Imunologia 2
Imunologia 2
Imunologia 2
Danos Celulares
Principais definições: Anormalidades celulares:
Patologia – compreende as causas das
Produzida tanto por processos internos (#
doenças e quais alterações nas células,
genéticos) e externos pelo estresse (#
tecidos e órgãos que estão associadas a
ambientais).
doença e dão origem aos sinais e sintomas
apresentados pelos pacientes. Foco na Homeostasia – funcionamento normal e
origem das doenças. regulado da célula: as células interagem ativamente
Etiologia – causas subjacentes e aos fatores com o seu ambiente, ajustando constantemente sua
modificadores responsáveis pelo início e estrutura e função para acomodar mudanças nas
progressão da doença. Motivo/ o que demandas e estresses extracelulares, sendo isso
causou/ um microrganismo (agentes pequenas alterações. Consegue manter o meio
etiológicos)? – dengue : vírus da dengue interno em um equilíbrio quase constante,
Patogênese – refere-se aos mecanismos de independente das alterações que ocorram no
desenvolvimento e progressão da doença, ambiente externo.
que são responsáveis pelas alterações
Adaptação – à medida que as células enfrentam
celulares e moleculares que dão origem às
tensões fisiológicas (#aumento da carga de trabalho
anormalidades funcionais e estruturais
do coração) ou condições potencialmente
específicas que caracterizam qualquer
prejudiciais (# privação de nutrientes) podem sofrer
doença específica. Como ela se
adaptação alcançando um novo estado estacionário
desenvolve? Quais alterações bioquímicas e
e preservando a viabilidade e a função.
estruturais estão acontecendo?
Apoptose: lesão é menos grave ou as células Apoptose =A apoptose é uma via de morte celular
precisam ser eliminadas durante processos na qual as células ativam enzimas que degradam o
normais, elas ativam um conjunto preciso de DNA nuclear e as proteínas nucleares e
vias moleculares que culminam na morte. citoplasmáticas das próprias células. Não tem
Geralmente sem processo inflamatório. Morte vazamento do conteúdo celular ou quase nenhum =
celular programada. sem inflamação.
Regulada por genes identificáveis e vias de A membrana plasmática da célula apoptótica é
sinalização podendo ser um processo controlado. alterada de formando os fragmentos, chamados
Possibilitam que vias específicas moleculares corpos apoptóticos que são fagocitados.
possam ser direcionadas terapeuticamente para
prevenir a perda de células em condições Apoptose sinal intracelular ou extracelular (por um
patológicas. receptor)
MECANISMOS DA APOPTOSE
Via Caspases – vias bioquímicas que controlam o
equilíbrio dos sinais indutores de morte e
sobrevivência - culmina na morte celular.
SISTEMA
COMPLMENTO
Proteínas inativadas que circulam na corrente
sanguínea.
É um PRR
É composto de proteínas séricas (plasmáticas)
que interagem umas com as outras de maneira
altamente regulada para gerar produtos que
funcionam para eliminar os microrganismos.
Na ativação do complemento ocorrem
clivagens sequenciais de proteínas as quais
irão dar origem a COMPLEXOS
ENZIMÁTICOS (enzimas grudadinhas) com
atividade proteolítica (atividade enzimática).
Parte da imunidade inata (não faz diferença
entre o patógeno que já tem memória pronta ou
patógeno de primeira infecção), mas às vezes
precisa da reação antígeno – anticorpo (parte
da imunidade adaptativa) para ser ativado.
Função: lise de células infectadas e patógenos e
potencializa respostas inflamatórias.
Destrói diretamente células infectadas e patógenos,
produz quimiocinas que que potencializam muito a
resposta imune (recrutando fagócitos para o sítio de
infecção) e fazem uma opsonização potente
(parecido com o que os anticorpos fazem).
C1, C6, C7, C8, C9 não é quebrado / hidrolisado
C4 é clivada em C4a (que volta para a As proteínas solúveis do sistema imune inato
corrente sanguínea para inflamar) e C4b chamadas pentraxinas (reconhecem membranas
(que se liga a superfície do antígeno para bacterianas e células apoptóticas) que ligam nas
opsonizar). bactérias e também podem se ligar ao C1q e iniciar
a via clássica. Pentraxina (proteína c reativa PCR)
C2 é clivada em C2a (que se liga também a alta no sangue: infecção.
superfície do antígeno para opsozinar) e Via Alternativa
C2b (que volta para a corrente sanguínea
para inflamar). Ocorre na ausência de interação antígeno-
anticorpo.
União da C4b e da C4a formando o
complexo C4bC2a. C3 é clivada naturalmente na circulação (via
basal), em C3a (vai pra corrente sanguínea para
A junção do C4BC2a equivale a C3 inflamar) e C3b (inicia o processo de
convertase enzima que serve para opsonização e se associa ao fator B) resultando
amplificar o processo(como se fosse uma em:
máquina de clivar C3 ).
o Hidrólise do C3b (se não usado é É iniciada pela ligação da lectina ligadora de
destruído se unindo a uma molécula de manose (proteína do sistema complemento) na
água – não tem nenhum processo própria manose, um açúcar que se encontra na
inflamatório). superfície de fungos e bactérias, ativa MASP-1
que ativa o MASP-2 (enzimas).
o Ligação em superfície bacteriana com
Fator B (na presença de patógeno) Assim que a lectina ligadora de manose se liga
a manose ela cliva C2 e C4.
Fator B é clivado pelo fator D em Ba (corrente
sanguínea para inflamar) e Bb (fica associado a
C3b, formando a C3bBb = C3 convertase da C4 é clivada em C4a (que volta para a corrente
via alternativa (estabilizado pela sanguínea inflamar) e C4b (que se liga a
properdina)). superfície do antígeno para opsonizar).
Mais uma C3b se associa, formando
C3bBbC3b = é a C5 convertase da via C2 é clivada em C2a (que se liga também a
alternativa, as reações são iguais. superfície do antígeno para opsonizar) e C2b
(que volta para a corrente sanguínea para
C5 convertase cliva a C5 em C5a (que vai para inflamar).
corrente sanguínea -anafilotaxia mais potente e
quimiotaxia) e C5b (fica na membrana União da C4b e da C4a formando o complexo
plasmática – sua função é chamar outras C4bC2a.
proteínas para formar o MAC).
A junção do C4BC2a equivale a C3 convertase
(enzima que amplifica o processo) (como se
C5b se junta a C6, C7, C8 e vários segmentos fosse uma máquina de clivar C3).
de C9 (polimeriza forma um tubinho) para
formar o MAC. A C3 convertase cliva as proteínas C3 em C3a
(volta para a corrente sanguínea – uma
importante anafiloxina: atrai mastócitos e
basófilos para eles liberarem estamilas (causa
vaso dilatação que permite que mais células
cheguem)) e C3b (se liga a superfície do
antígeno).
REGULAÇÃO DO
SISTEMA
Funções do sistema complemento: COMPLEMENTO
A- Opsoniza para lisar: fagócitos tem anticorpo Se não regulasse iria ficar ativando o sistema o
para reconhecer c3b, c4b. tempo todo e limitar a duração da ativação:
proteínas reguladoras da atividade complemento Doença: em uma alteração da C1-INH: angiodema
(RCA) pode ser circulantes ou membranáceas. hereditário:
Evitar a ativação do complemento em células Edema agudo intermitente na pele e mucosa,
normais do hospedeiro. diarreia, dor abdominal, vômito, níveis plasmáticos
de C1inh reduzido, fazendo que a ativação de C1
o a ativação do complemento ocorre contínua
por imuno complexos (antígeno e anticorpo) não
e espontaneamente em um nível baixo e, se seja regulada.
for permitido que tal ativação prossiga, o
resultado pode ser danoso para as células e Inibidores de C3b e C4b: só preciso saber que se
tecidos normais. elas caírem na célula errada existem proteínas que
não vão deixar a cascata de reações começarem.
Limitar a duração da ativação do complemento,
mesmo em células microbianas e complexos Se C3b for depositado sobre as superfícies de
antígeno-anticorpo. células normais de mamífero, ele pode se ligar a
várias proteínas de membrana.
o mesmo quando o complemento é ativado
onde é realmente necessário, como sobre Presentes nas membranas de nossas células:
células microbianas ou complexos • Proteína de cofator de membrana (MCP)
antígeno-anticorpo, ele precisa ser
controlado porque os produtos da • Receptor do complemento do Tipo 1 (CR1)
degradação de proteínas do complemento
• Fator de aceleração do decaimento (DAF)
podem se difundir para as células
adjacentes e produzir lesão. Fatores solúveis
Quando ativa no lugar errado existem proteínas que • Fator H: Inibe somente C3b
impede e inativa o sistema complemento.
• Proteína ligadora de C4 (C4BP) – inibe somente
C1-INH (solúvel)- inibe C1 serve de substrato para C4b
a C1r e C1s e as dissocia.
MCP, CR1 e DAF (principalmente em eritrócitos -
hemácias) são produzidas por células de
mamíferos, mas não por microrganismos. Dessa
maneira, esses reguladores do complemento inibem
seletivamente a ativação dessa cascata sobre
células hospedeiras e permitem que a ativação do
complemento prossiga em microrganismos.
Deficiência de DAF:
• Hemoglobinúria paroxística noturna
• caracterizada por episódios recorrentes de
hemólise (quebra das células sanguíneas)
intravascular, pelo menos parcialmente
atribuíveis à ativação desregulada do
complemento na superfície de eritrócitos.
• anemia hemolítica
– Fator regulador: Fator I
Se liga No C5b logo depois da ligação da C8 e
MCP, Fator H, C4BP e CR1: antes da ligação C9.
• Essas proteínas reguladoras das células
hospedeiras promovem a degradação proteolítica
das proteínas do complemento (cliva e inativa);
• Todos esses fatores servem como cofatores para Deficiências:
clivagem de C3b (e C4b) – convertases: mediada
por Fator I.
RESUMO PROVA
Sistema Imunológico