26 Inimigos

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Mantenha seus amigos por perto, seus inimigos mais ainda

Michael Corleone

23 de março 2023
Seattle

São quase 6:00 da manhã quando meu corpo se sombra e salta na cama numa velocidade
imprescindível a garota ao meu lado mol se move mesmo com toda essa agitação sobre a
cama

Afasta os fios médios loiros dando em acesso ao seu rosto que agora se encontrava sereno
e calmo bem diferente de algumas semanas atrás velando seu sono eu me assusto como
pode uma pessoa mexer tanto comigo sem precisar acordar… – penso

Acariciar seu rosto humano com a ponta dos dedos podendo contemplar seus finos e
delicados traços

— Saber que você não é culpada de nada, tranquiliza uma parte dentro de mim – sussurro
— Mas saber que sou eu o casal de uma parte da sua dor, acaba comigo – suspirei
audivelmente depositando um beijo em sua tempo

Recolho minha boxer vestindo–a, visto também minha calça e por cima do ombro joga a
camisa social antes de deixá-la me certifico que estará bem depois deixo seu quarto
caminhando vagamente pelo corredor encontrando com Philip

— Como passou a noite? – pergunto

— … Anh, bem!

— Não tem nada a mais a dizer?

— Não!

Lançou-lhe um olhar sugestivo, era questão de mais algumas horinhas e todos ficariam
sabendo que eles finalmente transaram e o melhor que ele se lembra. Adentro do meu
quarto avistando a camareira limpando peço que leve todas as minhas coisas para o quarto
202 e que se encarregue de levar o café da manhã para Campos Sales

— Porque toda essa mudança repentina? Há um tempo atrás mandaria levar para ela
veneno… – Philip debocha e me controlo para não cortar sua língua tão afiada

— Poupe sua língua de se mexer tanto precisará dela mais tarde – sorrio

— Agora entendi porque você não fala muito


— HA HA HA muito engraçado, vaza! – faça um leve gesto com a cabeça na direção da
porta — Me encontra no lobby do hotel em 30 minutos

Ele assenti depois se retira

Hoje era o dia pelo qual eu mais ansiava pois desde o dia que descobri sobre minha mãe,
não tenho tido paz meus demônios assombram meus pensamentos, meus sonhos e até
momentos de plena consciência isso é torturante antigamente eu tinha alguém para culpar e
um túmulo para chorar aquele que visitei só uma vez quando tinha sete anos mas e
agora?...

No atual momento, tenho apenas peões insignificantes num jogo tão perigoso. Sempre
suspeitei que a Laura não tivesse sido morta e agora que não é mais uma suspeita me
pergunto onde esteve por todo esse tempo Laura Collins, por onde andou minha mãe?...

Será que ela faz ideia da falta que fez uma criança de sete, oito, nove, dez, onze e doze
anos?

Será que ela sabe que seu filho ia todos os dias para sala de estar passar horas e horas
assistindo a porta principal ansiando ser aberta por aquela que lhe fazia tanta falta?

Será que ela sabe das tantas mentiras que foram ditas ao seu filho, do ódio que
alimentaram e cultivaram dentro de uma criança?

Porra

Visto me rapidamente e penteio meus cabelos passo pela porta do quarto caminhando até
os elevadores onde me encontro com a Vênus nos abraçamos por alguns segundos antes
mesmo das portas metálicas se abrirem, mesmo ela me garantindo que se encontrava bem
ainda me preocupava

Ela foi e tem sido minha melhor amiga, salvei a Vênus quando foi preciso e por mais que eu
não me abra como ela gostaria, ela também me salvou. As portas se abriram e já
estávamos no lobby ao que parece ela e Meredith iriam conhecer a cidade e, bom a
Campos Sales não estava incluída já que ainda dormia

— Preciso de um favor!

— Diga

— Vá a Maje La Rinascente encomendei um vestido preciso apenas que busque, acha que
consegue pegar?

— Sim – ela sorri

— Bom, só mais uma coisa assim que buscar e retornar ao hotel coloque-o no quarto da
Campos Sales sem que ela veja ok?
— Pode deixar! Quem diria James Collins está…

— Nem termine essa frase! – digo e ela sorri docemente

Caminhamos até o Philip e a Meredith que se mantém encostados no balcão da recepção


um pouco afastados um do outro mesmo assim foi inevitável não reparar na forma em que a
garota está, agora mais sorridente e dispersa remexendo nas pontas secas de seu cabelo

— Não sabia que transar com o Philip deixava as pessoas com cara de louca

— O QUE???? – a ruiva berra e sou obrigado a tapar os ouvidos — Que história é essa? –
questiona-me

— Pergunte a sua amiga cabeça de fósforo

Brevemente despeço-me delas e Meredith ainda se mantém inerte processando talvez o


que acabo de dizer. Philip e eu nos direcionamos para fora do luxuoso hotel onde meu carro
já aguardávamos entro e logo dou partida

Meus pensamentos vagam por todo o espaço interno do carro e pelas ruas de Milão não
estou certo do que estou fazendo mas neste momento é a única coisa que posso fazer
mesmo sendo perigoso

Sinto-me como quando aquele garotinho de sete anos que recebeu a tão triste notícia de
que sua mãe não voltaria, medo é medo corre em minhas veias intorpecendo minha mente
assim como aconteceu naquele fático dia

— É aqui! – Philip anuncia

Respiro pesadamente tentando ao máximo controlar algo de tão ruim que anda preso em
mim esse sentimento que não é indistinto mas que mantive guardado

— Suba e confira se estar no apartamento

Philip murmurou algo em resposta mas a essa altura meus ouvidos já não captam nem
mesmo um ruído sequer, abro a porta recebendo uma corrente fina de vento gélido mas que
de certa forma me ajuda a respirar melhor e acalmar alguns dos muitos demônios em mim

Passo despreocupadamente pela recepção deixando meus pés me guiar até o elevador as
portas metálicas logo se abre no andar esperado me retiro procurando pelo apartamento
007 e quando o encontro não me surpreendo pela porta entreaberta

Adentro o espaço bem decorado, sofisticado exalando dinheiro e conforto exatamente como
um Collins optaria, sempre prezando pelo seu bem estar. Encostei me no batente da porta
da sala de jantar julgando o ambiente, meus olhos percorreram o local encontrando meu
amigo sentado na cadeira a frente daquela pessoa
— Oi tio! – cumprimento. A voz carregada de escárnio exalou pela sala e mesmo fora do
alcance dos meus olhos e toque sei que se arrepiou pela minha presença

— Ora essa, o primogênito do meu irmão veio me visitar – desdenhou

— Uma hora teria de fazer, não?

— Diga, o que o trás aqui meu sobrinho querido?

— A busca pela verdade é um bom início

Meu tio fez um gesto majestoso convidando me assentar na mesa, servido com uma boa
dose de whisky observei seus traços faciais tão parecido quanto o seu irmão, tão frio e
calculista assim como qualquer outro Collins legítimo

Deveria temer? Porque se sim desafiarei o tão cruel destino

— Está aqui por ela? – meu tio perguntou

— Quero saber da Laura! Se lembra da minha mãe né?

— Está morta querido!

— Não está e você sabe disso, sabe que uma hora ou outra eu pediria um exumação e
descobriria que não está nem nunca esteve morta

O tom de minha voz o fez estremecer mesmo não demonstrando eu sabia, era algo muito
comum em minha personalidade

Engolindo seco uma, duas, três vezes ele finalmente se atreve em dizer algo

— Se está viva eu não sei, lembro-me de ir ao velório

Gargalhei como a mais bela piada já contada

— Pedras. Tinha pedras no caixão – sibilei agora mais calmo

— James, o que realmente quer saber?

— Ajudou a planejar tudo desde a falsa morte da minha mãe, incriminaram uma garota de
dois anos de idade, fizeram parecer que a Itália seria o lugar mais seguro mas no fim
ficaram apenas vigiando e articulando os próximos passos projetando uma bela vingança e
numa tentativa falha quase a matou

Seu rosto não me dizia nada, mas o suave movimento ao erguer as sobrancelhas de uma
forma que se diz “ surpresa “ me enojava, gostaria de enforcá lo até seu ar fugir dos
pulmões dando lugar ao desespero aquele mesmo que te mata antes mesmo da falta de ar
ser concretizada
Desgraçados mentirosos

— Três coisas! – ele se levantou e caminhou até a porta de entrada a abriu e se postou
ereto ou lado dela — Primeiro: Não sou eu quem te dará as respostas, Segundo: Não devia
ter deixado a jovem sozinha e Terceiro: Jamais devia ter trazido ela com sigo. Acredite
sobrinho eu não sou a maior a ameaça aqui, e você estar aqui foi um erro

— S.C, devia ter a matado naquela corrida – digo e ele se assusta talvez não esperasse
que eu descobriria algo tão importante

Dei dois passos adiante saindo quase por completo de seu apartamento mas me virei e
olhei no fundo dos seus olhos agora ele não conseguia desviar estava num transe fodido
onde ele era a minha presa, uma ameaça mais do que óbvia foi concretizada quando
apontei a arma para sua cabeça

— Se apaixonou por uma buceta que já nem era mais virgem? – sorriu com escárnio —
Devo te dizer as inúmeras visitinhas que recebia? Minhas incl…

Uma bala incandescente acertou o meio de sua testa seu sangue encharcava
completamente o chão que agora estivera estirado, os olhos castanhos perderá seu brilho
rapidamente assim como foi com a vida

Lhe dei as costas, colocando a pistola de volta no cós da calça o momento demandava
mais cerimônia, talvez um ar solene, mas tudo o que havia naquela sala era o'fedor gélido
de sangue

— Até o inferno Stuart Collins!

Fecho a porta e refaço o caminho pelo qual entrei havia adrenalina correndo nas veias e a
espera pra acessar um pouco de ar puro apertava cada vez mais meu peito

Assim que a brisa perfeita atingiu meu rosto inalei o máximo de ar que consegui podendo
enfim acalmar um terço do temporal que caía sobre minha alma, acendi um cigarro puxando
quase em um único trago toda a nicotina

— Falava da Ayla? – perguntou — Falava DELA não é?

Contornei seu corpo sentando me no banco do passageiro Philip também fez seu trajeto
sentando se no banco do motorista mal me olhou havia um ponto específico que ficará
pelos próximos minutos apenas o encarando

— Por que você está brincando com ela de novo?

Ele não obtém respostas então continua

— Porque se você tá afim dela seja homem e diz pra ela ou então você pode cair fora
Solto uma grande bola de fumaça deixando o interior esbranquiçado

— Ou faz a coisa certa ou então cai fora! Ela já sofreu demais e por mais que eu não saiba
desses assuntos envolvendo ela, vou protegê-la nem que pra isso eu tenha…

— Que me matar? – interrompo, trago mais duas vezes depois jogo o cigarro pela janela ele
ainda não me olha mas cansado do assunto dá partida para sei lá onde

Retiro o celular do bolso e mando algumas mensagens para a garota tinha alguns planos
para hoje e não deixaria que ninguém os estragasse

| Me |

Se seguir minhas instruções corretamente saberei lhe recompensar mais tarde

| Me |

Primeiro: Quero que desfrute das ótimas culinária daqui, sei que já está bem familiarizada
mas espero que realmente aproveite

Segundo: Entre em nosso closet, terá uma arara com um único vestido na cor carmesim de
alças finas e uma renda exclusiva usada no último desfile de Milão o vestido contornará
suas belas curvas e realçará seus seios

Terceiro: Te espero no Heliporto às oito, não se atrase ou terá consequências… e ah esteja


sem calcinha

***

Faltando pouco menos de cinco para às oito adentro o elevador agradecendo mentalmente
a ajuda da Vênus, quando retornei ao hotel não me encontrava no melhor estado ela sendo
a única me reparar deixou que a amiga e o irmão ficassem só enquanto tentava de alguma
forma me ajudar

O meu estado era deplorável, fedia a álcool e maconha no início tudo parecia ser
mortificado a dor já não estava mais ali e o medo fora substituído por alguém com extrema
coragem e que não se importava com nada além de si próprio

A sensação era de fato aconchegante mas ao notar a felicidade da garota, a ansiedade


através dos sinais de seu corpo meu mundo se quebrou mais um pouco, estava realmente
acostumado a magoar todos a minha volta e não me importava com isso mas senti que
estava prestes a magoá-la foi como cravar um punhal na minha alma

As portas metálicas se abriram dando-me a vista perfeita de Milão logo a frente já estava o
helicóptero onde checo se estava tudo correntemente para alçarmos vôo, quando me virei
as portas novamente se abriam ela caminhou para fora com seus passos confiantes e
sedutores o vestido lhe caía como nenhum outro caiu
Realçava suas curvas, abraçava seu corpo e destacava os belos seios linda estava linda,
magnífica, perfeitamente projetada para alguém fodido como eu

— Está linda – elogiei e vi suas bochechas corarem

— Você também não está mal – desdenhou

Típico de uma Campos Sales

Vestido com uma blusa de frio gola alta preta, calça social da mesma cor e o tênis nos pés
que optei por branco para combinar com meu terno que carregava entre os dedos, jogado
sobre o ombro direito isso criava um contraste incrível devido o vestido carmesim que
escolhi imaginando os vários cenários dela o usando

Beijei sua têmpora por longos segundos saboreando seu cheiro e a paz que ela me
transmitia, postei minha mão na sua coluna direcionando nossos corpos a se aproximar do
helicóptero

Abri a porta indicando o lugar que deveria se sentar ele ficava logo a frente já que eu iria
pilotar quis que se mantivesse ao meu lado

— Sente-se. E não toque em nada! – alertei contornando o automóvel e me sentando na


cadeira do piloto

Esperei que se acomodasse para enfim colocar seu sinto. É um cinto de quatro pontos com
todas as tiras se conectando a um fecho central. Apertei tanto as duas tiras superiores, que
ela mal se movia, suspeitei que nem respirava ou melhor prendia sua respiração

— Pronto. Agora respire ou vai morrer – beijos seus lábios rapidamente — Ponha os fones
de ouvido

— Sabe o que faz?

Sorri. Sabia ser seu ponto fraco por isso fazia com frequência lembro-me de sorri assim só
quando estava com minha mãe mas incrivelmente ela me faz fazer isso

— De acordo, torre de controle. Aeroporto de Milão-Linate, aqui é Camila Cruz, preparando


para decolar. Espero confirmação, câmbio

— Camila Cruz, adiante. Câmbio

O helicóptero se elevou pelos ares lento e brandamente, Linate desapareceu enquanto


adentrávamos ao espaço aéreo a verdade era que uma vez aqui em cima próxima a essa
extensa manta negra não se vê nada. Tudo de encontra muito escuro nem sequer a lua e as
estrelas iluminava um pouco nosso trajeto
As luzes do painel de controle iluminavam ligeiramente o meu rosto e mesmo estando
concentradíssimo na rota que deveria traçar não deixei de perceber o quanto me analisava
e mesmo por meros segundos desejei estar na sua mente para saber o que pensava

— Daqui a pouco estarei mais seco que o deserto do Saara

Rapidamente desviou seus tão concentrados olhos de mim, sorri baixinho devido ao seu
nervosismo

— Ahn? – pigarreou

— Está me secando a tanto tempo que estarei igual ao deserto logo, logo! – sorri
novamente quando desferiu um tapinha no meu bíceps

Desviei meus olhos da imensidão azul escuro para a garota com as mãos sobre o rosto
sorrindo abafado e completamente vermelha

Linda

Voltei minha atenção para frente trocando algumas informações com o controle de tráfego
aéreo, agora estávamos nos aproximando do espaço aéreo da Roma graças a visão
periférica tive o privilégio de ver o sorriso enorme no rosto da garota os olhos faltavam
pouco saltarem ao analisar as luzes abaixo

Aqueles pontos eram incríveis vistos aqui de cima, realmente uma visão mais do que
privilegiada voamos entre edifícios, e em frente a nós havia um arranha-céu com um
heliporto no terraço. O helicóptero reduziu a velocidade e ficou suspenso no ar

Aterrissei na pista do terraço do edifício, desliguei o motor, e o movimento e o ruído do rotor


diminuiu até que, só o que se ouvia era o som da respiração entrecortada da garota

Retiro os meus fones e me inclino para tirar os seus

— Chegamos! – digo com a voz baixa e serena

Na verdade em alguns instantes chegaríamos, o heliporto de Roma em que pousei está


localizado na cobertura de um edifício no qual comprei ele tem vista para o Coliseu Romano
onde seria o nosso destino final

— Feche os olhos quando chegarmos poderá abri los

Mesmo contestando ela aceitou, então a carreguei até o Coliseu que não estava muito
longe daqui apenas algumas passos e pronto estávamos diante do centro do local com uma
única mesa iluminada por uma castiçal, de fundo tocava uma música no estilo instrumental
pedi que fosse violino pois soava mais romântico?

Deus o que me tornei…


A música era In this shirt - the Irrepressibles mesmo com a vibe sombria, triste talvez ela
combinava muito com o nosso mundo atual a Campos Sales logo a reconheceu e baixinho
cantou acompanhando cada nota, cada estrofe sem perder o ritmo

— Abra os olhos!

Assim o fez, sem palavras e um pouco emocionada caminhou até a mesa analisando cada
centímetro do lugar, observou os músicos os chefes que em um canto aguardava com o
nosso jantar

— Isso está… perfeito! – sorriu com os olhos marejados

Quis dizer algo, fazer uma brincadeira de mal gosto para não perder o costume mas ela foi
mais rápida atacou meus lábios com veemência surpreendendo me com sua língua quente
e aveludada adentrando minha boca, dançando num conjunto completo junto da minha

— Porque escolheu essa música? – perguntou assim que sentamos a mesa

O chef de cozinha Massimo Bottura trouxe nosso prato principal da noite era um Risotto
composto por um arroz especial, o arbóreo, que dá um aspecto mais cremoso ao prato e
um Arancino que também é feito com de arroz especial para risoto, recheado com ragu e
queijo. Depois de pronto, é empanado com uma massa de pastella e frito. Para beber ela
preferiu vinho da sua própria família e eu pedi Bellini um drink cujo ingrediente principal é o
prosecco a bebida leva alguns pêssegos é suave e bem gelada

— A melancolia combina com a gente, não acha?!

Ela assenti e ao poucos vai comendo. Analisando sua compostura e hesitação lembro-me
das palavras da Aisha

“ Se você estuda lá com atenção perceberá que ela é uma suicida, uma bomba relógio,
instável… “

De um certo modo ela tinha razão a garota a minha frente sempre teve um comportamento
duvidoso, explodindo muitas vezes a prova disso foi meu carro, apesar de eu não ter sido
um grande homem quando a acordei e expulsei do meu apartamento também a livrei de
muita coisa

A forma como ela nunca come ou quando come é escondido isso diz muito sobre ela.
Quando a encontrei no refeitório da universidade ela me parecia ansiosa, com medo então
comeu desesperadamente e compulsivamente para no fim correr para o banheiro e lá ela
deve ter vomitado

Naquele dia senti sua exaustão que no fim terminou com uma joelhada no meu saco

— No que está pensando? Daqui posso ouvir suas engrenagens funcionar – ela sorriu de
forma doce me tirando dos meus mais profundos pensamentos
— Nada

— Okay! Posso perguntar algo?

Murmuro em concordância

— Porquê não se acha nada sobre você em lugar algum? Tipo nem sobrenome nem nada

Uau. Isso havia me pegado realmente desprevenido, mas espera ela procurou por mim?

— Pesquisou sobre mim?

— A pergunta não foi essa!

— Tudo bem, tem coisas na vida que são melhores não saber

O silêncio preencheu o lugar exceto pela música instrumental que ainda tocava ao fundo, os
chf’s trouxeram outros dois pratos que pela cara de descontentamento feita por ela jurei
estar satisfeita

— Acha que tem um banheiro por aqui?

Estreito meus olhos em sua direção, com um breve gesto de cabeça digo que sim

— Vem, eu acompanho – lhe estendi a mão

— Não precisa… posso ir sozinha

A voz que antes era tão confiante e firme não existia mais pelo menos não aqui, não agora
e foi aí que eu entendi a garota tão jovem e bonita, rica e talentosa sofria de bulimia

Andei até o chef que contratei para essa noite espacial lhe disse que tinha uns problemas
para resolver e que não voltaria mas também não concordava com o disperdicio de comida
por isso ordenei que a comida fosse doada para todos aqueles que não tinham o que comer

— Venha – peguei em sua mão e a conduzi para fora do Coliseu

Entramos no edifício que ficava de frente ao nosso jantar, em alguns instantes já estávamos
no quarto em que passaríamos a noite no primeiro instante ela não entendeu o que estava
acontecendo mas ao poucos sua ficha ia caindo principalmente quando a coloquei de frente
para o grandioso espelho

— Quieta! – a voz soou rouca e perturbadora. Aqueles olhinhos haviam se murchado


igualmente a uma flor preferiram se fixar ao chão do que na sua imagem — Olhe para si –
mandei

— J-ja…
Seu tom choroso não me deu pena nem nada do tipo meu único objetivo era fazer ela
compreender que não era destruindo sua vida que se tornaria o que ela tanto anseia vê

Apesar da brutalidade dos meus atos fiz o que me parecia certo na hora, com os dedos
envolto do tecido das costas eu os rasgo a linda e delicada renda vai ao chão deixando
exposto a parte de trás

— Vejo que está sem a calcinha – beijo seu ombro — Muito bem!

— Para… por favor

— Não, ficará aqui até entender que é perfeita como nenhuma outra, que não precisa foder
com a merda da sua saúde pois é perfeita assim do jeitinho que é

Rasgo a outra parte do vestido fazendo com que os farrapos vá ao chão outra vez, expondo
agora seu corpo completamente. Me aproximo devagar e no seu pescoço deposito um beijo
o coração dispara e o sangue dispara por todo o seu corpo

O desejo, um desejo quente e intenso, invade o meu, através do espelho ela me olha nos
olhos está longe mas ao mesmo tempo tão perto outra vez queria estar em sua mente,
queria desfazer esse nó existente

— Só por hoje ame meu corpo e me faça amalo

Minha respiração fica presa. Não posso tirar meus olhos dos seus. Ela chega para perto e
suavemente passa os dedos do meu rosto para o meu queixo

— Vou fazer amalo para sempre olhos lindos

Inclinome e a beijo. Meus lábios são


exigentes, firmes e lentos ao se acoplarem aos seus ela começa a desabotoar a minha
camisa beijando ligeiramente a mandíbula e logo o queixo, tira-me a camisa muito devagar
e a deixa cair no chão

Puxoua pela cintura colidindo nosso corpos a pele quente se encontra com a frieza da
minha criando uma junção incrível uma mão segue em seu cabelo, a outra percorre a
coluna até a cintura e segue avançando, segue a curva do seu
traseiro

Ela flexiona sobre a sua bunda e aperto de forma nada gentil, preeciono sua intimidade
contra os meus quadris, sentindo a minha ereção, que empurra languidamente contra seu
corpo

Ela geme sem separar os lábios dos meus, guio seu corpo até a cama e ao contrário do que
devia estar pensando não a jogo na cama, caio sobre os joelhos olhando no fundo dos seus
olhos. Seguro seus quadris afundando os meus dedos na carne de sua pele deslizo a língua
por seu umbigo, avançando até o quadril mordiscando e depois percorrendo até a barriga
em direção ao outro lado do quadril
— Ah — gemi

Sem desviar seus olhos dos meus, suas mãos se movem para me cabelo puxando minha
cabeça em direção ao meio de suas pernas introduzo um dedo dentro dela e seu gemido
ecooa, enquanto o tiro e volta a colocá-lo. Esfrego o clitóris com a palma da mão, e grita se
delirando em prazer, sigo me introduzindo o dedo, cada vez com mais força. Geme

Passo minha língua por toda a sua extensão estava encharcada de deliberando em tanto
prazer

— Gostosa – desferi um tapa na sua nádega direita colidindo de vez sua boceta em meus
lábios

Meus lábios se concentra em chupar seu montinho inchado enquanto a língua passeia pela
sua abertura, suspiro afundadome em sua intimidade

— James… estou.. Ah!!!

Não olhos lindos, agora não

Jogo seu corpo sobre a cama admirando cada movimento de sua respiração, cada lugar de
seu corpo, a luminosidade sobre a pele lhe deixando cada vez mais linda. Termino de me
livrar das minhas roupas e fico sobre os joelhos no colchão macio, agarro a parte interna de
suas coxas abrindoas de modo perfeito para me receber

— Nunca se esqueça do quão perfeito é seu corpo

Apoio os cotovelos um de cada lado do seu corpo aproveitando para chupar seus lábios
enquanto empurrava a cabeça inchada do meu pau em sua entrada quente e escorregadia,
meus lábios percorrem a carne do pescoço depois o vale entre seus seios

Não me detenho quanto invisto com força sem


piedade, a um ritmo implacável dentro de si

Oh…

Gemo dando mais algumas estocadas fortes e bruscas arrancando de minha garota
gemidos sôfregos, meus dedos percorriam pelo seu corpo iam do mamilo esquerdo até o
meio de sua barriga parando bem em cima do clitóris onde massageie de forma lenta e
torturante podendo criar uma combinação perfeita entre as estocadas e o estímulo que fazia

— James, ohh…

Seus gemidos foram se misturando com os meus e se tornaram como a mais bela música já
tocada o corpo estremecia a cada investida minha estava tão próxima do abismo eram só
mais alguns passos e logo cairá
Seus olhos se fecham tentando controlar sua respiração e absorver as desordenadas e
caóticas sensações que meus dedos e meu pau desatam nela, enquanto o fogo percorre o
seu corpo

Minhas mãos se movem para baixo, deslizando pela sua cintura, pelo seu quadril, pela sua
coxa e para na parte de trás da bunda onde aperto e giro nossos corpos deixando a por
cima

Quando começa a se mover bruscamente colidindo sua boceta melada em minha virilha
perco todo o meu controle gemo rouco e alto e os seus não ficam muito atrás, guio suas
mãos pelo seu corpo junto do auxílio da minha

Juntos apertamos os seus peitos que pulam devido ao impacto de cavalgar, contornamos o
seu delicioso corpo descendo para as coxas onde as apertamos também, por fim deixo que
se toque sozinha

Era a cena mais erótica já vista por mim e gozaria fácil se não quisesse que gozasse
primeiro, ela enterra seus dedos em sua entrada junto do meu membro que afundava cada
vez mais dentro daquelas paredes apertadas

— Oh, goze pra mim!

Entorpecendo a mente com tamanho tesão se libertou em um orgasmo destruidor, arfando


depositou seu peso sobre meu peito gemendo baixinho dizendo coisas desconexas

— Você é minha entendeu! – ela balançou a cabeça depois me lançou um sorriso safado —
Se ajoelha!

A sensação de déjà vu nos antigiu e assim ela vez, se posicionado entre minhas pernas
abocanhou meu membro tomando todo o seu gosto para si, a língua deslizava pela cabeça
rosada e as massageava as bolas inchadas

Mmm…

Movendo para baixo, eu o empurro para dentro de sua boca sentindo bater na sua garganta
olhos fixos em mim se enchem de água mas mesmo assim continuo a foder sua boquinha

Ela chupa mais forte intercalando entre massagear as bolas e masturbar minha extensão.
Chupa cada vez mais depressa, empurrando cada vez mais fundo e girando a língua ao
redor

— Oh… porra – rangi os dentes elevando meu quadril

Agarrei seus cabelos numa espécie de rabo de cavalo, comandando seus movimentos que
eram facilmente entregues a mim movendo-se mais rápido acertei o fundo de sua garganta
uma, duas, três vezes
Abriu o máximo de sua boca deixando que apenas a ponta da língua tocasse em minha
cabeça, masturbou com força e precisão

— Ugh… – despejo meu corpo sobre o colchão gozando em sua boca e peitos

Ela se tratou de engolir todo o líquido e o que caiu sobre seus peitos coletou com os dedos
enfiandos na boca

Gostosa do caralho

Deitandose ao meu lado alinhou seu corpo junto ao meu respirando agora de forma mais
calma mas ao mesmo tempo pesada com se estivesse com sono

— Acho que no final esse era meu maior medo – digo enquanto acaricio suas costas com a
ponta dos meus dedos

— Como assim? Andar de helicóptero?...

Sorri baixinho fazendo cócegas em sua bochecha

— Estar com você e gostar disso

De imediato ela não obteve nenhuma reação ficando sem palavras

— Desde o início, demorei para entender que se eu te perder, vou me arrepender eu boto
tudo a perder

O silêncio foi reconfortante para ambos não esperava que dissesse algo talvez nem queria
escutar mas sentir suas mãozinhas se juntarem as minhas foi a melhor sensação em
décadas até a pagar

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