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1.
SUPOSTAS TENDÊNCIAS TOTALITÁRIAS rk*
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"A
Constituição de 1937 foi acusada de tendências totalitárias.
fr Essa argüiçâo náo tem fundamento. Fizeram-se a respeito muitas con- *
' * ' \it propositadas, com o simples objetivo de exploração política. Os regi-^ - IP* r*d .a
m
mes totalitários têm fundamentos doutrinários e estrutura inteiramente
diferentes do instituído pela Constituição de 37, Para não nos alcn-
garmos num exame completo que a oportunidade não comporta, basta
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lembrar' que nos regimes totalitários o Estado monopoliza tudo absor- :'¦¦
'¦.'--''.""" -
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1i
PENSAMENTOS DE GETÜLIO VARGAS
"Precisamos
pôr em execução um plano completo de sanea-
mento rural e urbano, capaz de revigorar a raça e melhorá-la
como
capital humano aplicável ao aproveitamento inteligente das nossas
condições excepcionais de riqueza." ("A Nova Política do Brasil" —-
>•' ^ Vol. II, pág. 117).
"Por
•
maiores que tenham sido as transformações trazidas
pelo pro-
gresso mecânico dos métodos de faxer a guerra, o elemento humano
C/°/!hliUÍ sendo tão imP°r*ante como o aparelhamento material." —
'}'"¦'¦''.'ÀA. ¦'¦',-' '-¦'¦ - (Nova Política do Brasil — Vol. VIII,
pág. 231).
bbbr
"Se
o governo solveu os partidos políticos,
encerravam porque eram forcas
que sua atividade nos limites dos Estados, não
mitir, também, que elementos estranhos, vindos poderia per-
de fora, procurassem
perturbar a tranqüilidade das populações coloniais, tentando arrastá-las
°^?n.,Zf,"las
!da Pátria. — p"a ° «e«icio de atividades contrárias aos interesses
(Nova Política do Brasil, Vol. VII,
pág. 197).
Ir
"A nossa
tarefa de povos jovens consiste em sanear, educar,
*2d7 °S povoar,
concnidat,á<* " vantagens e os benefícios da
IíaTJTv
vida civilizada." — ?«SaSOk,
("A Nova Política do Brasil" — Vol. IX,
pág. 28).
*
"Já
adquirimos bastante experiência,
lx*i7sr*m -(Nova
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para não acreditarmos no
*"""*"•" Poii-
.' ;• .'
sttaSítw,
tetichismo das formulas, e reconhecermos
que o bem público não deve
•
xiSHi v ¦¦:-';
. num «ruP° S0cjal ou nacional a
1!!?l,jndo produção deixa ia ser
de utilidades para ser de mercadorias somente, sobrevêm
inevitavelmente f
desequilíbrios profundos, de conseqüências fatais
mar.
porque a
para a ordem social
parte maior desse grupo passará a sofrer restrições e necessi- II
pronunciado em L° de mai0 d« '944, em São
s
' '. ,
Pauto) rS°
"Nenhum
•
sacrifício, nesta hora grave, será bastante; nenhuma
vi-
gilancia excessiva para a defesa da nossa bandeira, do nosso
nossas tradições." — (Nova Política do Brasil — idioma das
Vol. VI pág 74)
*
"É
indispensável estarmos preparados para tudo e aptos
race, com exper.enca a fazer
ampla, às exigências dos movimentos de
defesa
quaisquer que sejam o teatro e as formas de operação." —
litica do Brasil — Vol. (Nova Po-
VII, pág. 258).
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OFICINAS GRÁFICAS DE «A NOITE"
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DO BRASIL:
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à frente do go- -
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2 CIÊNCIA POLÍTICA
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' momento em que o país se encaminha para rumos novos, e possível-
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mente mais amplos, óom a reestruturação das suas iniciativas há-
sicas.
/á fiz a minha parte na grande tarefa de mobilizar, para o en-
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grandecimento comum, as forças criadoras da nacionalidade. Ultu u'
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mada a recomposição política e reajustados os quadros governamen- /
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legalmente a recomendação do Tratado de Versalhes, que preconi-
zâva a jornada de oito horas. Além dos dispositivos esparsos da lei
y civil e cofnèrcial sobre aviso prévio e o contrato de locação de semi-
ços, somente, a lei que criou as caixas de aposentadoria e pensões para
os ferroviários e portuários e a de acidentes, de 1919, podem ser con-
siderados legislação trabalhista. Nada mais existia de sério, mesmo
porque, na mentalidade dós políticos de então, muitos dos quais
hoje se apresentam como campeões da democracia
para disputar as
: simpatias populares, as reivindicações do proletariado não
"casos passa-
, vam de de policia", que se resolviam nas prisões e deporta-
çoes sumárias.
Vitoriosa a revolução de 30, uma das primeiras iniciativas do
governo foi a criação- do Ministério do Trabalho. Isso por si só de-
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prole do trabalhador.
Sobre tudo isso se legislou de 1930 a u^j, formando um corpo
completo de leis, que pode servir ê jà serve de
padrão a outros po-
vos que ainda não conseguiram implantar definitiva e
pacifica-
mente, nas suas relações de vida, os
postulados da justiça social.
A obra executada comporta ampliações que já se acham em
exame, aproveitando-se a experiência adquirida. O Ministro Mar-
condes Filho, com a invulgar atenção que dedica aos assuntos de
sua importante pasta, estuda presentemente a forma de melhoria
dos salários, tendo em vista as necessidades atuais e o custo da vida
em cada região. Para tanto basta aplicar a legislação em vigor
que 7 ¦ . :. ¦ .:'''¦¦-
patrió-
CMSNCIA POLÍTICA
esperar.
Com os preliminares da reforma institucional e a próxima pro-
mulgação da lei eleitoral, que vai dar ao país os meios de escolher
livremente os delegados da sua confiança, surgirá a oportunidade
de apurar democraticamente os legítimos valores nacionais. O povo
há de preferir, por certo, os que trabalham aos que vivem parasi*
iàriamente, os que realizam aos que fazem a campanha do "contra"
por esperteza ou incapacidade.
A. demagogia profissional e a agitação facciosa dos saudosistas
do poder não conseguiram, apesar do destempero de linguagem e
atitudes, impressionar a opinião publica, que não se ilude mais com
os processos do sensacionalismo jornalístico, nem se mostra disposta
a tolerar os excessos de licenciosidade política. O pronunciamento
das urnas virá liquidar esses remanescentes de mentalidade retar-
dada e do partidarismo provinciano, que parecem haver adormeci-
do em 1930 e despertado em 1945, usando os expedientes desmora-
lizados, os truques e os chavões de propaganda eleitoral da velha
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CIÊNCIA POLÍTICA 5
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progrediu considera-
velmente nos últimos anos, que a receptividade do
povo é bem
outra, o ambiente diverso e os tempos muito diferentes daqueles
em que os grupos oligárquicos faziam do ¦
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I
XX-
mos escorchantes, empobrecendo-o cada vez mais e empurrando-o >„¦!:•> :
são os
nossos títulos de confiança"pública; essa é a situação excepcional '.'"',"V.>. ¦ -
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que criamos para a nossa Pátria e que ninguém pode ter a ousadia,
o desplante de menosprezar e denegrir. Mas essa obra é também do 1
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"
6 CIÊNCIA POLÍTICA
^X.j.
I
... >"' atribuem ao Governo tendências totalitárias, ter sido esse mesmo
¦ ¦
Governo que colocou o "fascismo" fora da lei muito antes de defla-
grar a guerra mundial, que preparou o país para a defesa contra a
agressão "nazi-fascista" e o conduziu, mais tarde, aos compromissos
com as Nações Aliadas, Os nossos atuais acusadores se esquecem de
que, mesmo antes de sermos agredidos e levados à beligerância, já
mantinhamos estreita cooperação politiça, econômica e militar com
os Estados Unidos, fornecendo-lhes materiais estratégicos e
permi-
tindo-lhesutilizar as nossas bases aero-navais do Nordeste. E tal
contribuição foi proclamada de grande valia
pelos próprios aliados
e se fortaleceu ainda mais com a nossa participação na campanha
antusubmarim, na organização de comboios e finalmente com a
presença dos heróicos soldados brasileiros na frente de batalha da
Europa, onde combatem com demonstrações dê eficiência e deste-
mor à altura das nossas gloriosas tradições militares, Mas enquanto
assim procedíamos e ainda procedemos, fiéis aos compromissos e às
deliberações das conferências internacionais em
que tomamos par-
te, que faziam muitos dos que agora se arvoram em
•V'" .'•.'.¦"'' paladinos e
máximos defensores das conquistas democráticas?
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pondo soluções para os magnos problemas do país, entregam-se à ¦; ¦'" ...' ¦.'**!7 ;.,.:
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der. Como não se apoiam em idéias, como não têm
programa de
ação pública, adotam os processos fáceis e
gastos da turbulência ¦
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8 CEÍNCIA POLÍTICA
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CIÊNCIA POLÍTICA
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Eorça Expedicionária Brasileira, -
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proclamam os patriotas.
Mas, na flutuação e na fragmentação desses super-
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uem o vê pela primeira vez, - logo lhe sente, na fisionomia,
çte traços- dmcndtdos. de pele seca, de linhas quase ascéticas - a
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2
10 CIÊNCIA POLÍTICA
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A boca apertada, de lábios finos, apenas perceptíveis; a expres-
são simples, mas retraída; o olhar sem arrogância, mas franco e aten-
to; o porte modesto, despido de falsos garbos militares, o sorriso
- -.- súbito, — generoso e compreensivo; a educação requintada; o pra-
zer discreto da convivência e da cortezia; o respeito e a considera-
ção pelo interlocutor; a amizade solícita e a lealdade para com os
amigos; — quem se aproxima do General Eurico Gaspar Dutra e
quem penetra nos meandros da sua psicologia, — se apercebe, sem
esforço, — que este homem possui as virtudes que fazem do soldado
um arquétipo dos seus pares, e que fazem do civil um cavalheiro,
um gentleman, um fidalgo.
Fardado, na labuta dos deveres do seu posto, é um general
autêntico, e a sua presença impõe a disciplina, a construção, a or-
dem; à paisana, - como um civil, - num círculo social, - espalha
vi - -X.,
'; '.¦ .¦'¦x ¦¦¦''.x:a- a simpatia, atrai o interesse, suscita a cordialidade.
Nele se fundem, dessa forma, as forças morais
que elevam o
soldado e o civil; pode ser, assim, ao mesmo tempo, ou sucessiva-
mente, uni militar, de vigorosa capacidade de comando, e ser
um cidadão de insuperáveis virtuosidades pode
gregárias.
É realmente, bastante enérgico, para impor a sua vontade e
comandar; e tem a modéstia, a despretensão, a simplicidade a
que
vida civil exige, para que os homens de valor sejam simultânea- •
:<.'
mente superiores, desejados e obedecidos.
«
III
CIÊNCIA POLÍTICA 11
% :f
duo; ou foram depostos/despidos das insígnias do mando e depor-
tados; um deles, foi o Sr. Artur Bernardes; Outro, foi o Sr. Wash-
irigton Luís.
Mas, um presidente que além da força e da autorida-
possuía,
de, - as nobres e pacientes virtudes do coração; era, a uma só
que
vez, enérgico e bom, - destemeroso e apaziguador, - conseguiu
vernar o seu país com o aplauso, o louvor e a cooperação go-
de todas
as classes sociais, ainda mesmo os sempre se mostraram mais
que
ciosos de prerrogativas e franquias democráticas; esse homem
foi
Getúlio Vargas.
Com a desordem civil gritando às do Palácio; colocado
em seguida nas ante-vésperas da portas
guerra mundial; depois arcando
com as responsabilidades do
país em guerra, - o grande presidente
precisou, sob o beneplácito e a garantia das classes armadas - de
suspender o exercício de algumas liberdades, - especialmente
Ias de que se alimenta e de aque-
que se fortalecem a demagogia e a desor-
dem civil: a liberdade de imprensa, a liberdade de
a liberdade de reunião, - cada uma e todas, na pensamento e
esfera estritamente
política.
Mas, que vimos, então?
_ Os brasileiros compreenderam os imperativos
inexoráveis da
hora; os homens de espírito, os intelectuais,
os escritores, os pro-
tessores, na sua imensa maioria, se submeteram
às exigências que
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12 CIÊNCIA POLÍTICA
.f.'iík ¦..&¦¦. Yv'v
Í| ¦'. :
Essa continuidade será uma alavanca do seu governo; sob esse
signo, levará adiante, concluirá, muitos dos extraordinários em-
preendimentos que Getúlio Vargas não pôde ver definitivamente
ultimados; com essa bandeira congregará, em torno de seu nome
e da sua personalidade, a imensa massa de trabalhadores, de agri-
cultores, de industriais, que tinham no pensamento e na ação de
Getúlio Vargas o seu estímulo e a sua garantia.
;' VI
%
Para levar a efeito esses empreendimentos, que já estão esbo- íi
.. vn . ,
Mas, a obra governamental de Eurico Gaspar Dutra não fica-
rá, não poderá ficar enclausurada, sem horizontes e sem iniciativas
próprias, numa simples repetição ou numa acanhada emulação do
passado.
. ": r
CIÊNCIA POLÍTICA 13
VIII
rem; é que esses problemas nem sempre serão tão novos, que não
possam caber na compreensão dos critérios gerais, já formulados,
na hora presente.
A Constituição de 10 de novembro por exemplo; a nossa legis-
lação social; a nossa política inter-americana, ~ tais como Getúlio
• t,
14 CIÊNCIA POLÍTICA
Mas, sob esse aspecto, não tenhamos dúvidas: o Brasil não será
¦
¦
¦ decepcionado: o General Eurico Gaspar Dutra é um dos oficiais
mais talentosos e mais brilhantes
que jamais honraram as forças
armadas do país,
A sua modéstia, o seu retraimento, a sua moderação, -
em
suma - o seu equilíbrio, lhe torna odiosa toda e
arrivista, bovárica, sublimada. qualquer atitude
O seu horror ao cabotinismo, à ostentação, aos lances
tescos e espetaculares, corre quicho
parelhas com a profunda consciência
que tem das responsabilidades e dos deveres que lhe incumbem
Não se conhecem, por isso, episódios notáveis, eloqüentes
lhantes, da vida de Eurico Gaspar Dutra, como homem bri-
de talento
E, contudo, a sua carreira, na vida militar, está assinalada
uma serie excepcional de acontecimentos por
que encheriam de oreu-
llio e de gloria a qualquer outro soldado desse valor à publici-
dade e as aclamações da turba. que
Quantos andam por aí, dentro e fora do Exército, com menos
credenciais do que êle, mas, apesar disso, com maior
fama com
maior aplauso, com maior reclamo nas
gazetas. ..
t que Eurico Gaspar Dutra não de falar de si; as entre-
vistas pouco interesse lhe suscitam; não gosta
quis ser jamais um orienta-
dor teimoso da opinião; e à auto-valorização,
indiretos, - preferiu, em por meios diretos ou
qualquer oportunidade, essa vida quase
obscura quase desconhecida,
quase anônima, de um soldado total
que se levanta, diariamente, às 4 horas, e mergulha no quartel
1101,C que
eStudar' resoIver e Praticar as
ír.n!'
que ? TtC' a
interessam, a fundo, questões
sua profissão e os seus misteres
X
Para
tara que se analise o valor de Eurico - como
homem de inteligência, e Gaspar Dutra,
para que se perceba como soube, - numa
¦m
CIÊNCIA POLÍTICA , 15
XI
XII
r'-r
"Nunca apelei em vão
para o seu concurso e êle r
¦A-
': A-': i,
fA.
|
"Inteligência de
primeira ordem. Compreende rà-
pidamente, concebe com presteza e executa com rapi-
dez. Enérgico, calmo e trabalhador, além disso muito
instruído. Poderá ser empregado em qualquer lugar e -'¦
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em qualquer circunstância."
¦-"¦¦'..'•¦- ?rfi.í.i
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e patriotismo à grande obra em que estamos empenha- ¦ ¦ ¦'. >'¦ ¦•'¦ '.
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¦ -¦!
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rara competência, ilustração, tato é tenaci- ¦¦ •-¦. '."¦1^-^:'%-. Mi
¦'¦-¦•...Sf
dade, trabalhou incessantemente, em defesa da ordem ¦ ¦
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Em 1929, o General lasso Fragoso tornava a elogiá-lo; ¦;.Y-'¦¦"'" .-
.¦;.,.l»-fíM;S: >.l
"...Sobejam-lhe conhecimentos da
profissão e tra- ¦•.;:.<
3
18 I
• CIÊNCIA POLÍTICA
,.,....•;¦'.'•
"Atitudes e exemplos
tais merecem ser imitados
por todos quantos se achem investidos de qualquer par-
cela de comando."
'¦
"envio abraço
ao Coronel Dutra, cujo valor dia a
dia mais recomenda e eleva as suas virtudes militares."'
CIÊNCIA POLÍTICA 19
-. ¦¦
.,¦¦.¦ .¦ .--.,:...-
¦
¦
Por fim, — nao resistimos ao interesse de citar esta ordem do ¦ ':':-'; 7 ''¦¦.
¦ 7
"...A
¦¦'P:' -~i>- s
cito, seja qual fôr o prisma por que fôr encarado. Des- 7
velado na instrução, cioso das suas prerrogativas de co-
mando, principalmente no ponto de vista disciplinar, "¦..'- . '
•*• 7-7-'." ¦?¦
-
¦'".:¦ ".7;^f
:P
s-, ¦¦*-:..yyytl
lenda, o tipo do Chefe que nunca erra o verdadeiro
rumo que deve imprimir à situação da tropa cujo co-
mando lhe fôr confiado. Se os benéficos exemplos que
rem disseminando entre os seus subordinados, encon-
iranclo ambiente apropriado, frutificarem, e que estes,
honrando ao mestre, criarem novos prosélitos, estou certo
'-
que não tardará o dia em que teremos o Exército que P 1
almejamos, um Exército com a consciência plena de
sua finalidade/*
Detentor dessas virtudes, senhor desse prestígio, com essa fama, $¦iy'
es-sa estima e essa tradição, entre os seus camaradas, — o General
Eíifico Gaspar Dutra foi nomeado Ministro da Guerra em 1936.
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20 CIÊNCIA POLÍTICA
*m0*^mtj**ÊÊm*mM0tQl %
XIV
V
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CIÊNCIA POLÍTICA 21
xv ./-•". "'íSWí-iífc.
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do, saiba ver e fundir os interesses da defesa da Pátria com os in^ ¦¦.'..^k*\-sy?í
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CIÊNCIA POLÍTICA 23
ii»iwiw">i**' ¦*!¦«* iMimWii.» ¦¦ ."¦ (•*mr+mjm<mmàMqm
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país de formação cristã, que jamais violou suas idéias religiosas e qtuc
jamais delas se afastou. ¦
para isso uma síntese topográfica) das várias regiões do país. Mostrou,
¦»
24 CIÊNCIA POLÍTICA
Y-yv' ¦ ,;
;éy.-
Getúlio Vargas na estrutura do ^Biteü", em que, depois de dizer que a
,»v
promulgação da Constituição de 1937 é uma demonstração cabal de que
o governo do Presidente Getúlio Vargas cogitou como nenhum outro do
problema verdadeiramente histórico da consolidação da unidade nacional,
afirmou que bastam três princípios constitucionais para demonstrar a
**•¦ ,V¦-..
« v..
YL
asserção: 1/, a unificação do Direito Processual — unidade jurídica; 2/,
Y^J^ry;.--.
organização pelo poder federal das forças públicas estaduais ¦— equilí-
brio de forças; 3/, fixação pelo poder federal das diretrizes educado-
nais —- unidade educativa. Concluindo seu magnífico trabalho, o orador
disse — "Propugnador da unidade nacional, é cie um grande papel bis-
tórico o governo do Presidente Vargas que deve ser considerado como
o de Lincoln nos Estados Unidos, — o verdadeiro consolidador da uni-
dade nacional.''
Ocupou, após, a tribuna, o Dr. Eduardo Santos Maia, <jue discorreu,
com muita propriedade sobre o tema "A. função do DA SP no plano do
governo do Presidente Vargas'\ Principiou o orador por dizer, (pie há
uma relação de simetria que se exprime por uma fórmula cie proporção:
o DASP está para a democratização da burocracia nacional, assim como
o governo do Presidente Vargas está para a democratização dos hábitos
político-administrativos do povo brasileiro. Prosseguindo, afirmou que o
Presidente Vargas trouxe um grande programa democrático, consubstan-
ciando tôdas as aspirações do povo, proteladas há muitos anos. Para
exequi-lo, nuclçou em sindicatos e cooperativas os trabalhadores do país.
Codificou os seus direitos e obrigações, sobrepondo o Estado ao indivíduo
jrara que as leis fossem cumpridas, sem infcervemènckt dos interesses con-
trariados.. O Ministério do Trabalho e o DASP tornaram-se os órgãos
.prhnaciais da incumbência alevantada. Em outra
passagem de seu ótimo
trabalho, expressou o orador que, o plano democrático do governe do
Presidente Vargas se reflete na tarefa seletiva do DASP como o
perfil d«
uma árvore que ste debruça á borda de um lago. Ressaltou a função
pa-
triótica do DASP. abrindo as portas dos cargos públicos aos
jovens inte-.
ligentes do povo, e concluiu dizendo que este acabou com o feudalismo
burocrático, instituindo a democracia da inteligência nas repartições
públicas.
y Seguiu-se com a palavra o Dr. Sílvio Ernesto Çocchiarellj
"Getúlio que àbor-
"brasileiro'
dou o oportuno tema Vargas na gratidão do povo \,
em que ressaltou as grandiosas realizações do governo do Presidente Var-
gp, em todos os setores da atividade do país, — o que faz com que es-
teja na gratidão do nosso povo — pois que, disse, o candidato da Aliança
Liberal à sucessão presidencial do Sr. Washington Luís. cumpriu in-
tegralmente as promessas feitas em sua notável plataforma, lida na tarde
¦:b' * .
CIÊNCIA POLÍTICA 25
SfcK^
de 2 de janeiro de 1930, na Esplanada do Castelo. Em suas considera-
ções, frisou que o Presidente Vargas foi o renovador das íiossas classes
amnadas, possibilitando assim: que elas elevassem, na luta que acaba de
terminar, o prestígio do Brasil no cenário político internacional.
Falou, após, o acadêmico Washington Luís Campos, sobre o tema
"O momento
político .nacional", em cujo trabalho ressaltou a excelência
<la candidatura do General Eurico Gaspar Dutra à presidência da Re~
pública, como o homem capaz de continuar a obra admirável, de reali-
zações grandiosas, do Presidente Vargas, cujo programa seguirá, am-
pliando-o no que fôr de necessidade imediata da nação, como imposi-
ção da nossa ordem evolutiva, o que faz presumir, desde já, uma esma- •; ¦ 'Ir
dencia da Republica. f
...
êle sobre o tema "Os Generais do Exército nas crises políticas do país",
em cujo trabalho mostrou a atitude assumida pelos nossos generais pe-
rante a nação ao assumir a responsabilidade de transformações políticas,
detefido-jsé, especialmente, no estudo da fase republicana, e concluiu sua
•oração ressaltando os dotes morais e cívicos do candidato nacional à su-
prema magistratura do país.
! - ig&Mfiam i
Ji M.. .-.*.¦¦¦
26 CIÊNCIA POLÍTICA
<:'-'^>--':"':¦ ¦ ¦
j' ¦¦
"O
papel da mojcidade estudantil no momento político brasileiro", em
que ressaltou o dever da mocidade de estar vigilante na garantia da har-
monia e da paz, mantendo uma atitude serena e disciplinada para giaran-
ívt
*'. '¦ "-¦''¦
V1''
tia da unidade nacional.
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CIÊNCIA POLÍTICA 27
¦ -ila
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28 CIÊNCIA POLÍTICA
ppè
seus direitos estão plenamente assegurados. Deteve-se, ainda, na apre-
ciação da obra governamental de Getúlio Vargas no tocante às classes
armadas, mostrando, num contraste bem expressivo, a situação das nossas
forças militares, antes de Í930 e agora: naquela época inteiramente desa-
parelhadas, os oficiais,mal pagos, etc, e hoje, Exército Marinha e Aero-
.*y.-y ¦ .y ¦
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Presidencialismo e Democracia na Cons- /-:¦.¦
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tuição de 10 de novembro", como justa é a manifestação da nossa homé-
nagem na data aniversár.a da proclamação do regime republicano de 15 ' -'A-Ü*
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de palpitante interesse que se estuda e discute, no afã de bem servir o
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Brasil, foi espionado, com invulgar beleza, pela palavra fluente e pelo
inscritos.
prestígio notório dos eminentes conferencistas
Alio-me entre, eles, não para seguir a trajetória luminosa de seus
discursos que deikaram eco vibrante nas sonoridades do ambiente, mas
simples, a afirmação ca-
para juntar às deles, embora de maneira mais
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s 30 CIÊNCIA POLÍTICA
CIÊNCIA POLÍTICA 31
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32 CIÊNCIA POLÍTICA
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impereeível a história gloriosa de um povo. '¦¦•¦
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Criou no Brasil o direito social, de que é ele o inspirador e o cons- ¦ ¦¦¦ :''yyy ;£íjí
seus filhos.
v Se de algum modo os amparos da legislação social se restringem, às
classes dos trabalhadores, nao é menos verdade que benefícios ainda mais
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34 CIÊNCIA POLÍTICA
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Do vale do rio Doce emerge, como umia realidade de "El Dorado",
e triunfo das construções grandiosas e primorosas, fruto exclusivo do Es-
tado Nacional, como das planuras de Volta Redonda, onde nasce uma-
cidade fulgurante, se assenta a oficina da maior, admirável e vitoriosa %
da nossa siderurgia, fonte da maior prosperidade do Brasil com a
produ»
ção do ferro e do aço, elementos econômicos da alta importância para a
riqueza de um povo.
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( O plano do desenvolvimento ferroviário distende-se em todos os re-
cantos, facilitando o intercâmbio industrial do Pais e das Nações co-
irmãs, ao mesmo tempo que possibilita ò maior congraçamento dos
pai- ...
ses sul-americanos. ."'... -
Cònstroiem-se notáveis edifícios públicos, incrementa-se a produção,,
fortalece a indústria, progride o comércio e aviva-se o espírito da inicia-
\ •' tiva particular no afã do desenvolvimento das riquezas nacionais.
Há um surto de prosperidade em todos os Estados e para maior
pos-
sibilidade da grandeza nacional foram criados diversos Territórios para
facilitar o surto do progresso.
.K Dentro das realizações do Estado Nacional o Exército Brasileiro
chegou a uma afirmação notável de grandeza, aparelhado como está
para •
demonstrar aos povos, como está acontecendo com honra e glória
para o
Brasil, que é um dos mais brilhantes exéijcitos do mundo.
A nossa Marinha de Guerra é uma afirmação de pujança, alcançan-
do cada vez mais o aperfeiçoamento., para cumprir os seus
gloriosos
destinos e nossa Aviação já se afirma heróica, intemerata e
pujante
em seu invejável desenvolvimento.
Todo este programa de realizações beneméritas e magníficas ema-
X nam do respeito aos ideais democráticos, que o eminente Presidente res-
peite e pratica de conformickdie com a nossa realidade e aplausos do
povoam todas as classes sociais, e que lhe permitiu salvar, com o maior
padrão de glória, a nossa unidade nacional, desfraldando o lábaro tri-
unfal em que se inscreve a vontade soberana do
povo brasileiro, levan-
do para os seus gloriosos destinos e
para as portas de outro da poste-
ridade o nome imperecível do Brasil,
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A função do D. A. S. P. no plano de
Governo do Presidente Vargas
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eional assim como o governo í\o Presidente Vargas está para a deraocra- /
tkaçâo úm hábitos político-aénimMrativos dn povo brasileiro.
Senão vejamos: O decreto-lei n/ 579, de 30 de julho de 1938, qm
organizou o líepart.aai.ren.to Administrativo do Serviço Público, rasgou
no chaò dos nossstos1 costumas bafúcráttcos" o roteiro por omfc transita-
ria a idéia trhmíánie da concretização do plano debuxado no famoso dis- m
•enrso da Esplanada do Castelo.
A legislação do trabalho emancipou o proletário em geral, dando-
|$S direito de estabilidade, valia de serviço e eficiência de ação em pro|
da família e da Pátria.
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CIÊNCIA POLÍTICA 37
Rio- 12*5«945 #
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gentil convite, para dissertar sobre assunto político, cujo tema tem uma
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Quando a mais pura convicção pôs nos lábios santos do Divino Rabbi
da Galiléia a máxima eloqüente de Amor e Verdade que Êle ditou à mui-
ticlão que o seguia: — "Uni-vos para a Glória" — era porque a íulgu-
rante da Vitória já lhe banhava sublime a santa feição humana. Bem-
aventurados, pois, os que acreditam e esperam, porque a Fé é a bendita
cornucópia da ventura que os céus bondosos entornam sobre á cabeça dos
predestinados e a Esperança é a bênção de Deus para a Glória com-
pensadora do triunfo.
Unamo-nos, pois, em torno do nosso ideal; este deve ser nosso
lema de hoje e de sempre, porque a união é a mais formosa grandeza
moral que garante e justifica todas as vitórias terrenas,
A homogeneidade deste conjunto poderoso, a grandeza deste con-
clave significativo de cidadãos bem intencionados, a grandeza iudescrití-
vel desta reunião, a magna expressão de tudo isto que vedes, sentis c re-
f M>: presentais, sintetiza a promissora esperança de vitória futura da cansa
sagrada do povo, porque não é mais do que o reflexo vivo da vontade
inabalável de lutar para vencer,
Foi pela fé que a religião santa do patriotismo «fecundou; pela atração
positiva e leahcle acomethuentos idênticos; pela fraternidade dos mesmos
ideais; pela simpatia da mesma nobilíssima causa; pela afinidade dos
mesmos princípios que despertei ao vosso solene apelo, Sr. Dr. Presi-
dente, e aqui me tendes, não para a defesa de interesses bastardos que os
'
não possuo, mas para participar dos mesmos ardentes entusiasmos e das
mesmas esperanças benditas que nos uniffcaiu, que nos irmanam, feli-
zes nos mesmos sentimentos e princípios vitoriosos com os quais cons-
traímos o sólido alicerce caríssimo dos nossos arrebatados ideais.
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CIÊNCIA POLÍTICA 41
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Este discurso não é uma oração laudatória porque nele não cabe o
elogio de umj estadista tão proeminente, cujo passado é um galardão de
honras pelos seus inequívocos merecimentos de homem perfeito, de ci-
'dadão completo, de amigo reconhecido e leal, generoso e desprendida
que
tantas e insofismáveis provas tem dado, posto que ainda mal compreen- è ;T:
dido, na modelar direção dos destinos da nossa Pátria estremecida. Não
4 um panegírico do benfeitor do povo brasileiro que o quer sinceramente,
por êle está na carcérula do seu peito, Ixim no íntimo do seu corafcão. ¦¦¦ £
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grandeza da Nação para aqueles que hão de vir. Só eles poderão desá-
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paixouadamente julgar o grande estadista que nos governa com o íulgor ¦
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de sua inteligência, com a expressiva grandeza de suas ações, com o . ..; .77'vf;íf
sileiros.
Eu não conheço o Presidente Vargas, nunca tive a honra, nem expe- :.:,:
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nmçntei o prazer de lhe falar pessoalmente, em* verdade também pessoal- ;V*
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mente nada lhe devo, o que vale dizer que a êle tão pouco me sinto preso
por princípios de gratidão pessoal, entretanto, o bem que êle fêz e eòn-
tinua fazendo ao^povo e à Nação reflete-se em mim grandemente, ex-
pressivament.e. e, porque faço parte da comiunida.de brasileira, reconheço,
"nesse,
grande estadista, um benemérito da Pátria.
í';, portanto, sem constrangimento algum que me n.iani testo e se
muilm opuvião.cxpe-ndida pudesse tomar vulto no país e ser acatada sem
menor discrepância,, Getúlio Vargas, o pioneiro incansável do listado
-Nacional, o batalhado!* invencível cia Democracia, o construtor incom-
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42 CIÊNCIA POLÍTICA
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A Pátria que tudo nos dá, o ar que respiramos, a água que bebemos,
o páo que comemos, a liberdade que fruímios, o lar que temos, a família
que constituímos, a terra — urna sagrad|a onde repousam os restos dos
nossos entes queridos — nada nos pede em troca, senão a própria manu-
tenção integral e intangível do que é nosso, a cobiça do estrangeiro e
quando, o que raramente soe acontecer, exige um; sacrifício, não nos é
dado olhair condições para seu cumprimento; se é mister pois continuar
seu mandato que Getúlio Vargas se sacrifique, portanto, em holocausto
à Pátria.
Há poucos dias, quando silenciaram as bocas rubras e fumfegantes
dos diabólicos engenhos mortíferos nos campos europeus, onde o vigor
belicoso dos nossos bravos irmãos escreveu com sangue e incomparáveí
denôdo mais um capítulo de glórias da grandiosa História Nacional,
assisti, eu mesmo, na comemoração festiva da paz, a expressão ardente
e viva da simpatia grandiloqüente que o brasileiro, sem distinção de
côr e de credo, tem pelo seu eminente chefe. De todos os lados surgiam,
avenida a fora, grupos e mais grupos, arrastando multidão incalculável,
que se manifestada feliz pelo grande acontecimento, carregando enormes
'«ma
cartazes, onde significativa inscrição traduzia o legítimo anseio do
— "Queremos Getúlio Vafgas".
povo: A
"A candidatura do
is candidaturas, disse com ênfase muito expressiva: -,¦•¦¦ m.
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44 CIÊNCIA POLÍTICA
CIÊNCIA POLÍTICA
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necessário. .-Y ¦ *
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iEJ esse o grande soldado do Brasil, o fator decisivo de muitos mo- . .;'¦-
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quando expôs a própria vida desassombradamente. Y\ ..rx%
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sileira, que tantas e expressivas glórias deu à nossa Pátria, nos campos
europeus, hombreando sem o menor esmoreci mento e sem diferença abso- RHr
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mente grandes, se em verdade afmainos com acrisolado amor a nossa ' —¦¦ . ¦Md"
gem natureza física, esplêndido como o céu que, lhe serve de cúpola, fe-
cundo e firme como o solo que Deus lhe deu por arena, contemos co-
nosco mesmo, com, o nosso esforço pessoal; arregimentemo-nos no ser- t
viço das grandes jcausas sob o patrocínio dos Poderes Constituídos, asso- '
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ciemo-nos para o sucesso dos nobres fins e dos intuitos bons e sãos do :í! v.
CIÊNCIA POLÍTICA 47
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48 CIÊNCIA POLÍTICA
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Termina, assim, a segunda divisão cultural, religiosa e política do
mundo europeu, no Oriente e no Ocidente. A União religiosa, o sonho
da Roma papal transforma-se, logo, nas "heresias" alemãs da Reforma,
de Lutero e Melanchton, seguidos de Knox, Calvino, Zvvinglio e Erasmus-
Começa, então, a época do Humanismo.
Justamente neste momento, dá-s!e a descoberta do Novo Mundo.
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de violação deste direito ... E' curioso de observar, que justamente t
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<ie uma série de seus usuais truques de política dinástico-matrimonial. che- ¦¦XX'
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séculos. *
Rnt.rementes, acontece, que 1). João 111 (1521-57). percebe o erro
de deixar em abandono as suas possessões de Santa Cruz e,. especialmente,
depois da relação sobre a viagem da esquadra real (1526) sob o comando
de Cristóvão Jaques, que fundou íeitorias-fortins em Itamaraeá e Per-
nambuco,, depois de ter combatido com corsários bretoes ali radicados.
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A respeito das riquezas do ]>aís, o almirante aconselhou como forma admi-
nistrativa da colônia a criar o sistema feudal das capitanias, do tipo
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existia na Madeira, nos Açores etc, e onde haviam dado bons resultados.
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Mais unia esquadra, a de Afonso (1530), captura vária.-
naus irancesas, quando chega em Pernambuco (1551), e ao entrar m ¦ >¦
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7 .
50 CIÊNCIA POLÍTICA
ciai, que laboriosamente e muito mais tarde aparece no restante das Ame-
ricas. Aqui, ao longo da costa e no "hinterland", esta burguesia, audaz,
inteligente, operosa, resistente à cupidez estrangeira e às exigências da
Metrópole, está apta a libertar-se da mentalidade européia, para adotar
uma "formamentis" e um "habitus moral" puramente brasileiro. Toma
ela imediatamente a liderança e passa a representar um papel importantís-
simo na história da América. Em vez de uma história colonial, faz uma
história nacional. Em última análise, o sistema das capitanias, dirigido
por um poder central, chegou a criar a concepção federalista da vida
pública, que mais tarde vence e faz a força do Brasil moderno. Outro
fator importantíssimo, na formação da nacionalidade brasileira, foi o cru-
zamento do português com a mullier índia, ao exemplo de Caramuru
(Diogo Alvares, ou do não menos célebre patriarca de proles numerosís-
simas, João Ramalho). Desde então, os imigrados portugueses contraem
regulares núpcias com as selvícolas, muito bem dispostas a estas uniões,
pois se libertam, assim, da escravidão na própria tribo. Tal não se dá
sem conflitos, mesmo graves, mas, assim, os valores das duas raças se
unem para criar uma nova nação. Foi posto em prática, com pleno êxito,
a experiência do "melting pot".
O fracasso das capitanias impõe uma administração de um "Governo
Geral do Brasil" (1548), nome do país, escolhido pelos próprios habitan-
tes e primeiro sinal de autonomia. — íi>stQ Governo Geral não com-
porta diminuição nos direitos da população, ao contrário, introduz mili-
cias obrigatórias, centros políticos-admíinistrativos e favorece o desenvol-
vimento de culturas; assim, pois, em breve, aparecem os primeiros, "enge-
nhos", que servem ao aproveitamento de riquezas naturais.
Graças ao Brasil, o açúcar começa a " falar português", pois é o seu
maior produtor, tornando-se, assim, íator econômico mundialmente conhe-
cido e mais atraente para os que cobiçam terras e bens alheios... Começa,
então, a época das invasões estrangeiras imperialistas nas brasílias praias.
A invasão pacífica dos Jesuítas (1553), que traz, com os padres da
Companhia, muitos valores positivos: catequização pacífica dos índios,
ensino primário e secundário, — cria, por sua vez, muita rivalidade e con-
flitos entre colonos leigos e os Padres... Politicamente, os padres da
Companhia de Jesus foram, uma arma potente em defesa do "status qno'?
— dos direitos da coroa portuguesa em suas colônias, em face das tenta-
tivas unitárias de Habsburgos espanhóis, que, então, ocupam também o
trono de Lisboa. — A armada dos franceses (1558), que vem se esta-
belecer na baía de Guanabara, com o fim. de criar a "France Antarctí- _ :
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CIÊNCIA POLÍTICA 51
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entre os Habsburgos e os demais países marítimos, tèm seu eco nas costas ''¦PM
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do Continente, no Brasil há movimentos revolucionários e conjuras
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Bahia e Pernambuco (1817), até que, depois da partida, do Rei para Por-
tügál (24-IV-1821), o infante D. Pedro, deixado a braços com os pro-
blemas brasileiros, intimado a voltar para Lisboa (19-1-1822), forte com
o apoio do Rio e de S. Paulo, lança o grito de Ipiranga (7-1X-1822).
declarando a Independência e crianda o Império do Brasil, o qual é aco-
lhido com o maior entusiasmo em todo o país. A questão dinástica, em
face da reação da Santa-Aliança e da doutrina de Monroe (20-XII-1823),
é sabiamente resolvida (1831), com a simultânea proclamação do Impe-
rio e da abdicação em favor de D. Pedro I.
As dificuldades do novo Império e da Regência, depois da perda de
novas províncias de Uruguai e da pacificação são por demais conhecidas.
As coisas tomam novos rumos, uma vez declarada a maioridade de Pe-
dro II (1840). Este jovem monarca recebeu uma educação apuradissi-
ma e, cheio de entusiasmo e de boa vontade, inicia uma época, que só as
seu reino parece
gerações futuras poderão apreciar no seu justo valor. O
o canto de cisne de uma estirpe real multissecular, que reuniu todas as
virtudes, como para demostrar e deixar o exemplo de até onde se. po-
deria chegar com o sistema monárquico. O Brasil ingressa, então, no grê-
mio das nações miais modernas, anexando cada nova invenção, desenvoi-
vendo seu sistema de comunicações, acolhendo cada melhoramento cien-
ti fico ou prático, apenas provada a sua utilidade para o país. O que me-
lhor de tudo faz compreender a alma do homem, que dirigia a mentali-
dade brasileira, é a viagem do imperador à Europa e a escolha dos per-
sonagens que êle visita em vez de Bismarck — Victjor Hugo, em vez de ,a1
gislação internacional.
As convulsões do início da República, com o choque violento do aban- : :
56 CIÊNCIA POLÍTICA
II
CIÊNCIA POLÍTICA 57
por imperadores alemães, perde todas as guerras que trava no séc. XIX.
e a dinastia, in-capaz de se libertar da. tradição absolutista. é combatida
pelo próprio povo e nenhum dos Czares desaparece de morte natural. No
centro europeu, com as partilhas da Polônia, desapareceu o fator antigo
anti-imperial. E é assim, que vontades e rivalidades imperiais combinam-
se como nas guerras: austro-prussiana (1866) e franco-prussiana (1870),
ehé^ando-se ao império de Hohenzollem. Por obra de Disraeli, consoli-
da-se o império inglês. As potências do antigo Continente, no Congresso
de Berlim, — divktem o mundo em colônias. — No Oriente, aparece o
mais jovem dos imperialisníto, o do Japão (1858), capaz de se medir com
o colosso russo (1905)'. Todas estas forças, vigorosíssimas, querem mais
•espaço para sua expansão. Concluídas novas alianças, prepara-se um
choque violento. Explode, então, por uma causa sem maior significado,
a guerra mundial de 1914-18, que custa 30 milhões de vidas, destrói va-
lores imensos, demonstrando no fim a fraqueza da matéria, em face do
espírito. Os três impérios da Santa-Aliança, crescidos e baseados na
violência e obscurantismo, desaparecem vergonhosamente, pois o mundo :*£*?
O Brasil, .que tomou parte ativa na guerra mundial, pelos seus avia-
res e fiscalizando o Atlântico, entra de boa vontade na Liga de Nações.
— Porém, os acontecimentos — a supremacia, manifesta das potências
que negam o justo lugar ao maior pais aníericauo representado neste con-
selho, — hztm que ameace se .retirar.
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58 CIÊNCIA POLÍTICA
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60 CIÊNCIA POLÍTICA
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timos seus efeitos. Se não tivéssemos tido uma orientação perfeita, de ¦ "Aid
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64 CIMCIA POLÍTICA
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observações e as acontecimento* quotidianas demonstram que,
Nu desenvolvermos as nossas virtualidades econômicas, possuitmos
i* fato riquezas da nossa ferra e ustifrurias om lugar de guartía-Us
conto avarentos a incapazes, precisamos formar uma geração de téc-
nicos aptos a resolver os problemas do nosso crescimento e a formu-
Sar a equação 4o nosso progresso material, que é, m realidade, •
baio de todo aperfeiçoamento mental e moral." (UA Nova Política
do Brasil".— Vol. VII, pie. 16-5).
"Numa
época em que o dogma da fraternidade humana adquiriu
novo e mais amplo sentido, não pode haver preferência entre Noite e
Stal do Brasil." — (Nova Política do Brasil ~~ Vot, II, pág, 163).
"Problsma
fundamental para a nossa expansão interna e **Um*,
o dos transportes e comunicações constitui preocupação diária do
Ottftm*" ("A Nova Politica do Brasil" — Vol. VII, pág. 113).
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jtç^JÍ ¦¦"¦
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O ESTADO NACIONAL E A
EDUCAÇÃO FÍSICA
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PROF. SEBASTIÃO J.F.NASClMmTO
(Presidente da Associação do Ensino Primário Particular)
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CIftNCIA POLÍTICA 67
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consecutivos, sob
monstração cívica, realizando nos memoráveis dias da nacionalidade, os
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espontaneidade e ; V.Xf
desfiles mais empolgantes de que se tem memória, pela
fervor patriótico; em continência à Bandeira da Pátria e às altas autori-
dades do país, que sempre têm assistido a essas solenidades, pessoalmente ,
ou por seus dignos representantes, que nunca racionaram os seus incentiva-
aplausos a essas escolas primárias — batalhões de soldadinhos còns-
4otes
cios de seus deveres cívicos, que no dizer do Cel. Válter Prestes, brincam ;-.;k.í-1tí».Á
de soldado.
K por falar nesse ilustre militar, vem-me a memória o seu fulgurante
"A no "O- Radical"* em que sua Excia.
artigo alma suburbana" publicado
^teriorisou em elevada e entusiástica adjetivarão o que lhe foi dado assis-
tir na parada de 19 de novembro de 1941 em Madureira, ao lado do Ge-
neral Meira de Vasconcelos, Cel. lonas Correia e outras autoridades.
gJ que mal $t movimentara o grande desfile colegial, desabou violento
temporal e as crianças a exemplo dos seus professores continuaram a des-
filar numa alegria contagiam*, sem perder o alinhamento e sem desacertar
o paèso e ao passar frente ao palanque das autoridades, ao lado do qual tre*
mtilava o querido pavilhão, era de ver o respeitoso entusiasmo com que a
continência era feita e o povo diante de tão edificante exemplo de brasili-
dade, compreendeu o seu grande papel e éoj^primmdo-se contra os cordões
de isolamento râo se moveu do seu posto! E', pois,, séohore?, desta efknça
assim credenciada que vos faío neste instante!
1' sabido que a maioria dos alunos, principalmente dos subúrbios, eu-
cerram no curso primário o cabedal dos seus conhecimentos, porque filho*
de pais pobres, precisam de trabalhar para ajudar os seus maiores e mes-
.¦ :
mo porque nem só cie doutores U constitui uma Naçlo. | por islo até
àqueles o&o chegam os benefícios da educação física, que lhes proporcio-
liariam a necessárk predisposição e. o gosto para a continuação cie tão sa-
lutar prática, lo envés de adquirirem e cultivarem vícios e de-regra-meu-
tos que só lhes podem prejudicar. K até mesmo para os que. prosseguem
nos cursos secundários os seus estudos, a continuação da educação física
I % meu ver, para professores e alunos melhor que ter de principiar nesta
fase da instrução. Rara é a escola particular primária que mantém sob '
orientação técnica o ensino da educação física e nos subúrbios só conheço
nm único professor'desta disciplina que se dedica exclusivamente ao curso
primário: que é o Sr. Prof. Virgílio de Brito, porque é um verdadeiro
apóstolo do civismo e ninguém o excede em dedicação pela criança. '
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NOTAS E COMENTÁRIOS
70 CIÊNCIA POLÍTICA
s-
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CIÊNCIA POLÍTICA 71
CIÊNCIA POLÍTICA 73
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CIÊNCIA POLÍTICA 75
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76 CIÊNCIA POLÍTICA
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neral Cordeiro suas unidades artilharia sentido desdobrá-las/ em ór°aí>
combate e órgão transporte infantaria que atingiu máximo mobilidade.
Aponto-os como notáveis íatores sucesso na nossa destemida ofen-
siva/'
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CIÊNCIA POLÍTICA 77
JORGE VI A EISENsHOWER
de bom senso poderia acreditar nos fingidos propósitos de paz que, então,
a Alemanha reafirmava aos quatro ventos.
A politica do espaço vital foi um argumento de grande importância
para os políticos arrivistas da orgulhosa Alemanha e seu povo, sedento
de vingança, alimentou esses paranóicos nos seus desejos de conquista do
mando, dando-lhe os meios de que necessitavam para levar avante sua
denegrada política de guerra.
A guerra viria, todos afirmavam isso, naqueles tempos de 1933. Sò-
mente as grandes potências não queriam ver a precipitação dos aconteci-
mentos. A Inglaterra, pela primeira vez, mostra-se fraca e Chamberlain,
com seu guarda-chuva impenitente, desde do alto de seu pedestal e vai a
Alemanha coníerenciar com Hitler. Estabelecem normas, que indicavam
ter sido conjurado o perigo da guerra. iHitler, porém, seguindo a política
prussiana de que os tratados são pedaços de papel, continuou a fomentar
.a discórdia intermacional e surge a questão da Áustria e a invasão da Che-
coslováquia. O rriundo pasma ante tamanha arrogância e Hitler, sorridente,
vai caminhando, de vitória em vitória, abocanhando pequenos países indefe-
sos. Quer fazer o mesmo com a Polônia, país de tradições guerreiras, cujo
espírito, acostumado ao sacrifício, através de gigantescas lutas em defesa
de sua liberdade tantas vezes espezinhada, reage firmemente ante a agres-
são inopinada da Wermatch. Só então as potências ocidentais caem em
si e verificam não mais ser possível contemporizar com um país gover-
nado por loucos varridos. A guerra é desencadeada contra a Alemanha
e esta poderosamente armada, vence, um após outro, quase todos os
países da Europa ocidental, inclusive a França- A Inglaterra, como a
trança, que não estavalm preparadas para essa gigantsca luta, — coisa
incompreensível já que não havia dúvida de que a guerra era imíinence
— vê-se seriamente ameaçada com a invasão de seu território. Reage à
altura de suas tradições gloriosas e Hitler sofre, no ar, a sua primeira
derrota. Com o caminhar dos tempos e com a entrada na guerra dos
Estados Unidos e da Rússia, ao lado dos aliados, e da Itália ao lado
da Alemanha, a luta toma uma outra 'feição e já é possível prognosticar
a derrota futura da Alemanha, muito embora as operações se tenham es-
tendido ao Pacífico, em virtude da covarde agressão japonesa a Pearl
Harbor.
A Alemanha avança perigosamente para o oeste e chega às portas
de Stalingrado. Mas aqui, embora íHitler tivesse profetizado sua rápida
conquista e que falaria ao mundo do alto do Kremilim, a sorte da Alemã-
nha é selada com fraçrorosa derrota. Passam os exércitos alemães a
recuar, a recuar sempre para o covil de fera de seu chefe, que não mais
dança nem ri e mesmo sua palavra deixa de ser ouvida pelo povo alemão,
que se acostumara a apreciar seus gritos de alienado. *
Conquistado o Norte da África, invadida a Itália e 'finalmente a
França, os exércitos aliados começam a apertar o círculo de ferro e fogo
sôbre a Alemanha propriamente dita.
Por sua parte, o Brasil, solidário com os Estados Unidos, por motivo
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80 CIÊNCIA POLÍTICA
da agressão de que fora vitima por parte do Japão e em, conseqüência, dos
compromissos assumidas em memoráveis conferências internacionais,
manda a sua 'Força Expedicionária lutar nos campos de batalha da Eu-
ropa, onde se encheu de glória e ajudou as Nações Unidas a ganhar a
vitória.
Hitler e sua caterva cie apaniguados vão sendo aos poucos acuados
para seus covis e o cerco cada; vez se torna mais forte e impossível de
romper. A Alemanha nazista náo tem mais o que escolher. Só lhe regia
a rendição incondicional; Os aliados, desta vez, não aceitarão o armis-
tíeio, como o que se verificou em 11 de novembro de 1918. A rendição
incondicional é a única coisa que temi para oferecer a Hitler. Este, po-
rém, quando as tropas russas estavam na iminência de tomar Berlim, por
cálculo ou por medo., não quis pedir a rendição e, ou se suicidou, — nin-
guém acredita que tenha morrido lutando no edifício da Chancelaria do
Reich — ou fugiu [vara lugar ignorado, dando assim oportunidade que
uni seu delegado, o Almirante Doenitz aceitasse a rendição incondicional-
Esse acontecimento, anunciado na manhã do dia 7, constituiu a. no-
ticia mais sensacional dos últimos tempos. O pova de todo o immclo vi-
brou de entusiasmo e alegria, sendo realizadas as maiores manifestações
já vistas até o presente. - - .'
A arrogante Alemanha havia baqueado ante o poderio d'as armas
aliadas e surgira no horizonte o anjo branco da paz a acenar aos homens
a vinda de uma nova era de rendenção, de amor e de bem-estar.
Sejamos dignos dessa paz- Saibamos compreender as necessidades
dos povos infelicitados pela mais cruenta guerra de todos os tempos
E aqueles que choram a morte de seus ente^ queridos terão o conforto de
Deus. porque Jesus disse: "Bem-aventurados os que choram, porque serio
consolados'",
M.C. .
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?V??!f k "fr^Ha.1.
82 CIÊNCIA POLÍTICA
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CIÊNCIA POLÍTICA 83
frentes, mas teve que lutar em três- Logo a.]jós a queda da França, cuja
façanha o fêz dar uns pulinhos cie dança brejeira, êle profetizou que a
Inglaterra seria conquistada, mas o que se verificou foi o contrário, gr;i~
ças aos heróis da R.A. F., dos quais disse Churchill que "nunca tantos
"tão
deveram a poucos". Numa outra profecia, disse ao povo alemão que
falaria ao universo do alto do Krenilhn e não falou. Afirmou que Stalin-
grado seria tomada, mas. ao revés dessa promessa, foi Stalingrado quê
aprisionou e .estrangulou todo um exército alemão.
Disse muitas xèzç* em ,^eus discursos arrogantes que a Alemanha não
conheceria v,m novo 11 de novembro de 1918. De -fato nao conheceu,
Hitler acertou uma das suas profecias. Desta vez nào houve um urnns-
íício leito de potência para potência. Mas conheceu o 7 de maio de 1945,
o dia cia vitória das forças do Bem contra o Mai, cm que a Alemanha
conheceu % mais humilhante rendição incondicional como jamais coube- '
ceii qualquer outra nação em qualquer outra época da História".
A queda de Berlim marcou o início da gigantesca derrocada da Ale*
manha hitlensta, que dias após havia de submeter-se as justas imposições
dos aliados. Sua queda significou para os alemães, mais do que a der-':
roía, nioírou-lhes que os seus desígnios de conquistarem o mundo falha-.
. ram e que, agora, terão, de eles próprios, de ftizer ressurgir das ruínas
um pais mais humano, onde há de imperar a justiça dos vitoriosos.
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NCIA POLÍTICA
DIRETOR RESPONSÁVEL — PEDRO VERGARA
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