UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

FACULDADE DE DIREITO

ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTIFICO

Nampula

2024

1
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

FACULDADE DE DIREITO
Amélia Soares Viegas

Anchia Martinho Ali Gabriel

Bentinho Esmael Selemane

Carla Carlos Andate

Cíntia Benesse de Araújo

Edna da Olga Caetano

João Maurício júnior

Leandra Maria júlio

Mauro Patrício Luís

Rina Alberto Victorino

ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTIFICO

Trabalho de carácter avaliativo a ser entregue na Faculdade

de Direito, Curso de Licenciatura em Direito, na cadeira de
Metodologia de Investigação Jurídica, lecionado pelo Dr:
Alberto Langa, 1º ano, regime Laboral.

Nampula

2024

2
Índice
Introdução ................................................................................................................................... 4

CAPÍTULO I: DOS TRABALHOS ACADÉMICOS ................................................................ 5

1.2. Trabalhos científicos ............................................................................................................ 5

1.2.1. Resumo ............................................................................................................................. 6

1.2.2. Resenha ........................................................................................................................ 7

1.2.3. Ficha de Leitura ........................................................................................................... 8

1.2.4. Relatório....................................................................................................................... 8

2. Artigo .................................................................................................................................. 9

3. Ensaio ................................................................................................................................ 10

4. Estrutura do Ensaio ........................................................................................................... 10

5. Estudo de caso ................................................................................................................... 10

CAPÍTULO II: DOS TRABALHOS ACADEMICOS DE CONCLUSAO DE CURSO ........ 11

6. Monografia ........................................................................................................................ 11

6.2. Estrutura da monografia ................................................................................................ 11

2.2.1. Dissertação ..................................................................................................................... 12

6.3. Tese ................................................................................................................................ 13

CAPÍTULO III: DA ESTRUTURA DOS TRABALHOS CIENTIFICOS .............................. 14

7. Elementos pré-textuais ...................................................................................................... 14

3.1. Elementos textuais ............................................................................................................. 15

7.2. Elementos pós-textuais .................................................................................................. 17

Conclusão ................................................................................................................................. 18

Referencias bibliográficas ........................................................................................................ 19

3
Introdução
A questão da Estrutura do Trabalho Científico, bem como os tipos de trabalhos
Académicos, são marcos que assumem um papel fundamental na ciência. Neste contexto, o
presente trabalho fará uma abordagem em torno da Estrutura de Um Trabalho Cientifico e os
Tipos de Trabalho Académicos.

Com a estrutura do trabalho científico, obtém-se uma melhor compreensão e a

organização passa para um nível digno da vida académica. Neste contexto, pretendemos
entender os elementos que compõem essa estrutura. Como é o caso dos elementos pré-
textuais, textuais e pós-textuais a saber posteriormente. O uso e aproveitamento das técnicas,
proporcionarão melhor sistematização, ou seja, os elementos acima citados são
indispensáveis.

O presente trabalho tem fundamentalmente dois objectivos, sendo um objectivo geral

e outro, um objectivo específico. Constitui o nosso objectivo geral, fazer um estudo sobre a
estrutura de um trabalho científico, visando trazer uma excelência do estudante da
universidade que queremos, universidade essa que não aceita plágios, muito menos
arrogância; e temos como nosso objectivo específico, demonstrar os tipos de trabalhos
académicos em geral, e os trabalhos de conclusão de curso, portanto, pretendemos com o
presente estudo compreender a fundo esses aspectos.

Conforme o exposto, o trabalho é composto por três capítulos. O primeiro capítulo

dedica-se ao estudo dos trabalhos académicos, no segundo capitulo, abordaremos os trabalhos
de conclusão de curso e o terceiro e último capítulo, trazemos aspectos ligados a estrutura de
trabalho cientifico, ou seja, elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais e no final
apresentamos as conclusões que tivemos com o nosso estudo e as obras usadas como suporte
para sua elaboração.

Para materialização do trabalho, usamos o método dedutivo, que consiste na

apresentação de dados a partir de informações existente e o tipo de pesquisa usado foi a
documental que se caracteriza pela busca de documentos e interpretação dos mesmos.

4
CAPÍTULO I: DOS TRABALHOS ACADÉMICOS

1.2. Trabalhos científicos

Os trabalhos científicos devem ser elaborados de acordo com normas pre-

estabelecidas e com os fins a que se destinam. Serem inéditos ou originais e não só
contribuírem para a ampliação de conhecimentos ou a compreensão de certos problemas, mas
também servirem de modelo ou oferecerem subsídios para ou-tros trabalhos.1

os trabalhos científicos originais devem permitir a outro pesquisador, baseado nas

informações dadas:

a) Reproduzir as experiências e obter resultados descritos, com a mesma precisão e sem

ultrapassar a margem de erro indicada pelo autor;
b) Repetir as observações e julgar as conclusões do autor;
c) Verificar a exatidão das análises e deduções que permitiram ao autor chegar às
conclusões.

De acordo com Rey, aponta trabalhos científicos como:

a) Observações ou discrições originais de fenómenos naturais, espécies novas, estrutura e

funções, mutações e variações, dados ecológicos etc.
b) Trabalhos experimentais cobrindo os mais variados campos e representando uma das
mais férteis modalidades de investigação, por submeter o fenómeno estudado às
condições controladas das experiências.
c) Trabalhos teóricos de análise ou síntese de conhecimentos, levando àprodução de
conceitos novos por via indutiva ou dedutiva; apresenta-cão de hipóteses, teorias etc."

Os trabalhos científicos podem ser realizados com base em fontes de informações

primárias ou secundárias e elaborados de várias formas, de acordo com a metodologia e com
os objetivos propostos.

Neste contexto, os trabalhos científicos abordados englobam: resumo, resenha. Ficha de

leitura, relatorio, artigo, ensaio, monografia e estudo de caso.2

1
MARCONI, Maria de Andate. LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia cientifia, 8ᵃedição, p, 45,
são paulo editora, atlas, 2017.
2
ECO, Humberto, quanto tempo é preciso para fazer uma tese?19 ᵃ edição, p. 48-49-50, lisboa, setembro 2015.
5
 1.2.1. Resumo

É uma apresentação concisa dos pontos relevantes de um documento. Dessa maneira, a partir
do que é estabelecido por essa Norma, o resumo é entendido como uma produção textual que
se caracteriza pela precisão das informações principais presentes em um dado conteúdo,
podendo representar, na Academia, por textos mais extensos, como artigos científicos,
capítulos de livros ou livros na íntegra, monografias, dissertações e teses.

Além dessa definição, a presente Norma classifica o resumo em três tipos, a saber: crítico
(também chamado de resenha por ela), indicativo e informativo.

O resumo critico, esse tipo de resumo também pode ser chamado de resenha, ou
ainda, de recensão, quando é elaborado com o propósito de analisar apenas uma determinada
edição dentre várias.

Resumo indicativo apresenta a descrição das partes mais relevantes encontradas em um

dado documento e, por esse motivo, não dispensa, de modo geral, a consulta ao texto original.

Resumo informativo apresenta os elementos mais relevantes de um documento, como os

objetivos, os aspectos metodológicos, os resultados e as conclusões. Por apresentar as
informações centrais contidas em um documento, permite dispensar a leitura do texto original
(o que não acontece com o resumo indicativo).

Estrutura de um resumo.

A estrutura do resumo envolve um plano sequencial, lógico, com introdução,

desenvolvimento e conclusão, que mostra o fio condutor delineado pelo autor do texto a ser
resumido. A extensão do resumo varia de acordo com a finalidade do trabalho. Deve-se dar
preferência ao uso da terceira pessoa do singular e do verbo na voz ativa; o estilo do resumo
deve ser objetivo, conciso, mas sem ser uma enumeração de tópicos.

Conforme o exposto, o número de palavras empregadas em um resumo, varia de

acordo com o tipo de trabalho cientifico, monografias, dissertações, e teses é de 150
até 500. E para os relatórios, artigos devem ter de 100 a 250 palavras, ou conforme
orientação as normas estabelecidas na propria instituicao. 3

3
SOARES, Maria almeida, LEITAO, Maria João, Como saber escrever uma tese e outros textos, 9ᵃedição, p,18-
19, Agosto 2013.
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedor Alcino. Metodologia científica. 5. ed. São Paulo, p.22, Prentice Hall,
2002.
6
 1.2.2. Resenha

A resenha é uma espécie de resumo, de síntese de um objeto, o qual pode ser um

acontecimento qualquer da realidade (jogo de futebol ou outro esporte, exposição de arte,
peça de teatro, uma feira de produtos, uma comemoração solene etc.) ou textos e obras
culturais (filme, livro, capítulo de livro, peça de teatro etc.), com o objetivo de passar
informações ao leitor, ouvinte e assistente.

Resenhar significa destacar as propriedades de um objeto, mencionar seus aspectos

mais importantes, descrever as circunstâncias que o envolvem, sempre de acordo com uma
finalidade previamente definida pelo resenhador .4

Estrutura da Resenha

Referencias bibliográfica Autores, Título (subtítulo), Imprensa (local de edição editora,

data), Número de páginas, Ilustrações.
Credenciais do autor Informações gerais sobre o autor, Autoridade no campo
cientffico, quem fez o estudo? Quando? Por quê? Onde?
Conhecimento Resumo detalhado das idéias principais, de que trata a obra? O
que diz? Possui alguma característica especial? Como foi
abordado o assunto? Exige conhecimentos prévios para
entendê-lo?
Conclusão do autor O autor faz conclusões? (ou não?), onde foram colocadas?
(final do livro ou dos capftulos?) Quais foram?
Quadro de referências do Modelo teórico. Que teoria serviu de embasamento? Qual o
autor método utilizado?
Apreciação Julgamento da obra:Como se situa o autor em relação:- às
escolas ou correntes cientficas, filosóficas, culturais?

4
FAISTING, A.L. O Dilema da Dupla Institucionalização do Poder Judiciário, o caso do Juizado Especial de
Pequenas Causas, São Paulo: Editora Sumaré, 1999, p. 43-59.
THIOLLENT, Michel, Metodologia da pesquisaação. 12. ed. São Paulo, p45-46, Cortez, 2003.
7
 1.2.3. Ficha de Leitura

Ficha de leitura é um instrumento de trabalho imprescindível. Como o investigador manipula

o material bibliográfico, que em sua maior parte não lhe pertence, as fichas permitem:
a) identificar as obras;
b) conhecer seu conteúdo;
c) fazer citações;
d) analisar o material;
e) elaborar críticas.
A estrutura das fichas, de qualquer tipo, compreende três partes principais: cabeçalho,
referência bibliográfica e corpo ou texto.
O cabeçalho compreende: o título genérico, subtítulos ou os títulos específicos, o número
de classificação da ficha e a letra indicativa da sequência (quando se utiliza mais de uma
ficha, em continuação).
A referência bibliográfica deve sempre ser apresentada, segundo as normas
cientificamente estabelecidas. Em seguida, o corpo apresenta o conteúdo de acordo com a
tipologia da ficha solicitada ou pretendida.
Já no terceiro passo deve fazer indicação da obra, porque deve-se pensar que as fichas,
depois de utilizadas para a realização de um trabalho, poderão ser novamente usadas na vida
acadêmica ou profissional. Dessa forma, é importante que se faça a indicação da obra, quer
para estudos e pesquisas em disciplinas específicas, quer para estudantes de determinada área.
E por último, a Indicação do local, porque uma vez fichada uma obra, pode haver a
necessidade de voltar a consultá-la. Assim, é também importante a indicação do local em que
se encontra disponível o material.
1.2.4. Relatório

O relatório é a parte final da pesquisa, devendo ser considerado também como “o ato
culminante do pensar reflexivo.
eu objetivo consiste em "dar às pessoas interessadas o resultado completo do estudo, com
pormenores suficientes e dispostos de modo a permitir que o lei-tor compreenda os dados e
determine para si a validade das conclusões". É, portanto, a exposição de um estudo, via de
regra original, e de suas conclusões.5

5
MARCONI, Maria de Andate. LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia cientifia, 8ᵃedição, p,55,
são paulo editora, atlas, 2017
8
 Os relatórios de pesquisa “dependem das condições e dos objetivos fixados no projeto de
estudo e do tipo de dados colhidos na investigação”. Diferem uns dos outros em relação 6a
forma, estilo, extensão e ao lei-tor a que se destinam: público em geral ou especializado,
instituição ou entidades patrocinadoras da pesquisa etc.7
Geralmente os relatórios, curtos ou longos, seguem um sistema, cujos elementos
constituem uma estrutura básica:8
Capa n" de série, titulo, autor, entidade responsável, data).
Agradecimentos (se houver). Prefácio, Resumo, Relação das tabelas e dos gráficos,
Sumário (só omitido em relatórios curtos).
Introdução. Explicitação da pesquisa realizada, significado da
pesquisa, objeto investigado, aspectos teóricos e
definições operacionais utilizadas.
Revisão da bibliografia procedimentos empregados, fontes dos dados,
relacionada com os temas ou metodologia e utilização.
análise das pes quisas efetuadas.
Apresentação, análise e ss dados, análise dos dados e Interpretação dos dados.
interpretação dos dados
Resumo e Conclusões. principais descobertas e conclusões, sugestões para
pesquisas posteriores, recomendações e seção de
referências

2. Artigo

O artigo é um texto com autoria declarada que apresenta e discute ideias, métodos,
técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do conhecimento, e que poderá fazer parte
de uma publicação periódica científica impressa, com outros artigos e autores. Esse texto é
publicado em veículos como revista, boletim, anuário, journal etc.
No caso do artigo cientifico apresenta aseguente estrutura, composta por alguns
elementos: capa, folha do rosto, sumario, titulo resumo, intruducao, desenvovimento e

6
7
LAKATOS, Eva Maria, MARCONI, Maria de andrade, Metodologia de trabalho cientifico, São paulo: atlas.,
p, 56, 1992.
8
SOARES, Maria Almeida, Leitão, Maria João, Saber escrever uma tese ou outros textos, 9ᵃedição, editora,
edite estrela, p, 97-98, Agosto 2013.
9
conclusao. E Outras recomendações para a parte final do artigo. Nomedamente: Referências,
apêndices e anexos. 9

3. Ensaio
O ensaio é um inscrito de indole dissertativo, pois nele é feita a demostração, mas não
é um contexto cuja a principal, voção seja a de dar resposta ou mostrar conhecimentos
previamente programados para serem aprendidos. Nao é um trabalho de resposta, mas sim, de
proposta.10
Um ensaio acadêmico é um gênero textual que tem como objetivo discutir
determinado tema. Ele consiste na exposição das ideias e pontos de vista do autor sobre
determinado tema, com base em pesquisa referencial – ou seja, o que outras pessoas também
dizem sobre aquilo – e conclusão. Busca-se originalidade no enfoque, sem, contudo, explorar
o tema de forma exaustiva
4. Estrutura do Ensaio
O ensaio deve conter uma estrutura típica, que engloba título, nome do autor, introdução,
fundamentação e conclusão. Na introdução, dá-se uma pincelada básica sobre o tema; na
fundamentação, expõem-se os argumentos e contra-argumentos; e na conclusão coloca-se o
ponto principal abordado no ensaio, de um modo que revele a sua opinião sobre o assunto.
5. Estudo de caso
Estudo de caso pode ser definido como um estudo exaustivo, profundo e extenso de
uma ou de poucas unidades, empiricamente verificáveis, de maneira que permita seu
conhecimento amplo e detalhado.
O estudo de caso, como modalidade de pesquisa, pode ser utilizado tanto nas Ciências
Biomédicas como nas Ciências Sociais. Nas Ciências Biomédicas, é utilizado para a
investigação das peculiaridades que envolvem determinados casos clínicos e nas Ciências
Sociais, para a investigação das particularidades que envolvem a formação de determinados
fenômenos sociais.
Para a coleta de dados no estudo de caso geralmente utilizam-se as técnicas da
pesquisa qualitativa, sendo a entrevista a principal delas.
Portanto, ressaltam-se às principais objeções de alguns pesquisadores ao estudo de
caso, afirmando que poderá:

9
. http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s1413-294x2002000200005&script=sci_arttext>, acesso em: 12 março,
2024.
10
IBIDEM
10
  Haver falta de rigor metodológico;
 haver dificuldades de generalização dos resultados em decorrência da análise
de um único ou de poucos casos e
 demandar muito tempo para serem realizados, sendo seus resultados pouco
consistentes.11

CAPÍTULO II: DOS TRABALHOS ACADEMICOS DE CONCLUSAO DE CURSO

6. Monografia

(Asti Vera) define monografia como sendo o “tratamento escrito de um tema

especifico” e Salomon, como o “tratamento de um tema especifo que resultre de interpretacao
cietifica com escopo de apresentar uma contribuicao relevante ou original e pessoal à
ciencia”.
Trata-se, portanto, de um estudo sobre um tema específico ou particular, com
suficiente valor representativo e que obedece a rigorosa metodologia. Investiga determinado
assunto não só em profundidade, mas também em todos os seus ângulos e aspectos,
dependendo dos fins a que se destina.
Características
A monografia apresnta as seguestes caracteristicas:
 Trabalho escrito, sistemático e completo;
 Tema específico ou particular de uma ciência ou parte dela;
 estudo pormenorizado e exaustivo, abordando vários aspectos e ângulos do caso;
 tratamento extenso em profundidade, mas não em alcance (nesse caso, é limitado);
 metodologia específica;
 contribuição importante, original e pessoal para a ciência.

A característica essencial não é a extensão, como querem alguns autores, da tarefa, isto é, o
nível da pesquisa, que está intimamente ligado aos objetivos propostos para a sua elaboração.

A monografia implica originalidade, mas até certo ponto, uma vez que éimpossível
obter total novidade em um trabalho; isto é relativo, pois a ciência, sendo acumulativa, está
sujeita a contínuas revisões.

6.2. Estrutura da monografia

11
http://pt.slideshare.net/Adriele_Leal/estruturadoensaio, acesso 19 de Abril de 2024.
11
 Os trabalhos científicos, em geral, apresentam a mesma estrutura: introdução,
desenvolvimento e conclusão.

Pode haver diferenças quanto ao material, o enfoque dado, a utilização desse ou

daquele método, dessa ou daquela técnica, mas não em relação à forma ou àestrutura.

 Introdução. Formulação clara e simples do tema da investigação; é a

apresentação sintética da questão, importância da metodologia e rápida
referência a trabalhos anteriores, realizados sobre o mesmo assunto.12
 Desenvolvimento. Fundamentação lógica do trabalho de pesquisa, cuja
finalidade é expor e demonstrar.

No desenvolvimento, podem-se levar em consideração três fases ou estágios: explicação,

discussão e demonstração.

Explicação: “É o ato pelo qual se faz explícito o implícito, claro o es-curo, simples o
complexo”.

Explicar é apresentar o sentido de uma noção, é analisar e compre-ender, procurando suprimir

o ambíguo ou o obscuro.

Discussão: É o exame, a argumentação e a explicação da pesquisa:explica, discute,

fundamenta e enuncia as proposições.

Demonstração: É a dedução lógica do trabalho; implica o exercício do raciocínio.

Demonstra que as proposições, para atingirem o objetivo formal do trabalho e não se
afastarem do tema, devem obedecer a uma seqüência lógica.

2.2.1. Dissertação

A dissertação é, portanto, um tipo de trabalho científico apresentado no fi-nal do curso

de pós-graduação, visando obter o título de mestre. Requer defesa de tese. Tem caráter
didático, pois se constitui em um treinamento e/ou iniciação àinvestigação.

12
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedor Alcino, Metodologia científica. 5. ed. São
Paulo: Prentice Hall, 2002
CHIZZOTTI, A. Pesquisa em ciências humanas e sociais. 8. ed. São Paulo:
Cortez, 2006.
12
 Como estudo teórico, de natureza reflexiva, requer sistematização, ordena-ção e
interpretação dos dados. Por ser um estudo formal, exige metodologia pró-pria do trabalho
científico.

Tensão e profundidade do que aquela e é fruto de reflexão e de rigor científico,

próprios desta última.13

A estrutura e o plano de trabalho da dissertação praticamente são idênticos solução de

problemas importantes, colaborando para o avanço científico na area em que o estudo se
realiza.

Tipos de dissertação:

Respectivamente a tipologias da dissertação, Salomon, diz que há dois tipos de dissertação.

Expositiva. Quando reúne e relaciona material obtido de diferentes fontes, expondo o

assunto com fidedignidade e demonstrando habilidade não só de levantamento, mas também
de organização.

Argumentativa. Quando requer interpretação das ideias apresentadas e o

posicionamento do pesquisador.
Alguns autores usam os termos tese de mestrado e memória doutoral, opondo-se aos
citados anteriormente, mas é menos usual.

A dissertação (tese de mestrado) é de natureza semelhante à tese (memória doutoral)

no sentido de que contribui, de modo substancial, na solução de problemas importantes.

Além dos aspectos de qualidade, existem as limitações de tempo, de fundos de

esforços, que geralmente restringem a extensão e a quantidade do estudo, aspectos que não
podem deixar de ser considerados em trabalhos desse tipo.

6.3. Tese

A tese significa proposição sobre determinado aspecto de qualquer ciência, devendo

ser apresentada e defendida publicamente.

13
FAISTING, A.L. O Dilema da Dupla Institucionalização do Poder Judiciário: o caso do Juizado Especial de
Pequenas Causas. In: Sadek, M.T. O sistema de justiça. São Paulo: Editora Sumaré, 1999, p. 43-59.
DIAS, Rosinha Borges. “Eu? Eu estou aí, compondo o mundo.” Uma experiência
de controle de endemia, pesquisa e participação popular vivida em Cansanção,
Minas Gerais, Brasil. Cadernos de saúde pública, Rio de Janeiro, v. 14,
supl. 2, 1998. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_
arttext&pid=S0102-311X1998000600014>. Acesso em: 13 Marco. 2024.

13
 É uma monografia científica, escrita, original, sobre um tema específico, cuja
contribuição amplia os conhecimentos do tema escolhido. Representa, portanto, um avanço na
área científica em que se situa.

São várias, mas não contraditórias, as definições de tese formuladas por di-ferentes autores.

Tese é “opinião ou posição que alguém sustenta e está preparado para defen-der”,
proposição clara e terminantemente formulada, em um de seus aspectos, formal ou material, e
que se submete à discussão ou prova, "ato culminante do pensar reflexivo".

A tese doutoral, por sua “importância e transcendência, é o projeto de fim de ta deve

dizer, transmitir, dar uma idéia da importância de seu conteúdo”.

Partes da tese14

i. Preliminares
 Folha de rosto;
 Página de aprovação;
 Agradecimentos;
 Lista das tabelas;
 Sumário.
ii. Corpo da tese
 Introdução (proposição);
 Desenvolvimento (demonstração), geralmente dividido em Capítulos O problema;
 Revisão da Bibliografia Procedimentos Metodológicos;
 Apresentação e Análise dos Dados;
 Conclusões e Recomendações.
iii. Parte referencial
 Apêndicese Anexos;
 Referências Bibliográficas.

CAPÍTULO III: DA ESTRUTURA DOS TRABALHOS CIENTIFICOS

7. Elementos pré-textuais

14
Ibidem
14
 Os elementos pré-textuais são constituídos pela capa, folha de rosto, resumo e
sumário. Esses são os elementos considerados obrigatórios. Tabelas, Gráficos, Lista de Siglas,
15 16
entre outros, são opcionais. Na apresentação de um trabalho escrito, devemos atender às
normas gerais, o que é obrigatório e opcional, e as orientações da instituição com o qual o
trabalho está vinculado.17

3.1. Elementos textuais

Os elementos textuais correspondem à estrutura lógica do trabalho. A estrutura lógica do

trabalho acadêmico compreende três partes relacionadas:

 Introdução;
 desenvolvimento; e
 conclusão.
Esta estrutura reproduz as fases características do pensamento reflexivo: “do
sincrético, pelo analítico, ao sintético”.
a) Introdução
O objetivo principal da introdução é apresentar a maneira como a pesquisa foi
desenvolvida, de forma clara e precisa. Os principais requisitos para a redação da
introdução são os seguintes:
 Definição do assunto: consiste em anunciar a ideia geral e precisa sobre o
tema.
 Objetivos: apresentam as ações que deverão ser desenvolvidas na pesquisa.
 Justificativa: a consiste em apresentar a relevância teórica, científica, prática e
social da pesquisa.
 Metodologia: Informa sobre os recursos que foram utilizados para a coleta de
informações, na tentativa de buscar respostas para o problema.
 Plano de desenvolvimento do trabalho. .
b) Desenvolvimento

1515
16
Ebidem
17
LOHN, Joel Irineu. Metodologia para elaboração e aplicação de projetos: livro didático. 2 ed. rev. e atual.
Palhoça: UnisulVirtual, 2005.
15
 O desenvolvimento é dividido em partes e é a fração mais extensa do trabalho, pois
nele são apresentados os resultados de tudo aquilo que foi pesquisado. Portanto, O
desenvolvimento corresponde ao corpo do trabalho.

 Explicar;
 discutir; e
 demonstrar.18

Explicar é tornar evidente ou compreensível o que estava obscuro ou complexo; é

descrever, classificar, definir.

Discutir é aproximar, comparativamente, questões antagônicas ou convergentes.

Demonstrar é argumentar, provar, apresentar ideias que se sustentam em premissas admitidas
como verdadeiras.

c) Conclusão

A conclusão é a parte que finaliza a construção lógica do trabalho, na qual é feito um

balanço geral dos principais resultados alcançados. Não é conveniente detalhar ideias que não
tenham sido tratadas no desenvolvimento e nem se deve apresentar um mero resumo do
trabalho. Entretanto, na parte inicial, podemos relembrar, de maneira breve, as principais
ideias que foram expostas no decorrer dos capítulos.19

A conclusão deve apresentar um posicionamento reflexivo na forma de interpretação

crítica das principais ideias apresentadas no texto. Deve definir o ponto de vista do autor e
trazer sua marca pessoal.

O trabalho também deve ser avaliado quanto ao seu alcance e limitações. Quanto ao
alcance, é importante realçar ou valorizar os resultados, afinal foram despendidos esforços
para se chegar aonde se chegou. Quanto às limitações, é importante que se reconheçam as
fraquezas ou qualquer dificuldade que tenha ameaçado a qualidade ou o caráter de
cientificidade do trabalho.20

Ao final da conclusão, você pode vislumbrar apenas apontar sem desenvolver outros
temas que mantenham relação com o tema pesquisado e que possam ser investigados em
novas pesquisas.

18
Ibidem
19
Ibidem
20
LOHN, Joel Irineu. Metodologia para elaboração e aplicação de projetos: livro
16
 7.2. Elementos pós-textuais

Os elementos pós-textuais são constituídos das referências, do(s) apêndice(s) – se

houver - e do(s) anexo(s).

a) As referências é o momento da apresentação de todas as fontes utilizadas, para cada

tipo de fonte há uma forma de apresentação.
b) O(s) apêndice(s) sempre deve ser apresentado após as referências, é um item que se
relaciona aos textos e documentos produzidos pelo autor do trabalho.
c) O(s) anexo(s) é quando se utiliza um documento que foi elaborado por outro autor. Ou
seja, “o anexo se refere aos documentos não produzidos pelo autor do trabalho, com o
intuito de fundamentar, esclarecer e confirmar ideias abordadas no projeto.”21

21
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedor Alcino. Metodologia científica. 5. ed. São Paulo, p.22, Prentice Hall,
2002.

17
Conclusão

Do tema que nos foi incumbido para efeitos de investigação da Estrutura do Trabalho
Científico, podemos entender a que desempenha um papel fundamental, na vida académica,
uma vez que possibilita, a estruturação logica, sistemática, coerente e precisa, no que diz
respeito a vida académica.
A estrutura de um trabalho científico desempenha um papel fundamental na organização e na
comunicação eficaz das informações apresentadas.

Conforme o exposto, entende-se que, estrutura de um trabalho científico é essencial

para garantir a clareza, coesão e eficácia na comunicação das ideias e dos resultados de uma
pesquisa. Ao seguir uma estrutura bem definida, o pesquisador consegue apresentar seu
trabalho de forma lógica e coerente, facilitando a compreensão por parte dos leitores e
contribuindo para a credibilidade e a qualidade do estudo realizado.

Em linhas gerais, um trabalho científico é composto por elementos como introdução,

revisão da literatura, metodologia, resultados, discussão, conclusões e referências
bibliográficas. Cada parte desempenha um papel específico na construção do conhecimento e
na apresentação dos resultados obtidos.

E por fim, a estrutura de um trabalho científico é essencial para organizar as

informações de forma lógica e coerente, facilitar a compreensão dos leitores e contribuir para
a qualidade e credibilidade da pesquisa realizada. Uma estrutura bem elaborada ajuda a
transmitir as ideias de forma clara e eficaz, tornando o trabalho mais acessível.

18
Referências bibliográficas

(12 de Marco de 2024). Obtido de http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s1413-

294x2002000200005&script=sci_arttext>, .

(19 de Abril de 2024.). Obtido de http://pt.slideshare.net/Adriele_Leal/estruturadoensaio

CERVO, A. L., & BERVIAN, P. A. (2002.). Metodologia científica. (5 ed.). São Paulo:
Prentice Hall.

CHIZZOTTI, A. (2006). Pesquisa em ciências humanas e sociais (8 ed.). São Paulo: Cortez.

DIAS, R. B. (2024). Eu? Eu estou aí, compondo o mundo.” Uma experiência de controle de
endemia, pesquisa e participacao popular vivida em Cansancao. Minas Gerais:
Cadernos de saude publica.

ECO, H. .. (2015). quanto tempo é preciso para fazer uma tese? (19 ed.). lisboa.

FAISTING, A. (1999,). O Dilema da Dupla Institucionalização do Poder Judiciário, o caso

do Juizado Especial de Pequenas Causas,. São Paulo: Editora Sumaré.

LOHN, J. I. (2005). Metodologia para elaboração e aplicação de projetos: livro didático. (2

ed.). Palhoça: UnisulVirtual.

MARCONI, M. d. (2017). Fundamentos de metodologia cientifia, (8 ed.). São paulo: Atlas.

Maria, A. S., & Maria, J. l. (2013). saber escrever uma tese e outros textos. Estrela.

santa, T. c., & Ernan, S. (2014). Metodologia de investigacao cientifica. Angola: Escola
editora Angola.

SEVERINO, A. J. (2007). As Modalidades de trabalhos científicos. São Paulo: Cortez.

SOARES, M. a. (2013.). Como saber escrever uma tese e outros textos (9 ed.).

THIOLLENT, M. (2003.). Metodologia da pesquisaação. (12 ed.). São Paulo,: Cortez.

19