Revisão Imuno
Revisão Imuno
Revisão Imuno
Fase Aguda:
Imunofluorescência Indireta (IFI): Técnica que usa anticorpos fluorescentes para detectar a
presença de anticorpos anti-T. cruzi no soro do paciente.
Fase Crônica:
● Sorológico: A maioria dos casos crônicos não tem parasitas circulando em níveis
detectáveis no sangue. Portanto, o diagnóstico sorológico torna-se fundamental.
● ELISA (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay): Esse é o teste mais utilizado para
detectar anticorpos IgG. O ELISA é altamente sensível e específico, sendo utilizado
para detectar a presença de anticorpos contra o T. cruzi.
● HAI (Hemaglutinação Indireta): Esse teste sorológico também pode ser utilizado para
detectar anticorpos IgG e avaliar a resposta imunológica do paciente.
● IFI (Imunofluorescência Indireta): Utiliza antígenos do T. cruzi em combinação com
anticorpos fluorescentes para verificar a presença de anticorpos específicos. É uma
técnica sensível, mas menos utilizada em larga escala.
Testes Moleculares:
Embora os testes sorológicos sejam os mais comuns, os testes moleculares, como a PCR
(Reação em Cadeia da Polimerase), também podem ser usados para o diagnóstico da Doença
de Chagas, especialmente na fase aguda, quando o parasita está circulando no sangue. A PCR
pode detectar o DNA do T. cruzi diretamente no sangue do paciente, sendo uma ferramenta
útil para a detecção precoce da infecção.
Diagnóstico Diferencial:
É importante que o diagnóstico da Doença de Chagas seja confirmado com mais de um teste,
pois existem doenças que podem causar resultados falsos positivos nos testes sorológicos. O
diagnóstico diferencial deve ser feito com base em:
● Reações cruzadas com outras infecções (como leishmaniose, doença de Lyme ou
doenças autoimunes).
● Histórico epidemiológico do paciente (informações sobre exposição a áreas
endêmicas e possíveis formas de transmissão).
● Avaliação clínica dos sintomas do paciente.
Resultados Positivos:
Resultados Indeterminados:
Tratamento e Monitoramento:
Conclusão:
O que é o Cut-off?
O cut-off é o ponto de corte, ou limite, usado para diferenciar entre uma amostra positiva ou
negativa para o patógeno (ou anticorpos contra ele). O cut-off é baseado em dados de testes
realizados em amostras de controle, e pode ser determinado a partir da média dos resultados
de uma população saudável ou não infectada.
Cálculo do Cut-off:
● O cálculo do cut-off pode ser baseado em diferentes abordagens estatísticas, mas uma
das mais comuns é a média + 3 desvios padrão (DP) dos resultados de uma população
saudável ou de controle.
● Em alguns casos, 10% acima ou abaixo da média de um grupo de controle pode ser
utilizado para definir o cut-off, dependendo do teste e dos parâmetros do fabricante.
Vamos supor que você tenha feito um teste ELISA para detectar anticorpos contra o
Trypanosoma cruzi (parasita causador da Doença de Chagas) e obteve uma média de 0,300 na
amostra de controle (sem anticorpos presentes) com um desvio padrão (DP) de 0,010. O
cálculo seria:
● Cut-off = Média + 3 DP
● Cut-off = 0,300 + (3 * 0,010)
● Cut-off = 0,300 + 0,030 = 0,330
Isso significa que qualquer amostra com absorbância superior a 0,330 seria considerada
positiva para anticorpos contra o Trypanosoma cruzi, e uma amostra abaixo desse valor seria
negativa.
Interpretação:
● Positiva: Se a amostra tiver uma absorvância maior que o cut-off (por exemplo,
0,350), ela será positiva para a doença, indicando que o paciente tem anticorpos
contra o Trypanosoma cruzi.
● Negativa: Se a amostra tiver uma absorbância menor que o cut-off (por exemplo,
0,290), o paciente provavelmente não tem a infecção ou a quantidade de anticorpos é
muito baixa para ser detectada.
● Zona de indeterminação: Valores que ficam muito próximos ao cut-off, como 0,320
ou 0,340, podem ser classificados como "indeterminados", o que significa que o teste
precisa ser repetido ou mais testes devem ser feitos para confirmação.
Considerações Importantes:
● Fatores que afetam o Cut-off: O cut-off pode ser influenciado por vários fatores, como
a qualidade dos reagentes, a variabilidade técnica do laboratório e características do
próprio paciente (como fase da doença ou características imunológicas).
● Testes de Confirmação: Quando os resultados ficam na zona de indeterminação, é
comum realizar testes adicionais (como HAI ou IFI) para confirmação. Além disso, a
combinação de métodos (ELISA + HAI, por exemplo) aumenta a precisão do
diagnóstico.
Imaginemos que você fez o cálculo do cut-off para um teste ELISA e obteve 0,330. Agora, ao
testar uma amostra, você tem a seguinte leitura de absorbância:
Estrutura do HIV:
● Núcleo: Contém duas cópias de RNA de cadeia simples, que representam o material
genético viral.
● Capsídeo: Camada proteica que envolve o RNA.
● Envelope lipídico: Formado pela membrana da célula hospedeira, contendo proteínas
virais importantes, como gp120 e gp41, que são essenciais para a entrada do vírus na
célula.
● HIV-1 é o tipo de HIV mais comum e prevalente no mundo todo.
HIV-2 é mais prevalente na África Ocidental, e sua progressão clínica é mais lenta, além de
produzir uma carga viral mais baixa. A evolução da infecção por HIV-2 tende a ser mais
branda, em comparação com a infecção por HIV-1.
Subtipos do HIV:
Testes Rápidos:
São imunoensaios simples realizados com amostras de sangue (geralmente por punção
digital) ou fluido oral. A principal vantagem é o tempo rápido de resultado, que pode ser de
até 30 minutos.
O teste de imunocromatografia de fluxo lateral é uma das tecnologias mais utilizadas. Esses
testes têm baixo custo e aumentam o acesso ao diagnóstico, principalmente em áreas de
difícil acesso.
O teste ELISA foi uma das primeiras formas de detecção do HIV. Com o tempo, evoluiu para
detectar diferentes tipos de anticorpos e antígenos.
Western Blot:
No Western Blotting, a presença das proteínas gp120, gp41 (do envelope viral) e p24 (do
capsídeo viral) confirma a infecção pelo HIV. A combinação de proteínas do envelope e do
capsídeo é considerada um critério diagnóstico reagente, de acordo com os protocolos de
confirmação para HIV.
PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) é uma técnica altamente sensível e precisa para
detectar o material genético do HIV (RNA ou DNA), mesmo antes da produção de
anticorpos. A vantagem do PCR é sua capacidade de detectar o HIV em fases muito precoces
da infecção, antes de a resposta imunológica ser desencadeada.
Teste PrEP:
O PrEP (profilaxia pré-exposição ao HIV) é um tratamento preventivo para pessoas com alto
risco de contrair o HIV. Consiste no uso de medicamentos para reduzir a chance de infecção.
Se você está se referindo aos testes relacionados ao PrEP, aqui está um resumo:
● A pessoa precisa ser testada para HIV antes de iniciar o PrEP para garantir que esteja
HIV-negativa. Isso é importante porque o PrEP não é recomendado para pessoas que
já são HIV-positivas.
● Também são realizados testes de função renal e hepática, além de exames para
infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), para garantir que a pessoa esteja
saudável o suficiente para começar o tratamento.
Após iniciar o PrEP, são necessários testes regulares a cada 3 meses, que incluem:
Conclusão:
Hepatite é a inflamação do fígado, que pode ser causada por diversos agentes, como:
As hepatites virais são infecções que afetam especificamente as células do fígado, resultando
em uma resposta inflamatória. Dependendo do tipo de vírus, a infecção pode ter diferentes
evoluções:
1. Hepatite A (HAV)
2. Hepatite B (HBV)
3. Hepatite C (HCV)
4. Hepatite D (HDV)
5. Hepatite E (HEV)
Hepatite A (HAV):
Hepatite B (HBV):
Hepatite D (HDV):
Hepatite E (HEV):
● Transmissão: Também via fecal-oral, como o HAV, e é mais comum em áreas com
saneamento precário.
● Evolução: Na maioria dos casos, é autolimitada, mas pode ser grave em gestantes.
● Sintomas: Icterícia, cansaço, febre baixa, dor abdominal.
● Profilaxia:
○ Vacinação disponível em alguns países (não no Brasil).
○ Medidas de controle sanitário e higiene.
● Tratamento: Não há tratamento antiviral específico, a recuperação é principalmente de
suporte.
Risco de Cronificação
O diagnóstico imunológico é crucial para identificar o tipo de hepatite, seu estágio (aguda ou
crônica) e a presença de imunidade. Isso é feito por meio de marcadores sorológicos e testes
moleculares (como PCR).
Hepatite A (HAV):
Hepatite B (HBV):
Hepatite C (HCV):
● Anti-HCV: Indicador de infecção (aguda, crônica ou curada).
● RNA do HCV por PCR: Confirma infecção ativa e é usado para monitorar a carga
viral.
Hepatite D (HDV):
Hepatite E (HEV):
Conclusão
Resumo:
Hipersensibilidade é uma resposta imunológica exagerada que causa dano aos tecidos.
Existem quatro tipos principais de hipersensibilidade, classificados conforme o mecanismo
imunológico envolvido.
Doenças Autoimunes
● FAN (Fator Antinuclear): Teste de triagem que detecta autoanticorpos dirigidos contra
componentes nucleares das células. Pode ser positivo em diversas doenças
autoimunes.
● Anticorpos específicos:
○ Anti-dsDNA: Específico para o Lúpus Eritematoso Sistêmico.
○ Anti-CCP: Para a Artrite Reumatoide.
○ Anti-Scl-70: Indicativo de Esclerose Sistêmica.
● Complemento C3 e C4: Níveis baixos são encontrados em várias doenças autoimunes,
especialmente em Lúpus e Vasculites.
● Descrição: Teste antigo para detectar IgE específica para alérgenos no sangue.
Atualmente, foi substituído por métodos mais modernos, como o ImmunoCAP,
devido a sua maior sensibilidade e especificidade.
Prick Test
● Descrição: Teste cutâneo que avalia a reatividade a um alérgeno específico por meio
da aplicação do alérgeno na pele. Se o paciente for alérgico, ocorre uma reação
imediata (vermelhidão e inchaço).
● Indicações: Diagnóstico de alergias respiratórias, alimentares e picadas de insetos.
ImmunoCAP
● Descrição: Teste mais moderno para medir IgE específica no sangue, permitindo a
detecção de alergias a diversos alérgenos com alta precisão.
● Vantagens: Mais preciso que o RAST, oferece resultados mais confiáveis para
diagnóstico.
Resumo:
O FAN com título elevado (1:640) e padrão nuclear homogêneo é típico de lúpus eritematoso
sistêmico (LES). A presença de anticorpos anti-DNA de fita dupla (anti-dsDNA) reforça o
diagnóstico, pois esses anticorpos são altamente específicos para LES. Os sintomas clínicos
de Ana também são compatíveis com a doença.
● FAN negativo ou de título muito baixo (ex.: 1:40, que pode ocorrer em indivíduos
saudáveis).
● Ausência de anticorpos específicos (anti-dsDNA, anti-Sm, anti-CCP, etc.).
● Nenhum padrão fluorescente sugestivo de doença autoimune.
● Ausência de sintomas clínicos relevantes ou achados que possam ser atribuídos a
doenças autoimunes.
● FAN positivo, mas com padrão ou título que não é específico (ex.: pontilhado fino,
citoplasmático, ou título baixo como 1:80).
● Ausência de anticorpos específicos (anti-dsDNA, anti-Sm, anti-Ro, etc.), mas
presença de sintomas clínicos que sugerem doenças autoimunes.
● Este cenário indicaria a necessidade de exames complementares, como biópsia (em
caso de suspeita de lúpus cutâneo) ou outros autoanticorpos para direcionar o
diagnóstico.
A técnica ImmunoCAP utiliza uma fase sólida revestida com alérgenos específicos para
capturar anticorpos IgE presentes no sangue do paciente. Um anticorpo secundário marcado
com substâncias fluorescentes é usado para detectar a IgE ligada, permitindo resultados
quantitativos classificados em diferentes classes (de 0 a 6). A técnica é moderna, altamente
sensível e requer apenas pequenos volumes de amostra, sendo ideal para avaliar múltiplos
alérgenos de forma simultânea.
Conclusão: