Resumo Kishimoto
Resumo Kishimoto
Resumo Kishimoto
Brinquedo: supõe uma relação intima com a criança e uma indeterminação quanto o uso, ou seja, a
ausência de regras que organizam sua utilização. O brinquedo estimula a representação, a expressão de
imagens que evocam aspectos da realidade. Pode se dizer que o um dos objetivos do brinquedo é dar a
criança um substituto dos objetos reais, para que possa manipulá-los. O brinquedo propõe um mundo
imaginário a criança e do adulto, criador do objeto lúdico.
Na criança o imaginário varia, para pré-escola de 3 anos esta carregado de animismo e aos 5 a 6 anos
integra predominantemente elementos da realidade.
Infância: é reconstituída pelo adulto por meio de um duplo processo; primeiro está associado a todo
contexto de valores e aspirações da sociedade, e, de outro, depende de percepções próprias de adulto,
que incorporam memorias do seu tempo de criança. A infância expressa no brinquedo contém o mundo
real, com valores, modos de pensar e agir e o imaginário do criador do objeto.
- Há sempre uma criança em todo adulto, uma infância represada que emerge quando algumas imagens
nos tocam.
-Assim como a infância o jogo infantil desperta em nós o imaginário, a memória dos tempos passados.
- Brincadeira é o lúdico em ação
-Hoje a imagem de infância é enriquecida com o auxílio de concepções psicológicas e pedagógicas, que
reconhecem o papel do brinquedo e brincadeira no desenvolvimento e na construção do conhecimento
infantil.
A “família” do jogo
Wittgennstein, estuda a grande família composta por diferentes tipos de jogos e suas analogias. Diz ser
o jogo um termo impreciso, com contornos vagos, por assumir múltiplos significados.
-Os jogos formam uma família, pois possuem estatura, traços fisionômicos, cor dos olhos, o andar, o
temperamento etc.
Características do jogo
Huizinga omite os jogos de animais e aponta apenas os produzidos no meio social, apontando
características: o prazer, o caráter “não sério”, a liberdade, a separação dos fenômenos do cotidiano, as
regras, o caráter fictício ou representativo e sua limitação no tempo e no espaço.
- O prazer é um distintivo do jogo, porém há casos em que o desprazer é o elemento que o caracteriza.
Vygotsky afirma que nem sempre o jogo possui essa característica, em certos casos, há esforço e
desprazer na busca do objetivo da brincadeira.
- O carácter “não sério” não implica que a brincadeira infantil deixa de ser seria. Quando a criança
brinca, ela faz de modo compenetrado. A pouco seriedade a que faz referencia está mais relacionada ao
cômico, ao riso, que acompanha, na maioria das vezes, o ato lúdico e se contrapõe ao trabalho,
considerado atividade seria.
-Jogo atividade voluntaria se imposta, deixa de ser jogo.
- Há regras explicitas como o xadrez e implícitas como na brincadeira de faz de conta.
1.Não literalidade: A brincadeiras caracterizam por uma realidade interna que sobrepõe a externa.
Exemplos de situações que o sentido não é literal como o ursinho de pelúcia servir como filhinho e a
criança imitar o irmão que chora.
2.Efeito positivo: O jogo infantil traz signos do prazer ou de alegria. Esse processo traz inúmeros
processos positivos aos aspectos corporal, moral e social da criança.
3.Flexibilidade: As crianças estão mais dispostas a combinações de ideias durante a brincadeira do que
nas atividades não recreativas. A ausência de pressão do ambiente cria um clima propicio para
investigações necessárias à solução de problemas. Brincar leva a criança a ser mais flexível e buscar
novas alternativas de ação.
4.Prioridade no processo de brincar: Quando a criança brinca sua atenção está na atividade em si e não
em resultados, esta designação se dá apenas quando o objetivo da criança é brincar. O jogo educativo,
utilizado em sala de aula, muitas vezes desvirtua esse conceito ao dar prioridade não ao brincar, mas ao
produto, á aprendizagem de noções e habilidades.
5.Livre escolha: O jogo infantil só pode ser jogo ser for de livre escolha, caso contrario se torna trabalho
ou ensino.
6.Controle interno: no jogo infantil são os próprios jogadores que determinam o desenvolvimento dos
acontecimentos.
Apesar da riqueza de se utilizar o jogo como função educativa nem sempre os resultados serão os
esperados pelo professor. A utilização de jogos potencializa a exploração e a construção do
conhecimento, por contar com a motivação interna, típica do lúdico, mas o trabalho pedagógico requer
a oferta de estímulos externos e a influencias de parceiros, bem como a sistematização de conceitos em
outras situações que não jogos.
4.Brincadeiras de construção
Os jogos de construção são considerados de grande importância por enriquecer a experiencia sensorial,
estimular a criatividade e desenvolver habilidades da criança.
Construindo, transformando e destruído, utilizando o tijolinho, a criança expressa seu imaginário, seus
problemas e permite aos terapeutas o diagnostico de dificuldades de adaptações, bem como a
educadores o estimulo da imaginação infantil e o desenvolvimento afetivo e intelectual.
- o jogo de construção tem uma estreita relação com o jogo de faz de conta, não se trata apenas de
manipular tijolinhos, mas de construir casas, móveis ou cenários para as brincadeiras simbólicas.
-É necessário considerar tanto a fala como a ação da criança que revelam complicadas relações. É
importante considerar as ideias presentes em tais representações como elas adquirem tais temas e
como mundo real contribui para sua construção.