Anexo I - Manual Boas Práticas - Diabetes Mellitus
Anexo I - Manual Boas Práticas - Diabetes Mellitus
Anexo I - Manual Boas Práticas - Diabetes Mellitus
Documento de controlo
Siglas e Abreviaturas
Índice
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 5
2. DEFINIÇÃO........................................................................................................................................ 5
3. EXPECTATIVAS ................................................................................................................................. 6
4. DESCRIÇÃO GERAL ........................................................................................................................... 6
5. COMPONENTES ................................................................................................................................ 7
5.1. PRIMEIRO ATENDIMENTO NA CONSULTA DE DIABETES ................................................................... 7
5.1.1. ATIVIDADES DO SECRETÁRIO CLÍNICO ..................................................................................... 7
5.1.2. ATIVIDADES DO ENFERMEIRO DE FAMÍLIA ............................................................................. 8
5.1.3. ATIVIDADES DO MÉDICO DE FAMÍLIA ..................................................................................... 9
5.2. CONSULTAS DE SEGUIMENTO/VIGILÂNCIA .................................................................................... 11
5.2.1. ATIVIDADES DO SECRETÁRIO CLÍNICO ................................................................................... 11
5.2.2. ATIVIDADES DO MÉDICO DE FAMÍLIA/ENFERMEIRO DE FAMÍLIA ........................................ 11
5.3. ATIVIDADES ESPECÍFICAS DO MEDICO DE FAMÍLIA ........................................................................ 13
5.4. ATIVIDADES ESPECÍFICAS DO ENFERMEIRO DE FAMÍLIA ................................................................ 14
6. COMPETÊNCIAS.............................................................................................................................. 17
7. RECURSOS E UNIDADES DE SUPORTE ............................................................................................ 20
8. INDICADORES ................................................................................................................................. 21
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................................... 22
1. INTRODUÇÃO
A Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crónica que afeta grande parte da nossa população, sendo um
problema individual, familiar e de saúde publica, de grandes proporções. Requer tratamento médico
contínuo, acompanhamento, bem como a educação e promoção da saúde no sentido de prevenir
complicações agudas e reduzir o risco de complicações crónicas e morte. Neste sentido, é importante a
intervenção de equipas multidisciplinares de profissionais de saúde, exigindo uma apropriada
comunicação e cooperação, garantindo que o utente recebe os melhores cuidados de saúde, atempados
e efetivos. A equipa multiprofissional procura responder às necessidades e expectativas da pessoa com
diabetes, seus familiares e/ou seus cuidadores.
Ao elaborarmos este manual, valorizamos as atividades que de alguma forma podem influenciar a
qualidade dos cuidados que prestamos, no sentido de os melhorar.
O objetivo deste manual é descrever o circuito da pessoa com diagnóstico de Diabetes Mellitus tipo 2
(DM2) na USF Cartaxo Terra Viva.
2. DEFINIÇÃO
Critérios de saída/exclusão:
• Morte do utente;
• Utente que, de forma mantida e sem medicação dirigida, já não cumpre os critérios de diagnóstico de
DM2, exceto os casos em que o diagnóstico de DM2 esteve presente o tempo suficiente para o risco de
complicações ser elevado;
• Utentes institucionalizados, residentes no estrangeiro ou outros que estejam impossibilitados de
contactar a unidade.
3. EXPECTATIVAS
A pessoa com diabetes, os seus familiares e os seus cuidadores, são elementos fundamentais para o
desenvolvimento deste manual. Cada pessoa tem as suas próprias expectativas e necessidades, quer seja o
utente e seus familiares, quer seja o profissional de saúde que atende a pessoa com diabetes. No entanto a
principal expetativa é comum a todos: realizar uma consulta em parceria com todos os elementos
envolventes para que o utente possa ter qualidade de vida, sabendo que sempre que surja algum imprevisto
tem uma equipa disponível para o ajudar.
4. DESCRIÇÃO GERAL
5. COMPONENTES
Neste capítulo descrevem-se as atividades a realizar pelos diferentes profissionais de saúde, em cada
fase do circuito da pessoa com diabetes ao longo de toda a história da doença, nos cuidados de saúde
primários.
Registo:
✓ Entrega do guia do Guia do Diabético ao utente e arquivo do recibo junto com a declaração
médica modelo 1407, passado pelo médico para posterior contabilização.
Receção:
Marcação de consultas:
Registos:
o Metabolismo energético;
o Autovigilância;
o Úlcera.
Exame objetivo:
✓ Exame do pé.
Educação terapêutica:
Diagnóstico de DM2:
O diagnóstico de diabetes numa pessoa assintomática não deve ser realizado na base de um único valor
anormal de glicemia de jejum ou de HbA1c, devendo ser confirmado numa segunda análise, após uma a
duas semanas.
O MF deverá comunicar o diagnóstico ao utente, dando informação clara e sucinta sobre a doença.
Classificação e registo:
✓ Classificação da DM conforme Norma DGS nº 002/2011, sendo registada pelo médico de família
no processo clínico com o código T90, segundo a ICPC-2;
Avaliação:
Deve ser realizada a história clínica, exame objetivo e requisição de MCDT essenciais à avaliação da
pessoa com DM2.
✓ História clínica:
o Idade e forma de diagnóstico (se no contexto de sintomas ou achado laboratorial);
o História psicossocial.
✓ Exame objetivo:
o Tensão arterial, peso, IMC, perímetro abdominal;
o Auscultação cardiopulmonar;
o Avaliação dos membros inferiores (deteção de sinais de DAP, neuropatia diabética, etc…);
✓ Requisição de MCDTs:
o De acordo com o plano de cuidados definido para o utente.
Para a entrega do guia, o MF emite a declaração médica modelo 1407 e entrega ao utente, que por sua
vez deve entregar no Secretariado para validação do código no RNU e atualização no SINUS.
✓ Deve ser proposto e discutido com o utente o plano terapêutico adequado e individualizado,
bem como o plano de seguimento adequado às necessidades do utente;
✓ Deve haver lugar ao esclarecimento de eventuais dúvidas da parte do utente.
Marcação de consulta:
Marcação de consulta:
✓ Contacta os utentes com diabetes que faltaram as consultas programadas para reagendamento,
que são periodicamente identificados e remarcados de acordo com o funcionamento de cada
microequipa.
o A transmissão adequada de informação clínica aos profissionais de saúde dos CSP ou de outro
nível de cuidados, de modo a assegurar a continuidade assistencial.
Avaliação e registos:
✓ Exame objetivo
o Tensão arterial, peso, IMC, perímetro abdominal, glicémia capilar;
o Exame do pé;
✓ Requisição de MCDTs
o De acordo com o plano de cuidados definido para o utente.
Tanto na consulta médica como na consulta de enfermagem, toda a informação recolhida assim como
os resultados dos MCDT, são registados no SClínico respetivo, de forma correta e completa.
Rastreio de complicações:
O MF e EF, com apoio da restante equipa multidisciplinar, a trabalhar de forma coordenada, promovem,
colaboram e realizam o rastreio anual das complicações crónicas adiante discriminadas.
✓ Rastreio do pé diabético – Todas as pessoas com diabetes são avaliadas anualmente com o objectivo
de serem identificados factores de risco condicionantes de lesões dos pés.
O exame do pé das pessoas com diabetes obriga à seguinte estratificação do seu risco de ulceração:
o baixo risco (ausência de factores de risco), que mantém vigilância anual pela equipa do pé
diabético de nível I;
o médio risco (presença de neuropatia), que mantém vigilância semestral pela equipa do pé
diabético de nível I ou eventualmente de nível II;
o alto risco (existência de isquemia ou neuropatia com deformidades do pé ou história de úlcera
cicatrizada ou amputação prévia), que mantém vigilância cada 1 a 3 meses, pela equipa do pé
diabético de nível II ou eventualmente de nível III.
✓ Rastreio da nefropatia diabética – A ADA recomenda uma avaliação anual da albuminúria e da taxa
de filtração glomerular estimada (TFGe), em todas as pessoas com diabetes tipo 2.
Promoção da vacinação:
✓ No caso de bom controlo metabólico, o utente DM2 deverá ter uma consulta a cada 6 meses;
✓ No caso de mau controlo metabólico ou presença de alterações, a periodicidade das consultas
deve ser individualizada e ajustada consoante as necessidades.
Agendamento de consultas:
✓ O agendamento das consultas de seguimento deve ser efetuado pelo MF ou EF no fim de cada
consulta.
Referenciação externa:
Auto-administração de insulina
✓ As pessoas com diabetes são avaliadas com o objetivo de serem identificados fatores de risco
condicionantes de lesões dos pés.
✓ O exame clínico dos pés das pessoas com diabetes determina a sua classificação numa das
seguintes categorias:
o Baixo risco – avaliação anual;
o Médio risco – avaliação semestral;
o Alto risco – avaliação trimestral.
Prevenção de lesões
o Inspeção periódica dos pés das pessoas com diabetes, bem como de calçado e meias;
o Estratificação do risco de ulceração;
o Educação das pessoas com diabetes e dos familiares;
o Utilização de meias e calçado adequados.
Tratamento
Referenciação
Educação terapêutica
6. COMPETÊNCIAS
A capacidade de integrar os conhecimentos associados às boas práticas da profissão na sua prática diária
e na resolução de problemas é a competência do profissional de saúde.
No Quadro 1 são resumidas essas competências relativas a equipa multiprofissional, de acordo com os
vários grupos de atividades e focadas nos resultados esperados.
Ao criarmos este Manual foi essencial identificar os recursos necessários para as diferentes atividades,
quer em termos de instalações (respeitando os direitos da pessoa com diabetes à privacidade,
intimidade, conforto e segurança) como de materiais e equipamentos, incluindo sistemas de informação
e comunicação.
8. INDICADORES
2. Indicadores de Monitorização
3. Indicadores de Processo
✓ Indicador 36 - Proporção utentes DM com registo de GRT
Os resultados dos indicadores acima referidos são retirados mensalmente na plataforma MIM@UF e
analisados trimestralmente.
4. Satisfação do cidadão
✓ Inquéritos de satisfação do utente
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS