08 Febre Amarela

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FEBRE AMARELA

Febre Amarela

A febre amarela é uma doença infecciosa causada por um vírus e transmitida por mosquitos. A infecção
pode ser categorizada de duas formas: febre amarela urbana, quando é transmitida pelo Aedes aegypti;
ou febre amarela silvestre, quando transmitida pelo Haemagogus e Sabethe.

A doença é considerada aguda e hemorrágica e recebe este nome, pois causa amarelidão do corpo
(icterícia) e hemorragia em diversos graus. O vírus é tropical e mais comum na América do Sul e na
África. Apesar de ser considerado um vírus perigoso, a maioria das pessoas não apresentam sintoma
e evoluem para a cura.

A febre amarela pertence à classificação das arboviroses, tendo várias diferenças entre a dengue e
ao Zika vírus, apesar de pertencerem à família dos Flavivírus.

Casos de Febre Amarela 2017/2018

Desde janeiro de 2017, o número de casos de febre amarela vem aumentando. No estado de Minas
Gerais já foram confirmados 415 casos de febre amarela silvestre, sendo que 130 deles evoluíram para
óbito. Em outros estados também há um aumento de casos: 120 mortes em São Paulo até o dia 15/03.
No Rio de Janeiro, ocorreram 49 óbitos devido a febre amarela silvestre em 2018. Além disso, no Dis-
trito Federal foi confirmado 1 caso de óbito devido a febre amarela.

Dose Fracionada da Vacina

Dada a situação, o Ministério da Saúde começará uma campanha de vacinação em fevereiro ofere-
cendo doses fracionadas da vacina. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a vacina com
dose completa dura a vida toda, enquanto a fracionada valerá por nove anos. A nova regra, já utilizada
em países como a Angola, ganhou destaque após análise da Comissão Nacional de Imunização, que
apurou a duração da vacina.

O último surto de febre amarela no Brasil ocorreu entre 2008 e 2009, quando 51 casos foram confirma-
dos.

Inicialmente, estimava-se que a proteção da dose fracionada seria apenas de um ano, mas houve um
acompanhamento com as pessoas que a receberam e o resultado foi satisfatório.

Aedes Aegypti

Acredita-se que o mosquito Aedes aegypti chegou ao Brasil pelos navios negreiros, uma vez que as
primeiras aparições do mosquito se deram no continente africano. No início do século XX, o médico
Oswaldo Cruz implantou um programa de combate ao mosquito, visando reduzir os casos de febre
amarela.

Causas

A febre amarela costuma ser transmitida por mosquitos, principalmente o Aedes aegypti (em áreas
urbanas) e o Haemagogus (em áreas rurais). O mosquito é infectado ao picar uma pessoa ou animais
com a doença e então desenvolve a doença e passa a transmiti-la para quem ele picar.

Existem dois ciclos da febre amarela:

Febre amarela silvestre: em que mosquitos destas regiões se infectam picando primatas com a doença
e podem transmitir a um humano que visite este habitat

Febre amarela urbana: em que um humano infectado anteriormente pela febre amarela silvestre a
transmite para mosquitos urbanos, como o Aedes aegypti, que a espalham.

É importante alertar que em ambos os casos a doença é a mesma, a diferenciação do ciclo de trans-
missão apenas ajuda nas estratégias para evitar a disseminação da febre amarela.

A pessoa permanece em estado de viremia, ou seja, capaz de transmitir o vírus para mosquitos, por
até 7 dias após ter sido picada.

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Normalmente o vírus causa sintomas em pessoas que nunca tiveram a doença ou que nunca tomaram
a vacina contra febre amarela.

Não há relatos de transmissão de febre amarela direta entre pessoas.

O último caso de febre amarela urbana foi registrado no Brasil em 1942, e todos os casos confirmados
desde então decorrem do ciclo silvestre de transmissão.

Macacos podem transmitir febre amarela?

Além do homem, a infecção pelo vírus também pode acometer outros vertebrados. Os macacos podem
desenvolver a febre amarela silvestre de forma inaparente, mas ter a quantidade de vírus suficiente
para infectar mosquitos. O macaco não transmite a doença para os humanos, assim como uma pessoa
não transmite a doença para outra.

A transmissão se dá somente pelo mosquito, desta forma não há relatos de transmissão de febre ama-
rela direta entre pessoas. Os macacos ajudam a identificar as regiões onde estão acontecendo a cir-
culação do vírus. Com estes dados, o governo distribui estrategicamente as vacinas no território naci-
onal.

Fatores De Risco

Pessoas que nunca entraram em contato com a febre amarela ou nunca se vacinaram contra ela correm
o risco de contrair a doença ao viajarem para locais em que a doença é ativa, mesmo que não haja
casos recentes reportados nestas regiões.

O risco é maior para as pessoas com mais de 60 anos de idade e qualquer pessoa com imunodefici-
ência grave devido a HIV/AIDS.

Sintomas De Febre Amarela

Muitas pessoas que contraem a febre amarela não apresentam sintomas, e quando os apresentam, os
mais comuns são:

Febre

Dores musculares em todo o corpo, principalmente nas costas

Dor de cabeça

Perda de apetite

Náuseas e vômito

Olhos, face ou língua avermelhada

Fotofobia

Fadiga e fraqueza.

Os sintomas nesta fase aguda da doença costumam durar entre três e quatro dias e passam sozinhos.

No entanto, uma pequena porcentagem de pessoas pode desenvolver sintomas mais graves cerca de
24 horas após a recuperação dos sintomas mais simples.

Nesta fase chamada de tóxica, o vírus pode atingir diversos órgãos e sistemas, mas principalmente o
fígado e rins. Os sintomas dessa fase são:

Retorno da febre alta

Icterícia, devido ao dano que o vírus causa no fígado

Urina escura

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Dores abdominais

Sangramentos na boca, nariz, olhos ou estômago.

Em casos mais graves o paciente pode apresentar delírios, convulsões e até entrar em coma.

Dependendo do dano causado no organismo, esta fase da febre amarela pode levar a morte no inter-
valo entre sete e dez dias. Por isso, pessoas que são diagnosticadas com febre amarela devem estar
atentas ao aparecimento dos sintomas iniciais e observar se os sintomas mais graves se manifestarem,
para busca de ajuda médica.

Os sintomas da febre amarela podem ser confundidos com malária, leptospirose, hepatite viral e den-
gue hemorrágica. Já os sintomas de dengue comum também se assemelham, apesar de serem um
pouco mais leves.

Buscando Ajuda Médica

Pessoas que manifestam sintomas de febre amarela, sejam simples ou mais graves, devem buscar
ajuda médica imediata. Esta ajuda serve não apenas para tratamento e observação dos sintomas mais
graves, mas também para a vigilância desta doença.

Além disso, se você não vive em uma região endêmica para febre amarela, mas pretende viajar para
uma, é importante buscar um médico para tomar a vacina.

Na Consulta Médica

Especialistas que podem diagnosticar uma febre amarela são:

Clínico geral

Infectologista.

Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo. Dessa forma, você já
pode chegar à consulta com algumas informações:

Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram

Histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e medicamentos ou suplementos
que ele tome com regularidade

Se possível, peça para uma pessoa te acompanhar.

O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:

Quais são os seus sintomas? Quando eles surgiram?

Seus sintomas parecem estar melhorando ou piorando?

Você viajou recentemente para o exterior? Onde?

Você estava exposto a mosquitos enquanto viajava?

Você atualizou suas vacinas antes de viajar?

Você está sendo tratado por alguma outra condição médica?

Você está tomando algum medicamento?

Também é importante levar suas dúvidas para a consulta por escrito, começando pela mais importante.
Isso garante que você conseguirá respostas para todas as perguntas relevantes antes da consulta
acabar. Para febre amarela, algumas perguntas básicas incluem:

Qual é a causa mais provável dos meus sintomas?

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Existem outras causas possíveis para meus sintomas?

Que tipos de testes eu preciso fazer?

Quais tratamentos estão disponíveis para me ajudar a recuperar?

Quanto tempo você espera uma recuperação completa?

Quando posso voltar ao trabalho ou escola em quanto tempo?

Estou em risco de alguma complicação a longo prazo da febre amarela?

Não hesite em fazer outras perguntas, caso elas ocorram no momento da consulta.

Diagnóstico de Febre amarela

O diagnóstico da febre amarela é feito com base nos sintomas, histórico médico e de exposição a
mosquitos possivelmente infectados.

Caso o médico suspeite de febre amarela, existe um exame de sangue que pode detectar a presença
do vírus ou de anticorpos que indiquem sua infecção anterior.

Tratamento De Febre Amarela

Não existe medicamento para combater o vírus da febre amarela. O tratamento é apenas sintomático
e requer cuidados na assistência ao paciente que, sob hospitalização, deve permanecer em repouso
com reposição de líquidos e das perdas sanguíneas, quando indicado. Nas formas graves, o paciente
deve ser atendido numa Unidade de Terapia Intensiva.

Não existem tratamentos médicos específicos contra o vírus da febre amarela. Normalmente o trata-
mento visa a melhora dos sintomas e em casos mais graves é realizado o atendimento em uma Unidade
de Terapia Intensiva (UTI), para reposição do sangue perdido nas hemorragias, diálise para os rins
afetados e controle geral das complicações.

Devido ao risco da doença se desenvolver de forma hemorrágica, é importante evitar o uso de aspirina.

Febre amarela tem cura?

A maioria das pessoas com febre amarela serão assintomáticas ou terão a versão mais leve da doença,
se recuperando completamente em poucos dias. No entanto, em pessoas sintomáticas, a fadiga e fra-
queza podem durar ainda por alguns meses.

Uma pequena porcentagem das pessoas com febre amarela terá a versão mais grave da doença, e
entre 20 a 50% podem ter uma versão fatal.

Pessoas que tiveram febre amarela uma vez estão imunizadas contra a doença.

Complicações Possíveis

A febre amarela resulta em morte de 20 a 50% daqueles que desenvolvem doença grave. As compli-
cações durante a fase tóxica de uma infecção por febre amarela incluem insuficiência renal e hepática,
icterícia, delírio e coma.

As pessoas que sobrevivem à infecção recuperam-se gradualmente ao longo de um período de várias


semanas a meses, geralmente sem danos significativos nos órgãos. Durante esse período, uma pessoa
pode sentir fadiga e icterícia. Outras complicações incluem infecções bacterianas secundárias,
como pneumonia ou infecções sanguíneas.

Convivendo/ Prognóstico

Pessoas diagnosticadas com a forma mais simples da febre amarela devem manter cuidados básicos
como:

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Repouso

Reposição de líquidos, principalmente recorrendo ao soro caseiro em casos de vômitos

Uso correto dos medicamentos indicados.

Além disso, é importante que estas pessoas não fiquem expostas à mosquitos, ou podem infectá-los
com a doença.

Perguntas Frequentes

Onde é possível encontrar a vacina contra a febre amarela?

A vacina está disponível na rede pública nos postos e unidades de saúde das cidades, assim como em
hospitais especializados em infectologia e epidemiologia. Você pode encontrar os postos autorizados
no site da Secretaria de Saúde do estado em que você mora.

Como funciona a vacina contra a febre amarela?

A vacina da febre amarela é feita a partir do vírus atenuado (cepa 17D) e é aplicada via subcutânea,
na região do braço. O efeito protetor ocorre a partir do décimo dia depois de ter tomado a vacina e
garante imunidade por pelo menos 10 anos. A vacina age estimulando o organismo a produzir sua
própria proteção contra o vírus.

Quem não deve tomar a vacina contra a febre amarela?

A vacina é contraindicada para gestantes, mulheres que estão amamentando, crianças até seis meses
de idade. Pessoas imunodepressivas, como pacientes oncológicos e portadores de doenças crônicas
também não devem tomar a vacina. Na impossibilidade de adiar a vacinação, como em situações de
emergências epidemiológicas, vigência de surtos, epidemias ou viagens para áreas de risco de contrair
a doença, o médico deverá avaliar o benefício e risco da vacinação.

No caso de mulheres que estejam amamentando e receberam a vacina, o aleitamento materno deve
ser suspenso preferencialmente por 28 dias após a vacinação.

Prevenção

Além disso, devem ser tomadas medidas de proteção individual, como a vacinação contra a febre ama-
rela, especialmente para aqueles que moram ou vão viajar para áreas com indícios da doença. Outras
medidas preventivas são o uso de repelente de insetos, mosquiteiros e roupas que cubram todo o
corpo.

Vacina Contra Febre Amarela

A vacinação é considerada pela Organização Mundial da Saúde a forma mais importante de prevenir a
febre amarela. Tanto que é a vacinação frequente que impede que a doença de espalhe mesmo em
áreas endêmicas. É preciso que ao menos 80% da população seja imunizada contra um vírus para
prevenir a doença nestas regiões.

Veja a seguir como deve ser a vacinação em áreas endêmicas:

De 6 meses a 9 meses de idade incompletos: a vacina está indicada somente em situações de emer-
gência epidemiológica, vigência de surtos, epidemias ou viagem inadiável para área de risco de contrair
a doença.

De 9 meses até 4 anos 11 meses e 29 dias de idade: é indicado uma dose aos 9 meses de idade e
uma dose de reforço aos 4 anos de idade

A partir dos 5 anos de idade: se a pessoa já recebeu uma vacina, pode-se dar mais uma dose. Se ela
nunca foi vacinada, é preciso dar uma dose inicial e outra de reforço 10 anos depois.

Como a transmissão urbana da febre amarela só é possível através da picada de mosquitos Aedes
aegypti, a prevenção da doença deve ser feita evitando sua disseminação.

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Saiba mais:

A partir dos 5 anos de idade: se a pessoa já recebeu uma vacina, pode-se dar mais uma dose. Se ela
nunca foi vacinada, é preciso dar uma dose inicial e outra de reforço 10 anos depois. No caso de
pessoas com mais de 60 anos que nunca foram vacinadas, o médico deve levar em conta os riscos da
vacinação, que incluem o risco de eventos adversos nessa faixa etária ou decorrentes de comorbida-
des. Gestantes e lactantes são contraindicadas a tomar esta vacina, assim como pessoas imunossu-
primidas.

A orientação sobre a dose da vacina contra febre amarela foi atualmente reformulada. Anteriormente,
após tomar a vacina pela primeira vez era necessário tomar uma segunda dose depois de 10 anos. No
entanto, com a nova regra uma pessoa que já tomou a vacina contra febre amarela não precisa se
revacinar, mesmo que está dose tenha sido ministrada há mais de 10 anos. As únicas exceções são
para pessoas que tomaram a dose fracionada da vacina e para crianças de 9 meses a 5 anos de idade.

No caso de viajantes, o recomendado aqui no Brasil é realizar a vacinação 10 dias antes da viagem,
no caso de primeira vacinação, já que os anticorpos protetores aparecem entre sete e dez dias após o
contato com o vírus. De acordo com as Regulações de Saúde Internacionais, os países têm o direito
de requerer de viajantes o certificado da vacinação contra a febre amarela.

Controle do Aedes Aegypti

A febre amarela urbana pode ser prevenida pela eliminação do mosquito transmissor, no caso, o Aedes
aegypti.

As larvas do Aedes nascem e se criam em água parada. Por isso, evitar esses focos da reprodução
desse vetor é a melhor forma de prevenir a febre amarela. Veja como eliminar o risco:

Evite o acúmulo de água: O mosquito coloca seus ovos em água limpa, mas não necessariamente
potável. Por isso é importante jogar fora pneus velhos, virar garrafas com a boca para baixo e, caso o
quintal seja propenso à formação de poças, realizar a drenagem do terreno. Também é necessário
lavar a vasilha de água do bicho de estimação regularmente e manter fechadas tampas de caixas
d'água e cisternas.

Coloque areia nos vasos de plantas: O uso de pratos nos vasos de plantas pode gerar acúmulo de
água. Há três alternativas: eliminar esse prato, lavá-lo regularmente ou colocar areia. A areia conserva
a umidade e ao mesmo tempo evita que e o prato se torne um criadouro de mosquitos.

Coloque desinfetante nos ralos: Ralos pequenos de cozinhas e banheiros raramente tornam-se foco
de Aedes devido ao constante uso de produtos químicos, como xampu, sabão e água sanitária. Entre-
tanto, alguns ralos são rasos e conservam água estagnada em seu interior. Nesse caso, o ideal é que
ele seja fechado com uma tela ou que seja higienizado com desinfetante regularmente.

Limpe as calhas: Grandes reservatórios, como caixas d'água, são os criadouros mais produtivos de
Aedes, mas as larvas do mosquito podem ser encontradas em pequenas quantidades de água também.
Para evitar até essas pequenas poças, calhas e canos devem ser checados todos os meses, pois um
leve entupimento pode criar reservatórios ideais para o desenvolvimento do Aedes aegypti.

Coloque tela nas janelas: Colocar telas em portas e janelas ajuda a proteger sua família contra o mos-
quito. O problema é quando o criadouro está localizado dentro da residência. Nesse caso, a estratégia
não será bem-sucedida. Por isso, não se esqueça de que a eliminação dos focos da doença é a maneira
mais eficaz de proteção.

Lagos caseiros e aquários: Assim como as piscinas, a possibilidade de laguinhos caseiros e aquários
se tornarem focos de doenças deixou muitas pessoas preocupadas, porém, peixes são grandes pre-
dadores de formas aquáticas de mosquitos. O cuidado maior deve ser dado, portanto, às piscinas que
não são limpas com frequência.

Seja consciente com seu lixo: Não despeje lixo em valas, valetas, margens de córregos e riachos.
Assim você garante que eles ficarão desobstruídos, evitando acúmulo e até mesmo enchentes. Em
casa, deixe as latas de lixo sempre bem tampadas.

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Uso de inseticidas e larvicidas: Tanto os larvicidas quanto os inseticidas distribuídos aos estados e
municípios pela Secretaria de Vigilância em Saúde têm eficácia comprovada, sendo preconizados por
um grupo de especialistas da Organização Mundial da Saúde.

Os larvicidas servem para matar as larvas do mosquito. São aqueles produtos em pó, ou granulado,
que o agente de combate coloca nos ralos, caixas d'água, enfim, nos lugares onde há água parada que
não pode ser eliminada.

Já os inseticidas são líquidos espalhados pelas máquinas de nebulização, que matam os insetos adul-
tos enquanto estão voando, pela manhã e à tarde, porque o mosquito tem hábitos diurnos. O fumacê,
como é chamado, não é aplicado indiscriminadamente, sendo utilizado somente quando existe a trans-
missão das doenças do Aedes em surtos ou epidemias. Desse modo, a nebulização pode ser conside-
rada um recurso extremo, porque é utilizada em um momento de alta transmissão, quando as ações
preventivas de combate à dengue falharam ou não foram adotadas.

Algumas vezes, os mosquitos e larvas do mosquito desenvolvem resistência aos produtos. Sempre que
isso é detectado, o produto é imediatamente substituído por outro.

Uso de repelente: O uso de repelentes, principalmente em viagens ou em locais com muitos mosquitos,
é um método importante para se proteger contra a as doenças transmitidas pelo Aedes. Recomenda-
se, porém, o uso de produtos industrializados. Os repelentes caseiros, como andiroba, cravo-da-índia,
citronela e óleo de soja não possuem grau de repelência forte o suficiente para manter o mosquito
longe por muito tempo. Além disso, a duração e a eficácia do produto são temporárias, sendo neces-
sária diversas reaplicações ao longo do dia, o que muitas pessoas não costumam fazer.

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