Fotossíntes
Fotossíntes
Fotossíntes
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
COLÉGIO LIDINÁCIA
TRABALHO DE BIOLOGIA
FOTOSSÍINTESE
Classe: 9ª
Turma: A
Período: Tarde
Grupo nº: 3
Docente
_____________________
LUANDA 2023/2024
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TRABALHO DE BIOLOGIA
FOTOSSÍINTESE
Integrantes do grupo:
Domingos Jorge
Eunice José
Evandra Francisco
Liliane Tambo
Paula Quibuala
Sadrack da Santana
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ÍNDICE
INTRODUÇÃO...........................................................................................................................4
1. FOTSSÍNTESE....................................................................................................................5
1.1. Conceito...........................................................................................................................5
1.2. O processo da fotossíntese................................................................................................8
1.3. Tipos de clorofila.............................................................................................................9
1.4. Etapas da fotossíntese.....................................................................................................11
1.4.1. Fase luminosa ou fotoquímica....................................................................................11
1.4.2. Reações de fixação do carbono: ciclo de Calvin.........................................................13
1.5. Factores que interferem na atividade fotossintética........................................................14
1.6. Fotorrespiração...............................................................................................................15
Reacções fotorrespiratórias........................................................................................................16
Aumento da temperatura............................................................................................................17
Mecanismos bioquímicos de concentração de carbono..............................................................18
1.7. Fotossíntese oxigênica e anoxigênica.............................................................................19
2. Quimimiossintese...............................................................................................................21
CONCLUSÃO...........................................................................................................................23
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INTRODUÇÃO
Neste trabalho falaremos sobre a actividade fotossíntetica, seus mecanismos
sendo ela realizada por organismos autotróficos fotossintetizantes, como plantas,
algas e alguns procariontes. Esses organismos captam a luz solar, convertem-na em
energia química, que será utilizada para a produção de compostos orgânicos, baseada
em água e dióxido de carbono. Um dos produtos finais desse processo é o oxigênio, que
é liberado no ambiente.
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1. FOTSSÍNTESE
1.1. Conceito
O sol é a fonte primária de energia para todas as formas de vida. Plantas, algas e
algumas bactérias utilizam a energia da luz do sol durante a fotossíntese. A fotossíntese
é um processo de reações físico- -químicas através das quais as plantas recebem energia
luminosa para sintetizar (ou produzir) compostos orgânicos. Há dois tipos de
fotossíntese: a fotossíntese oxigênica e a fotossíntese anoxigênica. Fotossíntese
oxigênica é o processo usado pelas plantas, algas e algumas bactérias fotossintéticas, no
qual o dióxido de carbono (CO2 ) é reduzido a um carboidrato, e elétrons são removidos
da água, liberando oxigênio no ar. Esse processo compreende duas rotas: as reações
dependentes da luz e as independentes.
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da luz. Esse cientista levantou a hipótese de que o dióxido de carbono (CO2 ) se
quebraria nesse processo (fotossíntese), liberando o oxigênio como gás. Essa ideia foi
aceita por muito tempo, até que na década de 1930 um estudante de graduação da
Universidade de Stanford, Cornelius Bernardusvan Niel, estudando um tipo particular
de bactérias purpúreas sulfurosas, demonstrou que esses organismos reduzem o carbono
a carboidratos durante a fotossíntese, porém, sem a liberação de oxigênio. Essas
bactérias necessitam de sulfeto de hidrogênio para sua atividade fotossintética, e no
decorrer do processo glóbulos de enxofre são acumulados dentro das células. Cornelius
van Niel propos a seguinte reação geral para a fotossíntese: CO H A CH O H O 2A 22 2
2 +→ ++ ( ) Sendo que nas plantas e algas, H2 A é a água, ou seja, Niel acreditava que
a água era a fonte de oxigênio na fotossíntese e não o gás carbônico. Robin Hill, em
1937, demonstrou que cloroplastos isolados eram capazes de liberar O2 na ausência de
CO2 e na presença de luz, fornecendo apoio às ideias de Niel. Em experimentos usando
água marcada com radioisótopo do oxigênio (18O2 ), Samuel Ruben e Martin Kamen
(1941) puderam rastrear a fonte do oxigênio liberado na fotossíntese, fornecendo dados
ainda mais convincentes sobre as propostas de Cornelius van Niel. Dessa forma, a luz e
a água são essenciais para que ocorra o processo de fotossíntese com liberação de O2 .
Entretanto, atualmente sabemos que a fotossíntese ocorre em duas etapas, sendo a luz
requerida em apenas uma delas.
Todas as partes verdes de uma planta, mas não somente elas, podem fazer fotossíntese.
No entanto, as folhas são os órgãos principais para a realização desse processo na
maioria dos vegetais. A coloração verde das folhas é dada por um pigmento chamado
clorofila, presente no interior dos cloroplastos. A energia luminosa, capturada pela
clorofila, possibilita a síntese de carboidratos (açúcares) nos cloroplastos. Os
cloroplastos são organelas presentes principalmente nas células do mesofilo das folhas
(detalhes sobre a anatomia das folhas serão vistos na disciplina Diversidade e Evolução
das Plantas). Cada uma dessas células pode conter de 30 a 40 cloroplastos. Essas
organelas são formadas por um envoltório de duas membranas, que envolve uma matriz
líquida (estroma), na qual está disposto um elaborado sistema de membranas internas na
forma de sacos (tilacoides) conectados entre si e empilhados, em algumas regiões, em
colunas denominadas coletivamente grana (cada coluna = granum). A clorofila está
localizada nas membranas dos tilacoides (Figura 2.2). Como vimos, na fotossíntese
oxigênica há entrada de CO2 e liberação de O2 , esses gases entram e saem da folha
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através de estruturas especializadas chamadas estômatos, que são poros microscópicos
presentes na epiderme. A água, essencial parar a liberação do oxigênio, é absorvida
pelas raízes e chega até as folhas pelas nervuras.
Isaac Newton, há cerca de 300 anos, demonstrou que a luz branca é de fato
formada por um conjunto de cores diferentes, que vai do violeta em uma das
extremidades do espectro ao vermelho na outra. No entanto, a luz visível (ou branca) é
somente parte do amplo espectro eletromagnético que vai de aproximadamente 380 nm
a 750 nm de comprimento de onda. As radiações nesse espectro movem-se por ondas. O
comprimento de onda, ou seja, a distância entre as cristas de duas ondas consecutivas,
varia desde os raios gama, medidos em nanômetros, até as ondas de rádio de baixa
frequência, medidas em quilômetros. A quantidade de energia pode ser medida em
fótons. A quantidade de energia contida num fóton é inversamente proporcional ao
comprimento de onda, ou seja, quanto menor o comprimento de onda, maior a energia
dos fótons. No espectro visível, o violeta tem o menor comprimento de onda, ou seja, a
maior quantidade de energia associada. Comparando ao outro extremo do espectro
visível, a quantidade de energia da luz vermelha é quase a metade daquela encontrada
na luz violeta.
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1.2. O processo da fotossíntese
De maneira geral, podemos afirmar que a fotossíntese é a junção de dois
processos, um em que há dependência da luz (reações luminosas – porção foto do
processo) e outro independente da luz (ciclo de Calvin – porção síntese da fotossíntese).
As reações luminosas ocorrem nos tilacoides, onde a energia luminosa é convertida em
energia química pela quebra da molécula de água que fornece elétrons e prótons a um
aceptor de elétrons, NADP+, reduzindo-o a NADPH, além da síntese de ATP a partir de
ADP em um processo chamado de fosforilação. Esses carregadores de energia são
essenciais para que, no estroma, ocorra o ciclo de Calvin, no qual há a fixação do
carbono, ou seja, a incorporação do CO2 atmosférico em moléculas orgânicas. O CO2 é
reduzido a carboidrato pela adição de elétrons vindos do NADPH e a energia química
necessária para essas reações provém do ATP. Dessa forma, as duas fases, reações
luminosas e ciclo de Calvin, são conectadas na fotossíntese.
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pois ela é refletida. Está presente em todos os seres fotossintetizantes eucariontes
e nas cianobactérias;
Além desses, existem ainda outros pigmentos que apresentam a função de transferência
de energia, como a bacterioclorofila, encontrada em bactérias purpúreas, e
as ficobilinas, encontradas em cianobactérias e algas vermelhas.
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clorofila. Além disso, atuam também como antioxidantes, pois evitam a formação de
moléculas reativas de oxigênio. As ficobilinas são encontradas principalmente em algas
vermelhas e cianobactérias, e consistem em uma cadeia aberta de quatro anéis
pirrólicos.
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direcionando-a ao centro de reação. Dois fotossistemas, o fotossistema I e o
fotossistema II, são ligados entre si por uma cadeia transportadora de elétrons. No
fotossistema I as moléculas especiais de clorofila a no centro de reação são
denominadas P700 (P = pigmento, 700 = indica o comprimento de onda de maior
absorção), já no fotossistema II essas moléculas especiais são conhecidas por P680.
Esses fotossistemas funcionam simultaneamente nos cloroplastos, sendo o fotossistema
I encontrado, principalmente, nas membranas dos tilacoides do estroma e nas margens
externas dos grana.
Nessa fase, que ocorre nos tilacoides dos cloroplastos, acontece a captação de energia
luminosa, e esta é utilizada na produção de moléculas de ATP e na redução de
moléculas de NADP+. A redução ocorrerá com a utilização proveniente da quebra de
moléculas de água (fotólise da água). Esse processo dará origem ao NADPH, que será
utilizado nas reações de fixação do carbono, fornecendo energia.
Essa fase é constituída por dois fotossistemas, fotossistema I e fotossistema II. Cada
fotossistema pode ser constituído por até cerca de 400 pigmentos e apresenta dois
componentes: o complexo antena e o centro de reação. O complexo antena, constituído
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por moléculas de pigmento, absorve a energia luminosa e transfere-a para centro de
reação, em que ela será convertida em energia química. O centro de reação é constituído
por proteínas e clorofila.
O aceptor final dos elétrons é uma proteína chamada ferredoxina, que irá transferir os
elétrons para NADP+, reduzindo-os a NADPH. O processo de fotólise da água
liberará prótons que serão bombardeados para o lúmen do tilacoide, estimulando a
síntese de ATP.
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O PGA (ácido 3-fosfoglicérico), um composto formado por três carbonos, é o
primeiro composto detectável que se origina no ciclo de Calvin. Por isso, essa parte do
processo da fotossíntese também é conhecida como via C3.
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Outra forma de fixação de carbono é chamada de metabolismo ácido das
crassuláceas (CAM – sigla dada pela abreviação de crassulacean acid metabolism). As
plantas que apresentam esse tipo de estratégia para fotossíntese são chamadas plantas
CAM. Nessas plantas, assim como nas plantas C4, estão presentes as vias C4 e C3
(ciclo de Calvin). A diferença é que nas plantas C4 há uma separação espacial entre
essas vias, ou seja, a via C4 acontece nas células do mesofilo, enquanto o ciclo de
Calvin acontece nas células da bainha do feixe. Já nas plantas CAM a separação é
temporal, ou seja, a via C4 de incorporação do carbono acontece no escuro (à noite),
enquanto a via C3 acontece durante o dia. Durante a noite, os estômatos das plantas
CAM estão abertos, o CO2 é incorporado através da ação da PEP-carboxilase, há
formação de oxaloacetato, que é imediatamente reduzido a malato. O malato é estocado
no vacúolo na forma de ácido málico. Durante o dia, as reações luminosas da
fotossíntese fornecem ATP e NADPH para a continuidade do processo em que o ácido
málico retorna ao citossol, é descarboxilado e fornece CO2 para o ciclo de Calvin.
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Os principais fatores ambientes que afetam a fotossíntese são:
LUZ;
Dióxido de Carbono (CO2;)
TEMPERATURA.
1.6. Fotorrespiração
Reacções fotorrespiratórias
A adição de oxigênio molecular à ribulose-1,5-bifosfato produz 3-
fosfoglicerato (PGA) e 2-fosfoglicolato (2PG ou PG). O PGA é o produto normal da
carboxilação e entra produtivamente no ciclo de Calvin . O fosfoglicolato, no entanto,
inibe certas enzimas envolvidas na fixação fotossintética de carbono (por isso é
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frequentemente considerado um “inibidor da fotossíntese”). Também é relativamente
difícil de reciclar: nas plantas superiores é recuperado por uma série de reações
no peroxissomo , nas mitocôndrias , e novamente no peroxissomo , onde é convertido
em glicerato . O glicerato entra novamente no cloroplasto e pelo mesmo transportador
que exporta o glicolato . Um custo de 1 ATP está associado à conversão em 3-
fosfoglicerato (PGA) ( Fosforilação ), dentro do cloroplasto , que fica então livre para
reentrar no ciclo de Calvin.
As cianobactérias têm três vias possíveis através das quais podem metabolizar o
2-fosfoglicolato. Eles são incapazes de crescer se todas as três vias forem eliminadas,
apesar de terem um mecanismo de concentração de carbono que deveria reduzir
drasticamente a taxa de fotorrespiração (veja abaixo) .
RuBP + O
2→ Fosfoglicolato + 3-fosfoglicerato + 2 H+
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levada em consideração: na atmosfera atual, O2 é aproximadamente 500 vezes mais
abundante, e em solução O2 é 25 vezes mais abundante que o CO2 .
Os factores que influenciam isto incluem a abundância atmosférica dos dois gases, o
fornecimento dos gases ao local de fixação (ou seja, nas plantas terrestres: se os
estômatos estão abertos ou fechados), a duração da fase líquida (a que distância estes
gases chegaram difundir-se através da água para chegar ao local da reação). Por
exemplo, quando os estômatos estão fechados para evitar a perda de água durante a
seca : isto limita o fornecimento de CO 2 , enquanto o O2 a produção dentro da folha
continuará. Em algas (e plantas que fotossintetizam debaixo d'água); os gases têm que
se difundir por distâncias significativas através da água, o que resulta em uma
diminuição na disponibilidade de CO2 em relação ao O2. Foi previsto que o aumento
nas concentrações ambientais de CO2 previsto para os próximos 100 anos poderá
reduzir a taxa de fotorrespiração na maioria das plantas em cerca de 50% . Contudo, a
temperaturas superiores ao óptimo térmico fotossintético, os aumentos na taxa de
renovação não são traduzidos num aumento da assimilação de CO2 devido à diminuição
da afinidade da Rubisco pelo CO2 .
Aumento da temperatura
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Concentração de Carbono (CCMs), pois aumentam a concentração de CO 2 de modo
que RuBisCO tem menos probabilidade de produzir glicolato através da reação com O2.
Esta capacidade de evitar a fotorrespiração torna estas plantas mais resistentes do que
outras plantas em ambientes secos e quentes, onde os estômatos estão fechados e os
níveis internos de dióxido de carbono são baixos. Nestas condições, a fotorrespiração
ocorre nas plantas C4 , mas a um nível muito inferior em comparação com as plantas
C 3 nas mesmas condições. As plantas C 4 incluem cana-de-açúcar , milho
(milho) e sorgo .
As plantas CAM, como cactos e plantas suculentas , também utilizam a enzima PEP
carboxilase para capturar dióxido de carbono, mas apenas à noite. O metabolismo ácido
das crasuláceas permite que as plantas conduzam a maior parte de suas trocas gasosas
no ar noturno mais frio, sequestrando carbono em açúcares de 4 carbonos que podem
ser liberados para as células fotossintetizantes durante o dia. Isto permite que as plantas
CAM minimizem a perda de água ( transpiração ) mantendo os estômatos fechados
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durante o dia. As plantas CAM geralmente apresentam outras características de
economia de água, como cutículas grossas, estômatos com pequenas aberturas e
normalmente perdem cerca de 1/3da quantidade de água por CO2fixo.
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2. Quimimiossintese
A superfície da Terra é dominada por organismos que dependem da energia do
Sol, seja diretamente pelos produtores primários, seja de forma indireta pelos seres
vivos heterotróficos ou consumidores. Em 1887, o biólogo russo, Sergei Winogradsky,
descobriu um processo biológico alternativo e independente da energia da luz para a
produção de compostos orgânicos Inicialmente, esta descoberta parecia um pouco
insignificante para a produção primária mas com o avanço das investigações no oceano
profundo e, concretamente, nas nascentes hidrotermais, os cientistas observaram, não só
a presença dos microrganismos quimiossintéticos nas profundezas do oceano, onde a luz
solar não chega, como também a dependência ecológica de comunidades de organimos
mais complexos desta energia orgânica produzida através da quimiossíntese O
conhecimento acerca das comunidades quimiossintéticas e da produção primária em
ambientes extremos, como no fundo dos oceanos, é relativamente recente e só adquiriu
relevância com a descoberta, em 1977, ao longo do rifte dos Galápagos, no Oceano
Pacífico, de comunidades biológicas associadas a nascentes hidrotermais. Esta
descoberta intrigou os cientistas, revolucionando o conhecimento acerca da produção
biológica primária.
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construtivos de placas litosféricas. Nestes locais, forma-se constantemente nova crusta
oceânica, por ascensão de magma de composição basáltica, sendo, por isso, ambientes
caracterizados por uma intensa atividade geológica.
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CONCLUSÃO
Após muita pesquisa para elaboração do presente trabalho concluímos que
Fotossíntese é um processo pelo qual ocorre a conversão da energia solar em energia
química para realização da síntese de compostos orgânicos. A fotossíntese é a principal
responsável pela entrada de energia na biosfera e é realizada por organismos
denominados fotossintetizantes, como plantas e algas.
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