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CENTO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DO

NOROESTE

RELATORIO DE ESTÁGIO CURRICULAR DE


HABILITAÇÃO PROFISSIONAL

GUILHERME GABRIEL DAMIANI

DIAMANTE DO NORTE-PR
2024
GUILHERME GABRIEL DAMIANI
2° ANO

CULTURA DO MILHO

Relatório apresentado como


exigência para avaliação de estagio
curricular, do curso técnico
agrícola, do Centro Estadual de
Educação Profissional do Noroeste

DIAMANTE DO NORTE-PR
2024
DADOS DO ESTÁGIO

FORMA DE ESTÁGIO: Curricular


PERIODO DE REALIZAÇÃO: 24/02/2024 a 22/07/2024
DURAÇÃO TOTAL EM HORAS: 100 horas
ÁREA DE CONHECIMENTO: Agricultura
ÁREA ESPECIFICA: Cultura do milho
NUMRO DO APÓLICE DE SEGURO: 139

DADOS DA EMPRESA:
NOME: Agro Burbello
ENDEREÇO: Rua vinte e dois
TELEFONE: 44 991116476
PRINCIPAL ATIVIDADE: Agricultura

DADOS DO SUPERVISOR TECNICO DO ESTAGIO

NOME: Renan Burbello


FORMAÇÃO PROFISSIONAL:
REGISTRO PROFISSIONAL:
TELEFONE:44 991116476

DADOS DO ORIENTADOR TÉCNICO DO ESTÁGIO

NOME: Andressa Duarte Lorga


FORMAÇÂO PROFISSIONAL: Medicina Veterinária
TELEFONE: 44 991441995
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 7

2.1 ORIGEM DA CULTURA NO MUNDO ............................................................... 8

2.1.1 Chegada do grão ao Brasil ....................................................................................... 8

2.2 IMPORTÂNCIA ECONÔMICA .......................................................................... 8

2.3 MORFOLOGIA DO MILHO ................................................................................ 8

2.4 FENOLOGIA DO MILHO .................................................................................. 10

2.5 CARACTERISTICAS BOTÂNICAS ................................................................. 10

2.6 ZONEAMENTO AGRÍCOLA ............................................................................ 11

2.7 PREPARO DE SOLO ........................................................................................... 11

2.7.1 Plantio direto ......................................................................................................... 12

2.7.2 Calagem ................................................................................................................. 12

2.7.3 Adubação ............................................................................................................... 13

2.8 ESPAÇAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE PLANTAS ...................................... 13

2.9 TRATAMENTO DE SEMENTES ...................................................................... 14

2.9.1 Tratamento de sementes ‘on farm’ ........................................................................ 14

2.9.2 Tratamento de sementes industrial ........................................................................ 15

2.10 INOCULAÇÃO NO MILHO ............................................................................... 15

2.10.1 Coinoculação ....................................................................................................... 16

2.11 TECNOLOGIAS DE HIBRIDOS DE MILHO .................................................. 16

2.11.1Herculex ............................................................................................................... 16

2.11.2 VTPRO4 .............................................................................................................. 17

2.12 MANEJO DE PLANTAS DANINHAS ............................................................... 17

2.13 PRINCIPAIS PRAGAS ........................................................................................ 18

2.13.2 Lagarta-elasmo, (Elasmopalpus lignosellus) ....................................................... 18

1.13.3Lagarta-da-espiga (Helicoverpa zea).................................................................... 19

2.13.4 Lagarta rosca (agrotis ipsilion) .......................................................................... 19


2.13.5 Percevejo-barriga-verde (Dichelops melacanthus) ............................................. 19

2.13.6 Percevejo marrom (euschitus heros) ................................................................... 20

2.13.7 Pulgão do milho (rhopalossiphum maidis)......................................................... 20

2.14 PRINCIPAIS DOENÇAS ..................................................................................... 21

2.14.1 Ferrugem polissora (Puccinia polysora Underw) ............................................... 21

2.14.2 Ferrugem comum (Puccinia sorghi) ................................................................... 21

2.14.3 Ferrugem tropical ou ferrugem branca (Puccnia horiana).................................. 21

2.14.4 Cercosporiose (Cerrcospora zeae- maydis) ........................................................ 21

2.14.5 Mosaico comum .................................................................................................. 22

2.15 MOMENTO DE COLHEITA .............................................................................. 22

3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS .................................................................... 23

3.1 Descrição das atividades desenvolvidas .................................................................. 23

3.1.1Preparo de solo convencional ................................................................................. 23

3.1.1.1Plantio direto ....................................................................................................... 24

3.1.2Variedades escolhidas............................................................................................. 24

3.1.2.1 Morgan 30a95 ..................................................................................................... 24

3.1.3.1Biotecnologia de sementes .................................................................................. 24

3.2 Tratamentos de sementes ........................................................................................ 25

3.2.1 Inoculação .............................................................................................................. 25

3.4 Adubação de cobertura ............................................................................................ 25

3.5 Monitoramento de pragas e doenças ....................................................................... 26

3.7 Aplicações ............................................................................................................... 27

3.8 Ponto de colheita ..................................................................................................... 28

3.8.1 Colheita.................................................................................................................. 28

3.8.2 Transporte de grãos ............................................................................................... 28

3.9 Comercialização ...................................................................................................... 28

3.10 Equipamentos e dispositivos utilizados .................................................................. 29


3.11 conlusão e sujetões .................................................................................................. 30

4.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 31


7

1. INTRODUÇÃO
Acredita-se que o milho seja a planta comercial mais importante de origem das
Américas, havendo indícios de que sua origem tenha sido no México, Sudoeste dos Estados
Unidos ou América central. Considera-se uma das culturas mais antigas do mundo, tendo
provas de escavação geológicas e arqueológicas, que o milho e cultivado a mais de cinco mil
anos DUARTE; GARCIA; MATTOSO, 2021)
A importância do milho se dá pelas suas várias formas de utilização, que vão desde a
indústria de alta tecnologia até a alimentação animal. O cereal na realidade, é mais utilizado na
alimentação animal, que representa seu maior consumo, sendo cerca de 70% de sua finalidade.
Nos Estados Unidos em média 50% é destinado a este fim, já no Brasil é variável de 60 a 70%,
dependendo da fonte estimada para o ano. Apesar do milho não ser muito voltado para o seu
uso em grão na alimentação humana, em regiões de baixa renda possui grande importância, por
exemplo na região Nordeste, onde o grão é uma das principais fontes de energia, e em
contrapartida a população mexicana tem o milho como ingrediente básico na sua culinária
(DUARTE; GARCIA; MATTOSO, 2021).
Graças às avançadas tecnologias implementadas na cultura do milho, houve um
substancial aumento na sua produção. Uma década atrás, as regiões Sudeste e Sul eram
responsáveis por 58% da produção, mas atualmente, apenas o Centro-Oeste colhe 53% de todo
milho no Brasil, sendo o Mato Grosso agora o principal produtor nacional. Esse crescimento se
deu devido à adoção de diversas tecnologias na cultura, como os melhoramentos genéticos. Em
2007, a liberação para o plantio comercial de sementes geneticamente modificadas (OGMs) de
milho, para controle de insetos (BT) e plantas invasoras (RR), impulsionou significativamente
a produtividade. Com a tecnologia BT aplicada ao cultivo de milho, a produtividade por hectare
no verão varia entre 12 e 13,7 sacas, enquanto na segunda safra, alcança de 4,9 a 7,7 sacas por
hectare (MIRANDA et al., 2019).
A realização deste estagio tem como objetivo aprofundar meus conhecimentos na área
da agricultura e em especifico na cultura do milho, visando buscar técnicas corretas para uma
produção eficiente e adquirir conhecimento sobre tecnologias aplicadas em campo, e
acompanhar o cultivo do milho e ver como realmente funciona a agricultura na prática.
8

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1 ORIGEM DA CULTURA NO MUNDO


A espécie do milho (zea mays) é pertencente à família das gramíneae/poaceae, que teve
sua origem do teosinto, de acordo com as pesquisas originou-se no México, e é cultivada em
várias partes do mundo há mais de 8000 anos, sendo as regiões dos Estados Unidos da América,
Índia, Brasil, França, China, África do Sul, entre outras (BARROS; CALADO, 2014).
Por conta de sua grande adaptabilidade, representada por vários genótipos diferentes,
seu cultivo pode ser realizado desde o Equador até o limite das terras temperadas, e até mesmo
desde o nível do mar até altitudes elevadas a 3600 metros sendo possível encontra-las em climas
tropicais, temperados e subtropicais. Por conta do milho conter altos valores nutricionais,
contendo quase todos os aminoácidos, sua finalidade principal é na alimentação humana e
animal (BARROS; CALADO, 2014).

2.1.1 Chegada do grão ao Brasil


É bem provável que a cultura do milho tenha chegado ao Brasil bem antes de seu
descobrimento. O cereal estava sendo consumindo em grande escala pelos povos indígenas e
principalmente guaranis. De acordo com a chegada dos portugueses vieram novos modos de
consumo, sendo assim os produtos à base de milho passaram a fazer parte da alimentação desses
povos (FERNANDES, 2022).

2.2 IMPORTÂNCIA ECONÔMICA


A importância econômica do milho é devido a seus diversos modos de utilização, que
vai até a indústria de alta tecnologia até a alimentação animal. Na realidade a utilização do grão
do milho é mais voltada para alimentação animal, sendo assim cerca de 70% da produção e
voltada para a alimentação animal (DUARTE; GARCIA, 2021).

2.3 MORFOLOGIA DO MILHO


O milho é uma planta classificada como monocotiledônea, devido ao fato de fazer parte
do grupo de plantas que possuem um cotilédone. A estrutura da semente do milho inclui o
embrião, o endosperma e o pericarpo, que realizam funções essenciais para a proteção,
disseminação e reprodução da espécie. O pericarpo protege o grão contra danos físicos e
9

biológicos, além de impedir a entrada de microrganismos. No embrião da semente de milho,


encontram-se os componentes que dão origem à plântula, que se desenvolve em uma planta
adulta e gera novas gerações. O endosperma ou tecidos de reserva desempenham um papel
crucial na germinação, pois fornecem ao embrião em desenvolvimento as reservas de proteínas,
lipídios e carboidratos armazenadas no cotilédone. Desta forma, o embrião é nutrido ao longo
de seu crescimento. O embrião desenvolve partes fundamentais para a plântula se desenvolver,
como a plúmula que a diante se origina a parte aérea da planta, agindo como gema apical, e a
radícula, que se desenvolve e da origem ao sistema radicular (SILVA, 2018).
As primeiras estruturas a emergirem da semente são as raízes, durante o processo de
germinação. Suas funções principais são absorção de água e nutrientes, e a fixação da planta no
solo, mas também empenham outras funções como armazenamento e condução que podem
estar associados com a raiz. Nas plantas monocotiledôneas, como o milho, apresentam raízes
mais finas e fasciculadas também conhecias como raiz ‘cabeleira’ (CARVALHO, 2017).
É possível identificar quatro tipos de estruturas dentre a raiz, sendo a região pilífera,
coifa, região de alongamento e região de ramificação. A coifa e constituída por um conjunto de
células na forma de capuz, que colabora para a raiz penetrar no solo, protegendo os tecidos
meristemáticos que se encontram em suas extremidades. A região de alongamento é
responsável pelo crescimento do comprimento da raiz que é caracterizada também pela ausência
de ramificações laterais. A região pilífera é onde são localizados os pelos radiculares, que são
estruturas responsáveis pelo aumento de absorção de água e nutrientes. E na região das
ramificações são localizadas as raízes laterais (CARVALHO, 2017).
O caule do milho é um colmo ereto, normalmente não ramificado que possui nós e
entrenós que são denominados de meritalos e, que são esponjosos e relativamente ricos em
açúcar. Suas funções e a condução de seiva, sustentação das folhas e também é um órgão de
reserva, que armazena sacarose (BARROS; CALADO, 2014).
A folha do milho constitui-se por três partes, sendo elas limbo, bainha e colar. O limbo
e a parte plana da folha, que é responsável por captar luz solar, a bainha é basicamente o que
une a folha ao caule, se enrolando ao redor do mesmo e, o colar é a linha que faz a demarcação
entre a bainha e o limbo, geralmente com uma curvatura distinta (MAHANNA, 2014).
A espiga é a parte feminina da planta do milho, que é composta por fileiras de flores
femininas, que são chamadas de espiguetas, que são protegidas por uma estrutura de folhas, a
palha. Cada espigueta tem um conjunto de estilo-estigma, que também são chamados de
‘cabelos’. Este órgão da planta e responsável de receber o polem das flores masculinas, em
10

sequência, se torna tubo polínico, para o polem ser levado até os óvulos que ficam dentro da
espigueta (BAYER, 2023).

2.4 FENOLOGIA DO MILHO


A fenologia é basicamente a ciência que estuda as relações entre as relações climáticas
e biológicas e é incluído diferentes fases da planta durante o seu crescimento. Tendo o
conhecimento sobre a fenologia da planta é possível identificar quais as necessidades da
lavoura, fazer um planejamento adequado para se obter maior produção, saber as necessidades
da cultura e saber quais são os momentos críticos durante o ciclo. O ciclo da cultura pode ser
dividido em 3 classes, sendo eles superprecoce que vai até 110 dias, normal que é entre 110 e
145 dias e tardio, mais que 145 dias (OLIVEIRA, 2021).
Os estádios vegetativos se iniciam em VE e terminam em VT. Vários estádios ocorrem
entre o início e o final da fase vegetativa, cada estádio vegetativo é definido pela quantidade de
folhas totalmente desenvolvidas. Para uma folha ser considerada desenvolvida deve conter
lâmina foliar, bainha, lígulas, aurículas e colar. Quando é possível identificar o colar é
considerada uma folha totalmente desenvolvida (OLIVEIRA, 2021).
Os estádios reprodutivos da cultura do milho são representados de acordo com o
desenvolvimento dos grãos nas espigas, em exceção do conceito aplicado no estádio
reprodutivo R1, que é caracterizado pelo “embonecamento” que é o momento em que os estilo-
estigmas são expelidos para fora da palha, sendo possível a polinização do grão, e sendo assim
esses são os seguintes estádios fenológicos do milho: R1 florescimento e polinização, R2 grão
leitoso (10-14 dias após o florescimento), R3 grão pastoso (18-22 dias após o florescimento),
R4 farináceo (24-28 dias após o florescimento), R5 farináceo duro (35-42 dias após o
florescimento) e R6 grão fisiologicamente maduro (GÊNICA, 2023).

2.5 CARACTERISTICAS BOTÂNICAS


O milho pertence à família das Poáceas, é uma espécie anual, estival, ereta, cespitosa,
monóico-monoclina, com baixo afilamento, classificada no grupo das plantas C-4, com ampla
adaptação a diferentes condições de ambiente. Para a planta expressar seu máximo produtivo a
cultura exige temperaturas altas em média de 24 a 30°C, radiação solar elevada e adequada
disponibilidade hídrica no solo, às espiguetas masculinas são reunidas em espigas verticiladas
terminais (NUNES, 2020).
11

O grão do milho é um fruto, determinado cariopse, no qual o pericarpo está fundido com o
tegumento da semente. As espiguetas femininas se unem em um eixo comum em que várias
raquis estão reunidas (sabugo) com a proteção das brácteas (espiga de milho). Na flor feminina
é apresentada um único estigma (barba-do-milho). (NUNES, 2020).

2.6 ZONEAMENTO AGRÍCOLA


O Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) demonstra uma ferramenta de
gerenciamento de riscos climáticos que informa sobre quais as melhores épocas de plantio em
que há menor riscos de perda de produtividade, por conta dos diferentes climas em diferentes
regiões do pais (GUIMARÃES et al.,2020).
O milho segunda safra, conhecido como milho safrinha, também pode ser chamado de
milho sequeiro por conta das condições climáticas desfavoráveis, sendo realizado o seu plantio
entre fevereiro e março, na maioria dos casos após a safra da soja precoce, sendo produzido em
grande escala na região do centro-oeste e nos estados do Paraná, Minas Gerais e São Paulo
(PEREIRA FILHO; GARCIA, 2021).
Por mais que a safrinha do milho seja cultivada em condições climáticas desfavoráveis,
vem cada vez mais sendo aprimorado e adaptados os manejos a essas condições, que tem como
objetivo maior adaptabilidade da planta para obter maior produtividade, gerando assim mais
rentabilidade ao produtor (PEREIRA FILHO; GARCIA, 2021).

2.7 PREPARO DE SOLO


O preparo de solo e baseado no revolvimento das camadas superficiais para a redução
de compactação, incorporar fertilizantes e corretivos, expandir espaços porosos, sendo assim
aumentando a permeabilidade e o armazenamento de agua e ar. Esse processo gera uma
facilidade para o crescimento das raízes das plantas, e consequentemente o revolvimento do
solo realiza o corte e o enterro das plantas daninhas, auxiliando no controle de patógenos e
pragas do solo (SANTIAGO; ROSSETTO, 2022). É importante realizar as técnicas de preparo
do terreno corretamente, para diminuir sua degradação física, biológica e química. O objetivo
básico do preparo de solo é otimizar os momentos em que a planta realiza seus ciclos vitais,
sendo eles brotamento, emergência e estabelecimento das plantas. Contudo, o preparo de solo
deve ser realizado conforme as necessidades do terreno, e de acordo com a cultura que será
implantada. (SANTIAGO; ROSSETTO, 2022).
No milho safrinha após a safra de verão, onde o solo é trabalhado mais intensamente, a
sua degradação ocorre de forma mais rápida, aumentado os problemas com erosão e
12

compactação, causando menor produtividade na área. Nestas ocasiões, decidir como manejar o
solo é mais complexo, e deve se atentar as culturas envolvidas, época de semeaduras, as
condições do clima e do solo, buscando maior produtividade da área, sem a área deixar de
produzir em longo e médio prazo. Pelo fato do milho safrinha ser implantado em um período
em que tem grande ocorrência de chuvas somente em seus estádios iniciais, deixa o agricultor
preocupado com o déficit hídrico nos estádios finais da planta. Sendo assim o preparo do solo
deve levar em consideração a quantidade de agua das chuvas que será proporcionada para o
bom desenvolvimento das plantas (CRUZ; PEREIRA FILHO; DUARTE, 2021).
Por um lado, o método de plantio direto proporciona maior agilidade nas atividades
agrícolas, especialmente no plantio feito ao mesmo tempo da colheita da safra principal, o que
viabiliza o plantio precoce e com mais água disponível para o milho segunda safra. Isso é
resultado da cobertura adequada do solo, que melhora a infiltração da água e reduz a
evaporação. Por outro lado, o milho segunda safra, além da produção dos grãos, contribuirá
com a matéria orgânica necessária para a eficiência do sistema de plantio direto, aumentando
sua sustentabilidade (CRUZ; PEREIRA FILHO; DUARTE, 2021).

2.7.1 Plantio direto


O Sistema de Plantio Direto (SPD) faz com que fique disponível a cobertura de solo de
forma padrão, por conta dos restos vegetais de culturas vindas do sistema de rotação de culturas,
sendo assim a palhada fica na parte superior do solo. Contudo o plantio direto visa realizar o
mínimo revolvimento do solo, sendo a sua cobertura com restos vegetais juntos com adubação
verde, por conta das práticas conservacionista do solo com a utilização de plantas leguminosas
que aumentam a quantidade de nitrogênio (N) no solo, que é buscado em conjunto restaurar a
fertilidade do solo (SALOMÃO, et al.,2019).
O Sistema de Plantio Direto disponibiliza vários benefícios em curto, médio e longo
prazo, sendo possível a resolução de problemas ambientais encontrados na área agrícola, sendo
mais sustentável o sistema. (SALOMÃO et al., 2019).

2.7.2 Calagem

Os solos brasileiros em sua maioria são ácidos, a acidez ocorre basicamente por conta
de dois componentes, os íons (H+ e Al+3), que se origina por conta da lavagem e lixiviação dos
nutrientes no solo, por conta que é retirado nutrientes catiônicos sem devida reposição a cultura
13

e, também por conta da utilização de fertilizantes do caráter ácido. (SANTIAGO; ROSSETTO,


2022).
A calagem tem como seus objetivos de elevar a saturação por bases do solo para a
saturação por bases ideal exigido pela cultura, que no caso do milho e de 70%, fornecer cálcio
e magnésio para as plantas e retirar a acidez do solo, aumentar a disponibilidade de fosforo pois
diminui os sítios de fixação no solo, reduzir a disponibilidade de manganês e alumínio por conta
da formação de hidróxidos, intensificar a mineralização de matéria orgânica e,
consequentemente maior disponibilização de nutrientes proporcionando maior fixação
biológica de nutrientes. Em relação as propriedades físicas, a calagem contribui para a
descompactação do solo pois aumenta a agregação; e o cálcio é um cátion floculante.
(SANTIAGO; ROSSETTO, 2022).

2.7.3 Adubação
Para se obter um bom percentual de produção é necessário a oferta adequada de
nutrientes para as plantas. Por conta do aproveitamento da matéria residual da soja é um fator
que influencia muito sobre o sucesso do milho safrinha, sendo possível menor investimento em
adubação em comparação com o milho de verão. Mas mesmo assim os restos culturais da soja
não são suficientes para toda a demanda de nutrientes no desenvolvimento inicial das plantas.
Sendo assim os produtores necessitam realizar a utilização de adubações como NPK, (N)
nitrogênio, (P) fosforo e (K) potássio, sendo utilizados durante a safra, e também conforme a
planta apresenta sintomas da necessidade de devidos nutrientes (DUARTE; CANTARELLA;
KAPPES, 2022).

2.8 ESPAÇAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE PLANTAS

O sucesso da produtividade não se resume apenas ao espaçamento entre linhas e ao


espaçamento entre plantas, mas também à distribuição longitudinal das plantas. As falhas
observadas durante o plantio sugerem a redução do espaçamento entre plantas; da mesma
forma, plantas muito próximas umas das outras também podem reduzir a produtividade devido
à competição por nutrientes, água e luz. A distribuição espacial das plantas possibilita
estabelecer arranjos equidistantes na área entre elas, o que favorece a otimização dos recursos
naturais e permite que as plantas alcancem seu máximo potencial de produtividade (SFRAGO,
2018).
14

De acordo com especialistas, a distribuição não se limita apenas ao número de plantas


por unidade de área (hectare), mas sim à distribuição das entrelinhas de forma espacial. Quanto
mais equidistante for essa distribuição, melhor será o aproveitamento da luminosidade, além de
reduzir a competição por nutrientes e água presentes no solo (SFRAGO, 2018).
Na safrinha, sobre função do rendimento operacional, o espaçamento normalmente
encontrado é de 45 a 50 cm entrelinhas (muito utilizado devido espaçamento que empregado
na soja), a população pode ser diminuída entre 55.000 e 65.000 plantas por hectare, dependendo
da época que será realizado o plantio e a região. O estande ideal pode variar entre 2,3 a 3,7
sementes por metro linear, podendo ser aumentado o estande em locais com sistema de irrigação
implantado (SFRAGO, 2018).

2.9 TRATAMENTO DE SEMENTES

O momento do plantio preocupa muito os agricultores, pois qualquer problema que


ocorra durante esse momento, pode afetar diretamente e indiretamente as expectativas de
produção. O objetivo principal do tratamento de sementes, é a semente ser protegida em seus
estádios iniciais, a protegendo de possíveis ataques de pragas e doenças, assim colaborando
para que as plântulas não sofram ataques que irá prejudicar a produção (CHINI. 2021).
Esta proteção é obtida por conta da combinação de vários produtos que podem ser
usados na calda do tratamento, os mesmos sendo fungicidas, inseticidas, nematicidas,
inoculantes, produtos biológicos e estimulantes. Sendo assim esse conjunto de produtos
protegem a semente, a plântula, e outros produtos que também trazem o estimulo de um
desenvolvimento maior, aumentando a velocidade de desenvolvimento e emergência destas
plantas (CHINI. 2021).
2.9.1 Tratamento de sementes ‘on farm’
O tratamento de sementes "on farm" consiste na prática em que o produtor realiza o
tratamento das sementes em sua própria propriedade, resultando em custos menores se
comparado ao método industrial. Essa abordagem oferece a vantagem de expor as sementes a
produtos químicos por um curto período de tempo. No entanto, é crucial que o produtor tome
precauções ao lidar com esses químicos, incluindo o uso de Equipamentos de Proteção
Individual (BAYER, 2022).
É necessário que o local onde o tratamento das sementes "on farm" é realizado esteja
limpo e bem ventilado, e que a aplicação dos produtos seja feita de maneira correta, seguindo
as dosagens recomendadas. Após completar o processo de tratamento das sementes, é
15

aconselhável que o produtor não as armazene, mas sim que seja semeada o quanto antes. Nos
casos em que as sementes serão inoculadas, é aconselhável realizar primeiro o tratamento
químico. Após a inoculação, garante-se que as bactérias inoculantes não tenham seu
desenvolvimento afetado. Portanto, é importante realizar com a inoculação somente quando as
sementes estiverem totalmente secas (BAYER, 2022).

2.9.2 Tratamento de sementes industrial


O processo de tratamento de sementes na indústria envolve tecnologia avançada para
resolver questões encontradas no ambiente de produção. Esse método traz uma série de
vantagens, como garantir que o produto seja adequado para sua finalidade, o que resulta em
maior eficiência no controle técnico e menor risco de fitotoxidade. Além disso, há redução de
danos mecânicos devido ao uso de máquinas tecnologicamente avançadas, que oferecem um
tratamento mais suave. A aplicação é feita com doses adequadas e cobertura uniforme graças
ao equipamento de alta tecnologia. Isso diminui os perigos de intoxicação dos trabalhadores, já
que o tratamento feito na propriedade dos produtores pode expor os operadores a riscos. Outro
ponto importante é a inclusão de polímeros que contribuem para melhorar o desempenho do
tratamento e proteger o potencial produtivo das sementes. Não tem a possibilidade de misturas
de sementes, pois em grandes propriedades contem grande quantidade de sementes, e no
momento de realizar o tratamento ‘on farm’ o operador pode confundir as diferentes sementes
que contem na propriedade que causara desuniformidade na lavoura. Maior conforto e
qualidade ao produtor, o tratamento de sementes industrial e benéfico para todo o sistema de
produção trazendo agilidade ao produtor, garantindo o produto correto (SANTOS, 2020).

2.10 INOCULAÇÃO NO MILHO

Com a utilização de bactérias benéficas como a Azospirlium brasilience, pode-se obter


ganhos significativos para o agricultor, não necessita realizar grandes investimentos com
fertilizantes químicos, principalmente os nitrogenados. Pesquisas apontam que pode haver a
diminuição de até 25% do uso fertilizantes nitrogenados em cobertura (EMBRAPA, 2019).
A FBN no milho é a utilização de bactérias do gênero Azospirilium que são promotoras
de crescimento da planta, estando associados a gramíneas, como o milho, fazendo a fixação
biológica de nitrogênio (FBN). A união de hormônios que impulsionam a fixação biológica de
nitrogênio nas raízes das plantas resulta em uma oferta de nutrientes para as plantas, bem como
para as próximas culturas cultivadas na mesma área. Ao introduzir tais bactérias, que
16

desempenham esse papel de maneira natural, é possível garantir o suprimento de nitrogênio


para as plantas e o solo, diminuindo a necessidade de adubos artificiais e substâncias químicas,
o que gera economia para o produtor (EMBRAPA, 2019).

2.10.1 Coinoculação
A tecnologia da coinoculação consiste em adicionar mais de um microrganismo benéfico
às plantas, com o objetivo de aumentar a produção. Essa técnica traz diversos benefícios, como
a melhoria no desenvolvimento do sistema radicular, que resulta em um melhor aproveitamento
dos nutrientes. Isso favorece as plantas em situações de estresse hídrico, contribuindo assim
para uma maior produtividade devido à capacidade aumentada de absorção de água e nutrientes
pelas raízes. Além disso, a coinoculação promove um vigor maior nas plantas e um equilíbrio
nutricional notável, resultante da eficiente absorção de nutrientes do solo (EMPRAPA, 2014).
A utilização da coinoculação diminui a dependência de fertilizantes químicos,
especialmente os nitrogenados, causando redução dos custos com insumos. Durante a época de
plantio, os rizóbios ajudam na nutrição nitrogenada das plantas, trazendo vantagens como um
estado nutricional mais otimizado e uma maior resistência aos estresses ambientais, como a
seca, ao serem coinoculadas com o Azospirillum (EMPRAPA, 2014).

2.11 TECNOLOGIAS DE HIBRIDOS DE MILHO


Com a clara regionalização da produção de milho no Brasil, os programas de melhoramento
genético têm se dedicado à criação de híbridos adaptados a diferentes ambientes e cada vez
mais receptivos às inovações tecnológicas. Essa estratégia, juntamente com a ampla
disseminação de informações sobre técnicas de manejo e a contínua integração de novas
tecnologias, têm contribuído significativamente para o aumento da produtividade do cultivo no
país (NIHEI, 2015).
A produtividade média do milho na última safra brasileira atingiu 5.400 kg/ha, um aumento
considerável se comparado à média de 3.400 kg/ha registrada há uma década. Isso mostra que
o Brasil tem mantido uma taxa de incremento na produtividade em torno de 5% ao ano. No
mesmo período, houve um aumento de 30% na área de plantio, enquanto a produção cresceu
200%, demonstrando os consideráveis avanços genéticos e tecnológicos alcançados nesse
intervalo de tempo (NIHEI, 2015).

2.11.1 Herculex
17

A tecnologia herculex foi aprovada em 2008 pela Comissão técnica Nacional de


Biossegurança (CTNBio. Essa tecnologia possibilita o controle eficiente de pragas importantes
que afetam o cultivo de milho, ao inserir na planta o gene cry1F, proveniente do microrganismo
Bacillus thuringiensis (Bt), presente de forma natural no solo. Esta tecnologia protege a planta
do milho contra a lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda) que é uma das principais pragas
do mlho, protegendo a planta durante todo o seu ciclo e que ainda oferece controle sobre a broca
da cana (Diatraea saccharalis). Dessa forma, com a utilização dessa tecnologia, é possível
produzir safras mais produtivas com grãos de melhor qualidade e um instrumento eficiente para
o manejo integrado de pragas (LINS, 2009).

2.11.2 VTPRO4
Uma característica de destaque dessa nova biotecnologia da Bayer é a presença de dois
mecanismos de ação que fortalecem o combate às lagartas na raiz, juntamente com três que
contribuem para proteger a espiga e a planta. "Com isso, o milho fica até 5 vezes mais
protegido contra essas pragas, resultando em maior produtividad e, uma vez que a
porcentagem de espigas danificadas cai para 2,6%. Na lavoura sem a biotecnologia, o
dano pode chegar a 44%", diz Danilo Belia, Líder de lançamento para VTPRO4 ®. Dentre
as pragas que atacam a parte aérea das plantas estão a broca-do-colmo, a lagarta-da-
espiga, a lagarta-elasmo, a lagarta rosca e a lagarta-do-cartucho, que ainda é um dos
problemas mais sérios em todas as regiões do Brasil onde o milho é cultivado, causando
perdas significativas que podem chegar a 50% da safra. Para melhorar o controle dessas
pragas, o produto VTPRO4® combina a proteína VIP3A com as proteínas Cry1A.105 e
Cry2Ab2. O sistema radicular foi fortalecido com um novo método de atuação que se
utiliza de RNA de interferência (Dvsf7 RNA). Ao ser combinado com a proteína
Cry3Bb, esse mecanismo é capaz de reduzir os possíveis prejuízos ocasionados pelas
larvas da Diabrotica speciosa, que podem resultar em até 70% de perda na produtividade
(BAYER, 2023).

2.12 MANEJO DE PLANTAS DANINHAS


As plantas daninhas são plantas que competem por água, luz e nutrientes com as plantas
cultivadas, e que além disso são plantas hospedeiras de doenças e pragas e nematoides. Uma
das características destas plantas é a alta capacidade de infestação que elas possuem, por
produzirem um grande número de sementes por planta, que uma única planta pode ser capaz de
produzir mais de 10.000 sementes (INOUE, 2019).
18

Para semear milho de forma eficaz em uma área que é cultivado milho safrinha e soja, é de
suma importância realizar uma dessecação adequada da cultura anterior. Isso garantirá que as
plantas daninhas mais jovens e tardias sejam controladas, possibilitando o desenvolvimento da
cultura sem problemas. Para uma dessecação eficiente, é indispensável utilizar um dessecante.
Dessa forma, o milho safrinha poderá ser plantado diretamente, sem a necessidade de uma nova
dessecação antes do plantio. E também, é importante notar que o controle do banco de sementes
é essencial, e seu controle pode ser pode ser feito com herbicidas residuais aplicados logo após
ou imediatamente antes do plantio. Assim, a implantação da cultura do milho ocorrerá de forma
mais eficaz, evitando futuros problemas com plantas daninhas (SEMENTES, 2021).
Os estágios iniciais do desenvolvimento da cultura do milho são de grande importância,
pois são os estádios em que a planta pode expressar todo o seu potencial produtivo ao longo da
safra. Por isso, uma estratégia eficaz seria iniciar o monitoramento no estágio final do ciclo da
soja. Portanto, o controle de plantas daninhas deve ser realizado de maneiras específicas,
incluindo uma dessecação adequada da cultura de verão, a dessecação pré-plantio realizada
aproximadamente 30 dias antes do plantio do milho segunda safra, e a aplicação de herbicidas
pré-emergentes para proteger a emergência da cultura do milho (BAYER, 2023).

2.13 PRINCIPAIS PRAGAS

2.13.1 Lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda)

A lagarta-do-cartucho pode causar danos de até 60% dependendo do hibrido, época que
foi realizada a semeadura e o estádio de desenvolvimento da cultura, sendo o florescimento o
período mais crítico. A cor da lagarta pode variar de cinza, marrom até verde, podendo chegar
a 50mm em seu último instar. A lagarta tem como preferência atacar as folhas novas, as
raspando, e assim causando os primeiros sintomas conhecido como” folha raspada”. Quando a
lagarta ataca a espiga causam danos diretos no consumo de massa em si, e indiretos como
facilitar a propagação de fungos e bactérias. Em casos de alta infestação podem aparecer danos
no colo, colmo e espigas (ROSSATTO, et al).

2.13.2 Lagarta-elasmo, (Elasmopalpus lignosellus)


A lagarta-do-elasmo causa danos variados, podendo chegar até a destruição total da
lavoura, em casos de alta infestação. A lavoura é atacada somente após atingir a altura média
de 35 cm. Geralmente o produtor identifica o ataque por conta de inúmeras falhas na lavoura.
A lagarta causa danos na região do colo, em seguida penetrando no colo realizando galerias no
19

seu interior, causando perfilhamento ou a morte da planta. O ataque pode ser identificado pela
seca das folhas centrais e o murchamento, que são destacadas facilmente ao serem puxadas.
Ocasionam perdas na redução do estande e consequentemente o baixo rendimento da cultura
(VIANA, 2009).

1.13.3 Lagarta-da-espiga (Helicoverpa zea)

Estima-se que os prejuízos da lagarta-da-espiga sejam de cerca de 8% nos rendimentos.


Normalmente, o inseto insere seus ovos nos estilos estigmas da planta, local inicial onde as
lagartas recém-nascidas iniciam seus danos, podendo causar falhas na produção de grãos.
Conforme a larva vai se desenvolvendo se desloca a ponta da espiga para se-alimenta do grão
em formação (CRUZ; VIANA, 2021).
Os sintomas e danos são identificados por conta dos estilos estigmas e o grão danificados
na ponta da espiga (CRUZ; VIANA, 2021).

2.13.4 Lagarta rosca (agrotis ipsilion)

A lagarta-rosca possui este nome por conta que quando são tocadas durante o dia ficam
enroladas no solo. Essa praga possui um hábito noturno sendo de difícil visibilidade no campo,
e ficam debaixo ou enterradas nos restos cultuais (ÁVILA, 2020).
Normalmente a lagarta-rosca ataca a plântula do milho quando esta atinge sua altura
média de 50cm, apresentando sintomas como seccionamento parcial no colmo causado uma
grande lesão conhecida como “coração morto”, aparecimento de manchas similares as causadas
por deficiências nutricionais. Quando a lesão é pequena causa o perfilhamento da planta,
formando uma “touceira” não produtiva (ÁVILA, 2020).

2.13.5 Percevejo-barriga-verde (Dichelops melacanthus)

Os percevejos estão presentes em diferentes cultivos no Brasil, estando entre as


principais pragas, podendo levar a perdas de cerca de até 60% na produtividade quando ocorrem
ataques intensos nas plântulas do milho (MERLADETE, 2021).
O percevejo-barriga-verde realiza danos físicos na introdução e movimentação do
estilete, e ao inserir toxinas que participam do processo de digestão extraoral causam danos
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fisiológicos, que ocasionam distúrbios de crescimento na planta variando a intensidade desse


dano a planta pode apresentar menor carga e espigas reduzidas ou, em grandes danos pode ter
seu crescimento totalmente reduzido (MERLADETE, 2021).

2.13.6 Percevejo marrom (euschitus heros)

O percevejo-marrom é mais predominante na cultura da soja, entretanto se não for


controlado de maneira certa poderá atacar a cultura do milho, principalmente o de segunda safra
após a soja. O inseto tem seu habito de atacar o milho de maneira gregária, que é quando vários
insetos atacam a mesma planta. Por conta de o percevejo-marrom possuir seu estilete menor
que o percevejo-barriga-verde tem menor probabilidade de atingir o ponto de desenvolvimento
da planta, causando o coração morto na planta que o percevejo ataca (SEMENTES
BIOMATRIX, 2020).
Um grande problema sobe o controle do inseto é que geralmente ele possui maior
tamanho, sendo preciso maior quantidade de inseticida ingerido sua intoxicação.. O percevejo
marrom é encontrado em maior abundancia por conta que possui um alto potencial reprodutivo
no sistema de cultivo de soja-milho (SEMENTES BIOMATRIX, 2020).

2.13.7 Pulgão do milho (rhopalossiphum maidis)

Os pulgões, também conhecidos como piolho das plantas ou afídeos, são insetos
pequenos, que possuem antena longa e corpo mole. Esses insetos são distribuídos amplamente
nas mais diferentes condições de temperatura. Além disso são consideradas pragas de grande
importância agrícola por conta que sua forma de ataque e sugar a seiva da planta, causando o
desvio de nutrientes que iriam ser usados em seu desenvolvimento. Enquanto se alimentam
podem e deixar toxinas que prejudica as plantas, e também deixam substancias açucaradas
chamadas de honeydew. Essas substancias colaboram para o desenvolvimento de um fungo
com coloração escura, conhecido como fumagina (CHINELATO, 2020).
O pulgão-do-milho pode afetar outras culturas como cevada, trigo, milheto, aveia e até
mesmo a cultura da soja e, por isso a praga e considerada um fator problemático em sistemas
de cultivos após a culturas de soja-milho ou milho-trigo-soja. O inseto ataca a planta do milho
na região do cartucho em sua fase jovem, mas também podem infestar o pendão e gemas florais
(CHINELATO, 2020).
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2.14 PRINCIPAIS DOENÇAS

2.14.1 Ferrugem polissora (Puccinia polysora Underw)

A ferrugem polissora, na cultura do milho pode causar perdas de até 65%, causando
sérios prejuízos. Esta doença pode ser considerada a mais prejudicial na cultura do milho, que
é ocasionada pelo fungo Puccina polysora que é desenvolvido principalmente na bainha e na
parte superior da folha, prejudica do enchimento de grãos e na produtividade (CHINELATO,
2020).

2.14.2 Ferrugem comum (Puccinia sorghi)

A ferrugem comum e caracterizada pelo desenvolvimento de pústulas em toda a parte


aérea da planta, com maior concentração nas folhas. As pústula se desenvolvem em ambas
partes da folha, sendo uma caracterizada pela diferenciação da ferrugem polissora. (COSTA;
COTA, 2021)
As pústulas por suas características representam um formato circular e alongado e de
coloração castanho escura a clara, que se destacam no modo em que as pústulas amadurecem e
se rompem, ocasionando a liberação dos uredósporos. Em condições favoráveis as pústulas
podem se agregar gerando grandes áreas necróticas nas folhas. (COSTA; COTA, 2021)

2.14.3 Ferrugem tropical ou ferrugem branca (Puccnia horiana)

Os sintomas da ferrugem tropical atacam ambas partes faces da folha, na formação de


pústulas são apresentadas em grupos pequenos paralelos as nervuras. As pústulas apresentam
formato oval ou arredondado contendo o tamanho de 0,3 até 1,0 milímetros, de coloração
castanha e amarelada, que são recobertas pela epiderme da folha. Quando chegam a estádios
mais avançados são desenvolvidos em volta das pústulas halos circulares a oblongos, com
bordas escuras (SOUSA, 2016).

2.14.4 Cercosporiose (Cerrcospora zeae- maydis)


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A cercosporiose é proveniente do fungo Cercospora zeae-maydis, sendo considerada


uma das principais doenças do milho. A doença também e conhecida como mancha foliar de
cercospora e mancha cinzenta. A cercosporiose está presente em todas as regiões que produz
grão no pais, a doenças interfere diretamente na produtividade estimada por hectare. Quando o
ataque ocorre muito cedo, ocorre lesões foliares em grandes quantidades e, aumentando mais
ainda os danos. Normalmente as lesões causadas na planta são nas partes responsáveis pela
fotossíntese (BACELLOS, 2023).
Os primeiros sintomas ocorrem nas folhas inferiores e, de acordo com que a doença vai
se desenvolvendo são visíveis na parte superior das plantas, comumente aparecem próximo ao
período do florescimento. Ocorrem lesões estreitas paralelas as nervuras, que podem apresentar
bordas irregulares e indefinidas. A doença reduz a área fotossintética da planta, limitando a
produtividade prejudicando o enchimento de grãos (BACELLOS, 2023).

2.14.5 Mosaico comum

O mosaico comum é decorrente em toda região onde e cultivado a cultura do milho.


Estima-se que essa doença pode ocasionar na redução de produtividade de até 50%. A doença
possui este nome de mosaico comum por conta que os sintomas são de manchas verdes claras
com áreas verdes normal em formato de mosaico. As plantas infectadas normalmente as espigas
e grão são menores em altura e tamanho. A transmissão ocorre por pulgões de várias espécies,
sendo a mais prejudicial a espécie Rhopalosiphum maidis (COSTA; COTA, 2024).

2.15 MOMENTO DE COLHEITA

A qualidade do grão do milho está diretamente relacionada a velocidade da colhedora e


a umidade do grão. Sobre a umidade o momento ideal para ser realizado a colheita é quando o
grão já atingiu sua maturidade fisiológica, ou seja, quando a metade das sementes da espiga tem
uma camada preta na interposição entre a semente e o sabugo, neste ponto o grão pode conter
cerca de 34% de umidade e, com esta condição a eficiência da colheita e reduzida por cota do
maior atrito entre o grão e o sabugo por causa da maior dificuldade de debulhamento. Por este
fator a colheita deve ser realizada quando os grãos apresentam sua umidade em média de 18 a
20% (REIS, 2023).
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3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
A empresa Agro Burbello já está no mercado a mais de 20 anos, e que começou a cultivar
soja e milho a cerca de 5 anos, antes a empresa trabalhava somente com mandiocultura e por
conta da alta rentabilidade da produção de grãos como soja e milho a empresa optou por
trabalhar com grãos, e atualmente trabalha com ambas culturas.
O estágio foi realizado na fazenda São Paulo, que fica localizada no distrito de
Gauchinha-PR, pertencente a Planaltina do Paraná-PR, e também foi acompanhado uma
propriedade arrendada anos pela empresa que e cultivado soja na safra e milho na safrinha, que
possui uma área de 226,15 hectares totais, e para a produção de grãos são 212,15 hectares.
Antes da fazenda ser arrendada pela empresa era cultivado mandioca, e hoje em dia a
fazenda se encontra com uma estrutura totalmente destina para a produção de grãos. Outro lugar
que foi realizado o estágio é em uma área que também fica do distrito de Gauchinha-PR com
sua área de 277,02 hectares totais e sendo nesta safra destinados a produção de soja e milho
119,11 hectares, os outros 157,91 hectares são de mandioca, que na safra 2024/2025 esses
157,91 hectares serão destinados para a produção de soja e milho também. Antes da empresa
arrendar a área, a mesma era cultivada mandioca que era arrendada por outra empresa.

3.1 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

3.1.1 Preparo de solo convencional


O preparo de solo convencional foi realizado na primeira safra nas duas áreas, pois para que
possa se implantar o sistema de plantio direto e necessário que o solo seja preparado de modo
convencional primeiramente, e que esse método de preparo de solo visa revolver todas as
camadas subsuperficiais e superficiais do solo. Nas áreas, foi feito o corte de algumas arvores
e a destoca das mesmas, que seria a retirada dos tocos e a queimada dos tocos.
Na área de 157,91 hectares, antes era cultivado mandioca, após a colheita da mandioca
foi utilizado uma grade roma somente pois já havia passado o fofador para a colheita da
mandioca. E foi feito uma análise química de solo para ver se havia necessidade de calagem, e
havia a necessidade de calagem de 4,132 Kg de calcário dolomítico por hectare, e também foi
espalhado 1,652 Kg de cama aviaria, e que após espalhar foram incorporados juntamente.
Já na área de 212,15 hectare foi realizado o mesmo processo, pois antes também ser
cultivado a cultura da mandioca na área, só o que mudou foi a quantidade de calcário e de cama
aviaria, sendo espalhados 3,878 kg de calcário dolomítico por hectare, e de cama aviaria foram
espalhados 1,430 Kg por hectares.
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3.1.1.1 Plantio direto


O plantio direto e um sistema que visa revolver o menos possível as camadas do solo,
para conservar a palhada concentrada na superfície, assim acumulando mais palhada na
superfície do solo que traz benefícios como maior conservação de umidade, menor
compactação pela ação hídrica, menor temperatura do solo, e maior vida de micro-organismos
no solo.
A empresa opta por realizar o plantio direto pelos seus benefícios, e é feito uma sucessão
de culturas com soja na safra de verão e milho na safrinha, e que logo após a colheita da soja já
e realizado o plantio do milho safrinha, e após a safrinha do milho é espalhado cama aviária, e
após a aplicação as áreas ficam sem nada cultivado até o momento do plantio da soja.

3.1.2 Variedades escolhidas


A empresa Agro Burbello busca variedades com altos níveis tecnológicos o suficiente para
alcançar a produtividade desejada e adaptadas para o cultivo nesta região, e também resistente
a pragas e doenças.

3.1.2.1 Morgan 30a95


Sobre a variedade: é um híbrido de ampla adaptação, recomendado para a produção de
grão e silagem, nas regiões tropical e subtropical, e para plantio na safra de verão e safrinha. E
uma variedade resistente contra Lagarta do Cartucho, Broca-do-colmo, Lagarta-da-espiga,
Lagarta-elasmo, Lagarta-rosca e Lagarta-das-vagens.

3.1.3.1 Biotecnologia de sementes

3.1.3.2 PoweCore™

Essas tecnologias contem 3 modos de ação efetivos proporcionados pela presença de 3


proteínas inseticidas (Cry1F, Cry1A.105, Cry2Ab2), que possuem ótimo controle de
lepidópteros que atacam a parte aérea e controle superior em lagartas de solo. Com isso a
tecnologia proporciona um controle eficaz das principais pragas do milho, como a Lagarta-do-
cartucho, a Broca-do-colmo, a Lagarta-da-espiga, a Lagarta-elasmo, a Lagarta-rosca e a
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Lagarta-das-vagens. Além disso a tecnologia contém 2 proteínas (CP4 EPSPS, PAT) que faz
com que as plantas sejam capazes de resistir aos herbicidas glifosato e glufosinato de amônio,
permitindo assim o controle de muitas plantas daninhas com maior segurança.

3.2 Tratamentos de sementes


A empresa opta já por comprar as sementes tratadas, já com os tratamentos adequado
para a produção desejada, com tecnologias de qualidade contra pragas e doenças, e também
para garantir maior segurança e agilidade no momento de realizar o plantio.

3.2.1 Inoculação
A empresa opta por realizar a inoculação no sulco de plantio pois as variedades
utilizadas não possuem inoculação industrial, e foram utilizados dois tipos de inoculante sendo
um deles o inoculante liquido MasterfixL com as bactérias do gênero Azospirillum e com
adicional de nitrogênio, sendo aplicado 100ml/ha, que foi utilizado na área de 119,11 hectares.
O outro inoculante utilizado foi o Fixaron Azos com as bactérias do gênero Azospirillum
brasiliense com a vazão de 100ml/há, e foi utilizado na área de 226,15 hectares.

3.3 Semeadura e adubação de plantio

A semeadura teve início no dia 05/02/2024 dentro da janela de plantio adequada. Em


relação a profundidade de semeadura variava de acordo com a umidade do solo, quando o solo
estava úmido a profundidade era de cerca de 3 cm, e quando estava mais seco era em média 5
a 6 cm de profundidade, o espaçamento utilizado foi o de 0,50 entre linhas, contando com 2,8
sementes por metro linear. A adubação de plantio foi realizada no sulco de plantio com a
quantidade de 290kg por hectares de nitrogênio, fosforo e potássio, que a formulação do mesmo
era de 10-15-15, para nutrição necessária na fase inicial da planta e de acordo com a
recomendação adequada para alcançar a produtividade esperada.

3.4 Adubação de cobertura


Na adubação de cobertura não e utilizado nenhum tipo de fertilizante solido, então a
empresa opta por fazer a adubação de cobertura no momento da aplicação de agrotóxicos sendo
assim gerando mais economia, com menos gastos de combustível, menor valor gasto em
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fertilizantes e até mesmo menor compactação do solo. Fertilizantes utilizados: Nitro PlusNT,
contendo 24,15% de nitrogênio, e 4,64% de molibdênio, e para cada tanque de 2300L era
colocado a solução 100L do fertilizante, devendo se aplicar nos estádios fenológicos entre V8
até R2. Starter mn platinium, contendo 11,5% de enxofre, 5% de molibdênio, 5% de nitrogênio,
3% de zinco, 0,3% de boro, 0,3% de cobre e 0,3% de manganês, e para cada tanque de 2300L
era colocado na solução 20L do fertilizante, e aplicado nos estádios fenológicos entre V4 e V8.
Re-Leaf, contendo 17,5% de cobre, 17,5% de magnésio, que era utilizado 25L para cada tanque
de 2300L, e aplicado em V8 ou VT. Mover, contendo 5,0% de nitrogênio, 4,0% de boro, 0,17%
de cobre, 0,015 de molibdênio e 4,5 % de zinco, e para cada tanque de 2300L era colocado na
solução 50L do fertilizante, aplicado entre R2 e R4.

3.5 Monitoramento de pragas e doenças


O engenheiro agrônomo visita as áreas uma vez por semana e já faz o monitoramento
de pragas e doenças, e recomenda o que deve ser aplicado e já realiza a venda dos produtos.

3.5.1 Pragas encontradas

A cultura do milho é um grande alvo para pragas, devido às substâncias presentes nas
plantas que são essenciais para as pragas se proliferaram.
A seguintes pragas encontradas foram: Cigarrinha-do-milho, percevejo-barriga-verde,
lagarta do cartucho, Coró da soja.

3.6 Produtividade das áreas

A produtividade esperada era de 70 sacos por hectares, mas as lavouras sofreram alto
nível de deficiência hídrica, principalmente no enchimento de grãos. A empresa assegura toda
a área plantada, sendo o seguro Pro Agro. Na área de 157,91 hectares o seguro foi acionado em
40,57 hectares, pois o rendimento por hectare estava dando em média 34 sacas por hectare, e o
seguro cobre 50 sacas por hectares, então o seguro pagou 16 sacas por hectare. Nos 117,34
hectares não foi acionado o seguro, pois o rendimento médio por hectare estava entre 65 a 75
sacas por hectares.
Na área de 212,15 hectares o seguro foi acionado em 161,4 hectares, e o rendimento
médio de produção foi de 38 sacas por hectares, o seguro cobrindo 50 sacas por hectares, o
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seguro pagou 12 sacas por hectare. Nos 55,93 hectares restantes o seguro não foi acionado pois
a produtividade desejada de 70 sacos por hectare foi alcançada, e foi alcançada por conta que
foi a primeira área a ser semeada, bem no início da janela de plantio, aproveitando mais o
período das chuvas.

3.7 Aplicações
A empresa realiza os manejos de aplicações iguais para as duas áreas, por conta de ficar
mais prático e viável para manejar os agrotóxicos, e evitar de aplicar algum veneno de uma área
na outra e causar prejuízos. Segundo o produtor, nesta safra ouve menos aplicações por conta
da seca.

3.7.1 Agrotóxicos e fertilizantes líquidos utilizados

1° aplicação

Feroce ingrediente aivo: ACEFATO 850 g/kg , BIFENTRINA 30 g/kg

2° aplicação:

Expedition; ingrediente ativo: SULFOXAFLOR 100g/l, LAMBDA-CIALOTRINA 150 g/l

Dimilin; ingrediente ativo: DIFLUBENZURON 250 g/kg

Stimulate; ingrediente ativo: CINETINA 0,09 g/l, ÁCIDO GIBERÉLICO 0,05 g/l, ÁCIDO
INDOLBITÍRICO 0,05 g/l

Nitro PlusNT: 100L por bomba

3° Aplicação:

Evolution; ingrediente ativo: AZOXISTROBINA 37,5 g/kg, MANCOZEBE 525 g/kg,


PROTIOCONAZOL 37,5 g/kg

Plantinum neo, lagare; ingrediente ativo: TIAMETOXAM 141 g/l, LAMBDA-CIALOTRINA


106 g/l

Start; ingrediente ativo: FIPRONIL 250 g/l

Stimulate; ingrediente ativo: CINETINA 0,09 g/l, ÁCIDO GIBERÉLICO 0,05 g/l, ÁCIDO
INDOLBITÍRICO 0,05 g/l
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Starter mn platinium: 20 L por bomba

4° aplicação:

Aproach power; ingrediente ativo: PICOXISTROBINA 90 g/l, CIPROCONAZOL 40 g/l

Plantinum neo, lagare; ingrediente ativo: TIAMETOXAM 141 g/l, LAMBDA-CIALOTRINA


106 g/l

Re- leaf: 25L por bomba

Mover: 50L por bomba

3.8 Ponto de colheita


A colheita teve início quando a lavoura se encontrava com as espigas “caídas” e com
20% de umidade. Durante a colheita a umidade média foi de 19 a 15%.

3.8.1 Colheita
A colheita teve início no dia 01/07/2024 e o termino na colheita no dia 06/08/2024. A
coleita iniciava as 9:00 da manhã, por conta que antes das 9:00 da manhã a umidade ainda
estava alta para a colher, a colheita ia das 9:00 da manhã até as 22:00 da noite, que era no
momento que a umidade começava a aumentar. Para a realização da colheita e utilizado uma
colheitadeira New Holland TX 5.90, com um nível tecnológico considerável, perdendo em
média 0,5 sacos de milho por hectares.

3.8.2 Transporte de grãos


Era utilizado um caminhão Scania P360 equipado com rollon rolof, sendo muito prático
pois o motorista deixava as caçambas na área e iria realizar outras atividades. Na área ficava
cerca de 4 a 5 caçambas por dia, no dia seguinte o motorista buscava as caçambas cheias de
deixava outras vazias para serem utilizadas. A bazuca que e utilizada e uma jan tanker 10.500
com capacidade de 8 toneladas.

3.9 Comercialização
A empresa estava vendendo os grãos para a Indemil de Graciosa-PR, com o valor de
54 reais a saca.
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3.10 Equipamentos e dispositivos utilizados


Tratores: John Deere 6M 145, 2 New Holland T7.175, Volkswagen worker 8-120

Implementos: Plantadeira valtra BP 1106 11 linhas, Plantadeira Planti Center premier 9 linhas,
guincho bag tatu 2000kg

Aplicação: John Deere 4630 autopropelido com barras de 24 metros, Volkswagen worker 8-
120

Colheita: New holland tx 5.90, caminhão rollon rolof p360, 4 caçambas rollon rolof, jan taker
10.500
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3.11 CONLUSÃO E SUJETÕES


Concluo que com a realização deste estagio foi possível obter mais conhecimento sobre
a cultura do milho e que é uma cultura que, exige grande atenção durante o seu cultivo para que
se possa obter resultados satisfatórios como qualquer outra cultura. O milho é uma cultura que
possui grande importância para o agronegócio brasileiro pois o Brasil e o 3° maior produtor de
milho do mundo produzindo 118,5 milhões de tonelada, e sendo assim o produtor deve investir
em equipamentos e insumos de qualidade, de acordo com o nível de produção dele.

A sugestão para a empresa é que em áreas novas de cultivo em que irá realizar o plantio
direto consecutivo, opte por realizar a descompactação em área total para que evite problemas
futuros com compactação.

Que o produtor realize a calagem de acordo com as análises feitas, parcelando as doses
de calcário para que o calcário possa descer lentamente ao perfil do solo sem que haja a
necessidade de incorporar o mesmo e manter a palhada que contem no solo. E também sobre
correção, eu visualizei que tem algumas manchas em que são mais ‘fortes’ e outras mais ‘fracas’
e que então corrija estas manchas fracas para que se possa obter mais produtividade e uma
lavoura padronizada.

Se possível realizar o plantio de plantas especificas para cobertura e utilizá-las para a


cobertura de solo, ciclagem de nutrientes e realizarem a manutenção do solo.
31

4.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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