Percepção

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Percepção
Trata-se de um processo mental no qual organizamos todas as informações provenientes do
ambiente ou de dentro de nós mesmos, para finalmente dar um significado às mesmas.

Percepção

A percepção refere-se às funções que permitem captar os estímulos do ambiente, para posterior
processamento de informação.

Os órgãos dos sentidos são responsáveis pela captação das informações do ambiente, que podem
ser de natureza visual, olfativa, tátil, gustativa, auditiva e cinestésica (equilíbrio e movimento do
corpo). O processamento cerebral depende bastante das informações fornecidas pelas estruturas
sensoriais, sendo estas a base de nossa compreensão do mundo.

A interpretação que os seres humanos fazem do mundo à nossa volta é determinada


principalmente pela personalidade individual de cada um, pela estrutura biológica de nosso
cérebro, pelos nossos interesses e pelas experiências que adquirimos ao longo da nossa vida. A
percepção pode ser dividida em:
 Percepção visual. A percepção visual refere-se à capacidade que temos de interpretar todas as
informações que percebemos através da visão. Começamos a desenvolver essa percepção desde
bebês, quando abrimos os olhos pela primeira vez e começamos a olhar em volta, analisando
tudo aquilo que nos rodeia. Geralmente, quando somos bebês, lançamos aproximadamente cerca
de 10 milhões de olhadas ao nosso redor, o que significa que, quando chegamos ao nosso
primeiro ano de vida, já temos uma quantidade enorme de informações armazenadas. Com o
passar dos anos, vamos acumulando através da visão uma grande quantidade de lembranças e
eventos, os quais nos ajudam na hora de gerar nossas representações mentais.

 Percepção auditiva. Trata-se da capacidade que os seres humanos têm para interpretar as
informações que recebemos através dos ouvidos, graças às frequências emitidas pelas
mídias sonoras e pelo ar.
 Percepção tátil. Trata-se de toda a informação que percebemos através da nossa pele por
meio do tato. A área do cérebro responsável pela realização deste processo é chamada de
lobo parietal.
 Percepção olfativa. Essa percepção refere-se à capacidade que os seres humanos têm
para interpretar as informações que chegam do exterior através do olfato. As áreas do
cérebro responsáveis por realizar essa função são o bulbo olfatório e o córtex piriforme.
 Percepção gustativa. Essa percepção refere-se à capacidade que temos para interpretar
as informações que chegam através do contato de certas substâncias químicas com nossas
papilas gustativas.
2. Atenção
A atenção é um processo cognitivo básico fundamental e extremamente importante, pois graças a
ela podemos tomar consciência do que está acontecendo no nosso ambiente, selecionando
apenas aqueles estímulos que serão úteis e deixando de lado os que não serão úteis em
determinados momentos. Quando prestamos atenção e nos concentramos em uma coisa apenas,
nos referimos à atenção focalizada, no entanto, quando atendemos a mais de uma coisa por vez,
falamos sobre atenção dividida.
Geralmente, quando nossa atenção é dividida, podes ocorrer perdas de informações, porque é
realizado um esforço mental maior, já que várias fontes de informações estão competindo entre
si. Como metáfora, podemos dizer que vamos “bicando” um pouco de informação de cada fonte.
3. Memória
A memória é um processo cognitivo básico extremamente importante porque tem a função de
receber, interpretar e armazenar todas as informações que chegam ao nosso cérebro. Portanto,
pode-se dizer que a memória é um processo fundamental para o desenvolvimento da
aprendizagem e, inclusive, para que os seres humanos possam ter uma identidade individual.
Podemos gerar lembranças devido às mudanças geradas pelos neurônios através da transmissão
sináptica em determinadas áreas do cérebro, como por exemplo no hipocampo.
Podemos classificar a memória em dois tipos: memória de longo prazo e memória de curto
prazo.
 A memória de longo prazo é responsável por armazenar na mente todas as lembranças,
experiências e/ou conhecimentos durante muito tempo.
 Por outro lado, a memória de curto prazo, armazena apenas as informações temporariamente.
Pensamento
O pensamento é responsável por processar todos os tipos de imagens, ideias, experiências,
sons, símbolos, etc. graças à estimulação de diversos componentes do sistema nervoso.
De acordo com o modelo cognitivo da psicologia, através do pensamento podemos realmente
manipular e transformar todas as informações que armazenamos na memória. O pensamento
analisa, avalia, classifica, compara, faz julgamentos e sabe como aplicar adequadamente todos
esses conhecimentos guardamos na mente para resolver problemas e criar coisas novas,
aproveitando todas as informações. As áreas do cérebro responsáveis pelas funções
desempenhadas pelo pensamento são o tálamo, a formação reticular e o sistema límbico, que por
sua vez têm certas características que determinam o tipo de pensamento que a pessoa terá. Os
pensamentos podem se tornar positivos, negativos, agradáveis, desagradáveis, etc. e, dependendo
deles, pode experimentar emoções diferentes.
Linguagem
Todos os elementos que fazem parte da linguagem, como as frases, as orações, os sons das letras,
as sílabas, as palavras, se encaixam para oferecer uma informação com seu próprio
significado. O estudo da linguagem refere-se à pesquisa dos elementos que a representam e
constituem uma gramática da linguagem. A linguagem pode ser preservada ao longo do tempo e
foi transmitida de geração em geração na sociedade, pois permite que possamos expressar nossos
pensamentos, ideias, emoções e sentimentos aos outros.
Essa atividade que, à primeira vista, pode parecer tão simples, mas é extremamente complexa,
permite-nos ter relações interpessoais, tudo isso através da materialização de certos símbolos
que explicam nossos estados emocionais. O termo gramática se refere a um conjunto de regras
baseadas em ideias que fazem parte de um discurso, também refere-se à soma do conhecimento
que cada um de nós temos sobre a estrutura da nossa linguagem. As áreas do cérebro que
interferem na linguagem são a de Broca e a área de Wernicke.
Este artigo é meramente informativo, em Psicologia-Online não temos a capacidade de fazer um
diagnóstico ou indicar um tratamento. Recomendamos que você consulte um psicólogo para que
ele te aconselhe sobre o seu caso em particular.

Exemplos de percepção
 É importante identificar no tempo adequado qualquer problema perceptivo que o estudante
possa ter. Isto nos permitirá aplicar os meios necessários para que nenhuma informação
auditiva seja perdida (o que o professor diz) ou informação visual (o texto escrito no quadro e
nos livros).

 Uma percepção correcta ajuda aos funcionários para fazer seu trabalho eficientemente. Os
artistas são um claro exemplo da importância da percepção no mundo profissional. Porém,
qualquer trabalho exige, em maior ou menor grau, algum tipo de percepção: varredores,
taxistas, policiais, caixas, construtores, etc.

 Perceber a sinalização rodoviária, além dos sons de seu próprio carro, é essencial para dirigir
com segurança.

 A percepção nos permite avançar em nosso entorno e interagir com ele. Fazer compras no
supermercado, jogar a um videogame, cozinhar e lavar a roupa exigem o uso de todos os
nossos sentidos.

Agnosia e outros transtornos relacionados à percepção

Em algumas circunstâncias a percepção pode não reflectir a realidade, sem que isso seja
patológico. Essas “insuficiências” na percepção podem ser ilusões ou alucinações.
As ilusões são interpretações erróneas de um estímulo externo real, enquanto
as alucinações consistem em uma percepção falsa sem a presença de um estímulo externo real.
Essas experiências perceptivas podem ocorrer com qualquer patologia existente e são causadas
principalmente por características fisiológicas ou cognitivas do sistema ou estados alterados
(abuso de substâncias ou sono). Um exemplo de ilusão seria as conhecidas ilusões ópticas
(perceber duas cores iguais de diferente forma, perceber movimento em uma imagem estática,
etc.). As alucinações mais comuns são as hipnagógicas (quando você está adormecendo e
percebe uma figura, som ou sente que alguém está te tocando), hipnopômpicas (as mesmas
sensações, mas estando acordando) e as derivadas do consumo de drogas alucinógenas (como
LSD ou cogumelos alucinógenos que provocam alucinações mais elaboradas). Apesar disso,
as ilusões e alucinações também podem ser patológicas, estar relacionadas com a esquizofrenia,
episódios de psicose e ideias ilusórias.
A percepção também pode estar afectada por um dano causado em nossos órgãos sensoriais (por
exemplo, uma lesão ocular), lesões nas vias que levam as informações sensoriais ao cérebro (por
exemplo, um glaucoma) ou nas áreas do cérebro responsáveis pela percepção (por exemplo, uma
lesão causada no córtex occipital). Uma lesão em qualquer desses três pontos pode afectar a
percepção normal de estímulos.
O transtorno mais comum da percepção é a agnosia. Este transtorno causa uma dificuldade para
orientar e controlar a percepção, além da conduta em geral. Existem dois tipos de
agnosia: agnosia visual perceptiva (a pessoa pode ver partes de um objecto, mas é incapaz de
entender o objecto como um todo) e agnosia visual associativa (a pessoa percebe o objecto como
um todo, mas não pode associá-lo). É difícil entender a percepção através desses transtornos,
embora as pessoas possam ver os objectos. Para elas é a mesma sensação que estarem cegas.
Também existem transtornos mais específicos, como a aquineptosia (incapacidade para ver os
movimentos), acromatopsia (incapacidade para ver as cores), prosopagnosia (incapacidade para
reconhecer rostos familiares), agnosia auditiva (incapacidade para reconhecer um objeto pelo
som, e, no caso de informações verbais, uma pessoa com agnosia não seria capaz de reconhecer a
linguagem como tal), amusia (incapacidade para reconhecer ou reproduzir tons ou ritmos
musicais). Estes transtornos são causados por danos cerebrais como um ictus, trauma cerebral ou,
até uma doença neurodegenerativa Como é possível analisar e avaliar a percepção?
Avaliar a percepção pode ser muito útil em diferentes aspectos da vida: em áreas
acadêmicas (para saber se um estudante precisa de ajuda adicional para compreender a
informação explicada na sala de aula), em áreas clínicas (para saber se um paciente terá
dificuldade em relação ao embiente) ou em áreas profissionais (para saber se um funcionário
precisa apoio devido a um problema perceptivo).
Através de uma avaliação neuropsicológica completa podemos analisar a percepção e outras
habilidades cognitivas de forma eficiente e adequada.
CogniFit usa vários testes clássicos como base da maioria de suas tarefas, como o Stroop Test, o
Test of Variables of Attention (TOVA), o Test of Memory Malingering (TOMM), o Continuous
Performance Test (CPT), a Hooper Visual Organization Task (VOT) e o NEPSY test (Korkman,
Kirk, Kemp, 1998). Além da percepção, estes testes também analisam a designação, a memória
contextual, o tempo de resposta, a memória operacional, a atualização, a memória visual, a
velocidade de processamento, a atenção dividida, a atenção focada, a coordenação óculo-manual,
a alteração, a inibição e a exploração visual.

 Teste de identificação COM-NAM: Uns objetos serão apresentados no formato de imagem ou


som. O usuário deve dizer como foi apresentado o objeto (imagem ou som) a última vez. Se
for a primeira vez que o objeto é apresentado, o usuário deve selecionar a opção
correspondente.
 Teste de programação VIPER-PLAN: Mova a bola através do labirinto com o menor número
de movimentos e o mais rápido possível.
 Teste de concentração VISMEM-PLAN: Os estímulos exibidos na tela serão iluminados e irão
reproduzir um som em uma ordem determinada. À medida que os estímulos são apresentados,
o usuário deve prestar muita atenção para ser capaz de repeti-los na mesma ordem em que
foram apresentados.
 Teste de investigação REST-COM: Uns objetos serão exibidos durante um período curto de
tempo. Depois, o usuário deve selecionar a opção que corresponda aos objetos apresentados, o
mais rápido possível.
 Teste de decodificação VIPER-NAM: Umas imagens serão exibidas na tela durante um
período curto de tempo antes de desaparecer. Depois, quatro letras serão exibidas na tela, uma
das quais corresponde à primeira letra do objeto exibido. O usuário deverá selecionar a letra
correta o mais rápido possível.
 Teste de velocidade REST-HECOOR: Um quadrado azul será exibido na tela. O usuário deve
clicar o mais rápido possível e o maior número de vezes no meio do quadrado.
 Quantas mais vezes o usuário clicar, maior a pontuação.

 Teste de reconhecimento WOM-REST: Uma série de três objetos será exibida na tela. O
usuário deve memorizar a ordem em que foram exibidos e depois escolher a ordem
correta da seleção.
 Teste de resolução REST-SPER: Um número de estímulos em movimentos serão
exibidos na tela. O usuário deve clicar no estímulo alvo o mais rápido possível, sem
clicar nos estímulos irrelevantes
 Como é possível recuperar e melhorar a percepção?
Todas as habilidades cognitivas, incluindo a percepção, podem ser treinadas e
melhoradas. CogniFit permite realizar isso com uma ferramenta profissional .
A plasticidade cerebral é a base para reabilitar a percepção e outras habilidades cognitivas. O
cérebro e suas conexões neurais podem ser fortalecidos com desafios e exercícios. Portanto, com
a realização de um treinamento frequente dessas habilidades, as estruturas do cérebro
relacionadas à percepção serão reforçadas.
CogniFit foi criado por uma equipe de profissionais especializados na área da neurogênese e da
plasticidade sináptica, o que permitiu criar um programa personalizado de estimulação
cognitva para adequar-se às necessidades de cada usuário. O programa começa com uma
avaliação para analisar a atenção focada e várias áreas cognitivas fundamentais. De acordo com
os resultados obtidos, ele cria um programa personalizado de treinamento cerebral para cada
usuário, além de reunir automaticamente informações dessa avaliação cognitiva inicial e, através
de algoritmos sofisticados, elaborar um plano para melhorar os pontos cognitivos fracos e treinar
os pontos cognitivos fortes do usuário.

Processos cognitivos superiores


Os processos cognitivos superiores são os que se executam depois dos básicos e que se
encargam de integrar a informação ao máximo com a que já possuímos previamente.
Geralmente, se trata de processos conscientes e requerem um esforço mental maior para serem
executados. Por isso, vamos descrever os processos cognitivos mais importantes na educação:

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