Proteção Contraincêndio
Proteção Contraincêndio
Proteção Contraincêndio
CONTRAINCÊNDIO
Aptl 92-00
PROTEÇÃO CONTRAINCÊNDIO
2020
OBJETIVOS
(Cn) - Identificar o conceito de fogo, os elementos que o compõe e suas carac
terísticas;
(Cn) - Identificar o conceito de incêndio, suas características, fases, classifica
ção e formas de extinção;
(Cn) - Identificar o fenômeno de reação em cadeia;
(Cn) - Identificar os diversos tipos de combustíveis e suas características;
(Cn) - Identificar as fontes de calor, formas de propagação e seus efeitos;
(Cn) - Identificar o processo de combustão e suas consequências;
(Cn) - Identificar os fatores que ocasionam incêndio;
(Cn) - Enumerar as situações que contribuem para que ocorra o incêndio;
(Ap) - Praticar as ações de prevenção de contraincêndio;
(Cn) - Identificar os agentes extintores principais e complementares;
(Cn) - Identificar as características dos agentes extintores;
(An) - Distinguir as maneiras de aplicação dos agentes extintores; e
(Cp) - Discutir as desvantagens dos agentes extintores.
Aptl 92-00/2020
SUMÁRIO
1 PROTEÇÃO CONTRAINCÊNDIO EM EDIFICAÇÕES ...........................................7
1.1 ESTRUTURAS DAS EDIFICAÇÕES EM INCÊNDIOS ..............................................8
1.1.1 PROTEÇÃO CONTRAINCÊNDIO...............................................................................8
1.1.2 DESENVOLVIMENTO DE UM INCÊNDIO...............................................................9
1.1.3 RESISTÊNCIA DA ESTRUTURA DA EDIFICAÇÃO AO FOGO .........................10
1.1.4 REVESTIMENTOS, SELAGENS E VEDAÇÕES DE PROTEÇÃO ......................10
1.2 PROTEÇÃO PASSIVA CONTRA O FOGO ..................................................................14
1.2.1 PROTEÇÃO DAS ESTRUTURAS DAS EDIFICAÇÕES ........................................15
1.2.2 ISOLAMENTO DE UMA EDIFICAÇÃO EM RELAÇÃO À OUTRA ...................15
1.2.3 COMPARTIMENTAÇÃO DA EDIFICAÇÃO ...........................................................16
1.2.4 PROTEÇÃO DE CABOS ELÉTRICOS ......................................................................18
1.2.5 CONTROLE DO MATERIAL DE ACABAMENTO .................................................19
1.2.6 CONTROLE DO MATERIAL DEPOSITADO NA EDIFICAÇÃO .........................20
1.2.7 IGNIFUGAÇÃO ............................................................................................................20
1.2.8 ISOLAMENTO DE RISCOS DENTRO DA EDIFICAÇÃO ....................................21
1.2.9 MEIOS DE FUGA..........................................................................................................21
1.2.10 SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA ........................................................................38
1.2.11 CORES UTILIZADAS NA SEGURANÇA EM EDIFICAÇÕES ...........................42
1.2.12 SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS
ATMOSFÉRICAS - SPDA ........................................................................................43
1.2.13 PLANTAS DE RISCO .................................................................................................50
1.2.14 ACESSO PARA VIATURAS DE BOMBEIROS ......................................................52
1.3 PROTEÇÃO ATIVA CONTRAINCÊNDIO ...................................................................52
1.3.1 SISTEMA DE PROTEÇÃO POR EXTINTORES ......................................................53
1.3.2 SISTEMA DE PROTEÇÃO POR HIDRANTES ........................................................54
1.3.3 LINHAS DE MANGUEIRA .........................................................................................58
1.3.4 SISTEMA DE PROTEÇÃO POR MANGOTINHOS ................................................63
1.3.5 SISTEMA DE PROTEÇÃO POR CHUVEIROS AUTOMÁTICOS
(SPRINKLERS) .............................................................................................................63
1.3.6 SISTEMA DE PROTEÇÃO POR GASES EXTINTORES .......................................81
1.3.7 SISTEMA DE ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA ..................................................82
1.3.8 SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMUNICAÇÕES ................................83
1.3.9 BRIGADA CONTRAINCÊNDIO ................................................................................94
1.3.10 MANUTENÇÃO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO ..................................................95
Figura - 1 Figura - 2
Mas o país ainda está longe de alcançar suficiência nesta área. Um exemplo é
a proteção passiva (meios de proteção incorporados à construção da edificação, os quais não
requerem nenhum tipo de acionamento para o seu funcionamento em situação de incêndio).
Ela ainda não recebeu a devida abordagem pelas legislações das esferas federal, estadual e
municipal, que ainda dão um maior enfoque para a proteção ativa (equipamentos e sistemas
que precisam ser acionados, quer manual ou automaticamente, para funcionar em situação de
incêndio).
Apenas em 1980 foi publicada a primeira norma brasileira, a NBR 5267, sobre
“Exigências particulares das obras de concreto armado, em relação à resistência ao fogo”, que
fixava as condições exigidas das obras de concreto armado e protendido com relação à resis-
tência ao fogo.
Em 1992, o Sistema de Contraincêndio do então Ministério da Aeronáutica, ela-
borou sua primeira Norma sobre proteção contraincêndio em edificações (NSMA 92-2), com a
finalidade de orientar as seções contraincêndio do Ministério da Aeronáutica quanto aos proce-
dimentos básicos de segurança contraincêndio nas suas edificações.
Somente em 1993, o Decreto Estadual de São Paulo nº 38.069 apresenta as exi-
gências mínimas para se proporcionar um nível adequado de segurança aos ocupantes de uma
edificação em caso de incêndios, bem como minimizar as possibilidades de propagação do fogo
para edificações vizinhas, diminuir os danos e facilitar ações de socorro público.
Em 1994, o Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo publicou a Instrução
Técnica 02-33/94 especificando as exigências para edificações com estrutura metálica.
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A intercomunicação entre
os pavimentos, normalmente feita pelas
escadas e poços de elevadores, podem se
transformar em passagem para os gases e
para o fogo. Por isso, as escadas e os poços
dos elevadores precisam ser enclausurados
e suas paredes e portas serem corta-fogo.
Outro caminho que pode ser
tomado pelo incêndio são os shafts (pas-
sagens de instalações elétricas, telefônicas,
hidráulicas, dutos de ar condicionado, etc.
Fig. 07). Em razão disso precisam ser pro-
tegidos e a solução pode ser a selagem.
Figura - 7
Os materiais de acabamento de uma obra não devem permitir que o fogo se alas-
tre com rapidez.
1.1.3 RESISTÊNCIA DA ESTRUTURA DA EDIFICAÇÃO AO FOGO
É a capacidade que os elementos estruturais das edificações devem possuir para
resistir, por um determinado período de tempo, à energia térmica oriunda de um incêndio, sem
que percam suas características funcionais (vedação e estabilidade estrutural), para que possa
permitir a fuga das pessoas. Este Tempo Requerido de Resistência ao Fogo (TRRF) é estabe-
lecido em normas específicas, em função do tipo de edificação e do material utilizado em sua
estrutura.
Em suma, as estruturas das edificações, principalmente as de grande porte, de-
vem ser dimensionadas e constituídas de modo a possuírem resistência ao fogo compatível com
a magnitude do incêndio que possam vir a serem submetidas.
1.1.4 REVESTIMENTOS, SELAGENS E VEDAÇÕES DE PROTEÇÃO
Os revestimentos de proteção são aplicados nas estruturas da edificação com o
intuito de protegê-las da ação do calor e manter a sua estabilidade estrutural.
As selagens de proteção são aplicadas nos shafts, nas lajes e paredes, com o
objetivo de impedir a passagem de gases e fogo para outras partes da edificação.
As vedações de proteção são aplicadas em junções de lajes, paredes, e em ou-
tras aberturas desprotegidas, também com o objetivo de impedir a passagem de gases e fogo
para outras partes da edificação (Fig. 08).
Figura - 8
Aptl 92-00/2020 11/152
Figura - 12
Figura - 13
Figura - 14
Figura - 15
Figuras 12 a 15
c) Revestimentos projetados (argamassas)
Dependendo da composição, apresentam densidades variadas e, consequen-
temente, resistências mecânicas diferentes. Desta forma, para cada tipo de produto há um tipo
de aplicação mais indicado.
Podem ser aplicados por jateamento (Fig. 16). Após a secagem, trabalham
monoliticamente com a estrutura, acompanhando seus movimentos, sem a ocorrência de fissu-
ras ou desprendimentos (Fig. 17).
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Figura - 16 Figura - 17
Figura - 18 Figura - 19
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Os materiais utilizados para a vedação dos shafts devem ser capazes de impedir
a passagem de fogo, gases e água.
As tintas intumescentes podem ser aplicadas para revestir os cabos elétricos
(Fig. 20).
Figura - 20
Figuras 21 a 23
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Figura - 26
1.2.3 COMPARTIMENTAÇÃO DA EDIFICAÇÃO
Compartimentar uma edificação significa dividí-la em células capazes de resistir
à queima dos materiais combustíveis nelas contidos, evitando ou dificultando a propagação de
fogo, gases e calor para outras partes da própria edificação. Os principais propósitos da com-
partimentação são:
a) Conter o fogo em seu ambiente de origem;
b) Manter as rotas de fuga seguras contra os efeitos do incêndio; e
c) Facilitar as operações de resgate e combate ao incêndio.
Há duas maneiras de compartimentar uma edificação:
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Figura - 29
Nesse caso é suficiente que estes elementos mantenham suas características fun-
cionais, obstruindo dessa forma a livre emissão de chamas para o exterior.
Figura - 34
Figura - 35
Figura - 36
Figura - 31 Figura - 32
Figura - 33
Aptl 92-00/2020 19/152
Figura 34
O uso de eletrodutos deve seguir as normas em vigor, devendo ser respeitada
a quantidade máxima de cabos permitida em cada eletroduto, ser evitado o uso de eletrodutos
quebrados para que os cabos não sofram danos, ser respeitada a distância de instalação entre os
eletrodutos, etc. (Figs. 35 e 36).
Figura 35 Figura 36
Figura 37
O controle dos combustíveis depositados na edificação apresenta dois objetivos
distintos:
• Dificultar que o incêndio se generalize no local em que ele se originou; e
• Considerando que o incêndio tenha tomado todo o ambiente onde ele teve
origem, evitar que ele se propague para outros ambientes da edificação.
A possibilidade de um foco de incêndio se extinguir ou evoluir para um grande
incêndio, depende diretamente da quantidade e da qualidade dos materiais combustíveis exis-
tentes no local, bem como do espaçamento entre eles.
1.2.7 IGNIFUGAÇÃO
Ignifugação é o nome do tratamento que confere aos materiais incorporados na
edificação e aos materiais usados como acabamento, a característica de resistência ao fogo
(Figs. 38 e 39).
Figura 38 Figura 39
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Figura - 42
Aptl 92-00/2020 23/152
h) Corredores
Quando a rota de fuga horizontal incorporar corredores, o fechamento destes
deve ser feito de forma a restringir a penetração de fumaça durante o estágio inicial do incêndio.
Para isto, suas paredes e portas devem apresentar resistência ao fogo.
Para prevenir que corredores longos se inundem de fumaça, é necessário pre-
ver aberturas de exaustão e sua subdivisão com portas à prova de fumaça, veja nas ilustrações
a seguir:
Figura - 45
Aptl 92-00/2020 25/152
construída, número de pavimentos, tipo de estrutura da edificação e seu tipo de ocupação. Tudo
está previsto em legislação específica.
A saída de emergência pode conter:
j) Acessos
Caminho a ser percorrido pelos usuários do pavimento ou do setor, consti-
tuindo a rota de saída horizontal (corredores), para alcançar a escada ou rampa, área de refúgio
ou descarga para saída de um recinto. Os acessos podem ser constituídos por corredores, passa-
gens, vestíbulos, balcões, varandas ou terraços.
Figura - 47
A estanqueidade (vedação) das rotas de saída horizontais deve ser feita de
forma a restringir a penetração de fumaça e fogo durante o estágio inicial do incêndio. Para isso
suas paredes e portas devem apresentar resistência ao fogo.
Para prevenir que corredores longos se inundem de fumaça, é necessário pre-
ver aberturas de exaustão e sua subdivisão com portas à prova de fumaça.
k) Porta corta-fogo (PCF)
Porta constituída de material resistente ao fogo, instalada nas passagens das
paredes de compartimentação de área, impedindo a propagação horizontal do incêndio, e em
acessos às escadas de emergência, impedindo a propagação vertical. É um dispositivo móvel
que ao fechar, deve possuir perfeita vedação, impedindo que o fogo e fumaça passem através
de frestas, possibilitando assim, que os ocupantes das edificações possam circular pelas rotas de
fuga com segurança. Devem atender às exigências de resistência mecânica, resistência ao fogo,
estanqueidade e isolamento térmico previstos na legislação específica (Fig. 48).
Figura - 48
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Figura - 49
Figura - 50 Figura - 51
Estrutura construtiva utilizada como rota de fuga unindo duas edificações vi-
zinhas (Fig. 52).
m) Descarga
Parte da saída de emer-
gência de uma edificação que fica entre a
escada e o logradouro público (rua) ou área
externa com acesso a este.
Figura - 52
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1.2.9.2 Elevadores
O elevador é um meio de transporte vertical, muito utilizado em predios acima
de cinco andares que pode ser utilizado para transporte exclusivamente de pessoas conforme
NB-223, cargas conforme NB-129, ou para ambos concomitantemente. Como é nos caso dos
andaimes de obras, que transportam pessoas e alguns materias de construção.
Nesta infinidade de aplicações os equipamentos possuem os mais diversos itens
de segurança e proteção aos usuários. Em termos de transporte humano, como em condomínios,
por exemplo, os equipamentos possuem reguladores de velocidade, freios de segurança, limites
de parada. botões de emergência. etc, itens que dão ao passageiro segurança no transporte. Já
nos elevadores exclusivamente para cargas, as Normas Técnicas (NB-30) são menos abrangen-
tes e específicas quanto à proteção do usuário, pois que o meio de transporte é exclusivo para
cargas.
Figura - 54
Figura - 53
1.2.9.2.1 Características do elevador
Figura - 55
Aptl 92-00/2020 29/152
Figura - 57
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Figura - 58
Analise da situação
Durante o deslocamento para a ocorrência o Chefe de Equipe deverá estabelecer
as funções de cada integrante de sua equipe, de forma que não haja desperdício de esforços no
local e o trabalho seja executado coordenadamente.
Desde o recebimento da chamada, o atendente (telefonista) deve orientar o so-
licitante para que verifique a localização da chave de abertura da porta do elevador, junto ao
síndico ou zelador. Também é necessário saber qual a empresa que presta os serviços de manu-
tenção para eventual contato e acionamento. Outras informações, como andar em que está pa-
rado o elevador bem como o número de vítimas poderão ser importantes para um prévio estudo
da situação e definição do socorro a ser despachado, como Unidades de Resgate viaturas para
iluminação, no caso de falta de energia elétrica. etc.
Todas essas informações devem ser repassadas ao Comandante do socorro, para
que possa analisar previamente a situação. Normalmente, as viaturas de intervenção operacio-
nal num caso deste, são os carros de combate a incêndio, carros de resgate e salvamento, carro
de comando e ambulância.
Os materiais normalmente utilizados são HT, chave de fenda, chaves do eleva-
dor e manílhas, estas específicas, de acordo com o hidrante, devendo estar de posse do síndico,
ou como acessório na casa de máquinas, e, se necessário equipamento frei-seg.
Estacionamento da viatura e sinalização.
Esse tipo de ocorrência não exige maiores cuidados com a distância da viatura
em relação à edifìcação, bastando sinalizar o local de estacionamento.
Desligamento da chave do elevador
Como primeira providência
quando da chegada ao local, deve-se desli-
gar a chave do elevador no quadro de força,
independente de haver ou não energia elétri-
ca. Esta providência é de suma importância,
pois, numa eventual falta de energia elétrica,
esta poderá voltar a qualquer momento, po-
dendo causar acidentes as pessoas envolvidas
na ocorrência, seja pela movimentação da
cabine, ou pelo contato com circuitos ener-
gizados.
Não se deve confiar na pala-
vra de pessoas que porventura disserem que
já desligaram a chave do elevador. Mesmo Figura - 62: Quadro de força
havendo essa informação, ela deverá ser che-
cada. Em locais com mais de um elevador, geralmente existem chaves individuais para o desli-
gamento individualizado de cada elevador, junto a casa de máquinas.
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Nivelamento da cabine
Após a abertura da porta do pavimento, duas situações diferentes poderão ser
encontradas: a primeira, a presença do nivelamento da cabine com a porta e a segunda, natural-
mente, a ausência desse nivelamento.
Na primeiro situação, a retirada das vítimas será fácil pois, nesse caso, a condi-
ção será favorável e, com isso, a operação de retirada dos ocupantes estará encerrada. Mesmo
assim, será necessário que os responsáveis recebam algumas orientações de extrema relevân-
cia, conforme iremos abordar mais adiante.
Entretanto, na segunda situação outras providências serão necessárias con-
forme veremos a seguir:
• Liberar o Sistema de Freio: Observe o sistema de abertura do freio e as
ferramentas necessárias. Comumente há no próprio corpo da máquina instruções do Fabricante
sobre a abertura do freio, e a ferramenta necessária para isso deve estar na própria casa de má-
quinas.
Retirada de vítimas
• Com a cabine nivelada: Após terminar o nivelamento e travar o freio é que
se pode retirar as vítimas de dentro da cabine. Não permita que os passageiros saiam da cabi-
ne, mesmo que a porta esteja aberta ou semi-aberta, sem ordem expressa de quem estiver
coordenando a retirada, a fim de se evitar acidentes.
Figura - 67: Exemplos de acidentes que podem ocorrer quando a cabine está desnivelada.
Com uma alavanca ou um alargador é pos-
sível obter êxito na soltura dos membros. Caso a soltura
dos membros da(s) vítima(s) não ocorra, retire o carro das
guias. A retirada desse carro será possível através da soltura
das corrediças e dos parafusos que servem para sua fixação.
Dessa forma a cabine ficará solta, feito um pêndulo, presa
apenas pelo cabo de aço, bastando apenas afastá-la da pare-
de para que os membros prensados sejam retirados.
Após a retirada da(s) vítima(s) nessas condi-
ções ou mesmo com alterações do estado físico, serão tra-
tadas conforme procedimentos da disciplina Atendimento
Pré-Hospitalar (APH).
• Sem o nivelamento da cabine: Em al-
guns casos, pode ser que não se consiga realizar a liberação
do freio, seja por falta de manutenção do equipamento ou
mesmo por falta da ferramenta adequada, não sendo pos-
sível realizar o nivelamento da cabine. Em algumas situa-
ções, também, o sistema do freio de segurança pode já ter
sido acionado. Nessas situações, estando a cabine entre an- Figura - 68: Membro preso.
dares, a retire as vítimas pelo andar superior após a entrada
de um componente do Corpo de Bombeiros no interior do compartimento.
Essa observação é válida para evitar o risco de uma queda acidental no poço do
elevador, no caso de ser erroneamente efetuada a retirada de pessoas pelo pavimento inferior,
pois estará aberta a porta do pavimento para a cabine, deixando abaixo desta a abertura para o
poço, principalmente no caso de elevadores mais antigos e ou sem manutenção.
Em elevadores que não param em todos os andares, estando impossibilitado o
nivelamento, a retire as vítimas através da aplicação de técnicas de salvamento em altura, nos
casos de elevadores mais antigos. Com a utilização de equipamento de segurança nos trabalhos
em altura, faz-se o acesso para o poço do elevador, descendo-se do pavimento imediatamente
superior ao que está parada a cabine. Com a remoção das placas do seu teto é possível resgatar
as pessoas por este vão.
Existem elevadores mais modernos que não permitem remoção das placas do
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teto, o que inviabiliza o procedimento anterior. Nesses casos somente após sanar o problema
que evita o nivelamento será possível fazer a retirada das vítimas.
OBSERVAÇÕES:
Obs. 1: Nos casos de elevadores panorâmicos, o procedimento quanto à retirada
das vítimas é o mesmo que o utilizado para os elevadores comuns. Contudo, se houver possi-
bilidade de contato visual próximo com vítima, seja através de uma janela ou outro meio, pode
ser facilitado o trabalho de acalmá-la.
Figura - 72 a 75
Figura - 76 a 80
c) Sinalização de proibição.
Sua função é proibir e coibir ações capazes de conduzir ao início do incêndio
ou ao seu agravamento. Exemplos:
Figura - 81 a 83
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Figuras 84 a 88
Figura - 88
De uma maneira geral a sinalização básica deve ser
instalada a uma altura de 1,80 m, medida a partir do piso acabado
até à base da sinalização (parte de baixo), devendo ser colocada
imediatamente acima do equipamento sinalizado.
A sinalização de portas de saída de emergência
deve ser localizada imediatamente acima das portas, no máximo
a 0,10 m da verga, ou diretamente na folha da porta, centralizada
a uma altura de 1,80 m medida do piso acabado à base da sinali-
zação (Fig. 89).
Quando houver, na área de risco, obstáculos que
dificultem ou impeçam a visualização direta da sinalização básica
no plano vertical, a mesma sinalização deve ser repetida a uma
altura suficiente para a sua visualização.
Quando a visualização direta do equipamento ou
sua sinalização não for possível no plano horizontal, a sua locali-
zação deve ser indicada a partir do ponto de boa visibilidade mais
próxima. A sinalização deve incluir o símbolo do equipamento
em questão e uma seta indicativa, sendo que o conjunto não deve
estar distanciado mais que 7,5 m do equipamento (Fig. 89).
Figura - 89
Quando o equipamento encontrar-se instalado em
pilar (pilastra), a sinalização deve ser instalada em todas as faces do pilar que estiverem volta-
das para os corredores de circulação de pessoas ou veículos.
Figura - 90
Figura - 91
Figura - 92
Figura - 93
Figura - 94
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Figura - 99
Figura - 98
Figura - 102
1.2.10.2 Sinalização Complementar Figura - 104
A sinalização complementar tem a finalidade de:
a) Complementar as sinalizações de orien-
tação e salvamento indicando o trajeto completo das rotas
de fuga até uma saída de emergência (facultativa).
b) Indicar a existência de obstáculos nas ro- Figuras 91 a 93
tas de fuga, tais como: pilares, arestas de parede e vigas, des-
níveis de piso, fechamento de vãos com vidros ou outros materiais translúcidos e transparentes,
etc. Como mostra a Fig. 97.
c) Informar por mensagens escritas:
Figuras 94 a 96
Figuras 97
Figura 98
Figuras 99 a 104
Aptl 92-00/2020 41/152
Lotação Máxima:
150 pessoas sentadas
Figura - 108
Figura - 109
Figura - 110
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Figura - 112
Figura - 113
Figura - 114
LARANJA
• Canalizações contendo ácidos;
• Partes móveis de máquinas e equipamentos;
• Faces internas de caixas protetoras de dispositivos elétricos;
• Faces externas de polias e engrenagens.
PÚRPURA
A cor púrpura será utilizada para indicar os perigos provenientes das radiações.
LILÁS
Deve ser utilizado em canalizações que contenham álcalis.
CINZA CLARO
Deve ser utilizado em canalizações a vácuo.
CINZA ESCURO
Deve ser utilizado em eletrodutos.
ALUMÍNIO
Deve ser utilizado em canalizações contendo gases liquefeitos, inflamáveis e
combustíveis de baixa viscosidade (exemplos: óleo diesel, gasolina, querosene, óleo lubrifican-
te, etc.).
Quando houver a necessidade de uma identificação mais detalhada (concentra-
ção, temperatura, pressão, pureza, etc.), ela deverá ser feita por intermédio de faixas de cores
diferentes, aplicadas sobre a cor básica. Essas faixas devem possibilitar facilmente a sua visua-
lização em qualquer parte da canalização.
O sentido de transporte do fluido, quando necessário, deverá ser indicado por
meio de seta pintada em cor contrastante sobre a cor básica da canalização.
1.2.12 SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS - SPDA
A descarga elétrica atmosférica (raio) é um fenômeno da natureza absolutamen-
te imprevisível e aleatório, tanto em relação às suas características elétricas (intensidade de
corrente, tempo de duração, etc.), como
em relação aos efeitos destruidores de-
correntes de sua incidência sobre as edi-
ficações.
É sabido que uma descar-
ga elétrica ou um centelhamento de ori-
gem atmosférica, pode provocar destrui-
ção total ou parcial de estruturas, seja por
incêndio, explosão, perfuração ou rompi-
mento mecânico, comprometendo a se-
gurança das pessoas que estejam dentro
dessas estruturas ou nos seus arredores.
O sistema de proteção
contra descargas atmosféricas (SPDA)
Figura - 115
visa proteger as edificações e estruturas,
evitando que a descarga as atinjam diretamente. O sistema estabelece um caminho eletricamen-
te mais favorável e seguro para a condução da energia elétrica até o solo, e sua dissipação no
substrato terrestre.
Nada em termos práticos pode ser feito para impedir a “queda” de uma descarga
em determinada região. As soluções internacionalmente aplicadas baseiam-se na colocação de
pontos preferenciais de captação e condução segura da descarga elétrica para o solo, objetivan-
do apenas minimizar os seus efeitos destruidores.
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! O SPDA não pára o raio, não atrai o raio e nem evita que o raio caia.
Figura - 116
necessária a correta instalação de supressores de surto ou protetores nos quadros de energia,
telefonia, TV a cabo, nos equipamentos elétricos e eletrônicos, etc.
Assim, um SPDA é constituído de um conjunto de elementos de captação (ou
simplesmente captores), um conjunto de elementos de condução até ao solo (condutores de
descida, ou simplesmente descidas), um conjunto de elementos de dissipação de energia para o
solo (ou aterramentos) e de elementos de equalização de potenciais (ou ligação equipotencial)
que devem ser adequadamente dimensionados para que resistam à passagem das correntes elé-
tricas desenvolvidas durante a incidência das descargas atmosféricas, e cuidadosamente insta-
lados, garantindo a integridade física das estruturas e a segurança de seus usuários.
Quando uma edificação possui antenas ou outras estruturas em seu topo, o SPDA
deverá possuir mastros com captores localizados acima dessas estruturas.
Quanto à sua instalação, basicamente existem 2 tipos de SPDA.
a) SPDA Externo
Elaborado quando a edificação já está construída. As descidas podem ser
constituídas por barras chatas fixadas sobre a estrutura, cabos de alumínio ou cobre instalados
dentro de eletrodutos, ou cabos de alumínio de 16mm com suporte guia, para manter o cabo
afastado do contato direto com a estrutura protegida (Fig. 117).
Figura - 117
Aptl 92-00/2020 45/152
b) SPDA Estrutural
Elaborado durante a construção. É utilizada a
própria ferragem da estrutura da edificação para servir de con-
dutor. Deve ser feito um teste de continuidade nas ferragens e,
caso estas não tenham continuidade elétrica, deverá ser instalado
um cabo de aço galvanizado em todos os pilares para garantir a
continuidade da passagem da descarga elétrica (Fig. 118).
Podemos dividir um SPDA em um subsistema
externo e outro interno, sendo que, em alguns casos, existe a
necessidade de apenas um deles.
c) Subsistema Externo (Fig. 119)
• É constituído de:
• Captores;
• Condutores de descida; e
• Sistema de aterramento.
Figura - 118
Figura - 119
d) Subsistema Interno
Abrange um conjunto de dispositivos que reduzem os efeitos elétricos e mag-
néticos, dentro da estrutura protegida, provocados pela passagem da descarga elétrica no sub-
sistema externo.
• Condutores de ligação equipotencial;
• Supressores de surto; e
• Condutores blindados devidamente aterrados.
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Figura - 120
Figura - 121
Aptl 92-00/2020 47/152
Figura - 123
Quando a edificação não possui documentação
referente ao SPDA, o responsável deve procurar a construtora
ou a empresa que fez a instalação e solicitar a documentação,
inclusive a ART. Caso eles se neguem a entregar, entre em
contato com o Conselho Regional de Engenharia e Arquite-
tura (CREA) da região e faça uma denúncia. Se a construção
é muito antiga, solicite uma inspeção para saber como está sua
instalação e como fazer para adequá-la à norma.
O tipo e o posicionamento do SPDA devem ser
estudados cuidadosamente no estágio de projeto da edificação,
para se tirar o máximo proveito dos elementos condutores da
própria estrutura. Isto facilita a elaboração do projeto e a cons-
trução de uma instalação integrada, que permite melhorar o as-
pecto estético, aumentar a eficiência do sistema e minimizar
custos. Figura - 124
48/152 Aptl 92-00/2020
I.1- Veri car se o SPDA está conforme o projeto (se este existir) e se atende as diretrizes atuais da NBR
5419;
I.2- Veri car visualmente o estado de todos os componentes do SPDA (se existem tubos de proteção e
conectores quebrados, cabo de descida partido e existência de corrosão). Constatada alguma irregularidade,
deve-se providenciar a manutenção;
I.3- Veri car se o valor da resistência de aterramento seja compatível com o arranjo e com as dimensões
do subsistema de aterramento, e com a resistividade do solo. Excetuam-se desta exigência os sistemas que
usam as fundações como eletrodo de aterramento;
OBS: a resistência pode também ser calculada a partir da estrati cação do solo e com uso de um programa
adequado. Neste caso ca dispensada a medição da resistência de aterramento
I.4- Veri car se todas as construções acrescentadas à estrutura posteriormente à instalação original
estão integradas no volume a proteger, mediante ligação ao SPDA ou ampliação deste;
Manutenção
• Verificar a fixação de todos os componentes e reapertar ou, se necessário,
efetuar nova fixação.
• Substituir componentes danificados;
• Limpar e/ou remover eventuais corrosões, substituir componentes com corro-
são e aplicar produtos para inibir novas corrosões.
Periodicidade das inspeções
Período Inspeção SPDA
1 ano I.2 Todas edi cações que possuem SPDA
Edi cações contendo munição ou explosivos, ou em locais expostos à corrosão
1 ano I.1, I.2 e I.3. atmosférica severa (regiões litorâneas, ambientes industriais com atmosfera
agressiva etc.).
Instalado em edi cações destinadas a grandes concentrações públicas (por
exemplo: hospitais, escolas, teatros, cinemas, estádios de esporte, centros
3 anos I.1, I.2 e I.3.
comerciais e pavilhões), indústrias contendo áreas com risco de explosão,
conforme a NBR 9518, e depósitos de material in amável;
Instalado em edi cações com ns residenciais, comerciais, administrativos,
5 anos I.1, I.2 e I.3. agrícolas ou industriais, excetuando-se áreas classi cadas com risco de
incêndio ou explosão.
Tabela - 1
Figura - 125
Tubulações de gás deverão distar em no mí-
nimo 2 m das descidas. Na impossibilidade da manutenção
deste distanciamento, essas tubulações deverão estar inter-
ligadas a cada 20 m de sua altura por meio de uma ligação
eqüipotencial conforme estabelece a NBR 5419.
O tempo de vida de um SPDA é de aproxima-
damente 20 anos ou mais. Depende do tipo e da qualidade
dos materiais utilizados, das manutenções e da incidência
de descargas atmosféricas e maresia no local.
A inspeção não se aplica aos subsistemas do
SPDA instalados, que tenham seus acessos impossibilitados
por estarem embutidos no concreto armado (ferragens es-
truturais) ou reboco.
1.2.12.3 Tipos de SPDA Figura - 126
a) SPDA do tipo Franklin
Utiliza a propriedade das pontas metálicas para provocar o escoamento das
cargas elétricas. O método proposto por Franklin tem por base a instalação de um captor de
aço inoxidável ou cobre, provido de 3 ou mais pontas, numa haste elevada. Este captor produz,
sob a nuvem carregada, uma alta concentração de
cargas elétricas, produzindo um campo elétrico que
propicia a descarga através da camada de ar. Quando
uma descarga se dirige à edificação, esse sistema se
encarrega de captá-la e conduzi-la pelos condutores
de descida até o solo, mantendo a edificação eletri-
camente neutra (Fig. 127).
Figura - 127
50/152 Aptl 92-00/2020
Figura - 129
Figura - 130
Aptl 92-00/2020 51/152
vermelho
parede
piso
acabado
bordas internas
cor: vermelha
bordas externas
Figura - 136 cor: amarela
54/152 Aptl 92-00/2020
Reservatório de água
e canalização do consumo
normal do prédio
Sistema de pressurização
por bombas
Abrigo do hidrante
de parede
Hidrante de
recalque
Figura - 138
Figura - 141
Aptl 92-00/2020 57/152
a) Hidrantes de coluna
Hidrantes de coluna, instalados nos passeios públicos, são dotados de juntas
de união para conexão com mangotes, mangueiras ou mangueirotes. O mais utilizado em São
Paulo é o tipo conhecido pelo fabricante Barbará. Sua abertura é feita através de um registro de
gaveta cujo comando é colocado ao lado do hidrante. Possui uma expedição de 100m e duas de
63mm.
Tem, sobre os hidrantes subterrâneos, a vantagem de permitir captação de
maior volume de água, além de oferecer visibilidade e não ser facilmente obstruído. As expedi-
ções possuem tampões que exigem uma chave especial para removêlos.
b) Hidrantes subterrâneos
Hidrantes subterrâneos são aqueles situados abaixo do nível do solo, com
suas partes (expedição e válvula de paragem) colocadas dentro de uma caixa de alvenaria, fe-
chada por uma tampa metálica.
Na capital de São Paulo, a grande maioria dos hidrantes é deste tipo. São
antiquados, facilmente obstruídos por sujeira e de difícil localização. Para sua utilização, há
necessidade do aparelho de hidrante.
Figura - 142
Figura - 145
Aptl 92-00/2020 59/152
Figura - 147
1.3.3.5 Evoluções com linhas de mangueiras
Evolução: É a manobra com mangueira efetuada pela equipe dos CCIs (carros
contraincêndio) ou por uma parte dela.
a) Adentrar em uma Estrutura
Para máxima segurança o bombeiro deve estar alerta para a possibilidade de
“backdraft”, “flashover” ou colapso estrutural. Antes mesmo de adentrar em uma estrutura, o
bombeiro já deve estar atento para o risco de colapso estrutural. São indícios de colapso estru-
tural:
• Rachaduras em vigas, colunas, paredes e teto;
• Estalos (sons) característicos de colapso estrutural;
• Grande quantidade de calor em prédio com estrutura metálica.
• Ao avançar com uma linha de mangueira dentro de um edifício, o bombeiro
deve:
• Retirar todo o ar da linha antes de entrar na estrutura;
• Permanecer abaixado durante o combate ao fogo;
• Ficar longe de aberturas inexploradas, pois por elas pode sair calor, além de
existir o risco acentuado de quedas acidentais;
• Sentir o calor das portas com as costas da mão, sem luva;
• Manter-se abaixado e afastado do fogo, quando em ataque indireto, e pró-
ximo, quando em ataque direto.
(Os ataques direto e indireto serão estudados no próximo capítulo)
60/152 Aptl 92-00/2020
Figura - 150
Um bombeiro sobe ao andar desejado, de onde lança um cabo de elevação,
que é atado à extremidade da mangueira com esguicho e içada (nó de içar), atentando-se para
que as saliências da edificação não cortem a mangueira. Normalmente, essa altura não deve ul-
trapassar 12 metros, ficando uma junta apoiada no solo e a outra com a guarnição. Para descer
a linha, o processo é inverso.
e) Linha a Partir do Hidrante Particular
Tem por finalidade aproveitar o sistema hidráulico de combate a incêndio da
edificação e pode ser empregada em prédios de um ou
mais pavimentos, bastando, para isto, acoplar a expedi-
ção do Auto Bomba Tanque ao registro de recalque ou hi-
drante mais próximo. Com isso, toda a rede pressurizada,
podendo o bombeiro utilizar qualquer hidrante interno.
Figura - 151
Aptl 92-00/2020 61/152
Figura - 154
62/152 Aptl 92-00/2020
Do incêndio ao hidrante
• A viatura deixa no local de incêndio os equipamentos necessários para seu
combate, bem como a extremidade da adutora pronta que está no estrado
superior da viatura.
• Dirige-se para o hidrante mais próximo, deixando atrás de si a linha adutora
estendida.
• Ao chegar no hidrante, conecta a adutora pronta à expedição da bomba.
• Conecta o mangote (ou mangueirote) ao hidrante e na introdução da bomba
e recalca água para o incêndio.
• Se necessário, um segundo auto-bomba posiciona-se no local de incêndio,
conecta a extremidade da adutora à introdução da bomba e recalca água
para as linhas de ataque.
Figura - 155
h) Mangueira Rompida
Na impossibilidade de se interromper o fluxo d’água por meios normais, a
fim de substituir a mangueira rompida ou furada, deve-se estrangular a mangueira. Para isto,
utiliza-se o estrangulador de mangueiras, ou fazem-se duas dobras na mangueira, formando
dois ângulos agudos, e mantendo-os nesta posição com o peso do corpo.
Figura - 156
Com essa manobra, interrompe-se o fluxo
d’água e troca-se a mangueira rompida.
i) Descarga de Mangueira
• Consiste na retirada da água que permaneceu
no interior da mangueira, após sua utilização.
• Estender a mangueira no solo, retirando as
dobras que porventura apareçam.
• Levantar uma das extremidades sobre o om-
bro, sustentando-a com ambas as mãos.
• Deslocar-se para outra extremidade do lance,
deixando-o para trás, à medida que se avança
vagarosamente. Isto faz com que água escoe
pela extremidade da mangueira.
Figura - 157
Aptl 92-00/2020 63/152
extingui-lo. Esse sistema de proteção é dotado de alarme. Assim que um foco de incêndio é
detectado, os chuveiros são acionados e é emitido um aviso aos ocupantes da edificação.
Cada Município poderá possuir uma legislação municipal que versa sobre este
assunto. O dimensionamento deverá seguir a NBR 10897/90 que trata sobre a Proteção Con-
traincêndio por Chuveiro Automático e a legislação estadual para cada estado.
1.3.5.3 Definição
É um sistema de proteção composto por chuveiros distribuídos através de tu-
bulação em vários pontos de uma edificação. Os componentes de um sistema de chuveiros
automáticos são:
Os chuveiros automáticos não podem ser pintados, pois, com a pintura, a tempe-
ratura nominal de funcionamento sofrerá alterações. Entretanto, os chuvei ros automáticos com
elemento fusível do tipo solda, para temperatura acima de 77ºC, são pintados pelos fabricantes,
para identificação.
b) Posição do chuveiro automático
Em relação às tubulações que os alimentam, os chuveiros automáticos podem
ser instalados na posição pendente ou na posição para cima. Seja como for, devem ser instala-
dos, sempre, na posição prevista pelos projetistas.
Figura - 162
66/152 Aptl 92-00/2020
Para proteção em pequenas aberturas, sobre telhados, ou para proteção de riscos especiais,
pode-se instalar "cortina d’água".
1.3.5.4.1 Sistema de Cano Molhado:
Compreende uma rede de tubulação permanentemente cheia de água sob pres-
são, em cujos ramais os chuveiros são instalados.
Aptl 92-00/2020 67/152
através de linhas siamesas (não superiores a 30 metros Pressão máxima de trabalho 12 kgf/cm2
180 psi).
Havendo fogo no local, devem ser armadas linhas de ataque para, em comple-
mentação aos chuveiros automáticos, extinguir o incêndio.
As válvulas de comando do sistema somente deverão ser fechadas após a extin-
ção do fogo ou se estiverem ocorrendo danos ou desperdício de água. Caso não seja possível
fechar a válvula de comando, deve-se utilizar bloqueadores de chuveiro automático.
A interrupção do funcionamento do sistema somente poderá ser feita após o
Comandante da Operação verificar a extinção do incêndio. Quando uma válvula de comando é
fechada, um bombeiro deve permanecer junto a ela, a fim de operá-la caso haja necessidade de
reabertura.
IMPORTANTE
O recalque não será realizado se a Bomba de Incêndio estiver operando.
Figura - 173
Figura - 174
ATENÇÃO
O abastecimento de água somente deverá ser interrompido após a inspeção final do local com
a garantia de extinção total no local.
1.3.5.7 Inspeção de Bombeiros
Durante atendimento a ocorrência de incêndio ou durante inspeção em edifica-
ções protegidas por sistema de chuveiros automáticos, o pessoal das guarnições dos Bombeiros
devem verificar:
72/152 Aptl 92-00/2020
5º Pavimento
Legenda
Sistema de Sprinklers
4º Pavimento
Sprinkler pendente cromado
Sprinkler up right acabamento bruto
Chave de uxo
Registro de gaveta
3º Pavimento Bomba principal para sistema de sprinklers
Bomba jockey para sistema de sprinklers
Painel de partida das bombas de sprinklers
Tubulação de alimentação do sistema de sprinkler
2º Pavimento
1º Pavimento
Térreo
Subsolo
d) Válvula de alarme
A operação dos chuveiros automáticos aciona um alarme indicativo de fun-
cionamento do sistema. 0 acionamento do alarme se faz pela movimentação do fluxo de água
na tubulação, em virtude de um incêndio, vazamento ou ruptura acidental da tubulação. Os
alarmes podem ser hidráulicos e/ou elétricos. Os tipos mais comuns de alarmes são o gongo
hidráulico e a chave detectora de fluxo d’água.
Figura - 189
82/152 Aptl 92-00/2020
Figura - 191
Figura - 192
Aptl 92-00/2020 83/152
Figura - 193
Figura - 194
1.3.8 SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMUNICAÇÕES
É o conjunto de sistemas destinados a detectar e alertar as pessoas de uma edifi-
cação sobre a ocorrência de incêndio.
Quanto mais rápido o fogo for descoberto ainda
em seu princípio, mais facilmente poderá ser controlado e ex-
tinto; além disso, maiores serão as chances dos ocupantes do
edifício escaparem sem sofrer qualquer injúria.
Uma vez que o fogo foi descoberto, a seqüência
de ações normalmente adotada pelas empresas é a seguinte:
Figura - 195
A detecção automática é utilizada com o intuito de vencer de uma única vez esta
série de ações, propiciando a possibilidade de se tomar uma atitude imediata de controle de
fogo e abandono da edificação.
Os meios de detecção e alarme são compostos por diferentes sistemas. Para a
definição dos aspectos necessários aos projetos dos sistemas de detecção automática e alarme,
devem ser utilizadas as normas técnicas vigentes.
Os sistemas de detecção e alarme são compostos basicamente de:
• Detectores;
• Acionadores manuais de alarme; e
• Central de Controle.
1.3.8.1 Detectores de Incêndio
São parte do sistema de detecção que detecta um princípio de incêndio em sua
área de atuação. Existem 4 tipos principais de detectores de incêndio:
a) Detectores térmicos
Reagem à energia calorífica desprendida pelo fogo. Tal reação pode ocorrer
de 2 modos:
Dispositivos de temperatura fixa; e
Dispositivos termo-velocimétricos, que reagem ao aumento brusco da tempe-
ratura ambiente (em geral para um acréscimo de cerca de 10ºC por minuto).
b) Detectores de infravermelho
Reagem diretamente às radiações infravermelho emanadas pelas chamas.
c) Detectores óticos
Reagem a uma alta concentração de fumaça visível, isto é, a mesma fumaça
que o olho humano pode ver. São ineficazes na detecção de incêndios onde não haja uma densa
produção de fumaça, especialmente nos estágios iniciais da combustão.
Figura - 196
Aptl 92-00/2020 85/152
d) Detectores de ionização
Utilizam um princípio radioativo que torna condutivo o ar no interior do de-
tector, permitindo a passagem de uma pequena corrente elétrica. Quando os produtos da com-
bustão penetram no interior do detector, o fluxo da corrente é interrompido e, em conseqüência,
o sinal de alarme é acionado.
Tabela - 6
O tipo de detector a ser utilizado depende das características dos materiais exis-
tentes no local e do risco de incêndio existente. A posição dos detectores também é um fator
importante e a localização escolhida (normalmente junto à superfície inferior do forro) deve ser
apropriada à concentração de fumaça e dos gases quentes.
Dependendo do risco existente, os detectores podem ser instalados em outras
partes da edificação, como acima do forro, por debaixo de pisos, dentro de máquinas e equipa-
mentos, etc. Nestes casos, é necessário que o sistema possua um meio de identificação rápida
do detector acionado.
1.3.8.1.1 Alarme de Incêndio
Dispositivo destinado a alertar a po-
pulação de uma edificação a cerca de um incêndio
1.3.8.1.2 Alarme de Incêndio Manual
Sistema provido de acionadores
manuais que permitem que a primeira pessoa que
detectar o incêndio acione manualmente o sistema.
Os acionadores manuais podem ser instalados mes-
mo em edificações dotadas de sistema de detecção
automática e/ou extinção automática, já que o in-
cêndio pode ser percebido pelos ocupantes antes
de seus efeitos sensibilizarem os detectores ou os
equipamentos automáticos.
Os acionadores manuais de alarme
podem: Figura - 197
• Indicar seu acionamento num
painel de controle; ou
• Acionar alarmes localizados em outras áreas da edificação, objetivando aler-
tar os ocupantes sobre a existência do incêndio.
86/152 Aptl 92-00/2020
Figura - 198
1.3.8.2.2 Central de Detecção
a) Receber, indicar e registrar o sinal de perigo enviado pelo detector de incên-
dio;
b) Transmitir o sinal recebido por meio do sistema de alarme de incêndio para:
• Alarme automático no pavimento afetado pelo fogo;
• Alarme temporizado para todo
o edifício;
• Acionar uma instalação auto-
mática de extinção;
• Fechar portas etc;
c) Controlar o funcionamento do sis-
tema; e
d) Realizar teste do sistema.
Figura - 199
Aptl 92-00/2020 87/152
A = ALFA N = NOVEMBER
B = BRAVO O = OSCAR
C = CHARLIE P = PAPA
D = DELTA Q = QUEBEC
E = ECO R = ROMEU
F = FOXTROT S = SIERRA
G = GOLF T = TANGO
H = HOTEL U = UNIFORM
I = ÍNDIA V = VICTOR
J = JULIET W = WHISKY
K = KILO X = X RAY
L = LIMA Y = YANKEE
M = MIKE Z = ZULU
Aptl 92-00/2020 91/152
Atendimento emergencial
No atendimento emergencial deve-se observar as seguintes regras:
• Atendimento por resposta breve e objetiva: "Bombeiros, Emergência!"
• Atender pacientemente buscando as informações fundamentais ao auxílio.
Numa situação de emergência o solicitante está rotineiramente envolvi-
do, ansioso e impaciente.
• Concluído o atendimento, procurar tranquilizar o solicitante com frases do
tipo: "Estamos cientes", "Aguarde a chegada dos Bombeiros", etc.
• Durante o atendimento manter firmeza e convicção, clareza e objetividade.
• Orientar o solicitante quando o atendimento for encargo de outro órgão.
• Manter o atendimento nos limites da formalidade, evitando envolvimento
pessoal.
c) Telex.
Sistema de transmissão de mensagens escritas através da codificação dos si-
nais. É também chamado sistema de teleimpressão. É similar ao sistema telefônico: emprega fio
e conta com centrais públicas de comutação.
d) Fax.
Sistema de transmissão de mensagens escritas através da cópia de documen-
tação por aparelho acoplado a linha telefônica.
Figura - 208
94/152 Aptl 92-00/2020
Figura - 209
Aptl 92-00/2020 95/152
ATENÇÃO!!!
* Ao redor dos detectores de incêndio deve haver um espaço livre de, pelo menos,
1 metro em todas as direções para que nada bloqueie o agente que o ative e retarde seu
acionamento (calor, fumaça, etc).
* Não devem ser pendurados ornamentos nos chuveiros automáticos, nos aplicadores
de agentes extintores gasosos e nos detectores de incêndio.
* Por ocasião de reformas, deve-se ter o extremo cuidado de não deixar que os detectores,
chuveiros automáticos e aplicadores de agentes gasosos sejam dani cados ou pintados,
pois isto modi cará suas características prejudicando ou impedindo o seu funcionamento.
96/152 Aptl 92-00/2020
Observação: Desde 1990, a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) proibiu a fabricação
de extintores portáteis ou sobre rodas, cujo agente extintor fosse a espuma química. Os extintores
de espuma química existentes até então, poderiam ser recarregados e vistoriados normalmente.
A recomendação é que eles sejam substituídos gradativamente por aparelhos contendo outros
agentes extintores. Essa atitude ocorreu devido à falta de segurança no manuseio e custo de
manutenção elevado.
Figura - 210
Aptl 92-00/2020 97/152
2.1.2 PORTABILIDADE
Quanto à portabilidade, os extintores podem ser classificados em:
Portáteis Veiculares
(possuem peso
total de até 20 Kg) De parede
Extintores Não portáteis Sobre rodas
(possuem peso Rebocáveis
total maior que 20
Estacionários
Kg)
ou xos
Tabela - 8
Figura - 211
98/152 Aptl 92-00/2020
OBSERVAÇÃO
No caso dos aparelhos extintores de CO2, o próprio
gás extintor é o agente expelente.
2.1.8 CÂMARA DE EXPANSÃO (OU DE PRESSURIZAÇÃO)
É o espaço que deve ser deixado dentro dos aparelhos
extintores de baixa pressão, destinado a acomodar o gás expelente
(Fig. 08). O espaço ideal é de 20% da capacidade volumétrica do
aparelho, sendo admissível até 25%.
2.1.9 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
Qualquer que seja o tipo de pressurização do aparelho
extintor, o gás expelente ocupará a câmara de expansão fazendo com
que o agente extintor seja pressionado contra o fundo do aparelho. Ao
ser acionada a válvula de disparo ou a pistola, o agente extintor fluirá
através do tubo sifão em direção ao meio externo (Fig. 217).
No caso do gás carbônico, a sua própria pressão propi-
cia a sua expulsão através do tubo sifão. Figura - 217
100/152 Aptl 92-00/2020
Figura - 218
Aptl 92-00/2020 101/152
Figura - 221
Figura - 220
b) Disco de segurança
Dispositivo de segurança existente nos extintores de alta pressão (Fig.
222) e nos cilindros de pressurização (Fig. 223), destinado a evitar o rompimento do extin-
tor ou cilindro. Quando a pressão interna aumenta e atinge um nível em que a segurança do
recipiente fica comprometida, o disco de segurança se rompe dando passagem a toda a pressão
interna. Neste caso não há como impedir o vazamento total da carga.
2.1.11 RÓTULO
O rótulo é um requisito obrigatório para qualquer aparelho extintor. Nele devem
constar, no mínimo, as seguintes informações:
a) Logomarca da empresa (fabricante ou de manutenção);
b) Carga nominal;
c) Capacidade extintora;
d) Indicação de uso nas classes de incêndio; e
e) Instruções de utilização.
a
b, c
d
Figura - 228
Figura - 227
Aptl 92-00/2020 103/152
Figura - 234
Aptl 92-00/2020 105/152
b) Funcionamento
b.1) Extintor de água de pressurização indireta - Seu funcionamento ocor-
re com a pressurização do extintor através da liberação do gás expelente contido no cilindro de
pressurização, que pressurizará o sistema e impulsionará a água através do tubo sifão e man-
gueira rígida (Fig. 235).
Figura - 236
106/152 Aptl 92-00/2020
c) Aplicação
A água deve ser aplicada na base do fogo, começando o combate a uma dis-
tância inicial de 3 a 4 metros, avançando à medida que o fogo for sendo apagado. Colocando-se
o dedo na extremidade da mangueira rígida, obteremos um pequeno chuveiro (Fig. 237).
d) Duração da descarga
Figura - 237
Tabela - 10
e) Alcance do jato
Acima de 4 metros.
f) Procedimentos de operação
f.1) Extintor de água de pressurização direta (pressurizado)
1º) Levar o extintor até uma distância segura do fogo (4 metros ou mais) e a
favor do vento;
2º) Retirar o pino de segurança (Figs. 238 e 239);
3º) Empunhar a mangueira rígida;
4º) Acionar a válvula de disparo efetuando o teste do extintor (Fig. 240); e
5º) Iniciar o combate a partir de uma distância de 3 a 4 metros do fogo,
aplicando o jato na base do fogo, se aproximando à medida que for apa
gando o fogo.
f.2) Extintor de água de pressurização indireta
1º) Levar o extintor até uma distância segura do fogo (4 metros ou mais) e a
favor do vento;
2º) Inclinar o extintor para frente segurando a mangueira rígida apontada para
o fogo e abrir o registro do cilindro de pressurização, rompendo o lacre
(Fig. 241);
Aptl 92-00/2020 107/152
Figura - 238
Figura - 240
Figura - 239
Figura - 241
108/152 Aptl 92-00/2020
3a4m
Figura - 242
Figura - 243
g.2) Extintor de água de pressurização direta (pressurizado)
Não apresenta perigo.
2.1.13.2 Extintor de Dióxido de Carbono (CO2)
a) Apresentação
São extintores de alta pressão confeccionados em tubo de aço carbono sem
emenda. Os extintores portáteis de dióxido de carbono podem ter a capacidade que variam de 1
a 6 quilos (Figs. 244 e 245). Eles não possuem indicadores de pressão devido ao fato dos indi-
cadores de alta pressão tornarem o aparelho extintor economicamente inviável.
Os difusores se destinam a direcionar o jato de CO2 que está sendo liberado,
de modo que ele se expanda e atinja o material em chamas com a sua melhor concentração
abafadora. Existem algumas variedades de modelos, porém os maiores têm apresentado uma
maior eficiência (Fig. 246).
Aptl 92-00/2020 109/152
Figura - 244
Figura - 245
Figura - 246
110/152 Aptl 92-00/2020
b) Funcionamento
Ocorre com o acionamento da válvula de disparo, que libera a fase liquefeita
do dióxido de carbono através do tubo sifão. Após passar pela peça chamada “quebra-jato” (que
reduz a força de reação provocada pela saída do gás sob pressão de maneira violenta, permi-
tindo ao operador manter o controle direcional), o CO2 percorre a mangueira rígida e entra no
difusor, por onde é liberado. O difusor permite a aplicação do dióxido de carbono de maneira
suave, uniforme e compacta. A fase líquida do CO2, ao se gaseificar, aumenta o seu volume
em 450 vezes.
Figura - 247
d) Duração da descarga
Depende do regime de descarga imposto pelo operador e da capacidade do
extintor.
e) Alcance do jato (com eficiência)
De 0,60 a 1,20 metros.
f) Operação
1º) Levar o extintor até uma distância segura do fogo (4 metros ou mais) e a
favor do vento;
2º) Retirar o pino de segurança;
3º) Empunhar o difusor segurando-o no punho (Fig. 250);
4º) Acionar a válvula de disparo efetuando o teste do extintor; e
5º) Iniciar o combate a uma distância de 1,5 a 2 metros do fogo (Fig. 251),
aplicando o CO2 de modo que a nuvem envolva a base do fogo, movi
mentando o difusor (varredura), dentro dos limites do material em cha
mas, se aproximando à medida que for apagando o fogo.
Figura - 250
1,5 a 2 m
Figura - 251
Figura - 252
Figura - 254
Figura - 253
Aptl 92-00/2020 113/152
b) Funcionamento
b.1) Extintor de PQ Alça de
de pressurização indireta: Ocorre com Transporte
a pressurização do extintor através da
liberação do gás expelente contido no
cilindro de pressurização. Esse gás será Tubo de
conduzido pelo tubo de pressurização até
Pressurização
a parte de baixo do recipiente de pó. En-
tão, quando ele subir em direção à câma-
ra de expansão, irá forçar o pó químico a Cilindro de Tubo Sifão
se descompactar. Uma vez na câmara de Pressurização
expansão, o gás expelente impulsionará
o PQ através do tubo sifão e pela man-
gueira rígida até a pistola. Acionando-se
a pistola, ocorrerá a saída do PQ (Fig.
255).
b.2) Extintor de PQ
de pressurização direta (pressuriza- Pistola
do): Ocorre com o acionamento da vál-
vula de disparo, que permitirá que o PQ
flua através do tubo sifão e saia sob pres- Figura - 255
são através da mangueira rígida (Fig. 256).
Válvula de Alça de
Disparo Transporte
Indicador de
Pressão
Tubo Sifão
Figura - 256
114/152 Aptl 92-00/2020
c) Aplicação
O PQ deve ser aplicado a favor do vento, a uma distância inicial de aproxima-
damente 3 a 4 metros do fogo, para se ter condições de formar a nuvem abafadora, avançando
à medida que o fogo for sendo apagado. O operador deve ajudar na formação dessa nuvem,
fazendo movimentos de varredura, dentro dos limites do material em chamas.
d) Duração da descarga
Depende do regime de aplicação imposto pelo operador e da capacidade do
extintor.
e) Alcance do jato
Alcance eficaz é de 2 a 6 metros.
f) Operação
f.1) Extintor de pressurização direta (pressurizado)
1º) Levar o extintor até uma distância segura do fogo (4 metros ou mais) e a
favor do vento;
2º) Retirar o pino de segurança;
3º) Empunhar a mangueira rígida (se possuir);
4º) Acionar a válvula de disparo efetuando o teste do extintor (Fig. 257); e
5º) Iniciar o combate a uma distância de 3 a 4 metros do fogo, aplicando o
jato de PQ de modo que a nuvem envolva a base do fogo, movimentando
a mangueira rígida ou o extintor (varredura, Fig. 257), dentro dos limites
do material em chamas, se aproximando à medida que for apagando o
fogo.
Figura - 257
Figura - 258
Aptl 92-00/2020 115/152
Figura - 259
Figura - 260
Figura - 262
Figura - 263
b) Funcionamento
b.1) Extintor de pressuriza- Válvula de
ção indireta: Ocorre com a pressurização da Disparo
pré-mistura (água + LGE) contida no extintor
através da liberação do gás expelente contido
no cilindro de pressurização. Ao ser acionada Alça de
a válvula de disparo, a mistura fluirá através do Transporte
tubo sifão e da mangueira rígida até o esguicho
formador de espuma, onde o ar é aspirado e a
espuma é formada e lançada (Fig. 264). Tubo
Sifão Cilindro de
Pressurização
Esguicho
Formador de
Espuma
Figura - 264
Aptl 92-00/2020 117/152
Figura - 266
d) Duração da descarga
Depende do regime de aplicação imposto pelo operador.
e) Alcance do jato
De 9 a 10 metros.
f) Operação
f.1) Extintor de pressurização direta (pressurizado)
1º) Levar o extintor até uma distância segura do fogo (4 metros ou mais) e a
favor do vento;
2º) Retirar o pino de segurança;
3º) Empunhar a mangueira rígida pelo esguicho formador de espuma (Fig.
267). Observação: Ao empunhar o esguicho, tomar o cuidado de não
impedir a entrada do ar para a formação de espuma;
Orifício para a
entrada do ar
Figura - 267
118/152 Aptl 92-00/2020
b) Funcionamento
Ocorre com o acionamento da válvula de disparo, que permitirá a saída da
mistura pressurizada de gases através do tubo sifão e da mangueira rígida até o esguicho.
c) Aplicação
Deve ser aplicado a favor do vento a uma distância inicial de aproximada-
mente 1 a 2 metros do fogo, para dar condições de formar a nuvem que envolve o material em
chamas, avançando à medida que o fogo for sendo apagado. O operador deve ajudar na forma-
ção dessa nuvem, fazendo movimentos de varredura, dentro dos limites do material em chamas.
d) Duração da descarga
Depende do regime de aplicação e da capacidade do extintor.
e) Alcance do jato
De 3 a 6 metros.
f) Operação
1º) Levar o extintor até uma distância segura do fogo (4 metros ou mais) e a
favor do vento;
2º) Retirar o pino de segurança;
3º) Empunhar a mangueira rígida (os que possuírem);
4º) Acionar a válvula de disparo para testar o equipamento (Fig. 271); e
5º) Iniciar o combate aplicando o jato de modo que a nuvem envolva a base
do fogo, movimentando a mangueira rígida (se possuir), ou o próprio ex-
tintor, de modo a fazer uma varredura, dentro dos limites do material em
chamas, se aproximando à medida que for apagando o fogo.
Figura - 271
120/152 Aptl 92-00/2020
c) Aplicação
Devemos aplicar a água na base do fogo, começando o combate a uma distân-
cia inicial mínima de 5 metros, avançando à medida que o fogo for sendo apagado. Colocando-
-se o dedo na extremidade da mangueira rígida, obteremos um “pequeno chuveiro”.
d) Duração da descarga
d.1) Carreta de pressurização indireta:
Aproximadamente 3 (três) minutos.
d.2) Carreta de pressurização direta (pressurizada):
Depende do regime de descarga imposto pelo operador.
e) Alcance do jato
De 10 a 15 metros.
f) Operação
f.1) Carreta de pressurização indireta:
1º) Levar a carreta até uma distância segura do fogo (5 metros ou mais) e a
favor do vento;
2º) O chefe da linha estica a mangueira rígida e o auxiliar abre o registro do
cilindro de pressurização, rompendo o lacre (Fig. 275);
Figura - 275
122/152 Aptl 92-00/2020
3º) Nas carretas com pistolas, o chefe da linha deve efetuar um disparo para
testar o equipamento. Nas carretas sem pistolas, a água começará a sair
pelo esguicho;
4º) O chefe da linha inicia o combate ao fogo a partir de uma distância de 4 a
5 metros, se aproximando à medida que for apagando o fogo; e
5º) O auxiliar movimenta a carreta conforme orientação do chefe da linha
(avançar / recuar).
f.2) Carreta de pressurização direta (pressurizada)
1º) Levar a carreta até uma distância segura do fogo (5 metros ou mais) e a
favor do vento;
2º) O chefe da linha estica a mangueira rígida e o auxiliar abre a válvula de
liberação de água, rompendo o lacre;
3º) Nas carretas com pistolas, o chefe da linha deve efetuar um disparo para
testar o equipamento. Nas carretas sem pistolas, a água começará a sair
pelo esguicho;
4º) O chefe da linha inicia o combate ao fogo a partir de uma distância de 4 a
5 metros, se aproximando à medida que for apagando o fogo; e
5º) O auxiliar movimenta a carreta conforme orientação do chefe da linha
(avançar / recuar).
g) Perigos oferecidos pela carreta
g.1) Carreta de pressurização indireta
Possibilidade de soltar a tampa por ocasião da pressurização, caso esteja mal
rosqueada.
g.2) Carreta de pressurização direta (pressurizada)
Não apresenta perigo.
2.1.14.2 Carreta de Pó Químico
a) Apresentação
Encontrados com as mais diferentes capa-
cidades, a partir de 20 quilos, providos de 3 a 10 metros de
mangueira rígida com pistola, podendo ser de pressurização
indireta e de pressurização direta ou pressurizada. Alguns
equipamentos possuem válvulas de abertura de linha e vál-
vulas de limpeza de linha.
b) Funcionamento
b.1) Carreta de pressurização indireta
(Fig. 276): Ocorre com a pressurização do extintor através
da liberação do gás expelente contido no cilindro de pressu-
rização. Esse gás será conduzido pelo tubo de pressurização
até a parte de baixo do recipiente de pó. Então, quando ele
subir em direção à câmara de expansão, irá forçar o pó quí-
mico a se descompactar. Uma vez na câmara de expansão,
o gás expelente impulsionará o PQ através do tubo sifão e
pela mangueira rígida até a pistola. Acionando-se a pistola,
ocorrerá a saída do PQ.
Figura - 276
Aptl 92-00/2020 123/152
Figura - 277
c) Aplicação
Deve ser aplicado a favor do vento, a uma distância inicial mínima de apro-
ximadamente 5 metros do fogo, para dar condições de formar a nuvem abafadora. O operador
deve avançar à medida que o fogo for sendo apagado ajudando na formação dessa nuvem, fa-
zendo movimentos de varredura, dentro dos limites do material em chamas.
d) Duração da descarga
Depende do regime de aplicação imposto pelo operador e da capacidade da
carreta.
e) Alcance do jato
De 6 a 14 metros.
f) Operação
f.1) Carreta de pressurização indireta
1º) Levar a carreta até uma
distância segura do fogo (5
metros ou mais) e a favor do
vento;
2º) O auxiliar abre o registro do
cilindro de pressurização,
rompendo o lacre e o chefe
da linha estica a mangueira
rígida e se posiciona a pelo
menos 5 metros do fogo;
3º) O chefe da linha efetua um
disparo para testar o equipa-
mento;
Figura - 278
124/152 Aptl 92-00/2020
b) Funcionamento
Ocorre com o acionamento da válvula de disparo, que libera o dióxido de car-
bono, que está sob pressão, através do tubo sifão. Após passar pela peça chamada “quebra-jato”
(que reduz a força de reação provocada pela saída do gás sob pressão de maneira violenta, per-
mitindo ao operador manter o controle direcional), o CO2 percorre a mangueira rígida e entra
no difusor, por onde é liberado. O difusor permite
a aplicação do CO2 de maneira suave, uniforme
e compacta.
Nos aparelhos de maior capaci-
dade, é necessário abrir a válvula de liberação do
CO2 (Fig. 280) para depois acionar a válvula de
disparo.
c) Aplicação
O CO2 deve ser aplicado a fa-
vor do vento, a uma distância inicial de aproxima-
damente 2 a 3 metros do fogo, para dar condições
de formar a nuvem abafadora. O operador deve
avançar à medida que o fogo for sendo apagado,
ajudando na formação dessa nuvem, fazendo mo- Figura - 281
vimentos de “varredura” com o difusor, dentro dos limites do material em chamas.
d) Duração da descarga
Depende do regime de aplicação imposto pelo operador e da capacidade da
carreta.
e) Alcance do jato (com efici-
ência)
De 1,50 a 3 metros.
f) Operação
f.1) Carreta sem registro
de liberação do CO2
1º) Levar a carreta até uma
distância segura do fogo
(3 metros ou mais) e a fa-
vor do vento;
2º) O auxiliar retira o pino
de segurança, rompendo Figura - 282
o lacre e o chefe da linha
estica a mangueira rígida
e empunha o difusor através do punho (Fig. 282);
3º) A comando do chefe da linha, o auxiliar aciona a válvula de disparo, rea-
lizando um teste de operação;
4º) O chefe da linha inicia o combate a partir de 2 a 3 metros de distância,
aplicando o CO2 de modo que a nuvem envolva a base do fogo, movimen-
tando o difusor (varredura), dentro dos limites do material em chamas,
avançando à medida que for apagando o fogo; e
5º) O auxiliar movimenta a carreta conforme solicitação do chefe da linha
(avançar / recuar).
126/152 Aptl 92-00/2020
Figura - 284
Aptl 92-00/2020 127/152
Figura - 285
Figura - 286: CCI AC-3 com 2 P-50 Figura - 287: P-50 com 3 0m de
mangotinho
Figura - 290
130/152 Aptl 92-00/2020
Dentre outros critérios estabelecidos pela NBR 9443, o extintor deve ser capaz
de apagar os seguintes princípios de incêndio padronizados em engradados de madeira:
1,75 m
Figura - 292
18 m
12 m
9m
5m
4m
1,75 m
Figura - 293
Após o teste, o aparelho extintor receberá o designativo numérico referente ao
teste em que obteve a aprovação, seguido da letra “B”.
2.1.16.1.3 Teste de Capacidade Extintora Para Classe C
Os critérios para testar a condutibilidade de eletricidade em aparelhos extintores
estão fixados na NBR 12.992/93. Após os testes, os aparelhos extintores são aprovados ou re-
provados. Os aprovados receberão apenas a letra “C” na referência de sua capacidade extintora.
2.1.16.1.4 Unidade Extintora
Para que se constitua uma unidade extintora, cada tipo de extintor portátil deve
possuir a capacidade extintora mínima conforme descrito abaixo:
a) Carga d’água: um extintor com capacidade extintora de, no mínimo, 2-A;
b) Carga de espuma mecânica: um extintor com capacidade extintora de, no
mínimo, 2-A : 10-B;
c) Carga de Dióxido de
Carbono (CO2): um extintor com capa-
cidade extintora de, no mínimo, 5-B : C
(Fig. 294);
d) Carga de Pó BC: um ex-
tintor com capacidade extintora de, no mí-
nimo, 20-B : C;
e) Carga de Pó ABC: um
extintor com capacidade extintora de, no
mínimo, 2-A : 20-B : C;
f) Carga de compostos ha-
logenados: um extintor com capacidade
extintora de, no mínimo, 5-B : C.
Figura - 294
132/152 Aptl 92-00/2020
➢ Ato de terceiro doloso = Ocorre quando a pessoa age com intenção (ou má fé)
de provocar o acidente.
Este conceito abrange os atos dolosos que atingem o trabalhador provenientes da
relação de emprego, tais como os casos de sabotagem, ofensa física levada a cabo por compa-
nheiro de serviço ou terceiro, resultante de disputa originada na prestação de serviço.
Estão excluídos os atos dolosos contra o empregado, praticados por terceiros ou
por companheiros de serviço, não originados de disputa relativa ao trabalho. Assim, o ferimento
sofrido por um empregado, no local e horário de trabalho, ocasionado por outro colega de servi-
ço, com origem em questão de ciúme ou mesmo de discussão sobre o futebol, não se caracteriza
como acidente do trabalho.
3.1.1.5.2 Força Maior
A caracterização de acidente do trabalho inclui as lesões oriundas de força maior,
desde que ocorrido em horário de trabalho.
Entende-se como força maior os acontecimentos relacionados a fatos externos,
independentes da vontade humana, que impedem o cumprimento das obrigações. Esses fatos
externos podem ser ordem de autoridades, fenômenos naturais (raios, terremotos, inundações,
incêndios, etc.) e ocorrências políticas (guerras, revoluções, etc.). conforme descrito no art. 393
do Código Civil.
3.1.1.5.3 Acidente Fora do Local e Horário de Trabalho
Além do acidente do trabalho caracterizado pelas causas acima enunciadas e
além do acidente de trajeto, sobre o qual já foram tecidas considerações, o legislador considera
como acidente de trabalho o sofrido pelo trabalhador mesmo fora do local e do horário de tra-
balho, quando ocorra no cumprimento de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade
da empresa. Ou, ainda, quando seja espontaneamente prestado o serviço para evitar prejuízo à
empresa.
Quando o empregado se acidentar realizando uma viagem a serviço da empresa,
estaremos diante de um acidente de trabalho, qualquer que seja o meio de condução utilizando
ainda que seja de propriedade do empregado.
3.1.2 INCIDENTE DO TRABALHO
É toda e qualquer ocorrência não desejada, que modifica ou interrompe o anda-
mento normal de qualquer tipo de atividade, porém não gera ferimentos ou danos materiais.
Alguns chamam de “quase acidente”.
Exemplo: Um bombeiro, ao subir rapidamente numa escada prolongável carre-
gando um machado, escorrega o pé de um degrau e dá um grande susto na equipe ao tentar equi-
librar-se na escada, não permitindo a queda do machado. Ao restaurar seu equilíbrio, continuou
a subida. O incidente tem um grande potencial de se transformar num acidente do trabalho.
3.1.3 TEORIA DE HEINRICH (TEORIA DOMINÓ)
Entre os vários estudos desenvolvidos no campo da segurança do trabalho, en-
contramos a teoria de Heinrich. Ela mostra que o acidente e, consequentemente, a lesão são
causados por fatores contribuintes anteriores ao acidente e que este ocorre porque o homem não
se encontra devidamente preparado e comete atos inseguros, ou então existem condições inse-
guras que comprometem a segurança do trabalhador. Portanto, os atos inseguros e as condições
inseguras constituem os fatores principais na causa dos acidentes.
Heinrich imaginou, partindo da personalidade do trabalhador, demonstrar a ocor-
rência de acidentes e lesões com o auxilio de cinco pedras de dominós (Fig. 295); a primeira
representando a personalidade; a segunda as falhas humanas no exercício do trabalho; a terceira
as causas de acidentes (atos e condições inseguras); a quarta, o acidente e a quinta, as lesões.
Desde que não se consiga eliminar os traços negativos da personalidade, surgi-
rão em consequência, falhas no comportamento do homem no trabalho, de que podem resultar
Aptl 92-00/2020 135/152
atos inseguros e condições inseguras, as quais poderão levar ao acidente e as lesões. Assim,
tombando a pedra “personalidade” ela ocasionará a queda, em sucessão de todas as demais.
Considerando-se que é muito difícil modificar a personalidade do trabalhador,
deve-se tentar eliminar as causas de acidentes (atos inseguros e condições inseguras).
➢ Eletricidade
3.1.5.2.2 Atoleiro
Terrenos que impedem o deslocamento do veículo de emergência (Fig. 307).
3.1.6.1.4 Ingestão
Representa apenas uma via secundária de entrada de tóxicos no organismo, já
que nenhum trabalhador ingere, conscientemente, produtos tóxicos.
Isto pode acontecer ao engolir contaminantes que podem ficar retidos na parte
superior do trato respiratório ou falar após respirar substâncias tóxicas.
Alguns casos de ingestão acidental podem acontecer, como comer, beber, fumar
com as mãos contaminadas, ou mesmo, guardar produtos em embalagens não originais, que
podem ser confundidas com alimentos ou bebidas.
Quando ingeridos, os agentes contaminantes podem causar danos na boca, fa-
ringe, esôfago, estômago e intestino. Podem ser absorvidos pelo sangue e serem transportados
para atacar diferentes regiões do organismo.
3.1.7 ESTABELECIMENTO DE UM TRABALHO SEGURO
3.1.7.1 Análise de Segurança
É o meio pelo qual os profissionais desta área, conseguem realizar o levanta-
mento das informações necessárias dos diversos tipos de serviços a serem realizados, para que
sejam implantadas medidas preventivas, evitando assim, possíveis acidentes.
Numa situação de emergência, os bombeiros possuem pouquíssimo tempo para
avaliar o cenário, definir e estabelecer os procedimentos operacionais seguros, e iniciar o traba-
lho. Daí a grande importância dos bombeiros possuírem uma mentalidade de segurança.
A Análise de Segurança possui os seguintes objetivos:
• Identificar e eliminar as condições inseguras (deficiências técnicas e riscos
ambientais) e eliminar os riscos. Na impossibilidade da eliminação, o profis-
sional de segurança deve alertar a equipe, tentar reduzir os riscos, propor a
utilização de EPI e estabelecer procedimentos para a realização do serviço;
• Identificar a possibilidade de realização de atos inseguros. Uma vez identi-
ficado, deve-se tentar estipular outros meios para a execução do serviço de
maneira mais segura. Na impossibilidade, estabelecer meios para tornar a
execução mais segura;
• Implantar métodos operacionais seguros;
3.1.7.2 Fiscalização de Segurança
Após a realização da Análise de Segurança e estabelecido os métodos operacio-
nais seguros, o trabalho está pronto para ser iniciado. Porém, deve ser destacado um bombeiro
experiente (geralmente o Chefe de Equipe) para fiscalizar o cumprimento das medidas de pre-
venção e normas de segurança durante a realização do trabalho.
3.1.8 ATIVIDADES RELATIVAS A UM ACIDENTE OU INCIDENTE DO TRABA-
LHO
3.1.8.1 Análise da Ocorrência
Todos os acidentes e incidentes do trabalho são importantes e devem ser anali-
sados.
A análise da ocorrência é a maneira pela qual os profissionais de segurança pes-
quisam informações, estudam e pesquisam as causas dos acidentes e incidentes ocorridos e
propõe medidas corretivas.
O profissional que estiver analisando um acidente não deve permitir que a gra-
vidade de uma lesão sofrida pelo trabalhador subestime o acidente ocorrido, direcionando a
investigação somente para a lesão, que é apenas uma das consequências de um acidente. O
motivo que levou o trabalhador a sofrer o acidente deve ser o principal objetivo da análise.
Exemplo: Um trabalhador cai e fratura a perna. O acidente é a queda e a fratura
148/152 Aptl 92-00/2020
é a lesão.
A investigação deve ser conduzida para descobrir quais fatores levaram o traba-
lhador a sofrer a queda.
3.1.8.2 Confecção de Relatório da Análise da Ocorrência
O relatório de análise da ocorrência é um documento destinado a registrar as
informações colhidas e identificadas durante a realização da análise da ocorrência.
Ao final da análise de ocorrência, as falhas e as deficiências estarão identificadas.
Então, deverá ser confeccionado o relatório contendo a análise dos fatos ocorridos e propostas
para adoção de medidas e procedimentos para que situações semelhantes não tornem a aconte-
cer.
O relatório de análise de ocorrência é um documento que deve conter, no míni-
mo, os seguintes dados:
➢ A fonte do acidente ou incidente;
➢ Os dados da vítima (se houver);
➢ Natureza da lesão (se houver);
➢ O encarregado da missão;
➢ Testemunhas;
➢ Descrição minuciosa da atividade que estava sendo realizada quando ocorreu
o acidente;
➢ Se o acidentado estava utilizando EPI;
➢ Outros dados que sejam necessários; e
➢ Proposta de medidas e procedimentos seguros para realização do trabalho.
3.1.9 CONSEQUÊNCIAS DO ACIDENTE DO TRABALHO
3.1.9.1 Prejuízos para o Trabalhador
➢ Sofrimento físico;
➢ Incapacidade para o trabalho;
➢ Indenização de máquinas e equipamentos danificados.
3.1.9.2 Prejuízos para a Empresa
➢ Perda de mão de obra especializada que, em muitos casos, é de difícil repo
sição;
➢ Imagem comprometida com as autoridades e com a comunidade;
➢ Gastos com primeiros socorros;
➢ Tempo perdido para socorrer o acidentado e comentários;
➢ Danificação ou perda de máquinas, ferramentas, matérias primas, etc;
➢ Atraso na entrega de produtos e serviços, e descontentamento de clientes.
3.1.9.3 Prejuízos para Família
➢ Desamparo à família (financeiro, proteção, etc);
➢ Sofrimento emocional.
3.1.9.4 Prejuízos para a Comunidade
➢ Perda permanente ou temporária de elementos produtivos;
➢ Mais dependentes do INSS;
➢ Aumento das taxas de seguro e impostos;
➢ Aumento do custo de vida.
Aptl 92-00/2020 149/152
150/152 Aptl 92-00/2020
REFERÊNCIAS
BRASIL. Policia Militar do Estado de São Paulo. Corpo de Bombeiros. Manual de Fundamentos
de Bombeiros - 2ª Edição: [São Paulo], 2006.
BRASIL. Policia Militar do Estado de Minas Gerais. Corpo de Bombeiros. Manual de Atividades
de Bombeiros.
BRASIL. Centro de Instrução de Adestramento Aeronaval. Combate a Incêndio.
BRASIL. Comando da Aeronáutica. Escola de Especialistas de Aeronáutica. Apostila Teoria
Contraincêndio - Módulo II. Guaratinguetá, 2000.
BRASIL. Comando da Aeronáutica. Base Aérea de São Paulo - Companhia Contraincêndio.
Manual de Fundamentos dos Bombeiros da BASP.
REVISTA BOMBEIROS EM EMERGÊNCIAS. Edições nº 5 e nº 8 - São Paulo.
Aptl 92-00/2020 151/152
Anexo A - GLOSSÁRIO
ÁLCALI: Também chamada de base, é qualquer substância que libera única e exclusivamente
o ânion OH– (íons hidroxila ou oxidrila) em solução aquosa. Soluções com estas propriedades
dizem-se básicas ou alcalinas. Os álcalis possuem baixas concentrações de ions H+ sendo con-
siderado alcalinas as soluções que têm pH (Potencial de Hidrogênio) acima de 7. Desse modo
os álcalis são considerados fortes quando estiverem próximos do 14 da escala de pH (escala
varia de 0 a 14). Possuem sabor adstringente (ou popularmente, cica) e são empregadas em
produtos de limpeza, medicamentos (antiácidos) entre outros. Muitos álcalis, como o hidróxido
de magnésio (leite de magnésia) são fracas e não trazem danos. Outras como o hidróxido de
cálcio (NaOH ou soda cáustica) são corrosivas e sua manipulação deve ser feita com cuidado.
Quando em contato com o papel tornassol vermelho apresentam a cor azul-marinho ou violeta.
ANTECÂMARA (Instrução Técnica nº 3 do CBESP): Recinto que antecede a caixa da esca-
da, com ventilação natural garantida por janela para o exterior, por dutos de entrada e saída de
ar ou ventilação forçada (pressurização).
ÁREA DE REFÚGIO (Instrução Técnica nº 3 do CBESP): Local seguro que é usado tempora-
riamente pelo usuário, acessado através de saídas de emergência de um setor ou setores, ficando
entre este(s) e o logradouro público ou área externa com acesso aos setores.
ARGAMASSA PROJETADA: Produto destinado à proteção de estruturas metálicas que não
estejam aparentes, como vigamentos ocultos sobre forros ou pilares com acabamentos arquite-
tônicos. É constituída por fibras minerais com espessuras variáveis, de acordo com o grau de
proteção pretendido. Dependendo da espessura da aplicação, oferece proteção entre 30 a 240
minutos de exposição ao fogo. Sua aplicação é realizada através de uma máquina de aplicação
de fibras do tipo bomba ou turbina.
ARGAMASSA DE ALTA DENSIDADE: Produto destinado à proteção de estruturas metáli-
cas localizadas em ambientes externos ou em áreas internas sujeitas a abusos mecânicos.
BALCÃO OU SACADA (Instrução Técnica nº 3 do CBESP): Parte de pavimento da edifi-
cação em balanço em relação à parede externa do prédio, tendo, pelo menos, uma face aberta
para o espaço livre exterior.
CARGA DE INCÊNDIO (Instrução Técnica nº 3 do CBESP): Soma das energias caloríficas
possíveis de serem liberadas pela combustão completa de todos os materiais combustíveis con-
tidos em um espaço, inclusive os revestimentos de paredes, divisórias, pisos e tetos.
CONCRETO PROTENDIDO: Método de introdução de concreto sob um estado prévio de
tensão numa estrutura, de modo a melhorar sua resistência ou seu comportamento, sob ação de
diversas solicitações.
ESCADA ENCLAUSURADA (Instrução Técnica nº 3 do CBESP): Escada protegida com
paredes resistentes ao fogo e portas corta-fogo.
ESCADA ENCLAUSURADA A PROVA DE FUMAÇA (Instrução Técnica nº 3 do
CBESP): Escada enclausurada cujo acesso é por antecâmara enclausurada, ou por local aberto,
de modo a evitar a penetração de fogo e fumaça na área da escada.
ESCADA NÃO ENCLAUSURADA OU ESCADA COMUM (Instrução Técnica nº 3 do
CBESP): Escada que embora possa fazer parte de uma rota de fuga, comunica-se diretamente
com os demais ambientes como corredores, “halls” e outros, em cada pavimento, não possuindo
portas corta-fogo.
MANTAS DE FIBRAS MINERAIS: Mantas de fibras minerais, de espessura variável de
acordo com o grau anti-chamas desejado, resistente por 60 a 180 minutos contra o fogo, utili-
zadas para a proteção de estruturas de edificações já em funcionamento, onde não é possível a
projeção de argamassas.
MATERIAIS DE ACABAMENTO (Instrução Técnica nº 3 do CBESP): Produtos ou subs-
tâncias que, não fazendo parte da estrutura principal, são agregados à mesma com fins de con-
forto, estética ou segurança.
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