JUS3461-Degustacao
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MANUAIS
de PRÁTICA
Coord.: FILIPPE AUGUSTO
DOS SANTOS NASCIMENTO
MANUAL DE
PEÇAS PRÁTICAS
PARA CARREIRAS
JURÍDICAS
Prática penal para a
Defensoria Pública
2ª EDIÇÃO
revista, atualizada
e ampliada
2024
REAÇÃO DEFENSIVA À DENÚNCIA 4
CAPÍTULO 4
O conteúdo desta petição deve abranger tudo que possa interessar ao acusa-
do, nos termos do caput do art. 396-A do CPP, mas, em última análise, o principal
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MANUAL DE PRÁTICA PENAL PARA DEFENSORIA PÚBLICA RODRIGO AUGUSTO C. DE OLIVEIRA SANTOS
1. BRASILEIRO, Renato. Manual de processo penal, 6ª ed. rev., ampl. e atual – Salvador: Editora Juspo-
divm, 2018, p. 1315.
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REAÇÃO DEFENSIVA À DENÚNCIA 4
Compartilha deste posicionamento Aury Lopes Jr., que ensina “que o juiz
poderá desconstituir o ato de recebimento, anulando-o, para a seguir, proferir
uma nova decisão, agora de rejeição liminar. Não existe preclusão pro iudicato
e nada impede que o juiz desconstitua seu ato e a seguir pratique aquele juridi-
camente mais adequado, até porque, se o ato foi feito com defeito, pode e deve
ser refeito, regra básica do sistema de invalidades processuais”2.
Pouca polêmica existe atualmente quanto a este tema, considerando que
o Superior Tribunal de Justiça adota a posição defendida pelos autores citados:
“A teor da jurisprudência desta Corte, o fato de a denúncia já ter sido re-
cebida não impede o Juízo de primeiro grau de, logo após o oferecimen-
to da resposta do acusado, reconsiderar a anterior decisão e rejeitar a peça
acusatória, ao constatar a presença de uma das hipóteses elencadas nos
incisos do art. 395 do Código de Processo Penal, hipótese dos autos, não
havendo falar em preclusão pro judicato”. (STJ – AgRg no REsp: 1734084
MT 2018/0080975-4, Relator: Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, Data
de Julgamento: 26/06/2018, T6 – SEXTA TURMA, Data de Publicação: DJe
02/08/2018)
2. LOPES JÚNIOR, Aury. Direito Processual Penal. São Paulo: Saraiva, 2014, p. 432.
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3. BRASILEIRO, Renato. Manual de processo penal, 6ª ed. rev., ampl. e atual – Salvador: Editora Juspo-
divm, 2018, p. 1326.
4. (STJ – RHC: 69035 ES 2016/0073987-7, Relator: Ministro JORGE MUSSI, Data de Julgamento:
07/11/2017, T5 – QUINTA TURMA, Data de Publicação: DJe 14/11/2017).
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REAÇÃO DEFENSIVA À DENÚNCIA 4
Caso o juiz opte pela opção “I”, ou seja, ratifique o recebimento da peça
acusatória, o Defensor Público, caso não concorde, não possui recursos à dis-
posição, já que o recurso em sentido estrito somente pode ser manejado contra
a decisão que rejeita a denúncia, nos termos do art. 581, I, do CPP, e não contra
a decisão que a recebe. Contudo, é plenamente cabível a impetração de habeas
corpus com o objetivo de trancar a ação penal, a exemplo do que ocorre em
5. Art. 5°, LV: “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são asse-
gurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”.
6. Art. 399. Recebida a denúncia ou queixa, o juiz designará dia e hora para a audiência, ordenando a
intimação do acusado, de seu defensor, do Ministério Público e, se for o caso, do querelante e do assis-
tente.
7. REBOUÇAS, Sérgio. Curso de direito processual penal – Salvador: Editora Juspodivm, 2017, p.1067.
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8. HC 417.393/SP, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 19/03/2019, DJe
25/03/2019.
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REAÇÃO DEFENSIVA À DENÚNCIA 4
4.1.2. Tempestividade
9. Art. 55. Oferecida a denúncia, o juiz ordenará a notificação do acusado para oferecer defesa prévia, por
escrito, no prazo de 10 (dez) dias.
10. Conforme previsão do Art. 401 do Código de Processo Penal.
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4.4. MODELOS
Processo n° __________
I – DOS FATOS
(...)
II – DO DIREITO
Fundamentação de acordo com os elementos do caso concreto, buscando a
rejeição da denúncia ou a absolvição sumária, nos termos dos arts. 395 e 397 do
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REAÇÃO DEFENSIVA À DENÚNCIA 4
Local e data.
Rodrigo Augusto Costa de Oliveira Santos
Defensor Público
Processo n° __________
I – DOS FATOS
(...)
II – DO DIREITO
Na defesa prévia, o acusado poderá arguir preliminares e invocar todas as
razões de defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas que
pretende produzir e, até o número de 5 (cinco), arrolar testemunhas.
Local e data.
Rodrigo Augusto Costa de Oliveira Santos
Defensor Público
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RECURSO ESPECIAL E EXTRAORDINÁRIO 8
CAPÍTULO 8
RECURSO ESPECIAL
E EXTRAORDINÁRIO
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RECURSO ESPECIAL E EXTRAORDINÁRIO 8
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8.2. MODELOS
Local e data.
Defensor Público
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RECURSO ESPECIAL E EXTRAORDINÁRIO 8
TEMPESTIVIDADE
Fundamentar a tempestividade de acordo com os elementos do caso con-
creto.
DO PREQUESTIONAMENTO
Fundamentar o prequestionamento de acordo com os elementos do caso
concreto.
DOS PEDIDOS
Em face de todo o exposto requer o conhecimento e provimento do pre-
sente RECURSO ESPECIAL, de modo que esse Colendo Superior Tribunal de
Justiça, com fulcro no art. 105, III, "a" da Carta Magna, reconheça.
Solicita ainda, a intimação pessoal da Defensora Pública responsável, nos
termos da lei, do dia e hora da Sessão de Julgamento do presente Recurso Espe-
cial, para, querendo, realizar Sustentação Oral.
N. Termos
P. Deferimento.
Local e data.
Defensor Público
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MANUAL DE PRÁTICA PENAL PARA DEFENSORIA PÚBLICA RODRIGO AUGUSTO C. DE OLIVEIRA SANTOS
Local e data.
Defensor Público
TEMPESTIVIDADE
Fundamentar a tempestividade de acordo com os elementos do caso con-
creto.
DO PREQUESTIONAMENTO
Fundamentar o prequestionamento de acordo com os elementos do caso
concreto.
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RECURSO ESPECIAL E EXTRAORDINÁRIO 8
DOS PEDIDOS
Em face de todo o exposto requer o conhecimento e provimento do presen-
te RECURSO EXTRAORDINÁRIO, de modo que esse Colendo Supremo Tribu-
nal Federal, com fulcro no art. 103, III, "a" da Carta Magna, reconheça.
Solicita ainda, a intimação pessoal da Defensora Pública responsável, nos
termos da lei, do dia e hora da Sessão de Julgamento do presente Recurso Extra-
ordinário, para, querendo, realizar Sustentação Oral.
N. Termos
P. Deferimento.
Local e data.
Defensor Público
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