Trabalho 2

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Índice

CAPITULO I:..................................................................................................................................4

1.1 Introducao..............................................................................................................................4

1.2 Objectivos..............................................................................................................................4

1.2.1 Objectivo geral................................................................................................................4

1.2.2 Objectivos especificos.....................................................................................................4

1.3 Metodologia de Pesquisa.......................................................................................................4

CAPITULO II: FUNDAMENTACAO TEORICA.........................................................................5

2. Reforma e Contrareforma........................................................................................................5

2.1 Reforma protestante...............................................................................................................5

2.2.1 Principais causas da Reforma Protestante.......................................................................5

2.1.2 Principais Reformadores.................................................................................................6

2.3 Contrarreforma.......................................................................................................................6

2.4 Consequências da Reforma Protestante.................................................................................7

2.5 Concílio de Trento.................................................................................................................7

2.5.1 Principais objetivos do Concílio de Trento.....................................................................7

CAPITULO III:...............................................................................................................................9

Consideraccoes finais...................................................................................................................9

Referencias bibliograficas..........................................................................................................10
CAPITULO I:

1.1 Introducao

A Reforma Protestante, provocou um abalo sem precedentes na Igreja Católica. Senhora da


Europa durante séculos, controlada por clérigos habilidosos e dedicados, mas também por
sacerdotes mais voltados aos negócios da fé do que aos fiéis, a Igreja viu inúmeras ovelhas
deixarem seu rebanho numa migração prejudicial em todos os sentidos. Após a fi ssura
provocada por Martinho Lutero e seguidores, o catolicismo empreendeu um conjunto de duras
réplicas ao avanço protestante. Esta “resposta” fi cou conhecida como Contra-Reforma.

mais sofisticada e incisiva do que a protestante. Porém, em lugar de entrarmos numa polêmica de
palavras como esta, seria mais simples e relevante considerar tanto a Reforma quanto a resposta
católica como movimentos ligados aos anseios dos religiosos por mudanças na vida e na postura
dos cristãos desde os fins do medievo (Mullet, 2003).

1.2 Objectivos

1.2.1 Objectivo geral

 Conhecer os aspectos marcantes da reforma e a contra-reforma.

1.2.2 Objectivos especificos

 Conceitualizar a reforma e contra-reforma;


 Identifcar as possiveis causas da reforma e contra-reforma;
 Mencionar os principais reformadores da reforma catolica;
 Identificar as principais consequencias da reforma e contra-reforma.

1.3 Metodologia de Pesquisa

A presente pesquisa terá como instrumento de coleta de dados a análise documental, por meio de
referências bibliográficas, como artigos, livros, teses, dissertações, jornais, revistas, etc. Sendo
assim, pode-se perceber que a análise documental sempre será uma perspectiva para o
pesquisador interpretá-los, pois necessitam ser situados em uma estrutura teórica para que o seu
conteúdo seja compreendido. Por esta razão pode sempre produzir ou reelaborar conhecimentos
e novas formas de compreender fatos, objetos e fenômenos escritos.
CAPITULO II: FUNDAMENTACAO TEORICA

2. Reforma e Contrareforma

A disputa entre Reforma e Contrarreforma aconteceu de forma diferente e em algumas


regiões, como em Roma, sede da Igreja Católica Apostólica, sequer houve um movimento
importante de Reforma. Enquanto em lugares como Inglaterra, Suíça, e, principalmente, no
Sacro Império Romano-Germânico (a Alemanha como conhecemos hoje, não existia ainda),
tivemos os principais movimentos reformistas.

Ginzburg (2003) conceitualiza a reforma e a contrareforma como sendo:

A Reforma foi um movimento europeu de criação de novas igrejas


e credos religiosos, em oposição aos dogmas católicos. E a
contrarreforma foi a resposta da Igreja Católica contra estes
movimentos, que ameaçavam diminuir seu número de fiéis, sua
influência política e, principalmente, sua riqueza.

2.1 Reforma protestante

A reforma Protestante ou Reforma Europeia foi um movimento relevante dentro


do cristianismo ocidental na Europa do século XVI que representou um desafio religioso e
político para a Igreja Católica e em particular para a autoridade papal, decorrente do que eram
percebidos como erros, abusos e discrepâncias cometidos pelo clero. A Reforma foi o início
do protestantismo, além de ser considerada um dos eventos históricos que marcam o fim
da Idade Média e o início do período moderno na Europa. (Patrick, 2007).

2.2.1 Principais causas da Reforma Protestante

De acordo Matos (2002), À Reforma Protestante foi dada inicio por Martinho Lutero, um
monge alemão que não concordava com determinadas práticas da Igreja, mas que também
passou a defender posições doutrinárias distintas daquelas defendidas na Santa Sé. Enquanto
membro do clero católico, Lutero desejava uma reforma no interior da Igreja.

De toda forma, entre as principais causas que explicam o início da Reforma


Protestante estão:
 a venda de indulgências praticada pela Igreja;
 a corrupção do clero por meio de práticas como a simonia;
 incômodo com o acúmulo de poder e riquezas pela Igreja Católica;
 interesse de muitos monarcas de enfraquecer o poderio da Igreja Católica;
 desejo de muitos reinos europeus de conquistar maior autonomia econômica com o
enfraquecimento da Igreja Católica.

O ponto de partida para que a Reforma Protestante se iniciasse, no entanto, foi a indignação da
Martinho Lutero com a cobrança de uma nova indulgência que estava sendo realizada pelo
Arcebispo de Mainz, em Wittenberg. Além disso, Lutero passou a acreditar que a salvação de
uma pessoa dependia mais de sua fé do que de ações, como as indulgências.

2.1.2 Principais Reformadores

Os grandes reformadores existentes na Reforma Protestante foram:

 Martinho Lutero, responsável pelo surgimento da Igreja Luterana;


 João Calvino e Ulrich Zwingli, os dois grandes nomes do calvinismo na Europa;
 Henrique VIII, rei da Inglaterra e responsável pelo surgimento da Igreja Anglicana. O
papel de Henrique VIII, no entanto, é mais político do que teológico.

Outros importantes nomes de impacto na disseminação e consolidação do credo protestante


foram Johannes Bugenhagen, Johannes Brenz, Martin Bucer, Thomas Müntzer e Philipp
Melanchton. Muitos historiadores colocam os já mencionados Jan Huss e John Wycliff como
importantes reformadores pelo seu papel como precursores da Reforma. (Ginzburg, 2003).

Martinho Lutero e as 95 teses

Um momento crucial na história da Reforma Protestante foi a divulgação das 95 teses de


Martinho Lutero. Nesse documento, Lutero estabelecia 95 críticas a diversas práticas da
Igreja, entre as quais estavam críticas às indulgências, a usura da Igreja, sua corrupção, entre
outras. O nome oficial desse documento é Disputação do doutor Martinho Lutero sobre o poder e
eficácia das indulgências.
A tradição protestante afirma que esse documento foi pregado por Martinho Lutero na
porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, em 31 de outubro de 1517. Esse acontecimento, no
entanto, não tem comprovação na historiografia, e muitos historiadores apontam que o
documento, na verdade, era uma carta que Lutero escreveu para Alberto de Mainz, o arcebispo
responsável pela indulgência.

Esse documento foi muito importante para o crescimento da Reforma Protestante porque
serviu de manifesto contra as práticas da Igreja. Esse documento foi largamente replicado na
Europa a partir da imprensa, uma invenção do século XV.

2.3 Contrarreforma

As críticas à Igreja e a propagação das doutrinas protestantes fizeram com que a Igreja Católica
reagisse para impedir que mais fiéis se convertessem ao protestantismo. Com isso, uma série de
medidas vão ser tomadas pela Igreja Católica com o objetivo de frear o avanço do
protestantismo e reforçar a doutrina Católica na Europa e em outros locais do planeta.
(YRIARTE, 2009).

Entre algumas das medidas estabelecidas pela Igreja Católica na Contrarreforma estão:

 convocação do Concílio de Trento;

 criação de seminários para reforçar a formação dos sacerdotes;

 fortalecimento da Inquisição para reforçar a repressão contra os protestantes;

 criação da Companhia de Jesus, ordem religiosa com vocação missionária.

2.4 Consequências da Reforma Protestante

A Reforma Protestante mudou radicalmente a história do continente europeu. Entre as


consequências desse acontecimento destacam-se:

 Divisão no interior da Igreja Católica com o surgimento de novas doutrinas.


 Enfraquecimento da Igreja Católica, em especial em regiões como o Norte da Europa.
 Aumento dos conflitos motivados por diferenças religiosas, como a Guerra dos Trinta
Anos.
 Incentivo à alfabetização nos locais que adotaram o protestantismo.
 Incentivo à laicização do Estado.

2.5 Concílio de Trento

Uma das principais iniciativas da Igreja Católica no âmbito da Contrarreforma foi a realização do
Concílio de Trento, realizado em três momentos distintos: 1545-1547, 1551-1552 e 1562-1563.
Entre as medidas tomadas pela Igreja Católica no Concílio de Trento, destacam-se:

 negação da doutrina luterana;


 proibição das indulgências;
 criação do Index, uma lista de livros que eram proibidos de serem lidos;
 confirmou a validade da doutrina da infalibilidade do papa, etc.

2.5.1 Principais objetivos do Concílio de Trento

Foram três os objetivos principais do Concílio de Trento:

 Frear o avanço protestante sobre a Europa

Diversas medidas foram tomadas no concílio para atingir tal objetivo, como a
reativação do Tribunal da Santa Inquisição, o Index Librorum Prohibitorum (lista
de livros considerados heréticos) e as mudanças nas missas e na liturgia, que
tornaram os ritos mais próximos da população;

 Levar o catolicismo para as regiões recém-descobertas, como a África, Américas e


regiões da Ásia

Para expandir a fé católica, o concílio garantiu recursos e o direito de explorar


economicamente as missões para diversas ordens religiosas, como jesuítas,
franciscanos e dominicanos;

 Evitar novas reformas dentro da Igreja Católica

O concílio fortaleceu a hierarquia da Igreja, reduziu a autonomia dos bispados e reafirmou a


infalibilidade do papa como um dogma.

Deliberacoes do Concílio de Trento

As decretos doutrinários deliberados pelo concilio de Trento foram:


 Símbolos da fé;
 Escrituras canônicas e uso do livro sagrado;
 Pecado original;
 Sacramentos;
 Santíssimo sacramento da eucaristia;
 Santíssimo sacramento da penitência e da extrema-unção;
 Sacrifício da missa;
 Sacramento do matrimônio;
 Decretos sobre o purgatório, salvação divina, veneração de relíquias, de santos,
indulgências e sobre a missa.
CAPITULO III:

Consideraccoes finais

Durante a Idade Moderna uma das principais instituições europeias, a Igreja Católica,
teve seu poder abalado. A época era propícia a transformações e questionamentos, contudo os
clérigos não estavam dispostos a perder seus poderes políticos, econômicos e religiosos numa
Europa que se enchia de ouro e se apossava de outros continentes. A Inquisição foi a ferramenta
mais incisiva na luta contra aqueles que punham a Santa Sé em dúvida. Com a Contra-Reforma,
a Igreja Católica buscava reafi rmar seu lugar de destaque na vida de homens e mulheres
modernos.

Menocchio e Veronse, evidentemente, não foram presas as únicas da Inquisição. A


reativação deste aparelho jurídico pela Contra-Reforma fez milhares de vítimas, principalmente
pela Europa. Mas observamos como toda esta movimentação de silenciamento, esta preocupação
em encerrar as discussões em torno de Domenico Scandela se relaciona com os problemas
trazidos pela Reforma Protestante. A intolerância dos clérigos afl orou através da vontade de
defender a sua fé, de preservar o espaço da sua Igreja, de manter sob controle seus fi éis. Nem
que para isto fosse preciso matá-los.
Referencias bibliograficas

BERUTTI, F. (2003). As Reformas. In: História Moderna através de textos. 10 ed. São
Paulo: Contexto.

PATRICK, J. A. (2007). Renaissance and Reformation.

GINZBURG, C. (2003). O Queijo e os Vermes. 3 ed. Trad. Maria Betânia Amoroso. São
Paulo: Cia da Letra.

YRIARTE, C. (1573). Paolo Veronese Before the Inquisition in Venice. Report of the
sitting of the Tribunal of the Inquisition on Saturday July eighteenth.

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