Projecto
Projecto
Projecto
1. Introdução..................................................................................................................................1
1.1. Contextualização....................................................................................................................2
1.2. Justificação.............................................................................................................................2
1.3. Problematização.....................................................................................................................3
1.4. Hipóteses................................................................................................................................3
1.5. Objetivos................................................................................................................................4
1.5.1. Objetivo geral.....................................................................................................................4
1.5.2. Objetivos específicos..........................................................................................................4
2. Referencial teórico.....................................................................................................................5
2.1. Enquadramento da Auditoria Interna......................................................................................6
2.2. Estudo da Fraude....................................................................................................................6
2.3. Tipos de Fraude......................................................................................................................7
2.4. Triângulo da Fraude................................................................................................................7
2.5. Aspectos Fundamentais de Análise de Risco da Fraude.........................................................8
2.6. Impacto Auditoria Interna e Fraude........................................................................................9
3. Metodologia.............................................................................................................................10
3.1. Tipo de Pesquisa...................................................................................................................10
3.2. Métodos de Abordagem........................................................................................................10
3.3. Métodos de Procedimento....................................................................................................10
3.4. Técnicas de Pesquisa............................................................................................................11
3.5. Métodos para Análise de Dados............................................................................................11
3.5.1. Delimitação do Universo e Amostra.................................................................................11
4. Cronograma..............................................................................................................................13
5. Orçamento................................................................................................................................13
6. Referências bibliográficas........................................................................................................14
Apêndice..........................................................................................................................................15
Lista de abreviaturas
AI – Auditoria Interna
BCI – Banco Comercial do Investimento
IPAI - Internacionais para a Prática Profissional de Auditoria Interna
Lista de figuras
Figura 1: Triangulo da fraude, fonte Donald Cressey (1953).................................................................8
Lista de tabelas
Tabela 1: Cronograma, fonte a autora (2023).......................................................................................13
Tabela 2: Orçamento, fonte a autora (2023).........................................................................................13
1. Introdução
O mesmo surgiu da necessidade de compreender que a fraude é uma realidade muito presente
na vida das empresas, sendo cada vez mais, alvo de escrutínio e análise em Moçambique. A
crise pandémica de COVID-19, só veio a agravar esta tendência. Deste modo, a sua deteção e
prevenção revelou-se prioritária para as Organizações e Auditores em geral, mas em especial
para os Auditores Internos.
Ainda que a auditoria interna não tenha como principal função a deteção e prevenção de
fraudes, tem igualmente o objetivo ajudar a organização a alcançar os seus objetivos e a
proteger os seus ativos. Em Normas Internacionais para a Prática Profissional de Auditoria
Interna (IPAI, 2009), são feitas diversas referências ao tema da fraude, pelo que, se pode
considerar um tema bastante relevante para a função de auditoria interna.
Em suma, a auditoria interna deve ser responsável pela implementação de controlos, que não
permitam a prática de fraudes, e garantam a existência de mecanismos de controlo interno que
sejam responsáveis pela mitigação do risco da sua ocorrência. (Ramos, 2019, p. 34).
1.1. Contextualização
A AI emerge como um tópico relevante na auditoria, onde sua importância como ferramenta
na mitigação da ocorrência da fraude é destacada. Seguindo a orientação de Gil (2017, p. 45)
quanto à delimitação de um tema de pesquisa científica, três critérios são considerados.
O segundo critério, o temporal, define o período em que o fenômeno será estudado, sendo
escolhido o intervalo de 2012 a 2022 devido à relevância das mudanças ocorridas nesse
período, impactando a AI no BCI.
1.2. Justificação
A importância deste projeto vai além dos limites institucionais, atendendo a diversas esferas
de relevância. Para as instituições financeiras, como o BCI, a pesquisa oferece entendimentos
estratégicos cruciais para fortalecer os mecanismos de controle interno. A incidência reduzida
de fraudes não só resguarda os ativos dessas instituições, mas também contribui para a
construção de um setor financeiro mais robusto e confiável.
Além disso, a relevância social do projeto é evidente ao considerar o impacto direto na
sociedade moçambicana. Ao fortalecer os controles internos, a pesquisa contribui para a
preservação da confiança dos cidadãos nos serviços bancários e na estabilidade financeira. A
redução das fraudes promove um ambiente mais seguro para investimentos, estimulando o
crescimento econômico e trazendo benefícios tangíveis para a comunidade em geral.
No contexto acadêmico, este projeto oferece uma oportunidade valiosa para os estudantes do
curso de mestrado em Auditoria. A aplicação prática dos conceitos teóricos, especialmente
aqueles derivados das Normas Internacionais para a Prática Profissional de AI, enriquecerá a
experiência acadêmica. A pesquisa contribuirá para o avanço do conhecimento, preenchendo
lacunas específicas relacionadas à mitigação de fraudes em instituições financeiras
moçambicanas.
1.3. Problematização
1.4. Hipóteses
Hipótese Alternativa Negativa (H2): Mesmo com sistemas de controle interno eficazes, não há
uma redução significativa na ocorrência de eventos relacionados a fraude em instituições
financeiras moçambicanas no período de 2012 a 2022.
1.5. Objetivos
A auditoria é uma ferramenta fundamental para a tomada de decisões dos utilizadores do seu
trabalho (Carlos Costa, Lisboa), sendo que, a qualidade da informação é um factor
extremamente relevante. Deste modo, é fundamental que a informação disponibilizada seja
autêntica e semelhante à realidade possível. Para que isso aconteça, é necessário compreender
as fragilidades a que a Organização se encontra exposta e como minimizar esses riscos.
Segundo (Martins., 2013), a auditoria pode ser compreendida como um processo sistemático
que permite obter e analisar provas suficientes que permitam ao Auditor pronunciar-se sobre a
concordância da informação, com as Normas e critérios de comparação selecionados, para
que, a posterior possa transmitir os resultados aos utilizadores interessados.
A frequência é igualmente um factor preponderante, uma vez que, podem distinguir-se por:
permanente e ocasional.
No primeiro tipo de auditoria (Permanente) existe uma maior regularidade, implicando
normalmente a sua continuidade na empresa.
Os autores acima citados, revelam que apesar de algumas auditorias terem caráter de
obrigatoriedade legal, é igualmente possível observar auditorias de fonte contratual (como por
exemplo, auditorias operacionais).
2.1. Enquadramento da Auditoria Interna
Com a evolução das empresas e a crescente necessidade de informações credíveis e fidedignas
por parte dos investidores, surgiu a necessidade de existência da auditoria interna, que até à
Revolução Industrial não passava de uma função de vigilância, limitando-se a detetar erros,
irregularidades e fraudes, por meio da verificação minuciosa das operações (Martins., 2013).
É então possível compreender que, a crescente complexidade dos sistemas de Controlo
Interno, exigiu por parte dos Auditores internos uma evolução na mesma proporção.
A importância da auditoria interna tem sido cada vez mais reconhecida, uma vez que auxilia a
Gestão no alcance dos objetivos traçados (Monteiro, 2016), no entanto, a sua acção depende
sempre das caraterísticas e necessidades da organização onde o Auditor opera.
A atividade de auditoria interna e o seu conceito, foram sofrendo alterações ao longo dos
anos. Desde o início que este tipo de auditoria tem uma responsabilidade primária
relativamente à deteção de fraude, tornando-se cada vez mais uma responsabilidade
secundária quando comparada com as outras funções. A deteção de fraude passou a ser um
encargo da gestão de topo, ainda que a auditoria interna não se possa isentar da
responsabilidade. Hoje em dia, a função de auditoria interna é reconhecida como atividade
imprescindível para as organizações, uma vez que promove a prossecução dos seus objetivos
e a melhoria de performance (Monteiro, 2016).
2.2. Estudo da Fraude
Nos últimos anos tem-se evidenciado uma crescente preocupação com o tema da fraude, uma
vez que, são cada vez mais escândalos e crescente impacto nas empresas e nos mercados em
geral. É por isso essencial compreender o conceito de fraude e as motivações que a podem
originar.
É fundamental compreender o conceito de fraude, sem que este se confunda com o conceito
de erro, o que ocorre muitas vezes.
Segundo (ISA, 2009), o que distingue a fraude do erro, é a sua intencionalidade, ou seja, o
erro é uma acção involuntária, no qual resulta uma distorção da informação.
Quando de acordo com a ISA 240, a Fraude é uma prática voluntária e intencional, na qual se
traduz uma alteração das demonstrações financeiras (ISA, 2009).
O IIA, nas suas Normas para a Prática Profissional de Auditoria Interna (IPAI, 2009), define
fraude como “Qualquer acto ilegal caraterizado por engano, encobrimento ou violação de
confiança.”
Segundo (Monteiro, 2016), por fraude entende-se como um acto ilegal realizado de forma
intencional, do qual pretende a obtenção de algum tipo de benefício.
2.3. Tipos de Fraude
Existem vários tipos de fraude que, consoante diversos autores como Dubis et al (2009), se
dividem em três tipos: apropriação indevida de ativos, distorção das demonstrações
financeiras e corrupção.
A apropriação indevida de ativos trata-se do uso abusivo, ou até mesmo do fruto de ativos
da empresa (Monteiro, 2016).
A distorção das demonstrações financeiras traduz-se como o nome sugere, na alteração de
informação nas demonstrações financeiras de forma fraudulenta. O interesse deste tipo de
fraude é o de mudar a aparência de forma que a imagem da empresa se torne mais apelativa
para os utilizadores desta informação.
Por último, a corrupção é a utilização da influência de modo abusivo com o intuito de obter
benefício próprio. De acordo com (Monteiro, 2016), pode-se traduzir em situações de conflito
de interesse, suborno, gratificações ilegais e/ ou extorsão económica. O conflito de interesses
ocorre muitas vezes através do benefício pessoal ou de terceiros; o suborno trata-se muitas
vezes da oferta monetária a troco de um favorecimento e obtenção de benefícios; a
gratificação ilegal ocorre através de pagamentos de modo a obter a realização de determinado
serviço; a extorsão económica trata-se da obtenção de vantagem através da exigência de
pagamento de outrem (Ramos, 2019)
A verdade é que a fraude nem sempre é realizada com intuito de favorecer um indivíduo de
forma singular, mas também pode ocorrer para favorecer a organização em si, tudo depende
do benefício que se pretende obter.
Segundo (Deloitte, 2021), um questionário conduzido a empresas Moçambicanas dos mais
diversos sectores, as três principais causas de fraude em Moçambique são o tráfico de
influências, a corrupção e a escolha preferencial de parceiro. Isto vai de encontro às fraudes
conhecidas e faladas nos noticiários portugueses
2.4. Triângulo da Fraude
Um dos modelos mais usados para compreender as motivações que levam à ocorrência de
uma fraude é o Triângulo da Fraude desenvolvido por Donald Cressey num estudo em 1953.
Neste estudo, admite-se que os indivíduos que praticam fraude, utilizam estes mecanismos
como justificação para o seu comportamento fraudulento, tentando de certa forma, eliminar o
sentimento de culpa (Monteiro, 2016).
Lundin (2016), define metodologia de trabalho como sendo “a exposição que o pesquisador
faz sobre os passos a serem seguidos no desenvolvimento do trabalho com a identificação dos
métodos e técnicas a serem usados para tal”. As técnicas “devem ser vistas como instrumento
de operacionalização dos métodos”. Nesta ordem de ideias para a elaboração deste projeto,
utilizamos métodos de abordagem, procedimentos e técnicas para coleta e análise de dados.
Classificamos este estudo como uma pesquisa qualitativa. Conforme definido por Lakatos e
Marconi (2017), a pesquisa qualitativa é um enfoque não estatístico que se concentra na
identificação e análise aprofundada de dados difíceis de quantificar em relação a um grupo
específico de indivíduos e um problema específico. Este tipo de pesquisa explora sentimentos,
sensações e motivações que podem explicar comportamentos, enfocando o significado desses
comportamentos para os indivíduos. Esta pesquisa visa conhecer os impactos da auditoria
interna tem sobre o sector financeiro moçambicano na mitigação da fraude.
Este estudo adopta o método indutivo. O método indutivo implica uma análise que parte de
observações específicas para inferir leis ou teorias mais gerais (Trivinos et al., 1987). Isso
significa que este estudo se concentra em extrair conclusões gerais com base em observações
específicas feitas no BCI.
Observação: A observação foi empregada para coletar dados diretamente no campo de estudo,
permitindo que o pesquisador identificasse informações que os participantes podem não estar
cientes. Conforme definido por Cervo e Bervian (2007, p. 26), observar envolve a aplicação
atenta dos sentidos físicos a um objeto amplo para adquirir um conhecimento claro e preciso.
A observação é considerada vital para o estudo da realidade e de suas leis.
Para analisar os dados coletados, adotaremos métodos de amostragem por quotas e análise de
conteúdo de Bardin. A amostragem por quotas foi empregada para assegurar a
representatividade dos resultados, enquanto a análise de conteúdo possibilitou a interpretação
e organização dos dados. De acordo com Bardin (2011, p. 47), a análise de conteúdo se refere
a um conjunto de técnicas de análise de comunicações, visando à obtenção de indicadores
(quantitativos ou não) que permitam inferências sobre conhecimentos relativos às condições
de produção/recepção das mensagens.
3.5.1. Delimitação do Universo e Amostra
5. Orçamento
Prevê se que o orçamento para o presente projecto de Pesquisa esteja avaliado em cerca de
MZN 30.000,00, (Trinta mil Meticais), dos quais, serão albergados pelas despesas de
pesquisas e as demais actividades que justificar-se-ão para a realização do mesmo, podendo
sofrer alterações em função das necessidades.
Carlos Costa, C. (. (Lisboa). Auditoria Financeira Teoria e Prática. 1. Edição, Lisboa: Editora
Rei dos Livros.
CERVO, A. L & BERVIAN, P. A. 2007. Metodologia Científica. 5.ed. São Paulo: Prentice
Hall.
Apêndice
Este questionário faz parte da execução do projeto de pesquisa, realizado no âmbito do curso
de Mestrado em Auditoria, especificamente no módulo de Metodologias de Investigação
Científica. Com natureza estritamente científica, tem como objetivo coletar dados sobre o
tema “O impacto da Auditoria Interna na mitigação de fraudes no setor financeiro
moçambicano no período de 2012 a 2022”. Agradecemos antecipadamente por sua
participação, que contribuirá significativamente para o desenvolvimento desta pesquisa.
3.1. A Auditoria Interna na sua instituição realiza revisões regulares de controles internos para
prevenção de fraudes?
3.2. A Auditoria Interna está envolvida na atualização e adaptação contínua dos controles
internos em resposta às mudanças no ambiente financeiro?
4.2. Você pode compartilhar um exemplo específico de como a Auditoria Interna influenciou
positivamente na mitigação de fraudes? (Aberto)
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Fim