber umidade, devendo ser mantido em lugar seco.
Seta
Seta coma a ponta para cima indica deve ser mantido sempre para cima
SENAI-SP 195
Seta Invertida
Igual ao símbolo anterior, sendo que qualquer um dos lados que a seta indicar pode ser
para cima.
Gancho
Significa que aquele produto não pode ser transportado com auxílio de gancho.
Sol
Significa que o produto deve ser guardado em lugar fresco, isto é, protegido do sol.
Caveira
Significa que o produto é perigoso e deve ser manuseado com muito cuidado.
Normalmente são explosivos, produtos tóxicos, etc.
SENAI-SP 196
Carrinho de mão
Significa que o carrinho de mão deve ser encaixado no lado da carga onde aparece a
figura.
Corrente aqui
Significa que a mercadoria pesada, ao ser transportada com auxílio de guindaste, talha,
ponte rolante, girafa, etc; deve ser envolvida por correntes que passem nos locais
indicados na embalagem.
Centro de Gravidade
Indica que a mercadoria tem seu ponto de equilíbrio no local indicado. Deve ser tomado
muito cuidado quando do transporte, bem como na distribuição do peso na carroceria do
caminhão.
SENAI-SP 197
Logística adequada de movimentação interna de materiais
Para uma correta movimentação de materiais em uma empresa, é necessário que haja,
antes de tudo, um planejamento logístico, cujo objetivo é tornar essa movimentação mais
fluida, segura, rápida e o menos dispendiosa possível.
Na maioria das grandes empresas, esse layout é projetado a partir do princípio conhecido
como “Curva ABC” ou Custeio Baseado em Atividades. Esse princípio diz que em um
estoque, ¾ do seu espaço é ocupado por uma pequena variedade de produtos.
Sabendo disso, fica mais fácil determinar onde deverão ser acondicionados os materiais
mais importantes e requisitados, a fim de que estejam sempre a mão quando for preciso.
Essa atitude, por si só, é capaz de contribuir para a organização de um estoque, tornar o
trabalho menos estressante e reduzir custos resultantes da perda de produtos e demora
no atendimento.
Esta etapa tem a ver com a definição dos veículos que serão utilizados, do ponto de vista
do seu tamanho, potência, combustíveis, entre outras características; a ordem de cada
material dentro do estoque, por tamanho, importância, validade, composição etc.; a
disposição dos equipamentos de movimentação interna, como: empilhadeiras, prateleiras,
carrinhos-comboios, entre outros; além de determinar como será feita a integração de
sistemas para o controle eletrônico do estoque.
Como foi visto até aqui, são inúmeras as opções de equipamentos para o transporte de
materiais no ambiente interno de uma empresa: empilhadeiras, monovias, esteiras
transportadoras, gruas, entre outros.
Logo, saber quando, como e qual equipamento utilizar, faz parte de um bom planejamento
de logística para o armazenamento de produtos.
SENAI-SP 198
enquanto outros são pouco utilizados; define o equipamento certo para o material certo;
ajuda a reduzir gastos com a compra de equipamentos desnecessários; entre outros
benefícios que, certamente, converter-se-ão em lucros e maiores oportunidades de
negócio.
5. Capacitação de pessoal
Para a correta utilização dos mais diversos equipamentos utilizados para a movimentação
de produtos em um armazém, é necessário, por sua vez, a formação de uma equipe capaz
de operá-los adequadamente.
A cada minuto novas tecnologias são desenvolvidas para os mais diversos segmentos da
atividade humana, exigindo atenção, estudo e pesquisa constantes sobre tudo o que há de
novo em automação, combustíveis, logística, equipamentos, segurança do trabalho, entre
outros. Além disso, inúmeros indicadores de performance são elaborados com o intuito de
avaliar secções, como:
Recepção (que avaliam a performance durante o recebimento de materiais ao longo do
dia);
SENAI-SP 199
Seleção (como está sendo feita a seleção dos materiais para o armazenamento);
Carregamento (para avaliar a rapidez, segurança e eficiência do processo de
carregamento dos caminhões).
SENAI-SP 200
Embalagens
A Embalagem e a Logística
Funções da Embalagem
Conteção
SENAI-SP 201
Proteção
Possibilita o manuseio do produto até o cunsumo final, sem que ocorra danos na
embalagem, e/ou produto. Também com relação a esta função deve-se estabelecer o
grau desejado de proteção ao produto. Alguns dos principais riscos aos quais a
embalagem está submetida são: choques, aceleração, temperatura, vibração,
compressão, oxidação, perfuração, esmagamento, entre outros.
Comunicação
Tipos de Embalagens
A logística trata a questão das embalagens da forma que ela merece, sendo um
recipiente de proteção, agrupamento e facilitador no transporte e armazenagem. Quanto
à classificação, a mais referenciada é a que classifica de acordo com as funções em
primária, secundária, terciária, quartenária e de quinto nível
SENAI-SP 202
Primárias
Secundárias
Exemplo: o fundo de papelão, com unidades de caixa de leite envolvidas num plástico.É
geralmente a unidade de venda no varejo.
Terciárias:
Caixas de papelão
SENAI-SP 203
Quaternárias:
Paletes de madeira
Quinto Nível:
SENAI-SP 204
A embalagem é normalmente analisada sob dois enfoques: como meio de sensibilizar o
consumidor, onde o foco principal é o marketing, ou como fator industrial, onde o foco
está na logística.
A função contenção deve conter as unidades do produto. A proteção é uma função que
permite à embalagem proteger seu conteúdo de danos durante as operações de
movimentação, armazenagem e transporte.
SENAI-SP 205
Outro aspecto importante a se considerar sobre as embalagens é o custo. A embalagem
significa custo adicional para a empresa. Esse custo então deve ser compensado
aumentando-se a eficiência de outras operações, como transporte e armazenagem, além
de um menor número de quebras – perdas de produto. Alguns ajustes, ou mudanças nas
embalagens podem aumentar significativamente esta eficiência da movimentação e da
armazenagem dos produtos.
Da produção
A embalagem precisa ser idealizada, levando-se em conta que uma mercadoria deverá
passar por três fases de manuseio, quando comercializada, quais sejam:
Via de regra, as mercadorias devem ser embaladas pelo vendedor, tendo em vista a
proteção durante transporte, movimentação, armazenagem, comercialização e consumo.
SENAI-SP 206
Figura 11 – Exemplo de embalagens
Utilização
Por fim, os danos ocorridos em trânsito podem diminuir por meio do embarque de cargas
unitizadas ou pelo uso de equipamentos de transporte especializados. Todos estes
fatores reduzem o custo das atividades logísticas.
SENAI-SP 207
Figura 14 –Unitização.BOWERSOX, Donald J.Gestão Logística de Cadeias de Suprimentos.
Conteinerização
SENAI-SP 208
Identificação das embalagens
SENAI-SP 209
Embalagens de Cargas Perigosas
Toda embalagem devem portar marca durável e legível e com dimensões e localização
que a tornem facilmente visível.
SENAI-SP 210
Embalagens para substâncias infecciosas e materiais para diagnósticos
Este processo permite minimizar as devoluções aos fornecedores quando sustentado por
uma gestão adequada. No entanto, produtos ainda em comercialização são novamente
direcionados para o mercado efetuando a troca da embalagem avariada.
SENAI-SP 211
Embalagens retornáveis determinação de coeficientes
Embalagens retornáveis sempre fizeram parte dos sistemas logísticos. Tais embalagens
geralmente são de aço ou plástico. A decisão de investir num sistema de embalagem
retornável requer estudo da quantidade de ciclos de embarques e de custos de transporte
versus custos de compra e descarte de embalagem sem retorno, bem como os custos
futuros de separar, rastrear e limpar as embalagens para reutilização.
O Milk Run tem seu nome inspirado em um antigo conceito empregado por cooperativas
de laticínios norte-americanas que recolhiam o leite de fazenda em fazenda, junto aos
produtores, para levar para a pasteurização.
O maior objetivo do sistema é obter maior controle dos materiais em trânsito em função
da real necessidade da linha de produção, proporcionando redução de estoque na cadeia
logística;
SENAI-SP 212
Agilizar os fluxos nas operações de carregamentos e recebimentos de materiais visando
a redução de custos e tempos ociosos.
SENAI-SP 213
SENAI-SP 214
Classificação de materiais
Conceito
SENAI-SP 215
Identificação
Na aplicação do método, deve-se evitar, tanto quanto possível, certa tendência para o
exagero de pormenores descritivos, que só contribuem para tornar mais volumoso e
cansativo um catalogo de material.
Dentro deste raciocínio pode-se dizer que as características idênticas entre dois ou mais
itens podem, conforme o critério, ser omitidas na descrição, sem prejuízo de sua
identificação
Esta forma de especificar um material atribui uma descrição ou uma nomenclatura mais
simplificada a cada item, apoiada basicamente na própria referência do fabricante
Este código referenciado como part number é, na realidade, o próprio número de estoque
do fabricante, com base no qual os pedidos são feitos
SENAI-SP 216
663 9776 O-ring... (anel)
Codificação
SENAI-SP 217
Partindo dos conceitos acima, desenvolveram-se sistemas de classificação de materiais,
que veremos à seguir:
1. SISTEMA DECIMAL
Em geral, ela segue o que foi adotado pelo FSC (Federal Supply Classification System),
mas pode sofrer algumas modificações para se adequar às necessidades da empresa.
Os produtos são codificados de acordo com suas características gerais. Depois, são feitas
subdivisões a fim de especificar o tipo de item. Sendo assim, temos:
grupo;
classe;
subclasse;
número verificador;
dígito de controle.
2. ALFABÉTICA E ALFANUMÉRICA
A quantidade de números e letras é definida pela empresa que o utilizará. Ou seja, não há
nenhuma regra específica para esses tipos de codificação, sendo bastante flexível, de
acordo com as necessidades do negócio.
3. CÓDIGO DE BARRAS
Muito conhecido e bastante utilizado, o código de barras é uma marcação gráfica que
facilita a leitura digital. Ele consiste na combinação de caracteres binários representados
com alternância entre espaços e barras estreitas e largas.
SENAI-SP 218
cada iten o que nem sempre acontece. Uma parte da numeração do código é cedida e
controlada pela EAN Brasil (Associação Brasileira de Automação Comercial). Os demais
dígitos são criados e geridos pela própria empresa que o utiliza.
Veja como o código é composto. Ele apresenta 13 dígitos que correspondem a quatro
informações. São elas:
SENAI-SP 219
Exemplo: A fita de vídeo Philips T-120 S-2 tem o seguinte código:
O código que identifica o nosso país (Brasil) é o 789. Para obter o registro de sua
empresa, você deve entrar em contato no Brasil com a Associação Brasileira de
Automação Comercial (ABAC). Site da EAN Brasil (ABAC):
http://www.eanbrasil.org.br/
SENAI-SP 220
4. RFID - Identificação por Rádio Frequência
A tecnologia RFID é uma evolução do código de barras, dentre as várias vantagens a mais
marcante é não exigir um campo visual direto com o item por permitir a leitura à distancia
e em massa. Ou seja, a leitura pode ser feita em grandes volumes, reduzindo o tempo e
aumentando a agilidade. Além disso, ele possui uma vida útil maior e uma grande
capacidade de armazenamento de dados. Além disto, cada unidade do item etiquetado
receberá um ID único para um inventário acurado, sem falar que ainda é possível
implementar ferramentas de gestão como FIFO.
Basicamente, ele consiste em ondas de rádio que são transmitidas pelos leitores RFID.
Por meio de antenas, essas ondas atingem etiquetas inteligentes (TAGs). Cada TAG é
composta por um microchip, que possui um número binário gravado — o chamado EPC
(Código Eletrônico do Produto).
SENAI-SP 221
A experiência do cliente com a marca — seja ele pessoa física ou jurídica — depende
muito da qualidade da gestão de estoques. E investir em produtos codificados pode ajudar
nessa tarefa.
Uma boa codificação de mercadorias, além de fornecer dados mais precisos sobre os
itens em estoque e facilitar sua operacionalização, permite uma tomada de decisões mais
rápida e eficiente.
Cadastramento do Material
Catalogação
SENAI-SP 222
identificados, codificados e cadastrados de forma a facilitar a consulta da informação pelas
diversas áreas da empresa.
Evitar que sejam introduzidos no catálogo itens cadastrados com números diferentes;
Por isso, as informações constatadas nessa catalogação são vitais. Características como
as descrições dos materiais e suas dimensões são fundamentais para o ciclo de vida de
uma peça dentro da empresa, e também para o trabalho de outros funcionários.
O oposto também não é o ideal. Catalogar “para mais”, ou seja, catalogar de modo que
haja uma sobra de material, é um grande desperdício, que também afeta a competitividade
e produtividade da empresa. Recurso e tempo foram gastos na aquisição de um material,
que poderiam ser melhor empregados de outra forma.
SENAI-SP 223
Outro problema da catalogação feita de maneira incorreta se dá no momento da própria
compra. Sem uma padronização adequada no momento de catalogar os materiais,
organizando-os por atributos que são vitais a produção específica, não haverá meios de
realizar uma “fiscalização” na entrada dos mesmos, resultando em uma cadeia de
suprimentos que já pode estar comprometida com materiais de baixa qualidade.
Para criar e implementar soluções que façam com que seu trabalho seja cada vez mais
eficiente e positivo é necessário estar sempre em busca de novos conceitos e novas
tecnologias. Em resposta a essas necessidades o Klassmatt oferece soluções para
diferentes situações envolvendo a catalogação de materiais e serviços.
SENAI-SP 224
Conceito de Manutenção Produtiva
Total - TPM
Introdução
Os ativos são os bens e direitos de uma empresa. Toda e qualquer fábrica ou
instalação industrial que pretenda fabricar alguma coisa precisa de vários meios (bens)
que permitam a produção. Tais meios podem ser simples tesouras e agulhas, assim
como conjuntos de alta complexidade abrangendo máquinas automáticas,
equipamentos simples como bombas e ventiladores até conjuntos operando
simultaneamente, produzindo artigos diversos.
Por tais motivos, toda atividade produtiva exige manutenção. Sem ela, a produção
entra em colapso.
SENAI-SP 225
Manutenção
Esses fatores exigem matéria prima com padrão de qualidade alta, pessoal de
operação bem preparado e também uma manutenção eficiente e adequada.
Para o pessoal envolvido com a produção, assim como para os envolvidos em cálculos
econômicos e financeiros, a manutenção aparece apenas como uma despesa, sendo
combatido com o objetivo de diminuí-lo ao mínimo possível, sem observar as
consequências de tal diminuição.
SENAI-SP 226
Pesquisa feita nos Estados Unidos com mais de 400 empresas líderes de setor mostra
que 25% delas atribuem seu êxito à alta utilização da capacidade instalada.
Benefícios da manutenção
Para uma empresa, a manutenção adequada de seus ativos (bens), pode trazer os
seguintes benefícios:
• Segurança melhorada - Instalações bem mantidas têm menor probabilidade de se
comportarem de forma previsível ou não padronizada, ou falhar totalmente, todas
podendo apresentar riscos para o pessoal;
• Confiabilidade aumentada - Conduz a menos tempo perdido com consertos das
instalações, menos interrupções das atividades normais de produção, menos
variação da vazão de saída e níveis de serviço mais confiáveis;
• Qualidade maior - Equipamentos mal mantidos têm maior probabilidade de
desempenho abaixo do padrão e causar problemas de qualidade;
• Custos de operação mais baixos - Muitos elementos de tecnologia de processo
funcionam mais eficientemente quando recebem manutenção regularmente:
veículos, por exemplo;
• Tempo de vida mais longo - Cuidado regular, limpeza ou lubrificação podem
prolongar a vida efetiva das instalações, reduzindo os pequenos problemas na
operação, cujo efetivo cumulativo causa desgaste ou deterioração;
• Valor final mais alto - Instalações bem mantidas são geralmente mais fáceis de
vender no mercado de segunda mão.
Manutenção corretiva
A manutenção corretiva segue a abordagem de deixar as instalações operarem até que
se quebrem. O trabalho de manutenção é realizado somente após a quebra. Por
exemplo, os televisores, os equipamentos de banheiros e os telefones em quartos de
hotéis provavelmente somente serão consertados depois de serem quebrados. O hotel
manterá algumas peças de reposição e o pessoal disponível para fazer os consertos
quando necessário. As falhas nessas condições não são catastróficas, embora talvez
irritem os hóspedes, nem tão frequentes para fazer verificações regulares do estado
das instalações.
SENAI-SP 227
Esta abordagem da manutenção é usada:
• Nos casos em que o conserto é fácil e a consequência da falha é pequena;
• Quando a falha não é previsível de forma nenhuma, porque a falha tem a mesma
probabilidade de acontecer antes ou depois do conserto.
Manutenção preventiva
A manutenção preventiva visa eliminar ou reduzir as probabilidades de falhas por
manutenção (limpeza, lubrificação, substituição e verificação das instalações) em
intervalos pré-planejados.
Manutenção preditiva
A manutenção preditiva visa realizar conservação somente quando as instalações
precisarem delas. Por exemplo, equipamentos de processamento contínuo, como os
usados para a produção de papel, funcionam por longos períodos durante 24 horas por
dia, de modo a conseguirem a alta utilização necessária para a produção eficiente em
custos. Parar a máquina para trocar um mancal, quando não é necessário fazê-lo,
retiraria esses equipamentos de operação por longos períodos e reduziria sua
utilização.
Neste caso, a manutenção preditiva pode incluir a monitoração contínua das máquinas
e equipamentos. Exemplo de manutenção preditiva: monitoramento contínuo das
vibrações.
SENAI-SP 228
Os resultados desta monitoração seriam a base para decidir se a linha deveria ser
parada e os mancais substituídos.
©SENAI-SP, 2012
Créditos
Elaborador: Giocondo Marino Antonio Gallotti
Referências
CORRÊA, H. L.; GIANESI, I. G. N. Just In Time, MRP II e OPT - Um enfoque estratégico. São Paulo. Atlas, 1996.
GAITHER, N. Administração da produção e operações. 8ª edição. São Paulo. Editora Thomson Pioneira, 2004.
MARTINS, P.G.; LAUGENI, F. P. Administração da produção. São Paulo. Saraiva, 2006.
RITZMAN, L.P.; KRAJEWSKI, L. J. . Administração da produção e operações. São Paulo. Editora Pearson Prentice
Hall, 2004.
SLACK, N. et al. Administração da produção. São Paulo. Atlas, 1996.
SENAI-SP 229
Custos de manutenção
Introdução
Os departamentos responsáveis pelo dinheiro que entra são normalmente os
departamentos de vendas e de produção, normalmente muito bem administrados, com
boa conceituação na empresa e alvo de campanhas de incentivos, prêmios de vendas
e produção.
Estes custos têm que ser gerenciados para que seja o mínimo e suficiente. A falta
deste gerenciamento eficiente gerará horas extras do pessoal de manutenção, peças
para reposição com pouco giro e estocadas há muito tempo na empresa.
Como já foi visto, a produção planeja sua manutenção incluindo certo nível de
manutenção preventiva regular, o que resulta em uma probabilidade razoavelmente
SENAI-SP 230
baixa de falhar. Quanto mais frequente for à manutenção preventiva, menor é a
probabilidade de ocorrerem falhas.
A análise da figura mostra que pode existir um ponto ótimo de manutenção preventiva,
em que o custo para a empresa pode ser minimizado.
Este modelo de custos pode não refletir a realidade em muitos sistemas de produção,
pois o custo de paradas depende fundamentalmente da capacidade instalada da
empresa e seu nível de utilização, além do sistema de produção ser contínuo ou por
lotes.
Pode acontecer que o modelo de manutenção preventiva de algumas empresas seja
parecido com o da figura 2.
SENAI-SP 231
No modelo mostrado na figura 2, percebe-se que o custo de paradas e,
consequentemente, o custo total de manutenção diminui com o aumento do nível de
manutenção preventiva.
Quando entramos em nosso carro e damos a partida, esperamos que ele pegue.
Quanto mais vezes ele pegar, em relação ao número de tentativas, mais confiável ele
será. Assim, se em 1000 vezes que damos a partida em nosso carro, ele pega 995
vezes, dizemos que sua confiabilidade é 0,995, ou 99,5%.
É fácil perceber que existe uma estreita relação entre manutenção, qualidade do
produto (no caso de manutenção: máquinas, equipamentos, componentes específicos,
peças, etc.).
Existem diversos conceitos que podem ser aplicados para avaliar a confiabilidade de
sistemas produtivos.
SENAI-SP 232
Disponibilidade
Onde:
• Tempo disponível é aquele durante o qual a máquina ou equipamento está apto a
operar sem problemas;
• Tempo ocioso é aquele durante o qual o equipamento não apresenta condições de
funcionamento, por estar sofrendo manutenção ou intervenção.
Como exemplo pode-se tomar uma agência de aluguel de carros que, onde o histórico
da empresa mostra que, qualquer que seja o dia, 10% dos veículos está sofrendo
manutenção corretiva em virtude dos veículos que são devolvidos à empresa e
necessitam de correção de defeitos que não podem ser programados. Essa agência
apresenta uma disponibilidade de 90%.
SENAI-SP 233
Tempo médio entre falhas (TMEF)
O TMEF é um parâmetro que deve ser usado quando a razão de falhas é constante.
No exemplo do automóvel, supondo que sejam dadas 5 partidas no veículo a cada dia,
teríamos que as 1000 partidas foram dadas em 200 dias. Portanto, o tempo médio
entre falhas será:
©SENAI-SP, 2012
Créditos
Elaborador: Giocondo Marino Antonio Gallotti
Referências
CORRÊA, H. L.; GIANESI, I. G. N. Just In Time, MRP II e OPT - Um enfoque estratégico. São Paulo. Atlas, 1996.
GAITHER, N. Administração da produção e operações. 8ª edição. São Paulo. Editora Thomson Pioneira, 2004.
SLACK, N. et al. Administração da produção. São Paulo. Atlas, 1996.
SENAI-SP 234
Manutenção produtiva total
Introdução
A cada dia aumenta mais e mais a dependência das empresas de seus equipamentos
e instalações. A interrupção do processo produtivo gera uma série de problemas,
como: reclamações de clientes que não serão atendidos no prazo especificado,
receitas que deixam de ser auferidos, custos de reparos nos quais se incorre
desnecessariamente, aumento no índice de acidentes no trabalho, entre outros.
Uma instalação bem mantida, com baixíssimas interrupções, acaba por trazer à
empresa uma vantagem competitiva sobre seus concorrentes. É neste enfoque que as
empresas estão procurando novas técnicas de aumento de confiabilidade, melhorando
a manutenção dos equipamentos críticos e não críticos.
A TPM visa atingir o que se pode chamar de zero falha ou zero quebra. Foi
desenvolvida no Japão na década de 60 a partir de conceitos desenvolvidos nos
Estados Unidos e está se espalhando pelo mundo. A TPM apoia-se em três princípios
fundamentais:
• Melhoria das pessoas - sem o desenvolvimento, preparação e motivação das
pessoas é praticamente impossível atingir um nível adequado de aplicação da
filosofia TPM. Todos os programas iniciam-se com um treinamento do pessoal. A
multifuncionalidade deverá ser atingida;
SENAI-SP 235
• Melhoria dos equipamentos - depois das pessoas, os equipamentos constituem o
maior recurso de uma empresa. A teoria da TPM advoga que todos os
equipamentos podem e devem ser melhorados, conseguindo-se, a partir daí,
grandes ganhos de produtividade. É falso supor que uma fábrica, para ser moderna
e de alta produtividade, deve contar com equipamentos novos;
• Qualidade total - A TPM é parte integrante dos conceitos de qualidade total, já tão
difundido entre nós. A implantação de um programa de TPM deve caminhar
paralelamente à implantação de um programa de melhoria da qualidade e da
produtividade.
SENAI-SP 236
ocorrem. Perda de eficácia pode ser o resultado de perdas por tempo parado,
perdas de velocidade ou perdas por defeito.
•
• Realizar manutenção autônoma - Permitir que o pessoal que opera ou usa os
equipamentos da produção assuma a responsabilidade por pelo menos algumas
das tarefas de manutenção. Também se deve encorajar o pessoal de manutenção
a assumir a responsabilidade pela melhoria do desempenho de manutenção. Na
prática são propostos três níveis nos quais o pessoal assume responsabilidade pela
manutenção.
Nível de consertos
O pessoal executa instruções, mas não prevê o futuro, simplesmentereage a
problemas.
Nível de prevenção
O pessoal pode predizer o futuro antevendo problemas e realizando ações corretivas
Nível de melhoria
O pessoal pode predizer o futuro antevendo; não somente realizam ações corretivas,
mas também propõem melhorias para prevenir recorrências.
SENAI-SP 237
• Treinar todo o pessoal em habilidades de manutenção relevantes - As
responsabilidades listadas na tabela acima exigem que tanto o pessoal de
manutenção como o de operações tenham todas as habilidades para desempenhar
seus papéis. A manutenção produtiva total coloca uma forte ênfase no treinamento
adequado e contínuo.
• Conseguir gerir os equipamentos logo no início - Essa meta é direcionada para
evitar totalmente a manutenção através da prevenção da manutenção, que consiste
em considerar as causas de falhas e manutenção dos equipamentos durante sua
etapa de projeto, sua manufatura e sua instalação. A prevenção da manutenção
tenta rastrear todos os problemas potenciais de manutenção até sua causa primeira
e depois tenta eliminá-los nesse ponto.
Políticas de manutenção
Uma empresa pode definir uma política de manutenção com ênfase em vários
aspectos:
• Postura preventiva - estabelece e implanta um programa de manutenção
preventiva em todos os níveis. Utilizando-se de softwares de manutenção, terá
condições de gerir com precisão todos os eventos, como troca de peças após certo
número de horas de uso e limpeza, entre outros.
• Maior número de máquinas com menor utilização - não sobrecarrega
equipamentos, diminui quebras e aumenta a confiabilidade.
• Treinamento de operadores - são treinados para efetuar pequenas manutenções
de rotina, conforme filosofia da TPM.
• Projeto robusto - trabalhar com equipamentos robustos, ou seja, capazes de
suportar eventuais sobrecargas de trabalho sem apresentar defeitos.
• Manutenção– optar pela compra de equipamentos que se caracterizem pela
facilidade de efetuar as manutenções.
• Tamanho das equipes de manutenção - trabalhar com folga de mão de obra de
manutenção para que eventuais ocorrências simultâneas possam ser prontamente
atendidas.
• Maior estoque de peças sobressalentes - como no caso anterior, tem-se maior
segurança no atendimento.
• Redundância de equipamentos - para os equipamentos críticos, dispor de reserva
que possa ser utilizada imediatamente.
Vários desses aspectos podem ser combinados com o objetivo de ter-se um processo
produtivo que apresente o menor número de falhas.
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Gestão eficiente da manutenção
Introdução
Em muitas empresas, embora a função da manutenção seja considerada secundária,
sua importância só é percebida quando falha. A complexidade e os problemas de
manutenção aumentam em função do tamanho da instalação, do grau de automação,
exigindo pessoal qualificado e treinado, o que torna necessário uma gestão eficiente.
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• Um fator de importância capital ao bom gerenciamento da manutenção é a fixação
do tempo, período e prazo de execução de um serviço qualquer para que
manutenção seja realmente eficiente. O planejamento da manutenção deve
especificar, com clareza, a prioridade dos serviços, especificação do serviço a ser
executado com a nitidez necessária e suficiente para que não pairem dúvidas com
relação à atuação de quem vai executá-lo, ou quando e quais os dispositivos,
ferramentas, materiais e acessórios são necessários para que o trabalho seja
realizado no prazo previsto, informando os demais departamentos;
• A coordenação dos homens, materiais, ferramentas, acessórios etc., são essenciais
para que os serviços sejam executados no local predeterminado, na hora em que
foram programados, com todos os recursos necessários a fim de que os serviços
sejam executados em tempo hábil, no momento previsto e programado;
• É essencial que a gerência de manutenção planeje e coloque em execução um
processo adequado de controle das atividades de seu departamento. Tais controles
devem permitir não somente a execução, mas ainda o andamento dos serviços que
foram programados, como conter dados que permitam verificar o desempenho e a
eficiência das equipes e, também o que é muito importante, se os mesmos foram
executados na hora prevista e dentro do prazo programado. A documentação deve
fornecer dados suficientes para permitir que a gerência possa verificar os custos e,
concomitantemente, controlar como a contabilidade os está lançando. A principal
finalidade é verificar efetivamente o que está acontecendo, para que as bases
sejam objetivas e não programadas de acordo com conceitos subjetivos de
algumas pessoas;
• É preciso ficar bem claro que, quando uma instalação possui um departamento,
divisão ou secção de manutenção bem organizada e eficiente, a própria
manutenção dá origem a lucros que normalmente não são contabilizados e que
dificilmente poderão sê-lo caso não exista uma organização e administração muito
eficiente. Tal lucro advém da meta primordial que consiste em conservar o
equipamento em excelentes condições durante o tempo mais longo possível,
aumentar o máximo a vida útil de cada peça de equipamento, diminuição ou
eliminação dos defeitos, falhas e quebras devido ao funcionamento inadequado dos
mesmos;
• O conjunto de divisões, áreas, departamentos ou seções que constituem a
instalação industrial, quando trabalha de maneira harmônica e visando todos eles
os mesmos objetivos, permitem uma operação altamente eficiente de todos os
setores. Inclusive, quando constituem setores operando com sistemas metódicos, a
manutenção pode assegurar um funcionamento confiável do maquinário. É
possível, em muitos casos, diminuir, ou mesmo eliminar a manutenção corretiva,
mediante o uso de métodos e processos obtidos pela imaginação criativa que
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vários envolvidos no problema possuem que, com base em conhecimentos técnicos
possibilitam a praticamente eliminar alguns serviços de manutenção altamente
desagradáveis e dispendiosos, que ocorrem quase que sistematicamente;
• O fator mais importante na eficiência de uma atividade qualquer é o preparo,
treinamento do pessoal envolvido em tal atividade e, principalmente, motivação. Tal
fator é normalmente esquecido ou ignorado, principalmente em pequenas e médias
empresas. É fato comum a alta direção adquirir, a custos elevados, equipamentos,
ferramentas e instrumentos altamente sofisticados e enviá-los a determinados
departamentos. Os responsáveis pelo departamento normalmente encaminham tais
dispositivos a seus subordinados, esquecendo-se que os que vão operá-los
precisam, em primeiro lugar, ter o preparo mínimo necessários para tal e serem
treinados para operá-los.
Por tal motivo, quando se trata de manutenção, todos os envolvidos devem ser
treinados e instruídos de maneira que fiquem conscientes de uma filosofia coerente e
que define claramente quais os objetivos pretendidos e como obtê-los, para que a
organização do serviço seja executada com o devido cuidado.
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• Executar os consertos e reparos eventuais dentro do menor prazo possível visando
sempre minimizar os custos e introduzir o mínimo de distúrbio à produção;
• Obedecer aos intervalos de conservação rotineiros, como lubrificação, limpezas e
ajustes para que as interrupções na produção sejam mantidas no menor limiar
possível;
• Executar e controlar os reparos emergenciais de modo a torná-los serviços
programáveis;
• Manter reuniões constantes com os encarregados da produção para analisar e
avaliar as razões das interrupções para reparos, visando estabelecer qual a
condição real dos equipamentos que necessitaram intervenções;
• Verificar, junto à produção, o motivo de determinadas máquinas e equipamentos
apresentarem número elevado de interrupções, visando eliminar as causas
principais dos defeitos;
• Auxiliar, sempre que possível, o departamento de produção, a respeito das
principais responsabilidades dos operadores sobre a operação dos equipamentos.
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