Bucalidade
Bucalidade
Bucalidade
DEBATE DEBATE
e contribuição ao debate
On the concept of buccality: notes for research
and contribution to the debate
Carlos Botazzo 1
Abstract The article discusses the concept of “buc- Resumo Neste artigo é discutido o conceito de
cality” as an expression of social works performed bucalidade, entendido como expressão dos traba-
by the human mouth. The reference was the so- lhos sociais que a boca humana realiza. Tomou-
cial theory of health (within the field of collective se como referência uma teoria social da saúde,
health), focused on social relations and related construída no campo da saúde coletiva, que en-
conflicts. The author situates the theoretical and contra seu foco nas relações sociais e nos conflitos
practical problems faced by collective health as a elas articulado. Foram localizados os problemas
those of its scientificity and the specific way the teórico-práticos enfrentados pela saúde coletiva,
field participates in social reproduction. He also vistos como os da sua cientificidade e do específi-
considers the field’s current limits in the collective co modo como participa da reprodução social e
organization of healthcare as an effect of neo-lib- considerados seus limites quanto à organização
eral policies. Problems arising from the concept of coletiva dos cuidados de saúde, como efeito das
collective buccal health were seen as having the políticas neoliberais. Os problemas derivados do
same nature and can only be faced using analyti- conceito da saúde bucal coletiva foram vistos co-
cal categories from collective health or the social mo sendo da mesma natureza, cujo enfrentamen-
theory of health. The field’s scientificity is reiter- to só pode ser realizado com o uso das categorias
ated by highlighting its proximity with the hu- de análise da saúde coletiva ou teoria social da
man sciences, which requires an epistemological saúde. Reitera-se a cientificidade deste campo pe-
repositioning, i.e., its shift from the biomedical la explicitação do seu pertencimento às ciências
terrain and abandonment of the notion of para- humanas, que exige reposicionamento epistemo-
digm. Its essential instability is emphasized, char- lógico, isto é, seu deslocamento do solo biomédico,
acterized in the object and not the method. Final- e o abandono da noção de paradigma. É afirma-
ly, the author draws attention to the constitution da sua instabilidade essencial, caracterizada no
1 Instituto de Saúde, of “extra-discursive” health structures based on objeto e não no método. Finalmente, verifica-se a
Núcleo de Investigação their inclusion among the State’s Ideological Ap- constituição das estruturas “extradiscursivas” da
em Cidadania e Saúde. parels, in which the narrative’s guiding thread is saúde, pela sua inclusão entre os Aparelhos Ideo-
Programa de
Pós-Graduação em the critique of ideology. lógicos de Estado, que tem na crítica da ideologia
Ciências, CCD/SES-SP. Key words Public health, Buccality, Epistemol- o fio condutor da narrativa.
Rua Santo Antônio 590, ogy Palavras-chave Saúde coletiva, Bucalidade, Epis-
1o andar, 01314-000,
São Paulo SP. temologia
botazzo@isaude.sp.gov.br
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Botazzo, C.
conduz, pois, operando cada um daqueles sig- A Saúde Coletiva como campo
nificados, vislumbra-se uma política, modos de práticas e locus de reprodução social
de organizar a prática, de conceber os servi-
ços, de produzir discursos sobre o paciente, de Diante das explanações precedentes, nas quais
organizar o ensino, de também fazer ciência. E se desvelam as “crises” da ciência ou dos para-
não poderia haver paradigma neste lugar, pois digmas em saúde, ou o esgotamento do seu re-
os discursos que nele encontramos não são ferencial teórico-metodológico, torna-se rele-
discursos de ciência: no lugar deles encontra- vante perguntar: haveria uma teoria da saúde
mos a ideologia do cientista (dos gestores, das coletiva? E teria essa teoria encontrado o pon-
entidades, dos dentistas). to da sua suficiência?
Apresentar essas questões é interrogar so- Os problemas que cercam a saúde bucal
bre a organização e o conteúdo do saber cien- coletiva, no entanto, são extensamente os mes-
tífico em cada época, e esta questão precisa ser mos que animam a produção teórica da saúde
levantada pois, do contrário, seria manter a coletiva. São genericamente traduzidos como
ciência num estado puramente descritivo, co- crises, e a eles vieram se juntar o de certa iden-
mo se não houvesse relação entre teoria e co- tidade (Campos9, Carvalho10, Goldbaum et
nhecimento científico com o objeto que faz al.11, Paim & Almeida Filho12).
existir um e outro (Castoriadis7). Sem dúvida, a saúde coletiva vem encon-
De modo que seria conveniente examinar trando ocasião de afirmar uma teoria, e isto
as condições de possibilidade para que se cons- aprendemos – arqueologicamente – com Nu-
tituam os discursos dos sujeitos, pensando nes13, Minayo14, 15, Campos9, Ferreira16, Paim
que a ideologia nada tem a ver com a ilusão, & Almeida Filho12, e antes com Donnangelo6.
com uma representação equivocada e distor- É bem verdade que estas distintas abordagens
cida dos conteúdos sociais, mas, antes, é parte implicam momentos diferenciados no percur-
da construção simbólica da realidade (Zizek8). so da saúde coletiva, mas também é fato que
Este autor pensa que a linha separatória entre formam o corpus teórico do campo, no qual
a verdadeira realidade e a ilusão não é clara, extensamente as teorias e as práticas parcela-
que a realidade nunca é diretamente ela mes- res buscam inspiração e referência.
ma, e que a realidade, tal como a verdade, nun- O que se deveria destacar nesta discussão é
ca é, por definição, toda. saber se a “crise do pensamento” que abalaria
A realidade não é o real, isto é, a própria a saúde coletiva não estaria na dependência da
coisa, mas o que vivenciamos como realidade “crise do seu objeto”, a um só tempo desvela-
é o real já simbolizado, constituído e estrutu- do como objeto de conhecimento e da organi-
rado por mecanismos simbólicos – e o proble- zação coletiva do cuidado em saúde. Se assim
ma reside no fato de que a simbolização, se- fosse, se a “crise do objeto” tivesse precedência
gundo Zizek, em última instância, “sempre sobre a “crise do pensamento”, então estaría-
fracassa, jamais consegue abarcar inteiramen- mos diante de um caso de “contaminação” do
te o real, sempre implica uma dívida simbóli- sujeito pelo objeto, acusação de que não se li-
ca não quitada, não redimida”. O autor ainda vram as ciências sociais e humanas.
nos lembra que a própria idéia de um acesso à Seria interessante, por isso, verificar como
realidade que não seja distorcido por nenhum esta posição se acha implicada nessa Teoria da
dispositivo discursivo ou conjunção com o po- Saúde Coletiva. Donnangelo6 assinalou os
der é ideológica, não existindo a possibilidade pontos teóricos fundamentais que cabem nes-
de haver “nível zero” de ideologia nas práticas ta discussão. Eles dizem respeito ao objeto, aos
discursivas. Também não há ideologia que não modos como se investiga, à proximidade com
se afirme distinguindo-se de outra ideologia; as ciências sociais e humanas e, por último,
o sujeito que realiza este movimento, isto é, o seu atravessamento pela ação política. Na aber-
de distinguir entre a “sua” e as “demais” ideo- tura do ensaio, a autora afirma que não utili-
logias, requer sempre a construção de um ou- zará definições formais para delimitar o cam-
tro corpo de opiniões. po, e mais, sem que faça referência ao conjun-
to de práticas em saúde que a cada momento
adquirem especificidade, a abertura de um
novo espaço, como ela diz.
Assim, existem as “práticas sanitárias brasi-
leiras”, e na relação com estas, a saúde coletiva
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Se os modos de investigar não são os mes- saúde e veremos como este processo se acha
mos nos diferentes campos do conhecimento, imbricado com a ideologia. O autor pensa um
descrever objetos em Saúde Coletiva é proble- plano primordial da reprodução dos proces-
ma e exercício diverso que o colocado para a sos sociais e o localiza como o da reprodução
pesquisa biomédica, médico-cirúrgica ou ci- das relações de produção, incluindo o regime
rúrgico-odontológica, porque a teoria do pro- da propriedade e as formas de distribuição
blema que terá de ser construída é diferente dos meios produtivos. Ora, não sendo a socie-
em um e em outro campo de investigação. dade por inteiro composta pela classe dos pro-
Mesmo fortemente gravitada pelas ciências prietários, ao contrário sendo os expropriados
humanas, convém lembrar que a Saúde Cole- desses meios o maior contingente, resulta
tiva não se esgota nelas, como afirma Ferrei- aberto o conflito entre as classes sociais.
ra16, e que seu atravessamento pelas contradi- Zizek8 acerca disto dirá que são numerosas
ções da vida social a instalam, no limite, como as tentativas de conceber o antagonismo social
um campo crítico em sua práxis. Decorrente- como coexistência de dois pólos num ambien-
mente, um específico modo de se articular te neutro, um dogmatismo que colocaria lado
com a (re)produção social, somente possível a lado a ciência “burguesa” e a ciência “prole-
por meio do seu sujeito. tária”. Esses pólos, todavia, não encontram ja-
Paim & Almeida Filho12 apresentam como mais a possibilidade da sua convergência, e re-
questão preliminar, na análise que fizeram so- sulta que a polaridade se verá rompida porque
bre os efeitos do neoliberalismo, a de conside- o ambiente que a cerca, não sendo neutro, é o
rar como os sujeitos que atenderam à convo- lugar de um terceiro enunciado e jamais o
cação para a discussão de tais efeitos vêem o campo neutro compartilhado pelas duas posi-
campo social da saúde, e acrescentam a preo- ções antagônicas (sejam sexuais ou de classe).
cupação com o tipo de profissional que atuará Do mesmo modo, no que concerne à ciência
nesta nova realidade, quer dizer, a do trabalha- ela não é neutra, quer dizer, seu conhecimento
dor da saúde e sua qualificação e como nele se objetivo não se acha por inteiro à disposição
reproduz (e como ele produz) uma teoria so- de todas as classes sociais. A ciência é una, sem
cial da saúde. dúvida, mas o que ela expressa é afetado pela
Faltou acrescentar que neste movimento luta de classes, a luta por esta ciência única,
encontra-se a possibilidade de entender a tão por quem irá apropriar-se dela ou dos seus
propalada “crise da saúde pública” como ideo- produtos.
logia, lembrando Zizek8 para quem é procedi- Da saúde se poderia dizer a mesma coisa,
mento ideológico reduzir a crise a uma ocor- mas o modo como se articula com a reprodu-
rência externa, em última instância, contin- ção social precisa ser mais bem especificado.
gente, deixando assim de levar em conta a ló- Samaja17 distingue quatro esferas ou dimen-
gica inerente do sistema que a gerou. sões que comportam a reprodução da existên-
Isto indicaria que a compreensão de qual- cia social, como sendo: 1) reprodução biológi-
quer crise se encontra fora da ciência, que não ca; 2) reprodução da autoconsciência; 3) re-
seria produtora de sujeitos ou, como diz Cas- produção econômica, e 4) reprodução ecoló-
toriadis7, a ciência não descobre cientistas, gico-política. Não são estanques e, ao contrá-
mas coisas. Isto é comentar de outro modo a rio, cada um deles contém os outros, funcio-
conhecida expressão de Althusser3 para quem nam reciprocamente como insumos ou é a sua
todo discurso científico é um discurso sem su- condição de efetivação. Podia parecer que a
jeito, “pois não existe ‘sujeito da ciência’, a não saúde comparecesse exclusivamente no pro-
ser numa ideologia da ciência”. cesso da reprodução biológica, porque nesta
Isto é fácil de compreender, se levarmos dimensão se localizaria o pólo clínico desta
em conta que a ciência é produto da razão, en- saúde e também todas as suas profilaxias. No
quanto a ideologia interpela os sujeitos nos entanto, estas práticas se acham profunda-
seus desejos e em suas práticas, necessitadas mente penetradas pela cultura, a segunda di-
permanentemente de justificativas e racionali- mensão, e depois podemos ver que compare-
zações. Aqui também reside a diferença entre ce, junto com outros conhecimentos e práti-
explicar e compreender, entre objetividade e cas, na reprodução da ordem econômica e, fi-
subjetividade. nalmente, as várias concepções do processo
Samaja17 dedicou todo seu ensaio à abor- saúde-doença circulam com familiaridade no
dagem das relações entre produção social e mundo da política e das relações estatais. So-
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rosa produzimos atos bucais sexuais, a retoma- coisas, e de bocas e dentes as disciplinas apre-
da da função genital primordial (Aberastury25), sentariam mais ou menos as mesmas versões.
o consumo e o deleite com o corpo do outro Não é o que observamos, todavia: nas rela-
(agora consentido), e resulta igualmente outra ções, nas situações e nos contextos, bocas e
vez o conflito entre razão e emoção (porque dentes apresentam contornos e significações
não raro esta boca fará o que não devia ou não diferenciados, consoante se trate de discursos
do modo recomendado, etc.). odontológicos, psicanalíticos, paleo-antropo-
Ora, esses três trabalhos são na realidade lógicos, ou ainda os da mãe que amamenta ou
três dimensões da vida do homem em socieda- – enfim – os do próprio sujeito que experi-
de, e então seria da produção social da boca hu- menta na sua cotidianidade as sensações que
mana que deveríamos falar. Simplesmente por esses órgãos lhe proporcionam.
este acontecimento ela contém as imensas pos- É assim que essa bucalidade se desloca do
sibilidades do seu objeto ou, o que dá no mes- solo odontológico e da carga da disciplina den-
mo, sua fantástica dispersão, a enorme capaci- tária que lhe é próprio, porque a odontologia,
dade que tem de permanentemente ser objeto historicamente articulada como um construc-
de representação e de a um só tempo represen- to biológico, só pode falar dos dentes (e da bo-
tar a vida do homem para ele mesmo. Só por ca) dos homens como natureza e assim igual-
isso, por este deslizamento, já se encontra essa mente naturalizar (odontologizar) o adoeci-
boca em pertencimento às ciências humanas. mento deles e os procedimentos que adota.
Aqui nos afastamos do terreno da biologia, Esta é a sua política, ou a representação políti-
embora não seja possível ignorar a condição ca do homem que incessantemente elabora, e
de vizinhança. Lembremos: estamos tratando pela mesma razão nos parecem canhestros
de vísceras – mucosas, dentes, glândulas, mús- seus discursos sociológicos (ou os econômi-
culos – que em sua delicada solidariedade ga- cos, os psicológicos, etc.), assim como as arbi-
rantem que a boca não apareça como um ór- trariedades e artificialismos que emprega para
gão ou massa tissular homogênea, mas confi- garantir a separação do seu objeto a um só
gure um território. tempo do corpo do homem e da sociedade
Na forma das ciências humanas, propicia a (Botazzo26, 27).
emergência de novos objetos. Um objeto não Do que tratam, então, esses diferentes dis-
é unívoco em sua materialidade, nem suscita cursos? Primeiramente devemos reconhecer
nos sujeitos discursos assemelhados, a partir que não há lugar, no discurso odontológico,
de pretensa existência objetiva e exterior a im- para uma fisiologia bucal, de sorte que ime-
pressionar os sentidos. Um objeto é já um cons- diatamente ficam ressaltados os componentes
tructo, que não aguarda a ordem da sua liber- mecânicos da sua prática, dos quais decorre a
tação, encarnado como pura objetividade, mas ênfase nas técnicas e no adestramento da mão.
existirá nas condições positivas de um com- Fracassaram as tentativas de compor uma
plexo de relações, entre as quais a que tem com leitura estomatognática da sua clínica e os que
um sujeito. As condições para que surja um ainda insistem nesta abordagem não são mais
objeto de discurso, as condições históricas pa- que resíduos na profissão. Por isto, uma pri-
ra que se possa dizer alguma coisa, para que meira tarefa da saúde (bucal) coletiva seria a
várias pessoas possam dizer coisas diferentes de recuperar essa fisiologia e apresentá-la na
dele, para que se possa inscrevê-lo numa rela- forma dos trabalhos que a boca realiza.
ção de parentesco com outros objetos – as se- Difícil ultrapassagem, sem dúvida, porque
melhanças, as vizinhanças, o distanciamento, estamos acostumados com as teorias odonto-
a diferença, a transformação – essas condições lógicas, o que significa centramento dentário.
são numerosas e o que se estaria a tratar não Em si mesmo, este centramento não seria um
seria então esse horizonte único de objetivida- obstáculo epistemológico. Ocorre, todavia,
de, mas regras, prescrições, medidas de discri- que, de não haver fisiologia no lugar, a não ser
minação e de repressão presentes na prática como embriologia, a função dentária, que não
cotidiana, na jurisprudência, na ordem reli- é equivalente à função bucal, se vê privada de
giosa, nas descrições patológicas, nos códigos, norma e de normalidade.
nas receitas, nos tratamentos e nos cuidados Entendamos este ponto. A função, sendo
(Foucault20). algo que não é visto mas cujo efeito é sentido,
Se assim não fosse, de bocas e dentes desde em primeiro lugar não expressa relação causal
sempre se teria dito mais ou menos as mesmas de tipo simples, mas antes opera com base nu-
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