Modelo 07
Modelo 07
Modelo 07
CONTESTAÇÃO,
contra ... (nome completo), ... (nacionalidade), ... (estado civil), ...
(profissão), portador da Carteira de Identidade – RG n. ... e do CPF n. ...,
residente e domiciliado na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade de ... – ...,
CEP: ..., pelos fatos e motivos que passa a expor.
MÉRITO
“Voto
Cuida-se de recurso interposto por ... da sententia que, nos autos
da “ação cautelar de arresto” que deflagrou contra ..., rejeitou o
pedido invocado na exordial.
Ab initio, convém ressaltar que o arresto é medida cautelar típica ou
nominada, e compete ao credor, acentue-se, que se vê em grave
risco de perder seu crédito.
Verifica-se que para concessão do arresto é necessário que haja
prova literal da dívida líquida e certa, além da figura do devedor.
No caso sub judice, o apelante ajuizou ação de indenização, a qual
foi julgada improcedente, logo, não há dívida e, tampouco,
devedor.
Sobre o tema, valiosa é a lição de Luiz Guilherme Marinoni:
Por isso mesmo, pode-se dizer, grosso modo, que a finalidade do
arresto é proteger a futura penhora – a ocorrer na execução do
crédito, depois de reconhecido ou depois de eficaz – segregando,
desde logo, bens que serão passíveis de penhora, de modo a
viabilizar a ulterior efetivação de crédito monetário (Curso de
processo civil, vol. 4: processo cautelar. 2 tir. São Paulo: Editora
Revista dos Tribunais, 2008. p. 319-321) (destaque em negrito
não constante no texto original).
No mesmo sentido, leciona Humberto Theodoro Júnior:
Exige-se, em regra, que o interessado demonstre ser titular da ação
executiva, que pressupõe sempre título de obrigação certa e
líquida (art. 586).
A exigência do título executivo não se refere à possibilidade de
ser o crédito líquido e certo satisfeito por meio do arresto, porque
esta não é a finalidade da medida cautelar, mas apenas à
necessidade de demonstrar o interesse processual do autor na
cautela de um provável processo de execução por quantia certa.
Corresponde à prova do que na doutrina costuma chamar-se de
fumus boni iuris, conceito que Ronaldo Cunha Campos substitui
pelo de direito ao processo principal (direito de ação) (ver, retro,
n. 41 e 50). Se o arresto visa garantir uma execução por quantia
certa, o requerente, como é óbvio, para legitimar-se a seu
manejo, terá que provar sua condição de titular do direito de
promovê-la, ou pelo menos de futuramente vir a sê-lo, o que será
feito mediante exibição da prova literal de dívida líquida e certa,
reclamada pelo art. 814, n. I (Processo cautelar. 24 ed. rev. e atual.
São Paulo: Livraria e Ed. Universitária de Direito, 2008. p. 210)
(destaque em negrito não constante no texto original).
Então, para mover cautelar de arresto, é necessário que a relação
a ser tutelada seja de crédito/débito, como deixa claro o Código
de Processo Civil. Hipótese não verificada nos autos.
Ex positis, conhece-se do recurso para, de ofício, extingui-lo sem
exame do mérito, diante da inexistência de uma das condições da
ação, o interesse, na modalidade adequação. O apelante deve
suportar as custas e os honorários advocatícios, conforme
arbitrados em primeiro grau.
Este é o voto.”
PEDIDOS
Ante ao exposto:
PROVAS
Nestes termos,
Pede deferimento.