IEL II Programa 2021
IEL II Programa 2021
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I. Objetivos
O curso tem como objetivo introduzir os alunos no universo da análise e da interpretação de textos
narrativos, a partir da discussão de textos teóricos e da análise de contos e romances. Busca-se
desenvolver a formação de um repertório de leituras, a assimilação de procedimentos analítico-
interpretativos e a reflexão crítica sobre as relações entre texto e tradição literária, bem como entre
literatura e sociedade.
III. Métodos
Aulas expositivas, tendo por base a análise e a interpretação de textos literários, bem como a
discussão de textos teóricos fundamentais.
V. Critérios de avaliação
Participação nas aulas; qualidade do trabalho de aproveitamento e de outras avaliações, levando em
consideração a capacidade analítica, a clareza de exposição e a citação adequada das fontes
consultadas.
Bibliografia básica
Sobre o romance
BAKHTIN, Mikhail. “Epos e romance”. In: Questões de literatura e estética: a teoria do romance.
São Paulo: Hucitec / Ed. Unesp, 1988, pp. 397-428.
CANDIDO, Antonio. “Um instrumento e descoberta e interpretação”. In: Formação da literatura
brasileira (momentos decisivos). 7ª ed. Belo Horizonte: Itatiaia, 1993, vol. II, cap. 3, pp. 97-
105.
CANDIDO, Antonio. “Timidez do romance”. In: A educação pela noite e outros ensaios. São
Paulo: Ática, 1987, pp. 82-99.
CARPEAUX, Otto Maria. “Formas do romance”. Literatura e sociedade, n. 1, São Paulo: DTLLC-
FFLCH-USP, 1996, pp. 114-118.
EAGLETON, Terry. “What is a novel?”. In: The English Novel: An introduction. Oxford:
Blackwell, 2005, pp. 1-21.
LUKÁCS, Georg. A teoria do romance. São Paulo: Duas Cidades / Ed. 34, 2000.
LUKÁCS, Georg. “O romance como epopeia burguesa”. In: Arte e Sociedade: escritos estéticos
1932-1967. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 2009, pp. 193-243.
MAGRIS, Claudio. “O romance é concebível sem o mundo moderno?”. In: MORETTI, Franco
(org.). O romance 1: a cultura do romance. São Paulo: Cosac Naify, 2009.
MORETTI, Franco. “O século sério”. Novos estudos CEBRAP, n. 65, São Paulo, março 2003, pp. 3-
33.
MORETTI, Franco. O burguês: entre a história e a literatura. São Paulo: Três Estrelas, 2014.
ROSENFELD, Anatol. “Reflexões sobre o romance moderno”. In: Texto / contexto. 2ª ed. São
Paulo: Perspectiva, 1973, pp. 75-97.
VASCONCELOS, Sandra Guardini T. Dez lições sobre o romance inglês do século XVIII. São
Paulo: Boitempo, 2002.
WATT, Ian. A ascensão do romance: estudos sobre Defoe, Richardson e Fielding. São Paulo:
Companhia das Letras, 1990. [Cap. 1: “O realismo e a forma do romance”, pp. 11-33; cap.
2: “O público leitor e o surgimento do romance”, pp. 34-54.]
Sobre o conto
ANDRADE, Mário de. “Contos e contistas”. In: O Empalhador de Passarinho. 3ª ed. São Paulo:
Martins; Brasília: INL, 1972, pp. 5-8.
ANGELIDES, Sophia. A. P. Tchekhov: Cartas para uma poética. São Paulo: Edusp, 1995.
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BOSI, Alfredo. “Situação e formas do conto brasileiro contemporâneo”. In: BOSI, A. (org.). O
conto brasileiro contemporâneo. São Paulo: Cultrix/ EDUSP, 1975, pp. 7-22.
CORTÁZAR, Julio. Valise de Cronópio. 2ª ed. São Paulo: Perspectiva, 1993. [Ver os ensaios “Poe:
o poeta, o narrador e o crítico”, pp. 103-46; “Alguns aspectos do conto”, pp. 147-66; “Do
conto breve e seus arredores”, pp. 227-37.]
GOTLIB, Nádia. Teoria do conto. São Paulo: Ática, 1985. (Série Princípios)
PASSOS, Cleusa Rios P. “Breves considerações sobre o conto moderno”. In: BOSI, V. et al.
(orgs.). Ficções: leitores e leituras. São Paulo: Ateliê, 2001, pp. 67-90.
POE, Edgar Allan. “Review of Hawthorne – Twice Told Tales” (1842). <www.eapoe.org>
PIGLIA, Ricardo. “Teses sobre o conto”. In: Formas breves. São Paulo: Cia. das Letras, 2004, pp.
87-94.
Literatura e sociedade
ADORNO, Theodor W. “Posição do narrador no romance contemporâneo” In: Notas de literatura I.
São Paulo, Duas Cidades / Ed. 34, 2003, pp. 55-63.
AUERBACH, Erich. Mimesis: A representação da realidade na literatura ocidental. 2ª ed. São
Paulo: Perspectiva, 1987. [Especialmente: “Epílogo”, “Na mansão de La Mole”, “A meia
marrom”.]
BENJAMIN, Walter. “O narrador”. In: Obras escolhidas I: Magia e técnica, arte e política. São
Paulo: Brasiliense, 1985, pp. 197-221.
CANDIDO, Antonio. Literatura e sociedade. 6ª ed. São Paulo: Nacional, 1980.
LUKÁCS, Georg. “Narrar ou descrever?”. In: Ensaios sobre literatura. 2ª ed. Rio, Civilização
Brasileira, 1968, pp. 47-99.
SCHWARZ, Roberto. “A importação do romance e suas contradições em Alencar”. In: Ao vencedor
as batatas: Forma literária e processo social nos inícios do romance brasileiro. São Paulo:
Duas Cidades, 1977, pp. 29-60.
Análise e interpretação
Sobre Machado de Assis
BOSI, Alfredo. “A máscara e a fenda”. In: BOSI, A. et al. Machado de Assis: antologia & estudos.
São Paulo: Ática, 1982, pp. 437-457.
CANDIDO, Antonio. “Esquema de Machado de Assis”. In: Vários escritos. São Paulo: Duas
Cidades, 1970, pp. 13-32.
GLEDSON, John. Por um novo Machado de Assis. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
PEREIRA, Lúcia Miguel. “Machado de Assis”. In: Prosa de Ficção (de 1870 a 1920). 2ª ed. Rio de
Janeiro: José Olympio, 1957, pp. 59-107.
SCHWARZ, Roberto. Um mestre na periferia do capitalismo: Machado de Assis. São Paulo: Duas
Cidades, 1990.
SCHWARZ, Roberto. “Duas notas sobre Machado de Assis”. In: Que horas são? São Paulo:
Companhia das Letras, 1987, pp. 165-178.
Sobre outros autores
CANDIDO, Antonio. “Dialética da malandragem”. In: O discurso e a cidade. São Paulo: Duas
Cidades, 1993, pp. 19-54. [Ver também o “Prefácio”, pp. 9-15.]
CANDIDO, Antonio. “De cortiço a cortiço”. In: O discurso e a cidade. São Paulo: Duas Cidades,
1993, pp. 123-152.
CARONE, Modesto. “O realismo de Franz Kafka”. In: Lição de Kafka. São Paulo: Companhia das
Letras, 2009, pp. 37-46.
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LAFETÁ, João Luiz. “O mundo à revelia”. In: A dimensão da noite e outros ensaios. São Paulo:
Duas Cidades / Ed. 34, 2004, pp. 72-102.
RABELLO, Ivone Daré. A caminho do encontro: uma leitura de Contos Novos de Mário de
Andrade. São Paulo: Ateliê, 1999.
SPITZER, Leo. “Uma reinterpretação de ‘A queda da casa de Usher’”. Magma, n. 7, DTLLC-
FFLCH-USP, 2001, pp. 111-119.