Missão - A Casa Incendiada
Missão - A Casa Incendiada
Missão - A Casa Incendiada
A Casa Incenciada
Olhos sempre abertos
PERSONAGENS
VILÕES
PISTAS
simbolos brilhando, mas falaram pra não usar esse tipo de coisa porque só
atrapalhou e quase fez com que eles perdecem parte do projeto."
o AUDIO 5: "Já chega! Faz dias que nem ele é nem ninguém sobe aqui...
Deve te uma outra saída lá baixo e eles me deixaram pra trás... Depois de
tanto tempo, a última coisa que me pediram pra fazer foi colocar todas
essas tralhas no deposito... A comida acabou e desde hoje cedo eu estou
ouvindo uns barulhos muito estranhos vindo do alçapão. Eu vou é descer lá,
pegar o que eu conseguir e sair daqui! Pra mim já deu".
Documentos sobre proteses;
Registros sobre estados Alfa, Beta e Gama
Bilhete no jaleco;
Carta de suicídio;
Diário com informações sobre estado Delta;
MONSTROS UTILIZADOS
NARRATIVA
"-Alô!?"
"-Aquele nosso contato nos bombeiros passou essas informações pra Ordem, disse
que houve um pequeno incêndio aqui, aparentemente iniciado em um dos quartos da
casa, algumas testemunhas disseram que era um fogo muito violento mas tão rápido
quanto ele veio, foi embora. Quando os bombeiros chegaram, já não tinha mais uma
fagulha se quer.
O quarto de onde o fogo veio está bem destruído, já os outros cômodos, apesar de
sujos de cinzas e foligem, estão relativamente conservados."
"- Ok, fogo... Energia?... talvez acidente... e se não foi acidente? Sangue?... morte
não deve ser... que cacete!". Enquanto escreve e desenha em um caderno meio
amassado e com a capa, ou o que sobrou dela, toda rabiscada.
"-CERTO! EM POSIÇÃO!" anuncia Manoela com uma voz firme. Rapidamente eles
formam uma fila em frente a porta dos fundos dessa grande casa parcialmente
destruída. Ela arromba a porta com facilidade, apontando seu revólver para toda a
poeira e névoa que habita o lugar. Ela avança alguns passos pra dentro, olha para os
lados e informa: -Limpo!
Rapidamente entra e se posiciona ao lado, dando espaço para sua equipe.
O segundo é Kiko, usando um fuzil com uma lanterna acoplada, iluminando um pouco
mais o local e avançando lentamente. Logo atrás vem Priscila, carregando seu
caderno aberto e assim que passa pela porta, já é possível ver um brilho amarelo
saindo de seus olhos. Por último, João, quase precisando se abaixar pra passar pela
porta, segurando uma marreta com veias vermelhas pulsando, quase como se
tivessem vida própria.
Assim que João entra, Manoela avança pra dentro da casa, enquanto ele arrasta uma
estante para a frente da porta fechada, garantindo que nada possa entrar (ou sair) por
ali sem ao menos fazer algum barulho.
Assim que entram, Kiko começa a vasculhar todas as gavetas, portas de armários e
qualquer outro lugar que possa conter alguma informação que os bombeiros não
passaram (toda informação é importante). Após uma busca detalhada na cozinha
semi-incendiada, Kiko já começa a tecer suas primeiras hipóteses:
"-Isso aqui nem parece uma cozinha... Olha esses armários, não tem pratos... nem
panelas, só uns jarro de vidro e umas garrafas vazias."
Enquanto dizia isso, encostada na geladeira, algo chamou a sua atenção, a luz da
geladeira piscava algumas vezes, o que poderia confirmar ainda mais a presença do
Paranormal. Além disso, em uma das gavetas dos armários, ela encontrou um pedaço
de papel amassado e sujo, revelando uma conta de luz desse imóvel, do mês
anterior, no valor de R$726,80.
"-Gente! alguém fez um gato pra roubar eletricidade dessa casa...não é possível!"
Priscila exclama.
Enquanto Kiko e Priscila olham atentamente cada canto desta sala, Manoela e João
fazem uma pequena ronda, garantindo que nada os peguem desprevenidos. Mesmo
assim quase não tiveram tempo de agir quando uma criatura avança contra João,
vindo do corredor. Um ser humanoide, com dedos alongados como garras, uma boca
enorme e cheia de dentes e o que deveria ser pele, parece mais com uma carne
apodrecida e com um cheiro horrível.
"-Cuidado! Tem mais!" Manoela diz, se preparando para o combate. Todos então são
obrigados a dar uma pausa na investigação, até que a casa esteja novamente segura.
Sem grandes dificuldades, eles conseguem lidar com os outros 3 zumbis de sangue
que haviam surgido sei lá de onde e, assim que as coisas se acalmam, Kiko se
aproxima e diz:
"-Então, antes desses amores atacarem a gente, eu estava pra chamar a atenção de
vocês pra isso!". Enquanto levanta o tapete, revelando um símbolo ritualistico cravado
no piso.
Rapidamente, Priscila se aproxima, olha com calma e sussurra enquanto seus olhos
ficam com uma luz interna amarela novamente: "-Energia?... Som?... Claro!" ela
conclui:
"-Esse é um ritual bem forte que serve como uma espécie de camuflagem, quando ele
estava ativo, muito provavelmente previna qualquer som se sair de dentro dessa
casa."
Se antes era uma possibilidade, agora não restam dúvidas de que estão lidando com
o Paranormal, alem disso, eles encontram um recorte de jornal, mencionando um
velho entusiasta de tecnologia famoso que desapareceu a alguns meses e uma lists
com algumas outras pessoas não conhecidas mas com habilidades distintas.
A missão para descobrir o que aconteceu nessa casa continua, agora, um pouco mais
séria, os agentes praticamente não conversam, passando pelo corredor de onde os
zumbis vieram, eles se deparam com 4 portas, uma delas aberta, de um cômodo todo
queimado, provavelmente de onde o incêndio começou e também de onde vieram os
zumbis. As outras 3 portas estão fechadas, 2 delas com muitas marcas causadas pelo
fogo mas a última porta mais ao fundo, parece que não sofreu muito.
Eles entram logo no primeiro quarto a direita, todo preto de foligem e completamente
queimado, se existia alguma coisa ali, foi reduzido a cinzas. Mesmo assim isso não
impede a equipe de vasculhar os escombros encontrando uma porta de metal, bem
pesada, no chão e quando João levanta, conseguem enxergar uma escada que desce
até onde os olhos já não conseguem ver, tanto por causa da escuridão quanto pela
névoa que parece estar lá.
Como bons agentes da ordem, resolvem olhar o resto da casa antes de descer aquela
escada misteriosa (toma informação é importante!). Na porta a frente deste quarto
está o banheiro, apesar de estar logo a frente do quarto queimado, os agentes
encontram um banheiro organizado e apenas com alguns rastros de foligem que o
próprio vento que passa por um buraco no vidro da janela havia feito.
A porta do fundo do corredor parece que se quer viu algum sinal de fogo, além de ser
diferente das outras portas da casa, está trancada.
Na porta ao lado do quarto incendiado, que quase não possui marcas, apesar de
fechada, não está trancada. Ao entrar eles se vêm no que poderia ser descrito como
um "depósito de tranqueiras", vários celulares, baterias, placas de circuito, cabos,
algumas caixas com pedaços de ferro e engrenagens, parafusos e porcas de todos os
tamanhos, além de inúmeras ferramentas espalhadas por uma bancada, do outro lado
do cômodo.
Junto com o gravador, Kiko encontra uma chave e anuncia ao grupo, que vai em
direção ao quarto trancado, enquanto ouvem os áudios. Eles entram em um grande
escritório, com várias estantes, com alguns livros nas prateleiras mais altas, e
componentes eletronicos muitos mais conservados e modernos nas partes mais
baixas. Ao centro, próximo a uma grande janela, uma mesa também grande com
vários papéis e livros abertos.
Dentre toda a bagunça, alguns papéis chamam a atenção da equipe como: registros
descrevendo procedimentos de retirada cirúrgica de membros e implantações de
próteses mecânicas. Mas o que mais chamou a atenção, principalmente da Priscila,
foram outros registros, possivelmente feitos pelo teórico, com informações sofre o
"funcionamento" das próteses com relação ao Paranormal, descrevendo fases,
detalhes, todas as possibilidades e possíveis defeitos, fraquezas e até algumas
oportunidades de melhorias.
Convencidos que já haviam olhado toda a casa, ou pelo menos a parte de cima, se
preparam para descer para encontrar o que quer que tenha lá em baixo. Descendo na
posição padrão, com Manoela abrindo o caminho, seguida por Kiko e Priscila, logo
atrás, João, descendo e fechando a porta do alçapão.
Os degraus estão com rastros de sangue um cheiro podre e no fim da escada, uma
marca grande de sangue e um jaleco rasgado no canto. Os agentes veem em um
grande corredor, as lanternas não alcançam o fundo mas é possível ver algumas
portas nas laterais mais a frente. No jaleco, um bilhete falando sobre alterações no
projeto e inclusão de novos recursos.
Enquanto avançam pelo corredor escuro, chegam na primeira sala, com a porta
aberta, lá dentro conseguem ver uma cadeira em frente a uma mesa pequena no
fundo desse quarto apertado, ao lado de uma cama desarrumada, e um rastro de
sangue no chão que sai da cadeira se encontra com a poça da escada, em cima
dessa mesa apenas uma folha manchada de sangue, uma carta de suicídio.
Manoela a lê em um volume baixo mas o suficiente para que sua equipe ouvisse, na
carta, é perceptível a desilusão, revolta e tristeza da escritora, uma enrenheira que
recebeu uma proposta de "emprego dos sonhos" mas que descobriu ser o seu pior
pesadelo. Os agentes ficam um tempo em silêncio após a leitura, em um singelo sinal
de respeito. A missão precisa continuar, as mortes não dever ficar em vão.
dessa "base" improvisada e também descrições sobre os responsáveis por cada parte
do projeto de melhoria. Nada escapa aos olhos de Kiko, que acha um molho de
chaves em um dos jalecos na parede.
João já queria usar as chaves para acessar a grande porta e acabar logo com isso
mas Manoela o lembra de que a missão não é só para acabar com o que estiver aqui,
mas também para descobrir tudo o que for possível, orientando a equipe a verificar os
outros quartos. Em um deles apenas alguns fios e componentes eletrônicos em cima
da cama, nada que despertasse o interesse, mas no outro, algo intrigante. Um bilhete
escrito a mão, mencionando uma ferramenta que o "doidinho" diz ter melhorado mas
que causou sérios problemas ao projeto, e pede para manter isso dentro da gaveta,
ao abri-la, revela-se um martelo de forja, mas com vários sigilos dourados e brilhantes
em toda a ferramenta. Priscila olha atentamente a anota algumas informações, nesse
momento ela esboça um pequeno sorriso, como se já tivesse ideia do que os estava
esperando.
"-Certo, chegou a hora!, Todos prontos?" diz Manoela enquanto temrmina de verificar
suas armas. João, Kiko e Priscila, sinalizam com a cabeça, com um olhar sério e
determinado.
Os agentes seguem então para a grande porta no final do corredor, ao abri-la, algo
que eles já até esperavam mas isso não tira a sensação horrível de presenciar essa
cena. Uma grande sala, com alguns computadores, máquinas com braços articulados
e vários componentes eletrônicos jogados, tudo isso coberto de sangue e pedaços de
corpos, todas as máquinas pulsam cores vibrantes, roxo, verde, ciano, rosa... E cabos
com essas mesmas cores pulsantes atravessam a sala inteira até o outro lado, onde,
devido a essa luz, é possível ver uma espécie de cabine enorme que antes parecia
haver uma parede de vidro, mas agora, só estilhaços pelo chão. Lá dentro uma figura
feita do que parece ser carne exposta, mas com braços enormes de metal, um deles
tem uma garra com três dentes curvados e pontiagudos e o outro com um grande
punho e raios saindo dele e se conectando a algo que se parece com uma bateria
enorme no ombro. As pernas também de metal, rangem enquanto ela se levanta
lentamente. Na cabeça, algo que pode um dia ter sido um capacete, mas hoje já faz
parte do corpo, com luzes saindo de onde seriam os olhos e iluminando sua boa
aberta e cheia de dentes enquanto ele solta um urro curto de quem já percebeu a
presença de alguém.
A criatura se levanta e enquanto ela avança na direção dos agentes, uma voz
eletrônica é escutada ao fundo: "Estágio ALPHA". Sem pensar duas vezes, Priscila se
aproxima de Manoela e diz: "-Acerta a bateria no ombro!", enquanto toca seu revólver
e sigilos dourados surgem por toda a arma. Manoela se prepara enquanto o monstro
avança rapidamente.
João parte para cima com sua grande marreta em mãos e até mesmo antes de
chegar perto, o monstro é atingido com um alguns tiros vindos do fuzil do Kiko. João
acerta um belo golpe, no peito da criatura, parando brevemente sua movimentação,
ela se recupera e acerta o João de volta com seu punho, alguns raios saem desse
golpe, fazendo João ser empurrado para trás alguns metros e Manoela, que estava
esperando o melhor momento, aproveita a distração que João provocou e dá um tiro
certeiro, exatamente onde a Priscila havia dito.
O monstro solta um barulho alto, como se tivesse sentido muita dor. Mais uma vez,
uma voz eletrônica ecoa pelo lugar: "-Estágio GAMA", enquanto a Priscila
rapidamente coloca a mão em um dos um bolsos e tira um punhado de cinzas, elas
passam por todos os seu amigos e começa a marcar a criatura com vários espirais
pretos, atrapalhando os movimentos dela. Kiko continua atirando para dar cobertura
para João, que está mais uma vez investindo com toda força, acertando as pernas do
monstro e fazendo ele se desequilibrar e quase cair. Mais uma vez ele solta um grito
de dor e descontrole e acerta o João com sua garra, rasgando parte do seu peito e
deixando uma ferida bem grande.
"-Força! Ele tá quase caindo!" Manoela grita enquanto atira e avança para ajudar seu
companheiro caído. Outra vez a voz misteriosa: "-Estágio BETA" e as luzes na
cabeça da criatura começam a brilhar mais forte. Priscila está com uma das mãos
apontadas pra frente enquanto as cinzas continuam em volta da criatura, mas agora
dá outra mão saem mais cinza e elas começam a entrar nas articulações, atrasando
ainda mais seus movimentos. Kiko toma um pouco de distância enquanto solta alguns
tiros. "-Manu, João, PRA TRAS!!", ele grita enquanto tira uma granada do bolso. João
se levanta com a ajuda de Manoela, e enquanto começam a se afastar, ela grita de
volta: "-AQUI NÃO! A GENTE PODE MORRER SOTERRADO!".
Então um raio sai dos olhos da criatura e acerta o ombro da Manoela, que sente a dor
mas aguenta firme, como se essa não fosse a pior dor que ela já sentiu na vida. Outra
vez aquela voz eletrônica solta "-Estágio DELTA" e o monstro parece que parou de
tentar caminhar e começa a apontar sua garra na direção dos agentes, uma luz
vermelha muito forte começa a surgir no meio dela. Priscila fala com um tom
apreensivo na voz: -é... gente, melhor tomar cuidado!" enquanto se concentra pra
tentar manter a criatura sob seu ritual. Kiko desiste de pegar a granada e volta a
tentar acertar o monstro com tiros enquanto João olha profundamnte pra Manoela e
então usa todas as suas forças para avançar novamente conta o inimigo, levantando
sua arma e acertando a cabeça do monstro em cheio. Esse golpe faz a garra dele
mudar de direção, que lança um raio vermelho passando de raspão pelo braço do
João. O monstro solta um ultimo grito de dor, antes de suas luzes se apagarem
completamente e ele parar de se mexer.
"-Bom trabalho pessoal", diz Manoela olhando para o seu time com um olhar
orgulhoso, olhar esse que rapidamente da lugar a outro, de espanto e desespero,
enquanto olha pra Priscila, sentada no chão e encostada na parede, no lugar de uma
das mãos, que foi atingida pelo raio, agora apenas uma cicatriz com formas em
espiral que ela mesma fez para conter o sangramento.
"-Relaxa gente... eu to bem!", diz Priscila com uma voz exausta porém aliviada. Esse
é o preço de lidar com o Paranormal, as vezes perdemos pouco, as vezes perdemos
muito, mas sempre é um preço baixo se compararmos com todas as pessoas que
foram salvas indiretamente pelas ações destes e de todos os outros agentes.