Bioética_2[1]

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INTRODUÇÃO

A vida humana é um dom de Deus e, portanto, sagrada. Ela não deve ser destruída, mas protegida e promovida. E a
área da saúde por lidar-se com vidas humanas, ela torna-se a mais nobre tendo por vocação e missão cuidar, proteger,
promover e alongar essa sacralidade vital.
Nesta mesma perspectiva científica, a bioética tem por importância de suscitar na consciência de cada profissional o
interesse de ajudar, defender, proteger e proporcionar a vida do seu paciente. O que implica observar as normas éticas
para obter uma postura ética que o permite maximizar o bem-estar ou salvar a vida do paciente evitando assim todo
tipo de erro que pode vir a causar danos à sua saúde e à sua vida. Portanto, a saúde do paciente é um dos assuntos
prioritários na área da saúde, e uma das principais metas almejadas por toda e qualquer instituição de saúde que busca
assegurar uma assistência de qualidade, livre de qualquer tipo de erros. Nesta senda, é dever dos profissionais da
saúde, em especial da equipe de enfermagem, proporcionar uma assistência de qualidade, isto é, eficiente, eficaz e
segura ao paciente tanto no mundo internacional como em Angola.
A enfermagem, pelas características intrínsecas da profissão, que envolvem a realização de cuidados complexos,
procedimentos invasivos, permanência de 24 horas ao lado do paciente, torna-se susceptível a erros. Contudo, observa-
se, em Cabinda, da parte dos profissionais, muita malícia, arrogância e muitos erros cometidos no exercício das
funções como abandono do paciente, falta cautela e de habilidades técnicos, falta de colaboração entre o profissional e
os familiares do paciente, etc.
Para tal, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendou que os profissionais considerassem as expectativas dos
pacientes na tomada de decisão, determinando que a segurança dele pode ser alcançada por meio de pautar a vida
profissional nas normas estabelecidas.
Nesta lógica, a nossa abordagem seguirá o esquema seguinte: Breve historial sobre a ética médica, ética e deontologia
em saúde pública, os princípios bioéticos, bioética, sua evolução, seu significado e sua importância, os paradigmas
bioéticos, os modelos, as infracções éticas, resumo do código de ética dos profissionais de enfermagem, sociedade e
meio ambiente e por fim faremos o desfecho da nossa sebenta.

I. BREVE HISTORIAL
A ética médica ou ética do médico foi inspirada na teoria das virtudes, base de todo o corpo hipocrático e a prudência
era a virtude mais exaltada.
A ética médica é um conjunto de valores morais que orientam a tomada de decisão dos profissionais de saúde na sua
prática diária junto ao paciente.
A Ética Médica na Idade Antiga, uma ética profundamente naturalista e racionalista porque considera que o
ajustamento à ordem natural era o critério supremo de moralidade. A imagem do médico estava no centro das
atenções. Ele é puro, justo, sábio. Não há uma dupla moralidade. Ela é só uma: a do médico e que deve transmitir ao
doente. Este é um simples objecto que deve submeter. A relação é de sujeito - objecto. Portanto, há dominação do
médico em relação ao paciente, que se apresenta submisso. É essa ética baseada na tradição hipocrática, envolvendo
uma relação paternalista, em que se pode observar a não actuação do paciente na tomada de decisão. O paradigma era
médico - filosófico.
1.2 A Ética Média na Idade Média, uma ética cristã porque elevada à ordem sobrenatural como critério supremo de
moralidade ou considerou como critério de moralidade o ajustamento à ordem divina. A ética médica é a expressão
do domínio do credo monoteísta cristão na vida espiritual da época. O paradigma era médico -teológico. A figura era
do médico - sacerdote, o cristianismo como religião de doentes ou religião médica.

1.3 A Ética Médica na Idade Moderna rompe com moral cristã que impõe os valores espirituais como superiores aos
do Estado. É uma ética antropocêntrica porque ligado à liberdade do homem e assim, a sua moral é moldada
segundo a sua razão e vontade. Nesta senda, os seus objectivos fundamentais eram, por um lado, a defesa dos
interesses profissionais do corpo médico e a salvaguarda da qualidade, dignidade e prestígio da prática médica, e por
outra, garantir que a acção médica se realize em interesse do homem (paciente) e da sociedade, procurando sempre o
máximo bem possível para ambos (principio de beneficência).
ÉTICA E DEONTOLOGIA EM SAUDE PÚBLICA
Para definirmos a ética e a deontologia, vamos enquadrar as três perguntas fundamentais que um profissional deve-se
colocar antes de realizar qualquer ofício:
1. O que eu quero? (Vontade), nem tudo o que eu quero eu posso;
 Vontade não basta, é preciso considerar também limitações e carências;
2. O que eu posso? (Poder). Nem tudo o que eu posso eu devo;
 Poder alicerçado na ética, com única vocação de dar vida aos outros.
3. O que eu devo? (Dever). Nem tudo o que eu devo eu quero.
 O nosso profissionalismo transcende a nossa vontade.
Assim, a moral seria a praxis a posterior da ética pois temos a ética como a prioridade dos valores e costumes que
são criados para regularizar a vida humana em sociedade, isto é, tornar a consciência humana mais justa, digna, ética,
livre de preconceito, transparente e humana.
Por isso, na dúvida entre o que está certo ou errado, basta pensar no que não gostaria que o outro te fizesse. A
pessoa encontra sucessos quando o que quer é o que deve.
Afinal, o que é a ética? A Ética é +o nosso olhar às normas e aos valores para estarmos juntos em harmonia e alegria.
Quando a lei diz ”não se faz isso”, o que ela queria dizer? Que “neste lugar de trabalho onde estou como profissional,
não se faz isso”. É esse tipo de consciência pautada nos princípios e valores que se requer nos serviços de saúde pois
gera vida, promove saúde. O que significa que toda a postura de qualquer profissional deve ser alicerçada nos
princípios éticos para que seja uma postura ética. E de onde vem a palavra “ética”?

Do grego ethos, ethiké, ética é o domínio da filosofia que tem por objectivo o juízo de apreciação que distingue o bem
do mal, o comportamento correcto do incorrecto. Os princípios éticos constituem-se enquanto directrizes, pelas quais o
homem rege o seu comportamento, tendo em vista uma filosofia moral dignificante. Além disso, o conceito de ética
remete-nos ao conceito de moral, vindo do latim mor, mores que significa relativo aos costumes. Assim, a ética tem
origem no comportamento individual ao passo que a moral no comportamento aceite pela sociedade.
O termo deontologia surge das palavras gregas deon, deontes que significa dever e logos que se traduz por discurso ou
tratado. Sendo assim, a deontologia seria o tratado do dever ou o conjunto de deveres, princípios e normas adoptadas
por uma determinada organização profissional como no nosso caso, na enfermagem. Podemos citar alguns deveres
adicionais: Respeito pela Lei, responsabilidade, solidariedade profissional, Empatia, comunicação discrição ou
confidencialidade, fidelidade, confiabilidade.
Cumpre enfatizar que os valores éticos de uma profissão são especificados na deontologia, que é um conjunto de
normas que indicam como os indivíduos devem se comportar na qualidade de membros de um determinado corpo
socioprofissional. A deontologia é denominada comummente ética profissional.
Na perspectiva dos valores éticos orientadores da área da saúde, destacam-se atitudes de dimensão mais ampla, como
o cuidado, o respeito pela Lei, a responsabilidade, a solidariedade profissional, a empatia, a comunicação, a discrição
ou confidencialidade, a fidelidade, a confiabilidade, a honestidade. Todas elas têm uma relação directa.
a. A ética do cuidado é a visão que devemos ter de ajudar os outros quando
estão em necessidade e evitar prejudicá-los. O cuidado defende a importância das relações interpessoais e de
solicitude. O cuidado tem duas esferas: uma subjectiva que se baseia na sensibilidade, criatividade e intuição para
cuidar do outro, o jeito ou a forma de cuidar e outra é objectiva que se refere ao desenvolvimento de técnicas e
procedimentos.
b. Respeito é o reconhecimento da dignidade própria e alheia com
comportamento nele inspirados. Na área da saúde, o respeito humaniza o atendimento do usuário, entendo-o em sua
singularidade, com necessidades especificas e criando condições para que tenha maiores possibilidades para exercer a
sua vontade de forma autónoma.
c. O termo responsável vem do verbo latino repondere (prometer, merecer,

pagar). O responsável é aquele que é obrigado a responder algo a alguém. Outro termo importante é responder, que
significa prometer solenemente, jurar, assumir obrigações. Em síntese, a responsabilidade é a virtude ou disposição de
assumir as consequências das próprias decisões.
Na área da saúde, a responsabilidade na área da saúde pode ser entendida em mão dupla, vista tanto do lado do
profissional como do lado do próprio usuário. Do lado do profissional, pode ser entendida como a capacidade para
assumir a responsabilidade pelos problemas da saúde do usuário. Do lado do usuário, implica o abandono de uma
atitude passiva com relação à sua saúde e na busca da melhor qualidade de vida possível

d. Solidariedade é um termo de origem jurídica e que na filosofia significa


inter-relação ou interdependência e assistência recíproca entre os membros de um mesmo grupo. Implica compromisso
para com o próximo. O compromisso profissional pode ser entendido como grau de pelo qual uma pessoa identifica-se
com seu trabalho, participa dele activamente e o considerada importante para a sua própria valorização.

e. A empatia pode ser definida como a união, a fusão emotiva de uma


pessoa com outra. Na área da saúde, procurar sentir o que a outra pessoa sente como se estivesse nessa mesma situação
é extremamente efectivo no tratamento. Contudo, alguns profissionais argumentam que se deve evitar o perigo da
permissividade, estabelecendo limites. A percepção quanto a esse limite está muito ligado à maturidade emocional e à
experiencia em relações interpessoais.

f. A comunicação diz respeito as informações apropriadas às necessidades


do paciente, adequadas do ponto de vista técnico e cientifica da linguagem empregada. A comunicação diz respeito à
possibilidade do diálogo, confronto e reciprocidade.
O diálogo vai além de uma simples conversação entre o profissional da saúde e o doente. Nele, as partes interessadas
expressam-se de forma livre e sem restrições.
Uma consequência quase natural do diálogo é a confiança, que traz, sentimentos de tranquilidade e segurança, tão
necessários para o cuidado na saúde.
Neste mesmo âmbito, quando houver factos que infligem as normas éticas e que possam prejudicar o exercício
profissional e a segurança à saúde do paciente, o profissional deve comunicar formalmente aos órgãos competentes.

g. A palavra discrição é originária do latim discretione e diz respeito à qualidade


de alguém em ser discreto, reservado ou de agir com sensatez e modéstia. Com relação ao termo sigilo, devemos ter
clareza da diferença entre esse termo e a palavra segredo. Segredo é tudo aquilo que não pode ser revelado. Sigilo é
um elemento característico das relações de confiança. Para ele, o sigilo profissional está relacionado a todas as
profissões da área da saúde. O segredo profissional diz respeito aqueles profissionais que têm acesso a informações e
que devem mantê-las preservadas senão cometem infracção ética.

h. O princípio da fidelidade está relacionado à confiança entre o


profissional e o paciente no qual o profissional de enfermagem deve cumprir o compromisso de ser fiel para manter-se
confiável.

i. A confiabilidade: algumas ferramentas criadas para a avaliação da


confiança são: dizer ao seu paciente que houve um erro durante o seu tratamento, manter em privado as coisas que
conversam, considerar as necessidades do paciente e colocá-las em primeiro lugar, fazer tudo o que pode para a saúde
do paciente, demonstrar preocupação pelo paciente, demonstrar competência e compaixão, atendimento humanizado
(sensibilidade e não mecanizado), etc. Este comportamento do profissional fará que o paciente adira às suas
recomendações, ganhe satisfação com ele e melhore na qualidade de saúde.

II. BIOÉTICA, SUA EVOLUÇÃO, SEU SIGNIFICADO E SUA IMPOERTANCIA.

A convivência exige o estabelecimento de normas, deveres e direitos que variam de acordo com o contexto em que
estamos inseridos, e daí vem a ética, dessa necessidade intrínseca do ser humano de pautar o seu comportamento em
normas socialmente estabelecidas e aceitas.
Nas ciências de saúde não poderia ser diferente. Para nortear as acções dos profissionais visando o respeito a
individualidade e dignidade ao ser humano, surge a bioética, em 1970, criado por Potter, definido como “o estudo da
relação moral entre os seres humanos e o seu mundo social e físico.

A bioética prima pelo ideal de que a ética na assistência à saúde não deve estar contida em uma acção pontual,
mas entender – se à uma postura profissional.

Existem várias definições para o termo bioética. É o estudo transdisciplinar entre ciências biológicas, ciências de
saúde, filosofia (ética). E direito (biodireito) que estuda as condições necessárias para uma administração responsável
da vida humana, animal e ambiental. É a ética da vida, um estudo sistemático das dimensões morais das ciências da
vida e atenção à saúde. Uma ética prática mais preocupada a encontrar soluções nos conflitos que surgem das
interacções humanas e que são conflitos de interesses e de valores sem recorrer a princípios de autoridade.

A bioética trata de questões como aborto, a eutanásia, o suicídio, o direito dos indivíduos a saúde, o direito dos
pacientes à assistência, as responsabilidades jurídicas dos pacientes e dos profissionais de saúde, as responsabilidades
sobre as ameaças à vida no planeta, o direito ambiental, os direitos com respeito às novas realidades.

A bioética tem uma triple função: descritiva que consiste em descrever e analisar os conflitos em pauta. Normativa,
consiste em proscrever os comportamentos que podem ser considerados reprováveis e de prescrever aqueles correctos;
protectora, consiste em amparar o mais fraco no meio social.

III. SOCIEDADE E MEIO AMBIENTE

A bioética não existe somente em meio científico e hospitalar, mas está presente também em nosso quotidiano e no
meio ambiente, em todas as relações humanas, no respeito à autonomia das pessoas, ou até no modo como
consumimos e usufruímos dos recursos naturais, o lugar onde dispensamos o nosso lixo e como fazemos esse descarte.

Neste aspecto ambiental, a bioética pode promover uma reflexão que busque um modelo sustentável que respeite e
tenha responsabilidade por todos os seres vivos e, com isso, ela pode ser uma importante aliada para a análise de actual
modelo de desenvolvimento de forma que vá permitir a sustentabilidade para a actual e para as futuras gerações.

Portanto, o papel da bioética é tentar solucionar os dilemas a partir dos princípios para se conseguir um equilíbrio justo
entre a vivencia e o respeito à vida. Deste modo, não há reconhecimento de normas enquanto não houver consciência
dos paradigmas bioéticos, 4.1. PARADIGMAS BIOÉTICOS

4.1.1.Virtude – sendo a virtude uma disposição que se aperfeiçoa pelo hábito, enfantiza-se a acção pela educação dos
profissionais da saúde e na prática clínica, o que conduzido à prática do bem. A maior dificuldade está em motivar os
profissionais para o valor da virtude.

4.1.2. Casuística, que incentiva que cada caso seja analisado nas suas características fazendo comparações e analogias
com outros casos.

4.1.3. Narrativo, que defende a intimidade e a identidade experimentadas pelas pessoas ao contarem ou seguirem
histórias como um instrumental facilitador da análise ética.

4.1.4. Principialista, enfoque principal da bioética. TOM BEAUCHAMP e outros propõem cinco princípios, acima
referenciado, como orientadores da acção.

4.2. DOS PRINCIPIOS BIOÉTICOS


Há literaturas que apresentam cinco princípios e outras quatro. Nós preferimos nos centrarmos em cinco princípios:
4.2.1. Autonomia: refere-se ao direito que o indivíduo assistido tem sobre si, a sua
liberdade de escolha e poder de decisão. Para que o profissional exerça esse princípio deve respeitar o indivíduo, a sua
cultura, religião, crença, ideias, vontade. É o princípio do consentimento livre e esclarecido.
 Respeito ao direito do paciente de se autogovernar;
 Base para a capacidade de decisão e consentimento informado.

4.2.2. Beneficência: este princípio impõe ao profissional da área da saúde o dever de


promover o bem ao paciente por meio do desempenho de suas funções. Pautando nesse principio o profissional deve
promover atitudes, praticas e procedimentos em benefícios do outro.
 Agir apenas com a intenção de fazer o bem e em benefício do paciente;
 Garante que, mesmo quando a autonomia do paciente estiver comprometido, o seu melhor interesse seja
defendido e defendido pelo médico.
4.2.3. A não maleficência determina a obrigação de não infligir dano intencionalmente ou seja o desempenho das
atribuições dos profissionais de saúde não devem ocasionar nenhum dano ao paciente assistido.
 Não agir com a intenção de prejudicar;
 Primeiro, não faça mal.
4.2.4. Justiça: este conceito fundamenta-se na premissa de que as pessoas têm direito a terem as suas necessidades de
saúde atendidas livres de preconceitos ou segregações sociais. Exercer a profissão com justiça, compromisso,
equidade, responsabilidade, dignidade e competência.
 Reconhecer o direito de todos a serem tratados igualmente;
 Dividir a beneficência de forma igual entre os pacientes.
4.2.5. Proporcionalidade: procura o equilíbrio entre os riscos e benefícios, visando ao menor mal e ao maior
beneficio às pessoas. Este princípio está intimamente relacionado com os riscos da pesquisa, os danos e o
princípio da justiça.
 Reduzir ao máximo possível os riscos;
 Procurar os benefícios na sua totalidade.

Sendo a vida irreparável e irremediável, quando for danificada, os princípios acima citados devem nortear e regular a
postura do profissional afim de não cair numa crise ética tremente.

IV. CRISE ÉTICA


A ética de enfermagem é do modo sucinto, a ética do cuidado e o cuidado da enfermagem. Por isso que a enfermagem
é uma profissão humanista em seus princípios básicos, embora muitas vezes, o profissional encontra-se a agir contra
os seus princípios profissionais mais elevados danificando e matando pacientes. É nisso que consiste a crise ética.
O objectivo da enfermagem é oferecer a ajuda que o paciente requer para satisfazer suas necessidades. Tendo
alcançado o seu objectivo, o enfermeiro contribui simultaneamente para a saúde física, mental e social do paciente.
Nesta senda, podemos dizer que “cuidar” e promover a saúde do paciente é a razão de ser da enfermagem e
consequentemente a ética da enfermagem, mas a ética do respeito transcende os limites da enfermagem, para ter
aplicações a todos os níveis da sociedade. Seja qual for a área de trabalho na saúde, temos recebido lamentações dos
doentes na esfera relacional e do tratamento.
Existe uma tremenda crise ética na área da saúde: Idolatrias, Infracções, Eventos adversos, que são os desafios de
hoje na enfermagem.
5.1. Idolatria na enfermagem aos princípios éticos
a) Pela técnica onde as pessoas são menos humanas pois o cuidado técnico passou a prevalecer. Assim,
actividades relativas ao tratamento e a cura deixaram o cuidado humano menos visível, menosprezando a
pessoa com suas necessidades de amor e respeito. Além disso, as actividades burocráticas que deveriam ser
actividades-meios para se oferecer uma assistência de enfermagem humanizada, tornaram-se actividades fins,
distanciando a enfermagem do paciente.
b) Pela promoção: observa-se enfermeiros que não consideram a sua profissão como um serviço, mas como um
meio de promoção. Eles procuram emprego, mas se distanciam cada vez mais do paciente, procurando a
ocupar cargos de chefia, gerenciando as acções de enfermagem. No entanto, constata-se o despreparo técnico e
pedagógico de muitos deles, originando pelo não desenvolvimento das suas habilidades cognitivas e afectivas.
No fundo, nada sabem, maltratam os seus pacientes, falsificam os documentos, etc.
c) Pelo pecúlio: há também pessoas que não vêem o seu trabalho como uma vocação, mas um meio para fins
lucrativos. Por isso, constatávamos num passado recente pessoas que além dos seus salários, entravam no
negócio do fenómeno gasosa, outras comercializavam produtos estatais dos hospitais, outras ainda assumiam
várias responsabilidades em diversos locais para uma maior rentabilidade financeira, em vez de considerar
esses serviços como um dom para o amor ao irmão.

Com essas idolatrias, nota-se que esta interacção entre o enfermeiro paciente tornou-se cada vez mais impessoal, breve
e formal. Muitas vezes, os procedimentos realizados ocorrem de forma mecanizada e rotinizada. Não é incomum que
muitos profissionais não saibam como iniciar uma conversação e como mantê-la de forma terapêutica. É assim que se
vai observando até infracções graves nos serviços de saúde que vão prejudicando não só a saúde, mas até a vida do
próprio do paciente. Essas idolatrias conduzem até à certas infracções que prejudicam a vida do paciente.

5.2. Infracções éticas


Considera-se infracção ética, acção, omissão ou conivência que implique em desobediência ou inobservância às
disposições das normas do regulamento interno do Ministério de Saúde tanto provincial, nacional que internacional.
Em outros termos, podemos dizer que a infracção ética é uma falta grave cometida por um profissional de saúde no
exercício das suas funções e que prejudica a saúde do paciente. As infracções são consideradas leves, moderadas,
graves e gravíssimas segundo a natureza do acto e a circunstância de cada caso.
As leves são as que ofendam a integridade física, mental ou moral sem causar debilidade ainda que causem danos
patrimoniais.
As moderadas são as que provocam debilidade temporária do doente ainda que haja danos mentais, morais,
patrimoniais ou financeiros.
As graves são as que provocam perigo de morte, debilidade permanente do membro, dano moral irremediável, ainda as
que causam danos mentais, morais, patrimoniais ou financeiros.
As gravíssimas são as que provocam a morte, dano moral irremediável na pessoa, debilidade permanente do membro.
Eis as infracções mais frequentes: Imperícia, Imprudência e Negligencia.
a) Imperícia que consiste na falta de conhecimentos profissionais normalmente necessários ou de preparo
técnico, habilidades ou inabilidade para executar determinada atribuição.
Todos os profissionais necessitam de capacitação teórica e prática para o exercício de suas actividades. É
possível que em face de ausência de conhecimento técnico ou de prática, essas pessoas, no desempenho de suas
actividades, venham a causar danos aos pacientes.
b) A imprudência consiste em agir com descuidado ou sem cautela e causar um dano que poderia ter sido
previsto e evitado; é a prática de acto perigoso, ausência de cautela. Acção irreflectida ou precipitada.
Desatenção culpável
c) A negligência consiste no acto omisso de deixar de fazer o que é necessário gerando resultados prejudiciais.
Ela é caracterizada na maioria das vezes, pela omissão, inércia, passividade, indiferença em relação ao acto a
realizar. Inobservância do dever.
Além dessas infracções, tem estado a ocorrer também os chamados eventos adversos.

5.3 Os eventos adversos


E quando falamos de eventos adversos, estamos a falar de circunstâncias que poderia ter resultado, ou resultou, em
dano desnecessário, ao paciente. Podem ser oriundos de actos intencionais ou não intencionais. É uma ocorrência
imprevista, indesejável ou intencional potencialmente perigosa na instituição de saúde.
Nesta categoria foi possível identificar os principais eventos adversos na assistência de enfermagem, para uma melhor
compreensão, os eventos adversos na assistência de enfermagem. Para uma melhor compreensão, os eventos
identificados foram categorizados: Eventos adversos relacionados à administração de medicamentos; Eventos adversos
relacionados à vigilância do paciente; Eventos adversos relacionados à manutenção da integridade cutânea; Eventos
adversos relacionados aos recursos materiais.

a) Eventos adversos relacionados à administração de medicamentos: Omissão de


medicamentos, erros no preparo dos medicamentos, erros no horário de administração, dose do medicamento
inadequada e erros na técnica de administração.
Identificou-se a ocorrência de hipoglicemia relacionada ao uso de insulina ou hipogliceminante oral, distúrbios de
coagulação como hemorragias e hematomas e a ocorrência de arritmias devido a retirada abrupta de medicamentos
b) Eventos adversos relacionados à vigilância do paciente: Queda do paciente do leito e da própria altura; perda
de cateteres, sondas e drenos.
c) Eventos adversos relacionados à manutenção da integridade cutânea:Não realização de mudança de decúbitos;
posicionamento inadequado do paciente no leito.
d) Eventos adversos relacionados aos recursos materiais: Falta de equipamentos; equipamentos com defeito.
Cabe ao enfermeiro proporcionar à equipa de enfermagem, segurança no desempenho de suas tarefas, diminuindo o
risco ou eliminando tudo aquilo que pode danificar a vida do paciente.
Atendendo a esse elenco problemático de situação, os órgãos de saúde a nível mundial estabeleceram uma lista de
proibições para afastar ou pelo menos diminuir esses males.
No entanto, vamos somente apresentar algumas delas.
V. DAS PROIBIÇÕES
Negar assistência, abandonar o cliente, praticar actos que incumbem a outro profissional excepto em casos de
emergências, provocar maus tratos, assinar acções de enfermagem que não executou, utilizar os conhecimentos de
enfermagem para praticar crimes, utilizar o poder dado para impor, ridiculizar os outros, etc.
Esta dimensão de proibições leva-nos para o êxito do nosso paciente quando observarmos também estes dois modelos:
de tratamento e de relação.

VI. OS MODELOS
6.1. MODELOS DE TRATAMENTO
6.1.1. Modelo Biomédico
Centrado nos saberes científicos, o que exclui o contexto psicossocial dos significados baseado no diagnóstico
etiológico da disfunção, atribuindo assim, a doença apenas a factores biológicos como vírus, genes ou anormalidades
somáticas; Baseado apenas nas doenças, com a crescente desvalorização da escuta. A quase exigência de uma receita
médica ou pedido de exame cada vez que consulta um médico é uma prova disso. A questão da “eficiência e rapidez”
no tratamento já se revela em sujeito que demandam o cuidado, que o profissional pouco se dedica às outras questões
relevantes no estabelecimento da enfermidade em questão: os factores sociais, ambientais, hereditários, psicológico,
culturais, religiosos e político; não leva em conta a subjectividade individual: Ignora o facto de que o tratamento é um
resultado de negociação entre médico e o paciente; Consiste numa visão mecanista e reducionista do Homem e da
natureza; Concepção da realidade do mundo como uma máquina; Atenção voltada para a sintomatologia, deixando de
ser atenção à saúde e passando a se tornar atenção doença.
6.1.2. Modelo biopsicossocial
Este modelo leva o profissional a possuir uma visão holística do ser humano que considera a pessoa como um todo –
corpo, mente e espírito – e suas interacções com o mundo, para melhor investigar as causas de uma doença e encontrar
a sua cura. Por isso que ele é Biopsicossocial. O profissional deve ter a sensibilidade de enxergar o paciente como um
todo biopsicossocial (sujeito na sua integridade). É levado em consideração as condições biológicas, psicológicas,
socioeconómicas, culturais e ambientais; O modelo afirma que o funcionamento do corpo pode afectar a mente, e o
funcionamento da mente pode afectar o corpo.
Ele permite o aumento da capacidade racional; Gera um vínculo adequado e uma comunicação efectiva; Mostra uma
maior preocupação com a paciente como um todo;
Este modelo dá embasamento para que se possa estudar e identificar factores que possam levar as pessoas a adoecerem
e fazer uma intervenção, prevenindo a doença e promovendo a saúde, além de analisar causas que estão por trás do
físico e ajudar essas pessoas com questões que tanto a fazem sofrer.
6.2. MODELOS DE RELAÇÃO
Ao longo das centenas de anos de profissão médica, diversas alterações na relação médico-paciente são relatadas na
literatura. Dentre os modelos de relação propostos, temos os seguintes:
6.2.1. Paternalista: há dominação do médico em relação ao paciente, que se apresenta totalmente submisso. Nesta
relação, não há actuação do paciente na tomada de decisão e por conseguinte, este modelo cai em desuso.

6.2.2. Informativo: a autoridade ainda é mantida pelo médico ao repassar as informações, porem o paciente exerce o
poder na relação, agindo como a pessoa que demanda os serviços prestados pelo médico.

6.2.3. Colegial: que apresenta relações de poder igualitárias, em que pode haver negociações entre ambas partes,
entretanto, sem manutenção da autoridade do médico.
6.2.4. Contratualista: é uma relação em que a autoridade e o poder são compartilhados, gerando compromissos entre
ambas partes envolvidas na relação. O médico mantém a autoridade, em virtude de seus conhecimentos técnicos e
científicos, porém o paciente é considerado um ser autónomo, participando activamente dos cuidados em saúde ao ser
esclarecido e responsabilizado quanto às medidas necessárias sobre o estilo de vida e auto-cuidado necessário à sua
condição. Elucidar o paciente, dentro dos limites possíveis, evidenciando os benefícios e malefícios dos tratamentos
oferecidos para cada situação, permite maior autonomia do paciente sem a perda da autoridade médica.

Aqui, a comunicação estimula a empatia. Esta relação pode ser construída por meio da escuta activa do relato de
experiências pessoais de doença e da desmistificação da figura paternalista do médico no contexto das relações
interpessoais, mesmo dentro do consultório ou do hospital.

Por ser uma relação de grande relevância, necessita de atenção por parte do médico, de forma a alcançar melhores
resultados terapêuticos e promover qualidade de vida.

VII. RESUMO DO CÓDIGO DE ÉTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM


O primeiro capítulo que aborda os princípios fundamentais afirma compromisso da enfermagem com a saúde
do ser humano, o exercício da enfermagem com autonomia, respeitando a vida, a dignidade e os direitos do ser
humano em todo o seu ciclo vital, sem discriminação e dentro dos princípios éticos legais.
O segundo capítulo, que aborda os direitos dos profissionais, afirma que o profissional de enfermagem tem
direito a: • Recusar-se á executar actividades que não são de sua competência legal; • Participar de movimentos
reivindicatórios por melhores condições de assistência e remuneração; Recorrer ao responsável de sua jurisdição
quando impedido de cumprir este Código; • Actualizar seus conhecimentos técnicos e científicos.
O terceiro capítulo que aborda as responsabilidades do profissional aconselha que este avalie sempre a sua
competência técnica e legal e somente aceitar atribuições quando capaz de desempenho seguro para si e para o cliente.
• Responsabilizar-se por falta cometida em suas actividades profissionais, independentemente de ter sido praticada
individualmente ou em equipa.
O quarto capítulo que é dos deveres dos profissionais, recomenda que o profissional deve actuar com ética,
responsabilidade, justiça, honestidade, sem discriminar a clientela. Respeitar os direitos do cidadão. Colocar-se à
disposição de comunidades em caso de emergência. Comunicar ao responsável de sua jurisdição caso infrinjam o
presente código. • Garantir a continuidade da assistência de Enfermagem.

CONCLUSÕES
Em guise de conclusão, podemos dizer que como em qualquer profissão, o código de ética profissional está
presente na enfermagem, como aprendemos, que reúne princípios, direitos e deveres pertinentes à conduta ética do
profissional que deverá ser assumido por aquele que deseja ser profissional na saúde. Nesta linha, o código exige que
os agentes da enfermagem estejam aliados aos pacientes na luta por uma assistência de qualidade, sem riscos nem
discriminação.
Por isso, gostaríamos de alertar e sublinhar que o sucesso do profissional de saúde está no seu
comprometimento incondicional com a saúde do seu paciente, actuando na promoção, protecção, recuperação da saúde
e reabilitação das pessoas, respeitando as normas éticas para evitar situações fatais na vida das pessoas.
Assim, faz-se necessário o profissional avaliar a sua postura e suas práticas não apenas sob a perspectiva
deontológica, mas sim, analisar a sua actuação compreendendo a complexidade dos factores envolvidos – cultura,
religião e ciência – pautada no diálogo, tolerância e respeito a todas as partes envolvidas.
Portanto, vamos aprender bem para que possamos fazer bem os nossos serviços e aprender bem não decorar
matéria, mas compreendê-la e pô-la em prática para salvar as vidas. Quanto mais salvamos as vidas dos irmãos, mais
teremos sucesso na nossa carreira profissional.
QUESTIONÁRIO/BIOÉTICA
1. Quais são os maiores desafios da enfermagem no dia de hoje? Fundamente!
2. O que é a Bioética e qual é a sua importância para o teu curso de enfermagem?
3. Qual deve ser o perfil do profissional de saúde no exercício das suas funções?
4. A que modelo de relação corresponde à ética médica na época antiga? Explique!
5. Em que modelo de relação se pode enquadrar o modelo de tratamento Biopsicossocial e em que época da ética
médica? Fundamente!
6. Dizia alguém: “a negligência e a não maleficência são infracções que devem ser combatidas”.
Argumente!
7. Trabalhar na agitação pode causar a imperícia. Explique.
8. Em que Idade da Ética Médica se pode enquadrar o modelo de relação contratualista? Explique.
9. O que é a ética?
10. O que é a crise ética e em que consiste ela?
11. Cite as infracções éticas e explique cada uma delas.
12. Enumere todos os eventos adversos relacionados à administração de medicamentos.
13. Distingue o tratamento biopsicossocial do biomédico.
14. Diferencie os modelos de relação médico - paciente entre Paternalista e contratualista enquadrando-os
na história da ética médica. Argumente!
15. Abandonar o paciente é uma infracção ou uma proibição? Argumente!
16. Cite os princípios bioéticos e explique cada um deles e exemplificando-os.
17. Enumere todas as proibições estudadas.
18. Cite as idolatrias na enfermagem e explique-as exemplificando!
19. O segundo capítulo do código de enfermagem que fala dos direitos exige que o profissional de enfermagem
tem direito a: • Recusar-se á executar actividades que não são de sua competência legal. É o que tem
acontecido nos nossos locais de serviço? Explique!
20. O mesmo capítulo exige que o profissional de saúde actualize os seus conhecimentos técnicos e científicos.
Como pode actualizá-los e que infracção sistemática pode ela estar a cometer se não o fizer?
21. O terceiro capítulo referente às responsabilidades insiste em o profissional avaliar a sua competência técnica e
legal e somente aceitar atribuições quando capaz de desempenho seguro para si e para o paciente.
a) Exemplifique com alguns casos nos nossos locais de serviço.
b) Em Cabinda, tem havido responsabilização pelas faltas cometidas pelos profissionais de saúde em suas
actividades profissionais independentemente de ter sido praticado individualmente ou em equipe?
Argumente!
22. O quarto capítulo do código de enfermagem dos Deveres recomenda duas atitudes essenciais nos locais de
serviço:
a) Actuar com ética, responsabilidade, honestidade, sem discriminar o paciente. Há ou não discriminação nos
nossos locais de serviço? Comente exemplificando! Quais são as leis que nós violamos directamente?
Explique!
b) É essencial que o profissional de saúde se coloque à disposição da comunidade em caso de emergência. Como
os nossos profissionais actuam nos locais de serviço em caso de emergência? O que se deve melhorar?
Aprofunda!
c) O profissional deve garantir a continuidade da assistência de Enfermagem. O que impossibilita muito das
vezes a continuidade da assistência de enfermagem? Enumere alguns abusos encontrados e fundamente!
23. O princípio da liberdade provoca diversas discussões sobre o aborto, a eutanásia, o suicídio.
a) Em que consiste essas discussões?
b) Qual é o desafio do profissional de saúde nessa questão?
24. Um aluno do secundário afirmava: “ a negligência é a falta de precaução e a imprudência é uma acção
irreflectida”. O que dizes dessa asserção?
25. Enumere os paradigmas mais utilizados em Bioética e explique três apenas!
26. Se depois de terminar a sua licenciatura, alguém te convidar para trabalhar com a governadora ganhando no
mínimo dois milhões e quinhentos mil kwanzas por mês ao invés de ganhar cento e cinquenta mil kwanzas
mensal na saúde, não seria uma oportunidade ou sorte para organizar já a sua vida? Comente!
27. Nem tudo o que quero, posso e nem tudo o que posso, devo. Diferencie estas duas asserções enquadrando-as
na tua missão de profissional.
28. Nem tudo o que devo, posso. Explique esta frase contextualizando-a nos dias de hoje!
29. Qual é o teu maior sonho ao terminar o teu curso de enfermagem depois da obtenção do grau de licenciado?
30. Alguém dizia que quando nos baseamos na doença, com crescente valorização da escuta, nós utilizamos o
modelo biomédico. Argumente!
31. Baseando – se no aprendizado, qual deve ser, segundo a tua apreciação, a nobre missão do profissional de
saúde?
32. Um profissional que não atende nos seus locais de serviço um paciente por o julgar rival, inimigo comete que
tipo de crime e viola de maneira directa que norma ética? Explique"
33. A bioética prima pelo ideal de que a ética na assistência à saúde não deve estar contida em uma acção
pontual, mas entender – se à uma postura profissional. Fundamente!
34. A bioética ajuda o profissional a pautar o seu comportamento em normas socialmente estabelecidas e aceites.
Ela estuda as condições necessárias para a administração responsável somente da vida humana, comente!

35. Partindo do aprendizado e assistindo a uma tremente crise ética por parte de muitos profissionais de hoje,
quais seriam os teus desafios?

TEXTOS
1. Antonieta recebe um paciente, escuta-o como um todo e por fim, os compromissos são assumidos entre as
ambas partes. Cite os modelos encontrados neste texto e explique-os.

2. Receber o paciente e ficar a conversar ao telefone no momento de atendimento, o profissional comete dois
graves erros. Quais são? Explique-os!

3. Lucinda recebe um paciente, que ela examina os primeiros impulsos e depois o


envia imediatamente para fazer análises. Nota-se que a profissional decide tudo sozinho. Cite os modelos encontrados
neste texto e explique-os.

4. Receber um paciente e dar-lhe medicação trocada por agitação pelo facto de apressar em ir trabalhar em outros
centros de saúde, o profissional comete três graves erros. Enumere-os e explique!
5. No Hospital Provincial Cabinda, os profissionais de saúde Luemba e Lucinda trabalharam no dia 08 de
Dezembro de 2022. Naquele dia, as 08h00, apareceu no gabinete do Luemba a paciente Linda que se queixava
de dores de cabeça. Depois de a mandar sentar, o profissional saiu por um instante para um biznesse que tinha
que tratar com a colega Lucinda. Passados 30 minutos, ao regressar, encontrou o seu paciente a chorar. Então,
aplicou-lhe uma injecção de quinino para reduzir a dor e mandou-a imediatamente para as análises. A outra,
Lucinda, também recebeu um paciente com altas febres e ela com aquela agitação não verificando pegou uma
ampola de dipirona vencida e lhe aplicou. Num outro momento, preparou uma dose de medicamentos
inadequada e deu ao paciente tardiamente. Além disso, existem poucas camas no Hospital Provincial Cabinda.

Leia atentamente o texto e responda com clareza e precisão as seguintes questões:

a) No exercício das suas funções, Luemba e Lucinda desempenharam consoante o exige a ética profissional?
Fundamente!
b) Se fosse Luemba ou Lucinda, como actuaria?
c) Relação do princípio a não maleficência à infracção imprudência
d) A não maleficência é um dos princípios bioéticos que consiste em não causar danos ao paciente. Já a
imprudência consiste em agir com o descuido ou sem cautela e causar danos ao paciente que poderia ter sido
evitado.
e) Relacionando o principio com a infracção é que o profissional de saúde quando estiver em exercício das suas
actividades não deve agir com descuido ou sem cautela para que se possa evitar possíveis danos ao paciente, e
se o profissional agir cautela vai causar danos ao paciente, e ao fazê-lo está violar o principio de não
maleficência que proíbe causar danos ao paciente.
f) Exemplos: um enfermeiro lhe aparece um doente com febre altas e o enfermeiro com aquela agitação por
descuido não verificou e pegou uma ampola de dipirona que estava vencido ou aspirado e aplicou sem ver a
data. Assim, ele não curou mas sim causou danos ao paciente.

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