O documento discute a participação criminal por meio de ações aparentemente inofensivas, chamadas de "ações neutras". Apresenta diferentes perspectivas sobre como definir e julgar tais ações na teoria do delito. Defende que é necessário considerar tanto os aspectos objetivos quanto subjetivos da conduta, e que uma proibição só pode fundamentar punição se for adequada para proteger o bem jurídico.
O documento discute a participação criminal por meio de ações aparentemente inofensivas, chamadas de "ações neutras". Apresenta diferentes perspectivas sobre como definir e julgar tais ações na teoria do delito. Defende que é necessário considerar tanto os aspectos objetivos quanto subjetivos da conduta, e que uma proibição só pode fundamentar punição se for adequada para proteger o bem jurídico.
O documento discute a participação criminal por meio de ações aparentemente inofensivas, chamadas de "ações neutras". Apresenta diferentes perspectivas sobre como definir e julgar tais ações na teoria do delito. Defende que é necessário considerar tanto os aspectos objetivos quanto subjetivos da conduta, e que uma proibição só pode fundamentar punição se for adequada para proteger o bem jurídico.
O documento discute a participação criminal por meio de ações aparentemente inofensivas, chamadas de "ações neutras". Apresenta diferentes perspectivas sobre como definir e julgar tais ações na teoria do delito. Defende que é necessário considerar tanto os aspectos objetivos quanto subjetivos da conduta, e que uma proibição só pode fundamentar punição se for adequada para proteger o bem jurídico.
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8/8/2014 Participao criminal por meio de aes neutras.
O incio (tardio) de um debate - Jus Navigandi - O site com tudo de Direito
http://jus.com.br/imprimir/7406/participacao-criminal-por-meio-de-acoes-neutras 1/6 Este texto foi publicado no site Jus Navigandi no endereo http://jus.com.br/artigos/7406 Para ver outras publicaes como esta, acesse http://jus.com.br Participao criminal por meio de aes neutras. O incio (tardio) de um debate Jos Danilo Tavares Lobato Publicado em 10/2005. Elaborado em 08/2005. Recentemente, surgiu no Brasil um trabalho monogrfico de autoria de Lus Greco a respeito da cumplicidade por meio de aes neutras, o qual pode ser assim considerado como o marco inicial nas discusses da penalstica brasileira quanto ao tema, apesar da existncia de uma publicao anterior sobre o assunto. Os debates sobre essa questo iniciaram-se em meados da dcada de 80 na dogmtica penal alem. Wohlleben d notcia de que o termo aes externamente neutras surgiu em 23 de janeiro de 1985 por meio de um acrdo do Bundesgerichtshof , em que o referido Tribunal denominou de neutras as aes de cumplicidade dos empregados de certa firma, uma vez que os mesmos colaboraram internamente e com certa proximidade na realizao pelo proprietrio da empresa do crime de sonegao fiscal. A meu ver, o primeiro problema determinar o que seja realmente uma ao neutra. Ao se proceder definio, poder-se-ia optar por um conceito prescritivo, ou seja, um conceito que j inserisse um juzo de valor, seja positivo, seja negativo, em seu contedo, ou ento, poder-se- optar por um conceito meramente descritivo do fenmeno ao neutra. A vantagem do conceito descritivo est em no imputar resultados legais aprioristicamente para uma ao de cumplicidade denominada neutra ou tambm conhecida como cotidiana, mas to somente descrever e delimitar conceitualmente as espcies de cumplicidade por aes cotidianas. Dessa forma, a adoo de um conceito descritivo evita o erro metodolgico de associar impensadamente a ao neutra de uma cumplicidade criminal a um determinado resultado, ou seja, a punio ou no-punio. Nesse sentido, andou muito bem o conceito proposto por Lus Greco, qual seja: chamaremos de neutras aquelas contribuies a fato ilcito alheio que, primeira vista, paream completamente normais. mister que se diga que a adoo de um [01 ] [02] [03] [04] [05] 8/8/2014 Participao criminal por meio de aes neutras. O incio (tardio) de um debate - Jus Navigandi - O site com tudo de Direito http://jus.com.br/imprimir/7406/participacao-criminal-por-meio-de-acoes-neutras 2/6 conceito descritivo no novidade. Nesse sentido, poder-se-ia novamente recorrer a Wohlleben, que, em sua monografia a respeito das aes neutras, igualmente opta por um conceito descritivo , no obstante tal conceito apresentar um enfoque diverso do acima exposto. Partindo-se da idia de ser neutra uma contribuio ao injusto penal de outrem que no tenha sua reprovao penal manifestamente exteriorizada, convm posicionar o problema na teoria do delito. A idia de que o tipo objetivo o local apropriado discusso da punibilidade das aes neutras vem prevalecendo na dogmtica alem. Concluindo da mesma forma, Feijo Sanchez expe que, de um ponto de vista material, a questo que deve ser objeto de debate no atual estado de evoluo da problemtica se a realizao de uma atividade que, carecendo de um sentido delitivo unvoco ou podendo-se definir como habitual ou inofensiva, e que aproveitada por um terceiro para realizar seus planos de lesionar bens jurdicos alheios, rene os requisitos objetivos dos tipos de participao. Lus Greco expe que se trata de um problema de desvalor da ao , pois a questo , isso sim, delimitar se esta ao perigosa, arriscada, ainda assim permitida, em nome do interesse geral de liberdade, ou se o direito considera este risco algo desaprovado, que merece ser proibido, em nome do interesse de proteo de bens jurdicos , ou seja, no fundo, para os referidos autores, o problema consistiria em se delimitar o mbito do permitido e do proibido de uma ao praticada. Em linha oposta ao desvalor da ao, ou seja, no voltada para o desvalor da ao propriamente dita, mas para o desvalor da externalizao de sentimento de solidariedade para com a prtica do ato delitivo pelo autor do fato, Schild- Trappe trabalha a cumplicidade, inclusive a neutra, como uma idia total de solidarizao do cmplice conhecida pelo autor do fato, logo a autora conclui que, apenas nos casos onde haja participao dolosa direta do cmplice conhecida pelo autor do fato, haver punio. Schild-Trappe acrescenta que, para a configurao da cumplicidade, bastam a mera adeso e a manifestao de solidariedade, inclusive quando as mesmas no tenham influenciado a deciso da realizao criminosa j concebida em sua estabilidade e intensidade. Roxin contesta fortemente tal posicionamento, afirmando que a autora, com a sua concepo, desloca de modo duvidoso a substncia do comportamento punvel da leso ao bem jurdico para a mera expresso do pensamento . correto o pensamento de que s poderemos afirmar ou no a punibilidade de uma ao externa de cumplicidade neutra aps descobrirmos se tal conduta permitida ou no frente ao ordenamento jurdico. No que se refere resoluo do problema, por meio da avaliao da (eventual) proibio do risco criado pela conduta cotidiana, procedente tal metodologia de raciocnio, todavia, [06] [07 ] [08] [09] [1 0] [1 1 ] 8/8/2014 Participao criminal por meio de aes neutras. O incio (tardio) de um debate - Jus Navigandi - O site com tudo de Direito http://jus.com.br/imprimir/7406/participacao-criminal-por-meio-de-acoes-neutras 3/6 no o bastante. necessrio tambm que se recorra ao aspecto subjetivo, conjugando, assim, avaliaes do tipo objetivo e do subjetivo, pois, sem a existncia do elemento interno do agente, a tipicidade penal no chegar a ser formada . No entanto, caso entendssemos que a soluo da presente problemtica deve se dar apenas no tipo objetivo, teramos a punibilidade de um farmacutico que venda ilegalmente um remdio abortivo a uma grvida que deixe transparecer sua inteno de abortar o feto e a absolvio de um advogado que, em uma consulta a seu cliente, apenas o informe a respeito do prazo prescricional de um crime que seja rapidamente prescritvel; e, aps a obteno da referida informao, opte o cliente por cometer o crime, uma vez que o baixo prazo prescricional correria inevitavelmente a seu favor. Ao se trabalhar com o critrio da criao de risco proibido por meio da cumplicidade de uma ao cotidiana, deve-se perguntar qual o contedo do proibido. mister lembrar que a leitura do artigo 29 do Cdigo Penal a ser feita de que quem concorre para o crime no necessariamente concausa para o crime, pois, caso contrrio, a problemtica das aes neutras resolver-se-ia por um conceito prescritivo, que iria necessariamente incluir a punibilidade do cmplice neutro. Corroborando o pensamento de que apenas a relao de causalidade no suficiente para a punio, Feijo Snchez vai alm e afirma que o mero conhecimento de que algum ir realizar um delito utilizando uma atuao prpria mais a existncia de uma relao de causalidade no parece haver razo suficiente para fundamentar um plus de injusto com relao ao artigo 450 do Cdigo Penal . Uma inovao trazida ao debate por Lus Greco, pois, a partir do princpio da proporcionalidade, o autor separa o primeiro critrio, qual seja, o critrio da adequao, que por ele elevado categoria de princpio da idoneidade a fim de preencher o contedo do risco, isto , a partir da idoneidade da proibio poder-se- dizer se o auxlio neutro foi ou no proibido. Dessa forma compreendido, Lus Greco afirma que a falta de idoneidade da proibio para proteger o bem jurdico revela-se, assim, como um ponto de vista do qual se pode esperar alguma contribuio para solucionar nossos problemas. No mesmo sentido quanto imprescindibilidade da idoneidade da proibio para poder haver cogitao de eventual punio, Jakobs afirma que sem uma causao evitvel, no haver responsabilidade pelo resultado. Em um mundo em que o que se valora ou reprova no a sorte, o destino, mas sim o rendimento, a produtividade; os delitos deveriam entender-se assim mesmo como algo produzido, ou seja, algo que poderia haver-se evitado. [1 2] [1 3] [1 4] [1 5] [1 6] [1 7 ] [1 8] [1 9] 8/8/2014 Participao criminal por meio de aes neutras. O incio (tardio) de um debate - Jus Navigandi - O site com tudo de Direito http://jus.com.br/imprimir/7406/participacao-criminal-por-meio-de-acoes-neutras 4/6 Estamos de acordo com o autor brasileiro quanto ao entendimento de que nenhum juzo de reprovao penal poder ser elaborado a partir de uma proibio que no seja apta a proteger o bem jurdico de leses ou ameaas no autorizadas, contudo reconhecemos o problema axiolgico para se determinar o que ser ou no idneo para proteger o bem jurdico. Prosseguindo nas anlises do autor, mister ressaltar que o mesmo trabalha com trs verbos para tentar dar forma idoneidade da proibio, quais sejam: salvar, melhorar e modificar. Explica o autor que, para a proibio de uma conduta de cumplicidade por meio de ao neutra ser idnea, basta que essa proibio melhore a situao do bem jurdico, contudo no precisa a mesma salvar o bem, sendo necessrio que ela v alm da mera modificao do curso causal do autor . No que concerne melhora da situao do bem jurdico, ainda acrescentado que no basta qualquer melhora, mas sim, que se necessita de uma melhora relevante para se poder proibir uma cumplicidade por meio de ao cotidiana. Um padeiro que sabe que est vendendo um po que futuramente ser envenenado e utilizado em um crime de homicdio no poderia ter a sua conduta reprovada, pois tendo em vista o alto nmero de padarias existentes, bastaria ao cliente, em menos de cinco minutos, comprar o po na concorrncia . Ou seja, no momento de aferio da relevncia da idoneidade da proibio de algumas condutas de cumplicidade por meio de aes neutras, Lus Greco aceita excepcionalmente analisar e tombar a figura da irrelevncia de cursos causais hipotticos . Contudo, sabemos que a aceitao de cursos causais hipotticos majoritariamente rejeitada pela doutrina, nesse sentido, Roxin afirma categoricamente que ele s aceita a anlise de cursos causais hipotticos nos crimes em que o autor impea o exaurimento da execuo do curso causal salvador, pois esse conceito causal metafsico no do Direito, mas conformado com a lei. Ainda complementa Roxin que a aceitao dessa nica exceo no pressupe uma refutao, mas to somente um melhoramento do princpio segundo o qual nunca se pode substituir o nexo causal do acontecimento por cursos causais hipotticos . Em tom de crtica, pode-se formular dois questionamentos. Primeiramente, a mera descoberta a respeito da proibio ou no do risco insuficiente para resolver todos os problemas de cumplicidade por meio de aes neutras, como por exemplo, o caso em que o devedor salda uma dvida certa, lquida e exigvel sabendo que o seu credor momentaneamente falido ir inevitavelmente utilizar-se deste dinheiro para comprar uma arma e assim [20] [21 ] [22] [23] [24] 8/8/2014 Participao criminal por meio de aes neutras. O incio (tardio) de um debate - Jus Navigandi - O site com tudo de Direito http://jus.com.br/imprimir/7406/participacao-criminal-por-meio-de-acoes-neutras 5/6 eliminar um de seus desafetos. Lus Greco reconhece expressamente que, no atual estgio de desenvolvimento da teoria do delito, existe a impossibilidade de resoluo desse problema sem nos socorrermos a alguma teoria ad hoc . O ponto nodal deste problema o embate entre o direito do devedor de proceder licitamente extino de um dbito anteriormente criado e o auxlio direto no fornecimento do dinheiro que se transformar inevitavelmente na arma do crime de homicdio. Contudo, no devemos esquecer que estamos trabalhando com os limites entre o permitido e o proibido de uma conduta, logo, no nos deixemos impressionar pela fcil lembrana ao exerccio regular de direito pelo devedor. Dessa forma, faz-se necessrio que, na questo da cumplicidade por meio de aes cotidianas v-se adiante nos critrios configuradores do tipo objetivo, o que parece ser um ponto a ser futuramente aprimorado nas discusses do porvir. Em segundo lugar, resta-nos ainda o problema de saber quem ir determinar a relevncia ou no da idoneidade da proibio. A princpio, parece que caber ao prudente arbtrio do juiz, em cada caso concreto, responder a estas duas perguntas, ou seja, ao que tudo indica, as discusses sobre o tema esto apenas comeando para a dogmtica penal brasileira, a qual agora tem o xito de se ter iniciado, em nosso pas, a problemtica da cumplicidade por meio de aes neutras com toda a profundidade travada na Alemanha nas ltimas dcadas. Referncias Bibliogrficas BATISTA, Nilo: Concurso de agentes, 2 edio, Lumen Iuris, Rio de Janeiro, 2004. CARDOSO, Flvio Pereira: As aes cotidianas no mbito da participao delitiva, in: Revista Sntese de Direito Penal e Direito Processual Penal, 16, 2002. FEIJO SANCHEZ, Bernardo. Lmites de la participacin criminal. Granada: Comares, 1999. GRECO, Lus. Cumplicidade atravs de aes neutras: A imputao objetiva na participao. Rio de Janeiro: Renovar, 2004. JAKOBS, Gnther. Acessoriedad. Sobre los presupuestos de la organizacin en comn, in; Revista del poder judicial 5, 2000. ROXIN, Claus. Derecho Penal Parte General Tomo I Fundamentos. La Estructura de la Teoria del Delito. Madrid: Thomson e Civitas, 2003. [25] 8/8/2014 Participao criminal por meio de aes neutras. O incio (tardio) de um debate - Jus Navigandi - O site com tudo de Direito http://jus.com.br/imprimir/7406/participacao-criminal-por-meio-de-acoes-neutras 6/6 Jos Danilo Tavares Lobato advogado em Niteri (RJ), mestrando em Cincias Penais pela UCAM ____________. Grace Marie Luise Schild Trappe: Harmlose Gehilfenschaft? Eine Studie ber Grund und Grenzen bei der Gehilfenschaft; in: JZ 1/1996. WOHLLEBEN, Marcus. Beihilfe durch usserlich neutrale Handlungen. Mnchen: Beck, 1996. Notas Autor Informaes sobre o texto Como citar este texto (NBR 6023:2002 ABNT) LOBATO, Jos Danilo Tavares. Participao criminal por meio de aes neutras. O incio (tardio) de um debate. Jus Navigandi, Teresina, ano 10, n. 830, 11 out. 2005. Disponvel em: <http://jus.com.br/artigos/7406>. Acesso em: 8 ago. 2014. 01 CARDOSO, Flv io Pereira: As aes cotidianas no mbito da participao delitiva, in: Rev ista Sntese de Direito Penal e Direito Processual Penal, 1 6, 2002. p. 37 e ss. 02 WOHLLEBEN, Mar cus. Beihilfe durch usserlich neutrale Handlungen. Mnchen: Beck, 1996. p.3 03 uerlich neutrale Handlungen 04 oSupremoTribunal de Justia da Repblica Alem. 05 GRECO, Lus. Cumplicidade atravs de aes neutras: A imputao objetivanaparticipao. Riode Janeiro: Renovar, 2004. p.110 06 Externamente neutra deve ser, portanto, toda ao, emque o seu executor teria podido proceder a todo outro no lugar do autor do fato, isso porque ele coma ao, o fato e independncia prpria frente ao autor, licitamente persegue fins nodesaprovados. WOHLLEBEN, Marcus. Op.Cit. p.4 07 FEIJOSANCHEZ, Bernardo. Lmites de laparticipacin criminal. Granada: Comares, 1999. p.57 08 GRECO, Lus, Op. Cit. p.121 09GRECO, Lus, Op. Cit. p.120 10 SCHILD-TRAPPE, Grace Marie Luise. Apud. Roxin, Claus. Grace Marie Luise SchildTrappe: Harmlose Gehilfenschaft? Eine Studie ber GrundundGrenzen bei der Gehilfenschaft; in: JZ 1/1996, p. 29. 11 ROXIN, Claus. Grace Marie Luise SchildTrappe: Harmlose Gehilfenschaft? Eine Studie ber GrundundGrenzen bei der Gehilfenschaft; in: JZ 1/1996, p. 29. 12Considerandoque oobjetivodesse artigoest dirigido difusodopresente debate, limitar-me-ei a tais consideraes pessoais noque concerne aomeuprpriopontode vista quanto resoluodoproblema das aes neutras. Entretanto, remetooleitor minha dissertaode mestrado, ainda emelaborao, noque concerne detalhada soluodoproblema pormeiode umsistema objetivo-subjetivoamparadonoabusode direito. 13GRECO, Lus, Op. Cit. p.167 14NiloBatista faz a diferenciaode concausare concorrer BATISTA, Nilo: Concurso de agentes, 2 edio, Lumen Iuris, Riode Janeiro, 2004. p.44e p.45 15 FEIJOSANCHEZ, Bernardo. Op. Cit. p.75. 16Artigo450, primeira parte, doCdigoPenal espanhol: Aquele que, podendo fazer comsua interveno imediata e semrisco prpriooualheio, noimpede a comissode umdelitoque afete as pessoas emsua vida, integridade ousade, liberdade ouliberdade sexual. 17 GRECO, Lus, Op. Cit. p.149 18 GRECO, Lus, Op. Cit. p.139 19JAKOBS, Gnther. Acessoriedad. Sobre los presupuestos de laorganizacin en comn, in; Revista del poderjudicial 5, 2000. p.132. 20 GRECO, Lus, Op. Cit. p. 142 21 GRECO, Lus, Op. Cit. p.142 22Omesmoprincpioda idoneidade que faz comque cursos causais hipotticos sejam, emregra, irrelevantes, abre exceoa esta regra emalguns (mas noemtodos!) casos de aes neutras. GRECO, Lus, Op. Cit. p.148 23ROXIN, Claus. Derecho Penal Parte General Tomo I Fundamentos. LaEstructurade laTeoriadel Delito. Madrid: Thomson e Civitas, 2003. p. 359 24ROXIN, Claus., Op. Cit. p.359. 25 GRECO, Lus, Op. Cit. p.165 e p.166