Bombeiro Civil Mestre
Bombeiro Civil Mestre
Bombeiro Civil Mestre
Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 4
ORGANIZAÇÃO DO CADERNO DE ESTUDOS E PESQUISA..................................................................... 5
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 7
UNIDADE I
BOMBEIRO CIVIL MESTRE........................................................................................................................ 9
CAPÍTULO 1
HISTÓRIA, CONCEITOS E DEFINIÇÕES........................................................................................ 9
CAPÍTULO 2
CLASSIFICAÇÃO, ATUAÇÃO E ATRIBUIÇÕES ............................................................................ 20
CAPÍTULO 3
SELEÇÃO, TREINAMENTO E FORMAÇÃO DOS BOMBEIROS CIVIS.............................................. 28
UNIDADE II
DIMENSIONAMENTO E ESTRUTURAÇÃO................................................................................................. 49
CAPÍTULO 1
DIMENSIONAMENTO E APLICAÇÃO DE BOMBEIROS CIVIS........................................................ 49
CAPÍTULO 2
ESTRUTURAÇÃO DO DEPARTAMENTO DE PREVENÇÃO E DE INCÊNDIO..................................... 67
UNIDADE III
ASPECTOS GERENCIAIS E OPERACIONAIS............................................................................................. 68
CAPÍTULO 1
ASPECTOS GERENCIAIS E ADMINISTRATIVOS............................................................................. 68
CAPÍTULO 2
ASPECTOS OPERACIONAIS...................................................................................................... 79
UNIDADE IV
CONDUTAS OPERACIONAIS E DE SEGURANÇA..................................................................................... 92
CAPÍTULO 1
AMEAÇAS E VULNERABILIDADES.............................................................................................. 92
CAPÍTULO 2
SEGURANÇA PESSOAL E OPERACIONAL................................................................................ 102
CAPÍTULO 3
REGISTRO DE ATIVIDADES DE BOMBEIROS.............................................................................. 125
REFERÊNCIAS................................................................................................................................. 145
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
4
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Atenção
5
Saiba mais
Sintetizando
6
Introdução
Sabemos que um dos pontos principais da história da civilização humana foi o
domínio do fogo pelo homem. A partir daí, foi possível aquecer e cozinhar, fundir
metais para fabricação de equipamentos e maquinários. Isso alavancou o progresso
da sociedade, bem como da humanidade, mas essa descoberta obviamente trouxe um
risco inerente: o risco de incêndios.
Sabemos que quanto maior for a cultura de prevenção, menor será a probabilidade de
ocorrência de um sinistro que possa gerar riscos às pessoas e danos ao patrimônio e ao
meio ambiente.
7
valendo-se de técnicas e conhecimentos operacionais de prevenção com o objetivo
de evitar situações de risco. Atende a eventuais situações de emergência e atua em
operações de resgate, salvamento e combate a incêndio.
Objetivos
»» Falar sobre o conceito, definições e atribuições dos Bombeiros Civis e
Bombeiros Civis Mestres.
»» Por fim, abordar como deve ser a estruturação dos serviços de bombeiros
e os aspectos gerencias e operacionais envolvendo o bombeiro civil e o
Departamento de Prevenção e Combate a Incêndios.
8
BOMBEIRO CIVIL UNIDADE I
MESTRE
CAPÍTULO 1
História, conceitos e definições
Por isso, segundo os escritos, esse homem ainda primitivo se viu obrigado a
regulamentar o uso do fogo, estabelecendo vigilância de suas habitações durante
as fases de ausência. Por isso, podemos dizer que, desde esse tempo, a humanidade
começou sua duradoura luta contra incêndio.
9
UNIDADE I │ BOMBEIRO CIVIL MESTRE
Podemos dizer que a história do Corpo de Bombeiros no Brasil teve seu início no Rio de
Janeiro ainda no século XVI, sendo que até a metade do século XIX os incêndios eram
controlados pela população com utilização da água dos chafarizes públicos, sendo que
os baldes utilizados no combate eram passados de mão em mão até chegar ao local do
incêndio.
Como em várias outras partes do mundo, o alarme de incêndio era dado pelos sinos
das igrejas. Eles alertavam as milícias, os aguadeiros com suas pipas e os voluntários
da população, que ajudavam transportando os baldes de mão em mão da fonte de água
mais próxima até o local do incêndio.
10
BOMBEIRO CIVIL MESTRE │ UNIDADE I
A urbanização de grande cidades como a de São Paulo foi um fator gerador de aumento
no índice dos incêndios urbanos, entre eles o de grande porte, como o ocorridos
nos edifícios Andraus (1972) e Joelma (1974), os quais geraram um número muito
elevado de vítimas humanas e perdas de vidas diretas (óbitos), além de problemas
de saúde futuros, uma vez que todos os envolvidos nesses incêndios tiveram suas
vidas afetadas, sendo condição geradora de mudanças culturais, além de ocorrência
de traumas psicológicos após os incêndios.
Tivemos também outros incêndios que vitimaram várias pessoas na cidade do Rio de
Janeiro/RJ, em Porto Alegre/RS, entre outras.
<https://www.youtube.com/watch?v=gSN48Yp_Rik>.
<https://www.youtube.com/watch?v=utN3l4pXpso>.
<https://www.youtube.com/watch?v=p7FlHhsYgZg>.
A diferença entre brigadas de incêndio e bombeiros civil e/ou militar está no fato de
que os brigadistas são pessoas que têm uma função específica na empresa/instituição
a que estão vinculadas e exercem acessoriamente atividades de emergência. Devem
estar preparados para atuar em situações de emergência dentro de suas áreas de
atribuição e inerentes a uma determinada atividade laboral, mesmo que esses riscos
específicos e locais de trabalho possam ser similares tanto para os membros da brigada
de incêndio e dos bombeiros públicos ou privados, os brigadistas normalmente não se
envolvem em atendimento a ocorrências fora de sua competência.
Já o bombeiro público tem em suas atribuições uma gama maior e variada de locais
para atender, o que pode gear em alguns momentos a falta de conhecimento pleno
de todos os riscos que possam estar presentes e envolvidos no atendimento, além
de não conhecer amplamente o tamanho e limites das edificações/prédios, possíveis
sistemas fixos de extinção de incêndios sofisticados e específicos, armazenamento e
uso de substâncias perigosas, constituindo-se estes fatores desconhecidos que podem
influenciar no efetivo desempenho das equipes de resposta dos corpo de bombeiros
públicos.
Esse conhecimento específico das atividades e local de trabalho pode ser fator
ampliador das condições de segurança para o brigadista, constiuindo-se aí uma
diferença significativa entre um bombeiro público e uma equipe de brigada de
incêndio, o que não acontece com o bombeiro civil, já que esse é um bombeiro
treinado, capacitado e pronto a atuar na edificação/local de trabalho, e, como tem
uma capacitação mais direta e específica na área de emergência que os brigadistas, é
imprescindível para o controle das ocorrências.
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BOMBEIRO CIVIL MESTRE │ UNIDADE I
Para não haver confusões entre civis e militares, uma atenção especial deve ser dada
ao uniforme, tanto que a NBR 14608 estabelece que o uniforme do bombeiro civil não
pode ser igual ou se parecer com o do bombeiro militar.
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UNIDADE I │ BOMBEIRO CIVIL MESTRE
Bombeiros Militares
Bombeiros Voluntários
O bombeiro voluntário, que também é civil por não ser militar, tem atribuições
e responsabilidades diferentes dos bombeiros civis e tem atuação similar aos
bombeiros militares, diferenciando-se, dessa forma, dos Bombeiros Civis
propriamente ditos.
Os serviços prestados pelos bombeiros voluntários são idênticos aos dos bombeiros
públicos militares. No Brasil, a atividade pública de bombeiros é de responsabilidade
do Estado, que, por disposição constitucional, possui corporações com configuração
militar, os quais se constituem em instituições autônomas. Dessa forma, em alguns
estados, são integrantes das estruturas das Secretarias de Segurança Pública ou de
Defesa Civil.
14
BOMBEIRO CIVIL MESTRE │ UNIDADE I
Os policiais e bombeiros militares são regidos por estatuto próprio ou pela Lei no 6.880,
de 9 de dezembro de 1980 (Estatuto dos Militares, conhecido como E-1), aplicável aos
militares das Forças Armadas ou Singulares (Marinha, Exército e Aeronáutica) e a
algumas polícias militares e corpos de bombeiros militares.
15
UNIDADE I │ BOMBEIRO CIVIL MESTRE
Essa é uma das grandes discussões que envolvem a figura do bombeiro voluntário,
uma vez que a Lei, embora fale em trabalho não remunerado, faculta o ressarcimento
de despesas. Dessa forma, podemos dizer que a Lei no 9.608/1998 preocupou-se em
disciplinar a atividade voluntária com a finalidade de proteger os entes que patrocinam
tais atividades, de forma a não haver qualquer reclamação por parte dos executantes,
uma vez que não há geração de vínculo empregatício nem qualquer obrigação de
natureza trabalhista, previdenciária ou afim.
Além disso, como está claramente expresso na Lei, trata-se de atividade não
remunerada, cabendo, no máximo, ressarcimento de despesas.
E é importante falar que o bombeiro voluntário não é uma invenção ou uma caixa de
surpresas, mas retrata exemplos satisfatórios adotados por nações desenvolvidas da
América do Norte, Europa, Ásia e Oceania.
16
BOMBEIRO CIVIL MESTRE │ UNIDADE I
Portanto podemos dizer que os bombeiros voluntários, como são chamados, mesmo
sendo reconhecidos pelo Estado como sendo de utilidade pública, não integram
a administração direta ou indireta, ainda que trabalhe com o Estado em regime de
cooperação.
No Brasil, possuímos uma lei que regulamenta e reconhece o bombeiro civil como
profissão e algumas normas estaduais e municipais que estipulam obrigatoriedade
de presença desses profissionais em empresas e instituições. Mas, quando tratamos
basicamente de obrigatoriedades, temos que nos dar conta de que as leis e normas,
em sua maioria, estão direcionadas à garantia das condições mínimas de segurança.
Sabemos que isso não é apenas para a figura do bombeiro civil, mas para todo o sistema
de segurança contra incêndio, mesmo sendo o objetivo da segurança contra incêndio
algo muito importante, pois é relativo a preservar e salvar vidas e patrimônios. Por isso,
a prevenção não deveria ser lugar para fazer economias.
A rápida e adequada resposta prestada pelo bombeiro civil pode ser o ponto que
separa o princípio de incêndio de uma grande catástrofe, com perdas de vidas, danos
ao meio ambiente e prejuízos financeiros de grande monta. Por isso, baseado na
máxima da prevenção, mesmo que uma empresa, edificação, planta ou evento não
exija a presença de um profissional bombeiro civil, deveria ser levada em consideração
a possibilidade de contratá-lo, visando à garantia da manutenção da segurança das
pessoas, do meio ambiente, bem como continuidade operacional do negócio.
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UNIDADE I │ BOMBEIRO CIVIL MESTRE
Nos estados da federação que não possuem legislação especifica sobre bombeiro civil,
pode ser seguida a NBR 14608:2007, mesmo não sendo ela compulsória.
O estado de São Paulo possui a Instrução Técnica 17, cuja parte 2 orienta a
implementação de treinamento desse profissional (Bombeiro Civil). As Instruções
Técnicas do Corpo de Bombeiros da Policia Militar do Estado de São Paulo são
materiais bem completos, podendo ser inclusive usados como referência, nesse caso,
para dimensionamento e aplicabilidade do profissional de bombeiro civil.
Art. 2o. Considera-se Bombeiro Civil aquele que, habilitado nos termos
desta Lei, exerça, em caráter habitual, função remunerada e exclusiva
de prevenção e combate a incêndio, como empregado contratado
diretamente por empresas privadas ou públicas, sociedades de
economia mista, ou empresas especializadas em prestação de serviços
de prevenção e combate a incêndio.
18
BOMBEIRO CIVIL MESTRE │ UNIDADE I
I - advertência;
19
CAPÍTULO 2
Classificação, atuação e atribuições
Classificação
Os Bombeiros Civis são classificados por nível de formação/qualificação:
I. Bombeiro Civil.
Como ainda não temos essa formação em nível técnico, muitas empresas
estão fazendo uso cumulativamente do profissional técnico de segurança
do trabalho. A profissão de técnico de segurança é regulamentada pelo
Decreto no 92.530, de 9 de abril de 1986, que regulamenta a Lei no 7.410, de
27 de novembro de 1985, a qual dispõe sobre a profissão de Engenheiro de
Segurança do Trabalho de Técnico em Segurança do Trabalho.
21
UNIDADE I │ BOMBEIRO CIVIL MESTRE
22
BOMBEIRO CIVIL MESTRE │ UNIDADE I
23
UNIDADE I │ BOMBEIRO CIVIL MESTRE
Lembrando que, com essa carga horária mínima prevista de 60 horas seguida em
algumas faculdades/universidades que possuem pós-graduação de Engenharia de
Segurança do Trabalho, não poderiam esses especialistas nem ministrar treinamento
de incêndio para os bombeiros profissionais, uma vez que, para ser instrutor
de prevenção e combate a incêndio, esse profissional deve possuir formação em
prevenção e combate a incêndio realizada em instituição oficial de ensino nacional ou
estrangeira, com carga horária mínima de 200 horas. Então, se legalmente não pode
ele nem ministrar treinamento para os bombeiros civis, acredito que não poderia ser
responsável pelo Departamento de Prevenção e Combate a Incêndio também.
O Bombeiro Civil, como o próprio nome já diz, não é vinculado aos Corpos de
Bombeiro Militares, executando suas atividades em empresas privadas e/ou
24
BOMBEIRO CIVIL MESTRE │ UNIDADE I
Atividades básicas
Entre tantas atividades básicas que pode executar um bombeiro civil durante seu
turno de trabalho, podemos exemplificar:
25
UNIDADE I │ BOMBEIRO CIVIL MESTRE
Lembrando que os bombeiros civis somente podem atuar naquelas atividades em que
estejam devidamente capacitados, possuam recursos materiais e EPIs para a faina.
26
BOMBEIRO CIVIL MESTRE │ UNIDADE I
27
CAPÍTULO 3
Seleção, treinamento e formação dos
bombeiros civis
O Bombeiro Civil deve receber treinamento periódico e específico para ter domínio
e poder lidar com as diferentes situações de risco e cenários acidentais e aprender,
preventivamente, como evitá-las e como atender de forma a minimizar os impactos
e danos.
O Bombeiro Civil em serviço pode ser acionado para atender uma emergência a
qualquer instante. Por isso, deve estar preparado para atender todas as situações
possíveis de acordo com os cenários acidentais, minimizar danos e prejuízos ao
patrimônio e, acima de tudo, salvar vidas humanas. Por isso, um treinamento
adequado, eficiente, responsável e de qualidade é indispensável à profissão.
28
BOMBEIRO CIVIL MESTRE │ UNIDADE I
Esse enfoque preventivo exige, por uma parte, que todos estejam capacitados para
o exercício das funções e para as tarefas a cada um correspondente, e, por outra
parte, faz-se necessário abandonar a cultura fatalista em prol da cultura preventiva,
modificando toda uma escala de valores, de velhos conhecimentos, de hábitos e
atitudes, por um novo modo de pensar e atuar em termos de segurança e saúde.
29
UNIDADE I │ BOMBEIRO CIVIL MESTRE
Uma primeira nota característica no conceito de competência é que ele comporta todo
um conjunto de conhecimentos, procedimentos e atitudes combinados, coordenados
e integrados, no sentido de que o indivíduo há de “saber fazer” e “saber estar” para o
exercício profissional. O domínio desses saberes o torna “capaz” de atuar com eficácia
em situações profissionais. A partir dessa ótica, não seria diferenciável de capacidade,
erigindo-se o processo de “capacitação” essencial ao alcance das competências.
Mas uma coisa é “ser capaz”; outra, bem diferente, é “ser competente”. As competências
implicam capacidades, sem as quais é impossível chegar a ser competente.
Por sua vez, as competências alcançadas ampliam o poder das capacidades, com o que
o processo se transforma numa espiral centrífuga e ascendente a tornar necessário
o delineamento que dimana da formação permanente: “alcance de mais e melhores
competências no desenvolvimento evolutivo das capacidades da pessoa”.
A competência exige saber encadear algumas instruções com outras, e não somente
aplicá-las isoladamente.
30
BOMBEIRO CIVIL MESTRE │ UNIDADE I
A cultura de prevenção
Em geral, a legislação encomenda às esferas da administração pública a promoção da
melhoria da educação nessa matéria nos diferentes níveis de ensino, assim como a
adequação da formação dos recursos humanos necessários à prevenção contra riscos
laborais.
31
UNIDADE I │ BOMBEIRO CIVIL MESTRE
de conseguir fazer com que penetre esse novo enfoque, essa nova maneira de lidar
com a segurança e a saúde no trabalho.
Contudo, caso se queira encarar o futuro com a garantia de que a sociedade evolua
para uma profunda atitude e para um modo de atuar essencialmente preventivo, e
que os pensamentos de índole fatalista sejam completamente esquecidos, há que ser
ambicioso e, sobretudo, no âmbito da administração pública, promover a cultura da
prevenção em todos os níveis e âmbitos educativos e formacionais. Trata-se mais do
que criar disciplinas de segurança e saúde no trabalho, que obviamente são necessárias,
de integrar os aspectos preventivos (e não só no âmbito laboral, também no da educação
sanitária, viária, ambiental etc.) em toda disciplina, seja qual for o nível.
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BOMBEIRO CIVIL MESTRE │ UNIDADE I
c. período de treinamento;
33
UNIDADE I │ BOMBEIRO CIVIL MESTRE
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BOMBEIRO CIVIL MESTRE │ UNIDADE I
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UNIDADE I │ BOMBEIRO CIVIL MESTRE
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BOMBEIRO CIVIL MESTRE │ UNIDADE I
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UNIDADE I │ BOMBEIRO CIVIL MESTRE
b. sala de aula;
c. sanitários;
d. enfermaria;
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BOMBEIRO CIVIL MESTRE │ UNIDADE I
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UNIDADE I │ BOMBEIRO CIVIL MESTRE
46
BOMBEIRO CIVIL MESTRE │ UNIDADE I
Extintores portáteis de CO2, pó químico seco e água, com a utilização de um agente extintor de cada tipo por
ECI participante. Deve ainda disponibilizar um extintor de espuma mecânica e um de pó ABC para demonstração de uso.
Extintores sobre rodas devem ser disponibilizados quando solicitados.
Simuladores Fixos ou móveis, para capacidade extintora de 1B e para características das classes de incêndio A,B e C.
Instalações Não aplicável: casa da fumaça.
Óleo diesel, gasolina, querosene ou álcool etílico, na forma pura, tolerando-se mistura entre esses produtos; GLP ou
Combustível
GN ou sólido combustível.
Distância mínima necessária para garantir a segurança das pessoas e das instalações, normalmente contada a partir do
Distância de Segurança
limite da área dos simuladores em uso.
PMA De acordo com a legislação vigente.
»» dois extintores portáteis com carga de pó, com capacidade extintora de 10B:C;
SU »» um kit de primeiros-socorros;
»» um auxiliar do instrutor.
(Fonte: ABNT NBR 14277:2005).
»» extintores portáteis de CO2, pó químico seco e água, com a utilização de um agente extintor de cada tipo por
participante. Deve ainda disponibilizar um extintor de espuma mecânica e um de pó ABC para demonstração de
ECI uso. Extintores sobre rodas devem ser disponibilizados, quando solicitados.
»» sistemas de hidrantes.
Fixos ou móveis, sendo:
»» para utilização de extintores portáteis e sobre rodas, quantidade mínima de três simuladores com formas diversas e
dimensões variadas entre si, para capacidade extintora de 20 B e com características de cada uma das classes de
Simuladores incêndio A, B e C.
»» para utilização de rede de hidrantes, quantidade mínima de dois simuladores com formas diversas e dimensões
variadas entre si, para capacidade extintora de 20B, permitindo a utilização de, no mínimo, duas linhas de
mangueiras com diâmetro de 38 mm.
Casa da fumaça com dimensões mínimas de 15 m2, com divisões internas que permitam a formação de no mínimo
Instalações dois ambientes interligados entre si, com uma porta de entrada e uma porta de saída com abertura no sentido “de
fuga” e com dispositivo de abertura antipânico.
Óleo diesel, gasolina, querosene ou álcool etílico, na forma pura, tolerando-se mistura entre esses produtos; GLP ou
Combustível
GN ou sólido combustível.
Distância mínima necessária para garantir a segurança das pessoas e das instalações, normalmente contada a partir do
Distância de Segurança
limite da área dos simuladores em uso.
PMA De acordo com a legislação vigente.
»» proteção contra incêndio em conformidade com a legislação vigente, independentemente dos ECI e agentes
extintores usados no treinamento.
»» um kit de primeiros-socorros.
»» um socorrista.
SU »» EPI para proteção da cabeça, dos olhos, do tronco, dos membros superiores e inferiores e do corpo todo.
»» EPR para o instrutor e um carona, com autonomia mínima de 20 min. EPR para os alunos, quando utilizada fumaça
tóxica ou asfixiante.
»» ambulância de suporte básico (tipo B).
»» um auxiliar do instrutor.
(Fonte: ABNT NBR 14277:2005).
47
UNIDADE I │ BOMBEIRO CIVIL MESTRE
»» extintores portáteis de CO2, pó químico seco e água, com a utilização de dois agentes extintores de cada tipo por
participante. Deve ainda disponibilizar um extintor de espuma mecânica e um de pó ABC para demonstração de
uso.
ECI »» extintores sobre rodas.
»» sistemas de hidrantes.
»» sistema de espuma fixo, semifixo ou portátil.
Fixos ou móveis, sendo:
»» para utilização de extintores portáteis e sobre rodas, quantidade mínima de três simuladores com formas diversas
e dimensões variadas entre si, para capacidade extintora acima de 20 B e com características de cada uma das
classes de incêndio A, B e C.
Simuladores
»» para utilização de rede de hidrantes, quantidade mínima de quatro simuladores com formas diversas, níveis
desiguais em relação ao piso e dimensões variadas entre si, para capacidade extintora acima de 20B, permitindo
a utilização de linha adutora com diâmetro de 63 mm, no mínimo, duas linhas de mangueiras com diâmetro de 38
mm e esguichos reguláveis.
Casa da fumaça com dimensões mínimas de 30 m2, com divisões internas que permitam a formação de no mínimo
quatro ambientes interligados entre si, com acesso por escada e níveis desiguais em relação ao piso, com uma porta
Instalações
de entrada e uma porta de saída com abertura no sentido “de fuga”, com dispositivo de abertura antipânico e acessos
para casos de emergência.
Óleo diesel, gasolina, querosene ou álcool etílico, na forma pura, tolerando-se mistura entre esses produtos; GLP ou
Combustível
GN ou sólido combustível.
Distância mínima necessária para garantir a segurança das pessoas e das instalações, normalmente contada a partir do
Distância de Segurança
limite da área dos simuladores em uso.
PMA De acordo com a legislação vigente.
»» proteção contra incêndio em conformidade com a legislação vigente, independentemente dos ECI e agentes
extintores usados no treinamento.
»» EPI para proteção da cabeça, dos olhos, do tronco, dos membros superiores e inferiores e do corpo todo.
»» EPR para o instrutor e um carona, com autonomia mínima de 20 min. EPR para os alunos, quando utilizada fumaça
tóxica ou asfixiante.
SU
»» um kit de primeiros-socorros.
»» um socorrista.
»» ambulância de suporte básico (tipo B).
»» dois auxiliares do instrutor.
(Fonte: ABNT NBR 14277:2005).
48
DIMENSIONAMENTO UNIDADE II
E ESTRUTURAÇÃO
CAPÍTULO 1
Dimensionamento e aplicação de
bombeiros civis
49
UNIDADE II │ DIMENSIONAMENTO E ESTRUTURAÇÃO
Acima de 50
Divisão Descrição Exemplos 000 m2 000 m2
risco 000 m2
(inclusive) (inclusive)
Número de bombeiros profissionais civis por turno
Casas térreas ou Baixo
assobradadas
Habitação
A-1 (isoladas ou não), Médio Isento Isento Isento
unifamiliar
condomínios
horizontais etc. Alto
Baixo
A – Residencial
Edifícios de
Habitação
A-2 apartamento em Médio Isento Isento Isento
multifamiliar
geral Alto
Pensionatos, Baixo Isento Isento
internatos,
alojamentos, Médio Isento Isento
Habitação mosteiros, conventos,
A-3 Isento
coletiva residências
geriátricas etc. Alto 1 Nota 7
(capacidade máxima:
16 leitos)
Hotéis, motéis, Baixo Isento 1 Nota 7
pensões, Médio Isento 1
hospedarias,
Hotel e
B-1 pousadas, albergues,
assemelhado
B - Hospedagem
Acima de 50
Divisão Descrição Exemplos 000 m2 000 m2
risco 000 m2
(inclusive) (inclusive)
Número de bombeiros profissionais civis por turno
Açougue, artigos de Baixo Isento Isento Isento
bijuteria, metal ou Médio Isento 1 Nota 7
vidro, automóveis,
C-1 Comércio
ferragens, floricultura,
material fotográfico, Alto 1 1 Nota 7
verduras e vinhos
Edifícios de lojas Baixo Isento 1 Nota 7
C - Comercial
50
DIMENSIONAMENTO E ESTRUTURAÇÃO │ UNIDADE II
Acima de 50
Divisão Descrição Exemplos 000 m2 000 m2
risco 000 m2
(inclusive) (inclusive)
Número de bombeiros profissionais civis por turno
Escritórios Baixo Isento Isento Isento
Local para
administrativos ou
prestação Médio Isento 1 Nota 7
técnicos, instituições
de serviço
D-1 financeiras (que não
profissional ou
estejam incluídas
condução de Alto 1 2 Nota 6
em D-2), centros
negócios
profissionais etc.
Baixo 1 1
Agências bancárias e
D - Serviço profissional
Acima de 50
Divisão Descrição Exemplos 000 m2 000 m2
risco 000 m2
(inclusive) (inclusive)
Número de bombeiros profissionais civis por turno
e terceiro graus,
E-1 Escola em geral Nota 7
cursos supletivos,
pré-universitário e Alto 1 1
assemelhados
51
UNIDADE II │ DIMENSIONAMENTO E ESTRUTURAÇÃO
Baixo Isento 1
Centro de
Escolas profissionais Médio Isento 1
E-4 treinamento Nota 7
em geral
profissional Alto 1 1
Acima de 50
Divisão Descrição Exemplos 000 m2 000 m2
risco 000 m2
(inclusive) (inclusive)
Número de bombeiros profissionais civis por turno
Museus, centro Baixo 1 2
Local onde há
de documentos Médio 1 2
F-1 objeto de valor Nota 7
históricos, bibliotecas
inestimável Alto 1 2
e assemelhados
Igrejas, capelas, Baixo Isento 1
sinagogas, Médio 1 1
mesquitas, templos,
Local religioso e
F-2 cemitérios, Nota 7
velório
crematórios, Alto 1 1
necrotérios, salas de
funerais etc.
Estádios, ginásios Baixo Isento 1
e piscinas com Médio 1 1
arquibancadas,
Centro esportivo
F-3 rodeios, academias, Nota 7
e de exibição
F – Local de reunião de público
autódromos, Alto 1 1
sambódromos,
arenas etc.
Estações Baixo Isento 1
rodoferroviárias e Médio 1 1
Estação e
marítimas, portos,
F-4 terminal de Nota 7
metrô, aeroportos,
passageiro Alto 1 1
heliponto, estações
de transbordo etc.
Teatros em geral, Baixo 1 1
cinemas, óperas, Médio 1 1
Artes cênicas e auditórios de
F-5 Nota 7
auditório estúdios de rádio e
televisão, auditórios Alto 1 1
em geral etc.
Boates, clubes, Baixo 1 1
salões de baile, Médio 1 1
restaurantes
Clube social e
F-6 dançantes, clubes Nota 7
diversão
sociais, bingo, Alto 1 1
bilhares, tiro ao alvo,
boliche etc.
Baixo 1 1
Construção Circos e
F-7 Médio 1 1 Nota 7
provisória assemelhados
Alto 1 1
52
DIMENSIONAMENTO E ESTRUTURAÇÃO │ UNIDADE II
Acima de 50
Divisão Descrição Exemplos 000 m2 000 m2
risco 000 m2
(inclusive) (inclusive)
Número de bombeiros profissionais civis por turno
Baixo Isento Isento
Salas de exposição
Médio Isento Isento
F – Local de reunião de público
de objetos e animais,
Exposição Nota 8
show- room, galerias
F-9 de objetos e
de arte, planetário
animais
etc. (edificações Alto 1 1
permanentes)
Oficinas de conserto
de veículos,
Serviço de
borracharia (sem
conservação,
G-4 recauchutagem), Baixo Isento 1 Nota 7
manutenção e
oficinas e garagens
reparos
de veículos de carga
e coletivos etc.
H – Serviço de saúde e
Baixo Isento 1
Jardim zoológico,
institucional
53
UNIDADE II │ DIMENSIONAMENTO E ESTRUTURAÇÃO
Acima de 50
Divisão Descrição Exemplos 000 m2 000 m2
risco 000 m2
(inclusive) (inclusive)
Número de bombeiros profissionais civis por turno
Asilos, orfanatos, Baixo Isento 1
Locais onde
abrigos geriátricos,
pessoas Médio Isento 1
hospitais
requerem
psiquiátricos,
H-2 cuidados Nota 7
reformatórios,
especiais por
tratamento de Alto 1 1
limitações físicas
dependentes etc.
ou mentais
(todos sem celas)
Hospitais, casas Baixo Isento 1
de saúde, prontos-
socorros, clínicas Médio Isento 1
com internação,
Hospital e
H-3 ambulatórios Nota 7
assemelhado
e postos de
atendimento de Alto 1 1
H – Serviço de saúde e institucional
urgência, postos de
saúde etc.
Edificações do Baixo Isento 1
Repartição
Executivo, Legislativo
pública, Médio Isento 1
e Judiciário, tribunais,
H-4 edificações das Nota 7
cartórios, quartéis,
forças armadas
delegacias, postos Alto 1 1
e policiais
policiais etc.
Acima de 50
Divisão Descrição Exemplos 000 m2 000 m2
risco 000 m2
(inclusive) (inclusive)
Número de bombeiros profissionais civis por turno
Baixo Isento Isento Nota 8
I - Industria
54
DIMENSIONAMENTO E ESTRUTURAÇÃO │ UNIDADE II
que armazenam
Depósitos
tijolos, pedras,
J-1 de material Nota 8
areias, metais e
incombustível
outros materiais Alto 1 1
incombustíveis (todos
sem embalagem)
Baixo Isento Isento Nota 8
J - Depósito
Baixo 2 2
Comércio em geral Médio 2 2
L-1 Comércio de fogos de artifício Nota 6
e assemelhados
Alto 2 2
L – Explosivos
Baixo 2 2
Indústria de material
L-2 Indústria Médio 2 2 Nota 6
explosivo
Alto 2 2
Baixo 2 2
Depósito
Depósito de material
L-3 de material Médio 2 2 Nota 6
explosivo
explosivo
Alto 2 2
Túnel rodoferroviário Baixo
M – Especial
e marítimo,
destinados a Médio
M-1 Túnel Isento Isento Nota 11
transporte de
passageiros ou Alto
cargas diversas
Área construída total
Acima de 5 Acima de 10
Grau de 000 m2 até 10 000 m2 até 50
Grupo
Acima de 50
Divisão Descrição Exemplos 000 m2 000 m2
risco 000 m2
(inclusive) (inclusive)
Número de bombeiros profissionais civis por turno
Edificação destinada Baixo 2 4
à produção,
manipulação, Médio 2 4
Tanques ou
armazenamento
M-2 parque de Nota 6
e distribuição de
tanques
líquidos ou gases Alto 2 4
M – Especial
combustíveis e
Inflamáveis
Central telefônica, Baixo Isento 1
centros de
comunicação, Médio Isento 1
Central de
centrais de
M-3 comunicação e Nota 7
transmissão ou
energia
de distribuição Alto 1 1
de energia e
assemelhados
55
UNIDADE II │ DIMENSIONAMENTO E ESTRUTURAÇÃO
NOTA 1: as plantas com área construída inferior a 5 000 m2 estão isentas de terem
bombeiro profissional civil, com exceção de:
c. dois bombeiros para risco médio e área construída de 1500 m2 até 5000
m2 nas seguintes divisões: L-1 (Comércio de explosivos), L-2 (Indústria
de explosivos) e L-3 (Depósito de explosivos);
56
DIMENSIONAMENTO E ESTRUTURAÇÃO │ UNIDADE II
d. três bombeiros para risco baixo e área construída de 1500 m2 até 5000
m2 nas seguintes divisões: L-1 (Comércio de explosivos), L-2 (Indústria
de explosivos) e L-3 (Depósito de explosivos);
e. dois bombeiros para risco baixo, risco médio ou risco alto e área
construída de 1.500 m2 até 5.000 m2 na seguinte divisão: M-2 (Tanques
ou parque de tanques).
NOTA 2: o número máximo de bombeiros profissionais civis por planta por turno
exigido por essa Norma é de cinco para risco baixo, dez para risco médio e quinze para
risco alto.
NOTA 3: nos turnos em que não haja nenhum tipo de atividade, o número de bombeiros
profissionais civis pode ser reduzido conforme a Tabela abaixo:
Turno com Turno sem Turno com Turno sem Turno com Turno sem
atividade atividade atividade atividade atividade atividade
15 7 10 5 5 2
14 7 9 4 4 2
13 6 8 4 3 1
12 6 7 3 2 1
11 5 6 3 1 1
Fonte: ABNT NBR 14608:2007.
57
UNIDADE II │ DIMENSIONAMENTO E ESTRUTURAÇÃO
Depósito
L-3 Depósito de material Médio 2 2 Nota 6
explosivo
Alto 2 2
Baixo 1 1
D – Serviço
NOTA 6: para plantas com área construída acima de 50 000 m2, deve ser acrescido
mais um bombeiro para cada 25 000 m2.
Área construída de 62 500 m2 = área construída acima de 10 000 m2 até 50 000 m2 para
grau de risco baixo para divisão.
Centro de compras
Shopping
C–
59
UNIDADE II │ DIMENSIONAMENTO E ESTRUTURAÇÃO
7 Para plantas com área construída acima de 50 000 m2, deve ser acrescido mais um
bombeiro para cada 50 000 m2.
Fábrica automotiva com cabine de pintura = I-Indústria = divisão I-2 (ver Tabela C.1) =
indústria Carga de incêndio = 800 MJ/m2 (ver Tabela C.1) = risco médio.
Área construída de 135 000 m2 = área construída acima de 10 000 m2 até 50 000 m2
para grau de risco médio para divisão D-2 + nota 7 (mais um bombeiro para cada 50
000 m2).
Total de bombeiros profissionais civis da planta por turno = número de bombeiros para
área construída acima de 10 000 m2 até 50 000 m2 para grau de risco médio para
divisão D-2 + nota 6 (mais um bombeiro para cada 50 000 m2) número de bombeiros
para área construída acima de 10 000 m2 até 50 000 m2 com grau de risco médio na
divisão I-2 = 0 Cálculo da nota 7 = mais um bombeiro para cada 50 000 m2.
7 Para plantas com área construída acima de 50 000 m2 deve ser acrescido mais um
bombeiro para cada 100 000 m2.
60
DIMENSIONAMENTO E ESTRUTURAÇÃO │ UNIDADE II
Área construída de 1 000 000 m2 = área construída acima de 10 000 m2 até 50 000 m2
para grau de risco baixo para divisão D-2 + nota 8 (mais um bombeiro para cada 100
000 m2).
de objetos e animais,
Exposição Médio Isento Isento
show-room, galerias
F-10 de objetos e Nota 8
de arte, planetário
animais
etc. (edificações
Alto 1 1
permanentes)
Total de bombeiros profissionais civis da planta por turno = número de bombeiros para
área construída acima de 10 000 m2 até 50 000 m2 para grau de risco baixo para divisão
D-2 + nota 8 (mais um bombeiro para cada 100 000 m2) número de bombeiros para
área construída acima de 10 000 m2 até 50 000 m2 com grau de risco baixo na divisão
F-10 = 0 Cálculo da nota 8 = mais um bombeiro para cada 100 000 m2.
Total de bombeiros profissionais civis da planta = 2 (durante a noite) (ver nota 3).
61
UNIDADE II │ DIMENSIONAMENTO E ESTRUTURAÇÃO
NOTA 9: para plantas com ocupações não previstas nessa Tabela, a ocupação deve ser
classificada por analogia com a mais próxima tecnicamente.
NOTA 11: na divisão M-1, a quantidade de bombeiro profissional civil não é definida
usando a área construída e o grau de risco. O número de bombeiro profissional civil é
determinado pelo comprimento do túnel e a existência de galerias técnicas e saídas de
emergência alternativas. É necessário um bombeiro profissional civil para cada 5 Km
de comprimento.
Os túneis com comprimento inferior a 5 Km e os que não possuem galeria estão isentos
de bombeiros profissionais civis.
C.2.1 Ocupações não listadas na Tabela C.1 devem ter os valores da carga de incêndio
específica determinados por similaridade. Pode-se admitir a similaridade entre as
edificações comerciais (grupo “C”) e industriais (grupo “I”).
C.3.1 A carga de incêndio específica do piso analisado deve ser tomada como sendo a
média entre os dois módulos de maior valor.
C.4 Considerar que 1 kg de madeira equivale a 19,0 MJ; 1 cal equivale a 4,185 J; e 1 BTU
equivale a 252 cal.
62
DIMENSIONAMENTO E ESTRUTURAÇÃO │ UNIDADE II
Carga de incêndio
Ocupação/uso Descrição Divisão Grau de risco
(Qfi) MJ/m2
Alojamentos estudantis A-3 300 Baixo
Apartamentos A-2 300 Baixo
Residencial
Casas térreas ou sobrados A-1 300 Baixo
Pensionatos A-3 300 Baixo
Hotéis B-1 500 Médio
Serviço de hospedagem Motéis B-1 500 Médio
Apart-hotéis B2 500 Médio
Açougue C-1 40 Baixo
Antiguidades C-2 2 700 Alto
Aparelhos eletrodomésticos C-1 300 Baixo
Aparelhos eletrônicos C-2 2 400 Alto
Armarinhos C-2 2 600 Alto
Armas C-1 1 300 Alto
Artigos de bijuteria, metal ou vidro C-1 300 Baixo
Artigos de cera C-2 2 100 Alto
Comercial varejista, loja
Artigos de couro, borracha, esportivos C-2 800 Médio
Automóveis C-1 200 Baixo
Bebidas destiladas C-2 700 Médio
Brinquedos C-2 500 Médio
Calçados C-2 500 Médio
Couro, artigos de C-2 700 Médio
Drogarias (incluindo depósitos) C-2 1 000 Médio
Esportes, artigos de C-2 800 Médio
Ferragens C-1 300 Baixo
Floricultura C-1 80 Baixo
Galeria de quadros C-1 200 Baixo
Joalheria C-1 300 Baixo
Livrarias C-2 1 000 Médio
Lojas de departamento ou centro de compras
C-3 800 Médio
(Shoppings)
Materiais de construção C-2 800 Médio
Máquinas de costura ou de escritório C-1 300 Baixo
Materiais fotográficos C-1 300 Baixo
Comercial varejista, loja
Móveis C-2 400 Médio
Papelarias C-2 700 Médio
Produtos têxteis C-2 600 Médio
Relojoarias C-2 600 Médio
Supermercados C-2 400 Médio
Tapetes C-2 800 Médio
Tintas e vernizes C-2 1 000 Médio
Verduras frescas C-1 200 Baixo
Vinhos C-1 200 Baixo
Vulcanização C-2 1 000 Médio
63
UNIDADE II │ DIMENSIONAMENTO E ESTRUTURAÇÃO
Carga de incêndio
Ocupação/uso Descrição Divisão Grau de risco
(Qfi) MJ/m2
Agências bancárias D-2 300 Baixo
Agências de correios D-1 400 Médio
Centrais telefônicas D-1 200 Baixo
Cabeleireiros D-1 200 Baixo
Copiadora D-1 400 Médio
Encadernadoras D-1 1 000 Médio
Escritórios D-1 700 Médio
Serviços profissionais,
Estúdios de rádio ou de televisão ou de fotografia D-1 300 Baixo
pessoais e técnicos
Laboratórios químicos D-4 500 Médio
Laboratórios (outros) D-4 300 Baixo
Lavanderias D-3 300 Baixo
Oficinas elétricas D-3 600 Médio
Oficinas hidráulicas ou mecânicas D-3 200 Baixo
Pinturas D-3 500 Médio
Processamentos de dados D-1 400 Médio
Academias de ginástica e similares E-3 300 Baixo
Pré-escolas e similares E-5 300 Baixo
Educacional e cultura física Creches e similares E-5 300 Baixo
E1//E2/
Escolas em geral 300 Baixo
E4/E6
Bibliotecas F-1 2 000 Alto
Cinemas, teatros e similares F-5 600 Médio
Circos e assemelhados F-7 500 Médio
Centros esportivos e de exibição F-3 150 Baixo
Clubes sociais, boates e similares F-6 600 Médio
Locais de reunião de público Estações e terminais de passageiros F-4 200 Baixo
Adotar a fórmula do
Exposições F-10
Anexo D
Igrejas e templos F-2 200 Baixo
Museus F-1 300 Baixo
Restaurantes F-8 300 Baixo
Estacionamentos G-1/G-2 200 Baixo
Serviços automotivos e Oficinas de conserto de veículos e manutenção G-4 300 Baixo
assemelhados Postos de abastecimentos (tanque enterrado) G-3 300 Baixo
Hangares G-5 200 Baixo
Asilos H-2 350 Médio
Clínicas e consultórios médicos ou odontológicos H-6 200 Baixo
Serviços de saúde e
Hospitais em geral H-1/H-3 300 Baixo
institucionais
Presídios e similares H-5 100 Baixo
Quartéis e similares H-4 450 Médio
64
DIMENSIONAMENTO E ESTRUTURAÇÃO │ UNIDADE II
Carga de incêndio
Ocupação/uso Descrição Divisão Grau de risco
(Qfi) MJ/m2
Aparelhos eletroeletrônicos, fotográficos, ópticos I-2 400 Médio
Acessórios para automóveis I-1 300 Baixo
Acetileno I-2 700 Médio
Alimentação I-2 800 Médio
Aço, corte e dobra, sem pintura, sem embalagem I-1 40 Baixo
Artigos de borracha, cortiça, couro, feltro, espuma I-2 600 Médio
Artigos de argila, cerâmica ou porcelanas I-2 200 Baixo
Artigos de bijuteria I-1 200 Baixo
Artigos de cera I-2 1 000 Médio
Artigos de gesso I-1 80 Baixo
Artigos de madeira em geral I-2 800 Médio
Artigos de madeira, impregnação I-3 3 000 Alto
Artigos de mármore I-1 40 Baixo
Artigos de metal, forjados I-1 80 Baixo
Artigos de metal, fresados I-1 200 Baixo
Artigos de peles I-2 500 Médio
Artigos de plásticos em geral I-2 1 000 Médio
Artigos de tabaco I-1 200 Baixo
Artigos de vidro I-1 80 Baixo
Industrial Automotiva e autopeças (exceto pintura) I-1 300 Baixo
Automotiva e autopeças (pintura) I-2 500 Médio
Aviões I-2 600 Médio
Balanças I-1 300 Baixo
Barcos de madeira ou de plástico I-2 600 Médio
Barcos de metal I-2 600 Médio
Baterias I-2 800 Médio
Bebidas destilada I-1 80 Baixo
Bebidas não alcoólicas I-1 200 baixo
Bicicletas I-2 500 Médio
Brinquedos I-2 400 Médio
Café (inclusive torrefação) I-2 400 Médio
Caixotes barris ou paletes de madeira I-2 1 000 Médio
Calçados I-2 600 Médio
Carpintarias e marcenarias I-2 800 Médio
Cera de polimento I-3 2 000 Alto
Cerâmica I-1 200 Baixo
Cereais I-3 1 700 Alto
Cervejarias I-1 80 Baixo
Chapas de aglomerado ou compensado I-1 300 Baixo
Chocolate I-2 400 Médio
Cimento I-1 40 Baixo
Cobertores, tapetes I-2 600 Médio
Industrial Colas I-2 800 Médio
Colchões (exceto espuma) I-2 500 Médio
Condimentos, conservas I-1 40 Baixo
Confeitarias I-2 400 Médio
65
UNIDADE II │ DIMENSIONAMENTO E ESTRUTURAÇÃO
Carga de incêndio
Ocupação/uso Descrição Divisão Grau de risco
(Qfi) MJ/m2
Congelados I-2 800 Médio
Cortiça, artigos de I-2 600 Médio
Couro, curtume I-2 700 Médio
Couro sintético I-2 1 000 Médio
Defumados I-1 200 Baixo
Industrial
Discos de música I-2 600 Médio
Doces I-2 800 Médio
Espumas I-3 3 000 Alto
Estaleiros I-2 700 Médio
Farinhas I-3 2 000 Alto
66
CAPÍTULO 2
Estruturação do departamento de
prevenção e de incêndio
67
ASPECTOS
GERENCIAIS E UNIDADE III
OPERACIONAIS
CAPÍTULO 1
Aspectos gerenciais e administrativos
Administrativos
Os equipamentos, materiais e insumos necessários para permitir a realização das
atividades do bombeiro devem ser providenciados, controlados e mantidos em
conformidade com a legislação específica e controle interno.
Rotina de trabalho
»» Incursão em chamas.
68
ASPECTOS GERENCIAIS E OPERACIONAIS │ UNIDADE III
»» Combate a incêndios.
Relações interpessoais
69
UNIDADE III │ ASPECTOS GERENCIAIS E OPERACIONAIS
de um minuto de sua atenção para esclarecer uma dúvida. Todos somos capazes e
estamos aptos a desenvolver tais habilidades.
Processo de comunicação
A comunicação, sem dúvida, é o centro de todo relacionamento, seja ele pessoal,
profissional etc. Ela é a chave para o desenvolvimento de uma relação saudável com o
outro, uma vez que pode ser considerada a arte do entender e do fazer-se entender.
Forma de comunicação
A forma de comunicação humana mais utilizada é, sem dúvida, a comunicação verbal.
E todo ato de comunicação envolve sempre seis componentes essenciais. São eles:
Administração de Incidentes
Os procedimentos para administração e gestão de incidentes e crises devem incluir:
71
UNIDADE III │ ASPECTOS GERENCIAIS E OPERACIONAIS
72
ASPECTOS GERENCIAIS E OPERACIONAIS │ UNIDADE III
Gestão e competências
Competência(s)
»» capacidades cognitivas;
»» planear/organizar;
»» operar e regular;
»» analisar/avaliar/inovar/resolver.
73
UNIDADE III │ ASPECTOS GERENCIAIS E OPERACIONAIS
Segundo Boterf (1999), “ser bombeiro competente implica ‘saber mobilizar’, em tempo
oportuno, as capacidades ou conhecimentos que foram adquiridos através da formação
(mas não necessariamente), ou, seja, um bombeiro pode possuir cursos de técnicas de
salvamento e desencarceramento, ou de combate a incêndios florestais e não as saber
utilizar no momento adequado/oportuno”.
Podemos concluir, dessa forma, que essas características acima descritas no que tange
à competências são primordiais para o funcionamento dum sistema de formação
profissional de bombeiros. Mas devemos considerar que, para isso, necessita-se levar em
consideração que mesmo o conceito de competências esteja relacionado com retratar as
características individuais e pessoais. Alguns autores afirmam que essas competências
são pertencentes a duas dimensões: a individual e a organizacional, sendo que as
organizacionais são inerentes à vida e à história da empresa, da sua cultura preventiva,
do seu sistema de valoração, da perfeita combinação de saberes individuais e coletivos,
dos mecanismos e métodos de gestão e desenvolvimento pessoal, das tecnologias
existentes nas empresas, bem como dos ativos materiais e financeiros.
74
ASPECTOS GERENCIAIS E OPERACIONAIS │ UNIDADE III
No século XVI, assinala-se novo ponto de vista. Maquiavel sustentará que a natureza
humana é antes má do que boa. O homem, entregue a si mesmo, acabará fatalmente
por agir mal. Para evitá-lo, é necessário que o Príncipe, o dirigente iluda o povo,
levando-o inconscientemente a praticar o bem, fazendo-o pensar, ao contrário, que
está atingindo seus fins egoístas.
Nas relações humanas, nada é mais importante do que nossa motivação em estar
com outro, participar na coordenação de caminhos ou metas a alcançar. Um fato
merecedor de nossa atenção é que o homem necessita viver com outros homens,
pela sua própria natureza social, mas ainda não se harmonizou nessa relação. Lewin
(1965) considerou o grupo como o terreno sobre o qual o indivíduo se sustenta e
75
UNIDADE III │ ASPECTOS GERENCIAIS E OPERACIONAIS
Fases do grupo
Fase Inicial: é o momento em que o grupo está na expectativa, faz perguntas quanto
às normas e as regras do jogo. As atitudes são torpes e mal coordenadas, também
denominadas de Infância Grupal.
Fase Final: apoia a ideia do outro. Pode ser também uma fase dificultadora, se os
membros do grupo formarem relações duais, desfacelando o grupo. Aqui temos a
Maturidade Grupal.
76
ASPECTOS GERENCIAIS E OPERACIONAIS │ UNIDADE III
Podemos dizer que o líder negativo é então o precipitador do pânico. Ele é o que
oferece a primeira pista, ou seja, é quem deflagra o pânico, já que o momento é
propício para uma manifestação.
Então, por meio de imitação, generaliza tensão emocional para todos os participantes,
chegando a ser incontrolável. Se desejarmos controlar o pânico e não perder a gestão
da crise, devemos evitar o surgimento do “líder do pânico”.
77
UNIDADE III │ ASPECTOS GERENCIAIS E OPERACIONAIS
78
CAPÍTULO 2
Aspectos operacionais
Aspectos operacionais
O fogo é, por um lado, um dos riscos que mais perdas econômicas ocasionam, tanto
humanas como materiais, e, por outro lado, são muitas as atividades do ser humano
nas quais estão presentes tanto o fogo quanto materiais suscetíveis de se incendiarem
com facilidade, razão pela qual o estudo das condições desse fogo é indispensável,
buscando-se alcançar um manejo controlado.
Equipes de emergência
79
UNIDADE III │ ASPECTOS GERENCIAIS E OPERACIONAIS
80
ASPECTOS GERENCIAIS E OPERACIONAIS │ UNIDADE III
Seus componentes atuam quando, em razão da gravidade, a emergência não puder ser
controlada pelas equipes de primeira intervenção, dando apoio aos serviços externos
quando necessário.
Seu âmbito de ação engloba qualquer ponto do estabelecimento no qual possa ocorrer
uma emergência.
Seus componentes realizam ações voltadas a garantir uma evacuação total e ordenada
de seu setor, garantindo que tenha sido dado o alarme.
b. dirigir o fluxo:
Ordem de abandono/evacuação
81
UNIDADE III │ ASPECTOS GERENCIAIS E OPERACIONAIS
devendo dar prioridade à evacuação dos setores atingidos, dos pavimentos superiores
a estes, os setores próximos e os locais de maior risco.
Organização
Quando por sua importância assim se considerar necessário, deve-se criar o comitê de
autoproteção, cuja missão consistirá em dar assessoria à implantação e à manutenção
do plano de autoproteção.
82
ASPECTOS GERENCIAIS E OPERACIONAIS │ UNIDADE III
Meios técnicos
Meios humanos
Serão programados, pelo menos uma vez por ano, cursos de formação
para equipes de emergência e para seus responsáveis. Como exemplo
disso, cabe assinalar que as equipes de primeira e segunda intervenções
devem ter formação em matéria de:
›› conhecimento do fogo;
›› medidas de prevenção;
›› agentes extintores;
›› meios de extinção.
83
UNIDADE III │ ASPECTOS GERENCIAIS E OPERACIONAIS
Programa de implantação
Prepara-se um programa, atendendo às prioridades e com calendário correspondente,
contendo as seguintes atividades:
c. avaliação de riscos;
d. elaboração de planos;
f. incorporação dos meios técnicos previstos para sua utilização nos planos
de atuação (alarmes, sinalização etc.);
84
ASPECTOS GERENCIAIS E OPERACIONAIS │ UNIDADE III
Programa de manutenção
Prepara-se um programa anual com o correspondente calendário, a compreender os
seguintes itens:
d. inspeções de segurança;
e. simulações de emergência.
Investigação de sinistros
Ocorrendo situação de emergência no estabelecimento, serão investigadas as causas de
sua origem, propagação, consequências, analisando-se o comportamento de pessoas
e equipes de emergência, com a adoção das necessárias medidas corretivas. Essa
investigação se concretizará num relatório que se remeterá aos órgãos responsáveis.
Caso seja necessária a comunicação com meios externos (Corpo de Bombeiros, SAMU
ou Plano de Auxílio Mútuo), deve ser definido no plano de emergência da unidade o
responsável por fazer essa comunicação, lembrando que essa atividade pode e terá
repercussões externas. Esse profissional deve ser treinado e preparado para esse tipo
de intervenção, devendo ainda estar instalado em local seguro e estratégico para o
abandono do prédio e/ou evacuação geral da planta/unidade.
Para uma maior clareza no momento de efetuar esse estudo, as condições de trabalho
podem ser classificadas em cinco grupos de diferente índole e que, em um número
muito importante de ocasiões, podem afetar simultaneamente os trabalhadores:
Para poder controlar todos esses elementos, é preciso estudar sob esse ponto de vista
máquinas e ferramentas, equipamentos de transporte, instalações elétricas, sistemas
contra incêndios etc.
86
ASPECTOS GERENCIAIS E OPERACIONAIS │ UNIDADE III
Segurança humana
Essa expressão foi usada utilizada pela Organização das Nações Unidas, no âmbito
do Programa das Nações Unidas para o desenvolvimento (PNUD), pela primeira
vez no ano de 1994. Sendo esse programa (Segurança Humana) o start para uma
reflexão em nível mundial no que tange às novas dimensões da segurança humana,
atualmente esse conceito é usado por muitos estudiosos acadêmicos, especialistas e
investigadores no sentido de revelar que a segurança humana tem um caráter mais
amplo e multidimensional, que é interdependente, universal e preventivo.
Dessa forma, notamos que esse conceito é muito mais amplo do que a segurança em
sentido mais básico e restrito o qual se refere à vida, integridade física e à saúde.
Esse conceito possui muitas faces e dimensões que podem inclusive ser estudadas.
Podemos falar de temas poucos abordados, como segurança política, frequentes
e notórios abusos e violações de direitos humanos; da já conhecida e abordada
segurança pessoal e individual, diante da criminalidade e presente violência contra as
mulheres, e até mesmo ao terrorismo doméstico; de outro lado pode estar relacionado
à segurança ambiental e ecológica, diante da poluição e degradação atmosférica, dos
corpos hídricos, terra e florestas; ou, ainda, relacionado à segurança alimentar, tendo
87
UNIDADE III │ ASPECTOS GERENCIAIS E OPERACIONAIS
em vista a iminente falta de alimentos, bem como aos riscos relativos a produtos
químicos e biológicos perigosos à saúde humana. Ou seja, podemos notar que a
segurança humana está relacionada apenas à ordem pública e ao fiel cumprimento
das leis, mas extrapola, indo a outras esferas e dimensões internas do ser humano,
bem como da interação e inter-relação deste com o contexto social e natural.
Essa forma de atuação, considera-se, deve ser realizada por meio de uma ação
planejada e organizada, antepondo-se sempre a proteção coletiva à individual, ao
mesmo tempo se devendo definir e implantar sistemas de gestão da prevenção a
englobarem, como elemento muito importante, a formação dos trabalhadores
quanto aos riscos a que estão submetidos e às medidas preventivas a adotar.
88
ASPECTOS GERENCIAIS E OPERACIONAIS │ UNIDADE III
Não raro, faz-se necessário complementar as atuações preventivas com uma série
de atuações cotidianas nas empresas, que, por razões de distinta índole, não são
implementadas com a frequência necessária: atuações de manutenção preventiva de
máquinas, equipamentos, instalações, centros e locais de trabalho, entre outros, sem
cujo concurso torna-se muito difícil efetuar uma prevenção eficaz dos riscos na maioria
das empresas.
»» a avaliação dos riscos, que permitirá obter toda aquela informação que
se considere necessária para que a empresa se mostre em condições de
tomar uma decisão apropriada quanto à necessidade ou não de adotar
medidas preventivas, e, sendo o caso, do tipo de medidas preventivas de
necessária adoção;
89
UNIDADE III │ ASPECTOS GERENCIAIS E OPERACIONAIS
e que são aquelas disciplinas dirigidas a prevenir contra os possíveis danos à segurança
e à saúde dos trabalhadores, derivados das distintas condições de trabalho que se
podem apresentar em cada um dos postos de trabalho.
Cultura de segurança
Freitas (2003) cita que: “a cultura de segurança pode ser definida como o conjunto de
valores, crenças, rituais, símbolos e comportamentos que partilhamos com outros e nos
ajudam a caracterizar como um grupo”.
Monteiro e Duarte (2007:1169) vão mais além ao afirmarem que “a cultura de segurança
é uma construção social aprendida e partilhada, que envolve valores, crenças e normas,
relativas à segurança, transmitida por processos de interação social, e que orienta o
sistema cognitivo e de ação dos seus membros face à segurança”.
Em resumo, podemos dizer que a segurança deve constituir parte essencial dos valores
e objetivo duma instituição, seja militar ou uma organização civil, não podendo, dessa
forma, ser considerada uma mera prioridade, até porque as prioridades mudam a
todo momento. Por isso, o adequado seria se constituir num somatório de todas as
prioridades, representando um desafio organizacional. Devemos ter a “segurança”
nas suas várias áreas e formas de atuação como um valor e visão que não pode ser
menosprezado e muito menos esquecido, pois dele depende o sucesso da missão, bem
90
ASPECTOS GERENCIAIS E OPERACIONAIS │ UNIDADE III
Procedimento R.C.I.S.E.R
»» R = Reconhecimento.
»» C = Confinamento.
»» I = Isolamento.
»» S = Salvamento.
»» E = Extinção.
»» R = Rescaldo.
»» situações de emergência;
»» princípio de incêndio;
Portanto, sempre orientar a brigada de incêndio sob seu comando para somente
combater em casos de princípios de incêndio e sempre tomar cuidado com os
equipamentos, procurando agir com calma, evitando acidentes pessoais; jamais aplicar
jato direto na rede elétrica, nunca se expor à fumaça ou a gases tóxicos, e somente
permanecer atacando o fogo enquanto dispuser de recursos e meios de fuga.
91
CONDUTAS
OPERACIONAIS E UNIDADE IV
DE SEGURANÇA
CAPÍTULO 1
Ameaças e vulnerabilidades
»» tarefas definidas.
Em seguida, deve-se obter, para cada uma das atividades, o máximo de informação
possível, por exemplo:
»» outras pessoas que possam ser afetadas pelas atividades do trabalho, por
exemplo, visitas, prestadores de serviços etc.;
92
CONDUTAS OPERACIONAIS E DE SEGURANÇA │ UNIDADE IV
»» energias utilizadas;
»» organização do trabalho.
93
UNIDADE IV │ CONDUTAS OPERACIONAIS E DE SEGURANÇA
a. Riscos Humanos
Riscos Humanos, intencionais e não intencionais, são ações que podem acontecer não
somente durante o evento, mas também antes do evento (fase de acesso) ou até depois
dele (saída do evento e dispersão de grupos), citamos como exemplos:
94
CONDUTAS OPERACIONAIS E DE SEGURANÇA │ UNIDADE IV
»» vandalismo e sabotagem;
»» ameaça de bomba;
»» mal súbito;
»» manifestações políticas;
»» uso de drogas.
b. Riscos Técnicos
c. Riscos Naturais
d. Riscos Biológicos
»» alimentos e bebidas;
»» água;
»» ar-condicionado;
95
UNIDADE IV │ CONDUTAS OPERACIONAIS E DE SEGURANÇA
»» cozinha;
»» lixeiras;
»» sistema de esgoto;
»» banheiros.
Após a correta identificação dos riscos que podem estar presentes, podemos utilizar
vários métodos para fazer essa análise. Isso dependerá da disponibilidade da ferramenta,
bem como do domínio do usuário dessa ferramenta, cabendo a este selecionar o método
que seja mais indicado para cada tipo de risco identificado. Se houver estatísticas de
ocorrência do risco, podem ser utilizados os métodos estatísticos, e, na inexistência
dessa necessidade, podem ser utilizados os métodos subjetivos, os quais se baseiam na
percepção e sensibilidade individual do analista, devendo ser empregados levando em
consideração as listas de verificação (LVs) e/ou checklists previamente elaborados.
»» a análise de riscos; e
»» a avaliação de riscos.
»» Análise de riscos
96
CONDUTAS OPERACIONAIS E DE SEGURANÇA │ UNIDADE IV
Avaliação do risco
Após efetuar a análise de riscos e com a ordem de magnitude obtida para o risco, há que
avaliá-lo, ou seja, emitir um parecer sobre sua tolerabilidade ou não, falando de risco
controlado em caso afirmativo e finalizando com isso o processo de avaliação.
Não termina com isso a atuação, devendo manter-se em dia, o que implica que qualquer
mudança significativa em um processo ou atividade de trabalho deva conduzir a uma
revisão da avaliação.
Se, na avaliação do risco, chegar-se à conclusão de não ser ele aceitável, há que controlá-
lo, requerendo-se, para isso:
Identificação de perigos
A fase mais difícil da avaliação de riscos é a identificação de perigos. Com efeito, não há
nenhum método que garanta a identificação de 100% dos perigos existentes em uma
atividade de bombeiro; portanto, os técnicos recorrem a instrumentos de identificação,
como as listas de checagem, e a instrumentos de gestão, como visitas periódicas,
inspeções planejadas, análise de acidentes, observação do trabalho, comunicação de
riscos etc.
97
UNIDADE IV │ CONDUTAS OPERACIONAIS E DE SEGURANÇA
»» eletricidade;
»» obras de construção;
»» deficiência de O2;
»» agentes biológicos;
»» explosivos;
98
CONDUTAS OPERACIONAIS E DE SEGURANÇA │ UNIDADE IV
»» golpes e cortes;
»» espaço inadequado;
»» incêndios e explosões;
»» substâncias inaláveis;
»» energias perigosas;
»» iluminação inadequada;
»» etc.
A anterior lista deve ser ampliada ou modificada em função das características específicas
da atividade de trabalho que se considere.
99
UNIDADE IV │ CONDUTAS OPERACIONAIS E DE SEGURANÇA
Estimativa do risco
Buscando estabelecer prioridades para a eliminação e o controle de riscos, é necessário
dispor de metodologias para sua avaliação.
O risco é definido como o conjunto de danos esperados por unidade de tempo, ou seja,
é o produto:
»» exposição a elementos;
100
CONDUTAS OPERACIONAIS E DE SEGURANÇA │ UNIDADE IV
Como é lógico, as possíveis consequências de um acidente não são únicas, como também
o mesmo acidente, em função das circunstâncias que o envolvam, pode comportar
lesões muito graves ou nenhuma perda.
Assim, por exemplo, ante uma queda num mesmo nível ao se circular por um corredor
escorregadio, as consequências normalmente esperáveis são leves (hematomas,
contusões etc.), mas, com menor probabilidade, também podem ser graves e até mortais.
101
CAPÍTULO 2
Segurança pessoal e operacional
Essas melhorias foram e continuam sendo de tal magnitude que tornaram possível a
eliminação de um número muito importante de riscos associados ao âmbito profissional,
sobretudo nas operações de combate a incêndio. Prova disso é que, à medida que
nossa sociedade evolui em muitos e diferentes aspectos, vai adquirindo maiores cotas
de segurança e saúde nos locais e postos de trabalho, chegando os trabalhadores a
considerar como um direito fundamental tanto a manutenção da saúde nos termos
assinalados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) quanto adequadas condições
de trabalho.
Porém, basta analisar, ano após ano, as estatísticas sobre acidente de trabalho para
observar que a realidade cotidiana nos mostra que, em muitas ocasiões, não se atingiram
as cotas perseguidas nesse campo.
A partir desse ponto, há que se considerar que, em virtude de a saúde estar intimamente
relacionada ao trabalho e mais concretamente ao modo com que ele é executado, seria
conveniente estudar detalhadamente as condições a ele relacionadas a incidirem
diretamente na saúde dos trabalhadores.
102
CONDUTAS OPERACIONAIS E DE SEGURANÇA │ UNIDADE IV
103
UNIDADE IV │ CONDUTAS OPERACIONAIS E DE SEGURANÇA
organização do trabalho, que, por sua vez, podem influir no próprio comportamento
humano (Psicossociologia do Trabalho).
Ainda que cada uma dessas técnicas preventivas tenha objetivos perfeitamente
definidos e um campo de atuação totalmente delimitado, na prática se estabelece o
grande problema de não se poder considerar fronteiras precisas entre cada uma delas,
tendo-se que ampliar os citados limites para poder enfrentar a problemática existente
em cada situação.
Contudo, a todos esses elementos de trabalho falta um fundamental que não é outro
senão o próprio trabalhador visto como elemento ativo nesses modelos, razão pela
qual, para que possa integrar-se à participação em prol da melhoria das condições
de trabalho, torna-se necessário, por sua vez, que possam se articular todas aquelas
ações voltadas à criação de uma cultura nesse campo, de modo que o permita avançar
continuamente na ideia de uma melhoria contínua das condições de trabalho.
Conceito de prevenção
Pode-se suscitar o problema de saber o que se entende como medidas preventivas e
quais são elas. Tradicionalmente, são as medidas tendentes a eliminar as consequências
negativas que os riscos podem trazer à segurança e à saúde dos trabalhadores, sendo
implementadas de duas diferentes maneiras:
As técnicas de prevenção (ou a prevenção) são aquelas voltadas a atuar diretamente sobre
os riscos antes de chegarem a se positivar em acidentes e, portanto, de poderem chegar
a trazer as possíveis consequências negativas à segurança e à saúde dos trabalhadores.
104
CONDUTAS OPERACIONAIS E DE SEGURANÇA │ UNIDADE IV
105
UNIDADE IV │ CONDUTAS OPERACIONAIS E DE SEGURANÇA
e/ou chefia imediata priorizar e temporizar todas aquelas atividades preventivas que
tenha que realizar.
Essa forma de atuação, considera-se, deve ser realizada por meio de uma ação planejada
e organizada, antepondo-se sempre a proteção coletiva à individual, ao mesmo tempo
se devendo definir e implantar sistemas de gestão da prevenção a englobarem, como
elemento muito importante, a formação dos trabalhadores quanto aos riscos a que
estão submetidos e às medidas preventivas a adotar.
106
CONDUTAS OPERACIONAIS E DE SEGURANÇA │ UNIDADE IV
Não raro, faz-se necessário complementar as atuações preventivas com uma série
de atuações cotidianas nas empresas e que, por razões de distinta índole, não são
implementadas com a frequência necessária: atuações de manutenção preventiva de
máquinas, equipamentos, instalações, centros e locais de trabalho, entre outros, sem
cujo concurso torna-se muito difícil efetuar uma prevenção eficaz dos riscos na maioria
das empresas.
»» a avaliação dos riscos, que permitirá obter toda aquela informação que
se considere necessária para que a empresa se mostre em condições de
tomar uma decisão apropriada quanto à necessidade ou não de adotar
medidas preventivas, e, sendo o caso, do tipo de medidas preventivas de
necessária adoção;
Conceito de proteção
Apesar de as atuações em matéria de segurança e saúde no trabalho nas operações
de controle de emergência deverem ser realizadas sempre que possível utilizando-se
técnicas preventivas, ou seja, com caráter prévio à positivação dos riscos envolvidos nas
operações de resposta, em certas ocasiões, essas atuações não são de possível realização,
ou são insuficientes, razão pela qual se deva recorrer à aplicação das denominadas
técnicas de proteção.
107
UNIDADE IV │ CONDUTAS OPERACIONAIS E DE SEGURANÇA
Assim, por exemplo, um bombeiro que esteja submetido a alguns níveis de ruído
considerados inaceitáveis estará exposto a um risco mais ou menos importante de
redução de sua capacidade auditiva. Se utilizar unicamente um protetor auditivo que
atenue o nível de ruído que chega a seu órgão da audição, até níveis considerados como
aceitáveis, terá diminuído sensivelmente o risco de redução de sua capacidade auditiva
por incidência de ruído, mesmo que o nível registrado no ambiente ou posto de trabalho
continue sendo aquele inicialmente incidente.
Técnicas de segurança
Técnicas ativas
108
CONDUTAS OPERACIONAIS E DE SEGURANÇA │ UNIDADE IV
Técnicas reativas
São aquelas técnicas que atuam assim que ocorrido o acidente, tentando-se determinar
suas causas para, posteriormente, propondo e implantando algumas medidas de
controle, evitar que um acidente semelhante possa ocorrer.
Técnicas complementares
109
UNIDADE IV │ CONDUTAS OPERACIONAIS E DE SEGURANÇA
Fatores organizacionais
Os fatores organizacionais são os que mais influência exercem no comportamento
dos indivíduos e de grupos. Todavia, é comum ficarem esquecidos quando da
investigação de acidentes e incidentes. As organizações devem criar uma própria
cultura de segurança e estabelecer um clima que promova a implicação do
trabalhador e o comprometimento em todos os níveis, enfatizando ser inaceitável
qualquer desvio com relação às normas de segurança estabelecidas.
Tarefa
110
CONDUTAS OPERACIONAIS E DE SEGURANÇA │ UNIDADE IV
Um ajuste físico envolve a maneira com que devam ser concebidos o local e o ambiente
de trabalho e/ou de atendimento a emergência. Um ajuste mental implica considerar
as exigências da tarefa quanto à informação a tratar, decisões a tomar, assim como a
percepção das tarefas pelo indivíduo.
Fatores pessoais
Os fatores pessoais (os atributos que os trabalhadores trazem a seus trabalhos) podem
ser reforçados ou debilitados com relação às demandas de uma tarefa em particular
“paga” ao bombeiro. Envolvem tanto os atributos físicos (tais como a força e as
limitações que se derivam de incapacidades, falta de aptidão ou enfermidades) quanto
os atributos mentais (tais como hábitos, atitudes, habilidades e personalidade, que
influem no comportamento de modo complexo).
111
UNIDADE IV │ CONDUTAS OPERACIONAIS E DE SEGURANÇA
Segurança estrutural
A regulamentação vigente sobre construção de edifícios e locais industriais e urbanos
exige um projeto efetuado por um profissional competente e devidamente habilitado.
Esse projeto, devidamente revisado pelo colégio profissional ao qual corresponda o
colegiado, ou no caso de promoção pública, pelo órgão de supervisão de projetos ou por
órgão análogo da administração pública, deve ser apresentado às autoridades locais
pertinentes, buscando-se obter a correspondente licença de execução da obra.
Os incêndios em espaços fechados podem gerar uma gama muito variada de agentes
químicos e físicos, como: temperaturas extremas, fumaça, gases e vapores, os quais
requerem que o respondedor seja conhecedor e domine a utilização de técnicas e
equipamentos, tendo em vista diminuir/minimizar o risco de acidentes pessoais e
aumentar a probabilidade de êxito no controle do incêndio, na localização e salvamento
das vítimas, além da proteção do patrimônio.
112
CONDUTAS OPERACIONAIS E DE SEGURANÇA │ UNIDADE IV
Um dos pontos que deve ser sempre considerado como de suma importância pode
ser retratado como a inspeção diária e a verificação prévia dos equipamentos de
proteção respiratória (máscaras autônomas), trajes de combate a incêndio, bem como
ferramentas e materiais a serem empregados na ocorrência, buscando, dessa forma,
propiciar, além da segurança individual, os recursos mínimos para que o respondedor
possa controlar a emergência.
Não devemos esquecer que, na maioria desses atendimentos, a visibilidade pode estar
muito baixa, tendo em vista a presença de fumaça, condição essa que deve fazer o
respondedor redobrar as atenções, podendo ainda estar presentes riscos diversos os
113
UNIDADE IV │ CONDUTAS OPERACIONAIS E DE SEGURANÇA
quais podem não ser visualizados/percebidos, tais como depressões, saliência, buracos,
fosso de elevador, objetos no caminho, os quais podem gerar acidentes pessoais.
Podemos dizer ainda que a combustão é uma reação química bem mais complexa do
que na representação do quadrado pelo tetraedro do fogo, cuja finalidade é apenas
didática, pois, na realidade, quando as temperaturas se elevam acima dos limites
normais, ocorre um fenômeno denominado de “pirólise”, que nada mais é que uma
decomposição química da matéria presente por ação do calor. Se aumentarmos a
temperatura de um dado material combustível, por sua vez ocorrerá um aumento
proporcional na velocidade de sua oxidação, sendo que, se esse processo permanecer
por um tempo prolongado, essa velocidade (velocidade de oxidação) também
aumentará, até o ponto de atingir a temperatura de ignição ou autoignição, o que
fará aparecerem repentinamente as chamas em virtude do fenômeno denominado de
combustão, conforme expresso no quadro abaixo.
Temperatura Reação
200oC Produção de vapor d’água, dióxido de carbono e ácidos acético e fórmico.
200ºC
Ausência de vapor d’água pouca quantidade de monóxido de carbono – a reação ainda está absorvendo calor.
280ºC
280ºC A reação passa a liberar calor, gases inflamáveis e partículas - há a carbonização dos materiais (que também
500ºC liberará calor).
> 500ºC Na presença do carvão, os combustíveis sólidos são decompostos quimicamente com maior velocidade.
Fonte: CBPMESP. Manual de Fundamentos de Bombeiros.
114
CONDUTAS OPERACIONAIS E DE SEGURANÇA │ UNIDADE IV
Fase inicial: é a fase em que grande parte do calor está sendo consumido no aquecimento
dos combustíveis. A temperatura do ambiente, nesse estágio, está ainda pouco acima
do normal. O calor está sendo gerado e evoluirá com o aumento das chamas.
Nessa fase, o respondedor não sofrer interferência pelo calor do ambiente, mas,
dependendo do combustível que está sendo queimando, pode haver presença de fumaça
e gases tóxicos.
Nesse momento, a temperatura nas regiões superiores (nível do teto) pode exceder
700 ºC. Os bombeiros envolvidos no combate a incêndio devem se manter abaixados
e utilizar equipamentos de proteção respiratória, já que, além de a temperatura
ser menor nos locais mais baixos, a inalação de gases aquecidos pode ocasionar
queimaduras nas vias aéreas e demais consequências desses danos.
115
UNIDADE IV │ CONDUTAS OPERACIONAIS E DE SEGURANÇA
É importante citar que à medida que há a progressão do fogo, este continua a gerar
temperaturas altas para o ambiente, bem como há o consumo de oxigênio. Dessa
forma, se não houver ventilação adequada, os gases tóxicos do processo de combustão
permanecerão no ambiente. Assim, o fogo passará para a fase da queima lenta, e uma
ventilação inadequada poderá fazer com que ele volte a aumentar de intensidade ou,
até mesmo, em situações especificas, gerar riscos de explosões ambientais. Portanto,
podemos concluir que, na fase da queima livre, o fogo aquece gradualmente todos os
combustíveis presentes no local, e, quando determinados combustíveis atingem seu
ponto de ignição, simultaneamente, haverá uma queima instantânea e concomitante
desses produtos, o que poderá provocar um fenômeno denominado de “Flashover”.
Dessa forma, nessa fase, se for empregada uma ventilação, esta tem que ser muito
estudada e procedimentada, pois, se for inadequada, os produtos residentes poderão
explodir quando entrarem em contato com o oxigênio, gerando o que denominamos de
“Backdraft”, que nada mais é que uma a explosão ambiental súbita provocada por uma
aeração num ambiente com baixa porcentagem de oxigênio, repleto de produtos da
combustão superaquecidos quando da queima lenta ou mesmo da queima livre.
116
CONDUTAS OPERACIONAIS E DE SEGURANÇA │ UNIDADE IV
Backdraft: Esse termo não tem uma tradução muito correta no português, mas
podemos definir como uma explosão ambiental provocada por uma ventilação
inadequada ou aeração súbita num ambiente percentual reduzido de oxigênio,
com presença de produtos da combustão superaquecidos. Por isso, é importante
termos conhecimento de que um incêndio em ambiente confinado pode aquecer os
combustíveis até o seu ponto de ignição, ou seja, se o oxigênio presente no ambiente
não for suficiente para manter as chamas, a queima será muito lenta e gerará grande
quantidade de produtos da combustão.
117
UNIDADE IV │ CONDUTAS OPERACIONAIS E DE SEGURANÇA
Por isso, conclui-se que uma ventilação tecnicamente adequada, vertical e horizontal,
permitirá que a fumaça e os gases combustíveis sejam extraídos do ambiente,
prevenindo-se a ocorrência do backdraft.
Flashover: também não temos uma tradução adequada para o Português, mas
podemos dizer que se refere a uma queima rápida dos produtos oriundos da combustão
no ambiente, sendo que, nessa fase, o calor estará presente e poderá ficar absorvido
118
CONDUTAS OPERACIONAIS E DE SEGURANÇA │ UNIDADE IV
no teto dos prédios e nas partes mais altas das paredes, podendo ser irradiado no
decorrer do tempo para as partes mais baixas, gerando o aquecimento gradual dos
gases combustíveis presentes no local, e, quando estes alcançarem sua temperatura de
ignição, o recinto será instantaneamente tomado pelo fogo.
Esse evento ocorrerá próximo ao final da fase inicial e ao início da queima livre, em que
a temperatura presente pode estar entre de 500º C e 800ºC, por isso o indicativo da
ocorrência de um “flashover” não é muito claro e depende basicamente da experiência
e expertise dos bombeiros que estiverem atuando na emergência, mas, da mesma
forma que no backdraft, sua ocorrência poderá ser controlada pelo uso adequado da
ventilação vertical ou pelo emprego de linhas de ataque adequadamente montadas e
controladas, e ainda por meio de suporte de ventilação horizontal.
Podemos definir então que flashover é o momento em que todos os materiais presentes
no ambiente, em virtude da ação da fumaça quente e inflamável, entram em ignição
após sofrerem a pirólise. É o momento em que todo o ambiente entra em combustão
súbita e repentina.
Os gases tóxicos específicos que podem ser liberados em um incêndio variam muito,
de acordo com alguns fatores principais, como a natureza do combustível, a taxa de
calor, a taxa ou velocidade de aquecimento, a temperatura dos gases desprendidos e
as concentrações de oxigênio. Por isso, os profissionais de resposta à emergência que
venham a trabalhar em locais onde pode existir a deficiência de oxigênio e/ou presença
de substâncias tóxicas, presença de gases, materiais particulados em suspensão no ar
ou mesmo a variação da concentração de oxigênio devem obrigatoriamente fazer uso
do equipamento de proteção respiratória que forneça a adequada proteção em termos
de suprimento de ar para as operações a serem realizadas.
119
UNIDADE IV │ CONDUTAS OPERACIONAIS E DE SEGURANÇA
Devem ser observados aspectos para a correta indicação, tais como presença e
percentual de oxigênio no ambiente, existência de contaminantes, classe toxicológica
e, se possível, verificar sua concentração, questões de confinamento de ambiente
(incêndio urbano e em espaços confinados), arranjo físico, dificuldade de locomoção e
mobilidade e tempo de faina.
Outro agente que representa risco significativo nos incêndios é o gás cianídrico,
(cianeto ou cianureto de hidrogênio) o qual é produzido quando em presença de
materiais que contenham nitrogênio em sua estrutura molecular e que sofrem
decomposição pelo calor, sendo os mais comuns de produzirem gás cianídrico na sua
queima a seda, náilon, poliuretano, acrilonitrila, butadieno e estireno. Esse agente
(gás cianídrico), bem como outros compostos cianógenos, tem a capacidade de
bloquear a atividade de todas as formas de seres vivos, exercendo uma ação inibidora
de oxigenação nas células vivas do corpo.
120
CONDUTAS OPERACIONAIS E DE SEGURANÇA │ UNIDADE IV
121
UNIDADE IV │ CONDUTAS OPERACIONAIS E DE SEGURANÇA
Levando em consideração essa situação, podemos citar um método que tem sido
utilizado em diversos Corpos de Bombeiros pelo mundo afora, em que é garantida a
implementação segura em três fases:
122
CONDUTAS OPERACIONAIS E DE SEGURANÇA │ UNIDADE IV
550° C, que é chamada de temperatura crítica do aço, tem uma queda brusca e súbita
de suas propriedades.
Sabemos que cada corpo construtivo possui ainda seu respectivo coeficiente de
expansão e/ou dilatação. Esse é outro ponto importante que deve ser levado em
consideração durante a fase de planejamento de uma intervenção de combate
e/ou busca e salvamento, pois mesmo as estruturas de concreto com aço podem
vir a colapsar e perder sua resistência mecânica original (inicial), gerando riscos
de perda de contenção primária (diques de tanques de derivados líquidos) até
queda de edificações (colapso estrutural total). Por isso, podemos afirmar com
certeza que qualquer estrutura estará sujeita à ação do fogo e a colapsos. Basta
para isso que tenha sido realizado um dimensionamento inadequado de seus
elementos construtivos, estando inclusas nesse grupo as estruturas de concreto.
Fonte: o Autor.
Programa de segurança
Esse programa prevê os requisitos básicos, que visam preservar a integridade física dos
bombeiros, devendo conter:
123
UNIDADE IV │ CONDUTAS OPERACIONAIS E DE SEGURANÇA
124
CAPÍTULO 3
Registro de atividades de bombeiros
Uma atividade que não pode ser esquecida é a de relatar as ocorrências atendidas.
Existem muitas formas e procedimentos de comunicação e relatos de ocorrências
utilizados por unidades de bombeiros militares e civis, mas apresentaremos um
resumo de registro de atividades desenvolvidas por bombeiros de acordo com a NBR
14.023 de dezembro de 1997.
Essa Norma visa ainda prover uma base uniforme para coleta e comparação de dados
de atividades operacionais de bombeiros e seu processamento estatístico a vários
níveis, seja estadual, regional, nacional ou internacional, e que podem ser analisados
pelo IBGE ou qualquer outro órgão encarregado de coleta e análise de dados, sendo
que a coleta uniforme de dados permite o desenvolvimento de um banco de dados a ser
gerado por um Sistema Nacional de Coleta e Análise de Dados de Bombeiros, de forma
abrangente que poderia fornecer informações para:
125
UNIDADE IV │ CONDUTAS OPERACIONAIS E DE SEGURANÇA
b. clínico: estado de saúde alterado, que não foi provocado por acidente de
causas externas;
126
CONDUTAS OPERACIONAIS E DE SEGURANÇA │ UNIDADE IV
p. trauma de coluna: acidente sofrido por uma vítima que tenha afetado sua
coluna vertebral;
q. trauma de crânio: acidente sofrido por uma vítima que tenha afetado seu
crânio.
127
UNIDADE IV │ CONDUTAS OPERACIONAIS E DE SEGURANÇA
a. bombeiro estadual;
b. bombeiro municipal;
c. bombeiro privado.
Possível causa do incêndio: causa que tem grande probabilidade de ter ocasionado
o incêndio, indicada após uma análise do responsável pelo atendimento no local,
podendo ser classificada em:
b. balão;
c. brincadeira de criança;
f. displicência ao cozinhar;
h. fogos de artifício;
j. ignição espontânea;
k. líquidos inflamáveis;
l. superaquecimento de equipamento;
m.trabalho de soldagem;
n. vazamento de gás;
o. vela;
p. outra.
130
CONDUTAS OPERACIONAIS E DE SEGURANÇA │ UNIDADE IV
131
UNIDADE IV │ CONDUTAS OPERACIONAIS E DE SEGURANÇA
132
CONDUTAS OPERACIONAIS E DE SEGURANÇA │ UNIDADE IV
Vítima: toda pessoa que sofre ou sofreu uma lesão física, alteração orgânica ou
patológica ou que se encontre em local ou situação de risco iminente à sua integridade
física ou emocional e que, em qualquer dos casos acima, necessite de socorro e/ou
qualquer tipo de intervenção externa, podendo ser classificada em ilesa, ferida ou fatal:
a. vítima fatal: aquela com lesões físicas que, em razão de sua natureza,
causaram a sua morte;
b. vítima ferida: aquela que sofreu lesões que ofenderam sua integridade
física, orgânica ou patológica, levando-a a necessitar de cuidados médicos;
c. vítima ilesa: aquela que não sofreu lesão física, alteração orgânica ou
patológica, embora estivesse em local ou situação de risco iminente à
133
UNIDADE IV │ CONDUTAS OPERACIONAIS E DE SEGURANÇA
›› combate a incêndio;
›› salvamento; e
›› prevenção e auxílio;
g. histórico/resumo da ocorrência;
h. dados complementares;
b. aqueles que oferecem alternativas, das quais uma ou mais devem ser
assinaladas, conforme o caso.
134
CONDUTAS OPERACIONAIS E DE SEGURANÇA │ UNIDADE IV
›› com intervenção;
›› telefone 193;
›› linha direta; e
135
UNIDADE IV │ CONDUTAS OPERACIONAIS E DE SEGURANÇA
g. nome do solicitante;
h. telefone do solicitante;
›› residencial;
›› comercial;
›› industrial;
›› de ensino;
›› de saúde;
›› via pública/urbana;
›› rodovia/estrada;
›› de prestação de serviço;
›› terminal de passageiros;
›› terreno baldio;
›› agropecuário;
›› mata/floresta;
›› montanha;
›› mar;
›› rio;
›› lago;
›› privada;
›› pública; ou
›› mista;
136
CONDUTAS OPERACIONAIS E DE SEGURANÇA │ UNIDADE IV
›› sim;
›› não.
a. combate a incêndio;
b. salvamento;
c. prevenção e auxílio.
Além disso, as atividades listadas nas alíneas acima podem incluir ou não a atividade
de atendimento a vítimas.
Combate a incêndio
As atividades de combate a incêndio são subdivididas em:
a. edificações:
›› de alvenaria;
›› de concreto;
›› de madeira;
›› metálica; e
b. meio de transporte:
›› aeroviário;
›› aquático;
›› ferroviário/metroviário;
›› rodoviário.
137
UNIDADE IV │ CONDUTAS OPERACIONAIS E DE SEGURANÇA
Salvamento
As atividades de salvamento são classificadas, segundo o local da ocorrência, em
terrestres ou aquáticas.
»» afogamento;
»» alagamento;
»» desabamento/desmoronamento;
»» deslizamento; e
»» animal;
»» cadáver;
»» objeto;
»» pessoa;
»» veículo aeroviário;
»» veículo aquático;
»» veículo ferroviário;
»» veículo rodoviário; e
Prevenção e auxílio
As atividades de prevenção e auxílio são classificadas como segue:
»» abastecimento d’água;
»» abertura de imóvel;
»» atividade educacional;
138
CONDUTAS OPERACIONAIS E DE SEGURANÇA │ UNIDADE IV
»» captura/remoção de insetos;
»» corte/poda de árvore;
»» desfile/demonstração;
»» esgotamento;
»» lavagem de pista;
»» lavagem de estabelecimento;
»» proteção a banhistas;
»» proteção a autoridades;
»» transporte;
»» vazamento de GLP;
»» vistoria técnico-operacional;
»» nome da vítima;
»» sexo;
»» tipo de vítima:
›› não bombeiro;
›› bombeiro profissional;
›› bombeiro voluntário;
139
UNIDADE IV │ CONDUTAS OPERACIONAIS E DE SEGURANÇA
»» idade (anos);
»» nível de lesão:
›› ilesa;
›› ferida;
›› fatal;
»» problemas encontrados:
›› cardíaco;
›› caso clínico;
›› choque;
›› coma;
›› convulsão;
›› evisceração;
›› fratura;
›› hemorragia;
›› neurológico;
›› obstétrico;
›› psiquiátrico;
›› queimadura;
›› respiratório;
›› trauma de coluna;
›› trauma de crânio; e
140
CONDUTAS OPERACIONAIS E DE SEGURANÇA │ UNIDADE IV
a. vítimas ilesas;
b. vítimas feridas;
c. vítimas fatais.
»» tipo de veículo:
›› atendimento pré-hospitalar;
›› incêndio;
›› salvamento;
›› aquático;
›› avião;
›› helicóptero; e
›› corpo de bombeiros;
›› polícia militar;
›› defesa civil;
›› outro.
a. bombeiro militar;
b. bombeiro municipal;
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UNIDADE IV │ CONDUTAS OPERACIONAIS E DE SEGURANÇA
c. bombeiro privado;
d. bombeiro voluntário;
e. policial militar;
Histórico/resumo da ocorrência
Dados complementares
a. nome;
b. código de identificação;
c. cargo/função;
d. data do preenchimento;
e. assinatura.
Como vimos em nosso estudo dirigido, a atividade de bombeiro civil já existia nas
indústrias brasileiras e em alguns eventos de reunião de público e até em muitos
shopping centers, desenvolvendo atividades de segurança contra incêndio,
atendimento de urgência (primeiros socorros) e auxílio na evacuação/abandono
de edificações. Mas somente a partir da regulamentação da profissão, em 2009,
foi essa tão importante atividade reconhecida de direito como profissão.
142
CONDUTAS OPERACIONAIS E DE SEGURANÇA │ UNIDADE IV
Este material de estudo teve como objetivo falar sobre a profissão, conceitos,
definições e atribuições dos bombeiros civis e bombeiros civis mestres, diferenciar
as denominações de bombeiros (privada e público), fazendo um comparativo
entre eles, bem como tratar da legislação que rege cada tipo de bombeiro, fazer
um estudo mais dirigido das normas e legislação federal, estadual e municipal
aplicada à função, compreendendo como essas legislações mudam entre estados
e municípios, e como deve ser a adaptação a essas mudanças. Foi abordado
ainda um tema muito importante que trata dos níveis de capacitação exigidos,
formação e áreas de atuação, bem como atribuições e principais atividades que
devem ser exercidas. Por fim, vimos como deve ser formado um Departamento
de Prevenção e Combate a Incêndios nas Organizações.
O presente material visou, dessa forma, orientar e nortear novas políticas. Que
ele seja apenas o início de uma jornada em busca de melhores informações,
condições e mais reconhecimento da profissão.
143
UNIDADE IV │ CONDUTAS OPERACIONAIS E DE SEGURANÇA
144
Referências
FREITAS, Osvaldo N.; SÁ, José Marques de. Manual técnico-profissional para
bombeiro. 3. ed. Brasília – DF, 1993.
145
REFERÊNCIAS
_______. NFPA. National Fire Protection Association 1001. Standart for Fire Fighter
Professional Qualification, edtion, 1997.
146
REFERÊNCIAS
Sites
<http://www.voluntersul.com.br/conteudos/ver/2/Bombeiros-Voluntarios.html>.
<http://portal.cnbc.org.br/>.
<http://www.cbm.rs.gov.br/legislacao>.
<https://leismunicipais.com.br/a/rs/r/rio-grande/lei-ordinaria/2015/795/7955/lei-
ordinaria-n-7955-2015>.
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9608.htm>.
<http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2013/04/ser-bombeiro-voluntario-e-
tradicao-de-mais-125-anos-em-santa-catarina.html>.
<http://globotv.globo.com/rbs-sc/jornal-do-almoco-sc/v/selecao-para-bombeiros-
voluntarios-em-joinville/2413414>.
<http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/portugal/a-carreira-de-um-
bombeiro-passo-a-passo>.
<http://www.cbvj.com.br/portugues/home.asp>.
<http://abvesc.atspace.org/>.
<http://www.voluntersul.com.br/>.
<http://www.bombeirosvoluntarios.com.br/site/arquivos_internos/index.php>.
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<http://www.infoleg.gov.ar/infolegInternet/anexos/50000-54999/54903/texact.
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<http://www.abeoc.org.br/wp-content/uploads/2014/02/cartilha_evento-seguro_
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<http://www.brigadamilitar.rs.gov.br/bombeiros>.
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