MALARIA GRAVE mocuba
MALARIA GRAVE mocuba
MALARIA GRAVE mocuba
Malária
Introdução
Cerca de 300 a 500 milhões de casos por ano
Gestantes;
Reservatórios
Humanos doentes ou assintomáticos
Primatas (Simions): P. vivax
Aves silvestres: P. falciparum
Ciclo de Vida e Patogénese
H. definitivo
H. Intermedio
DIAGNÓSTICO
malária não complicada
• Clínico
– História clínica (completa)
• Idade Sinais e sintomas de malária não complicada
• Estado
• Residência
• Viajens
• Sintomas (não específicos)
– Exame físico
• Peso
• Todos sistemas (sinais)
é uma
emergência
médica que
requer uma
avaliação clínica
cuidadosa e
tratamento
urgente.
Bilirrubina Plasmática >50umol
ou ureia >20 )
LEMBRAR SEMPRE QUE:
• Não se deve esperar pelo resultado da lâmina para iniciar o
tratamento da malária grave, sobretudo se houver sinais
clínicos óbvios de malária grave.
Inclui:
alteração do nível de consciência,
9),
A exclusão de outras encefalopatias e
Convulsoes
Efeito directo dos parasitas no cérebro (sequestro)
Resultantes de alterações metabólicas (ex: hipoglicémia,
acidose grave, hiponatrémia ou hipóxia).
Temperatura elevada com desencadeador ou exacerbador.
Malária complicada/Grave
MALARIA CEREBRAL
FISIOPATOLOGIA
Aumento da pressão intracraneana
Provavelmente devido ao edema cerebral.
Eritrócitos sequestrados no cérebro e dilatação das
veias cerebrais em resposta a presença do parasita.
Malária complicada/Grave
FISIOPATOLOGIA
Hipoglicemia
problemática em crianças e mulheres grávidas
A hipoglicemia na malária é resultante de uma
insuficiência da gliconeogênese hepática e de um
aumento do consumo de glicose tanto pelo hospedeiro
como, em grau muito menor, pelos parasitas da malária.
Pode também ser causada pela quinina.
Malária complicada/Grave
FISIOPATOLOGIA
Acidose metabólica
Resulta da relativa falta de oxigénio (sequestro de
eritrócitos).
Agravada pela hipovolémia e anemia grave.
Activação das via anaeróbicas com produção de ácido
láctico.
Medicamentos contendo salicilatos, usados para a febre,
podem agravar a acidose.
Presenca de septicémia por gram-negativos agrava a
acidose.
Malária complicada/Grave
FISIOPATLOGIA
Edema pulmonar não cardiogênico
Pode resultar de excesso de líquidos de reposição
Sobretudo se IR.
Hidratacao desnecessaria em mulheres gravidas
FISIOPATOLOGIA
Anormalidades hematológicas
ANEMIA NORMOCITICA NORMOCROMICA
Devida à hemólise: baco e Esquizogonia
TROMBOCITOPENIA
Anormalidades discretas da coagulação são comuns na malária
falciparum, e trombocitopenia leve é comum (uma contagem de
plaquetas normal deve levantar questionamentos sobre o diagnóstico
de malária Grave).
Malária complicada/Grave
FISIOPATOLOGIA
Shock
Resulta de debito cardiaco inadequado e perfusão tissular
pobre e bacteriémia.
Desordens hemorrágicas
Embora plaquetas baixas, sangramento raro
Resulta de CID.
. Malária Hepática
Ictericia que resulta da hemólise
necrose centrolobular
Disfunção hepática: BD>50mg/dl, ALT e AST elevadas
Malária complicada/Grave
FISIOPATOLOGIA
Malária Intestinal
Chamada de malária álgida
comprometimento do tubo digestivo: diarreia profusa, às
vezes sanguinolenta, acompanhada de intensa prostração
e eventual colapso circulatório. Curso afebril.
Malária na Gestante
Causa frequente de abortamentos, morte neonatal,
parto prematuro e baixo peso ao nascimento.
Risco de transmissão congênita da malária.
ASPECTOS DIFERENCIAIS CRIANÇAS E ADULTOS
Malária complicada/Grave
COMPLICAÇÕES CRÔNICAS DA MALARIA CRONICA
ESPLENOMEGALIA HIPER-REATIVA POR MALÁRIA:
Infecções crônicas ou repetidas por malária produzem
hipergamaglobulinemia; anemia normocrômica,
normocítica; e, em certas situações, esplenomegalia.
uma massa abdominal ou uma sensação de peso no
abdomen e dor abdominal aguda ocasional sugestiva de
periesplenite.
Costuma haver anemia e algum grau de pancitopenia
(hiperesplenismo). Dp pode ser ausente.
A vulnerabilidade a infecções respiratórias e cutâneas está
aumentada, muito risco de sepse.
Conduta: Quimioprofilaxia
Malária complicada/Grave
Clinico
Laboratorial
• Microscopia óptica (padrão ouro)
• Testes de diagnostico rápido “dipsticks”
• Serologia para detecção de anticorpos
• Microscopia de fluorescência
• Diagnóstico molecular (PCR).
• Mecanismos de acção
– Histidine-Rich Protein 2 (HRP-2 )
– Plasmodium lactate
dehydrogenase (pLDH)
MICROSCOPIA
• Tipos de coloração
– Giemsa: Mais usado em Moçambique
– Outros: Menos usados em Moçambique (Wrigth,
Field, Leishman, Quantitative buffy Coat)
DENSIDADE PARASITÁRIA
• Métodos
– Percentagem de GV parasitados (%)
– Parasitas por µl
EXEMPLOS
Apresentação de resultados da microscopia
Definição da hiperparasitemia
Malária grave:
≥100.000p/µl
Gvp ≥ 2%
Critérios de uso do Teste de
Diagnóstico Rápido ( TDR)
Deve ser feito a todos doentes com febre e/ou
suspeita de malária ( Malária não complicada e
complicada/grave) ;
5 - <3 1 1 1 1 1 1
<15
15 - 3 - < 2 2 2 2 2 2
<25 9
25 - 9 - < 3 3 3 3 3 3
<35 15
Artesunato +Amodiquina
Número de Comprimidos
Medicamento de eleição:
Artesunato EV/IM Artesunato EV/IM (incluindo criança
com <5kg)
Quinino EV/IM(crianças <5Kg)
Medicamento alternativo:
Quinino EV/IM
Principais “mudancas” da Norma de Tratamento da
Malária
Tratamento pré-referência
ANTERIOR ACTUAL
Artesunato supositório apenas em
Artesunato supositório (APE) crianças menores de 6 anos (APE)
Malária grave/complicada
Malária grave/complicada
1° trimestre: Quinino injectável
Artesunato injectável todos
2 ° Trimestre: Artesunato
trimestres da gravidez
injectavel
FALÊNCIA TERPEUTICA
DEFINIÇÃO CAUSAS
Vomitos ou diarreia
Dose insuficiente
Febre ou persistencia Erro do diagnostic
dos sintomas por Nao cumprimento do
mais de 3 dias apos tratamento
tratamento correcto e Resistencia ao
presence de parasitas
medicamento
exclui-se os
Medicamento de baixa
gametocitos
qualidade
Interaccoes
medicamentosas
Falencia terapeutica
• Tratamento de escolha:
Artesunato:
• ate 20 kg de peso: 3.0 mg/kg
• > 20 kg: 2.4 mg/kg /IV ou IM na
admissão e depois às 12 e 24 horas,
seguido de 1x/dia até 9 doses máximo.
Tratamento da malária grave com
antimaláricos
• Quinino injectavel: tratamento alternative
• Apresentação: ampolas de 300mg/ml de Dicloridrato de Quinino ou
Ampolas de 600mg/2ml de Dicloridrato de Quinino.
• Posologia:10mg/kg de Dicloridrato de Quinino diluir em dextrose
5%na mesma proporção.
• Administração: EV durante 4 horas com intervalo de 8/8h, logo que
paciente tolere a via oral (minimo 72h de medicação injectável),
passar para medicação por via oral.
• NB: Em paciente com I. renal ou hepatica dar de 12/12h.
Artesunato supositório
5 – 14,5 02 - 100 1
36meses
14,6- 20 37 - 100 2
60meses
Monitorização dos sinais vitais
• Pulso
• Temperatura
• Frequência respiratória
• Tensão arterial.
• Monitorização da ingestão e excreção
• Deve-se manter uma tabela rigorosa de 24 horas da ingestão e excreção
de líquidos, para todos os doentes com malária grave. Examinar
regularmente sinais de desidratação ou de excesso de líquidos (volume,
cor e densidade especifica da urina).
• Monitorização do nível de consciência
Monitorizar o nível de consciência pelo menos de 6 em 6 horas.
• BOM PROGNOSTICO
MANEJO DAS COMPLICACOES
Edema agudo de pulmão (síndrome da angústia respiratória aguda):
Causada por aumento da permeabilidade capilar pulmonar.
Destress respiratória:
Ristricção liquida.
Hipoglicemia:
Injeção lenta inicial de glicose a 20% (2 mL/kg em 10 minutos)
deve ser seguida por uma infusão de glicose a 10% (0,10 g/kg/h).
Hipoglicemia (<2,2 mmol / l ou <40 mg / dl):
ou detrose 50% ev, 1 ml/kg ou 0.25/kg, durante 10 minutos.
Indicações
Indicações
Regime posológico mais fácil
Adequado para viagens longas
Pode ser usado durante a gravidez no segundo e terceiro trimestres
Deve ser iniciado 2 semanas antes da viagem
• Tomar até 4 semanas após regresso
Regimes de Quimioprofilaxia
– Atovaquona-proguanil(Malarone)
– - Iniciar 1 dia antes da viajem, tomar diariamente e
continuar até 4 semanas depois de regressar (11-20 Kg – ¼
comp;21 – 30 Kg – ½ comp; 31 – 40 Kg – ¾ comp; > 40
Kg -1 comp) 250/100mg/dia
Regimes de Quimioprofilaxia
Indicações
Poucos efeitos adversos
Início 1-2 dias antes da viagem
Seguro durante a gravidez
Comprimidos pediátricos disponíveis
• Tomado apenas 7 dias após retorno
Regimes de Quimioprofilaxia