Captura de Tela 2024-02-27 À(s) 21.49.40
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VASCULARIZAÇÃO
• Irrigação: irrigação abdominal provém da
parte abdominal da aorta, através do:
(1) do tronco celíaco, que da as artérias gástrica
esquerda, esplênica e hepágca comum, suprindo
componentes do intesgno anterior
(2) da artéria mesentérica superior, que irriga os
componentes do intesgno médio, dando as artérias
pancreagcoduodenais inferiores (anteriores e
posteriores), jejunais e ileais
(3) artéria mesentérica inferior, para o intesgno
posterior, que origina as artérias retal superior, cólica
esquerda e sigmóidea; as artérias renais suprem os
rins.
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Quadro clínico: agitado, impaciente, contorcendo-se
(CÓLICA); imóvel, posição antálgica (PERITONITE);
palidez, sudorese (HEMORRAGIA); rubor facial, febre
(INFLAMAÇÃO)
Clássico: dor abdominal (peritônio visceral gera dor
visceral, peritônio parietal gera dor somágca), dor
referida, náuseas e vômitos, febre, anorexia, função
intesgnal alterada, ciclo menstrual, micção alterada
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Profunda: visa procurar órgãos ou massas palpáveis.
Dinâmica: Pode-se pesquisar a presença de massas e Para palpar o egado - Lemos Torres e Mathieu.
hérnias com a manobra de valsava e Smith Bates Para palpar o baço - Lemos torres e posição de Schuster
SINAIS DA PERCUSÃO
AUSCULTA Sinal de Jobert: sons gmpânicos ao invés de
Iniciar no QIE em sengdo ang-horário e pesquisar a maciços na região da linha hemiclavicular direita
presença de ruídos hidroaéreos fisiológicos, ruídos – área hepágca: indicagvo de ar livre na cavidade
mais intensos (diarreia ou obstrução intesgnal), abdominal. Indicagvo de perfuração de víscera oca,
borborigmos (RHA audível sem estetoscópio) ou pneumoperitônio.
silêncio abdominal (íleo paraligco), sons metálicos Sinal de Giordano: dor à percussão na região
(obstrução intesgnal) e pulsação. lombar. Indicagvo de processo inflamatório
retroperitoneal, litáise renal, pielonefrite.
PERCUSSÃO Sinal de Torres-Homem: dor intensa, despertada pela
Avalia a distribuição dos gases em todos os quadrantes, percussão abdominal de áreas da zona de projeção do
além da presença de massas sólidas. O abdômen é egado, feita com as pontas dos dedos reunidas.
predominantemente gmpânico, com presença de Indicagvo de abscesso hepágco, amebiano ou
macicez no egado (abaixo do rebordo costal direito) bacteriano.
- tem que fazer hepagmetria: normal = limite superior Sinal de Piparote: colocação das mãos do
abaixo do 5 a 6 EICD e limite inferior no máximo 2 paciente ou do médico auxiliador de forma
dedos abaixo do rebordo costal direito vergcal no sengdo da linha médio-esternal, enquanto
o médico examinador coloca suas mãos nas regiões
PALPAÇÃO laterais do abdome. Dessa forma, o examinador com
Superficial: feita com a palma da mão, levemente em apenas uma mão percute a lateral do abdome, e caso
movimento circulares, para sengr a parede abdominal haja ascite, ele sengrá a vibração do líquido ascígco no
e suas alterações, tensão e presença de regiões outro lado do abdome. Indicagvo de ascite.
dolorosas (sempre deixar pra avaliar a região que está Espaço de Traube
doendo por úlgmo). Em condições normais, a Normalidade = som gmpânico; Espaço de Traube Livre.
resistência do abdômen é de músculo descontraído, Anormalidade = esplenomegalia; som maciço;
mas se ele esgver contraído, precisa saber se a Esplenomegalia.
contração é voluntaria ou involuntária (reflexo). Na
condição involuntária, a parede abdominal vai SINAIS DA PALPAÇÃO
congnuar contraída mesmo se o paciente esgver PERITONITE
distraído, porque acontece um reflexo evisceromotor Sinal de Blumberg: descompressão brusca
esgmulado pelo peritônio inflamado (peritonite) dolorosa.
- Indicagvo de peritonite
APENDICITE
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Sinal de Blumberg: descompressão brusca dolorosa abdominais, ao mesmo tempo que se pesquisa a
no Ponto de McBurney presença de ar sob o diafragma, que caracteriza o
Sinal de Rovsing: palpação profunda e conznua no pneumoperitônio
quadrante inferior esquerdo que produz dor intensa no • A seguir, obtém-se uma radiografia panorâmica do
quadrante inferior direito. abdome, que deve abranger toda a cavidade
Sinal de Lapinsky: Dor à extensão da coxa direita sobre abdominal, desde o diafragma até a pelve.
o quadril contra a resistência em decúbito lateral - Decúbito dorsal:
esquerdo. • realiza-se primeiro uma radiografia com raios
Sinal de Brudzinsky: flexão involuntária da perna sobre vergcais e, se necessário, dependendo do caso, uma
a coxa e desta sobre a bacia, ao se tentar flegr a cabeça com raios horizontais.
do paciente. - OBS: Em casos especiais, poderão ser necessárias
Sinal de Psoas: consiste em puxar o membro inferior outras posições, como decúbito lateral esquerdo ou
para trás. direito, bem como a uglização de raios com diferentes
inclinações.
COLECISTITE DX: pneumoperitônio, elevação da cúpula frênica,
Sinal de Murphy: dor intensa, interrupção da pneumonia de base, distensão de alças e presença de
respiração e contratura de defesa quando é níveis hidroaéreos, aerobilia, opacidade, coleções
pressionado o ponto císgco, hipocôndrio direito (borda abscessos, presença de corpos estranhos, cálculos
subcostal direita – região da vesícula biliar). urinários ou calcificações pancreágcas.
IMAGEM
RADIOGRAFIA SIMPLES
- Radiografia de abdome
3 incidências (ortostágca, decúbito dorsal, decúbito
lateral) = quadros obstrugvos, perfuragvos,
inflamatório, lizase.
- Radiografia de tórax
- Ortostágca:
• deverá ser feita inicialmente uma radiografia
panorâmica do tórax, na qual se destaquem as bases
ULTRASSONOGRAFIA: quadros de dor localizados no
pulmonares e as cúpulas diafragmágcas.
QSD (vesícula biliar).
• Com essa radiografia, descartam-se as doenças
torácicas que estejam produzindo sintomas
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CPRE: COLANGIOPANCREATOGRAFIA RETRÓGRADA
ENDOSCÓPICA: doenças da via biliar intra/extra-
hepágca, doenças pancreágcas.
ENDOSCOPIA
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
- Apendicite, diverculite, obstrução intesgnal,
pancreagte, isquemia, mesentérica.
- Pode ser necessária em casos especiais para a
elucidação diagnósgca de massas abdominais.
Indicação: diagnósgco e estadiamento da pancreagte
aguda e da divergculite. Apresenta elevada eficácia no
DG diferencial de apendicite aguda (especialmente em
pacientes obesos e nos quadros inconclusivos).
06- TIPOS DE DIARREIA (RENATO DANI CAP 3)
CONCEITO: aumento do volume das fezes, diminuição
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA:
na consistência ou aumento de aquosidade e/ou
Oferece pouca vantagem adicional em relação à TC,
aumento da frequência das evacuações
exceto quando se deseja uma avaliação especifica dos
- Mais de três evacuações no período de 24 horas
ductos biliares pancreágcos
CLASSIFICAÇÕES:
ARTERIOGRAFIA/ANGIOGRAFIA: abdome agudo de
TEMPORAL:
causa vascular, pois permite a avaliação de isquemias
(oclusiva ou não oclusiva) e pontos de hemorragias.
• Aguda: Duração < 2 semanas (14 dias)
Permite também a terapêugca por meio da
Ex: Infecções (virais e bacterianas), laxantes,
embolização de segmentos vasculares (na hemorragia)
pancreagtes, Infecções virais, principalmente
e infusão de drogas vasodilatadoras (na isquemia)
por rotavírus, são responsáveis por 75 a 90% dos casos.
As infecções bacterianas são a causa de 10 a 20% dos
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casos, com destaque para as infecções secundárias à podem levar a perdas de sangue, muco e pus, com
Escherichia coli (diarreia do viajante). Infecções aumento do volume e da fluidez das fezes. E
parasitárias causam menos de 5% dos quadros encontrada nas doenças inflamatórias intesgnais,
diarreicos neoplasias, shigelose, colite pseu-domembranosa,
linfangiectasia intesgnal.
• Persistente: 14 dias a 30 dias Mucosanguinolenta
Ex: CA, DII, infecção
• Crônica: Duração > 4 semanas (30 dias)
Ex: DII (doença inflamatória intesgnal), SII • MOTORA: resulta de alterações motoras
(síndrome do intesgno irritável), álcool crônico, com trânsito intesgnal acelerado, como ocorre
medicamentos, doença celíaca, CA, problemas nas enterocolopa-gas funcionais ou doenças
pancreágcos metabólicas e endócrinas. Sur-ge, também, por
redução da área absorgva consequente de ressecções
FISIOPATOLÓGICA (pag. 27 DANI): intesgnais ou de estulas enteroentéricas.
Ex.: fármacos, drogas, SNC, alteração no trânsito
• DISABSORTIVA: resulta de deficiências intesgnal
digesgvas e lesões parietais do intesgno
delgado que impedem a correta digestão ou absorção.
Este processo pode causar diarreia com esteatorreia e
resíduos alimentares.
Egologia: doença celíaca, doença de Crohn, giardíase…
Ex.: esteatorreia; problema de absorção (causa
digesgva), resíduos alimentares e gordura, alto volume
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COLESTASE OU SÍNDROME COLESTÁTICA - ICTERÍCIA pode ter náuseas, vômitos, PIORA DA DOR APÓS
OBSTRUTIVA INGESTÃO, PIORA AO DEITAR (noturna)
No exame de sangue veio aumentada a bilirrubina DIAGNÓSTICO: clínico + USG
direta. SINAL DE MURPHY POSITIVO
Sintomas LABORATÓRIO: HMG, GGT, FAL, Br direta, TGO, TGP
- acolia ou hipocolia fecal (falta da coloração das fezes) normais
– bilirrubina não está descendo para o duodeno devido - Bilirrubina (se gver aumentada é sinal de cálculo na
a obstrução. via)
- Colúria - Urina escura IMAGEM: USG de vias biliares (avalia cálculo e lama
- Icterícia biliar, função da VB), COLECISTOGRAFIA (mais
Curso da bilirrubina: degradação do aminoácido da informações do cálculo), colangioRM, CPRE ou CPRM
hemoglobina à globina (aminoácido – formar outras DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: colescisgte, pancreagte,
proteínas // M hepagte e coledocolizase
– (biliverdina + ferro) à biliverdina (convergda em TRATAMENTO:
bilirrubina indireta) à bilirrubina indireta (livre no - Colecistectomia aberta ou por laparoscopia em jovens
sangue – toxica) assintomágcos
– se liga a albumina à carreada até o egado - SE NÃO FOR PARA CIRURGIA:
– bilirrubina indireta sofre conjugação à captação – URODESOXICÓLICO (inibe a síntese hepágca do
conjugação – secreção -> bilirrubina secretada pelos colesterol e esgmula a síntese de ácidos biliares,
ductos hepágcos para ser armazenada na vesícula biliar restabelecendo desta forma o equilíbrio)
-> excretada no intesgno -> oxidada em estercobilina
(coloração das fezes) -> excretada pelas fezes. COLECISTITE AGUDA CALCULOSA
CONCEITO: é 90% dos casos de colecisgte aguda;
COLELITÍASE inflamação aguda da parede da VB por obstrução por
CONCEITO: presença de cálculo na vesícula biliar um cálculo
FISIOPATOLOGIA: cálculo biliar (maiores de 50 anos e ETIOLOGIA: colelizase -> obstrução -> distensão ->
composição anormal da bile) isquemia -> infecção bacteriana (E. coli e
Streptococus), inflamação mecânica, química
- Cálculo de colesterol (90%): precipitação dos (lisolecgna)
cristais de colesterol em vesículas instáveis EPIDEMIOLOGIA: mulheres menores de 50 anos de
(desequilíbrio) em colesterol, fosfolipídeos e ácidos idade, 90% das colecisgtes advém de colelizase, 10% é
biliares (devido a dieta, metabolismo e genégca 1 grau) acalculosa
– desequilíbrio -> supersaturação de colesterol -> FISIOPATOLOGIA: infecção bacteriana (E. coli e
nucleação dos cristais (acontece normalmento, só que Streptococus), inflamação mecânica (isquemia),
lento, nesse caso há uma aceleração por aumento de química (lisolecgna), defeito na liberação da lama
fatores pronucleares ou deficiência de fatores biliar.
angnucleares – síndrome de gilbert -) -> solidificação QUADRO CLÍNICO: cólica biliar por MAIS de 6 horas
em monoidrato de colesterol -> cálculo (referida: QSD, ombro e escápula direita), febre, baixa,
- HIPOMOTILIDADE DA VESÍCULA BILIAR calafrios, tremores, náuseas, vômitos e anorexia
-DIAGNÓSTICO: CLÍNICO
- Cálculo pigmentar: PRETOS (cálcio e bilirrubina
direta; cirrose e fibrose císgca) e MARRONS (cálcio, - ICTERÍCIA
colesterol e proteínas; bilirrubina indireta; infecções) - SINAL DE MURPHY POSITIVO
- LABORATÓRIO: HMG (leucocitose com desvio
- LAMA BILIAR: assintomágca, desequilíbrio entre à esquerda), bilirrubina, GGT, E FAL
secreção e eliminação de mucina + nucleação leve de - IMAGEM: USG (cálculo e inflamação) e CPRE
colesterol e cálcio, precursora da lizase DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: pancreagte, neoplasias,
QUADRO CLÍNICO: assintomágco ou dor biliar coledocolizase, colecisgte acalculosa.
(indicação cirúrgica); costuma ter sintomas após a TRATAMENTO
obstrução (inflamação): cólica biliar (CONSTANTE, - ESTABILIZAÇÃO CLÍNICA: dieta zero, AINE, ATB,
DURADOURA e REFERIDA, POR MENOS DE 6 HORAS); opióide, aspiração nasogástrica
- CIRÚRGICO: remover VB, ducto císgco e cálculo
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bacteriostágcos, IgA) -> bactérias (E. coli, Klebsiella,
COLECISTITE AGUDA ACALCULOSA enterobacter, enterococus)-> sepgcemias
CONCEITO: inflamação da VB por fator outro que não - Corpos estranhos servem como nicho
seja por cálculo QUADRO CLÍNICO: tríade de charcot : dor biliar,
ETIOLOGIA: áscaris, neoplasias, nutrição parenteral, icterícia, calafrios;
JEJUM PROLONGADO, desidratação, infecção,
péntade de Reynolds : + hipotensão e alteração do
traumas, torção, parto, lama biliar
nível de consciência.
EPIDEMIOLOGIA: 10% das colecisgtes, maior
DIAGNÓSTICO: clinico
morbimortalidade
SINAL DE MURPHY POSITIVO
FISIOPATOLOGIA: processo inflamatório a decorrer de
- LABORATÓRIO: HMG, GGT, FAL, BR (total e fração),
uma lesão
TGP e TGO
QUADRO CLÍNICO: cólica biliar por MAIS de 6 horas,
- IMAGEM: USG das vias biliares (dilatação ou cálculo),
náuseas, vômitos (IDEM colecisgte calculosa), SEM
ColangioRM, CPRM (melhor), CPRE (primeiro). TC de
ICTERÍCIA abdome.
- LABORATÓRIO: HMG, BR, GGT e FAL DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: sepse e choque sépgco.
IMAGEM: USG e CPRE TRATAMENTO: HOSPITALAR
- DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: pancreagte,
neoplasias, coledocolizase, colecisgte calculosa OBS: COLELITÍASE é diferente de COLECISTITE
COMPLICAÇÕES E PROGNÓSTICO: VB em porcelana, [duração da dor <>6-8 horas (autolimitada ou
perfuração, gangrena, estulas e complicações maiores conznua)], mas ambas NÃO POSSUEM ICTERÍCIA (que
que a calculosa é achado de colédocolizase)
TRATAMENTO: COLECISTECTOMIA de urgência
imediata TRATAMENTO SERÁ PRATICAMENTE O MESMO PARA
TODAS: alimentação com redução de gordura, UDCA,
COLEDOCOLITÍASE cirúrgico (calculo acima de 4mm), assintomágcos
- CONCEITO: cálculos biliares no ducto do colédoco (expectante)
- ETIOLOGIA: cálculos advindos da VB ou formados no Colescistectomia elegva
ducto (marrons) CPRE
- EPIDEMIOLOGIA: 15% dos pacientes com colelizase,
idade avançada e mogvo de colecistectomia COMPLICAÇÕES: colecisgte, pancreagte, colangite,
- FISIOPATOLOGIA: cálculos secundários (colesterol) e coledocolizase.
cálculos primários (pigmentares marrons)
- QUADRO CLÍNICO: assintomágco, cólica biliar, COM 4. PACREATITE E APENDICITE
ICTERÍCIA, sem febre , acolia e colúria. PANCREATITE
DIAGNÓSTICO: clinico CONCEITO: inflamação aguda do pâncreas por
SINAL DE MURPHY POSITIVO inagvação enzimágca inadequada, tendo como
- LABORATÓRIO: HMG, GGT, FAL, BR (total e fração), resultado a autodigestão da glândula (lembrar que as
TGP e TGO principais enzimas produzidas pelo pâncreas são
- IMAGEM: USG das vias biliares (dilatação ou cálculo), amilase e lipase). Uma vez que a causa e as
ColangioRM, CPRM (melhor), CPRE (primeiro) complicações são removidas, há recuperação funcional
- TRATAMENTO: do pâncreas, o que não ocorre na pancreagte crônica.
- CPRE + colecistectomia videolaparoscópica
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: pancreagte, colangite.
COLANGITE
CONCEITO: infecção ou inflamação das vias biliares;
fatal; aguda ou crônica
ETIOLOGIA: Ascenção de bactérias
EPIDEMIOLOGIA: 70% por cálculos
FISIOPATOLOGIA: mecanismos de barreira
interrompidos (enencter de Oddi, lavagem pela bile,
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• Quadro clínico: dor de início súbito, congnua, de
forte intensidade no epigástrio, hipocôndrios ou região
umbilical (gpicamente denominada de dor em faixa
com irradiação para as costas). Dor melhora quando o
paciente se senta e inclina o corpo pra frente, febre,
náuseas e vômitos volumosos e distensão abdominal.
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consequentemente inflamação e proliferação
bacteriana de vários gpos (por isso a infecção é
polimicrobiana). Com o decorrer de horas ou dias, esse
aumento da pressão intraluminal + inflamação + edema
+ obstrução venosa e arterial = pode causar uma
perfuração do conteúdo
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PROBLEMA 3 – ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO
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- Simples: quando o suprimento de sangue ao intesgno - Cerca de 20% das internações em serviço de cirurgia
encontra-se íntegro, não havendo compromegmento por acomegmento agudo abdominal são devidas a
da vitalidade da alça, ou obstruções intesgnais.
- Estrangulada - As causas mais comuns de obstrução intesgnal são as
• quando há compromegmento do suprimento aderências, hérnias inguinais complicadas e neoplasias
sanguíneo, podendo levar à isquemia e mesmo à intesgnais.
necrose do intesgno já obstruído mecanicamente; - De 80% das obstruções estão no intesgno delgado e
- Em alça fechada (p. ex., hérnias, volvos) 20% no intesgno grosso.
• quando existe obstáculo em dois níveis, impedindo
tanto a progressão quanto o refluxo do conteúdo da
alça; nessas condições, pode ocorrer grande distensão
e sofrimento da alça. – resultante da agvidade da
válvula ileocecal (competente/incompetente)
- Parcial: quando a oclusão da luz intesgnal é
incompleta, ou
FISIOPATOLOGIA
- Completa: quando a oclusão é total;
Na obstrução mecânica simples, sem sofrimento de
alça (compromegmento da vascularização), antes do
EM RESUMO:
ponto de obstrução vai ter acúmulo de líquido, depois
A obstrução intesgnal é qualquer afecção que dificulte
do ponto da obstrução vai ter acúmulo de gás. Esse
ou impossibilite o trânsito TGI, consgtuindo o 2o gpo
acúmulo de gás irá distender o abdômen e à medida
mais frequente de abdome agudo. A obstrução do
que a dilatação ocorre, há extravasamento de líquido
delgado é mais comum que a do grosso, o local de
para a cavidade peritoneal
obstrução (alto ou baixo) vai diferenciar a clínica dos
As causas da obstrução intesgnal mecânica podem ser
pacientes.
classificadas de acordo com o modo como a obstrução
Quanto ao modo de instalação: pode ser aguda
acontece. Assim, pode ocorrer a obstrução da luz
(sintomas mais intensos), crônica (sintomas mais
intesgnal, como no íleo biliar, a redução da luz por
discretos) ou crônica que agudizou
retração e o espessamento da parede da alça por
Quanto a obstrução intesgnal: ela pode ser mecânica
doença intrínseca do intesgno, como ocorre na enterite
(sem compromegmento vascular ou com sofrimento
ou no câncer, e a obstrução por compressão extrínseca
de alça) e neurogênica (tem interferência do
do intesgno, como acontece na oclusão por aderências.
funcionamento do intesgno, como no íleo paralígco,
Por outro lado, as causas decorrentes dos distúrbios da
não há obstrução mecânica)
moglidade intesgnal levam aos quadros de íleo
paralígco ou neurogênico. Assim, podemos enumerar:
EPIDEMIOLOGIA:
- Obstrução da luz intesgnal: intussuscepção
Trata-se de uma patologia mais frequente em adultos
intesgnal, íleo biliar, impactação (bário, bezoar, áscaris).
e idosos. É o segundo gpo de abdome agudo mais
- Doenças parietais:
comum. As causas mais comuns de obstrução intesgnal
• congênitas: atresias e estenoses, duplicações,
variam com alguns fatores, como idade, cirurgia prévia
diverzculo de Meckel; traumágcas;
e com a localização da obstrução (alta ou baixa).
• inflamatórias: doença de Crohn, divergculites;
- As obstruções intesgnais podem acontecer desde a
neoplásicas;
idade prematura até a nona década de vida, tendo seu
• miscelânea: estenose por irradiação, endometriose.
pico máximo aos 50 anos.
- Doenças extrínsecas: aderências; hérnias; massas
- Neonato: atresias, o volvo, o íleo meconial, a
extrínsecas (pâncreas anular, vasos anômalos,
imperfuração anal e a doença de Hirchsprung.
abscessos, hematomas, neoplasias, volvo).
- Lactentes: invaginação intesgnal, das hérnias
- Alterações da moglidade do intesgno delgado: íleo
complicadas e das obstruções por complicações do
paralígco, íleo espásgco, oclusão vascular.
diverzculo de Meckel.
- Adulto jovem e na meia-idade: aderências, as hérnias
MECÂNICA SIMPLES:
e a doença de Crohn.
Por acúmulo de líquido: distensão abdominal ->
- Idoso: neoplasias, seguida pelas aderências, hérnias,
aumento da secreção de prostaglandina -> aumento da
divergculites e fecalomas.
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secreção intesgnal- acúmulo de líquido na alça - Com oclusão vascular: incapacidade de coordenação
intesgnal obstruída. da moglidade intesgnal em consequência de morte
Por acúmulo de gás: gás: aumento da pressão celular resultante de isquemia.
intraluminal → compressão das veias da parede → - Causas Locais e Sistêmicas (distúrbios metabólicos <-
dificuldade do retorno venoso e extravasamento de hipocalcemia ou descompensação diabégca; Sx de
líquidos localmente → explicando o edema de alça Ogilvie/pseudo-obstrução).
visto nas radiografias.
- Estenoses (neoplasias* e doenças inflamatórias 2. MANIFESTACOES CLÍNICAS E EXAME FISICO
intesgnais), Obstrução (áscaris, corpo estranho) e Dor abdominal do gpo cólica: mais intensa nas
Compressão Extrínseca* (bridas, aderências). obstruções
NÃO TEM ALTERAÇÃO HEMODINÂMICA do intesgno médio e distal. Nos pacientes com
RUIDOS HIDROAEREOS DIMINUIDOS OU ABOLIDOS obstrução alta, pode ser dita como um desconforto
(COM O PASSAR DO TEMPO) abdominal (nem dói muito), alguns pacientes não
sentem nem dor, mas trazem uma QP de perda da
MECÂNICA COM ESTRANGULAMENTO: eliminação de flatos e fezes
- Estrangulamento → Compromegmento da circulação • Distensão e vômitos: depende da altura da
arterial associada à trombose de veias da parede das obstrução. Mas os vômitos surgem depois das crises de
alças intesgnais → extravasamento de plasma e sangue dor, provocando desidratação nos pacientes
para o interior do lúmen do segmento obstruído → • HP: história de parada de eliminação de flatos e fezes
hipovolemia, choque e azotemia.
- Estrangulamento Prolongado → sofrimento das alças
→ necrose → perfuração → peritonite com exsudato →
sepse
- Causa Vascular Primária (infarto intesgnal <-
tromboses mesentérica) e Causa Vascular Secundária
(volvo*, invaginação, estrangulamento).
TEM ALTERAÇÃO HEMODINÂMICA (PA, SUDORESE,
FR)
GASOMETRIA: ACIDOSE METABÓLICA
GASOMETRIA ATERIAIL:
ACIDOSE METABÓLICA: pode ser evidenciada nos
- Volvo de sigmoide: obstrução baixa, com dor casos em que há compromegmento vascular, com
abdominal súbita, com ausência de eliminação de aumento do lactato e redução do bicarbonato.
gases e fezes, disgnção abdominal importante e ALCALOSE METABÓLICA: eventualmente pode ser
consgpação, sinais de choque em quadros avançados. detectada dependendo do grau de depleção de
Disgnção simétrica, achado do TC imagem como “grão cloreto.
de café” ou alça em U.
TOQUE RETAL
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Grão de café ou alça em U ou miolo de pão ou Sinal de
Frimann Dahl.
Sinal de Rigler
ACHADOS DA TC
Sinal de Rigler
Níveis hidroaéreos: é possível idengficar a divisão exata
entre o líquido e o gás dentro do lúmen intesgnal,
devido a grande pressão interna intesgnal. Contraste: permite diagnosgcar isquemia e sofrimento
de alça através de sinais tomográficos como a
hipoperfusão ou realce persistente da parede
intesgnal, pneumatose intesgnal, espessamento
segmentar parietal e gás no sistema porta (sinal do
aeroportograma, também idengficado à radiografia
simples). Nesse sengdo, a TC é o método diagnósgco
mais eficaz.
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PROBLEMA 04 – ABDOME AGUDO PERFURATIVO
FATORES DE RISCO: Idade entre 60 e 70 anos. Sexo 1. CONCEITO E FISIOPATOLOGIA
masculino. Pólipos colônicos. Histórico familiar de CA CONCEITO: Síndrome clínica caracterizada por dor
colorretal. Obesidade. Tabagismo. Dieta rica em carne abdominal, não traumágca, de início súbito, devido a
vermelha (aminas, hidrocarbonetos aromágcos e Ferro perfuração de víscera oca.
relacionado a síntese de radicais hidroxila). DM. Doença FISIOPATOLOGIA: perfuração de uma víscera
inflamatória intesgnal (Crohn). Polipose adenomatosa oca decorrente de um processo inflamatório
familiar (100% chance) neoplásico, obstrugvo ou infeccioso. Pela presença da
→ centenas de adenomas no cólon diagnosgcada pela secreção na cavidade, ocorre uma inflamação
idengficação da mutação no gene APC. peritoneal de natureza química (intensidade variável),
- Síndrome de Lynch (48% chance). seguida de uma invasão bacteriana secundária e
progressivo processo infeccioso, com repercussões
locais e sistêmicas
- perfuração baixa: peritonite sépgca
-perfuração alta: peritonite química
Ex.: bactérias - pseudomonas aeruginosa, Klebisiella sp,
E. coli.
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diverzculo de Meckel, doença inflamatória intesgnal e • Ausculta: RHA diminuído ou ausente devido. Ao íleo
corpo estranho. paraligco.
• Palpação: abdômen em tábua, causada pela
- PERFURAÇÃO DE INTESTINO GROSSO: gera contratura involuntária generalizada pela peritonite
peritonite é bacteriana desde o início. difusa, sinal de Blumberg +.
Perfuração no colón direito é mais grave que a do • Percussão: sinal de Jobert - que consiste em som
esquerdo, devido à alta virulência dos germes e pela gmpânico na área hepágca no HD por causa dos gases
consistência líquida das fezes. (pneumoperitônio).
Nas obstruções mecânicas pode ocorrer o fenômeno TOQUE RETAL E GINECOLÓGICO
de alça fechada, quando a válvula ileocecal é
competente, ou seja, não permite refluxo do conteúdo TRATAMENTO
cecal para o íleo, gerando distensão progressiva do Será sempre cirúrgico
ceco até sua perfuração. - Paciente instável: estabiliza -> laparotomia
As principais causas são: progressão da divergculite ou - Paciente estável: laparoscopia
apendicite, neoplasia, obstrução intesgnal em alça Estabilização hemodinâmica: dieta zero,
fechada, volvos de ceco e sigmoide, doença angbiogcoterapia, analgesia, angemégcos,
inflamatória intesgnal, megacólon tóxico, isquemia e monitoração dos sinais vitais, droga vasoagvas.
necrose, corpo estranho, Síndrome de Ogilvie. Obs.: causa ginecológica: DIP, gravidez ectópica, rota e
As perfurações podem ocorrer em peritônio livre com endometriose.
extravasamento do líquido e difusão por toda a
cavidade, florindo o quadro clínico zpico, ou então 3. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL E EXAMES DE
pode se apresentar com dor e sinais localizados, IMAGEM
representando a forma bloqueada, havendo um
retardo no diagnósgco. EXAMES DE IMAGEM
- RAIO X: raio x de tórax PA, raio x de abdome em
QUADRO CLÍNICO: posição ortostágca e decúbito lateral esquerdo.
• Intervalo curto entre o início da dor e a chegada ao O gás livre na cavidade abdominal na radiografia em
serviço de emergência; posição ortostágca pode ser coletado logo abaixo do
• Dor súbita, de forte intensidade, com difusão rápida diafragma, entre o egado, ou o estômago, e o
para todo o abdome; diafragma:
• Sinais de sepse, hipotensão ou choque estão
frequentemente presentes; formação de plastrão
(massa palpável), hipergmpanismo,
• No exame do abdome, há sinais evidentes de
peritonite (sinal de Blumberg +), ausência de macicez
hepágca (sinal de Jobert) e de ruídos hidroaéreos,
abdome em tábua, PNEUMOPERITONIO
A intensidade dos sintomas e a gravidade do quadro
clínico dependerão do local e do tempo de evolução da
perfuração, do gpo de secreção extravasada e das
condições do doente.
Choque distribugvo: direciona o fluxo para outro local;
inadequação entre a entrega e a demanda tecidual.
Pode evoluir para choque sépgco, neurogênico e
anafilágco. Caracterizado pela ausência de macicez
hepágca, sinal de Jobert + e posição antálgica.
EXAME FÍSICO
Inspeção: posição antálgica, pouca mobilidade,
aabdômen pragcamente sem movimento na O gás na radiografia em decúbito lateral esquerdo
respiração, dor piora com o movimento. coleta-se entre o egado e a parede abdominal lateral:
19
- Ar no espaço de Morison: a porção superior do
espaço sub-hepágco posterior pode coletar ar livre. É
visto como radioluscência crescente ou triangular
medialmente abaixo da décima primeira costela, onde
é congda acima pela área nua do egado.
EXAMES LABORATORIAIS
Hemograma, PCR/VHS, Amilase, Lipase, B-HCG, GGT,
Sinal de Rigler. Radiografia simples de abdome em TGO, TGP, coagulograma, bilirrubina, gasometria
decúbito dorsal. Alças de intesgno delgado distendidas arterial, lactato, eletrólitos, EAS
por gás (setas pretas). O gás é observado fora da luz Punção abdominal para aspiração de líquidos
intesgnal (seta branca) e no interior de alças intesgnais intraperitoneais:
(setas pretas), delineando a parede da alça (ponta de - Menos uglizado atualmente;
seta branca). - Quando posigva, auxilia na tomada de decisão e
confirmação do quadro de peritonite.
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- ↑ quangdade de falso-negagvos intensidade e duração e são intercalados por períodos
- Falso-posigvos → punção acidental de alças assintomágco.
intesgnais ou sangue (acidente de punção). RCU hemicólon esquerdo e pancolite
- Em obesos → pode apresentar maior probabilidade (moderado/grave): astenia, febre, perda ponderal e
de falhas. anorexia são comuns. Há diarreia também, com sangue
muco e pus. O tenesmo e a dor abdominal são mais
Lavagem peritoneal: intensos.
- Dosagem do amoníaco do líquido intracavitário em Manifestações extraintesgnais: artrite/ artralgia, aëas
alguns estudos clínicos do passado, para auxílio no orais, pioderma gangrenoso, eritema nodoso,
diagnósgco de perfuração de víscera oca. manifestações oculares
EXAMES LABORATORIAIS:
4. RETOCULITE ULCERATIVA • Angcorpos contra estruturas citoplasmágcas dos
CONCEITO: Doença inflamatória intesgnal neutrófilos (ANCA): Este angcorpo é produzido pelas
crigca, agnge mucosa e reto (+frequente), colo células BB (beta beta) na mucosa intesgnal e pode
esquerdo e eventualmente todo o colo (pancolite). reflegr a resposta local a anzgenos (próprios da
Congnua e não fistuliza. mucosa ou bactérias)
Inflamação crônica que acomete reto e cólon, seguida • Angcorpos ang-Saccharomyces cerevisae (ASCA):
de ulceração da camada mais superficial. Isso pode referem-se ao angcorpo contra o fermento de padaria.
gerar redução na capacidade de absorção de água e Têm sido encontrado em 70% dos pacientes com DC e
eletrólitos = diarreia (com sangue + desnutrição. 15% na RCU. Por isso, não é tão especifico
Relacionada com a herança de genes (suscepgbilidade) PCR, hemograma, B-HCG, TGP, TGP, gasometria,
e fatores ambientais (desconhecidos) eletrólitos, VHS, HIV
EXAMES DE IMAGEM
5. DIVERTICULITE
CONCEITO: diverzculos são pequenas bolsas que se Classificação: ugliza-se a classificação de Hinchey para
formam com o passar dos anos na parede do cólon. A avaliar os quadros de divergculite complicada, ela é
divergculite vai ser quando eles ficam inflamados ou melhor vista na tomografia. Vai de I a IV e sua
infectados, podendo apresentar abscesso ou importância vai ser na determinação do tratamento,
perfuração. O cólon sigmoide é o mais afetado, por isso que vai ser diferente.
a clínica do paciente vai ser mais presente em idosos e
referida na FIE
FATORES DE RISCO: envelhecimento, infecção, carne
vermelha, baixa ingesta de fibras, obsgpação,
obesidade, tabagismo, AINEs, sedentarismo, dieta rica
em gordura.
FISIOPATOLOGIA: micro ou microperfuração do
diverzculo relacionado. Aparentemente, os
fecalitos (que são normais de estarem dentro dos
diverzculos) podem provocar uma obstrução do
diverzculo e aumentar a pressão intraluminal. Isso vai
resultar em uma inflamação, necrose e depois uma
perfuração que vai acabar lançando esse conteúdo
inflamatório para o peritônio, por isso cursa com
peritonite.
QUADRO CLÍNICO: dor constante na FIE, febre
baixa e consgpação intesgnal, náuseas,
vômitos, plastrão, peritonite, anorexia, vômitos.
Acomete o colon sigmoide e colon ascentente.
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Exames laboratoriais: hemograma, B-HCG, VHS/PCR • Diarreia crônica invasiva associada a dor abdominal
(mas o número de evacuações tende a ser menor)
6. DOENÇA DE CROHN • Sintomas gerais: febre (pela inflamação ou por conta
CONCEITO: A doença inflamatória intesgnal idiopágca do abcesso e estula), anorexia e perda de peso (por
crônica refere-se a dois distúrbios inflamatórios: COLITE redução da ingesta e perdas)
ULCERATIVA E DOENÇA DE CROHN. • Dor abdominal - sintoma mais comum, caráter em
ETIOLOGIA E EPIDEMIOLOGIA: idiopágca, embora cólica, intensa e mais presente do que na RCUI
causas infecciosas tenham sido sugeridas geralmente em QID
Ocorre com mais frequência em mulheres • Massa palpável dolorosa no QID - pode representar
Duas idades: 15 e depois dos 40 anos. uma alça intesgnal edemaciada, de diâmetro bastante
A ulceração é transmural e pode ocorrer em qualquer aumentado ou então um abcesso intra-abdominal
parte do trato gastrointesgnal, mais comum no íleo • Doença perineal (15-40% dos casos) - fissuras, ulceras
distal e cólon. e formação de abcessos na região
FATORES DE RISCO: Tabagismo, Baixa ingesta de frutas, Obs.: Não é frequente muco, pus e sangue nas fezes,
Alta ingesta de carboidratos, AINES, Apendicectomia tenesmos, exceto quando há envolvimento do cólon
FISIOPATOLOGIA: A inflamação na mucosa, edema e distal.
fibrose quando localizadas no intesgno delgado (que é Manifestações sistêmicas: fadiga, febre,
a maioria) podem provocar fenômenos disabsorgvos, emagrecimento
que levam ao grande deficit d crescimento, observado • Órgãos-alvo: argculações, pele/mucosas, olho, egado
em 20-30% dos pacientes pediátricos A extensão e a e rim
localização anatômica da lesão determinam o grau de COMPLICAÇÕES
má absorção. Exemplo: quando há compromegmento - estulas na doença de Crohn são formações anormais
do duodeno/jejuno proximal, o paciente vai ter má de comunicação entre órgãos ou entre órgãos e a pele.
absorção de carboidratos, lipídios, vitaminas e folato. Elas podem ocorrer em qualquer parte do TGI, mas são
Quando o compromegmento é mais no íleo terminal, mais frequentes no intesgno delgado e na região
má absorção de B12 perianal. A formação das estulas na doença de Crohn
• Depleção de K: por falta de ingestão e perda excessiva ocorre devido à inflamação crônica e ulceragva
através das fezes presente nas camadas mais profundas da parede
• Hipoalbuminemia: é frequente e pode ser explicada intesgnal.
pela ingestão reduzida, pela má absorção de - estenose intesgnal: uma obstrução parcial
aminoácidos e pela perda proteica através do intesgno - abscessos: devido à presença de inflamação intensa e
inflamado e ulcerado ulceração na parede intesgnal.
• Anemia: pode ser de 2 gpos - microcígca hipocrômica - câncer de cólon
por depressão tóxica da medula - e megaloblásgca nas
lesões extensas do íleo por deficit de vitamina B12. EXAMES LABORATORIAIS
Hemograma: mostra leucocitose com desvio à
Ao contrário do que ocorre na RCU, a DC se caracteriza esquerda, pode ainda evidenciar anemia microcísgca
por um acomegmento desconznuo e focal, tanto hipocrômica, anemia megaloblásgca (mais rara). PCR e
macroscópica quanto microscopicamente. Ou seja, as VHS aumentados Prova de função hepágca:
lesões são salteadas (áreas sãs e áreas doentes). não transaminases e fosfatase alcalina podem estar
acomete o trato intesgnal de forma homogênea. alteradas, mas não tem valor diagnosgco e nem
Úlceras se juntam e formam úlceras lineares separadas prognósgco
por áreas de mucosa normal, dando um aspecto de Exames de fezes: rogna de parasitos, bactérias e vírus,
“paralelepípedo” ou “pedras de calçamento. EAF (gordura, sangue e leucócitos), determinação da
Achado de granuloma não caseoso é patognomônico calprotecgna fecal e lactoferrina fecal
de doença de crohn, pois como não ocorrem na RCU. Testes sorológicos: o ASCA e pANCA devem ser
OBS.: DIFEFERENTEMENTE DA RCU, A DOENÇA DE pesquisados para ajudar na diferenciação entre RCU
CROHN POUPA O RETO! (pANCA) e DC (ASCA). Porém, os dois não são
marcadores mágicos para o diagnosgco da DII, porque
QUADRO CLÍNICO: o ASCA pode estar aumentado em outras afecções com
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aumento da permeabilidade intesgnal (como na TRATAMENTO
doença celíaca). Medidas gerais na fase aguda: repouso no leito, suporte
nutricional com terapia enteral/parenteral,
EXAMES DE IMAGEM suplementação vitamínica e suporte emocional. O
• Método de escolha!: ileocolonoscopia com biópsias TABAGISMO DEVE SER ABANDONADO (SEMPRE)
• Raio X: Infecções ou abscessos devem receber
• Trânsito intesgnal: fundamental para estudar o íleo angbiogcoterapia apropriada, além de drenagem
terminal, mostrando estenoses, ulcerações e cirúrgica ou percutânea conforme necessidade.
fistulizações, visto que o compromegmento do delgado Grave: devem ser tratados em hospitais, com
está presente em mais de 90% dos pacientes com DC hidratação, transfusão e suporte nutricional a critério
• Enema opaco: contraindicado em fase aguda pelo clínico. Iniciamos o tratamento com corgcoide
risco de perfuração ou dilatação (megacólon tóxico). (hidrocorgsona) IV, que é subsgtuída por VO após
Pode ser totalmente normal em casos leves ou melhora clínica.
apresentar redução das haustrações, estreitamento do
lúmen intesgnal
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PROBLEMA 05 – ABDOME AGUDO HEMORRÁGICO DIAGNÓSTICO:
EXAME FÍSICO: massa abdominal palpável e pulságl,
1. ABDOME AGUDO HEMORRÁGICO visceromegalias, irritação peritoneal, equimose e sinais
CONCEITO: quadro decorrente de sangramento intra semiológicos.
abdominal espontâneo, independentemente de sua
egologia, excluindo, entretanto, os sangramentos EXAMES LABORATORIAIS:
provocados por traumagsmos abdominais, os que • Hemograma: se a hemorragia for considerável e
ocorrem no pós-operatório e os devidos a houver tempo para mecanismos compensatórios, a
procedimentos abdominais diagnósgcos. hemoglobina e hematócrito estarão reduzidos
EPIDEMIOLOGIA: • Coagulação: é necessário fazer o estudo da
protrombina, tromboplasgna e trombina (TAP e TTPA)
• Mulheres sexualmente agvas: tem que fazer teste de
gravidez para descartar gestação ectópica rota
RELEMBRANDO:
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FATORES DE RISCO: > 60 anos, doença aterosclerógca,
MAV, uso de medicamentos vasoconstritores, cirurgia
cardiovascular, doenças cardíacas (IAM, arritmias
TRATAMENTO cardíacas), sepse, hemodiálise, trombofilias, uso de
Antes mesmo de realizar os exames nos pacientes ACO…
instáveis, para TODOS aqueles com AAH, a primeira
coisa a se fazer é a reposição volêmica de acordo com a QUADRO CLÍNICO: As formas de apresentação e
perda sanguínea esgmada para posteriormente fazer a gravidade podem variar desde um quadro súbito
laparotomia exploratório. (infartos) a quadros de angina abdominal crônica. Além
disso, pode apresentar sintomas variáveis como
2. ABDOME AGUDO VASCULAR náuseas e vômitos, diarreia e consgpação. Uma das
CONCEITO: doença grave caracterizada por dor caracterísgcas mais marcantes é a desproporção entre
abdominal intensa de origem vascular resultante de a queixa do paciente e o exame esico. Isso porque a
uma redução súbita do fluxo sanguíneo intesgnal → dor é de forte intensidade, mas no exame esico o
necessita de intervenção médica imediata por ser abdome é flácido, não relata dor à palpação e não
potencialmente fatal. As vezes, é um quadro arrastado mostra sinais de peritonite. A explicação para isso é
com intensidade diminuída pela formação de uma porque o que causa a dor intensa difusa é a isquemia,
circulação colateral que vai suprindo a região. não a peritonite.
CAUSAS: embolia de artéria mesentérica superior, CHOQUE HIPOVOLEMICO
isquemia não oclusiva, trombose da artéria
mesentérica superior, trombose da veia mesentérica EXAME FÍSICO: inicialmente o abdome pode estar
superior. normal, com dor leve a moderada, peristalse normal ou
FATORES DE RISCO: IAM prévio, doença de artéria aumentada. Com a progressão da isquêmica, surge a
obstrugva, idade avançada e fibrilação arterial distensão abdominal e o gmpanismo aumentado.
FISIOPATOLOGIA: lesão isquêmica na musica intesgnal, Sinais de choque e peritonite generalizada são achados
devido a redução do fluxo (arterial ou venoso), que leva tardios que indicam prognósgco ruim.
a lesões na mucosa (pela isquemia e pela formação de
metabólitos tóxicos com ela), deixando o intesgno
edemaciado. Essa necrose e infarto transmural pode se
complicar e evoluir para uma perfuração, que vai
culminar em achados no exame clínico (como a
presença de hemoperitônio por exemplo).
EM RESUMO: Diminuição ou ausência de profusão
gssular intesgnal que leva a isquemia de alça.
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EXAMES LABORATORIAIS: são inespecíficos
(porque não existe marcador de isquemia ou CONCEITO: diminuição do fluxo que leva a isquemia e
necrose intesgnal) → porém, presença de necrose ocasionando trombo e/ou êmbolos.
hemoconcentração, leucocitose e acidose metabólica, Região mais acomegda é a mucosa duodenal
elevação do lactato associados à clínica de distensão, do intesgno delgado.
defesa e ausência de peristalgsmo, sugerem doença Oclusão da AMS (artéria mesentérica superior, ramo do
avançada. tronco celíaco da aorta abdominal) pode ocorrer por
embolo (coágulo arrastado) ou trombo (coágulo
EXAMES DE IMAGEM: solicitados são para pacientes formado no local). CARDIOPATAS
estáveis. O de primeira escolha deve ser a TC • Oclusão por êmbolo: é mais comum e costuma ter
abdominal com contraste, porque idengfica melhor prognósgco já que a obstrução é mais distal do
aterosclerose e exclui outras causas de dor abdominal que na trombose, com infartos menos extenso e
aguda. poupando mais o delgado. Os êmbolos surgem do AE,
• Angiotomografia: atualmente, é o exame padrão VE, valvas cardíacas. Tem como fator de risco o IAM,
ouro na isquemia mesentérica ajuda e crônica. A FIBRILACAO ARTRIAL ou estenose mitral, doença de
vantagem é que ela pode ser usada de forma Chagas, valvulopagas, trombofilia e gases.
terapêugca, como em uma abordagem endovascular
ou injeção direta de vasodilatador.
TRATAMENTO
Tratamento clínico: depende da causa e da duração
O manejo inicial consiste na compensação clínica. O
paciente é monitorado quanto a FC e FR, é feito um
acesso venoso para reposição volêmica e correção de
distúrbios hidroeletrolígcos, analgesia e
angbiogcoterapia de amplo espectro
Alguns angcoagulantes são uglizados nos casos de
oclusão e em alguns casos de isquemia mesentérica
• Oclusão por trombo: ocorre devido a alguma doença
não-oclusiva (evitar formação de trombos), exceto se
intrínseca como a tríade de Virchow. Inclusive, a
gver sangramento agvo
trombose da AMS é a principal causa de isquemia do
delgado em pacientes jovens com doenças
Tratamento definigvo
cardiovasculares. Causas: cardiopagas, CIVD, SEPSE
É feito por laparotomia, visando restabelecer o fluxo
EPIDEMIOLOGIA: idosos, cardiopagas, AVC prévio,
sanguíneo, avaliar a viabilidade do intesgno e ressecar
infarto prévio, histórico de trombose.
segmentos intesgnais inviáveis → pode ser necessária
QUADRO CLÍNICO: idem AA vascular
uma segunda reabordagem (“second look”) em 24-48h
DIAGNÓSTICO: idem AA vascular
para reavaliar a persistência da isquemia.
EXAME DE IMAGEM: ANGIOTC e arteriografia (padrão
ouro)
TRATAMENTO: angcoagulante e terapia angagregante
-embolia -> embolectomia + enterectomia (ressecção)
- trombo-> by-pass + enterectomia
COMPLICAÇÕES: síndrome do intesgno curto
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