Literatura_e_Interpretação_Textual
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MATOS, Gregório de. In: BARBOSA, F. (org.) Clássicos da Poesia Brasileira. RJ: Klick Editora, 1998.
3. Nos versos apresentados por Antonio Candido, fica evidente que o eu lírico:
a) Reconhece a amada como única forma de não sofrer pela morte.
b) Se mostra frustrado e angustiado pela possibilidade de morrer.
c) Considera o presente desagradável, tanto quanto a morte iminente.
d) Se entrega ao amor da amada para burlar o tempo e atrasar a morte.
e) Convida a amada a aproveitar o presente, já que a morte é inevitável.
4. Leia:
Eu quero uma casa no campo
onde eu possa ficar do tamanho da paz
e tenha somente a certeza
dos limites do corpo e nada mais
O fragmento anterior, extraído de uma canção popular, aborda um tema muito comum à
poesia de certa época literária no Brasil. Após identificá-la, marque a opção não condizente
com o período da Literatura a que a letra nos remete:
a) Ao campo me recolho e reconheço
Que não há maior bem que a soledade.
b) Mas morreste sem lutas, sem protestos,
Sem um grito sequer!
Como a ovelha no altar, como a criança
No ventre da mulher!
c) Tenho próprio casal e nele assisto;
dá-me vinho, legume, fruta, azeite;
das brancas ovelhinhas tiro o leite
e mais as finas lãs de que me visto.
d) Sou pastor, não te nego; os meus montados
São esses que aí vês; vivo contente
Ao trazer entre a relva florescente
A doce companhia dos meus gados.
e) Aquele pastor amante,
Que nas úmidas ribeiras
Desse cristalino rio
Guiava as brancas ovelhas
5. A CRUZ DA ESTRADA
Nesse fragmento do poema "A cruz da estrada", observa-se um traço marcante da poesia
romântica, que é
a) o egocentrismo exacerbado revelador das emoções do eu.
b) o nacionalismo expresso na origem histórica do nosso povo.
c) o envolvimento subjetivo dos elementos da natureza.
d) a evasão do eu para espaços distantes e exóticos.
e) a idealização da infância como uma época perfeita.
6. CANÇÃO DO EXÍLIO
Minha terra tem campos de futebol onde cadáveres amanhecem emborcados pra atrapalhar
os jogos. Tem uma pedrinha cor-de-bile que faz "tuim" na cabeça da gente. Tem também
muros de bloco (sem pintura, claro, que tinta é a maior frescura quando falta mistura), onde
pousam cacos de vidro pra espantar malaco. Minha terra tem HK, AR15, M21, 45 e 38 (na
minha terra, 32 é uma piada). As sirenes que aqui apitam, apitam de repente e sem hora
marcada. Elas não são mais das fábricas, que fecharam. São mesmo é camburões, que vêm
fazer aleijados, trazer tranquilidade e aflição.
BONASSI, Fernando. "15 cenas de descobrimento de Brasis". In: MORICONI,
Ítalo (org). Os cem melhores contos brasileiros do século. Rio Janeiro: Objetiva, 2000.